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Centro Universitário Leonardo da Vinci Curso Bacharelado em Serviço Social LÍVIA SANTOS VASCONCELOS (SES0622) TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO: GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE E O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL FEIRA DE SANTANA 2021 2 LÍVIA SANTOS VASCONCELOS GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE E O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à disciplina de TCC – do Curso de Serviço Social – do Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI, como exigência parcial para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social. Danielly Gomes Silva Santoro – Orientador Local FEIRA DE SANTANA 2021 3 GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E ADOLESCENTE E O PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL POR LÍVIA SANTOS VASCONCELOS Trabalho de Conclusão de Curso aprovado do grau de Bacharel em Serviço Social, sendo-lhe atribuída à nota “______” (_____________________________), pela banca examinadora formada por: ___________________________________________ Presidente: Prof. Danielly Gomes Silva Santoro – Orientador Local ____________________________________________ Membro: Polyana Carvalho Pereira - Supervisor de Campo ____________________________________________ Membro: Thalita Carvalho Campos Brito - Profissional da área FEIRA DE SANTANA Data da Realização da Banca 4 DEDICATÓRIA Dedico esse trabalho as minhas amadas filhas: Laíza e Denise. 5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a Deus. Ao meu esposo Aldenir. Às minhas amigas mais que especiais: Siliane, Jaqueline, Silvia, Edinailde, Antônia e Marli. À minha tutora Danielly Santoro. Quando pensava em desistir vocês me impulsionavam. Obrigada por tudo. 6 Rendam graças ao Senhor, pois Ele é bom; o seu amor dura para sempre. I Crônicas 16:34 7 RESUMO O presente trabalho de conclusão do curso em Serviço Social tem como objetivo mostrar como o Serviço Social visa garantir os direitos da criança e do adolescente e seu papel para que esse direito seja realmente posto em prática. E como objetivos específicos mostrar as leis que defendem o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), mostrar os órgãos responsáveis pelo cumprimento e pela garantia das leis do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente, além de mostrar as leis fundamentais da criança e do adolescente. Através da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990, surge a garantia dos direitos e deveres da criança e do adolescente, passando assim a serem reconhecidos como sujeitos de direitos. O assistente social entra nesse contexto com o papel fundamental na garantia dos direitos da criança e do adolescente, pois é ele quem faz a entrevista com a criança e ao adolescente para que o mesmo tenha ciência dos seus direitos e também dos seus deveres e faz isso de maneira privativa. A abordagem da pesquisa é qualitativa com os procedimentos metodológicos de natureza exploratória e qualitativa, desenvolvida através de pesquisa bibliográfica. PALAVRAS-CHAVE: Criança; Adolescente; ECA. 8 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................10 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA......................................................................................12 2.1 DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE .................15 2.1.1. DIREITOS À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE...........................14 2.1.2.DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA..............................14 2.1.3. DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO NO TRABALHO........16 2.1.4. DIREITO À EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER..............................16 2.1.5. DIREITO DE SER PROTEGIDO DE CASOS DE VIOLÊNCIA...........................17 2.2 SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE...............................................................................................................18 2.2.1 EIXO DE PROMOÇÃO DE DIREITOS..................................................................19 2.2.2. EIXO DE DEFESA..................................................................................................19 2.2.3. EIXO DE CONTROLE SOCIAL.............................................................................19 2.3 PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL..................................................................................21 3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL..23 3.1 ÓRGAOS RESPONSÁVEIS PELO CUMPRIMENTO E PELA GARANTIA DA LEI DO ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE (ECA)..........................................24 3.1.1 O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – CONANDA.......................................................................................24 3.1.2. CONSELHO TUTELAR.........................................................................................24 3.1.3. JUIZADO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE...................................................26 3.1.4. MINISTÉRIO PÚBLICO........................................................................................26 3.1.5. DEFENSORIA PÚBLICA......................................................................................27 3.1.6. A LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – LOS................................................................27 3.1.7. A LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LOAS.................................28 3.1.8. A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO – LDBEN........................28 3.1.9. A LEI ORGÂNICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR – LOSAN.......................29 3.1.10. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS..................................29 3.2. ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE (ECA)........................................31 3.3 AVANÇOS E DESAFIOS DIANTE DOS DIREITOS ASSEGURADOS NO ECA..................................................................................................................................32 3.3.1 VIOLAÇÃO DOS DIREITOS INFANTO-JUVENIS............................................33 3.3.2 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS........................................................................34 3.4. TIPOS DE PUNIÇÃO PARA QUEM COMETE CRIMES CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE.............................................................................................................36 3.3.1. EXPLORAÇÃO SEXUAL.................................................................................36 3.3.2. ABUSO SEXUAL..................................................................................................37 3.3.3.TORTURA...........................................................................................................38 3.3.4. VIOLÊNCIA FÍSICA E PSICOLÓGICA..............................................................38 4. JUSTIFICATIVA..........................................................................................................40 5. OBJETIVOS DA PESQUISA.......................................................................................42 5.1 OBJETIVO GERAL....................................................................................................425.