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Tradições Religiosas Aula 6: As religiões abraâmicas: Judaísmo e Islamismo Apresentação Judaísmo, Cristianismo e Islamismo são as religiões abraâmicas e são chamadas assim porque suas origens remontam ao profeta Abraão e à sua busca pela terra prometida. Estudar essas três religiões é importante. Não porque são as maiores religiões monoteístas do mundo, ou porque a�rmam que possuem um ancestral comum. Você deve estudá-las porque elas in�uenciaram de forma direta e indireta a cultura ocidental e, consequentemente, de todo o mundo, a partir do momento que o Ocidente passou a in�uenciar e dominar as relações políticas e econômicas em âmbito global. Nesta aula, abordaremos as tradições religiosas do Judaísmo e do Islamismo. Analisar a tradição religiosa judaica signi�ca estudar as bases do nascimento da cultura ocidental atual porque foi do Judaísmo que surgiu o Cristianismo. Elas hoje possuem diferenças gritantes, mas foi do Judaísmo que o Cristianismo retirou boa parte de sua visão Cosmológica, copiada do livro Gênesis. O estudo do Islamismo também é de suma importância. Ele nasceu na península arábica e expandiu-se por todo o Oriente Médio, chegando ao continente europeu. Estudaremos as tradições religiosas e como elas construíram uma cultura, a mulçumana. Bons estudos! Objetivos Descrever a religião judaica, sua origem, ritos, crenças e tabus; Examinar o Islã como uma cultura pautada em ensinamentos religiosos que de�nem seus seguidores como mulçumanos, independentemente de sua etnia; Discutir o Islamismo e suas tradições religiosas. Primeiras palavras Abraão foi mais do que um profeta, ele foi O Patriarca, ajudou a criar as bases religiosas, e também sociais, das religiões judaica, cristã e islâmica. É por isso que essas religiões são conhecidas como de religiões abraâmicas. Para os judeus, Abraão é o fundador da religião judaica porque ele foi o escolhido por Deus para revelar a verdade basilar do credo judaico: a existência do Deus único, criador de tudo e também porque foi com ele que Deus fez a primeira grande Aliança com os homens. No Islamismo, Abraão também é visto como o profeta, enviado por Deus para lembrar o povo que só existe um Deus, e que sua vontade deve ser seguida pelo crente. Entender essa ligação é importante porque as duas religiões, Judaísmo e Islamismo, acreditam que as respostas para todas as perguntas só podem ser respondidas se forem buscadas na tradição religiosa. Ela in�uencia o comportamento diário do crente. As religiões abraâmicas partem do princípio da linearidade da existência terrena. Todas as três creem em profecias que sinalizam que um dia o mundo como nós o conhecemos irá acabar e um novo surgirá, onde haverá prosperidade, paz e justiça divina. Sacrifício de Isaac (por Abraão), pintado por Rembrandt | Fonte: Wikipedia Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Judaísmo A maior característica do Judaísmo é o rito litúrgico, é seguir a tradição milenar ensinada e discutida em hebraico nas sinagogas. Quando entendemos isso, percebemos que a cultura é uma das bases do nascimento e da conservação das tradições religiosas. Sem a cultura não existiria a difusão dos conhecimentos, crenças e rituais que mantêm as tradições religiosas vivas, pois elas têm todo um simbolismo que norteia o crente e distingue sua fé, sua religiosidade , consequentemente, proporciona a ele uma identidade cultural religiosa própria. O hebraico é a língua litúrgica tanto no Brasil como em qualquer outro lugar no mundo, é a língua o�cial nas sinagogas. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online javascript:void(0); Conservar o hebraico como idioma litúrgico foi o meio usado pelos judeus para manter sua cultura religiosa. A oração judaica remonta à sua herança ancestral, expressa a visão de mundo e reforça a fé do crente. Além de ser um ato religioso, a oração é uma rea�rmação da sua cultura. A tradição religiosa judia se mescla à própria história do povo judeu. Quando o crente faz suas orações, ele relembra a história do seu povo e expressa o que anseia para o futuro: a manutenção da eterna Aliança entre seu povo e Deus. Judeus | Fonte: Bumble Dee / Shutterstock Estátua de Moisés segurando os 10 mandamentos | Fonte: Iyd39 / Shutterstock A Torá A Torá é a parte mais importante da bíblia hebraica. Ela é formada por cinco livros sagrados — Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio — que, segundo a tradição judaica, expressam literalmente a vontade de Deus e por isso é vista como a lei que deve reger o crente. De acordo com a tradição, a Torá foi entregue a Moisés por Deus, para que ele a difundisse pela Terra. Essa difusão foi feita por homens. Eles eram íntegros, possuíam inspiração divina, mas eram somente homens. Isso quer dizer que, de acordo com a tradição judaica, quando Deus expressou sua vontade no monte Sinai, escolheu homens dignos e honrados para disseminá-la, que passaram a ser conhecidos como profetas. Esses homens não eram divinos. Foram escolhidos por Deus para espalhar sua vontade, sua lei, por possuírem retidão moral e integridade. A importância da Torá Clique no botão acima. A importância da Torá Os profetas interpretaram e transmitiram a Torá. Eles preservaram a lei e lembraram os judeus, sempre que necessário, do pacto que foi feito por eles com Deus. Isso é importante porque a Torá deu origem à religião judaica e também orientou o comportamento social do judeu, pois ela representa a vontade de Deus. Dela emanam as normas sociais que orientam os rituais e comportamentos do crente. Mas, não só dela. A Torá entregue a Moisés são as escrituras, e não podem ser contestadas, mas há também a Torá Oral, desconhecida para muitas pessoas. Como a Torá escrita foi entregue por Deus, é de difícil compreensão e, por isso, foi interpretada. Esse é um dos principais pilares que mantiveram a tradição judaica ao longo dos séculos. A tradição oral foi atualizando a palavra de Deus para que todo judeu pudesse entendê-la e, consequentemente, obedecê-la ao longo dos séculos. Deus não criou leis novas, ele inspirou homens para que interpretassem sua vontade adequadamente. Essa visão guia o Judaísmo. Como não há leis novas, o crente deve seguir as interpretações feitas ao longo dos séculos, que incluem a normatização de comportamentos. As interpretações da Torá interferem no ordenamento político, econômico, familiar, cultural e religioso. Se forçarmos um pouquinho a interpretação da Torá Oral, podemos a�rmar que a vontade de Deus só é aprendida quando praticada. Os dois rituais a seguir são exemplos da pratica da Torá Oral: Brit milá: É o ritual religioso judaico que simboliza o pacto de Aliança entre os judeus e Deus. Nesta cerimônia religiosa, os prepúcios dos recém-nascidos são cortados. O ato de circuncisar a criança no oitavo dia após o nascimento representa a lembrança do pacto que Deus fez com Abraão. (Gênesis 17:1-14) Bar Mitzvá e Bat Mitzvá: É um ritual tradicional judaico de massagem. Ele demarca o momento em que o menino ou a menina deixa de ser criança e passa a ser considerado adulto. Ele acontece quando o menino completa aos 13 anos (a menina passa pelo ritual quando completa 12 anos). É nele que o menino con�rma seu pacto com Deus (Brit Milá) e passa a ser responsável pelos seus atos, ou seja, deve seguir o que diz a Torá. A interpretação dos 10 mandamentos também demonstra a importância da Torá Oral. O primeiro mandamento faz alusão direta à existência de um único Deus, que escolheu um povo, e com ele fez uma Aliança. Esse mandamento é a origem do monoteísmo judaico, pois expressa fé na unidade de Deus (amar a Deus sob todas as coisas). O segundo mandamento diz que é proibido idolatrias e, por isso, não se pode fazer imagens de Deus. A interpretação feita pelos judeus é simples: para amar a Deus e honrá-lo, basta estudar e seguir a sua lei (a Torá). O terceiro mandamento pode ser interpretado de forma mais literal,pois diz que é proibido fazer juramentos em nome de Deus de forma inconsequente. Deus transcende a realidade e, por isso, sua santidade deve ser mantida. O quarto mandamento foi interpretado pelos judeus de forma a fazer uma distinção clara entre o mundo natural e o sobrenatural. O ato de realizar o shabat (não trabalhar depois do pôr do sol de sexta-feira até o pôr do sol de sábado) é uma forma de incentivar o crente a vivenciar a experiência