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Tópico das vísceras e os fatores da estática visceral

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Tópico das vísceras e os fatores da 
 estática visceral - Estabilidade 
 posicional dos órgãos nas 
 cavidades corporais 
 -estática descreve os princípios de construção necessários para manter o equilíbrio 
 do corpo em um estado de repouso ou em movimento; 
 -elementos que ajudam na estática dos órgãos: 
 -Embora a cavidade corporal primária ainda seja única durante o estágio 
 embrionário, ela se divide no estágio fetal por meio da continuação do 
 desenvolvimento do septo transverso no diafragma: na cavidade torácic a e na 
 cavidade abdominal com a parte cranial aberta contígua no sentido caudal da 
 cavidade pélvica ; 
 - As vísceras possuem funções vitais, são complexas e multifuncionais quanto à sua 
 estrutura e têm uma interação vital com todo o sistema corporal. 
 - membranas serosas duplas: unem os órgãos nas cavidades corporais ao 
 revestimento da cavidade corporal; na maioria dos casos funcionam como suporte . 
 também podem conectar dois órgãos e passam a receber a denominação de pregas ; 
 Em regiões especiais, órgãos grandes e ocos podem estar conectados diretamente 
 à parede corporal por meio de aderências de tecido conectivo, como por exemplo o 
 rúmen em ruminantes, ou o ceco no equino. função de sustentação e estabilização, 
 especialmente pelo fato de conterem fibras colágenas que são orientadas de acordo 
 com as leis de pressão e tensão > Essas funções são complementadas por 
 elementos elásticos, os quais são também elementos funcionais nas paredes de 
 artérias aferentes; 
 ex. dessa função estabilizadora é o reposicionamento dos segmentos intestinais de 
 volta para suas posições originais 
 -especialmente os ramos da artéria mesentérica cranial do equino asseguram a 
 estabilidade da posição de segmentos do colo, do ceco e do jejuno; 
 - Perturbações nessas funções especializadas de sustentação e estabilização 
 podem levar a sintomas expressivos durante cólicas . 
 -Todas essas estruturas podem garantir a estabilidade posicional apenas até certo 
 ponto. 
 -Os órgãos viscerais estão em movimento constante como resultado do movimento 
 dos animais, da respiração, da pressão abdominal, como também da peristalse. 
 -Essas alterações de posição, assim como o deslizar de um órgão contra o outro, só 
 são possíveis graças ao fluido da pleura e do peritônio, produzido constantemente 
 pela túnica serosa na parede das cavidades corporais e na superfície dos órgãos. 
 -As cavidades corporais podem ser comparadas a grandes “banheiras” revestidas 
 por serosa, nas quais os órgãos “nadam”. 
 -Além da formação e excreção do fluido seroso, a pleura e o peritônio também 
 podem reabsorvê-lo > é um pré-requisito para o equilíbrio fisiológico na mobilidade 
 dos órgãos; 
 - órgãos neurais da cabeça e os órgãos caudais na cavidade pélvica retroperitoneal 
 não estão integrados a essas grandes cavidades corporais. Eles preenchem 
 cavidades ósseas do crânio e da pelve, respectivamente. 
 ➔ Fatores de estática dos órgãos não revestidos por mucosa serosa 
 - feita pelas meninges encefálicas e espinais com seus ligamentos e o osso 
 craniano > que envolvem o sistema nervoso central (encéfalo e medula espinal); 
 -Meninges: 3 membranas (sequência da mais interna para a +externa) > pia-máter, 
 aracnóide e dura-máter; 
 -dura-máter é bastante resistente; 
 1. Meninges da medula espinal 
 ● DURA-MÁTER: membrana mais externa; mais espessa e resistente; 
 formada por fibras colágenas; rica em vasos e nervos; entre a dura-máter e 
 aracnóide há um espaço > espaço subdural > tem pequena quantidade de 
 líquido seroso; espaço virtual; fenda estreita; 
 entre a dura-máter e a superfície interna do canal vertebral (periósteo) há 
 outro espaço mais amplo > cavidade epidural > sendo separada pelo 
 periósteo que reveste o canal vertebral por esse espaço; contém tecido 
 adiposo, vasos sanguíneos (os do plexos venoso interno); não existe em 
 relação à dura-máter encefálica; muitas veias; nas regiões onde tem as raízes 
 dos nervos espinais forma expansões tubulares que envolve essas raízes 
 (tipo manga de camisa); envolve a medula espinhal como um grande dedo de 
 luva, que na porção mais caudal do canal v. constitui o filamento da 
 dura-máter espinhal dando suporte ao filamento terminal da pia máter e 
 se insere na superfície óssea de vértebras coccígeas ou caudais; 
 anestesia regional (anestesia epidural/via peridural) pode ser realizada ao 
 se injetar um anestésico no espaço epidural entre a última vértebra lombar 
 (L7) e a primeira vértebra sacral (S1) ou entre a última vértebra sacral e a 
 primeira vértebra caudal; feita sem perfurar a dura-máter e, portanto, sem 
 atingir o líquor; anestesia passa por difusão pela membrana aracnóide do 
 espaço epidural para o subaracnóide onde está o líquor; *Pequenos animais 
 → no espaço lombossacral 