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS......................................................................................42 9 6. METODOLOGIA DE PESQUISA...............................................................................43 7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA.....................................................................44 7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS..............................................................................45 7.2 ANÁLISE DOS DADOS.............................................................................................45 7.3 RESULTADOS............................................................................................................45 7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS............................................................................46 8 CONCLUSÕES...............................................................................................................47 REFERÊNCIAS.................................................................................................................48 10 1. INTRODUÇÃO O presente trabalho de conclusão do curso em Serviço Social tem como área de concentração - Políticas Sociais e Cidadania, com o tema - Garantia dos Direitos da Criança e Adolescente e o Papel do Serviço Social. A questão norteadora do tema do referido estudo tem como objetivo mostrar como o Serviço Social visa garantir os direitos da criança e do adolescente e seu papel para que esse direito seja realmente posto em prática. Tem como objetivos específicos com a finalidade de mostrar as leis que defendem o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), mostrar os órgãos responsáveis pelo cumprimento e pela garantia das leis do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente, além de mostrar as leis fundamentais da criança e do adolescente. Como estratégia metodológica, para alcançar os objetivos a metodologia foi construída através de pesquisa exploratória com os procedimentos metodológicos de natureza qualitativa, desenvolvida através de pesquisa bibliográfica. A Constituição Brasileira no artigo 227, assegura a proteção integral à criança e ao adolescente: "É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão." O assistente social tem um papel fundamental na garantia dos direitos da criança e do adolescente, pois é ele quem faz a entrevista com a criança e ao adolescente para que o mesmo tenha ciência dos seus direitos e também dos seus deveres e faz isso de maneira privativa. “Toda criança tem direito de viver em ambiente harmonioso, com acesso à saúde, educação, à assistência social e nós, assistentes sociais, temos um papel fundamental para a efetivação dessas políticas públicas. Fiquemos atentos e fortes para denunciar casos de violência” informou a conselheira do CRESS Sergipe, Natália Dalto. Com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em 1990, surge a garantia dos direitos e deveres da criança e do adolescente foi finalmente defendido por Lei, antes eles não eram reconhecidos como sujeitos de direitos e estabeleceu também que a família, a sociedade e o Estado são responsáveis pela sua proteção, pois eles estão em pleno desenvolvimento psicológico, físico, moral e social. 11 Segundo Caroline Braz a titular da pasta do Sejusc: “O Estatuto é uma garantia para que crianças e adolescentes vivam plenamente os direitos relacionados a educação, qualidade de vida, moradia, assistência médica, alimentação, entre outros”. No ano de 2006 para fortalecer o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) foi criado um Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente conhecido como (SGDCA), esse sistema garante que os direitos da criança e do adolescente sejam garantidos pela justiça, assegurando que seus direitos não sejam violados e em caso de violação, haja a responsabilização dos violadores. O assistente social atua como investigador da realidade da criança e do adolescente no âmbito sociojurídico, com questionamentos preestabelecidos e entrevista com os mesmos afins de detectar a real necessidade da criança e do adolescente atendidos. Existem alguns direitos que são fundamentais a criança e ao adolescente que são: Ser protegido de casos de violência, seja ela física ou psicológica; Direitos à liberdade, ao respeito e à dignidade; Direito à convivência familiar e comunitária; Direito à profissionalização e à proteção no trabalho e Direito à educação, cultura, esporte e lazer. No ano de 2006 para fortalecer o Estatuto da criança e do adolescente (ECA) surgiu a necessidade de garantir os direitos fundamentais e implementar o Estatuto foi criado O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA). Estabelecendo uma ampla parceria entre o Poder Público e a Sociedade Civil para executar políticas públicas para a criança e adolescente. Existem órgãos que são responsáveis pelo cumprimento e garantia do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA), que são: o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA); o Conselho Tutelar; o Juizado da Infância e da Juventude; o Ministério Público e a Defensoria Pública. Será abordada no decorrer do trabalho a questão social, os avanços e desafios diante dos direitos assegurados no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e os tipos de punição para quem comete crimes contra a criança e adolescente. 12 2. APRESENTAÇÃO DO TEMA Este trabalho de conclusão tem como objetivo mostrar como o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) surgiu para a garantia dos direitos da criança e do adolescente e como foco principal mostrar o papel do Serviço Social para que esse direito seja garantido. Tem como área de concentração - Políticas Sociais e Cidadania, com o tema - Garantia dos Direitos da Criança e Adolescente e o Papel do Serviço Social. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) sancionado na forma da Lei 8.069, foi criada em 13 de julho de 1990, foi necessária sua criação para que os direitos e deveres da criança e adolescentes fossem garantidos por lei e que quem violasse esse direito tivesse a devida punição. “O ECA não nasceu espontaneamente. Ele surgiu do vigor, da força e do combate dos movimentos sociais, que souberam se organizar e influenciar a Constituinte, e praticamente escrever, com as próprias mãos, os textos que hoje estão na Constituição Federal. Isso gerou a possibilidade de inclusive trazer uma legislação de infância – uma ideia, que naquela época era nova, de uma democracia completamente participativa”, explica Clilton Guimarães dos Santos, advogado, professor universitário e ex-procurador de justiça do Ministério Público de São Paulo. Segundo afirma o advogado Rubens Naves, conselheiro da Fundação Abrinq desde 1996: “O ECA foi um marco importantíssimo, um norte muito claro para a elaboração das políticas públicas referentes à criança e ao adolescente. Foi o estatuto que possibilitou também o surgimento de uma série de leis que vêm beneficiando esse público, desde a década de 1990”. O Estatuto foi a primeira legislação de proteção integral da América Latina tendo como inspiração a Declaração Universal dos Direitos da Criança de 1979 e na Convenção Internacional sobre os Direitos da Criança, aprovados pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1989. O Estatuto é compostopor 267 artigos e uma carta de direitos fundamentais para a infância e a juventude, considera criança a pessoa de 12 anos de idade incompletos e adolescentes de 12 e 18 anos de idade, garantindo a proteção integral a eles. “A política de atendimento dos direitos da criança e do adolescente far-se-á através de um conjunto articulado de ações governamentais e não- 13 governamentais da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.” (ECA, artigo 86). Através de sua criação a criança e adolescentes foram considerados sujeitos de direitos, surgindo também órgãos como o Conselho Tutelar, o Conselhos de Direitos da Criança, com sua formulação em esfera estadual, municipal e nacional. “Antigamente a criança era tida como um ‘adulto em miniatura’, sem dispor de um tratamento especial. Isso era muito cruel”. (MARÍLIA ROVARON, cientista social e coordenadora técnica do projeto Educação com Arte pelo CENPEC Educação). Sobre a criança e adolescente ser reconhecido por lei como sujeito de direito, explica o advogado Clilton Guimarães dos Santos, advogado, professor universitário e ex- procurador de justiça do Ministério Público de São Paulo: “Objeto significa submeter-se, não atuar-se, não opinar, não coparticipar. Daí falar-se que o ECA inaugura a fase da cidadania da criança e do adolescente, ao reconhecê-los como sujeitos de direito”. Segundo Marília Rovaron: “O ECA é dividido em três eixos. O primário fala das garantias universais e tem caráter preventivo, ou seja, elenca as políticas que devem ser articuladas para que as crianças cresçam em plenas condições. O secundário, chamado de proteção especial (medidas protetivas), trata da criança que sofreu algum tipo de violência, seja da família, da comunidade etc. O terceiro fala das medidas socioeducativas, ou seja, dos adolescentes que infracionam”. A Lei n. 8.069/1990 preconiza a doutrina da proteção integral às crianças e aos adolescentes e estabelece que é dever da família, da comunidade, da sociedade em geral e do poder público assegurar, com absoluta prioridade, a efetivação dos seus direitos referentes à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária. Antes da criação do Estatuto, quem defendia as pessoas menores de 18 anos era o 2º Código de Menores, do ano de 1979, antes dele era o Código Mello Mattos, datada de 1927. Segundo explica Clilton Guimarães dos Santos, advogado, professor universitário e ex- procurador de justiça do Ministério Público de São Paulo: “O Código de Menores trazia uma carga autoritária muito forte no trato da criança e do adolescente, inclusive com juízos muito discriminatórios ao seu respeito, à medida que distinguia menores em situação irregular daqueles outros que assim não se encontravam, aprofundando as desigualdades e a discriminação”. 