religiosa na sua plenitude. O quinto mandamento é interpretado como uma forma de perpetuar os laços familiares. Tanto na bíblia hebraica como na cristã o princípio de manter a descendência é enfatizado, a ponto de o matrimônio ter se tornado um sacramento no Cristianismo. Não matar, não roubar, não trair a esposa, não mentir, nem cobiçar as coisas alheias são mandamentos que tratam de comportamentos tidos como moral e eticamente errados e que, por isso mesmo, não devem ser cometidos, pois trazem desarmonia social. Os cinco primeiros mandamentos tratam das relações do crente com Deus e com sua descendência, e os cinco últimos tratam das relações dos indivíduos em sociedade. Essa interpretação manteve a cultura judaica ao mesmo tempo tradicional e dinâmica por milhares de anos. Os judeus foram perseguidos por mais de 2 mil anos por a�rmarem que são o povo escolhido por Deus. Durante todo esse período de perseguição, seus templos foram destruídos e seus livros sagrados queimados, mas suas tradições religiosas continuaram a ser praticadas porque a religiosidade judaica se materializa na prática da Torá, e a experiência religiosa acontece durante os rituais que relembram a eterna Aliança entre Deus e seu povo escolhido. Atividade 1 - A Torá é o livro base do Judaísmo. Explique porque ele ocupa essa posição de importância. Islamismo Você conhece a palavra Hégira? Ela não é só uma palavra, representa um fato histórico ligado diretamente ao nascimento do Islamismo. O seu signi�cado é profundo, pois, para o crente, ela representa o nascimento da sua religião, o Islã. Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online A Hégira marca o momento em que Maomé, o criador do Islamismo, foge da cidade de Meca para a cidade de Medina, no ano de 662 d.C. do calendário cristão, porque estava sendo perseguido por um grupo de religiosos da tribo dos coraixitas. Para o islâmico, a fuga representa o nascimento do Islamismo. Maomé, como os judeus, acreditava que a ancestralidade era mais importante que quaisquer bens materiais ou posição política dentro da tribo, e falava isso abertamente. E ia mais longe nas suas falas, a�rmava que os líderes tribais árabes haviam esquecido essa tradição que remontava a Abraão. Mulçumano | Fonte: Leolintang / Shutterstock Você se lembra que no início da aula nós afirmamos que o Islamismo é uma das religiões abraâmicas? Como os judeus, os mulçumanos são monoteístas e acreditam que os profetas são os homens escolhidos por Deus para lembrar ao povo que Ele é o único Deus que existe e que seus ensinamentos devem ser seguidos pelos crentes. Abraão foi o primeiro dos profetas. Foi com ele que Deus fez a primeira Aliança. Mas, depois, vieram outros homens, escolhidos por Deus, para relembrar a Aliança Sagrada: Moisés, Jesus e Maomé. Os judeus acreditam que Abraão, Moises, Jesus e Maomé foram mensageiros de Deus. Foram escolhidos para lembrar aos homens da Aliança feita com ele e cobrar obediência às suas leis. Os islâmicos acreditam que Maomé foi o último dos profetas. Por que, então, ocorreu a Hégira? Como surgiu a Hégira Clique no botão acima. Como surgiu a Hégira A Hégira ocorreu porque Maomé começou a cobrar dos líderes tribais árabes o respeito aos preceitos sagrados, e isso incluía o respeito a ancestralidade, a família — lembre-se de que esse é um dos 10 mandamentos. Maomé cobrava a solidariedade entre as tribos, já que todas teriam um ancestral comum em sua origem. Ele a�rmava que era dever de todos ajudar os membros mais pobres da comunidade e que ser rico não era tudo na vida, ou seja, Maomé dizia que a sociedade deveria ser mais justa. De acordo com a cultura mulçumana, Deus enviou um anjo para falar com Maomé. Na conversa, ele foi informado que Deus o havia escolhido para ser um mensageiro, um profeta que devia lembrar o povo árabe da Aliança divina, e cobrar o cumprimento da sua lei. Na tradição islâmica, isso aconteceu à noite, que passou a ser conhecida como a Noite do Poder ou Noite do Destino, dentro da cultura mulçumana. Desse dia em diante, o profeta passou a pregar, a cobrar o cumprimento da lei de Deus. Os árabes não concordavam com a forma como suas ideias eram apresentadas. Maomé a�rmava que só