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Bases-Fundamentais-do-Irisdiagnostico-Marcio-Bontempo

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1 
 
 
 
 
BASES FUNDAMENTAIS DO IRISDIAGNÓSTICO 
 2 
O Diagnóstico das Doenças pelosOlhos 
 
Márcio Bomtempo 
 
 
Editora Ground 
1981 
 
 
 
ÍNDICE 
 
Prefácio 9 
Introdução 11 
Histórico 13 
Situação atual 15 
Anatomia e função dos olhos 17 
Como os órgãos se representam na íris 27 
Mapa iridológico 31 
As divisões da íris 35 
Cores, texturas e densidades iridais 41 
Graus de degeneração e sinais de cura 45 
Sinais anormais principaís e seu signifícado 51 
- Acidez e muco 51 
- Anéis nervosos 52 
- Anel escuro 54 
- Anel de sódio e arco senil 57 
- Depósitos tóxicos 63 
- Drogas e produtos químicos inorgânicos 67 
- Rosário linfático 77 
A importância da alimentação 87 
 
 
PREFÁCIO 
 
Esta é a primeira obra em português sobre Diagnóstico pela íris a ser lançada em larga escala. Assim, 
sem ser uma tradução, mas um assunto desenvolvido e estudado por médicos brasileiros, estamos 
criando a oportunidade de se conhecer mais a fundo o corpo humano e seus desequilíbrios, colocando 
os terapeutas que fizerem uso do famoso método em igual posição aos médicos naturistas e integrais 
de outros países. 
Como poderá ser observado adiante, o método em questão possibilita não somente diagnosticar 
situações anômalas bem como acompanhar os casos em tratamento, dando a tão almejada certeza de 
estar. ou não, fazendo a terapia correta. No entanto, o Irisdiagnóstico não é para o uso exclusivo de 
médicos, mas de qualquer profissional da área terapêutica ou leigo com um pouco de dom ou 
perspicácia, devido a sua simplicidade e facilidade. 
O porquê de um método tão barato, objetivo e direto, que tanto benefício trás, não figurar como oficial 
ou tradicional na nossa medicina, deve-se a dois aspectos principais. O primeiro é que a nossa escola 
 3 
médica oficial estabelece que o enfoque único com relação aos fenômenos seja tão somente analítico, 
isto é, dividido, fragmentário, parcial, com o objetivo nítido da busca local ou absoluta do conhecimento, 
não importando de imediato que a visão isolada separe o elemento de sua inter-relação íntima com o 
conjunto. Para se aprender, não só no campo do Irisdiagnóstico, mas também na maioria das artes 
naturais de terapias, bem como na Medicina Oriental, além da abordagem analítica, utiliza-se 
principalmente a visão dialética, que não separa uma estrutura ou idéia do seu conjunto, mas guarda 
com respeito sua profunda relação com o mesmo; perfaz uma visão integrada, na certeza de que no 
Universo nada é isolado. Por exemplo: em Medicina Integral (ou natural eubiótica), não se busca uma 
causa única das doenças, mas sempre a determinação geral das mesmas, sejam elas causas 
orgânicas, psico-somáticas, psíquicas, familiares, hereditárias, ambientais, raciais, kármicas, etc., 
sempre buscando conhecer um pouco de cada uma. Um mesmo tipo de doença não se manifesta de 
modo semelhante em duas pessoas devido a esses fatores vários mesclados. Nota-se hoje, por meio 
dessa visão dialética, que o próprio paciente é o culpado de seus males, e que não existem doenças, 
mas doentes. O segundo motivo prende-se a aspectos econômicos ligados a interesses bastante 
questionáveis da nossa sociedade onde a busca do mais complicado, caro e sofisticado eclipsa o mais 
simples, barato e direto. 
Oferecemos à comunidade de terapeutas brasileiros este método usado em larga escala na Europa e 
nos Estados Unidos por médicos de todas as áreas e níveis, sejam alopatas, naturistas ou homeopatas, 
devido à elasticidade e fácil moldagem da técnica, podendo ser usado ao lado do raio x, do ultra-som, 
da endoscopia, dos remédios homeopáticos, alopáticos ou naturais, devido ao profundo grau de 
observação que o mesmo possibilita. Presta-se também à dona de casa, estudante, ou qualquer um que 
queira conhecer mais do organismo humano ou do seu próprio, por meio do auto-diagnóstico. 
Temos a honra de publicar o presente trabalho e a certeza de estarmos sendo úteis no sentido de 
contribuirmos para a melhor saúde de milhares de pessoas. Sem preocupação com lucros, sentimo-nos, 
desde já pagos pela deliciosa certeza de estarmos cumprindo nossa missão na face da Terra. 
 
INTRODUÇÃO 
 
Irisdiagnóstico é o método de diagnosticar as doenças ou alterações orgânicas, anomalias, etc., pela 
simples e direta observação da Íris, ou parte escura dos olhos que é circundada pelo chamado "branco 
dos olhos". 
Nesse método pode-se observar diretamente a íris sem nenhum recurso técnico ou, preferentemente, 
uma lente de aumento ajustada a um foco luminoso como uma simples lanterna de bolso. Existem lupas 
iluminadas bem possantes que facilitam mais ainda e aparelhos denominados iridoscópios, próprios 
para tal exame; estes aparelhos ampliam em muitas vezes o campo a ser observado e aceitam o 
acoplamento de uma câmera fotográfica. Alguns aparelhos oftalmológicos comuns podem também ser 
usados, como a lâmpada de fenda, por exemplo. Existem vários tipos de iridoscópios dos mais variados 
alcances e formas; no Brasil ainda não se fabricam estes aparelhos sendo necessário importá-Ios da 
Alemanha, Estados Unidos e Japão. 
Para que o diagnóstico seja possível é preciso uma boa visualização, o que nem sempre é possível 
dada a necessidade de piscar, lacrimejamento, etc. A íris mostrará sinais específicos e inespecíficos 
que deverão ser interpretados segundo suas características e localização. 
É importante afirmar que Irisdiagnóstico não é o estudo das doenças relativas à íris ou aos olhos; mas 
de qualquer parte do corpo. Da mesma forma não significa o mesmo que exame de "fundo de olho" que 
vem a ser um método de verificação de alterações da retina e seus vasos e que surgem em casos de 
diabetes, edema cerebral, doenças retinianas, cegueira, etc. Em medicina natural moderna este método 
é também usado e considerado de grande valia ao lado do Irisdiagnóstico. 
 4 
 
HISTÓRICO 
 
A observação das doenças pelos olhos é tão antiga como a própria humanidade, As mudanças dentro 
dos olhos, na íris ou no branco dos olhos já eram relacionadas a doenças ou alterações internas na 
antiga China e no Tibet. Existem também referências sobre o assunto em alguns trabalhos de 
Hipócrates bem como registros na Escola de Medicina de Salerno e em Philostratus. 
Um pequeno livro denominado "Chiromatica Médica" de Phulipus Meyens foi publicado no ano de 1670 
em Dresden e faz interessante estudo sobre os sinais iridológicos relacionados com certas doenças, 
contando inclusive com um pequeno mapa de representação dos órgãos na íris. 
Pouco mais tarde, Johann Sigmund Eltzholtz (Nürberg, 1695) se aprofunda mais no estudo de Meyens 
e, quase um século depois, em Gottinger, Cristian Haertis lança o seu trabalho "Os olhos e seus sinais". 
Mas é com Ignatz von Peczely (1822 a 1911), clínico húngaro, que a Iridologia, ciência do estudo das 
doenças pela íris, começa a tomar vulto. Segundo a literatura sobre esse assunto, Peczely caçara uma 
coruja que, ao fraturar uma pata na armadilha, apresentou um fino traço na região inferior da íris do lado 
correspondente; com a curiosidade aguçada sobre esse fenômeno aliada a uma grande capacidade de 
observação, o autor em questão acompanhou a consolidação da fratura e verificou que o traço 
desaparecera; com seu espírito detalhista, iniciou uma série de estudos comparativos em hospitais, 
tendo conseguido muitos discípulos. Em 1881, após muitas atribulações, lança o seu primeiro trabalho: 
"Descobertas no Campo da Ciência Natural e Medicina, Instruções para o estudo do diagnóstico pelos 
olhos", tendo publicado também o primeiro mapa iridológico conhecido. 
Muitas obras e nomes surgiram depois na Europa, principalmente na Alemanha, como, Stiegele, Rapp, 
Wirtz, Zoepperitz. Um famoso pesquisador, Pastor Felke, não conseguiu publicar sua obra, que só o foi 
após complementação de Müller através do Iivro "O diagnóstico pelos olhos baseado nos princípios do 
Pastor Felke". Mesmo depois da sua morte o Pastor Felke influenciou profundamente a iridologia, 
deixandodiscípulos famosos como Hense, Pastor Madaus, Eva Flink, etc. 
Outros autores mais modernos, bastante conhecidos são: Maubach, Dr. Schnabel, Thiel e Anderschou 
na Inglaterra; Vannier na França; Angerer, Baumhauer, Deck, Kronenberger, Struck, Unger, Wermuth, 
por toda Europa, principalmente na Alemanha. 
Na América, particularmente nos Estados Unidos, a iridologia desenvolveu-se muito graças aos 
trabalhos de Collins, Kritzer e Bernard Jensen, este último um autor muito conhecido e completo, assim 
como sua famosa obra "Ciência e Prática da Iridologia", bem profunda e detalhada, na sua 5ª. edição 
em 1974. 
 