 dura-máter termina caudalmente em fundo de saco de terminação cega/cego 
 e se une com as outras camadas meníngeas para formar um cordão fibroso 
 (filamento terminal da dura-máter) que se fusiona com a face dorsal das 
 vértebras caudais; -se continua cranialmente com a dura-máter 
 encefálica/craniana na altura do forame magno; 
 ● ARACNÓIDE ESPINAL - membrana média (fica abaixo da dura máter e 
 acima da pia máter); delicado com aspecto reticulado por conta do 
 emaranhado de trabéculas (configuração de teia de aranha) > por isso seu 
 nome; folheto justaposto à dura-máter; entre a aracnóide e pia máter tem um 
 espaço subaracnóide > + importante; contém uma boa quantidade de 
 líquido cefalorraquidiano (líquor); usado na exploração clínica; usado para 
 retirada de liquor, fins terapêuticos ou de diagnóstico; pode-se fazer medida 
 da pressão do líquor, introdução de substâncias que aumentem contraste das 
 radiografias, introdução de anestésico nas chamadas anestesias raquidianas 
 (humanos); pouco utilizada; o espaço subaracnóide espinal > alarga ao redor 
 do cone medular; o acesso ao canal vertebral é facilitado pelo espaço 
 lombossacral; 
 não possui vasos e nervos em sua estrutura; 
 ● PIA MÁTER ESPINAL - mais interna; se adere intimamente à superfície da 
 medula espinal (tecido nervoso/mesma coisa no encéfalo); muito delicada; 
 delimita junto com a aracnóide o espaço ou cavidade subaracnóide > que se 
 comunica com o sistema ventricular encefálico; contém líquor; ricamente 
 vascularizada; suas finas artérias que penetram na medula espinal como no 
 encéfalo para nutrir a massa neural; 
 sua inervação é feita pelo SNA; emite ligamentos denticulados nos espaços 
 entre as radículas dos nervos espinais > se inserem na dura-máter, mantendo 
 a aracnóide fixada também à paquimeninge (dura-máter); se continua 
 caudalmente ao vértice do cone medular formando o filamento terminal > 
 esbranquiçado; fornece sustentação à medula espinal dentro do canal 
 vertebral; perfura o fundo de saco cego da dura-máter e continua 
 caudalmente para se inserir no periósteo das vértebras coccígeas; No 
 entanto, após furar o fundo de saco cego o filamento terminal recebe 
 prolongamentos da dura-máter (filamento terminal da dura-máter espinal) > o 
 conjunto resultante é o ligamento coccígeo . 
 2. Meninges encefálicas 
 -envolvem o encéfalo (cérebro,cerebelo, tronco encefálico); 
 -também 3 meninges: Dura-máter, Aracnóide e Pia-máter; 
 - contínuas com as correspondentes meninges da medula espinal; 
 ● DURA-MÁTER ENCEFÁLICA - é a que mais apresenta variações em 
 relação às meninges espinais; adere intimamente ao periósteo da cavidade 
 craniana >> por isso não há espaço epidural ; face interna é lisa na maior 
 parte da extensão e não se relaciona com as meninges mais profundas; 
 formada por tecido conjuntivo denso; 
 como a da medula espinal também envolve os nervos espinais protegendo-os 
 em seu trajeto até atravessarem o orifício de saída do estojo ósseo ; exibe 
 algumas dobras ou pregas em determinados locais para sustentar as 
 partes do encéfalo em suas posições → quem são essas dobras? 
 foice do cérebro →lâmina de foice que se interpõe dorsalmente entre os dois 
 hemisférios cerebrais ocupando a fissura longitudinal do cérebro; 
 tenda do cerebelo →nos humanos ainda há uma foice do cerebelo; duas 
 partes (direita e esquerda) que se interpõem entre os lobos occipitais do 
 cérebro e do cerebelo; divide a cavidade craniana em duas lojas: cavidade 
 cerebral e cavidade cerebelar ; 
 diafragma da sela →antigamente chamado de tenda da hipófise; pequena e 
 espessa lâmina de posição horizontal que fecha dorsalmente a sela túrcica; 
 mantendo em sua posição mais central um orifício por onde passa o 
 infundíbulo da hipófise; 
 ● ARACNÓIDE ENCEFÁLICA - justapõe-se à dura-máter; separada da 
 pia-máter pela cavidade subaracnóide > contém o líquido cerebrospinal 
 (ampla comunicação dentro dessa cavidade entre as partes do encéfalo e 
 medula espinal) > protege contra traumatismos; formação de ‘tufos’ - 
 granulações aracnóideas > arredondadas ou forma irregular; perfuram a 
 dura-máter e penetram em seus seios e lacunas; mais numerosas dentro do 
 seio sagital dorsal; número e tamanho aumentam com a idade (mas nunca 
 chegam a ser muito elevado); representam verdadeiros divertículos da 
 cavidade subaracnóide; supõe que a função seja que haja a esse nível uma 
 filtração do líquor que vai se integrar ao sangue dos seios venosos; outros 
 falam sobre funcionarem como válvulas que direcionam o sentido do fluxo do 
 sangue venoso; 
 ● PIA-MÁTER ENCEFÁLICA - comporta-se de maneira semelhante à da 
 espinal; justapõe-se à superfície do encéfalo; envia suas finas artérias para 
 suprir a massa encefálica; 
 ➔ Fatores de Estática dos órgãos revestidos por mucosa serosa 
 ● Cavidade Torácica 
 - situa-se dentro da caixa torácica; 
 - tem início na abertura torácica cranial e termina na abertura torácica caudal 
 -A cavidade peitoral é a região da cavidade torácica cranial ao diafragma. 