existia um Deus, chamado Alá, que julgaria todas as pessoas. Garantia que se todos que obedecessem às suas leis teriam uma vida plena e feliz depois que abandonassem o plano terreno. Quem acreditou em sua mensagem passou a ser chamado de mulçumano, e a religião que �orescia na cidade de Medina, onde Maomé passou a ser visto como profeta, passou a ser conhecida como Islã. Os preceitos Islâmicos Como já dissemos, o Islamismo nasceu em meio a tribos árabes, mas a religião foi difundida a partir da tradição judaico-cristã. O Islamismo seguiu os preceitos judaico-cristãos porque, segundo a tradição, Maomé foi escolhido por Deus para ser seu mensageiro depois que Cristo morreu. O Islamismo, como o Cristianismo e o Judaísmo, tem, em sua origem, o discurso de que Deus escolheu homens para levar sua mensagem e também possui, como acontece nas outras religiões, um livro Sagrado para guiar o crente. No Islamismo, esse livro é conhecido como Alcorão. É ele que diferencia o judeu e o cristão do mulçumano. Alcorão | Fonte: Ustaeminew41 / Shutterstock Quais os princípios contidos no Alcorão? Princípios do Alcorão Clique no botão acima. Princípios do Alcorão O Islamismo tem um período especial para comemorar o momento em que o Alcorão foi entregue por Deus. É o Ramadã. Ele acontece no nono mês do calendário mulçumano. Durante esse mês, o islâmico busca a experiência religiosa e expressa sua religiosidade por meio de jejuns e orações. Na tradição islâmica, o Ramadã é o momento em que o crente renova sua fé. O Alcorão nega a origem judaica de Abraão. Nele, é dito que o profeta é um ancestral comum às três religiões e que foi ele quem criou o santuário de Meca (santuário de Ka'bah). Também é no Alcorão que o islâmico encontra as regras que deve seguir para guiar sua vida. A visão ética e moral islâmica está intrinsecamente ligada ao que está escrito no Alcorão e nos rituais que devem ser realizados e preservados. O Islamismo possui seis princípios que guiam a religião e a religiosidade do crente: 1. O islâmico acredita na existência de um único Deus, Alá; 2. O islâmico acredita que existem anjos criados por Alá; 3. O Islâmico acredita na existência de livros sagrados, entre eles o Velho Testamento e o Novo Testamento, mas especi�camente a Torá judaica e o Evangelho cristão. E que o Alcorão foi o último livro sagrado, pois ele faz uma coletânea de todas as revelações feitas por Alá para os homens, desde Abraão até Maomé; 4. O islâmico acredita que Alá cobrou dos homens a obediência a suas leis, enviando profetas para lembrá-los delas, e que Maomé foi o último mensageiro; 5. O islâmico acredita que haverá o Juízo Final e todos terão suas faltas julgadas por Alá; �. O islâmico acredita que Alá controla e pode decidir o futuro de todas as pessoas — a isso eles chamam de al- Qadar. O Islamismo possui, ainda, cinco pilares que sustentam a religião: 1 A Chahada ou Shahada É a pro�ssão de fé do crente. É o ato de a�rmar a fé do mulçumano no Islamismo. 2 Salat ou Salah É o ritual de fazer as cinco orações públicas ao longo do dia, seja onde estiver, e sempre voltado para a cidade de Meca. 3 Zakat ou Zakah É o ato de pagar um tributo religioso anual para ajudar a comunidade. Esse pilar remonta aos primeiros tempos do Islamismo, quando Maoméa�rmava que a riqueza não pode ser um �m em si mesma, e que é uma obrigação do crente ajudar os mais pobres. Saum ou Siya 4 É o ato de jejuar durante o nascer e o pôr do sol no Ramadã. Segundo a tradição, essa abstinência é física (jejum de alimentos) e espiritual (abster-se de praticar pensamentos ou ações mal-intencionadas). 