SITUAÇÃO ATUAL 
 
Hoje a Alemanha continua sendo o principal centro de estudos e aplicação do Irisdiagnóstico e lá 
existem cerca de 3.000 médicos iridologistas, segundo estatística de alguns anos atrás. Logo depois, 
em termos de evolução do método vêm os Estados Unidos onde a Iridologia se encontra bastante 
difundida. Tendo sido iniciado na Europa, o método de diagnóstico pela íris está sendo usado no mundo 
inteiro, contando hoje com diversas agremiações, sociedades, inclusive duas internacionais. 
Embora o método em questão possa ser executado por qualquer pessoa com um pouco de espírito de 
observação e comparação, foi no início limitado ao círculo médico. Esses médicos europeus não 
tinham, a princípio, uma especialidade ou tipo de medicina definidos pois o sistema iridológico se molda 
a qualquer uma; com o avanço da ciência analítica, principalmente da farmacologia, a Iridologia foi 
limitando-se apenas ao uso de médicos homeopatas e naturalistas. 
Acredita-se que tal limitação tenha ocorrido devido ao crescente tecnicismo da medicina e ao 
 5 
surgimento das especialidades médicas que fragmentam o indivíduo impedindo a visão do conjunto 
como um todo. O diagnóstico pela íris exige certo grau de observação, capacidade de valorizar mínimos 
detalhes e de associar fenômenos, e tudo isso impede seu uso generalizado dentro da medicina tão 
somente analítica. 
Hoje, com a amplitude maior que o pensamento médico vem tendo, aliada ao avanço da Neurologia, o 
diagnóstico iridológico vem ganhando novo respeito e está sendo estudado com mais profundidade. 
Veremos adiante que o fator alimentar é profundamente relacionado com a nossa saúde e que o 
método em questão prova tal assertiva; talvez esta tenha sido a principal barreira para a adoção da 
Iridologia como método diagnóstico de rotina pois a ciência apenas analítica não vê o desequilíbrio 
alimentar como principal causa das doenças modernas, embora a moderna Ecologia Clínica 
responsabilize os corantes, os aromatizantes, os conservantes, os estabilizantes, o açúcar branco, a 
farinha branca, as toxinas animais, as carnes condicionadas, etc., como agentes determinantes da 
degeneração biológica que ora sofremos. 
O método do Irisdiagnóstico vem sendo bastante usado e não está mais limitado apenas a alguns 
grupos de homeopatas e naturistas; pode ser usado por qualquer pessoa que preencha os requisitos 
anteriormente apontados, é seguro, rápido, instantâneo, profundo, simples e barato, podendo ser 
associado a outros métodos de diagnóstico, como raio X, endoscopia, etc. 
Na medicina natural moderna é uma das formas mais importantes de diagnóstico e é geralmente usada 
ao lado da Fisiognomonia, Pulsologia, Bioenergética, etc. 
Na América Latina vem sendo usada há muito tempo por médicos naturistas e leigos naturalistas, 
principalmente no Chile, México, Argentina, Uruguai, Colômbia, Perú e particularmente por grupos 
religiosos. No Brasil é muito pouco usada, sendo conhecida apenas por alguns homeopatas e poucos 
naturistas e leigos. 
O presente trabalho, o primeiro a ser editado em língua portuguesa sem ser uma tradução, pretende, 
mesmo sendo um livro de bases fundamentais sem grandes aprofundamentos, difundir mais entre nós e 
tornar pública esta tão importante ciência. 
 
ANATOMIA E FUNÇÃO DOS OLHOS 
 
O olho humano é um órgão duplo, situado entre os ossos da face e do crânio, cuja função é transmitir a 
informação visual para o cérebro. O olho é formado por numerosos tipos de células especializadas com 
diferentes funções. 
O globo ocular normal é uma esfera eliptoide mais parecida com um ovo do que com uma bola perfeita. 
Existem três camadas distintas e concêntricas de tecidos. A primeira, ou esclera, serve para proteger a 
delicada estrutura interna dos olhos, é branca e opaca, ocupando toda a periferia externa do globo, 
tendo na parte anterior dos olhos a córnea, formada por tecido diferente da esclera e que permite a 
passagem dos raios luminosos devido a sua transparência. A esclera é também interrompida em sua 
parte posterior pelo local de entrada do nervo óptico. 
 
 6 
 
 7 
 
 
 8 
 
 
A íris é a parte colorida, geralmente castanha, azul, cinza ou verde, aquilo que denominamos "a cor dos 
seus olhos" ou ainda, a parte anterior, arredondada, que circunda a pupila, que é a menina dos olhos. A 
principal função da íris, relacionada com o fenômeno visual, é permitir a entrada de maior ou menor 
quantidade de luz devido à sua capacidade de contrair-se ou dilatar-se segundo a quantidade de luz 
 9 
ambienta! Ela depende ainda de estímulos do sistema nervoso autônomo, que podem ter como efeito, a 
miose ou contração e a midriase ou dilatação. Como a íris é assunto de máxima importância neste 
trabalho, ela será melhor estudada adiante. 
O corpo ciliar situa-se entre a íris e a coróide e sua função é primariamente muscular. É conectado ao 
cristalino, ou lente, por um tecido ligamentoso denominado zônula, que sustenta o cristalino em sua 
posição. Os músculos do corpo ciliar contraem-se para modificar o diâmetro do cristalino, o que permite 
o foco visual para perto ou para longe; estes são também chamados de "músculos do foco visual". O 
corpo ciliar tem também a função de produzir o humor aquoso, ou líquido da parte anterior dos olhos. 
 
 
 
Por trás do corpo ciliar está a coróide, cuja principal função é a irrigação sangüínea de várias partes do 
olho, mas não é a única camada capaz de carrear sangue, pois a retina possui seu próprio mecanismo 
de vascularização. 
A retina é a terceira camada de tecido do globo e é a mais interna. Extremamente fina, possui dez 
camadas de tecido nervoso e células especializadas com funções específicas. As mais importantes, os 
cones e os bastonetes, captam o estímulo luminoso que se projeta como imagem que por sua vez é 
transmitida para o nervo óptico, o condutor da imagem para o cérebro. O globo ocular por dentro 
assemelha-se a uma câmara fotográfica onde a retina, forrando o meio interno seria comparável a um 
filme; a pupila ao diafragma e o cristalino a uma lente, como realmente o é. A parte principal da retina é 
a mácula onde se concentram as células mais especializadas, sendo portanto o centro fundamental da 
visão. 
 
 10 
 
 
O cristalino é uma lente natural composta de células transparentes; em sua posição determina a divisão 
do globo ocular em duas partes: o segmento anterior e o segmento posterior; o anterior é ainda dividido 
em: câmara anterior e câmara posterior, separados entre si exatamente pela íris e tendo como canal de 
comunicação a pupila. O segmento anterior é preenchido pelo humor aquoso, que circula pela pupila; o 
segmento posterior é preenchido pelo humor vítreo. 
Como se nota, o globo ocular possui estruturas bem organizadas com o objetivo de deixar passar o raio 
luminoso para o fundo da retina; seja a córnea com suas camadas transparentes, seja o humor aquoso 
e o humor vítreo, ambos transparentes também, bem como o cristalino que regula o foco ou a íris, que, 
som ser transparente modula a entrada de luz. A imagem forma-se Invertida na retina, mas, ao chegar 
ao centro da visão no cérebro pelo nervo óptico e tracto óptico, corrige-se para que tenhamos a noção 
correta da posição dos objetos. 
 
 11 
 
 
A Anatomia da Íris 
 
A Íris possui 6 camadas. Da parte anterior para a posterior são as seguintes: 
 
CAMADAS IRIDAIS 
A -Zona pupilar 
B - Coroa iridal 
C - Zona ciliar 
D - Anéis nervosos 
I - Camada endotelial 
II - Camada marginal anterior 
III - Estroma iridal 
IV - Camada marginal posterior 
V - Camada pigmentar anterior 
VI - Camada pigmentar posterior ou retiniana 
 
 12 
 
 
I - A primeira é a camada de cobertura que se assemelha a uma membrana. 
II - A segunda é composta principalmente de células entre as quais existe grande número de 
terminações nervosas mas poucos vasos sangüíneos. 
III - Esta é a camada mais grossa e onde existe uma grande quantidade de vasos sangüíneos que se 
irradiam sob a forma de raios. Estes vasos correm no sentido radial do bordo externo da íris até a 
pupila; são envolvidos por uma fina camada adventícia e uma rede de células pigmentares que 
preenchem os espaços vazios entre os canais de irrigação sangüínea. Como se sabe, a íris contrai-se e 
dilata-se a todo instante; assim, os vasos sangüíneos iridais apresentam-se espiralados logo abaixo da 
camada marginal anterior, adaptados assim à função dinâmica da íris. Existe também um anel arterial 
formado por anastomoses dos vasos que provêm do corpo ciliar com aqueles provenientes do bordo 
externo; encontrando-se próximo à zona pupilar, formam um aglomerado com certo grau de elevação, 
determinando um importante sinal iridológico denominado coroa lridal, que será estudado adiante. 
 
 13 
 
IV - Para a Iridologia, esta camada, ou estroma, é a de maior importância. Ainda nesta camada estão 
as tênues fibras musculares que compõem o esfincter iridal, responsável pela contração e dilatação da 
íris. 
V - A camada marginal posterior vem logo após o estroma e é composta de fusos de fibras musculares 
tênues que se estendem da camada mais externa até o bordo ciliar onde se conectam com as fibras do 
esfincter iridal do estroma. 
VI - A camada epitelial pigmentar forma a superfície posterior da íris e se estende até o bordo pupilar 
chegando até a superfície anterior, onde forma uma coloração que varia do amarelo escuro para 
marrom escuro e preto, característica do círculo que contorna a pupila. Esta margem é a única estrutura 
do corpo humano que, sendo uma representação embriológica do sistema nervoso central, permite uma 
visualização direta. 
Esta camada de pigmentos é composta de duas outras que se entrecruzam até o bordo pupilar (camada 
epitelial pigmentar e retiniana); ambas determinam uma continuação da retina até a margem da pupila. 
 
COMO OS ÓRGÃOS SE REPRESENTAM NA ÍRIS 
 14 
 
Além das funções já descritas anteriormente, a íris possui mais uma: a representação em sua topografia 
de todas as partes do organismo; assim sendo, qualquer alteração em qualquer parte do nosso sistema 
irá determinar um tipo de modificação na íris, como será estudado adiante. 
Porém essa representação só é possível graças ao Sistema Nervoso Autônomo, composto pelo 
Simpático e Parassimpático; estas duas cadeias nervosas inervam todas as partes do nosso organismo 
e levam impulsos sobre a situação de cada região até a íris, onde a impressão fica registrada. 
Embora essa teoria seja questionada pela medicina oficial, elementos práticos têm demonstrado a sua 
veracidade. Se espetarmos uma agulha no dedo sentiremos dor; isso significa que até mesmo essa 
pequena área tem sua representação no sistema nervoso central. Quando o sangue não chega 
suficientemente a um tecido ou membro, surgem várias modificações e dor, mostrando mais uma vez 
que nosso organismo é um conjunto interno representativo. Haja vista a eficácia da Acupuntura que 
maneja simplesmente canais de energia. 
As chamadas modificações na íris surgem devido à comunicação direta do sistema nervoso central com 
esse órgão e do sistema nervoso autônomo, principalmente por meio do gânglio ciliar e da cadeia 
simpática. Qualquer alteração orgânica vai projetar, via sistema nervoso, uma mqdificação no padrão 
normal da textura e da cor da íris, como será visto a seguir, após conhecermos as áreas 
correspondentes a cada órgão e região através do mapa iridológico. 
 