 -A região da cavidade torácica caudal ao diafragma é a parte intratorácica da 
 cavidade abdominal 
 ➔ elementos estáticos anatômicos do pulmão : pleuras e hilo pulmonar; 
 - contém duas cavidades pleurais, as quais se situam à esquerda e à direita do 
 mediastino. 
 -Cada cavidade envolve um dos pulmões e é revestida com uma membrana serosa 
 ( pleura ). 
 -Com início no hilo pulmonar e através do ligamento pulmonar (conecta os 
 pulmões com o mediastino e diafragma) , a pleura se prolonga desde a parede 
 torácica até cobrir os pulmões ; 
 -Caudal à raiz de cada pulmão, há uma dobra horizontal de pleura, o ligamento 
 pulmonar, que conecta a superfície mediastinal do pulmão com o mediastino ou, 
 quando se estende mais caudalmente, com o diafragma, como nos carnívoros e 
 porco. 
 -Hilo pulmonar também chamado pedículo pulmonar > conjunto formado pelos 
 brônquios principais, artérias e veias pulmonares, vasos sanguíneos, nervos, vasos 
 linfáticos e linfonodos 
 -O diafragma e o mediastino também são cobertos por pleura. 
 -A pleura se divide em regiões conforme a localização: 
 ● Pleura parietal: 
 – Pleura costal - que reveste a área formada pelas costelas; 
 – Pleura mediastinal com a pleura pré-cardíaca, pericárdica e pós-cardíaca; 
 – Pleura diafragmática 
 ● Pleura visceral: 
 – Pleura pulmonar 
 -cavidade torácica contém os seguintes nichos ou espaços: 
 ● Recesso mediastinal > faz limite cranial com o pericárdio, caudal com o 
 diafragma, no lado direito com a veia cava caudal e seu mesentério, e no lado 
 esquerdo, com o mediastino; 
 ● Recesso costodiafragmático > . Na margem entre a pleura costal e a pleura 
 diafragmática; preenchido pelos pulmões durante a inspiração. 
 ● Cúpula pleural > Cada pleura dos lados direito e esquerdo termina cranialmente 
 em um saco abobadado, a cúpula pleural, que nos carnívoros e nos ruminantes se 
 projeta de um a dois dedos além da abertura torácica cranial na direção cranial. 
 - elementos estáticos físicos: 
 1. pressão atmosférica - aproximadamente 1 atm; é importante para o ar 
 conseguir entrar no pulmão quando a pressão intrapleural diminui ; 
 2. pressão subatmosférica ou pressão intrapleural - surge durante o 
 desenvolvimento fetal, quando a caixa torácica associada com sua membrana 
 pleural cresce mais rapidamente que o pulmão com sua membrana pleural 
 associada. As duas membranas pleurais são mantidas unidas pelo líquido 
 pleural, de modo que os pulmões são forçados a se estirarem, a fim de se 
 adaptarem ao maior volume da cavidade torácica. Ao mesmo tempo, no 
 entanto, o recolhimento elástico dos pulmões cria uma força direcionada para 
 dentro, que tenta puxar os pulmões para longe da caixa torácica. A 
 combinação da caixa torácica puxando para fora e a retração elástica dos 
 pulmões puxando para dentro cria uma pressão intrapleural subatmosférica 
 de cerca de - 3 mmHg ; O balanceamento de todas as forças em associação 
 com a pressão negativa (cavidade pleural) é que permite expansão pulmonar 
 na inspiração; 
 3. Pressão alveolar - É a pressão encontrada dentro dos alvéolos. Para que o 
 ar entre nos pulmões, a pressão alveolar deve diminuir, exercendo uma força 
 que impulsiona o ar para dentro (lembre que um fluido, como o ar, tende a se 
 deslocar do local onde a pressão é maior para o local onde a pressão é 
 menor). 
 4. Tensão superficial - por conta da água; trabalho necessário para aumentar a 
 área da superfície, ou também a força necessária para cortar a superfície; 
 células do pulmão produzem uma substância chamada surfactante que é 
 formada por fosfolipídios, que durante o ciclo respiratório, os fosfolipídios 
 adsorvem nas paredes internas dos alvéolos, formando uma monocamada. 
 Além de evitar que as paredes dos alvéolos grudem (mantendo sua estática) , 
 o que impediria a passagem de ar, a monocamada aumenta a permeabilidade 
 das moléculas de O2; Entretanto, para que esse processo seja eficiente, a 
 tensão superficial deve ser reduzida para um valor muito baixo (<10 mN/m), o 
 que somente é possível pela compressão da monocamada na superfície; 
 Quando isso ocorre, as cadeias hidrocarbônicas dos surfactantes ficam mais 
 próximas, aumentando o empacotamento da monocamada. Isto representa 
 um aumento do número de defeitos na membrana elástica por unidade de 
 área, tornando-a ainda mais fraca, reduzindo assim a tensão superficial para 
 valores muito baixos. 
 5. Vazio pleural - espaço entre a pleura visceral e pleural parietal; contém 
 líquidopleural; significa que em condições normais esse espaço não existe 
 pois além de ser mínimo, ainda é preenchido por uma fina camada de líquido 
 que permite o pulmão deslizar facilmente sobre a superfície pleural que 
 reveste a parede torácic a; impede o colabamento do pulmão ; 
 OBS: Quando há entrada de ar nesse espaço chamamos de pneumotórax, 
 quando o sangue o preenche chamamos de hemotórax, quando é pus, 
 chamamos de piotórax e quando é apenas líquido chamamos de hidrotórax ou 
 derrame pleural. 
