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PRÉ-VESTIBULAR MUNICIPAL DE BELÉM Av. Alcindo Cacela, nº 2144, Nazaré, Belém-Pará PROF: RONALDO FREITAS JR. FISIOLOGIA HUMANA SISTEMA RESPIRATÓRIO Representação esquemática da respiração celular que ocorre no citoplasma para a obtenção da molécula energética ATP (Adenosina Trifosfato). Vista geral do sistema respiratório humano com seus principais órgãos. A respiração é o fenômeno representado por uma constante troca de gases entre os seres e o ambiente, com o consumo de oxigênio pelos organismos e eliminação de gás carbônico, a fim de suprir as necessidades das células. Portanto, percebe-se que a respiração é um processo funcional que envolve etapas que se passam em nível de organismo (atuação de pulmões, brônquios, bronquíolos, etc.) e etapas que transcorrem em nível celular (glicólise, ciclo de Krebs e cadeia respiratória). Os alimentos são usados como fonte de energia para nossas células. Entretanto, dentro das células, eles são submetidos a uma “queima química”, liberando a energia acumulada neles. Essa liberação de energia resulta na formação de CO2 e íons hidrogênio. O CO2 é tóxico e não deve ficar acumulado no interior das células, sendo conduzido pelo sangue até os pulmões onde é liberado pela expiração (eliminação de ar). Os íons hidrogênio acumulados tendem a provocar acidose nas células. É para evitar a acidose que o gás oxigênio entra em cena. Através da inspiração (obtenção de ar) o O2 atinge o interior da célula e se combina com os íons hidrogênio, formando água que será eliminada pela urina e suor, principalmente. 1. Funções do sistema respiratório Realizar a troca do gás CO2 pelo O2, permitindo que este chegue via circulação sanguínea até as células e no interior das mesmas participe da produção de energia através do Ciclo de Krebs e da Cadeia Respiratória; Regulação homeostática do pH do corpo Através da retenção ou excreção de CO2; Proteção contra patógenos e substâncias inalantes inaladas O epitélio respiratório aprisiona e destrói substâncias nocivas antes que entrem no corpo. Vocalização O ar move-se através das cordas vocais criando vibrações (sons) que permitem a fala, o canto e outras formas de comunicação. 2. Órgãos componentes do sistema respiratório O sistema respiratório humano é constituído por um par de pulmões e por vários órgãos que conduzem o ar para dentro e para fora das cavidades pulmonares. Esses órgãos são as fossas nasais, coanas, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e os alvéolos, os três últimos localizados no interior dos pulmões. Fossas nasais (Cavidades nasais) São duas cavidades paralelas que começam nas narinas e terminam na faringe. Elas são separadas uma da outra por uma parede cartilaginosa denominada septo nasal. Em seu interior há dobras chamadas cornetos nasais, que forçam o ar a turbilhonar. Possuem um revestimento dotado de células produtoras de muco e células ciliadas, também presentes nas porções inferiores das vias aéreas, como traqueia, brônquios e porção inicial dos bronquíolos. No teto das fossas nasais existem células sensoriais, responsáveis pelo sentido do olfato. Na entrada fossas nasais, ainda na região das narinas, existem pelos que ajudam a reter partículas de poeiras em suspensão no ar. Esses pelos são denominados de vibríssias. De um modo geral, as fossas nasais tem as funções de filtrar, umedecer e aquecer o ar que irá para os pulmões. Coanas Fazem a comunicação das cavidades nasais com a faringe. Faringe É uma estrutura comum aos sistemas digestório e respiratório e comunica-se com a boca e com as fossas nasais. O ar inspirado pelas narinas ou pela boca passa necessariamente pela faringe, antes de atingir a laringe. Laringe