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3 Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética

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Prévia do material em texto

Terapias Alternativas 
em Estética e Cosmética
Material Teórico
Responsável pelo Conteúdo:
Prof.ª Me. Nathália Ruder Borçari
Revisão Textual:
Prof.ª Me. Kelciane da Rocha
Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
• Introdução;
• Moxabustão;
• Ventosaterapia.
• Introduzir os princípios fundamentais da moxabustão e da ventosaterapia;
• Proporcionar conhecimento apropriado da aplicabilidade da moxabustão e da ven-
tosaterapia na estética.
OBJETIVOS DE APRENDIZADO
Moxabustão e Ventosaterapia 
Aplicadas à Estética
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem 
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua 
formação acadêmica e atuação profissional, siga 
algumas recomendações básicas: 
Assim:
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e 
horário fixos como seu “momento do estudo”;
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e 
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão 
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o 
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e 
de aprendizagem.
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte 
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Mantenha o foco! 
Evite se distrair com 
as redes sociais.
Determine um 
horário fixo 
para estudar.
Aproveite as 
indicações 
de Material 
Complementar.
Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma 
Não se esqueça 
de se alimentar 
e de se manter 
hidratado.
Aproveite as 
Conserve seu 
material e local de 
estudos sempre 
organizados.
Procure manter 
contato com seus 
colegas e tutores 
para trocar ideias! 
Isso amplia a 
aprendizagem.
Seja original! 
Nunca plagie 
trabalhos.
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
Introdução
Caro(a) aluno(a), estamos seguindo uma boa viagem, não é? Sobrevoamos por 
diversas regiões da China e, neste módulo, seguiremos neste imenso território rico 
em saberes milenares.
Hoje, na primeira parte desta unidade, vamos decolar no território do conhe-
cimento chamado Moxabustão, técnica que compõe um conjunto de terapias da 
Medicina Tradicional Chinesa.
Moxabustão
A moxabustão é uma das técnicas da MTC que contribui para o reequilíbrio do 
estado energético, assim como a acupuntura e a auriculoterapia.
De acordo com a Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares, a 
técnica de moxabustão é considerada um procedimento dentro da acupuntura que 
consiste no uso do calor provocado pela queima de uma erva medicinal chamada 
Artemísia, nos próprios pontos de acupuntura (PNPIC, 2006).
A moxabustão ou moxaterapia é uma forma de terapia externa que se utiliza da 
moxa como material de aquecimento dos pontos de acupuntura ou de superfícies 
específicas do corpo humano. Na MTC, o uso da moxa traz diversos benefícios, 
uma vez que o aquecimento por meio da queima da erva Artemísia abre os meridia-
nos elimina os patógenos causadores das síndromes e regula as funções fisiológicas 
do nosso corpo (Xiaoron et al., 2012). Dessa maneira, esta técnica é capaz de 
tratar diversas doenças e preservar a saúde.
Seus benefícios são utilizados nos mais diversos campos do conhecimento e saú-
de, como pediatria, ginecologia, traumatologia, oftalmologia, entre outros. Uma 
das áreas que mais desfruta deste recurso é a dermatologia, e é neste contexto que 
veremos quais são os tratamentos mais aplicados à estética (Xiaoron et al., 2012).
A Erva Artemísia
O aquecimento, ou melhor, o calor promovido pela queima da erva, por si só, 
traz muitos benefícios para as pessoas, por isso que uma indicação comum na Me-
dicina Tradicional Chinesa é se expor ao calor do sol, ou a ingestão de alimentos e 
bebidas sempre em temperatura morna a quente.
Além de o aquecimento promover tantos benefícios, o uso específico da erva 
Artemísia não é à toa, uma vez que apresenta diversas propriedades medicinais.
Dentre as diversas propriedades da Artemísia, a técnica de moxabustão se bene-
ficia da sua ação anti-inflamatória e calmante (FMUSP, 2016), portanto o benefício 
do calor somado a essas propriedades específicas desta erva reequilibra o estado 
energético e regula as funções fisiológicas.
8
9
Importante!
A Artemísia tem o nome científi co Artemisia vulgaris L. e vários nomes populares. Ela 
pode ser conhecida como erva-do-fogo, camomila do campo, absinto selvagem, fl or de 
São João, erva de São João, artemísia comum, artemísia verdadeira, artemíge, artemijo, 
losna, losnabrava e absinto.