14 Após a criação do Estatuto houve uma redução do trabalho infantil, melhorou significativamente as condições de vida de milhares de crianças e adolescentes, diminuição da taxa de mortalidade, melhora na universalização do ensino no país. Em números temos: Entre 1990 e 2019, a taxa de mortalidade caiu de 47,1 para 12,4 mortes a cada 1.000 nascidos vivos, segundo o Ministério da Saúde. De acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios, do IBGE, entre 1990 a 2019, o percentual de crianças de 7 a 14 anos de idade que estavam fora da escola caiu de 13,4% para 0,7% e, dos adolescentes de 15 a 17 anos de idade, a queda foi de 40,3% para 11,4%. Entre 1992 e 2019, segundo a Organização Internacional do Trabalho (OIT), o índice no Brasil da população de crianças e adolescentes de 5 a 17 anos em situação de trabalho infantil reduziu em 80,5%, saindo de 23,6% em 1992, e chegando a 4,6% em 2019. Segundo Ariel de Castro Alves, advogado, especialista em direitos da infância e juventude e membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente: “o País tinha mais de 6 milhões de crianças e adolescentes explorados no trabalho infantil, tivemos uma redução, graças ao impacto de programas de erradicação do trabalho infantil e aprendizagem, de benefícios sociais e também de várias iniciativas da sociedade civil e empresas privadas. A atuação do ECA foi fundamental para esta queda”. Ressalta Ariel de Castro Alves, advogado, especialista em direitos da infância e juventude e membro do Instituto Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente: “O principal desafio é o enfrentamento à violência epidêmica em relação à criança e ao adolescente no Brasil. A violência sexual, a violência doméstica e a exploração sexual infantojuvenil aumentaram muito nesta pandemia, pois eles ficaram reféns de seus agressores nos ambientes domésticos e não puderam denunciar aos educadores e outros integrantes da sociedade”. A criação do Estatuto foi um grande avanço que beneficiou e beneficia até hoje milhares de crianças e adolescentes, é considera uma das melhores do mundo, no decorrer do trabalho de conclusão de curso será abordado mais profundamente o Estatuto da Criança e do Adolescente, os avanços e desafios diante dos direitos assegurados no Estatuto da criança e do adolescente (ECA) e os tipos de punição para quem comete crimes contra a criança e o adolescente. 15 2.1 DIREITOS FUNDAMENTAIS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE 2.1.1. DIREITOS À LIBERDADE, AO RESPEITO E À DIGNIDADE A criança e ao adolescente têm direito à liberdade, ao ir e vir, como todo ser humano, são sujeitos em desenvolvimento e merecem respeito e dignidade, tendo isso garantido na Constituição e nas leis. Podem opinar e se expressar. Alguns exemplos do direito à liberdade, descritos no Estatuto e garantidos por Lei: ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais; opinião e expressão; brincar, praticar esportes e divertir-se; buscar refúgio, auxílio e orientação. Quanto ao respeito está na inviolabilidade da integridade física, moral e psíquica dos mesmos. Como exemplo temos: castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente Já quanto a dignidade da criança os mesmos têm direito a serem educados e cuidados, salvo de qualquer tratamento desumano, violento, constrangedor entre outros, sendo dever de todos velar para que isso não ocorra. 2.1.2. DIREITO À CONVIVÊNCIA FAMILIAR E COMUNITÁRIA De acordo com o Art. 19. É direito da criança e do adolescente ser criado e educado no seio de sua família e, excepcionalmente, em família substituta, assegurada a convivência familiar e comunitária, em ambiente que garanta seu desenvolvimento integral. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016). 16 2.1.3. DIREITO À PROFISSIONALIZAÇÃO E À PROTEÇÃO NO TRABALHO Segundo o Estatuto menores de 14 anos não podem exercer nenhum tipo de trabalho. E quando maior de 14 anos trabalhar, deve ser garantida a participação pela frequência escolar, sendo obrigatória a matrícula em ensino regular, horário especial para as atividades e atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente. 2.1.4. DIREITO À EDUCAÇÃO, CULTURA, ESPORTE E LAZER Segundo o Art. 53. A criança e o adolescente têm direito à educação, visando ao pleno desenvolvimento de sua pessoa, preparo para o exercício da cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando-se-lhes, exemplos: Igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; Direito de ser respeitado por seus educadores; Como dever do Estado em seu Art. 54. É dever do Estado assegurar à criança e ao adolescente,exemplos: Ensino fundamental, obrigatório e gratuito, inclusive para os que a ele não tiveram acesso na idade própria; Progressiva extensão da obrigatoriedade e gratuidade ao ensino médio; Atendimento educacional especializado aos portadores de deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; Em seu Art. 55. Os pais ou responsável têm a obrigação de matricular seus filhos ou pupilos na rede regular de ensino. Quanto ao Conselho Tutelar: Em seu Art. 56. Os dirigentes de estabelecimentos de ensino fundamental comunicarão ao Conselho Tutelar os casos de: I - maus-tratos envolvendo seus alunos; II - reiteração de faltas injustificadas e de evasão escolar, esgotados os recursos escolares; III - elevados níveis de repetência. 17 2.1.5. DIREITO DE SER PROTEGIDO DE CASOS DE VIOLÊNCIA, SEJA ELA FÍSICA OU PSICOLÓGICA O Estatuto em seu Artigo 17 da Lei 8.069/1990 garante: O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, dos valores, ideias e crenças, dos espaços e objetos pessoais. 18 2.2 SISTEMA DE GARANTIA DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) surgiu em 2006, com o propósito de fortalecer, garantir os direitos fundamentais da criança e do adolescente e implementar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele estabelece uma ampla parceria entre o Poder Público e a Sociedade Civil para executar políticas públicas para a criança e adolescente. Segundo afirma Erika Kokay: “É imperativo que os representantes dos órgãos que formam o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente estejam permanentemente articulados para impedir retrocessos de direitos até então conquistados e garantir os avanços necessários à cidadania plena desse segmento. Estamos vivendo uma escalada de ataques aos direitos fundamentais dos trabalhadores e a ameaça constante de destruição de outros direitos, inclusive os relativos às crianças e adolescentes”. O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) é formado pelos seguintes órgãos e instituições: os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente; e, no Campo da Defesa dos direitos pelo Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Centros de Defesa (CEDECAS), Segurança Pública e Conselhos Tutelares. O ECA, no seu artigo 88, II, prevê a criação de conselhos dos direitos da criança e do adolescente, com poder deliberativo e função controladora da política pública, cuja composição deve se dá, de modo paritário, por representantes governamentais e não governamentais, in verbis: Art. 88. São diretrizes da política de atendimento: I - municipalização do atendimento; II - criação de conselhos municipais, estaduais e nacionais dos direitos da criança e do adolescente, órgãos deliberativos e controladores das ações em todos os níveis, assegurados a participação popular paritária por meio de organizações representativas, segundo leis federal, estaduais e municipais; III-criação e manutenção de programas específicos, observada a descentralização político administrativa; IV - manutenção de fundos nacional, estaduais e municipais vinculados aos respectivos conselhos dos direitos da criança e do adolescente; V - integração operacional de órgão do Judiciário, Ministério Público, Defensoria, Segurança Pública e Assistência Social, preferencialmente em um mesmo local, para efeito de agilização do atendimento inicial a adolescente a quem se atribua autoria de ato infracional; VI - mobilização da opinião pública no sentido da indispensável participação dos diversos segmentos da sociedade. 