É um tubo sustentado por peças de cartilagem articuladas, situado na parte superior do pescoço, em continuação à faringe. O pomo-de-adão, saliência que aparece no pescoço, faz parte de uma das peças cartilaginosas da laringe. A entrada da laringe chama-se glote. Acima dela existe uma espécie de “lingueta” de cartilagem denominada epiglote, que funciona como válvula. Quando nos alimentamos, a laringe sobe e sua entrada é fechada pela epiglote. Isso impede que o alimento ingerido penetre nas vias respiratórias. O epitélio que reveste a laringe apresenta pregas, as cordas vocais, capazes de produzir sons durante a passagem de ar. E N E M 2 0 1 8 2 Movimentos respiratórios. Observe a contração e o relaxamento do diafragma durante o processo. Acima, à esquerda, representação da laringe e início da traqueia. À direita, representação dos pulmões e na base desses órgãos o músculo diafragma. Traqueia É um tubo de aproximadamente 1,5 cm de diâmetro por 10-12 centímetros de comprimento, cujas paredes são reforçadas por anéis cartilaginosos. Bifurca-se na sua região inferior, originando os brônquios, que penetram nos pulmões. Seu epitélio de revestimento muco-ciliar adere partículas de poeira e bactérias presentes em suspensão no ar inalado, que são posteriormente varridas para fora (graças ao movimento dos cílios) e engolidas ou expelidas. Pulmões Os pulmões humanos são órgãos esponjosos, com aproximadamente 25cm de comprimento, sendo envolvidos por uma membrana serosa denominada pleura. Nos pulmões os brônquios ramificam-se profusamente, dando origem a tubos cada vez mais finos, os bronquíolos. O conjunto altamente ramificado de bronquíolos é a árvore brônquica ou árvore respiratória. Cada bronquíolo termina em pequenas bolsas formadas por células epiteliais achatadas (tecido epitelial pavimentoso) recobertas por capilares sanguíneos, denominadas alvéolos pulmonares. O pulmão direito é ligeiramente maior do que o esquerdo, pois possui três lóbulos, enquanto que este último possui dois lóbulos. A base de cada pulmão apoia-se no diafragma, órgão músculo-membranoso que separa o tórax do abdomen, presente apenas em mamíferos, promovendo, juntamente com os músculos intercostais, os movimentos respiratórios. Localizado logo acima do estômago, o nervo frênico controla os movimentos do diafragma. b) Os movimentos respiratórios O órgão no qual têm lugar as trocas gasosas é o pulmão, e, em particular, os alvéolos pulmonares. O ar, como já foi dito, chega ali através das vias respiratórias, cuja tarefa não se reduz, porém, a uma simples condução, mas é completada por algumas outras funções acessórias. As fossas nasais, por exemplo, têm a tarefa de aquecer o ar e de depurá-lo do pó que ele contém. Um serviço análogo é prestado ainda por outras partes do aparelho (faringe, traquéia, brônquios), de tal modo que, quando o ar chega nos pulmões, já está bastante aquecido e purificado. O ar, todavia, não poderia entrar e sair dos pulmões se estes fossem imóveis. Na realidade, os pulmões são órgãos passivos. O que se move é a caixa torácica, que é o verdadeiro elemento ativo da respiração. Dotados de grande elasticidade, os pulmões conseguem acompanhar qualquer modificação da caixa torácica, dilatando-se ou restringindo-se com esta. Assim, a caixa torácica realiza os movimentos respiratórios, resultando na respiração mecânica (ventilação pulmonar), movimentos estes constituídos em duas etapas contínuas: inspiração, mediante a qual o ar entra nos pulmões, e expiração, mediante a qual o ar é expulso dos pulmões para o exterior. Na inspiração, a caixa torácica se dilata; na expiração se contrai. Os movimentos respiratórios se realizam pela intervenção do sistema nervoso. Existe no bulbo (ou