 15 
 
 
 
MAPA IRIDOLÓGICO 
 
 16 
O mapa iridológico consiste na representação gráfica das áreas iridais correspondentes a cada órgão, 
sistema ou região do corpo humano. A distribuição segue uma ordem simétrica, como pode ser visto 
nos mapas das págs. 30/31. No centro do mapa está a pupila, cujo tamanho varia segundo o grau de 
dilatação estabelecido pela maior ou menor quantidade de luz; quanto mais dilatada a pupila maior a 
dificuldade de visualização devido à contração das áreas de representação, daí a importância de se 
projetar um foco luminoso nessa região pois a pupila irá contrair-se ao máximo permitindo então uma 
visualização ideal. 
Circundando a pupiia, está a área do estômago. Cada metade deste órgão está localizada na íris do 
lado correspondente; assim temos: do lado esquerdo o cardia e do direito o piloro. Circundando essa 
área está a região dos intestinos; o intestino delgado situa-se na parte interna ou medial de cada íris. Na 
íris direita o duodeno não se comunica com o jejuno, mas este desce pelo ângulo interno circundando 
bem proximamente o estômago, indo comunicar-se abaixo com o ceco, com a área do apêndice que faz 
uma proeminência em forma de vírgula em sentido podal, para baixo. Nessa região inicia-se o intestino 
grosso, sendo que o cólon ascendente sobe pela região lateral ou externa da íris direita e continua 
como colón transverso já na parte superior da mesma íris,representado apenas em sua metade direita; 
a metade esquerda do cólon transverso está localizada na íris esquerda, onde o intestino continua como 
cólon descendente, que viaja pela região lateral ou externa da íris esquerda na porção bem próxima à 
área do estômago, ou seja, mais central possível. O cólon descendente descreve um leve arco e 
continua abaixo, fazendo uma curva acentuada para a direita como cólon sigmóide; este segue até as 
proximidades do início do intestino delgado na região interna da íris esquerda, abandona a região 
gastrointestinal e chega até à periferia completa da íris, fugindo no sentido radial perfeito para dar 
formação, então, à região do reto e do ânus. Neste caso, o reto e o ânus serão os únicos órgãos que 
não possuirão representação bilateral, ou em ambas as íris, mas apenas na íris esquerda. 
 
 17 
 
 18 
 
 
Descrevemos a área gastrointestinal devido à sua distribuição de certa forma irregular, que não segue 
geralmente o mesmo padrão de distribuição dos outros órgãos. 
Circundando a região das vísceras do tubo intestinal há uma pequena área onde está representado o 
sistema nervoso autônomo, descrevendo um círculo completo; neste círculo ainda, na porção interna 
(medial) e superior, o mesentério. Dentro do intestino delgado, bilateralmente, na porção medial, as 
placas de Peyers. 
Fora da região do estômago e intestino existem vários órgãos, principalmente os brônquios, apontados 
em ambos os ângulos de cada íris; assim, os brônquios direitos colocados na parte interna e externa da 
íris homolateral; o mesmo acontece na íris esquerda. 
 19 
Os órgãos bilaterais, no entanto, geralmente têm sua representação do lado correspondente e em 
apenas uma posição; assim, temos o rim direito na íris direita, o esquerdo na íris esquerda, com suas 
respectivas glândulas supra-renais seguindo a mesma distribuição. O ovário ou o testículo esquerdo 
está situado iridologicamente na íris do mesmo lado, idem para estes órgãos porém do lado direito. Do 
mesmo modo, o pulmão esquerdo localiza-se na íris esquerda e o direito no lado direito. Também o 
braço e a perna direita, assim como os membros do lado oposto, possuem representação homolateral 
na íris. 
Devido à característica da sua localização anatômica, alguns órgãos diferem desse padrão de 
distribuição. O fígado, a vesícula biliar e o pâncreas estão situados apenas na íris direita, enquanto que 
o coração, o plexo solar e o baço, estão na íris esquerda. Alguns autores afirmam que o coração teria 
uma representação bilateral,sendo que a câmara esquerda (ventrículo e aurícula esquerda) estariam na 
íris do mesmo lado, enquanto que a câmara direita representar-se-ia na íris direita, mas isto ainda não 
está provado e não parece ser verdadeiro, uma vez que as câmaras cardíacas recebem esse nome 
mais devido a conveniências didáticas; o ventrículo direito, por exemplo, está situado à frente do 
coração, enquanto que o esquerdo está mais atrás com uma pequena parte anterior, etc. 
Alguns órgãos, sobretudo as glândulas endócrinas, possuem distribuição iridológica bilateral e simétrica, 
embora únicas e centrais; assim sendo, a hipófise, a pineal, a tiróide e as paratiróides (às vezes o timo, 
quando existente), como que divididas ao meio, estão representadas em cada íris. Quanto à tiróide e às 
para-tiróides, fica mais fácil entender que cada lóbo da primeira teria sua posição homolateral na íris e 
que as para-tiróides, em número de 4, seriam representadas, duas em cada lado. 
Seguindo a mesma ordem, isto é, sendo únicos e mais centrais, teriam também representação iridal 
bilateral: útero, próstata, vagina, pênis, bexiga, virilha, boca, laringe, faringe, traquéia, esôfago, cordas 
vocais, nariz, medula espinhal, coluna vertebral, seios nasais e para-nasais. Entende-se, logicamente, 
que os olhos, as amídalas e cadeias ganglionares têm localização iridológica correspondente ao lado; 
assim, o olho e a amídala do lado direito estão localizados na íris direita. 
O cérebro e o cerebelo estão localizados na porção superior de cada íris, sendo que cada lóbo está 
situado na íris do mesmo lado. 
O bordo mais externo da íris, correspondente ao limbo esclero-corniano, é a área que representa a pele; 
logo abaixo dessa área, imediatamente após, está a região circulatória, o sistema linfático e o sistema 
circulatório arterial e venoso. 
 
Complementação 
 
À primeira vista apresenta-se um grau de dificuldade quanto à localização exata das regiões na íris; 
embora no mapa pareça fácil, o principiante terá dificuldades de entender uma lesão ou sinal iridológico 
quanto à sua localização; no entanto, com a continuidade e com a prática constante e, principalmente, 
com a associação clinica, esta localização é mais facilmente conseguida. 
 
AS DIVISÕES DA ÍRIS 
 
Para uma localização ideal dos órgãos e das regiões iridais, é necessária uma divisão topográfica. Para 
facilitar o estudo e criar uma ordem didática, a íris foi dividida de forma Radial, Circular e Setorial. 
Apesar de existirem algumas divergências entre os autores, apontaremos os elementos mais aceitos e 
mais sensatos. dentro deste assunto. Apresentaremos apenas a divisão radial e circular, uma vez que a 
setorial limita-se à área técnica e não é de uso corrente. 
 
A divisão radial 
 20 
 
Neste método a íris é dividida da mesma forma que se faz com um círculo em geometria comum, ou 
seja, por meio de graus. Caracteriza-se esta divisão por repartir a íris em 360°, ou ainda 12 horas ou 60 
minutos, à semelhança de um relógio, sendo que o iridologista deve procurar escolher entre as três 
aquela que melhor se adapte. Geralmente a mais aceita e de mais fácil referência é a divisão em 60 
minutos, conforme a figura seguinte: 
 
 21 
 
 
 22 
 
 
 
A divisão circular 
 
Existem várias formas de dividir circularmente a íris, variando segundo o autor. Seguiremos aqui a 
divisão de uso mais comum, usada principalmente por Bernard Jensen e Kriege, usada antes por Eva 
Flink. Nesta modalidade de divisão, a íris é formada por três zonas principais e por seis secundárias. As 
principais são as Zonas Maiores, cada uma dividida ainda em duas outras chamadas de Zonas 
Menores. Assim temos a Primeira Zona Maior (fig. 15), formada pela Primeira e Segunda Zona Menor, 
estas mais próximas à pupila. Depois está a Segunda Zona Maior, subdividida em Terceira e Quarta 
Zona Menor. Além desta está a mais externa de todas, a Terceira Zona Maior, subdividida, por sua vez, 
em Quinta e Sexta Zona Menor. 
A Primeira Zona Maior contém o tubo gastrointestinal da seguinte forma: na Primeira Zona Menor o 
estômago e na Segunda Zona Menor os intestinos. 
A Segunda Zona Maior, contém, na Terceira Zona Menor vasos sanguíneos e linfáticos e na Quarta 
Zona Menor o sistema muscular, onde encontram-se também o coração, os rins, a vesícula biliar, as 
supra-renais e o pâncreas. 
 
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Na Terceira Zona Maior temos, na Quinta Zona Menor o sistema esquelético, ou ossos, e na Sexta 
Zona Menor, a pele. 
Para uma perfeita localização usa-se então a divisão radial e a circular escolhida. Assim, para descrever 
uma lesão num órgão ou setor, aponta-se a anormalidade referindo-se da seguinte forma, por exemplo: 
mancha escura situada na região do pulmão na íris esquerda, a nível de 13 minutos na 5ª. Zona Menor 
(Lesão A, fig. 16) ou ainda: mancha castanho escura situada entre 32 e 34 minutos, na 6ª. Zona Menor, 
região do rim esquerdo. (Lesão B, fig. 16) 
Pode-se ainda usar a divisão da íris para descrever a região de um órgão, como se segue: (Fig. 16) 
 
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Descrição da localização do intestino delgado na íris direita: o órgão está situado na porção medial da 
íris direita, na Primeira Zona Maior, mais precisamente na Segunda Zona Menor, descrevendo uma 
trajetória curva que acompanha a pupila, entre 5 e 25 minutos, num ângulo de 120º. Tem-se assim uma 
descrição quase perfeita da posição de uma lesão ou área. Resta agora conhecermos os sinais 
anormais e as alterações iridológicas que caracterizam as doenças, o que será estudado a seguir. 
 