Figura 1 – Artemisia vulgaris L
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Você Sabia?
Insumos para moxabustão
Para a aplicação da técnica de moxabustão, são necessários alguns materiais 
específicos que possibilitam a eficiência e os efeitos terapêuticos.
Inicialmente, veremos os principais tipos de moxa: bastão, lã, botão e incen-
so, que são utilizados em diferentes técnicas, mas que apresentam os mesmos 
efeitos terapêuticos.
Tipos de moxabustão
• Moxa bastão: A moxa em formato de bastão se parece muito com um charu-
to e consiste na forma da Artemísia condensada. Ela é a maneira mais prática 
e, por isso, o tipo mais comum de ser utilizado (SILVA FILHO, 2015 a).
Figura 2 – Moxa bastão
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
9
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
• Moxa lã: O próprio nome deste tipo de moxa faz referência ao seu formato, 
muito parecido com o de uma lã ou algodão. É considerada um dos tipos de 
moxa mais nobres, por ser altamente pura (SILVA FILHO, 2015 a).]
Figura 3 – Moxa lã
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
• Moxa botão: Este tipo de moxa oferece a opção de fixação por conter adesivo 
em sua base, dessa maneira ela permanece em contato com a superfície da 
pele (SILVA FILHO, 2015 a).
Figura 4 – Moxa botão
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
• Incenso de moxa: Outra forma de uso da moxa é através do incenso. Ele 
pode ser utilizado nos pontos de acupuntura, mas por conta do seu tamanho 
e espessura ele é muito empregado para a estimulação dos pontos da auricu-
loterapia (FERNANDES, 2015).
Figura 5
Fonte: Divulgação
10
11
• Bálsamo de moxa: O bálsamo de moxa é uma espécie de creme/pasta que 
contém Artemísia e, como não é possível produzir o calor através da queima 
por conta da sua propriedade semissólida, ela é aplicada na técnica de moxa 
elétrica (Fernandes, 2015).
Um dos equipamentos mais utilizados para pro-
mover o calor é conhecido como Spectra Mog Pro, 
um irradiador infravermelho que provoca o aqueci-
mento necessário.
Esta é uma boa opção por substituir a fuma-
ça causada pela queima da Artemísia em algumas 
ocasiões, como em casos de pacientes alérgicos 
ou asmáticos.
Tratemento com Spectra Mog Pro, disponível em: 
https://goo.gl/zZ3ZUPEx
pl
or
Após conhecer os tipos de moxa que existem 
no mercado, agora veremos quais são os tipos 
de técnicas aplicadas às mais diversas síndromes 
e alterações.
Técnicas de moxabustão
Moxabustão direta
Esta técnica compreende duas maneiras de aplicação. A primeira, embora não 
se utilize no Brasil, é a moxa direta com cicatriz, ou seja, aplica-se a moxa lã em 
contato direto com a pele, deixando-a queimar até o final (SILVA FILHO, 2015 a).
Figura 7 – Moxa direta com cicatriz
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
A outra maneira é a moxa direta sem cicatriz, em que também se utiliza a moxalã em contato com a superfície da pele, mas o profissional não deixa queimar até 
o final e, portanto, não se forma nenhuma cicatriz.
Figura 6 – Spectra Mog Pro
Fonte: Divulgação
11
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
Figura 8 – Moxa direta sem cicatriz
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Moxabustão indireta
Nesta técnica, a aplicação da moxa consiste em somente aproximá-la da pele, 
ou seja, não se aplica sobre sua superfície. A forma mais comum utilizada é a 
moxa bastão, mas é possível utilizar todas as outras formas de moxa. A moxa lã 
também é muito utilizada, uma vez que se utiliza de outros elementos, como o alho 
e o gengibre, com propriedades anti-inflamatórias, potencializando ainda mais o 
tratamento (SILVA FILHO, 2015 a).
Figura 9
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Importante!
É muito comum na MTC unirmos mais de uma técnica ao mesmo tempo para tratar uma 
síndrome. Duas técnicas muito empregadas juntas são a acupuntura e a moxabustão.
Figura 10
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Importante!