medula alongada) o "centro da respiração". Tal centro envia ordens à caixa torácica, e em particular aos músculos intercostais e ao diafragma, por meio dos nervos frênicos. Durante a inspiração a caixa torácica (e consequentemente os pulmões) se dilata, portanto, em todas as direções ou vice-versa. Em particular o diafragma, situado na base da caixa torácica, contrai-seno sentido vertical, levantando as costelas sobre as quais se insere. Isso ocorre, também, pelo fato dos músculos intercostais (situados entre as costelas) se contraírem. Assim, há um aumento do volume da caixa torácica, o que torna a pressão no interior dos pulmões menor que do ar atmosférico, fazendo com que o ar penetre nos mesmos. Na expiração o diafragma eleva-se e, juntamente com os músculos intercostais, relaxa, provocando a redução do volume torácico e pulmonar. Portanto, a pressão interna nos pulmões fica maior que a atmosférica, o que permite a saída do ar contendo CO2. Os movimentos respiratórios são involuntários, porque se produzem mesmo sem o concurso da nossa vontade (na verdade, respiramos sem tomar conhecimento disto, e respiramos mesmo durante o sono), a vontade pode, porém, intervir para modificar os movimentos respiratórios ou para suspendê-los por curto tempo. Obs1 É praticamente impossível tentar o suicídio prendendo a própria respiração. Isso acontece pelo fato de podermos controlar os movimentos respiratórios até certo ponto. À medida que o nível de gás CO2 aumenta no sangue, pois esse gás não está sendo eliminado pela expiração bloqueada temporariamente, o centro nervoso localizado no bulbo (uma região do encéfalo) envia impulsos ao diafragma e aos músculos intercostais, provocando um aumento na intensidade dos movimentos respiratórios e nos forçando a liberar o ar que está preso nos pulmões. c) O transporte de gases pelo sangue No nosso sangue existem pigmentos respiratórios que transportam os gases O2 e CO2, principalmente o primeiro. O principal pigmento é a hemoglobina (proteína presente no interior das hemácias), que apresenta uma grande afinidade pelo gás O2. O transporte de gases pelo sangue envolve basicamente dois processos que ocorrem simultaneamente: a hematose e o efeito Bohr. Para que possamos entender de forma mais clara tanto a hematose quanto o efeito Bohr é importante relembramos o que é pressão parcial de um gás. A pressão parcial de um gás é a pressão exercida isoladamente sobre as paredes de um recipiente por um gás quando este faz parte de uma mistura. Um exemplo bem fácil de entender: vamos admitir que temos em um recipiente uma mistura de gases N2 e O2 que juntos exercem uma pressão 1000mmHg sobre as paredes de um determinado recipiente. Entretanto, as porcentagens desses gases na mistura são diferentes, sendo 75% para o N2 e 25% para o O2. Logo, podemos afirmar que a pressão parcial do N2 (PN2) é de 750mmHg, enquanto que a pressão parcial do O2 (PO2) é de 250mmHg. 3 Hematose nos alvéolos pulmonares. Abaixo, transporte do O2 dos alvéolos até os tecidos. Um dos fatores que influenciam o deslocamento de um gás de um meio para outro é a diferença de pressão parcial. Assim, os gases se deslocam de um local de maior para de menor pressão parcial. Como consequência, o poder de penetração de um gás através de uma membrana respiratória, como a alveolar, é diretamente proporcional a sua pressão parcial. Isto é, quanto maior for a pressão parcial desse gás no alvéolo, por exemplo, maior será a sua tendência em se difundir (atravessar) a membrana alveolar para chegar até o sangue. O contrário também é verdadeiro quando um gás passa do sangue para o interior de um alvéolo pulmonar. Abaixo, quadro demonstrando as pressões parciais (em mmHg) e concentração percentual