CORES, TEXTURA E DENSIDADES IRIDAIS 
 
As cores 
 
As cores naturais básicas da íris são três: marrom, azul e cinza. A íris marrom significa a presença do 
pigmento denominado de melanina, ou outros pigmentos escuros depositados no estroma iridal; é a íris 
mais comumente encontrada. A íris azul significa uma menor quantidade de pigmento no estroma, que 
deixa assim transparecer uma parte da última camada iridal, a camada retiniana. A coloração cinza 
deve-se a uma compactação e estreitamento do estroma iridal, fato muito comum na velhice quando 
esta camada vai estreitando-se; isto explica a mudança de coloração, comum em idades avançadas. 
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A íris de cor verde, também bastante comum, é considerada como resultado de um enfraquecimento 
interno; não é considerada uma íris de bom padrão, tendo-se verificado modificações da cor verde para 
a azul ou marrom claro em processos terapêuticos naturais. 
A íris muito negra, da mesma forma, não é considerada como normal, pois acredita-se que tal coloração 
ocorra devido à presença de toxinas nos órgãos, cuja manifestação iridológica vem a ser o acúmulo de 
pigmentos escuros no estroma. 
Os albinos possuem íris avermelhada devido à ausência completa de pigmentos nas camadas iridais, 
que tornam-se transparentes permitindo a projeção da cor vermelha dos vasos da última camada da íris, 
a retina. 
As modificações de coloração da íris são uma parte muito especial dentro deste assunto e serão 
ventilados adiante, no entanto, modificações do marrom para o azul, do azul para o marrom, do marrom 
para o preto, etc., devem merecer especial estudo; algumas pessoas possuem cores diferentes, tendo 
uma íris azul e outra marrom, ou uma grande mancha marrom dentro de uma íris azul. Estas 
modificações devem ser entendidas como acúmulo ou não de toxinas na área ou mesmo 
enfraquecimento dos órgãos correspondentes. No caso de alteração de cor é necessário distinguir o 
fenômeno entre uma descoloração e uma heterocromia, esta última geralmente menos problemática 
que a primeira, que de um modo geral, aponta uma modificação anômala muito importante, 
principalmente irritação dos tecidos correspondentes à área representada. 
 
Textura e densidades iridais 
 
Uma íris é considerada de boa textura ou densidade quando suas fibras são bem compactadas, 
próximas e finas. A textura é dada pela boa organização das fibras que viajam retas entre a região 
pupilar e a periferia sem apresentarem solução de continuidade,espaços, orifícios ou crateras entre si. 
Uma íris de boa densidade é clara, sem marcas, sendo sinal de ótima saúde. A pessoa que possui uma 
condição como esta tem saúde mais resistente e goza de mais vitalidade. Porém, o comum é 
observarem-se íris alteradas e de má densidade, com orifícios, separação das fibras (aspectos de 
chamas de vela) e outras marcas que serão consideradas adiante. 
 
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Uma íris de má densidade ou de textura fraca apresenta-se com alterações que caracterizam órgãos 
correspondentes enfraquecidos. É comum hoje, crianças nascerem com fraca densidade e com muitas 
marcas iridais, o que significa uma má herança, com órgãos ou funções já enfraquecidos como 
resultado da transmissão genética de anomalias dos antepassados. Mesmo adultos com tais alterações 
herdaram anormalidades nos setores correspondentes; isto prova que alterações orgânicas de 
antepassados distantes podem transmitir-se, haja vista que hoje as crianças nascem com densidades 
iridais cada vez mais inferiores. O portador de má textura iridal é sempre suscetível de doenças e está 
sempre necessitando de cuidados. Pode-se inclusive saber quais as áreas mais enfraquecidas a serem 
tratadas. Após um processo terapêutico eficaz e verdadeiro, verifica-se então que a densidade iridal 
melhora, mas dificilmente torna-se completamente normal; isto depende sempre do tipo de lesão e do 
grau de modificação da textura, É importante referir que sinais de cirurgias, fraturas, tiros, facadas e 
outras lesões contundentes também se manifestam por modificação da textura ou da densidade da íris 
no local correspondente (Fig. 18) 
 
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GRAUS DE DEGENERAÇÃO E SINAIS DE CURA 
 
Numa íris normal verificamos a ausência de sinais, orifícios, sombras, etc., porém, se existe alguma 
alteração orgânica, como uma inflamação ou um tumor, isto será manifestado na íris. Os sinais de 
degeneração verificáveis no exame iridológico variam entre o extremo branco ao negro, passando 
também pelo cinza claro e o cinza escuro. O branco significa um estágio inflamatório agudo de 
intensidade variada ou mesmo acidez, enquanto que o negro significa um estágio crônico, degenerado e 
destrutivo, próprio das condições em que a doença determina uma perda ou degeneração dos tecidos, 
como no caso de tumores e câncer. Marcas de cirurgias e outras mutilações também surgem como uma 
marca escura, porém sem grande profundidade, tal como os tumores e geralmente com os bordos bem 
delimitados (fig. 20). 
 
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Para entendermos este processo é necessário saber que as camadas iridais são superpostas. Quando 
uma doença está no seu estágio agudo, geralmente inflamatório, há uma elevação na segunda camada 
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da íris; ao se cronificar vai aprofundando-se nas camadas iridais, alcançando camadas mais profundas. 
Isto não significa uma lesão da íris, mas um sinal representativo importante. Quatro camadas são 
envolvidas nessa situação. Se uma doença evolui do estágio agudo (sem tratamento devido), passa a 
haver uma depressão para camadas mais profundas, sendo comum do branco surgir um 
aprofundamento leve de cor cinza claro (sub-agudo), depois mais profundo ainda para o cinza escuro ou 
verde profundo (crônico) e finalmente um orifício fundo de base negra, apontando uma condição 
degenerativa final ou destrutiva. É preciso distinguir este sinal de manchas negras superficiais sem 
profundidade, que possuem outro significado. 
Se um sinal iridal fundo e de base negra representa uma lesão degenerativa ou tumoral (gangrena ou 
câncer) e é aplicado um tratamento correto, começam a surgir traves ou linhas sinuosas 
esbranquiçadas no fundo dessa marca; prosseguindo o processo de cura, essas traves brancas 
intensificam-se gradativamente até que o "piso" da lesão se torna totalmente esbranquiçado. Nesta fase 
geralmente há um retorno dos sinais e sintomas iniciais, condizendo com um processo inflamatório de 
caráter agudo; é o que se chama em boa medicina natural de "crise de cura". Segundo os postulados 
mais conhecidos da filosofia da medicina natural, essa "crise" representa a única forma de realmente 
curar uma vez que é necessário executar. um retrocesso da evolução da doença, caso contrário ela 
permanecerá latente e perigosa; no entanto, sabe-se que essa "volta" ou recrudescência da fase aguda 
ou primária nunca é tão violenta como no princípio, sendo mais atenuada ou frusta. 
Quando o tratamento não está adequado ao caso, ou, geralmente, quando não se produz o fenômeno 
de reequilíbrio vital, ou ainda de recuperação biológica, os sinais de cura são muito fracos, estacionários 
ou não se fazem notar. Se se usa um antibiótico para combater uma infecção surgem primeiro sinais de 
subagudização (cinza claro ou verde) depois de cronificação ou latência, ocasionalmente sinais de 
degeneração (comum no diabético avançado), pois este agente terapêutico apenas combate um dos 
fatores, ou mesmo resultados da infecção, como são os germes. 
Em medicina natural moderna, científica, a atenção do terapeuta volta-se para o indivíduo como um 
todo, e o tratamento básico de um processo infeccioso que não seja de risco imediato à vida 
(septicemia, meningite aguda, etc.) é a limpeza dos tecidos, a depuração, a oxigenação adequada, a 
alcalinização ou reequilíbrio ácido-básico do sangue, a diminuição da viscosidade dos humores 
(principalmente do sangue), etc., sendo isso conseguido por meio das plantas medicinais, da 
hidroterapia, das dietas especiais, das compressas, da Homeopatia, dos antibióticos naturais como 
a Propolina das abelhas, etc. Nos casos mais graves e arriscados o terapeuta deve lançar mão de 
recursos farmacológicos como os antibióticos para depois executar prudentemente a "limpeza" do 
organismo. Os métodos terapêuticos naturais modernos permitem então uma vitalização profunda que 
vai estimular os mecanismos de defesa até a cura da anomalia; neste caso, os sinais de cura tornam-se 
evidentes, como pode ser comprovado experimentalmente. 
 
O germe não é nada; o terreno é tudo 
Louis Pasteur 
 
Ao tratarmos naturalmente uma infecção aguda, os sinais brancos ou esbranquiçados da região 
correspondente desaparecem retornando o local da íris à sua cor e textura normais, o mesmo 
sucedendo com uma infecção sub-aguda. Se, da mesma forma, tratamos um processo infeccioso 
crônico ou já degenerativo, surgem então as linhas brancas que tornam-se cada vez mais calibrosas até 
que dominam a base do sinal quase completamente. Chama-se a esta etapa, fase de agudização. O 
branco no processo infeccioso indica uma "hiperatividade" do tecido; assim, quando estamos frente a 
um caso de inflamação, o tecido está reagindo intensamente. Note-se que a transformação de um 
estado crônico ou degenerativo (fundo negro ou escuro) para um estado agudo representa então uma 
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reativação da região em questão (crise de cura por retorno à função). A fase seguinte no tratamento de 
uma lesão de fundo negro que tenha sido transformado em branco é o retorno à cor normal da íris, mas 
a textura e a densidade dificilmente tornam-se absolutamente normais, permanecendo "cicatrizes" mais 
ou menos intensas. 
Se observarmos uma lesão iridal que reflete a destruição provocada por cirurgias, tiros, facadas, 
fraturas grandes, etc., (fig. 19) devemos entender que não haverá terapêutica que a faça desaparecer; 
no entanto, se considerarmos uma marca de estágio crônico ou degenerativo de uma infecção, poderá 
haver modificação. 
 