 Pneumotórax: Se a cavidade pleural for aberta e ficar conectada à atmosfera, o ar 
 flui para dentro. A ligação que mantém o pulmão aderido à caixa torácica é 
 perdida, e o pulmão colapsa, criando um pneumotórax (ar no tórax). A parede 
 torácica expande-se, ao passo que os pulmões elásticos colapsam para um 
 estado não estirado; 
 acúmulo de ar no espaço pleural. Quando o ar entra no espaço pleural, diminui a 
 pressão negativa, permitindo que o pulmão se recolha, por sua capacidade 
 elástica, resultando em atelectasia, ou seja, seu colabamento. Este quadro causa 
 dificuldade respiratória, hipoxemia severa, diminuição do retorno venoso, 
 instabilidade hemodinâmica, podendo levar ao óbito do animal; 
 no cão e nos equinos a pleura intermediária é delicada, daí quando ocorre uma 
 pneumotórax ocorre aumento de pressão intrapleural que comprime essa pleura 
 intermediária podendo lesionar ela e atingir a outra pleura do outro pulmão > 
 afetando os dois pulmões; 
 6. CONTRAÇÃO MUSCULAR - o trabalho da contração dos músculos 
 esqueléticos cria os gradientes de pressão necessários para o fluxo de ar ; 
 maior parte do trabalho respiratório é gasto para superar a resistência elástica 
 dos pulmões e da caixa torácica ao estiramento; Clinicamente, a habilidade 
 do pulmão de se estirar (se expressa com alteração do volume do pulmão, 
 que é resultado de uma força ou pressão (P) exercida sobre o pulmão) >> 
 complacência >> refere-se à quantidade de força que deve ser exercida sobre 
 um corpo para o deformar; 
 músculos primários envolvidos na respiração espontânea (respiração em 
 repouso) são o diafragma, os intercostais externos e os escalenos . 
 Durante a respiração forçada, outros músculos do tórax e do abdome 
 podem ser requisitados a auxiliar; 
 Inspiração → Durante a inalação, os músculos intercostais externos e 
 escalenos contraem e tracionam as costelas para cima e para fora ; O 
 movimento das costelas durante a inspiração tem sido comparado a uma 
 ação de alavanca, que eleva toda a caixa torácica (as costelas movem-se 
 para cima e para longe da coluna), e também com um movimento de alça de 
 balde, uma vez que há um aumento da distância lateral entre as paredes do 
 balde (as costelas movem-se para fora). A combinação desses dois 
 movimentos amplia a caixa torácica em todas as direções. À medida que o 
 volume torácico aumenta, a pressão diminui, e o ar flui para dentro dos 
 pulmões . 
 Como o ar continua a fluir para dentro dos alvéolos, a pressão aumenta até a 
 caixa torácica parar de expandir-se, imediatamente antes do término da 
 inspiração. O movimento do ar continua por mais uma fração de segundo, até 
 que a pressão dentro dos pulmões se iguala à pressão atmosférica (ponto 
 A3). Ao término da inspiração, o volume pulmonar está no seu valor máximo 
 no ciclo respiratório (ponto C2), e a pressão alveolar é igual à pressão 
 atmosférica; 
 Ao final da inspiração, os impulsos dos neurônios motores somáticos para os 
 músculos inspiratórios cessam, e os músculos relaxam. A retração elástica 
 dos pulmões e da caixa torácica leva o diafragma e as costelas para as suas 
 posições originais relaxadas, da mesma maneira que um elástico esticado 
 retorna ao seu tamanho original quando é solto . 
 Expiração → Como os volumes pulmonares e torácicos diminuem durante a 
 expiração, a pressão de ar nos pulmões aumenta, atingindo cerca de 1 mmHg 
 acima da pressão atmosférica; A pressão alveolar é agora maior do que a 
 pressão atmosférica, de modo que o fluxo de ar se inverte, e o ar move-se 
 para fora dos pulmões; No final da expiração, o movimento de ar cessa 
 quando a pressão alveolar novamente se iguala à pressão atmosférica; O 
 volume pulmonar atinge o seu valor mínimo dentro do ciclo respiratório; 
 Nesse ponto, o ciclo respiratório terminou e está pronto para ser iniciado 
 novamente com a próxima respiração; 
 usa os músculos intercostais internos e os músculos abdominais, os 
 quais não são utilizados durante a inspiração >> chamados de músculos 
 expiratórios; 
 Os músculos intercostais internos revestem a superfície interna da caixa 
 torácica. Quando se contraem, eles puxam as costelas para dentro, reduzindo 
 o volume da cavidade torácica; 
 A contração abdominal puxa as costelas inferiores para dentro e diminui o 
 volume abdominal, ações que deslocam o intestino e o fígado para cima. As 
 vísceras deslocadas empurram o diafragma para cima, para dentro da 
 cavidade torácica, e o volume do tórax diminui passivamente ainda mais; 
 OBS: Paralisia do diafragma → consiste na perda da capacidade de 
 contração deste músculo, provocada por lesão ou alteração nas estruturas 
 que geram ou conduzem os estímulos nervosos que regem a sua atividade; 
 Em condições normais, o diafragma tem a forma de uma abóbada, com a 
 convexidade apontada para a cavidade torácica. Esta forma deve-se a vários 
 mecanismos: por um lado, o diafragma é submetido a uma forte pressão 
 proveniente da cavidade abdominal, que o empurra para cima; por outro lado, 
 é igualmente submetido a uma força de tração provocada pela pressão 
 negativa da cavidade torácica, que o impulsiona igualmente para cima. 