dos principais gases respiratórios na atmosfera e nos alvéolos. Hematose É a troca gasosa que ocorre em nível de alvéolos pulmonares, entrando o O2 e saindo o CO2 do nosso sangue, proporcionando a oxigenação sanguínea. Uma vez que o gás oxigênio entra nos pulmões pela inspiração, o mesmo atravessa a membrana alveolar por difusão e penetra no interior dos capilares sanguíneos. Assim, há a transformação do sangue venoso (pobre em oxigênio) em sangue arterial (rico em oxigênio). Todo o processo depende principalmente da diferença das pressões parciais do O2 e CO2. O gás oxigênio nos alvéolos pulmonares possui pressão parcial de 104mmHg em comparação a sua pressão parcial na atmosfera que é de 159mmHg, enquanto que a pressão parcial do CO2 no sangue é de 45mmHg e no interior dos alvéolos de 40mmHg. Essas diferenças parciais permitem que o O2 passe do interior dos alvéolos para o sangue e o CO2 faça trajeto contrário, caracterizando a hematose. O transporte de O2 no sangue Após realizar a hematose, o gás O2 penetrar no interior das hemácias, o gás oxigênio combina-se com inúmeras moléculas de hemoglobina (através de ligações suficientemente fracas e instáveis para permitir a difusão do O2 para os tecidos vivos), formando a oxiemoglobina. Cada molécula de hemoglobina é capaz de se ligar com até 4 moléculas de O2. A hemoglobina (Hb) é uma proteína formada por globina com o pigmento heme que contém Fe++ em sua estrutura. Logo é o pigmento heme que constitui o verdadeiro transportador de O2. Veja a reação química desse processo abaixo. Como nos tecidos a concentração do gás O2 é pequena, devido ao consumo contínuo do mesmo no processo de respiração celular (obtenção de energia pela célula), ele passa por difusão do sangue para o interior das células que fazem parte dos tecidos. Obs2 Alguns fatores favorecem a ocorrência da hematose, dentre os quais destacamos: Diferença de pressão dos gases entre as faces das membranas alveolares e dos capilares Quanto maior a pressão dos gases, mais elevada é a velocidade da difusão dos mesmos; Área da membrana respiratória ou alveolar Quanto maior a área da membrana alveolar, mais rápida é a difusão dos gases; Espessura das membranas alveolares e solubilidade dos gases no líquido surfactante Quanto mais delgadas (finas) são as membranas alveolares e mais solúveis são os gases no líquido surfactante, mais rápida é a difusão. É bom ressaltar que o líquido surfactante está localizado no interior dos alvéolos pulmonares, permitindo que estes fiquem abertos durante a respiração, através de uma tensão, o que facilita a entrada de oxigênio na circulação sanguínea. Efeito Bohr É um fenômeno que descreve a tendência da hemoglobina a perder afinidade pelo oxigênio em ambientes mais ácidos (e a ganha em ambientes mais alcalinos). Este efeito é mais bem observado no sangue na circulação próxima aos tecidos não- alveolares, longe das trocas de gases dos pulmões. No sangue arterial a pressão parcial do O2 é de 100mmHg. Essa pressão faz com o O2 ao entrar com o sangue nos capilares, difunda-se para o líquido intersticial localizado entre as células que formam os tecidos, onde a pressão parcial do O2 é em torno de 40mmHg. Ao mesmo tempo o CO2 tecidual, com pressão parcial de 50mmHg, difunde-se para sangue onde a sua pressão parcial é de 45mmHg. Assim, à medida que consome o gás oxigênio no seu processo de obtenção de energia, as células dos tecidos produzem o gás carbônico (CO2), que deve ser eliminado do organismo devido à sua toxicidade. O transporte de CO2 no sangue Ao sair das células teciduais por difusão, grande parte do CO2 penetra nas hemácias e reage com a água formando o ácido carbônico (H2CO3). Essa reação química é realizada pela enzima