 
 
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1 - Injúrias, cirurgias, perda de tecido, etc. 
2 - Áreas herdadas enfraquecidas 
3 - Estágios sub-agudos, crônicos e degenerativos 
 
As criptas e as lagunas variam então quanto à sua profundidade e sempre possuem uma depressão 
(caso contrário a marca não pode ser chamada de cripta ou laguna). As primeiras são, numa ordem 
geral, "lesões fechadas" e as lagunas, "lesões abertas". As criptas têm geralmente o aspecto de "chama 
de vela" mas podem ser tortuosas e alongadas, geralmente de forma maishomogênea que as lagunas, 
mais tortuosas, oblongas e com regiões mais fundas ou mais rasas que as criptas (fig. 24). 
Se bem que as criptas são chamadas de lesões fechadas, podem existir mais raramente criptas abertas 
e lagunas fechadas . (fig. 24) isto porque uma lesão fechada representa uma situação limitada a uma 
área e uma lesão aberta uma difusão ou espraiamento ou ainda, mais comumente, uma situação final 
de cura onde os mecanismos de defesa do corpo "abrem" a lesão antes fechada para estabelecer a 
recuperação; isto porém depende de muitos fatores. Então, se acompanharmos o tratamento de uma 
lesão crônica curável, como uma infecção crônica, veremos primeiro uma lesão fechada de fundo negro 
que aos poucos vai ficando com fundo branco e, portanto, perdendo profundidade, ficando cada vez 
mais rasa; depois vai abrindo sua extremidade externa, tornando-se então uma lesão aberta para 
depois deixar o local com sua cor, textura e densidade quase que normais. É claro que em casos de 
tumores em último estágio, cirurgias e demais injúrias irreversíveis e em regiões que representam áreas 
herdadas extremamente enfraquecidas, isto é quase impossível. 
Na explanação deste capítulo pode transparecer que um tumor, câncer ou estágio degenerativo muito 
adiantado sejam resultados ou fases terminais de um processo infeccioso; queremos esclarecer que 
quando uma infecção não é convenientemente tratada ela torna-se latente depois da sub-agudização, 
isto enfraquece o tecido correspondente permitindo disfunções, irritações, infecções de repetição, etc., 
que podem então levar à formação do câncer, da artrite, da esclerose, etc. 
 
SINAIS ANORMAIS PRINCIPAIS E SEU SIGNIFICADO 
 
Depois de estudarmos os importantes sinais do capítulo anterior é necessário conhecer os outros sinais 
iridológicos. 
 
Acidez e muco 
 
O acúmulo de elementos ácidos e de muco nos tecidos e órgãos é uma condição muito comum devido à 
moderna alimentação, rica em produtos acidificantes e fermentativos, mais especificamente o açúcar 
branco, os enlatados, o pão e a farinha branca, os alimentos pastosos, as carnes condicionadas, etc. 
Quando é o próprio tecido que produz ácidos e muco, o sinal na íris é bastante semelhante. Em ambos 
os casos surge uma área iridal esbranquiçada, enevoada, flocada ou pontilhada, tudo em tonalidade 
branca, indicando hiperatividade do tecido; quanto mais intenso o sinal, mais intenso é o processo, 
chegando até a inflamação e a infecção, quando então a produção de ácidos é intensa. Exemplificamos 
a seguir uma situação de produção excessiva de ácido no estômago (hipercloridria) e o sinal iridológico 
correspondente; o estado de superprodução segue-se a uma condição de falta de secreção do ácido, 
estágio seguinte do processo (há falta de ácido por exaustão das glândulas). 
 
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Segundo a filosofia da medicina natural, o muco é uma forma de eliminação de substâncias prejudiciais; 
sendo assim, onde houver sinais de acúmulo de muco poderemos entender que está havendo uma 
tentativa de renovação por parte do tecido envolvido. Considera-se que uma infecção é uma forma de 
recuperação. desencadeada pela própria reação natural do organismo: o tratamento mais sensato 
consiste em ajudar o corpo nesse trabalho. Quanto à alimentação moderna, rica em produtos 
industrializados perigosos, o acúmulo de radicais ácidos por ela produzidos determinam perturbação do 
equilíbrio natural. 
 
Anéis nervosos 
 
De acordo com a figura a seguir, os anéis nervosos podem ter vários tamanhos, circundar completa ou 
parcialmente a pupila ou serem múltiplos. Podem ser bem delimitados, finos ou grossos, brancos ou 
escuros, geralmente estabelecendo um grau de depressão nas libras iridais. 
 
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Para um bom diagnóstico é necessário praticar bastante e saber interpretar o múltiplo significado destes 
anéis. Comumente significam irritação nervosa de grupos locais de nervos, segundo o local onde 
surgem; estão presentes em casos de neurite, nevralgia, espasmos viscerais (cólicas), contrações 
musculares, acúmulo de ácido lático nos músculos, tensão nervosa, alterações emocionais fortes, dores 
e mesmo inflamações dolorosas. São vistos em casos de insônia e quando há acúmulo de substâncias 
tóxicas em áreas orgânicas. Em toxicômanos ou quando alguém está sob a ação de drogas fortes, 
como anestésicos, eles são também detectáveis. 
Quanto maior o anel, circundando completamente ou não, maior a área afetada; anéis pequenos e 
entrecortados indicam situação menos crítica. É de boa praxe em iridologia procurar saber onde inicia e 
onde termina o anel para se ter idéia de quais as regiões afetadas, geralmente nas extremidades do 
anel. 
 
Anel escuro 
 
É um anel periférico sobre a região da pele, de coloração escura, muitas vezes negra, que circunda toda 
a periferia da íris, às vezes mais fino ou mais grosso em determinada área. Algumas vezes é percebido 
também envolvendo a pupila. 
 
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Pode abranger também áreas iridais mais internas, indo da Quinta e Sexta Zona Menor (local mais 
comum de surgimento) até mesmo à Terceira Zona Menor em situações mais adiantadas. 
Significa o acúmulo de substâncias tóxicas, geralmente alimentares (conservantes, aromatizantes, 
ácidos, corantes, etc.) devido à diminuição da atividade ou função dos tecidos envolvidos, 
principalmente a pele e o sistema circulatório sangüíneo e linfático (ver mapa iridológico: Quinta e Sexta 
Zona Menor ou Terceira Zona Maior). 
 
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A pele é o maior órgão de eliminação do corpo humano; qualquer alteração na sua função vai provocar 
acúmulos. Hoje em dia pouca atenção se presta à função de eliminação por meio da pele, que fica 
prejudicada pelas máscaras de beleza, cosméticos, óleos, perfumes, cremes, shampoos sintéticos, 
sabonetes perfumados, roupas excessivas e muito pesadas, excesso ou falta de sol, falta de contato 
com o ar atmosférico, etc. Quando o anel escuro surge fora da íris, ou na esclerótica, circundando a íris, 
significa excesso de carga tóxica crônica no sangue. Entre outras situações onde pode surgir citamos: 
pessoas que usam muita carne animal, principalmente porco, lingüiças, salsichas, presuntos, etc.; após 
vacinação e injeções; após transfusão de sangue com carga de toxinas alimentares; grandes 
queimados com dificuldade de eliminação; toxemias, etc. 
Nos tratamentos naturais modernos intensifica-se a atenção com a pele por meio das saunas bem 
dirigidas e da hidroterapia bem aplicada, das massagens musculares, drenagens, de depurações, etc., 
vericando-se então o desaparecimento completo do referido sinal, tão comum no homem moderno com 
sobrecarga tóxica alimentar. 
 
ANEL DE SÓDIO E ARCO SENIL 
 
Estes sinais surgem nas áreas mais periféricas da íris descrevendo circunferências completas ou arcos; 
variam em largura, densidade e cor, sendo geralmente brancos, leitosos, azulados, enevoados e 
tênues. Apresentam-se às vezes densamente brancos e difusos, mal delimitados, e outras como uma 
fina circunferência bem visível. Sua posição nos olhos é na córnea e não na íris, no entanto o 
significado patológico será o mesmo, devido à sua posição em relação ao mapa iridal. 
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Para uma boa interpretação precisamos diferenciar o anel de sódio do arco senil. O primeiro geralmente 
não atinge zona mais superficial da íris ou a Sexta Zona Menor, relativa à área da pele (ver Fig. 29); é 
de limites mais precisos que o arco senil e na maioria das vezes manifesta-se como uma circunferência 
completa que vem da Quinta Zona Menor (área da circulação sanguínea e linfática) em direção à pupila, 
mas raramente ultrapassando a metade externa da Quarta Zona Menor. O arco senil é mais difuso, de 
mais difícil delimitação, podendo apenas apresentar-se como uma névoa esbranquiçada; aparenta ser 
uma "invasão" da esclerótica na córnea pois "apaga" o limbo esclerocorniano em sua direção centrípeta 
de crescimento, indo das áreas mais externas até a Quarta Zona Menor em casos mais extremos (Fig. 
30). 
Quando ambos ossinais aparecem juntos na mesma íris (comum em idosos e arterioescleróticos) o 
aspecto é de um denso anel branco ocupando grande parte da região corneana, como se a esclerótica 
cobrisse a córnea (Fig. 31). A tendência destes sinais é serem maiores quanto maior a causa que os 
determina, como será visto a seguir. 
 