Agora que conhecemos todas as formas de moxabustão e os tipos de técnicas 
que podem ser empregadas, veremos os principais tratamentos com a moxabustão 
aplicáveis à estética.
12
13
Moxabustão na Estética
Nós já vimos nesta unidade que a moxabustão se utiliza dos canais de acupuntu-
ra, atuando através do calor provocado pela queima da erva Artemísia somado às 
suas propriedades terapêuticas (XIAORON et al., 2012).
Todos esses benefícios vêm sendo utilizados para tratar diversas alterações es-
téticas e, portanto, é muito importante o esteticista conhecer todas essas terapias, 
uma vez que elas podem fazer parte da sua atuação profissional.
De uma maneira geral, o uso da moxabustão para tratar as queixas estéticas é 
recomendado porque elas se traduzem em deficiência de energia (Qi).
O calor, de uma maneira geral, leva ao aumento da circulação sanguínea, cau-
sando uma vermelhidão (hiperemia) (JUNQUEIRA e CARNEIRO, 1995), caracte-
rística também proporcionada pela moxabustão, que também é capaz de acelerar 
o metabolismo, contribuir para o processo de cicatrização, regeneração e maior 
elasticidade da pele (NAKANO e YAMAMURA, 2005).
Para causar o calor ideal, recomenda-se aplicar a moxabustão até a região ficar 
hiperemiada, sempre orientando o paciente a relatar qualquer sensação de calor 
muito intenso, sendo necessário afastar por um tempo a moxa para que ela não 
lese a pele (FERNANDES, 2015).
Que tal, então, agora conhecermos tratamentos eficientes no auxílio para o 
combate de algumas queixas estéticas importantes?
• Alopecia: Um tratamento muito utilizado na alopecia é aquele que estimula 
os pontos bexiga (B) 13, 23 e 52, vaso concepção (VC) 4 e 8 (NAKANO e 
YAMAMURA, 2008);
B13: Feishu, disponível em: https://goo.gl/D7nDh3
B23: Shenshu, disponível em: https://goo.gl/RHfAog
e B52: Zhishi, disponível em: https://goo.gl/JRa5AV
Ex
pl
or
Figura 11
Fonte: Adaptada de NAKANO e YAMAMURA, 2008
13
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
• Celulite (Hidrolipodistrofia genóide): No tratamento sistêmico da celuli-
te (HLDG), é muito comum utilizarmos os pontos bexiga (B) 20, 22 e 23 
(NAKANO e YAMAMURA, 2008);
B20: Pishu: https://goo.gl/YjWvvb 
B22: Sanjiaoshu: https://goo.gl/TTuhx3
B23: Shenshu: https://goo.gl/RHfAog 
Ex
pl
or
• Flacidez: A técnica mais recomendada usando a moxabustão para a flacidez 
da pele é a aplicação do calor nos pontos bexiga (B) 13, 14, 15, 18, 20, 22, 
23 e vaso governador (VG) 4 (NAKANO e YAMAMURA, 2008);
Figura 12
Fonte: Adaptada de Tradicional Chinese Medicine Points
14
15
• Estrias: Para o tratamento de estrias utilizando a moxabustão, geralmente se reco-
menda a aplicação da moxa indireta, usando a moxa bastão, aquecendo as regiões 
onde as estrias estão localizadas, até causar a hiperemia (FERNANDES, 2015);
• Obesidade: A estética é muito importante para auxiliar os pacientes com a 
perda de peso e obesidade, um tema cada vez mais recorrente. Nestas condi-
ções, é comum utilizar os pontos bexiga (B) 20 e 23 (FERNANDES, 2015);
B20: Pishu: https://goo.gl/YjWvvb 
B23: Shenshu: https://goo.gl/RHfAog E
xp
lo
r
• Rugas e marcas de expressão: A técnica de moxabustão, por agir favore-
cendo a estimulação de colágeno e aumentando da circulação de energia (Qi) 
(FERNANDES, 2015), apresenta ótimos resultados para o tratamento das ru-
gas e marcas de expressão. Alguns pontos comuns utilizados nessa técnica são 
estômago (E) 3 e 4, intestino grosso (IG) 19 e 20 e vaso governador (VG) 26 
(FERNANDES, 2015).