anidrase carbônica, presente no interior das hemácias. Ainda dentro das hemácias, o ácido carbônico dissocia-se em íons +H e bicarbonato (HCO-3). Este último sai das hemácias e é transportado dissolvido no plasma na forma de bicarbonato de sódio. Já o íon +H combina-se com a hemoglobina que ficou livre do oxigênio e forma a desoxiemoglobina. Gás Ar atmosférico Ar alveolar N2 O2 CO2 597,0 (78,62%) 159,0 (20,84%) 0,15 (0,04%) 569,0 (74,9%) 104,0 (13,6%) 40,0 (5,3%) H2O 3,85 (0,5%) 47,0 (6,2%) O transporte de O2 dos alvéolos para as células teciduais implica 3 eventos distintos: → (1) Difusão do O2 dos alvéolos para o sangue; (2) Transporte do O2 no interior das hemácias ligado à hemoglobina pelas artérias atéos capilares dos tecidos; (3) Difusão do oxigênio dos capilares para os tecidos (Efeito Bohr). 4 Nos pulmões ocorre o processo inverso. O bicarbonato penetra novamente nas hemácias e reage com os íons +H, formando novamente o ácido carbônico (H2CO3). Este, por sua vez, dissocia-se em CO2 e água, sendo que o CO2 passa das hemácias para o interior dos alvéolos pulmonares por difusão, e daí é eliminado para meio externo através da expiração. Portanto, observa-se, que a maior parte do CO2 (cerca de 70%) é transportado no sangue na forma de bicarbonato, e apenas uma pequena parte (23%) se ligam a hemoglobina para formar a carboemoglobina ou carbaminoemoglobina. Os 7% restantes são transportados livremente no plasma sanguíneo. Obs3 O monóxido de carbono (CO) que é resultante da queima de combustíveis fósseis e pelo uso de cigarro é uma substância altamente tóxica devido à sua grande afinidade com a hemoglobina. A combinação do CO com a hemoglobina forma um composto altamente estável, a carboxiemoglobina, que impede o transporte do gás O2. Caso a quantidade de CO inalada pelo indivíduo seja muito alta, a falta de gás oxigênio pode levar o indivíduo à morte. EXERCÍCIOS 1. O fato de alguns jogos de futebol ser realizados em países de grandes altitudes, o deslocamento dos atletas para essas regiões acarreta-lhes algumas alterações no organismo: modificações das atividades respiratórias em curto prazo e alterações sanguíneas em longo prazo. Desta forma, esses atletas apresentam: A) Isoventilação e manutenção do número de hemácias. B) Hipoventilação e aumento do número de hemácias. C) Hiperventilação e aumento do número de hemácias. D) Hipoventilação e diminuição do número de hemácias. E) Hiperventilação e diminuição do número de hemácias. 2. Renato, bombeiro, recebeu um chamado para socorrer uma vítima de afogamento. Ele possuía a sua disposição três recipientes, nos quais havia marcados os componentes e suas respectivas proporções: No recipiente A →100% de O2 No recipiente B → 95% de O2 e 5 % de CO2 No recipiente C → 80% de N2 e 20 % de CO2 Qual recipiente Renato utilizou e por quê? A) O A porque o O2 puro induz a medula óssea a produzir hemácia. B) O B porque além de apresentar percentagem de O2 há também CO2 que estimula o bulbo a reiniciar os movimentos respiratórios. C) O C porque a taxa de O2 é semelhante à mesma do ar atmosférico. D) O A porque o O2 puro repõe as necessidades respiratórias dos tecidos. E) A ou B, pois os níveis de O2 são elevados nesses recipientes, que estimula o bulbo a aumentar a frequência respiratória pelos músculos cardíacos. 3. Um dos mais belos momentos é o início da vida de um ser humano. Quando se lhe corta o cordão umbilical e o médico lhe dá a famosa “palmadinha”, abre-se um maravilhoso mundo para a criança. O choro da criança traz alegria aos médicos, porque fica assegurado que essa criança respirou, ou seja: A) Inspirou ar rico em gás oxigênio e depois expirou ar rico em gás carbônico. B) Inspirou ar rico em gás nitrogênio e depois expirou ar rico em gás oxigênio. C) Expirou ar rico em gás oxigênio e depois inspirou ar rico em gás carbônico. D) Expirou ar rico em gás carbônico e depois expirou ar rico em gás oxigênio. E) Inspirou ar rico em gás oxigênio e depois expirou ar rico em gás nitrogênio. 