 forma adquirida pode ser devido à paralisia do nervo frênico > nervo que se 
 origina do plexo cervical e inerva a pleura, pericárdio, diafragma, peritoneu e 
 glândulas suprarrenais; 
 tumores, traumas na região cervical, bócio, cistos no pescoço, massas 
 mediastinais, anormalidades do diafragma e doenças diafragmáticas – hérnia 
 hiatal, refluxo gastroesofágico, eventração diafragmática, abscesso subfrênico 
 – e até a manipulação intraoperatória podem irritar, danificar ou comprimir 
 direta ou indiretamente o nervo frênico; 
 Perante uma falha da estimulação nervosa, as fibras musculares 
 diafragmáticas têm tendência para se relaxarem, o que provoca uma intensa 
 deslocação do músculo para cima pois as vísceras empurram > geralmente é 
 de um lado, mas pode ocorrer dos dois se ocorrer o acometimento dos dois 
 nervos frênicos que inervam as duas cúpulas; provoca sempre a subida do 
 músculo e as suas consequentes manifestações, nomeadamente uma dor 
 torácica e dificuldade em respirar; o diafragma perde a sua alternada 
 capacidade de contração e relaxamento ao longo da inspiração e expiração, 
 deixando de arrastar consigo a cavidade torácica, o que desencadeia um 
 processo contrário, ou seja, é a cavidade torácica que arrasta o diafragma 
 durante estes movimentos, menos potentes e eficazes, agravando a 
 dificuldade respiratória; excepção feita aos casos em que a paralisiaapenas 
 afeta metade deste músculo, a dificuldade respiratória costuma ser muito 
 incómoda, podendo evoluir para uma notória insuficiência respiratória; ocorre 
 elevação da hemicúpula diafragma; 
 determinados tipos de toxinas como a diftérica e a anti-toxina tetânica podem 
 levar a essa complicação; 
 ➔ Elementos estáticos do coração: 
 -fica no MEDIASTINO > espaço entre as pleuras mediastinais direita e esquerda; se 
 estendem da entrada torácica na frente do diafragma atrás e fixando-se dorsalmente 
 às vértebras torácicas e ventralmente ao esterno ; espalhando as pleuras 
 mediastinais direita e esquerda, está o coração com seus pericárdios fibrosos e 
 serosos; -dividido em três partes: 
 ● Mediastino cranial ou pré-cardíaco > cranial ao coração; encontram-se parte de 
 traqueia; parte do esôfago; os grandes vasos suprindo a parede torácica lateral, 
 membros anteriores, pescoço e cabeça; os troncos simpáticos, nervos vagos, 
 frênicos e recorrentes; os linfonodos mediastinais cranianos; a extremidade do ducto 
 torácico; e o timo em animais jovens; 
 *suprimento sanguíneo e a inervação passam pelo mediastino cranial desde a 
 cavidade torácica até a cabeça e os constituintes craniais, bem como até a parede 
 cranial da cavidade: 
 1. Tronco braquiocefálico 
 2. Artéria e veia subclávias esquerda e direita 
 3. Tronco costocervical esquerdo e direito 
 4. Segmento caudal das artérias vertebrais 
 5. Tronco bicarotídeo 
 6. Artéria e veia torácicas internas esquerda e direita 
 7. Veia cava cranial 
 8. Troncos simpáticos esquerdo e direito 
 9. Gânglios estrelados ou cervicotorácicos 
 10. Nervos vagos esquerdo e direito 
 11. Nervos frênicos esquerdo e direito 
 12. Nervos laríngeos caudais ou recorrentes esquerdo e direito 
 13. Ducto torácico 
 14. Corpo dos troncos jugulares 
 ● Mediastino médio ou cardíaco > contém o coração no pericárdio; os grandes vasos 
 sanguíneos na base do coração, partes da traquéia e esôfago, o vago e os nervos 
 frênicos; No 5° espaço intercostal, a traquéia se bifurca nos dois brônquios 
 principais; irrigação > 
 1. Aorta ascendente com arco aórtico 
 2. Tronco pulmonar 
 3. Veias pulmonares 
 4. Tronco da veia ázigo 
 5. Extremidades da veia cava cranial e caudal 
 6. Tronco broncoesofágico 
 7. Artéria e veia torácicas internas direita e esquerda 
 8. Ducto torácico; 
 9. Tronco simpático direito e esquerdo 
 10. Nervo vago direito e esquerdo 
 11. Nervo laríngeo recorrente ou caudal esquerdo; 
 12. Nervo frênico direito e esquerdo 
 ● Mediastino caudal ou pós-cardíaco > caudal ao coração; encontram-se aorta, que 
 corre através do segmento dorsal do mediastino caudal em seu caminho até o 
 diafragma; Ventralmente à aorta encontra-se parte do esôfago, acompanhado pelos 
 troncos dorsal e ventral do nervo vago; O nervo frênico esquerdo passa próximo ao 
 mediastino no caminho até o diafragma; troncos vagais dorsal e ventral, linfonodos 
 mediastinais caudais e o nervo frênico esquerdo em sua prega serosa separada; 
 - coração é mantido em posição, apesar de seu dinamismo, pela continuidade com 
 os grandes vasos da base. 