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O anel de sódio resulta do acúmulo de sódio inorgânico nos tecidos, principalmente dentro de pequenos 
vasos capilares e venosos, mais especificamente em suas paredes. O uso abusivo do sal refinado 
comum (produto da industrialização que transforma o sal marinho puro em apenas cloreto de sódio após 
lavagem, trituração, redução química e acréscimo de óxido e carbonato de cálcio, entre outros produtos 
 40 
sintéticos), dos salicilatos de sódio (analgésicos), bicarbonato de sódio (antiácido) e outros produtos que 
contenham sódio. Hoje consumimos sal em excesso, muito além das necessidades orgânicas reais, 
além de muitas drogas sintéticas; o surgimento do referido sinal aponta o acúmulo destas substâncias 
cujo resultado será uma diminuição da elasticidade dos vasos acometidos devido ao endurecimento das 
suas paredes. Isto produz aumento progressivo da pressão sangüínea com posterior diminuição da 
irrigação da região correspondente, surgindo uma espécie de "anemia" terminal e conseqüente redução 
da quantidade de oxigênio nos tecidos. A pressão alta (principalmente a pressão diastólica ou a mínima) 
pode então ser o resultado desse processo que é geralmente lento, progressivo e depende de vários 
fatores como hereditariedade, aspectos emocionais, alimentação, ambiente, etc. Quando se trata de 
acúmulo de sódio inorgânico como aquele proveniente do bicarbonato, salicilatos, etc., o anel de sódio é 
menos intenso porém mais delimitado e denso, tendo ou não matizes azuladas ou amareladas; quando 
o sinal surge por excesso de sal refinado ou de sódio orgânico industrializado, será mais difuso e os 
reflexos clínicos serão mais evidentes, surgindo então problemas relativos à perda da elasticidade dos 
vasos. No primeiro caso (sódio inorgânico) será muito mais difícil aparecerem tais efeitos uma vez que 
estes geralmente surgem de forma brusca após longos anos de acúmulo. Quando o anel se deve ao sal 
refinado os efeitos orgânicos têm evolução longa e progressiva, sendo que a intensidade deste sinal 
acompanha essa evolução. 
Fato importante é que torna-se hoje muito difícil saber se o anel de sódio é resultado de um ou de outro 
fator puramente, pois, sem saber, o homem moderno consome muitos sais inorgânicos de sódio na sua 
alimentação. Os enlatados todos possuem produtos conservantes à base de sódio; o bicarbonato de 
sódio, além do consumo como antiácido, é componente comum de biscoitos, pão branco, macarrão, 
massas em geral, conservas, etc. Chamamos atenção também para o tempêro chinês muito usado em 
restaurantes orientais no mundo inteiro, conhecido como glutamato monossódio, capaz de causar 
grandes perturbações além do acúmulo tessidual de sódio. 
O arco ou halo senil significa "anemia" da região correspondente devido à falta de irrigação sangüínea 
suficiente; é conseqüência do acúmulo de substâncias sódicas nas artérias de pequeno calibre e do 
endurecimento das mesmas (arterioesclerose), seja pelo motivo anterior, pelo envelhecimento dos 
vasos e mesmo por arterioesclerose ou deposição de placas dentro das artérias com calcificação 
posterior. 
Pode-se entender então o porque do nome "senil", sendo então uma característica comum o surgimento 
deste sinal quando há envelhecimento das artérias, seja devido ao processo natural em idades mais 
avançadas ou mesmo precocemente quando os vasos vão perdendo sua elasticidade em função de 
uma alimentação muito rica em gorduras saturadas (sangue mais viscoso - mais depósitos nas paredes 
dos vasos) em sal refinado, açúcar branco (acidificante do cálcio) e pelo consumo de enlatados e 
drogas farmacêuticas com o elemento Sódio. 
O "halo senil" já é um sinal conhecido em Geriatria, mas não tem o mesmo significado e a mesma 
explicação que em Iridologia, entendendo-se apenas que surge na maior parte das pessoas idosas. 
Seguindo-se o mapa iridológico segundo a localização do arco senil, pode-se saber quais as áreas 
vasculares mais afetadas; assim, o referido arco geralmente circunda a íris, mostrando acometimento 
de várias áreas e a circulação de vários órgãos. Um arco que abranja a Terceira Zona Maior entre 15 e 
45 minutos aponta alterações da vascularização - com consequente anemia tecidual - da região dos 
pulmões, costas, períneo, pernas e pés, pescoço, etc., sendo difícil a delimitação precisa. 
O termo "anemia de extremidades" é muito usado por iridologistas para indicar o resultado do fenômeno 
de "esclerose" dos vasos; o idoso tem a pele ressecada, pálida, com função de excreção diminuída (ver, 
significado do "anel escuro"), tem também os pés mais frios e acometimento da memória; diz-se então 
que isto é resultado de má circulação. O sinal iridológico em questão é quase sempre bilateral, 
ocupando preponderantemente áreas da Terceira Zona Menor, preenchendo-a completamente ou então 
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na área do Sistema Nervoso Central (entre 11 e 1 hora, passando por 12) e éreas dos membros 
inferiores, mais acentuado próximo a 6 horas. É fácil entender que as pessoas portadoras deste sinal na 
região nervosa principal ou cerebral, tendo então má vascularização do cérebro, terão como queixa 
mais comum a falta de memória, o esquecimento, etc. Nos graus iniciais de arterioesclerose cerebral a 
deterioração da memória recente é um dos sinais primários, sucedendo depois alterações da 
personalidade, manias, etc., devido à anemia cerebral progressiva que tem como conseqüência 
fundamental a atrofia do órgão. 
Há ainda muito a ser estudado com relação ao sinal em questão e suas relações com o envelhecimento 
dos vasos. Sabe-se que quando o anel de sódio evolui tende a dificultar a oxigenação e alimentação 
dos tecidos, surgindo a "anemia", o que provoca o arco senil posterior: este é o motivo destes dois 
sinais figurarem no mesmo capítulo, uma vez que o arco senil é, na maioria dos casos, secundário ao 
anel de sódio, podendo, no entanto, surgir independente ou mesmo na ausência deste último. Quando o 
anel e o arco estão juntos o aspecto é de um pesado arco branco; neste caso estaremos diante de uma 
fase adiantada, mas cujos sinais clínicos podem ser intensos ou não, dependendo de 
elementos relacionados à alimentação, hábitos de vida, hereditariedade, etc. No simples anel de sódio, 
como já foi apontado, podem surgir apenas dormências e câimbras, bem como memória 
fraca (extremidades) ou até os extremos verificados na arterioesclerose adiantada. 
O anel de sódio e o arco senil surgem também como resultado de acúmulo de outras substâncias além 
de sódio ou pela calcificação das artérias, como em casos de Diabetes melitus (microangiopatia) onde 
há acúmulo de uma substância tipo amiloide no interior dos vasos sanguíneos com 
consequente diminuição da irrigação dos tecidos e no tabagismo acentuado (arteriopatias tabagicas) 
quando há acúmulo e degenerações arteriais. Em ambos os casos o sinal verificado será, no entanto, 
mais tênue e enevoado e menos denso Que nos casos anteriores. 
Se examinarmos um individuo maduro que tenha sido um grande consumidor de gorduras saturadas, 
enlatados, açúcar branco, refrigerantes, drogas analgésicas, que seja tabagista de longa data e 
diabético, com certeza apresentará os sinais referidos neste capítulo. 
Para terminar é preciso esclarecer que a intensidade do arco senil e do anel de sódio não é proporcional 
aos sinais e sintomas, no entanto a má situação da região correspondente estará tão afetada quanto 
maior e mais intenso o sinal iridal (ou corneano). Curiosamente, em estágios adiantados de 
arterioesclerose é comum verificar o desaparecimento do arco senil e do anel de sódio que ficam 
substituídos pelo "anel escuro" (na verdade o arco senil eclipsa o anel escuro geralmente presenteabaixo, na íris, quando aquele desaparece deixa ver o halo escuro devido ao acúmulo de produtos 
tóxicos); este desaparecimento ainda não está bem explicado mas calcula-se que tal aconteça devido 
a reabsorções localizadas em camadas da córnea, consequência do envelhecimento da capacidade de 
representação das lesões, sendo que a lesão tissular correspondente continuaria a existir no órgão, 
como fica provado pelo fato dos pacientes se apresentarem em graus evidentes e evolutivos de 
arterioesclerose mesmo quando desaparece o halo senil. 
Nos processos terapêuticos naturais bem orientados consegue-se deter o envelhecimento das artérias e 
obtém-se grande melhora da "anemia" da pele, o que determina uma diminuição do arco senil, mas 
dificilmente ele será removido em mais de 40%. Quanto ao anel de sódio, fica mais difícil ainda devido à 
localização no endotélio e na íntima dos vasos. O tratamento natural de escolha nestes casos fica 
sendo a depuração e a limpeza profunda por meio de dietas especiais, plantas medicinais e substâncias 
homeopáticas de. elevada dinamização. A terapêutica comum, feita à base de dietas com baixo teor de 
gorduras e com drogas vasodilatadoras consegue, quando muito, estacionar o quadro, sendo 
inconseqüente quanto à situação dos vasos alterados. 
A experiência clínica natural mostra a possibilidade de reversão parcial considerável em 
arterioesclerose cerebral, com recuperação de alguns tecidos; no entanto, quanto a funções psíquicas 
 42 
alteradas, estas tendem a manter-se assim devido à atrofia cerebral com perda de substrato nervoso. 
 
DEPÓSITOS TÓXICOS 
 
Estes elementos apresentam-se como manchas, pontos, "spots" ou raias em forma de estrelas, bem 
delimitados, mais comumente surgem como manchas escuras, negras ou castanhas de diversos 
matizes e sempre superficiais, ou seja, não fazendo depressão ou aprofundamento nas camadas iridais 
(diferentemente das criptas e lagunas que sempre têm sua base ou fundo abaixo da superfície iridal). 
 
 
 