5 Hajj ou Hadj É a obrigação que todo mulçumano tem de fazer ao menos uma vez a peregrinação a cidade de Meca. O Islamismo possui um conjunto de regras bem claras e complexas. Para que o �el as cumpra, Maomé e os outros líderes islâmicos que o sucederam criaram um conjunto de estruturas que permitem ao crente realizar suas obrigações religiosas. A mesquita não é somente um templo para oração! Ela possui toda uma estrutura arquitetônica que ajuda o islâmico na obediência dos princípios que norteiam sua fé. Em toda mesquita há um pátio aberto que leva ao interior do prédio. Dentro, a disposição das paredes e dos espaços é feita de tal forma que os �éis �cam em �la e voltados para Meca. Também em toda mesquita há uma torre, chamada de minarete. Diariamente uma pessoa, chamada de muezim, sobe no minarete e conclama os �éis a realizarem suas preces nas horas apropriadas. Mesquita de Meca | Fonte: BiksuTong / Shutterstock Quais as orientações para a realização das preces? As preces no islamismo Clique no botão acima. As preces no islamismo Não há uma hora correta, as preces devem ser realizadas em vários momentos do dia. A primeira oração chama-se Salát Assobeh e pode ser realizada no período que vai do alvorecer até o sol nascer. A segunda oração é chamada de Salát Addohr, a oração do meio-dia, e pode ser realizada entre o meio-dia e o pôr do sol. A terceira é chamada de Salát Al-Açr, a oração da tarde. Também deve ser realizada entre o meio-dia e o pôr do sol, mas só pode ser realizada depois que a oração do meio-dia por feita. A quarta se chama Salát Al-Maghrib, a oração do crepúsculo, e deve ser realizada entre o pôr do sol e o início da noite. A última é chamada de Salát Al-Ichá. Também deve ser realizada entre o pôr do sol e a noite, mas só pode ser realizada depois que a oração do crepúsculo for feita. Ela pode ser realizada até a meia-noite. Normalmente, o �el diz as seguintes frases após cada oração: Allahu Akbar — Deus é o Excelso! (34 vezes). Al-Hamdu Lilláh — Louvado seja Deus! (33 vezes). Sob-hana-llah — Deus Glori�cado! (32 vezes). Essa era a glori�cação feita por Fatima, �lha de Maomé, todas as vezes que realizava suas orações. Segundo a tradição, foi Maomé que lhe disse para terminar cada oração dessa forma. Terminaremos esta aula fazendo uma re�exão sobre a cultura mulçumana. Maomé juntou a cultura árabe com o Islã. Essa junção acabou com várias disputas entre as tribos árabes, pois criou uma doutrina comum. Ele também criou o mulçumano, cuja identidade cultural é marcada por seguir um credo em que a fé garante a igualdade entre os indivíduos. Atividade 2 - Abraão é tido pelos judeus e pelos mulçumanos como o profeta que deu as bases para o nascimento do Judaísmo e do Islamismo. Entretanto, apesar de a�rmarem que possuem uma história comum, o desenvolvimento das duas religiões aconteceu de forma diferente. Partindo dessa a�rmação, faça uma pesquisa buscando descobrir o momento em que essas duas religiões se distanciaram. 3 - No nono mês do calendário islâmico é realizado o Ramadã. Durante esse mês, o islâmico deve fazer jejum. Ele deve se abster de comer e também de realizar ações ou ter pensamentos que podem ser interpretados como pecaminosos. Feita essa explanação introdutória, construa um texto explicando o que signi�ca o ritual do Ramadã para o mulçumano. Notas Referências AL-KHAZRAJI, Taleb Hussein. A oração no Islam/Sheikh Taleb Hussein Al-Khazraji. Trad. Aídah Rumi. 2. ed. São Paulo: Centro Islâmico no Brasil, 2004. ARMSTRONG, KAREN. Em nome de Deus: o fundamentalismo no Judaísmo, no Cristianismo e no Islamismo. Trad. Hildegard Feist. São Paulo: Companhia das Letras, 2009. COOGAN, M. (Org). Religiões: História, tradições e fundamentos das principais crenças religiosas. São Paulo: Publifolha, 2007. JOHNSON, Paul. História dos Judeus. Rio de Janeiro:, Imago, 1989. LEWIN, HELENA. Judaísmo: memória e identidade. Rio de Janeiro: EdUerj, 1997. ROBINSON, Francis. O Mundo Islâmico: o esplendor de uma fé. São Paulo: Equinox, 2007. ROSENTHAL, Donna. Os Israelenses. São Paulo: Generale, 2013. Próxima aula O nascimento do Cristianismo. A importância do Concílio de Niceia e do Concílio Vaticano II para a estruturação do credo cristão. Os Cismas que deram origem ao Cristianismo católico, ortodoxo e Protestantismo. Explore mais Leia o livro: Vocabulário de conceitos para o estudo da História do Islã e dos muçulmanos, de Jessica Pereira da Costa. Assista ao �lme: TOLERÂNCIA ZERO. Dir.: Henry Bean. Estados Unidos, 2001. 98 min. O �lme conta a história de um jovem que estuda em uma escola judaica, mas com o tempo passa a ser um antissemita. É um drama que explora a mudança de personalidade de um jovem que procura um caminho para entender o que é o Judaísmo. javascript:void(0);
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