4. Quando um macaco se desloca rapidamente sobre uma superfície plana ou quando sobe rapidamente em uma árvore alta, o trabalho de seus músculos libera muito CO2 para o sangue. Com isso, o sangue torna-se: A) Alcalino, fazendo com que o bulbo envie estímulos para acelerar o ritmo respiratório. B) Alcalino, fazendo com que o cérebro envie estímulos para acelerar o ritmo respiratório. C) Ácido, fazendo com que o cerebelo envie estímulos para acelerar o ritmo respiratório. D) Ácido, fazendo com que o bulbo envie estímulos para acelerar o ritmo respiratório. E) Ácido, fazendo com que o cérebro envie estímulos para acelerar o ritmo respiratório. 5. A taxa de consumo de oxigênio em relação à massa corpórea é muito mais alta no mamífero pequeno que no grande. Por exemplo, 1g de tecido de um camundongo consome oxigênio numa taxa até 100 vezes maior que 1g de tecido de um elefante. Esse elevado consumo de oxigênio do animal pequeno requer um maior suprimento desse elemento para os tecidos. Assim sendo, espera-se que mamíferos menores apresentem: A) Maior frequência cardíaca e menor frequência respiratória que mamíferos maiores. B) Menor frequência cardíaca e maior frequência respiratória que mamíferos maiores. C) Menor frequência cardíaca e menor frequência respiratória que mamíferos grandes. D) Maior frequência cardíaca e maior frequência respiratória que mamíferos maiores. E) Frequência cardíaca e respiratória igual à dos mamíferos maiores. 6. Assinale a alternativa que indica o comportamento da caixa torácica, dos músculos intercostais e do diafragma durante a expiração humana. A) A caixa torácica aumenta de volume, os músculos intercostais contraem-se e o diafragma abaixa. B) A caixa torácica aumenta de volume, os músculos intercostais contraem-se e o diafragma levanta. C) A caixa torácica diminui de volume, os músculos intercostais contraem-se e o diafragma levanta. D) A caixa torácica diminui de volume, os músculos intercostais relaxam-se e o diafragma levanta. E) A caixa torácica diminui de volume, os músculos intercostais relaxam-se e o diafragma abaixa. 7. O pH do sangue pode ser afetado pela concentração de CO2 de acordo com a figura 1. A afinidade da hemoglobina pelo oxigênio depende tanto da concentração relativa deste gás (PO2) Acima, transporte do CO2 no sangue. (1) O H2CO3 é dissociado em HCO3- e H+ dentro das hemácias. (2) HCO3- sai das hemácias sendo transportado no plasma sanguíneo até os pulmões. (3) Ao chegar nos pulmões o HCO3- entra novamente nas hemácias e liga-se ao H+ formando H2CO3 que é dissociado pela AC em H2O e CO2. 5 nos pulmões e nos tecidos quanto do pH do sangue, de acordo com o gráfico na figura a seguir. Analisando as informações acima de acordo com seus conhecimentos, é correto afirmar, exceto: A) A eliminação de CO2 nos pulmões tende a alcalinizar o sangue aumentando a afinidade da hemoglobina pelo O2. B) O aumento da respiração pulmonar decorre do aumento das atividades físicas aeróbias contribui para a manutenção do pH sanguíneo. C) A alcalinização do sangue favorece a liberação de oxigênio nos tecidos. D) A liberação de O2 pelas hemácias pode ser influenciada pela redução da concentração de oxigênio (PO2) nos tecidos. E) A formação do ácido carbônico no interior das hemácias decorre da ação da enzima anidrase carbônica. 