São de fácil verificação, visíveis geralmente sem auxílio de lentes; podem surgir em qualquer época da 
vida ou no nascimento, quando então ficará caracterizado o acúmulo tóxico a partir da fase intra-uterina. 
Em Oftalmologia os sinais escuros que surgem na íris como marcas herdadas ou adquiridas são 
considerados como "nevos" iridais ou pigmentação natural; para a Iridologia são tidos como 
concentrações tóxicas muito perigosas. 
De uma maneira geral estes sinais aparecem quando a área orgânica ou o tecido correspondente no 
mapa iridológico sofre a deposição de material tóxico oriundo de alimentos de má qualidade. Uma vez 
que a função de excreção esteja prejudicada ou a carga tóxica, - muitas vezes pequena - é perigosa, 
nosso organismo lança mão do isolamento dessas substâncias e a deposita nos tecidos, geralmente 
nas células gordurosas, podendo, no entanto, colocá-Ias em qualquer parte. Este material acarretará a 
diminuição da função do tecido ou órgão provocando alterações; se a carga é pouco tóxica estas 
poderão não existir, caso contrário tanto pode haver normalidade e ausência de disfunção como sérios 
problemas de ordem vária. Quando o sinal é muito escuro e está sobre um órgão muito importante 
sabe-se que a função corre risco, é uma área frágil que está com seu trabalho celular prejudicado pela 
 43 
presença de substâncias que atrapalham a respiração, a excreção, as trocas metabólicas e a vitalidade. 
A origem desse material tóxico estaria principalmente nas carnes condicionadas (lingüiça, salsicha, 
presunto, mortadela, salame, copa, etc.) repletas de antibióticos, conservantes, corantes sintéticos 
(sulfito de sódio), toxinas perigosas como a cadaverina, o escatol e os derivados amoniacais, produtos 
estes também presentes nos enlatados, em alguns queijos e outros produtos. A carne de açougue é 
também repleta de sulfito de sódio, salitre; formol, antibióticos, hormônios (ex.: Dietylobestrol para 
engordar o gado), inseticida, etc. 
Alguns grupos entendem que os depósitos tóxicos são determinados apenas por acúmulos de toxinas 
derivadas do metabolismo protéico excessivo (uréia, amônia, ácido úrico, etc.); a verdade é que, 
dependendo de muitos fatores como a situação do aparelho excretor (inclusive a pele) e de elementos 
hereditários e familiares, muitos tipos de toxinas fixam-se no organismo humano prejudicando-o em seu 
trabalho sutil. No capítulo seguinte verificaremos quais os sinais característicos derivados da 
acumulação tecidual de drogas inorgânicas e venenos, muitos deles já conhecidos pela ciência analítica 
(ex.: anel verde que surge na doença de Wilson devido ao acúmulo de cobre em várias partes do 
organismo). Tal fato comprova a possibilidade de acúmulos que determinam sinais iridais 
característicos. 
Quando se procede a um tratamento eficaz, executa-se a limpeza e a drenagem do material acumulado, 
no entanto é, na maioria das vezes, muito difícil retirar esse material. Hoje muitas crianças nascem com 
estes sinais devido à má alimentação materna na fase intra uterina; é extremamente dificíl remover 
estes sinais nessa situação uma vez que são resultado de toxinas muito perigosas que o organismo 
sabiamente isolou para que não provocassem mal maior. Há ainda muito a ser estudado com relação às 
manchas escuras da pele, principalmente os nevos com peles ou muito pretos e suas relações com as 
referidas toxinas acumuladas e isoladas. Sabe-se bem que o pior tipo de câncer e mais fulminante - o 
melanoma maligno - pode surgir nessas manchas da pele ou tem cor muito escura, semelhante aos 
nevos. 
Num tratamento ideal as manchas iridais tendem a diminuir de tamanho e de intensidade, no entanto, 
como já foi explicado, não é fácil fazer com que desapareçam uma vez que representam toxinas 
fortemente enraizadas. 
Para terminar, devemos deixar claro que quanto pior o tipo de toxina acumulada, maior a irritação e a 
agressão à região de acúmulo; procura-se assim explicar os casos de câncer em crianças recém- 
nascidas ou de tenra idade onde, inclusive, podemos detectar sinais iridais correspondentes à região de 
aparecimento da doença. Se estas crianças não tiveram tempo de tomar contato direto com agentes 
cancerígenos ambientais bem conhecidos (enlatados, açúcar branco, sal refinado, corantes e 
aromatizantes sintéticos, inseticidas, poluição atmosférica industrial específica, etc.), se não pode ser 
determinada uma causa psicológica ou biológica, então a causa é determinada pela condição herdada e 
por tudo aquilo recebido na vida intra-uterina (alimentos, drogas, remédios, carga psicológica, vibrações, 
etc.). 
 
DROGAS E PRODUTOS QUÍMICOS INORGÂNICOS 
 
Neste capítulo apontaremos algumas das drogas e produtos inorgânicos que mais comumente entram 
em contato com nosso organismo e os sinais iridais que surgem devido à sua deposição ou acúmulo em 
várias partes dos sistemas; é desnecessário afirmar que a área iridal onde surgem os sinais 
corresponde à região do organismo, segundo o mapa iridal. 
Já é conhecido hoje em farmacologia que as drogas possuem afinidades pelos tecidos; por exemplo, o 
DDT (inseticida) pelo tecido gorduroso, o enxofre pela pele, etc. Fica fácil entender que o acúmulo ou 
mesmo a presença de pequena quantidade de determinado produto químico estranho ao metabolismo 
 44 
fixa-se em determinada área quando não é eliminado, o que geralmente acontece. As modificações 
iridais secundárias ao acúmulo tanto podem ser uma modificação da pigmentação como uma 
descoloração, conforme será visto adiante. É importante saber que a presença de determinadas 
substâncias diminui a função do órgão e produz irritação celular e tissular profunda e constante, levando 
ao perigo do câncer e outros tipos de doenças. 
Hoje com a descoberta de novas drogas farmacológicas e métodos sofisticados de "purificação" química 
fica mais perigoso o acúmulo devido ao maior poder de penetração das modernas drogas, 
principalmente os anti-histamínicos, os recentes antibióticos, barbitúricos,anestésicos extremamente 
danosos e analgésicos recém descobertos. O uso destes produtos não passa impune, eles depositam-
se e resultam em alterações da função celular. Com novos remédios surgem modificações iridais das 
mais estranhas e grotescas, ainda não conhecidas pela Iridologia. Por vezes uma mancha ou spot na 
íris pode ser a sua única parte normal, sendo todo o resto resultado de acúmulos ou alterações. Se o 
uso de uma determinada droga sintética é prolongado e há deposição tissular crônica, o sinal iridal 
correspondente torna-se cada vez mais escuro, por vezes negro, embora superficial, conhecido como 
"spot psórico" ou "psora", significando a irritação (ver Fig. 32) profunda e a desintegração do tecido com 
diminuição e perda da função; quando começa a haver aprofundamento deste sinal nas camadas mais 
profundas da íris isso pode significar câncer no início. Quanto à "psora", Bernard Jensen afirma que 
quando existe deposição no feto, pode haver profundas influências no seu desenvolvimento com 
alteração de certos tecidos e glândulas cujo resultado pode ser a idiotia. 
A seguir, a descrição clássica dos sinais iridológicos produzidos pelos produtos químicos sintéticos mais 
comumente usados e a área orgânica de mais comum fixação. 
 
Ácido acetil salicílico (AAS) 
 
Presente em muitos alimentos industrializados e bebidas como refrigerantes, enlatados, etc., usado 
como conservante em sucos industrializados. Porém a forma mais comum de consumo é a aspirina e a 
maioria dos analgésicos modernos, usado também como antitérmico, anti-trombótico (enfarte, etc.), em 
inflamações, reumatismo, etc. No estômago pode produzir úlceras corrosivas assim que ingerido, mas, 
uma vez absorvido tende a fixar-se nos tecidos intestinais, pele e membranas mucosas. O sinal iridal é 
uma mácula cinza esbranquiçada tendendo para cinza "sujo", mais comumente visto nas partes 
superiores da íris. 
 
Arsênico 
 
Pode ser ingerido acidentalmente; é encontrado em "sprays", cosméticos e em alguns alimentos 
enlatados como almôndegas, presuntadas, etc. Foi usado antes para estimulação cardíaca e continua a 
ser componente de alguns medicamentos para distúrbios gástricos e doenças dermatológicas. Sua 
presença é verificada na área circulatória da íris onde se pode verificar finos dots brancos isolados ou 
em grupos no sistema linfático. 
 
Alcatrão da hulha 
 
Produto base para a fabricação de muitos remédios como anti-térmicos, aspirina, sacarina, vitaminas, 
corantes e aromatizantes sintéticos. Fixa-se no cérebro e tecido nervoso periférico e pode ser verificado 
por meio de manchas cinzas de tonalidade metálica escura. 
 
Bismuto 
 45 
 
Hoje pouco usado, foi famoso no "tratamento" da sífilis e ainda faz parte de alguns fortificantes. Fixa-se 
mais no aparelho digestivo e pode ser confirmado pela presença de um círculo irregular acinzentado 
metálico escuro. 
 
Brometos 
 
Usados como sedativos, anti-térmicos e em recuperação de desgastes nervosos. Pode ser detectado 
pela presença de um crescente branco azulado na área cerebral. 
 
Enxofre 
 
Está presente em muitos médicamentos, alimentos enlatados, cerveja industrializada e vinhos como 
conservante, sais para banhos, águas minerais naturais sulfuradas, cosméticos, sabonetes e óleos 
medicinais. Fixa-se mais nas áreas dos intestinos, pele e mucosas. Surge na íris como nuvens castanho 
escuras e descolorações. 
 
Ergotamina 
 
Encontrado em medicamentos que promovem contração uterina e em antidistônicos. Acumula-se 
ordinariamente em órgãos de regeneração e no estômago. Seu sinal característico é um "spot" 
vermelho claro na área uterina e do estômago. 
 
Estricnina 
 
Usado em alguns medicamentos como tônico nervoso e estimulante. Acumula-se mais comumente no 
estômago, surgindo na íris como um halo branco que tende ao branco amarelado circundando total ou 
parcialmente a pupila. 
 
Ferro 
 
Componente de medicamentos tônicos, anti-anêmicos e em águas minerais ferruginosas. Seus 
depósitos podem ocorrer em qualquer parte do organismo, aparecendo na íris um "spot" castanho 
escuro rusty mais destacado na íris azul e verde e visível na íris marrom como uma área mais escura. 
 
Glicerina 
 
A glicerina é usada como solvente ou veículo de vários medicamentos como xaropes, tônicos, 
linimentos, fórmulas vegetais complexas e como supositório de contato para provocar a descarga 
intestinal. Comumente fixa-se na pele, rins e pulmões (por via oral) e apresenta-se nestas mesmas 
áreas iridais como grandes nuvens brancas. 
 
lodo 
 
Seu uso tópico mais comum é como antisséptico da pele, sendo assim absorvido em pequena 
quantidade por essa via; no entanto a ingestão através de remédios é mais responsável pela sua 
acumulação, sendo usado em medicamentos contra distúrbios glandulares, xaropes, etc. Em medicina 
 46 
nuclear é usado em sua forma radioativa (Iodo 131) para a marcação de células e em grande 
concentração como contraste para raio X. O sal refinado também possui iodo sob a forma de iodeto de 
potássio, que lhe é acrescido devido à perda do iodo natural orgânico induzido pelo processo industrial. 
Sabe-se perfeitamente que o iodo orgânico, além de cumprir o seu papel biológico não se acumula 
como o sintético que tem grande afinidade com o fígado, intestinos, rins, estômago, pulmões e 
pâncreas, podendo entretanto fixar-se em qualquer parte. Na íris surge nas áreas respectivas à sua 
presença como “spots" ou manchas vermelhas pálidas ou vermelho-amareladas circundadas por bordos 
brancos ou esbranquiçados, por vezes descorados. 
 
Mercúrio 
 
Sua ingestão pode ser acidental devido a águas fluviais industrialmente poluídas e venenos, porém sua 
presença como poluente ambiental cresce rapidamente. Outras formas não menos comuns de encontar-
se o mercúrio são em medicamentos que contenham sais mercuriais (muito usados antes para 
tratamento da sífilis), drogas tópicas contra parasitas, carrapaticidas, além de desinfetantes, loções, 
cosméticos, amálgamas dentárias, pomadas oftálmicas, pastas de dentes, etc. As áreas de afinidade 
são os ossos, cérebro e tecido vascular (principalmente o endotélio). Na íris azul aparece como 
manchas esbranquiçadas ou cinza prateado e na íris castanha como uma área azulada escura. 
 