19 O Sistema de Garantia de Direitos está distribuído em três eixos estratégicos, que serão relatados a seguir: 2.2.1 EIXO DE PROMOÇÃO DE DIREITOS Esse eixo é responsável pelas políticas públicas, medidas socioeducativas, pelo atendimento dos direitos, proteção e promoção dos direitos, tudo o que está previsto em lei em ações práticas. Por exemplo, quem realiza o direito à educação são os professores, coordenadores pedagógicos e todos os atores da comunidade escolar. 2.2.2. EIXO DE DEFESA Esse eixo é responsável pela garantia do acesso à justiça, da exigibilidade dos direitos e a responsabilização dos violadores. Fazem parte deste eixo: Varas da Infância e Juventude; Varas Criminais, as Comissões de Adoção, Corregedorias dos Tribunais, Coordenadorias da Infância e Juventude, Defensorias Públicas Serviços de Assistência Jurídica Gratuita Promotorias do Ministério Público, Polícia Militar e Civil, Conselhos Tutelares, Ouvidorias, Centros de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedecas), além de outras entidades e instituições que atuam na proteção jurídico-social. 2.2.3. EIXO DE CONTROLE SOCIAL Esse eixo é responsável pelo controle, fiscalização e monitoramento da promoção e defesa dos direitos. 20 O controle também é exercido por organizações da sociedade civil, Ministério Público, Poder Legislativo, Defensorias Públicas, Conselhos Tutelares, cidadãos e pelos Fóruns de discussão e controle social. 21 2.3 PAPEL DO SERVIÇO SOCIAL No ano de 1937 surge a criação do conselho Nacional de Serviço Social (CNSS) e no ano de 1942 a criação da Legião Brasileira de Assistência (LBA). Em prática o Serviço social atua de maneira a intervir, na construção e reconstrução da vida do ser social. Através dessa investigação pode-se analisar a realidade do indivíduo-família que será atendido e sua real necessidade, obter também o levantamento e intervenção do profissional, através de pesquisa e um roteiro de perguntas preestabelecidos pelo assistente social, na prática do Serviço social atua no âmbito sociojurídico. Segundo afirma o conselheiro do CFESS Agnaldo Knevitz, no dia 13 de julho de 2020, sobre o papel do Serviço Social: “O Serviço Social brasileiro tem uma luta histórica pela ampliação e defesa dos direitos de crianças e adolescentes, cujas batalhas conjuntas com movimentos sociais e populares culminaram em conquistas importantes na Constituição Federal de 1988, especialmente nos Princípios Constitucionais de Proteção Integral previstos na Carta Magna em vigor”. De acordo com a assistente social e professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC/SP), Eunice Fávero: “O ano de 1979, em que esse Código de Menores foi promulgado, é o mesmo ano do Congresso da Virada do Serviço Social brasileiro, o que revela de maneira exemplar que, nesse período, a categoria de assistentes sociais, ou parte expressiva dela, vinha se organizando politicamente em torno de pautas alinhadas à luta contra a ditadura. Assim, não é possível tratar das ações e pautas discutidas e defendidas pelo Serviço Social à época da construção do ECA sem reportar às lutas sociais que pautavam o Brasil naquele momento e nas quais o Serviço Social se fez presente de várias maneiras”. A Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) foi promulgada no ano de 1993, dando materialidade a assistência social como política pública, define como objetivos da assistência social, conforme seu art. 2º: Art. 2º - A Assistência Social tem, por objetivo: I – a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescente, à velhice. II – o amparo às crianças e adolescentes carentes; III – a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV – a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e apromoção de sua integração à vida comunitária; V – a garantia de 1 (um) salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover a própria manutenção ou de tê-la provida por sua família (BRASIL/LOAS, 2003). 22 Cabe ao assistente social zelar pelo cumprimento e garantia dos direitos da criança e do adolescente, levando em consideração as medidas cabíveis de acordo com a investigação da realidade da criança e do adolescente e seguindo o Estatuto que defende esses direitos garantidos por Lei. 23 3. PROBLEMATIZAÇÃO DO TEMA E A RELAÇÃO COM A QUESTÃO SOCIAL Existem dois momentos históricos que retratam a valorização, o reconhecimento das necessidades da criança e do adolescentes, que criam status de sujeitos de direitos só após a criação do ECA – Estatuto da Criança e do adolescente, antes da sua criação essa noção dos direitos da criança e do adolescentes era inexistente, pois o mundo era marcado pelo privilégio privado e religioso, onde o Estado que era autoritário e monopolizador excluía toda forma de incipiente com as políticas públicas e a sociedade. A emergência e consolidação das políticas sociais destinadas ao atendimento à criança e ao adolescente foram sistematizadas em dois grandes períodos, a saber, antes e depois do surgimento do Estatuto da Criança e do Adolescente. Com a promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 13 de julho de 1990, onde defende que: "toda criança e todo adolescente têm direito à proteção integral, considerando-os como sujeito de direitos individuais e coletivos, cuja responsabilidade é da família, da sociedade e do Estado" (Brasil, 1990). Sendo assim, torne-se papel do Estado garantir e reconhecer seus direitos, “criança deixa de ser objeto de interesse, preocupação e ação no âmbito privado da família e da Igreja para tornar-se uma questão de cunho social, de competência administrativa do Estado” (Rizzini, 1997, p. 24-25). Após a regulamentação da Constituição Federal de 1988, surge algumas ordenações legais baseadas no direito social, que são: Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei n. 8.069 de 1990); a Lei Orgânica da Saúde – LOS (Lei Federal n. 8.080/90); a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conanda (Lei Federal n. 8.242/91); a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n. 8.742 de 1993); a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDBEN (Lei n. 9.394 de 1996); a Lei Orgânica de Segurança Alimentar – LOSAN (Lei n. 11.246 de 2006); além da recente integração dos serviços sociais, por meio do Sistema Único de Assistência Social – Suas. Abaixo falaremos mais sobre os órgãos responsáveis pelo cumprimento e pela garantia da Lei do Estatuto da Criança e Adolescente (ECA); a Lei Orgânica da Saúde; Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; a Lei Orgânica da Assistência Social; a Lei de Diretrizes e Bases da Educação e por último a Lei Orgânica de Segurança Alimentar. 24 3.1 ÓRGAOS RESPONSÁVEIS PELO CUMPRIMENTO E PELA GARANTIA DA LEI DO ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE (ECA) 3.1.1 O CONSELHO NACIONAL DOS DIREITOS DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE – CONANDA O Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (CONANDA) foi criado no dia 12 de outubro de 1991, promulgada pela Lei nº 8.242, e é o órgão responsável por tornar efetivo os direitos, princípios e diretrizes contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Entre as principais atribuições do Conanda, pode-se destacar: Fiscalizar as ações de promoção dos direitos da infância e adolescência executadas por organismos governamentais e não-governamentais; Definir as diretrizes para a criação e o funcionamento dos Conselhos Estaduais, Distrital e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente e dos Conselhos Tutelares; Estimular, apoiar e promover a manutenção de bancos de dados com informações sobre a infância e a adolescência, assim como construir indicadores e monitorar a política de atendimento à criança e ao adolescente; Acompanhar a elaboração e a execução do Orçamento da União, verificando se estão assegurados os recursos necessários para a execução das políticas de promoção e defesa dos direitos da população infanto- juvenil; Convocar a Conferência Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente; e, Gerir o Fundo Nacional para a Criança e o Adolescente (FNCA). 