 1. Veias cavas cranial e caudal - A cruz venosa, formada pelas veias cavas 
 superior e inferior que constituem o tirante 1 horizontal e pelas veias 
 pulmonares é o principal meio de fixação do coração na cavidade torácica . 
 Este meio de fixação situado posteriormente garante a livre movimentação 
 dos ventrículos situados posteriormente ; é estabilizado pelas veias que atuam 
 como cordas; 
 2. Aorta - meio de suspensão do coração; É a tendência de retificação de seu 
 arco que ocorre pela entrada do sangue durante a sístole que leva o coração, 
 particularmente o ápice, contra a parede do tórax ; 
 aorta permite que o coração pulse; 
 coração não bate no tórax, o que escutamos não é isso; 
 o que promove o controle deste impacto do coração na cavidade 
 torácica/tórax é o ligamento arterioso > que impede a abertura excessiva do 
 arco; conecta a artéria pulmonar esquerda à aorta (arco aórtico); 
 esse controle depende de fatores como sístole ventricular e aumento da 
 pressão arterial no arco aórtico; 
 1 elementos lineares capazes de transmitir esforços de tração entre suas 
 extremidades. 
 3. Artérias e veias pulmonares - conduzem sangue e Sustentam o Coração; 
 4. Ligamento Esternopericárdico (equino, ruminante, suíno) ou Ligamento 
 Freno-pericárdico (caninos) : Sustentam o coração. 
 ● Cavidade Abdominal 
 -abdômen > é a parte do tronco que se estende desde o arco costal e última costela 
 para a linha terminal que circunda a entrada da cavidade pélvica; 
 -Forças mecânicas contribuem para manter os órgãos abdominais na sua 
 situação/posição, em especial os parenquimatosos, que são em geral mais pesados 
 e volumosos; 
 -FATORES: 
 1. CONEXÕES ANATÔMICAS DIRETAS - mesos: mesoduodeno, mesentério, 
 mesocólon, mesovário, mesorreto, omentos…; ligamentos: ligamento lateral 
 da bexiga, ligamento hepatorrenal, ligamento próprio do ovário… 
 2. EFEITOS DE VIZINHANÇA > pressão e adesão de órgãos devido aos seus 
 tônus e volumes; Pressão da massa visceral entre si e contra a parede 
 abdominal; Ação da parede abdominal > relacionada com a tensão muscular 
 que comprime e apoia as vísceras; 
 impressão renal por exemplo por conta dessa pressão dos órgãos. 
 3. PRESSÃO ABDOMINAL > Pressão intra-abdominal; Mantida dentro de 
 certos limites pela interação do peso visceral e ação da parede abdominal; 
 Modificada pela contração muscular (maior contração, maior pressão) e pelo 
 grau de enchimento das vísceras ocas (maior enchimento, maior pressão); 
 maior pressão na região mais ventral; 
 4. TÔNUS DA MUSCULATURA ABDOMINAL: resistência do músculo ao 
 estiramento. 
 5. COLUNA VERTEBRAL: REGIÃO LOMBAR 
 -cavidade abdomina l > constantemente submetida a grande variação de pressões , 
 que são responsáveis pelos fenômenos de respiração e de expulsão do conteúdo, 
 tanto abdominal (na defecação, micção, parto e vômito) como de conteúdo da árvore 
 respiratória, quando do estímulo da tosse; Excetuando-se pela passagem pélvica, a 
 cavidade abdominal é um espaço fechado por estruturas resistentes à pressão: 
 ossos, músculos e fáscias ; 
 o abdômen nada mais é do que um recipiente cheio de líquido cujas paredes laterais 
 são depressíveis em quatro quintos de sua extensão e cujas bases podem ser 
 consideradas rígidas; a inferior pelo plano músculoaponeurótico da pelve , e a 
 superior pelo anel costal e pelo diafragma, que é sustentado pela aspiração 
 torácica. Ducimarco e Rimini determinaram, ainda, que o nível de pressão zero 
 (pressão atmosférica) corta o abdômen de maneira a dividi-lo em uma zona de 
 pressão negativa (subatmosférica) e uma inferior de pressão positiva; 
 →Essa constituição especial, elástica, da parede abdominal faz com que esta seja 
 submetida a uma força tangencial a ela, que depende não só da pressão do 
 abdômen, como também da forma e tamanho do mesmo . Essa força é chamada de 
 tensão e é dada pela fórmula: T = P x R, onde P é a pressão intra-abdominal e R o 
 raio da curvatura da parede abdominal em urna dada região; Isso é de grande 
 importância no mecanismo gerador de deiscências (ou hérnias), onde deficiências 
 naturais ou criadas por intervenções cirúrgicas naparede abdominal fazem com que 
 ela não resista ao aumento da tensão, terminando por romper-se . 
 importância das alterações da pressão abdominal durante o esforço e o seu 
 relacionamento com a formação de evisceração e hérnia. 