Figura 13
Fonte: Adaptada de Tradicional Chinese Medicine Points
15
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
Nós vimos os principais tratamentos utilizando a técnica de moxabustão e, ao 
aplicá-la, temos que fazer algumas observações muito importantes. Precisamos 
nos atentar o tempo todo sobre o posicionamento da moxa, uma vez que de jeito 
nenhum podemos queimar a pele do nosso paciente.
A hiperemia criada pela exposição à moxa indica que o tempo necessário já 
foi aplicado e, assim, seguimos para a estimulação do próximo ponto ou região 
(FERNANDES, 2015).
Embora a moxabustão não seja uma técnica invasiva, o esteticista precisa con-
siderar e reconhecer as contraindicações desta técnica: gestantes, pacientes com 
inflamações agudas e febre e com alterações de sensibilidade térmica na pele 
(FERNANDES 2015; SILVA FILHO, 2015 a).
Como foi conhecer o território da moxabustão? Uma terapia curiosa, diferente e 
um tanto quanto quente, não é verdade? Sugiro que você experimente a sensação 
do calor da moxa e, certamente, perceberá que apenas o calor já será o suficiente 
para produzir uma sensação aconchegante e de bem-estar.
E agora, vamos embarcar para a nossa próxima aventura?
Segure-se, porque para esta aventura uma força de sucção testará a força mo-
tora deste nosso avião.
Preparados?
Apertem os cintos e lá vamos nós para a próxima parada: ventosaterapia!
Ventosaterapia
A ventosaterapia, assim como todas as outras técnicas que vimos até o presente 
momento, faz parte da MTC. Esta técnica consiste na aplicação de um instrumento 
chamado ventosa, capaz de produzir um vácuo devido à força de sucção aplicada, 
aderindo-se à pele em regiões específicas do corpo (PNPIC, 2006; SILVA FILHO, 
2015 b).
Para que a ventosa possa se aderir à pele, é necessário criar uma pressão negati-
va e, desta maneira, ela irá absorver a superfície e tratar diversas síndromes (SILVA 
FILHO, 2015 b).
O efeito que a ventosaterapia causa é a congestão local, ou seja, um aumento de 
volume sanguíneo no local onde a ventosa foi aplicada, promovendo a circulação 
sanguínea, o fluxo de energia (Qi), o alívio de dor e diminuição de edemas (SILVA 
FILHO, 2015 b).
Veremos mais para frente que a diminuição de edemas causada pela ventosa-
terapia é justamente o principal tratamento desta técnica quando se pensa em 
aplicabilidade na estética.
16
17
Esta técnica pode e deve ser muito aliada às diversas tecnologias utilizadas parar 
tratar as queixas estéticas por apresentar diversos benefícios, como ser uma técnica 
de custo reduzido, eficaz, que regula as funções do corpo, tonifica a energia (Qi), 
nutre o sangue (Xue) e dispersa os agentes patogênicos causadores de doenças 
(SILVA FILHO, 2015 b).
Insumos e suas aplicações na ventosaterapia
O instrumento utilizado para a aplicação da ventosaterapia é a ventosa, também 
chamada de copo de ventosa. Temos vários modelos de copo de ventosa, que va-
riam com o material de fabricação.
Em relação aos copos de ventosa que são feitos de chifre de animal, bambu e 
vidro, para que se fixem à pele é necessário criar uma pressão negativa, normal-
mente pelo método de passar fogo por dentro do copo (SILVA FILHO, 2015 b).
Figura 14
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Para qualquer copo utilizado, deve-se sempre dosar a força de sucção para então 
poder aplicar sobre a superfície da pele. Para as ventosas de vidro, o tempo de 
contatodo fogo no interior do copo é responsável por garantir maior ou menor 
estímulo, dependendo de cada situação (SILVA FILHO, 2015 b). O profissional 
deve sempre ficar atento para não aplicar uma força de sucção desproporcional a 
ponto de ferir a pele do paciente.
17
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
Para remover os copos de ventosa de vidro, é necessário retirar a pressão, pres-
sionando a borda externa ao copo, permitindo a entrada de ar na ventosa.
Os copos de ventosa de acrílico, assim como os de vidro, apresentam uma van-
tagem muito importante. A transparência, devido ao material do copo de ventosa, 
permite ir acompanhando o processo de sucção e a coloração das marcas com que 
a pele costuma ficar.