3.1.2. CONSELHO TUTELAR O Conselho Tutelar é responsável pelo enfrentamento, defesa e a proteção dos direitos das crianças e dos adolescentes de natureza administrativo-contenciosa. Segundo o professor Wilson Donizeti LIBERATI [1] (2009): “ a natureza jurídica dos Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente está firmada no próprio art. 88 do Ecriad, quando indica que são órgãos, de natureza pública, autônomos e especiais”. https://ambitojuridico.com.br/edicoes/revista-94/conselhos-tutelares-e-conselhos-de-direitos-da-crianca-e-do-adolescente/#_ftn1 25 Em seu artigo 131: O Conselho Tutelar é órgão permanente e autônomo, não jurisdicional, encarregado pela sociedade de zelar pelo cumprimento dos direitos da criança e do adolescente, definidos nesta Lei.” O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê o art. 135 da Lei n° 8.069/90 que “O exercício efetivo da função de conselheiro constituirá serviço público relevante, estabelecerá presunção de idoneidade moral e assegurará prisão especial, em caso de crime comum, até o julgamento definitivo”. Já os Conselhos de Direitos da Criança e do Adolescente existem nas esferas nacional, estadual e municipal nos termos do art. 260, § 2°, da Lei n° 8.069/90. “Os Conselhos Municipais, Estaduais e Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente fixarão critérios de utilização, através de planos de aplicação das doações subsidiadas e demais receitas, aplicando necessariamente percentual para incentivo ao acolhimento, sob a forma de guarda, de criança ou adolescente, órfãos ou abandonado, na forma do disposto no art. 227, § 3º, VI, da Constituição Federal.” São atribuições do Conselho Tutelar: I - atender as crianças e adolescentes nas hipóteses previstas nos arts. 98 e 105, aplicando as medidas previstas no art. 101, I a VII; II - atender e aconselhar os pais ou responsável, aplicando as medidas previstas no art. 129, I a VII; III - promover a execução de suas decisões, podendo para tanto: a) requisitar serviços públicos nas áreas de saúde, educação, serviço social, previdência, trabalho e segurança; b) representar junto à autoridade judiciária nos casos de descumprimento injustificado de suas deliberações. IV - encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou penal contra os direitos da criança ou adolescente; V - encaminhar à autoridade judiciária os casos de sua competência; VI - providenciar a medida estabelecida pela autoridade judiciária, dentre as previstas no art. 101, de I a VI, para o adolescente autor de ato infracional; VII - expedir notificações; VIII - requisitar certidões de nascimento e de óbito de criança ou adolescente quando necessário; 26 IX - assessorar o Poder Executivo local na elaboração da proposta orçamentária para planos e programas de atendimento dos direitos da criança e do adolescente; X - representar, em nome da pessoa e da família, contra a violação dos direitos previstos no art. 220, § 3º, inciso II, da Constituição Federal; XI - representar ao Ministério Público, para efeito das ações de perda ou suspensão do pátrio poder. 3.1.3. JUIZADO DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE Antes da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, existia o Juizda Infância, mais conhecido por “Juiz de Menores”, com poderes quase ilimitados. O Estatuto, em seu artigo 145 define a Justiça da Infância e Juventude, a saber: Art. 145. Os Estados e o Distrito Federal poderão criar varas especializadas e exclusivas da infância e da juventude, cabendo ao Poder Judiciário estabelecer sua proporcionalidade por número de habitantes, dotá-las de infra-estrutura e dispor sobre o atendimento, inclusive em plantões. Hoje em dia após a criação do Estatuto ele é responsável pelos aspectos jurisdicionais, de natureza jurídica. 3.1.4. MINISTÉRIO PÚBLICO De início, o Ministério Público atendia os interesses do rei, do Governo. Aos poucos, passou a ser o principal defensor da sociedade. A sua origem, contudo, é controvertida. Estudos realizados no Egito afirmam que o surgimento do Ministério Público data de mais de quatro mil anos, com a figura do mágico, funcionário real que era considerado a língua e os olhos do rei. A evolução do Ministério Público, nas Constituições Brasileiras, foi lenta e gradativa, tendo alcançado crescimento significativo com as leis infraconstitucionais, editadas anteriormente à Constituição de 1988. (MAGALHÃES, 2000). As funções do Ministério Público possuem duas principais competências que são: Dá início ao processo em caso de ato infracional e também fiscal da Lei, responsável por acionar a Justiça em caso de violação de alguns dos direitos da criança e dos adolescentes serem violados. 27 O Ministério Público é responsável também pela responsabilização dos infratores, representa a defesa dos direitos postos de forma jurídica a serviço da sociedade. 3.1.5. DEFENSORIA PÚBLICA O Estatuto da Criança e do Adolescente prevê nos artigos 206 e 207 que toda criança e adolescente terá que ser acompanhado por advogado de sua escolha na solução da lide, e na falta deste por Defensor público, respeitado o segredo de justiça. Em caso da falta de condições financeiras para acesso à Justiça, ou para pagamento das despesas de um advogado pela criança ou pelo adolescente carentes, a Defensoria Pública intervém para orientar, defender seus direitos, assegurando o direito à defesa. 3.1.6. A LEI ORGÂNICA DA SAÚDE – LOS A Lei Orgânica da Saúde, foi sancionada em 1990, (Lei Federal n. 8.080/90), ela estabelece os princípios, as diretrizes e os objetivos do SUS (Sistema Único de Saúde). Em seu Art. 6º, ela estabelece uma serie de atribuições do SUS, como: a formulação da política e participação na produção de medicamentos; e o incremento do desenvolvimento científico e tecnológico; a execução de ações de vigilância sanitária, epidemiológica e ambiental, entre outros. Essas atribuições são de responsabilidade dos gestores do SUS, que são: • O Ministério da Saúde, no âmbito federal; • As secretarias estaduais de saúde, no âmbito dos estados; • As secretarias municipais de saúde, no âmbito dos municípios e do Distrito Federal. Segundo a Lei Orgânica, são objetivos do SUS: • A identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde; • A formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, as condições indispensáveis ao pleno exercício da saúde; 28 • A assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas. 3.1.7. A LEI ORGÂNICA DA ASSISTÊNCIA SOCIAL – LOAS A Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n. 8.742 de 1993). A LOAS trata- se de uma lei que rege os serviços assistenciais ligadas ao povo, é um benefício para as pessoas que não tem condições de garantir seu próprio sustento, foi instituída pelo Governo Federal, ela também é conhecida como BPC – Benefício de Prestação Continuada. Em seu Art. 2º A assistência social tem por objetivos. I – a proteção social, que visa à garantia da vida, à redução de danos e à prevenção da incidência de riscos, alguns exemplos: a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; o amparo às crianças e aos adolescentes carentes; a promoção da integração ao mercado de trabalho 3.1.8. A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO – LDBEN A Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDBEN foi sancionada em 20 de dezembro de 2006 - (Lei n. 9.394 de 1996), ela estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Ela defende que a educação é dever do Estado e da família, preparando a criança e adolescente para o princípio da cidadania. No seu Art. 3º, defende que o ensino será ministrado com base nos seguintes princípios, podemos citar como exemplos: I – igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; II – liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar a cultura, o pensamento, a arte e o saber; III – pluralismo de idéias e de concepções pedagógicas; IV – respeito à liberdade e apreço à tolerância; V – coexistência de instituições públicas e privadas de ensino; https://www.cashme.com.br/blog/bpc/ 29 3.1.9. A LEI ORGÂNICA DE SEGURANÇA ALIMENTAR – LOSAN A Lei Orgânica de Segurança Alimentar – LOSAN, de Lei nº. 11.246 de 2006, foi sancionada em 15 de Setembro de 2006, tendo como objetivo assegurar o direito humano à alimentação adequada e dá outras providências. Em seu Art. 2º, § 1º e § 2º, defende que a alimentação é direito fundamental, devendo o poder público adotar ações para garantir a segurança alimentar e nutricional da população, respeitar, proteger, promover, monitorar, fiscalizar e avaliar a realização do direito humano, bem como garantir os mecanismos da sua exigibilidade. Em seu Art. 4º, abrange a segurança alimentar e nutricional: a ampliação