 Atividades como a tosse e o vômito geram um aumento de pressão com valores que 
 chegam a atingir 150 cmH 2 O, aumentando consideravelmente o risco de rupturas; 
 O estiramento muscular também atua, alterando de modo substancial a estática de 
 uma cicatriz cirúrgica. É provável que os músculos abdominais possam ter fortes 
 contrações sem aumentar significantemente a pressão abdominal. 
 hérnias diretas são resultados de defeitos adquiridos, levando ao enfraquecimento 
 da fáscia transversalis – que corresponde a parede posterior do canal inguinal. O 
 fator de risco mais importante para o desenvolvimento desse defeito é o aumento da 
 pressão intra-abdominal, que acontece em pacientes com tosse crônica, gravidez, 
 obesidade ou que praticam atividades físicas com peso excessivo, por exemplo; 
 em animais, grande maioria de hérnias abdominais é causada por traumatismos, por 
 atropelamentos, chutes ou quedas; região inguinal à mais acometida; 
 podem apresentar sinais clínicos variados, desde grandes aumentos de volume em 
 região inguinal unilateral ou bilateral até aumentos que podem passar 
 despercebidos, associados a dor ou não, fatores estes que estão relacionados com 
 o tipo de órgão herniado, presença ou não de estrangulamento de órgãos, 
 desfavorecendo o aporte sanguíneo e gravidade do trauma; 
 Nas hérnias inguinais podemos encontrar presença de órgãos como o útero, alças 
 intestinais como o intestino delgado e cólon, bexiga urinária, ovário, gordura, baço e 
 omento; 
 tratamento para hérnias inguinais é cirúrgico sendo o procedimento denominado 
 herniorrafia, e que deve ser empregado o mais breve possível após a identificação 
 para evitar complicações futuras como obstruções, estrangulamentos ou 
 encarceramentos, podendo resultar em efusão e, ocasionalmente, o estômago pode 
 timpanizar (acúmulo anormal de gases no estômago do animal) dificultando o 
 retorno venoso ; 
 ★ PRESSÃO ABDOMINAL = PESO/ÁREA 
 -QUANDO OCORRE MUDANÇAS NESSES FATORES PODE LEVAR À 
 HERNIAÇÃO. 
 -oriunda da interação entre a parede abdominal e as vísceras em seu interior, 
 oscilando de acordo com a fase respiratória e a resistência da parede abdominal . 
 -O compartimento abdominal possui complacência limitada e, quando é exercida 
 uma pressão acima da fisiológica, ocorre alteração da perfusão tecidual, com 
 possível desenvolvimento de isquemia e alterações circulatórias importantes. 
 -parede é limitada cranialmente > pelo diafragma, que, devido à sua convexidade 
 craniana, se estende por uma distância considerável até o tórax; 
 -Dorsalmente > pelas vértebras lombares e musculatura lombares e parte lombar do 
 diafragma; 
 -lateralmente > músculos oblíquos e transversos; fáscia abdominal; cartilagens das 
 costelas esternais; parte das costelas caudais; 
 -ventralmente > consiste músculos retos, aponeuroses dos músculos oblíquos e 
 transversos, fáscia abdominal e cartilagem xifóide; 
 -Caudalmente > é contínuo através da entrada pélvica com a cavidade pélvica; 
 -contém a maior cavidade do corpo; 
 -parte mais cranial > parte intratorácica > envolvida pelas últimas costelas e 
 cartilagens costais; 
 -parte mais caudal > sustentada pelo esqueleto somente em seu aspecto dorsal; 
 -contêm o saco peritoneal; estômago, intestinos delgado e grosso, fígado e 
 pâncreas associados; baço; rins, ureteres, bexiga e uretra (em parte); ovários e a 
 maior parte do sistema reprodutivo da fêmea e pequena parte do trato reprodutivo no 
 macho; glândulas adrenais; e muitos nervos, vasos sanguíneos e linfonodos e vasos 
 linfáticos; 
 -revestido pelo peritônio (membrana serosa) > membrana serosa de parede dupla 
 que forra a parede abdominal (peritônio parietal) e dela se reflete sem solução de 
 continuidade sobre as vísceras para revesti-las em variável extensão (peritônio 
 visceral); forma uma grande saco peritoneal indiviso envolvendo a cavidade 
 peritoneal >> se estende caudalmente na cavidade pélvica (caudal e mais menor) 
 para distâncias que variam com a espécie; as duas cavidades possuem esse saco 
 peritoneal; em associação com o líquido extraperitoneal, permite o deslizamento 
 de uma víscera sobre a outra com um coeficiente de atrito praticamente nulo ; 
 membrana altamente permeável e possui grande superfície sendo uma excelente via 
 alternativa para a administração de fluidos; A água, os eletrólitos e a uréia são 
 rapidamente transportados através da membrana peritoneal; no entanto, também as 
 substâncias tóxicas endógenas e exógenas são livremente absorvidas; Em casos de 
 obstrução intestinal com distensão e distúrbios de circulação, pode haver absorção 
 de toxinas bacterianas mesmo sem haver peritonite; Essa rápida absorção de 
 toxinas bacterianas é que torna grave o quadro de peritonite, levando a um alto 
 índice de mortalidade; 
 Brilhante, lisa, secreta fluido; função de sustentação, redução do atrito visceral e 
 Redução de infecções. 
 porque o peritônio se dispõem formando ligamentos, mesentérios e etc ? 