8. A tabela a seguir representa os casos de uma doença pesquisada em indivíduos de uma cidade que tem uma indústria química. Em relação à ocorrência dessa doença, foram feitas as afirmações a seguir: I. A doença respiratória atinge os indivíduos que trabalham e os que não trabalham na indústria química. II. A maior parte dos que tiveram doença respiratória trabalha na indústria química da região. III. A doença respiratória é causada pelos produtos emitidos pela indústria química. IV. Dos indivíduos pesquisados, menos da metade apresentou doença respiratória. É correto o que se afirma apenas em: A) I e II B) II, III e IV. C) II e III. D) II e IV. E) I e IV. 9. A capacidade de oxigenação dos tecidos pelo sangue e a correspondente liberação de gás carbônico estão diretamente relacionadas com o número de glóbulos vermelhos e com a quantidade de hemoglobina. A forma bicôncava das hemácias também aumenta essa capacidade porque: A) Faz com que as células vivam mais tempo e não precisem ser substituídas. B) Facilita a circulação das hemácias pelos capilares. C) Torna as células independentes da quantidade de hemoglobinanelas existentes. D) Aumenta a relação superfície/volume das células possibilitando que um maior número de moléculas de O2 e CO2 se difunda através da membrana. E) Desloca as moléculas de hemoglobina para o seu centro protegendo melhor o O2 das degradações químicas. 10. Hipoxia ou mal das alturas consiste na diminuição de oxigênio (O2) no sangue arterial do organismo. Por essa razão, muitos atletas apresentam mal-estar (dores de cabeça, tontura, falta de ar etc.) ao praticarem atividade física em altitudes elevadas. Nessas condições, ocorrerá uma diminuição na concentração de hemoglobina oxigenada (HbO2) em equilíbrio no sangue, conforme a relação: Hb (aq) + O2 (aq) HbO2 (aq) A alteração da concentração de hemoglobina oxigenada no sangue ocorre por causa do(a): A) elevação da pressão arterial. B) aumento da temperatura corporal. C) redução da temperatura do ambiente. D) queda da pressão parcial de oxigênio. E) diminuição da quantidade de hemácias. 11. Com o auxílio do gráfico e dos seus conhecimentos, julgue os seguintes itens acerca do ciclo respiratório humano. I. Para permitir as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos, o tecido encontrados nos vasos sanguíneos é de natureza conjuntiva. II. A pressão de CO2 atmosférico nos alvéolos é menor que nos capilares pulmonares. III. A difusão do oxigênio ocorre dos capilares sanguíneos para os tecidos. IV. Para permitir as trocas gasosas entre o sangue e os tecidos, o epitélio encontrado nos vasos sanguíneos é estratificado. V. Considerando que um provável efeito do choque elétrico seja a contração muscular, é possível que, em decorrência de um choque, o ciclo representado na figura acima seja interrompido. Estão corretas: A) I, II, III e IV. B) I, III, IV e V C) II, III e IV D) II, III e V. D) III, IV e V. 12. Desde o dia 07 de agosto de 2009, uma lei estadual proíbe o fumo em ambientes fechados coletivos no Estado de São Paulo. A medida é bem vinda, pois se sabe que dentre os inúmeros problemas de saúde causados ou agravados pelo fumo, um deles é o fato de o monóxido de carbono (CO), presente na fumaça do cigarro: A) causar irritação no epitélio das vias aéreas superiores, favorecendo infecções e dificultando o aporte de oxigênio aos pulmões. B) provocar lesões nas paredes dos alvéolos, que se rompem e ampliam a superfície do tecido para trocas gasosas. C) provocar lesões nas organelas das células das mucosas das vias aéreas e dos pulmões, o que é a causa primária do câncer. D) provocar rigidez dos brônquios e do diafragma, comprometendo a capacidade de inspiração e expiração. E) estabelecer uma ligação química com a hemoglobina, resultando em hemácias com baixo potencial de oxigenação.
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