das condições de acesso aos alimentos por meio da produção, em especial da agricultura tradicional e familiar, do processamento, da industrialização, da comercialização, incluindo-se os acordos internacionais, do abastecimento e da distribuição dos alimentos, incluindo-se a água, bem como da geração de emprego e da redistribuição da renda; a conservação da biodiversidade e a utilização sustentável dos recursos; a promoção da saúde, da nutrição e da alimentação da população, incluindo-se grupos populacionais específicos e populações em situação de vulnerabilidade social; a produção de conhecimento e o acesso à informação; e a implementação de políticas públicas e estratégias sustentáveis e participativas de produção, comercialização e consumo de alimentos, respeitando-se as múltiplas características culturais do País. 3.1.10. SISTEMA ÚNICO DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – SUAS O Sistema Único de Assistência Social (SUAS), foi sancionada em 6 de julho de 2011, com a Lei 12.435 garantindo a continuidade do SUAS. Foi instituída pela Constituição Federal de 1988, logo após a publicação da Lei Orgânica da Assistência Social. Ela é composta por quatro tipos de gestão, que são: da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios, compondo um tripé da Seguridade Social, com caráter de política social articulada a outras políticas de punho social. 30 Art. 11. É assegurado acesso integral às linhas de cuidado voltadas à saúde da criança e do adolescente, por intermédio do Sistema Único de Saúde, observado o princípio da equidade no acesso a ações e serviços para promoção, proteção e recuperação da saúde. (Redação dada pela Lei nº 13.257, de 2016). Comporta quatro tipos de gestão: da União, do Distrito Federal, dos estados e dos municípios. As responsabilidades da União passam principalmente pela formulação, apoio, articulação e coordenação de ações. Os estados, por sua vez, assumem a gestão da assistência social dentro de seu âmbito de competência, tendo suas responsabilidades definidasna Norma Operacional Básica (NOB/Suas). 31 3.2. ESTATUTO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE (ECA) [...] resposta ao esgotamento histórico-jurídico e social do código de Menores de 1979. Nesse sentido, o Estatuto é processo e resultado porque é uma construção histórica de lutas sociais dos movimentos pela infância, dos setores progressistas da sociedade política e civil brasileira, da “falência mundial” do direito e da justiça menorista, mas também é expressão das relações globais internacionais que se reconfiguravam frente ao novo padrão de gestão de acumulação flexível do capital. (SILVA, 2005, p. 36). O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) sancionado na forma da Lei 8.069, foi criada em 13 de julho de 1990, o Estatuto considera criança a pessoa de até 12 anos de idade incompletos, e adolescente aquela entre 12 e 18 anos de idade. O Estatuto surgiu substituindo a doutrina do Código de Menores de 1979, foi necessária sua criação para que os direitos e deveres da criança e adolescentes fossem garantidos por lei e para quem violar esse direito ter a devida punição. A garantia de prioridade compreende: primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias; precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública; preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas; destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à infância e à juventude O Estatuto da Criança e do Adolescente trata do direito à vida, à saúde, à liberdade, ao respeito, à dignidade, à convivência familiar e comunitária, bem como à alimentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à profissionalização, à cultura. O ECA atua como o instrumento central de proteção dos interesses da criança e do adolescente frente ao que recepciona os princípios constitucionais da dignidade da pessoa humana e prioridade absoluta (SCHIMIDT, 2013). 32 3.3 AVANÇOS E DESAFIOS DIANTE DOS DIREITOS ASSEGURADOS NO ECA [...] devem assumir responsabilidade de adultos tornando-se responsáveis muitas vezes pelo sustento da família. Momentos de crise ocorrem em várias etapas de amadurecimento e crescimento do homem. Na adolescência, esta crise é de identidade, revestindo-se de maior vulnerabilidade, pois as estruturas sociais na concepção do jovem não estão definidas. Muitas vezes a desestruturação familiar, novos desafios e as várias responsabilidades impostas acabam por levar estes indivíduos para um caminho mais “fácil”, um caminho obscuro e que lhe traz enormes conseqüências (sic). (SILVA, 2011, p. 14). Em 2020, após 30 anos de implantação do ECA, existe ainda grandes desafios para que realmente se cumpram o que a Lei diz sobre os direitos da criança e do adolescente, como exemplo, temos: O princípio da prioridade absoluta e do pleno funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente (nas esferas federal, estadual e municipal); Vencer as desigualdades e a territorialidade que existem no Brasil; Fazer com que a lei seja conhecida não apenas para quem trabalha na área ou a conhece e resisti a ataques contra a mesma; Fazer com que haja prioridade de investimentos, fazendo com que o Estado cumpra sua devida aplicação; Atuação do e a destinação de recursos para o Estatuto, os Conselhos dos Direitos da Criança e do adolescente; Oferta maior de creches e recursos voltados à educação e à saúde; Segundo defende Silva (2011) No Brasil, a vulnerabilidade social de crianças, adolescentes e jovens é significativamente alarmante. Deve-se ter o devido entendimento sobre a necessidade de conscientização e soluções, e, sobretudo, contar com a ajuda destes no sentido de erradicar as dificuldades sociais na juventude. Isso poderá impulsionar e impor – para a sociedade como um todo – a responsabilidade e o compromisso com a causa. Ainda segundo o procurador-geral de Justiça, Gilberto Giacoia “com a convicção ética de que todos somos iguais e de que, por isso, a prática da solidariedade há de fazer com que o ego dê lugar à alteridade. Nosso desejo é que, a partir da plena implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente, possamos habitar um país progressivamente melhor e mais justo, em especial para as nossas crianças e adolescentes. ” 33 Explicado pelos avanços na cobertura do sistema de saúde, de saneamento básico e educacional do país, pela melhoria das condições de vida da população, dentre diversos outros fatores, a mortalidade por causas naturais evidenciou drástico declínio nas três décadas analisadas. E as causas externas crescem no período, fundamentalmente, pela escalada de um flagelo que se transformou, 7 ao longo dos anos, na maior causa de letalidade de nossos adolescentes e jovens: a violência homicida. E numa magnitude, numa escala, que resulta total e absolutamente inadmissível, sem a menor justificação. (WAISELFISZ. 2015. pg 67). O mapa da violência contra crianças e adolescentes, segundo uma pesquisa realizada em junho de 2015 na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de Assassinato de Jovens no Senado, realizada pela Flacso/Brasil (2015): Adolescentes de 16 e 17 anos, aponta que o homicídio é atualmente a principal causa de morte de pessoas nessa faixa etária no país, A taxa de mortalidade ficou em 54,1 homicídios por 100 mil adolescentes em 2013, um crescimento de 2,7% em relação a 2012 e de 38,3% na década. As regiões com os maiores índices de violência foram a Nordeste, onde morreram 73,3 adolescentes a cada 100 mil, e a Centro-Oeste, com a média de 65,3. Foram registrados pela Flacso/Brasil (2015), 66,3 homicídios de adolescentes negros a cada 100 mil. Em relação aos brancos, a taxa foi de 24,2 mortes em 100 mil. Mais da metade das vítimas foram mortas por armas de fogo, em sua maioria são negros, com baixo nível de escolaridade, segundo as pesquisas esses índices tendem a crescer. 3.3.1 VIOLAÇÃO DOS DIREITOS INFANTO-JUVENIS A admissão do Estatuto da Criança e do Adolescente aponta para novas percepções e teores a serem aceitos, recepcionados e efetivados em prol da população infantojuvenil. Esse instituto idealiza crianças e adolescentes como sujeitos de direitos, consagrando sua situação característica de sobrevivência e afiançando-lhes irrestrita preferência (SILVEIRA, 2003). A violação dos direitos infanto-juvenis é toda e qualquer situação que viole os direitos da criança e do adolescente, seja ela cometida pelos próprios pais ou pela omissão dos mesmos, ou então feita pelos seus responsáveis legais, ou da sociedade, pelo Estado ou até mesmo pelo seu próprio comportamento. Existem diversas situações que configuram violação dos direitos infanto-juvenis que são: Conflitos familiares Abandono Negligência Convivência com pessoas que fazem uso abusivo de álcool e outras drogas 34 Violência Física Violência Sexual Violência Psicológica No tópico 3.4, falaremos mais sobre cada uma delas e a punição para as pessoas que cometem qualquer violação contra a criança e o adolescente. 