Ópio e cocaína 
 
O ópio é usado sob a forma de morfina e seus derivados sintéticos como poderoso analgésico e 
narcótico e a cocaína como anestésico local. Ambos produzem dependência física em viciados e 
modificações psíquicas importantes. Uma forma natural de ópio é o fraco elixir paregórico, usado como 
antiespasmódico, mas que hoje é dificilmente encontrado nas farmácias devido aos substitutos 
sintéticos, apesar de mantido o mesmo nome. 
A cocaína natural é um pó branco derivado das folhas do "erytroxilon coca", mas hoje, para se obter tal 
preparado é necessário o uso de produtos químicos perigosos. Estes dois agentes (ópio e cocaína) 
possuem a mesma afinidade tecidual e tendem a fixar-se no sistema nervoso, na cadeia simpática, nos 
intestinos e no estômago. Na íris surgem como linhas brancas ou cinza esbranquiçadas que se irradiam 
da pupila circundando-a. Em consumidores de cocaína os sinais são mais mesclados devido à presença 
de outros ingredientes no pó; se se usasse a cocaína pura, mesmo que natural, os sinais seriam 
idênticos ao acúmulo do ópio natural. Desde que se extraia de uma planta um princípio ativo, este 
mostrará efeitos mais potentes e sinais mais evidentes que a planta usada como um todo. 
 
Quinino 
 
É um alcalóide encontrado em alguns cipós e raízes (quina), mas hoje é produzido em laboratório e faz 
parte de numerosos medicamentos como os anti-maláricos, tônicos e loções capilares, usado 
principalmente como anti-térmico, fortificante e anti-nevrálgico. Acumula-se em qualquer área, mas 
principalmente no trato gastrointestinal. Aparece na íris como áreas amarelas ou verde-amareladas na 
área do estômago e intestinos (Primeira Zona Menor) ou em toda a íris. 
 
Sódio 
 
Ver o item "Anel de sódio"neste capítulo. 
 
 47 
Terebentina 
 
Sua ingestão é comumente acidental por ser componente de tintas; é usada nas fábricas de materiais 
sintéticos e de pigmentos, por funcionários ou por artistas e pintores. A terebentina é usada às vezes 
como diurético e antisséptico. Deixa mancha branca na área genito-urinária e, às vezes, densas nuvens 
cinzas. 
 
Vacinas 
 
As vacinas que mais apresentam sinais são aquelas inoculadas por escarificação da pele ou por 
injeções; as orais produzem sinais mais tênues, geralmente inexistentes. Verifica-se a presença de anel 
escuro em fases imediatas à vacinação, aparecendo depois "spots" negros ou castanho escuro "sujo" 
circundados por halo esbranquiçado. Podem ser únicos ou múltiplos e surgem em qualquer área. 
 
Fósforo 
 
Os compostos fosfóricos são usados em medicina comum como tônicos nervosos, na neurastenia, 
cansaço, impotência sexual, e em alguns problemas dermatológicos e pulmonares. Sua ingestão pode 
ocorrer ainda em fábricas que lidem com o fósforo (adubos), ou pelo contato da pele ou pela inalação de 
inseticidas organofosforados. Refere-se também o acúmulo orgânico de fósforo devido ao consumo de 
legumes e verduras tratadas com excesso de adubos que o contenham em sua fórmula. Fixa-se mais 
comumente em áreas do diafragma, coração, músculos e ossos, o que provoca o surgimento de flocos 
brancos aí ou mesmo em qualquer área iridal respectiva à deposição. 
 
Complementação 
 
Os sinais iridais em questão podem persistir a vida inteira; muitos adultos com manchas iridais as 
possuem devido à ingestão de drogas ou produtos sintéticos desde a infância, principalmente quinino e 
sulfa. Hoje a água de torneira também traz elementos perigosos capazes de se acumularem, como o 
cloro, o sulfato de alumínio, o sulfato de cobre (enxôfre e cobre), magnésio e mais modernamente o 
flúor. As águas minerais, mesmo naturais, como as sulfurosas (enxôfre), ferruginosas, magnesianas, 
alcalinas (sódio), etc., também podem produzir modificações na íris, como pode ser verificado nos 
habitantes de estações de água que as consomem desde longos anos; nestes casos, por serem 
produtos naturais, o grau de alteração tecidual é quase nulo e os sinais desaparecem mais facilmente. 
Quanto mais desgastados e prejudicados os sistemas de eliminação como a pele e o sistema de 
drenagem linfática, maior o acúmulo e a concentração das toxinas e produtos inorgânicos; o tratamento 
mais eficaz na maioria das doenças é então a limpeza, a drenagem, a depuração, a desintoxicação e a 
renovação biológica integral que devolve às células e aos tecidos sua função ampla, o que não se 
consegue com drogas químicas que, paradoxalmente, ainda perturbam mais o equilíbrio biológico. 
 
Gravidez e Aborto 
 
A maioria dos autores e estudiosos da Iridologia confirmam a impossibilidade de se detectar a gravidez 
pelo exame iridológico, que revela apenas sinais de anormalidade. Existe a possibilidade, no entanto, de 
se observar alterações em ambas as áreas uterinas, em casos de problemas gestacionais relativos às 
más condições do útero ou mesmo em fases finais da gestação, quando nota-se na região iridal 
correspondente a presença de sinais inespecíficos e anéis nervosos que podem abranger várias partes 
 48 
da íris, principalmente devido à dilatação do colo, contrações, perdas sanguíneas, etc. 
Em caso de aborto praticado, podem surgir sinais como linhas escuras ou pequenos "spots" negros, 
correspondentes a agressões uterinas vasculares ou da parede. 
 
Raios Solares 
 
Consistem em linhas grossas ou sulcos retilíneos negros que se originam próximo à pupila ou na coroa 
iridal em direção à periferia ou bordo iridal, raramente atingindo-o, assemelhando-se a raios solares 
grossos e negros à maneira dos raios de uma bicicleta (fig. 32 e 33). Surgem por separação das fibras 
da camada iridal mais superficial com tendência a atingir camadas mais profundas. Como pode ser 
notado, estes sinais, quase sempre múltiplos, originam-se do trato gastrointestinal; significam o acúmulo 
ou presença de material tóxico indesejável no tubo gastrointestinal espalhando-se a várias partes do 
organismo, segundo a direção que tomam. Pode-se saber assim qual órgão está sendo afetado pela 
difusão desse material que geralmente provém de alimentação cárnea excessiva, ovos de granja, 
conservas, açúcar branco, produtos confeccionados com farinha branca, margarina e fermentos que 
acabam, todos estes, por produzir fermentações intestinais perigosas e formar cargas tóxicas capazes 
de alcançarem a corrente sanguínea e depois todo o organismo. 
Junto com os raios solares comumente são encontrados anéis nervosos (Ver Fig. 26) significando 
fraqueza da função nervosa devido à ação do material proveniente dos intestinos. Frequentemente 
nota-se também que raios solares encaminham-se para a região do fígado que assimila grande parte 
das toxinas que, quando em grande quantidade produzem dilatação desse órgão com prejuízo de sua 
importante função. 
Outra direção muito comum dos raios solares é a área do cérebro e sistema nervoso central, uma vez 
que o tecido nervoso sofre sobremaneira com a má qualidade dos humores orgânicos, principalmente 
um sangue repleto de cadaverina, uréia, ácido úrico e demais excretas nitrogenados. Já se relacionou, 
inclusive, a falta de memória, cansaço e irritação com altos níveis de uréia na corrente sanguínea, 
dentro da mais moderna farmacologia. 
Alguns autores relacionam também a presença destes sinais com vermes intestinais que produzem 
toxinas. A verdade é que, desde que existam, é necessário executar uma limpeza intestinal sob pena de 
prejuízos sistêmicos. 
 
 49 
 
 
 
ROSÁRIO LINFÁTICO 
 50 
 
Caracteriza-se este sinal pela presença de várias manchas brancas de bordos esfumaçados ou pálidos, 
estreliformes ou não, múltiplos para onde confluem muitos filamentos sinuosos; limitam-se quase 
exclusivamente à área da circulação linfática na Quinta Zona Menor, raramente abandonando a Terceira 
Zona Maior, formando uma sequência de manchas ou "rosário" (fig. 35 e 36) 
Surgem quando há congestão linfática em determinada região com a presença de material tóxico dentro 
das vias linfáticas com concentração em gânglios. Estas toxinas determinam importantes modificações 
na linfa e produzem o acúmulo de material ácido e áe muco nestes locais (aspecto branco). O caráter 
inflamatório é típico e muito comum. Acredita-se que o rosário linfático surja como fase prévia de 
doenças inflamatórias e infecciosas. 
 
 
 
 51 
 
 
O sistema linfático, como se sabe, é responsável pela drenagem do líquido linfático em direção aos 
gânglios linfáticos e ao sangue. Os vasos linfáticos intestinais drenam certa quantidade de líquido e 
nutrientes, mais comumente gorduras, em direção a outros canais mais calibrosos e daí ao coração 
onde a linfa é jogada na corrente sanguínea. Muitas células de defesa, vários tipos de linfócitos, existem 
aí em grande quantidade e pertencem ao mecanismo de defesa contra elementos estranhos, outra 
função do sistema linfático, entre outras. Aponta-se a amígdala como órgão linfático principal da região 
da garganta onde produtos tóxicos da corrente linfática são despejados quando há acúmulo excessivo 
 52 
dos mesmos, o que determina amigdalite ou a angina tão comum em crianças. A retirada cirúrgica das 
amígdalas só sobrecarrega o sistema linfático sendo apenas uma medida paliativa deveras perigosa. O 
tratamento ideal da inflamação das amígdalas é a limpeza das vias linfáticas começando pela 
purificação do ambiente intestinal e do sangue. 
Quando surge um grande rosário linfático deve-se entender que poderá surgir qualquer doença da pele, 
dos gânglios linfáticos ou de órgãos, desde uma virose simples até septicemias. Isto é comprovado por 
dados clínicos e pela observação de médicos iridologistas no mundo inteiro. 
 
Tumores 
 
Estas patologias são de difícil visualização e certificação pelo exame iridológico em virtude de 
constituirem, quando

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