Por ser de acrílico, este tipo de copo não permite a aplicação do fogo para criar 
a pressão negativa. Para isso, usa-se uma bomba manual de pressão.
Figura 15
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Para a aplicação desses copos de ventosa de acrílico, a força de sucção é medida 
pelo número de puxadas dadas na bomba de sucção. Sendo assim, se a bomba for 
puxada apenas uma vez, a intensidade da sucção é fraca; duas vezes a intensidade 
é média; e de três a quatro é forte (SILVA FILHO, 2015 b).
Para remover os copos de ventosa de acrílico, é necessário retirar a pressão pu-
xando a válvula que se encontra na ponta da ventosa, permitindo a entrada de ar.
Os copos de ventosa feitos de silicone, embora grande parte não seja transpa-
rente, são bem maleáveis e não necessitam de bomba de sucção e muito menos 
fogo para criar uma pressão negativa.
18
19
Figura 16
Fonte: Adaptada de iStock/Getty Images
Para remover as ventosas de silicone, é necessário retirar a pressão, pressionan-
do a borda externa ao copo, permitindo a entrada de ar na ventosa.
Importante!
Na ventosaterapia aplicada à estética, os copos de ventosa mais utilizados são os de 
acrílico e silicone. A fácil aplicação e manuseio associado à técnica deslizante utilizada 
na estética promovem diversos benefícios estéticos.
Importante!
Saiba mais sobre a técnica de ventosaterapia, suas aplicações e benefícios.
Acesse o link: https://youtu.be/a_wohEkx0tUEx
pl
or
19
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
Ventosaterapia na estética
A ventosaterapia pode ser aplicada de duas formas e apresenta propriedades 
muito interessantes que beneficiam aqueles que procuram tratamentos estéticos al-
ternativos. A seguir, veremos as duas técnicas utilizadas no tratamento com ventosa.
• Técnica de sucção: Esta técnica consiste na aplicação da ventosa fixa, sem 
alterá-la de lugar, até ser observada uma hiperemia, por volta de 5 a 10 minu-
tos (Fernandes 2015; SILVA FILHO, 2015 b).
• Técnica deslizante: Esta técnica consiste na aplicação da ventosa com o au-
xílio de um óleo ou um creme hidratante, permitindo que ela seja deslizada na 
região em que foi aplicada, promovendo hiperemia por toda a área. Veremos 
em outra unidade, mas podemos combinar com esse hidrante um óleo essen-
cial que tenha alguma propriedade que favoreça ainda mais os efeitos terapêu-
ticos da ventosa (Fernandes 2015; SILVA FILHO, 2015 b).
Ambas as técnicas podem ser aplicadas em diversas queixas estéticas, provendo 
o cuidado saudável da pele. Vamos ver quais são?
• Celulite (HLDG): O vácuo causado pela ventosa trata a raiz da celulite (HLDG), 
uma vez que aumenta a nutrição de oxigênio no local, diminuindo a inflama-
ção. A ventosaterapia atua na remoção de nódulos gordurosos formadores da 
celulite (HLDG) e que prejudicam o fluxo sanguíneo (OLIVEIRA et al., 2018);
• Edema: Outra queixa muito apresentada por quem procura os cuidados esté-
ticos é a presença de edemas, ou seja, excesso de fluidos, resíduos e toxinas. 
A aplicação da ventosa favorece as trocas gasosas, aumenta a mobilidade dos 
líquidos corporais e atua sobre gânglios linfáticos (OLIVEIRA et al., 2018).
Dessa maneira, a força de sucção fixa de leve a média ou a técnica deslizante 
é capaz de drenar esses excessos, desinchando as células e promovendo a 
melhora do aspecto da pele (OLIVEIRA et al., 2018);
• Gordura localizada: Sabe-se que a ventosaterapia auxilia no tratamento da 
gordura localizada, incentivando o organismo a separar resíduos metabólicos 
e separar toxinas residuais (AMARO, 2015);
• Rugas: A ventosaterapia também pode ser utilizada na região facial, mas de-
ve-se ter um cuidado especial neste local, uma vez que o tempo correto de 
aplicação para esta região é até ser observada uma hiperemia. Dessa maneira, 
evitam-se marcas de hematoma devido à congestão local, efeito normal da 
ventosaterapia (OLIVEIRA et al., 2018). 