 É por conta do desenvolvimento embrionário; as vísceras abdominais sofrem, no 
 curso de seu desenvolvimento, alterações complexas antes de atingir sua forma e 
 posição definitivas. Nestas alterações o peritônio é levado junto com as vísceras, 
 sofrendo torções, fusões e coalescências. Por outro lado, muitos órgãos abdominais 
 são extremamente móveis e o peritônio tem que se dispor de modo a fixá-los e, ao 
 mesmo tempo, permitir sua mobilidade. 
 Entre os folhetos parietal e visceral está a cavidade peritonial, virtual em estado 
 normal, mas real sob certas circunstâncias , como derrames de ar ou líquido 
 (pneumoperitônio, hemoperitônio, derrames de bile, conteúdo gástrico ou intestinal, 
 etc) ou introdução artificial de ar ou líquido para fins de diagnóstico ou tratamento. 
 Também a abertura cirúrgica ou traumática do peritônio, após secção dos planos 
 parietais, ao permitir a entrada de ar, transforma a cavidade peritoneal de virtual em 
 real. 
 -Em decorrência da disposição das vísceras abdominais, bem como de seu 
 desenvolvimento embrionário, o peritônio apresenta algumas formações próprias: 
 ● Mesos: que são reflexões do peritônio parietal posterior, constituídos por duas 
 lâminas, que relacionam a parede abdominal com sua respectiva víscera, 
 fixando-a e ao mesmo tempo dando-lhe mobilidade. O espaço entre as duas 
 lâminas do meso é preenchido por tecido extraperitoneal, pelo qual passam 
 vasos, nervos e linfáticos em direção a víscera. Os mesos existentes são o 
 mesentério , para o jejuno e o íleo, o mesocolo transverso , para o colo 
 transverso e o mesossigmóide , para o colo sigmóide. 
 ● Ligamentos: que são ou reflexões peritoniais de dupla lâmina que vão do 
 peritônio parietal (exceto o posterior, porque aí então seriam mesos) a uma 
 víscera ou reflexões peritoniais entre uma víscera e outra; Pregas que passam 
 da parede para um órgão ou de órgão para órgão, são geralmente estreito e 
 contém poucos vasos; 
 ● Omentos: são reflexões peritoniais largas, amplas, que sedispõe entre duas 
 vísceras, rica em tecido adiposo; Os omentos existentes são o omento 
 menor entre o fígado e a curvatura menor do estômago e a primeira porção 
 do duodeno e o omento maior que vai da curvatura maior do estômago ao 
 colo transverso e deste se dispõe como um “avental”, anteriormente às alças 
 intestinais. 
 -sua parede (cavidade abdominal) tem uma série de aberturas através das quais os 
 vasos e outros órgãos tubulares entram ou saem >> 3 deles estão no diafragma : 
 1. hiato aórtico > fica na parte dorsal do diafragma e cercado pela crura 
 diafragmática; passa a aorta; 
 2. hiato esofágico > Ventral ao hiato aórtico; através do qual o esôfago entra na 
 cavidade abdominal; 
 3. Forame das veias cava >> está na cúpula ou vértice do centro tendíneo do 
 diafragma; transmite a veia cava caudal, que está firmemente ancorada ao 
 diafragma neste ponto; 
 -Dividida em 3 regiões : cada região é subdividida em 2 regiões laterais e 1 região 
 mediana ventral 
 1. Região abdominal cranial (Epigástrica) 
 – Região hipocondríaca 
 – Região xifóide 
 2. Região abdominal média (Mesogástrica) 
 – Região abdominal lateral 
 – Região umbilical 
 3. Região abdominal caudal (Hipogástrica) 
 – Região inguinal 
 – Região púbica 
 -IMPORTÂNCIA CLÍNICA: Grande variedade de vísceras; Formações neoplásicas; 
 Corpo estranho; Aumentos viscerais associadas a doenças; Hérnias; Traumas; 
 Hemorragias importantes; Rupturas viscerais; 
 ● Cavidade Pélvica 
 -Revestida parcialmente pelo peritônio e pela fáscia pélvica. 
 -Cranial > Cavidade abdominal; 
 -Dorsal > Sacro e vértebras caudais; 
 -Laterais > Ílio e ligamentos; 
 -Ventral > Ísquio e púbis; 
 -Comunica-se abertamente com a cavidade abdominal; 
 -vísceras relacionadas com serosa peritoneal: útero, reto e bexiga; 
 -vísceras relacionadas com tecido adiposo, tecido conjuntivo, músculos: próstata, 
 reto, vagina, uretra pélvica; 
 -peritôneo e ligamentos: prendem os órgãos pélvicos às paredes do coxal e limitam 
 o seu deslocamento; funcionam como aparelho de tração craniodorsal ou de 
 limitação dos movimentos dos órgãos pélvicos; 
 -ESTÁTICA feita pelos: 
 1. Tecido conjuntivo pouco fibroso 
 2. Em parte pelo peritôneo 
 3. Músculos do períneo : Corpo perineal (mm. esfíncter externo do ânus, 
 bulbo esponjoso, elevador do ânus e transverso superficial do períneo) 
 FÊMEAS: mm. constritor do vestíbulo, constritor da vulva, esfíncter 
 cutâneo dos lábios; MACHOS: m. bulboesponjoso. 
 ● Importante esse estudo para equilíbrio, realização de manobras como 
 palpação retal, parto e para semiologia, radiologia, clínica, cirurgias, 
 obstetrícia.

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