A aplicação das ventosas nesta região não só trata, mas previne as rugas, pois 
estimula o aumento da produção de colágeno e elastina, além de favorecer a 
oxigenação celular, drenagem linfática e o contorno facial (FORNAZIERI, 2013);
• Acne: No tratamento da pele acneica, usa-se as ventosas sobre pontos de acu-
puntura próximos à acne. Por também tratar-se da região facial, deve-se tomar 
cuidado para não permitir as marcas de hematosas (OLIVEIRA et al., 2018).
20
21
Independentemente da queixa, alguns cuidados quanto aos copos devem ser 
tomados. Os copos de ventosa não são descartáveis, então devem sempre ser hi-
gienizados com álcool entre um paciente e outro. Além disso, como nosso corpo 
apresenta regiões anatômicas diferentes, há diversos tamanhos de copos para que 
eles sejam adaptados conforme a necessidade.
É muito importante que o profissional reconheça as contraindicações da técnica. 
Gestantes, pessoas com pressão alta ou que apresentam distúrbios circulatórios não 
podem realizar esta técnica, bem como esta técnica não pode ser aplicada em lo-
cais que apresentam lesões, ulcerações, erupções cutâneas na pele. Recomenda-se 
que logo após a sessão de ventosa o paciente não tome sol por conta da sensibilida-
de da pele (FERNANDES 2015; SILVA FILHO, 2015 b; OLIVEIRA et al., 2018).
Nossa, quantos benefícios nós vimos nesta unidade!
Moxabustão e ventosaterapia aplicadas à estética, somadas às outras diversas 
terapias que já vimos e a terapias mais convencionais no universo da estética, po-
dem de fato contribuir para o melhor aspecto da pele e a sensação de bem-estar 
e autoestima.
Fizemos uma viagem muito longa hoje, mas ainda temos muito mais para co-
nhecer e viajar. Ainda continuaremos sobrevoando a China até chegarmos ao ter-
ritório do Guasha.
Prontos?
Atenção, piloto, pode acelerar porque aí vamos nós!
21
UNIDADE Moxabustão e Ventosaterapia Aplicadas à Estética
Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
 Vídeos
Videoaula – Moxa 2
https://youtu.be/gj-MqHF077E
Como funciona a ventosaterapia contra a celulite?
SEMPRE BELA TV. Programa Sempre Bela. Como funciona a ventosaterapia 
contra a celulite?
https://youtu.be/OXHE_oD4T1M
Ventosaterapia vai além de aliviar as tensões
FARMÁCIAS PAGUE MENOS. Ventosaterapia vai além de aliviar as tensões.
https://youtu.be/vR2ogbo5abQ
 Leitura
A técnica eficaz para o tratamento de estrias e cicatrizes
SANTOS, R. M. A técnica eficaz para o tratamento de estrias e cicatrizes.
https://goo.gl/MwzvCn
22
23
Referências
AMARO, P. E. Q. Ventosaterapia no tratamento de acne vulgar. Trabalho de Con-
clusão de Curso do curso de Biomedicina. Universidade Católica de Brasília. Orien-
tador: Prof. Misael Rabelo de Martins Custódio. 2015. Disponível em: <https://re-
positorio.ucb.br/jspui/bitstream/10869/5449/5/Priscilla%20Erc%C3%ADlia%20
Queiroz%20Amaro.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2018.
Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Guia informativo sobre 
plantas medicinais: da horta comunitária da faculdade de medicina da Universi-
dade de São Paulo. 2016. Disponível em: <http://apfit.org.br/wp-content/uploa-
ds/2017/01/Guia-Horta-FMUSP-Revisado.pdf>. Acesso em: 11 nov. 2018.
FERNANDES, F. A. C. Acupuntura estética: prática e objetiva – novos procedi-
mentos. 2ª ed. São Paulo: Ícone, 2015.
FORNAZIERI,L. C. Tratado de acupuntura estética. São Paulo: Ícone, 2013.
JUNQUEIRA, L. C; CARNEIRO, J. Histologia básica. 8ª ed, Rio de Janeiro: Gua-
nabara Koogan, 1995.
NAKANO, M; YAMAMURA, Y. Acupuntura em dermatologia e medicina esté-
tica. São Paulo: Lmp, 2005.
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