3.3.2 MEDIDAS SOCIOEDUCATIVAS Segundo o último levantamento anual do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase), produzido pela Secretaria Especial dos Direitos da Criança e do Adolescente do Ministério da Justiça e Cidadania, o Brasil contabilizava 24.628 adolescentes em unidades de privação ou restrição de liberdade pela prática de atos infracionais em 2014, O número de adolescentes que cumprem medidas socioeducativas em meio fechado representa apenas 0,1% da população entre 12 e 18 anos no país. Segundo o levantamento do Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) de 2014 considerou somente osdados dos adolescentes internados (internação, internação provisória e semiliberdade). Dessa forma, dos 24.628 internos, 69% estão na modalidade internação, 22% em internação provisória e 9% em semiliberdade. Outros 800 adolescentes também passaram pelas unidades do sistema em 2014 como atendimento inicial, internação sanção e medida protetiva, que não estão previstas no ECA, mas são aplicadas pelo Judiciário. O Estatuto da Criança e Adolescente prevê medidas para responsabilizar os adolescentes de acordo com seu ato, que são: Internação em estabelecimento educacional; Inserção em regime de semiliberdade, classificadas como meio fechado e em meio aberto; Advertência; Obrigação de reparar o dano; Prestação de serviços à comunidade; Liberdade assistida. 35 Segundo os dados pesquisados em 2014 pelo Sinase, os atos infracionais (roubo e tráfico de drogas) são as principais causas de internação de adolescentes infratores, com a punição sendo a aplicação de medidas socioeducativas, chegando a 70% do total. No entanto, os atos contra a pessoa (homicídio, tentativa de homicídio, latrocínio, estupro e lesão corporal) somaram menos 20% das condutas praticadas pelos adolescentes internados em 2014. O ECA determina a criação de unidades de internação exclusivas para adolescentes, sendo que eles são separados por critérios de idade, compleição física e gravidade da infração, tendo como tempo máximo de internação de três anos, qualquer adolescente a partir de 12 anos de idade pode ser sentenciado de acordo com a gravidade do ato praticado com medidas de internação. 36 3.4. TIPOS DE PUNIÇÃO PARA QUEM COMETE CRIMES CONTRA A CRIANÇA E ADOLESCENTE Segundo defende a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990: Art. 5º Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. No tocante a garantir a inviolabilidade física, psíquica e moral da criança e do adolescente, ressaltam-se ações como policiamento, assistência social, oferecimento de um ambiente seguro de respeito e dignidade para a criança e o adolescente, também para aquele que se encontra incluso em programas de acolhimento. Ademais, é obrigação de todos os administradores de estabelecimentos de ensino repassar toda e qualquer informação sobre casos de violência ao Conselho Tutelar (SCHIMIDT, 2013). Abaixo exploraremos mais sobre a punição para quem comete exploração sexual, abuso sexual, violência psicológica, tortura e violência física contra a criança e ao adolescente. 3.3.1. EXPLORAÇÃO SEXUAL A exploração sexual de crianças e adolescentes recentemente foi elevada à categoria de “crime hediondo” por força da Lei 12.978/2014. Ela alterou o artigo 218-B, do Código Penal, assim como acrescentou o inciso VIII ao artigo 1º, da Lei 8.072/90. Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, Artigo 244 da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990, diz: Em seu Art. 244-A. Submeter criança ou adolescente, como tais definidos no caput do art. 2 o desta Lei, à prostituição ou à exploração sexual: (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000): Pena – reclusão de quatro a dez anos e multa, além da perda de bens e valores utilizados na prática criminosa em favor do Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente da unidade da Federação (Estado ou Distrito Federal) em que foi cometido o crime, ressalvado o direito de terceiro de boa-fé. (Redação dada pela Lei nº 13.440, de 2017) § 1 o Incorrem nas mesmas penas o proprietário, o gerente ou o responsável pelo local em que se verifique a submissão de criança ou adolescente às práticas referidas 37 no caput deste artigo. (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000) § 2 o Constitui efeito obrigatório da condenação a cassação da licença de localização e de funcionamento do estabelecimento. (Incluído pela Lei nº 9.975, de 23.6.2000) Em seu Art. 244-B. Corromper ou facilitar a corrupção de menor de 18 (dezoito) anos, com ele praticando infração penal ou induzindo-o a praticá-la: (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 1 o Incorre nas penas previstas no caput deste artigo quem pratica as condutas ali tipificadas utilizando-se de quaisquer meios eletrônicos, inclusive salas de bate-papo da internet. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009) § 2 o As penas previstas no caput deste artigo são aumentadas de um terço no caso de a infração cometida ou induzida estar incluída no rol do art. 1 o da Lei n o 8.072, de 25 de julho de 1990 . (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009). 3.3.2. ABUSO SEXUAL Segundo a Constituição Federal de 1988, Art.227: 4º A lei punirá severamente o abuso, a violência e a exploração sexual da criança e do adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente, Artigo 5º: Nenhuma criança ou adolescente será objeto de qualquer forma de negligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão, punido na forma da lei qualquer atentado, por ação ou omissão, aos seus direitos fundamentais. De acordo com a Lei 8.072/90, Art. 241-D. Aliciar, assediar, instigar ou constranger, por qualquer meio de comunicação, criança, com o fim de com ela praticar ato libidinoso: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Pena – reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos, e multa. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Parágrafo único. Nas mesmas penas incorre quem: (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) I – facilita ou induz o acesso à criança de material contendo cena de sexo explícito ou pornográfica com o fim de com ela praticar ato libidinoso; (Incluído pela Lei nº http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 38 11.829, de 2008) II – pratica as condutas descritas no caput deste artigo com o fim de induzir criança a se exibir de forma pornográfica ou sexualmente explícita. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) Em seu Art. 241-E. Para efeito dos crimes previstos nesta Lei, a expressão “cena de sexo explícito ou pornográfica” compreende qualquer situação que envolva criança ou adolescente em atividades sexuais explícitas, reais ou simuladas, ou exibição dos órgãos genitais de uma criança ou adolescente para fins primordialmente sexuais. (Incluído pela Lei nº 11.829, de 2008) 3.3.3.TORTURA Segundo a Lei nº 9.455, de 7 de abril de 1997, tortura é o ato de constranger a criança com emprego de violência ou grave ameaça causando-lhe sofrimento físico ou mental. A pena varia entre dois e oito anos, aumentada de um sexto até um terço por tratar-se de criança ou adolescente. 3.3.4. VIOLÊNCIA FÍSICA E PSICOLÓGICA Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, da Lei nº 8.069 de 13 de Julho de 1990, diz: Art. 18. É dever de todos velar pela dignidade da criança e do adolescente, pondo- os a salvo de qualquer tratamento desumano, violento, aterrorizante, vexatório ou constrangedor. Em seu Art. 18-A. A criança e o adolescente têm o direito de ser educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis,pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar deles, tratá-los, educá-los ou protegê-los. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Parágrafo único. Para os fins desta Lei, considera-se: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - castigo físico: ação de natureza disciplinar ou punitiva aplicada com o uso da força física sobre a criança ou o adolescente que resulte em: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2008/Lei/L11829.htm#art2 http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%209.455-1997?OpenDocument http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 39 a) sofrimento físico; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) lesão; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) II - tratamento cruel ou degradante: conduta ou forma cruel de tratamento em relação à criança ou ao adolescente que: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) a) humilhe; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) b) ameace gravemente; ou (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) c) ridicularize. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) Dispõe em seu Art. 18-B. Os pais, os integrantes da família ampliada, os responsáveis, os agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou qualquer pessoa encarregada de cuidar de crianças e de adolescentes, tratá-los, educá-los ou protegê-los que utilizarem castigo físico ou tratamento cruel ou degradante como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto estarão sujeitos, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, às seguintes medidas, que serão aplicadas de acordo com a gravidade do caso: (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) I - encaminhamento a programa oficial ou comunitário de proteção à família; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) II - encaminhamento a tratamento psicológico ou psiquiátrico; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) III - encaminhamento a cursos ou programas de orientação; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) IV - obrigação de encaminhar a criança a tratamento especializado; (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) V - advertência. (Incluído pela Lei nº 13.010, de 2014) http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13010.htm#art1 40 4. JUSTIFICATIVA A questão social e as políticas públicas de proteção dos direitos da criança e a adolescentes, iniciou-se com a criação do ECA e a atuação da Constituição Federal como Sistema de Justiça do Brasil. Em meados do século XIX tem início a formulação de políticas para a infância que passa a ser compreendida como uma questão de ordem pública, associada ao abandono e a pobreza. Entretanto, é somente no século XX que ocorre o desenvolvimento dessas políticas com a criação de legislações que objetivavam regulamentar as intervenções nos problemas sociais da infância e adolescência. Nesse contexto, em 1902 é decretada a Lei n. 844, de 10 de outubro de 1902, que dá subsídios a discussão para a criação de uma política de assistência e proteção aos menores abandonados e delinquentes. (RUSSO, 2012, p. 69). A legislação federal signatária da Doutrina de Proteção Integral reconhece a criança com seus direitos respeitando seu estágio de desenvolvimento, vendo-a como pessoa, ser que necessita de proteção e tem os seus direitos respeitados. Segundo defende Kauchakje (2007), conceitua as políticas públicas como formas de aplicação dos artigos constitucionais e das leis que os regulamentam, afirmando também que a lei estabelece os objetivos da política, os instrumentos institucionais de sua realização e outras condições de implementação. São instrumentos de ação do governo a serem desenvolvidas em programas, projetos e serviços que são do interesse da sociedade. As políticas podem ser consideradas como desenho/arquitetura planificada dos direitos garantidos em lei. A luta pela garantia dos direitos da criança e do adolescente iniciou-se nos anos 80 e confunde-se com a história da política no Brasil, por seu processo histórico e democrático, onde a população foi em busca de seus direitos sociais, civis e políticos. Para Therborn (1993), os direitos da infância foram definidos tardiamente e obedeceram a uma lógica inversa à definição dos direitos sociais do homem trabalhador, por não depender exclusivamente da regulação na esfera da produção. A evolução dos direitos sociais coincidiu com o avanço da sociedade de bem-estar que publicou a educação e a saúde, estabelecendo a universalização e obrigatoriedade da atenção educacional e sanitária aos jovens, como condições mínimas para o desenvolvimento do indivíduo dentro de marcos civilizatórios, além de outras formas de assistência que conferem à família renda e trabalho ou formação para o trabalho, no caso dos jovens. Com a aprovação do ECA em 1990 pela Constituição Federal de 1988, a criança e adolescente passam a ser vistos como sujeito de direito, garantindo seus direitos à vida, à 41 saúde, à liberdade, como qualquer outra pessoa. Foi graças a sociedade civil que foi possível sua criação, marcando a população reconhecendo a criança e ao adolescente como iguais. 42 5. OBJETIVOS DA PESQUISA A seguir será mostrada os objetivos geral e específico do Trabalho de Conclusão de Curso. 5.1 OBJETIVO GERAL O referido trabalho tem como objetivo mostrar como o Serviço Social visa garantir os direitos da criança e do adolescente e seu papel para que esse direito seja realmente posto em prática, mostrando a importância do Serviço Social na garantia e preservação desses direitos, além de mostrar a importância do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) para que esses direitos sejam postos em prática. 5.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS Tem como objetivos específicos com a finalidade de mostrar as leis que defendem o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente); Mostrar os órgãos responsáveis pelo cumprimento e pela garantia das leis do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente, além de mostrar as leis fundamentais da criançae do adolescente. Mostrar o papel fundamental do Serviço Social para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. 43 6. METODOLOGIA DE PESQUISA O presente trabalho tem como estratégia metodológica, para alcançar os objetivos a metodologia foi construída através de pesquisa qualitativa com os procedimentos metodológicos de natureza exploratória e qualitativa, desenvolvida através de pesquisa bibliográfica. De acordo com Richardson (1999), os estudos que empregam uma metodologia qualitativa podem descrever a complexidade de determinado problema, analisar a interação de certas variáveis, compreender e classificar processos dinâmicos vividos por grupos sociais. Godoy (1995 p. 58) afirma que a pesquisa qualitativa “Envolve a obtenção de dados descritivos sobre pessoas, lugares e processos interativos pelo contato direto do pesquisador com a situação estudada, procurando compreender os fenômenos segundo a perspectiva dos sujeitos, ou seja, dos participantes da situação em estudo (GODOY, 1995 p. 58)”. Vergara (2000, p. 48) entende que a “[...] pesquisa bibliográfica é o estudo sistematizado desenvolvido com base em material publicado em livros, revistas, jornais [...], isto é, material acessível ao público em geral”. 44 7 ANÁLISE DOS DADOS DA PESQUISA A pesquisa utilizada para construção do Projeto de Conclusão de Curso (TCC) foi realizada através de levantamento bibliográfico, buscando justificar os objetivos específicos do mesmo. Os objetivos específicos foram: Tem como objetivos específicos com a finalidade de mostrar as leis que defendem o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), existem diversas leis para proteção e garantia dos direitos da criança e do adolescente que ainda não são cumpridas, mesmo após 30 anos da sua implantação temos como exemplos: O princípio da prioridade absoluta e do pleno funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente (nas esferas federal, estadual e municipal); Fazer com que a lei seja conhecida não apenas para quem trabalha na área ou a conhece e resisti a ataques contra a mesma; Atuação do e a destinação de recursos para o Estatuto, os Conselhos dos Direitos da Criança e do adolescente; O segundo objetivo específico foi: Mostrar os órgãos responsáveis pelo cumprimento e pela garantia das leis do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente, além de mostrar as leis fundamentais da criança e do adolescente. Após a regulamentação da Constituição Federal de 1988, surge algumas ordenações legais baseadas no direito social, que são: Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA (Lei n. 8.069 de 1990); a Lei Orgânica da Saúde – LOS (Lei Federal n. 8.080/90); a criação do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente – Conanda (Lei Federal n. 8.242/91); a Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS (Lei n. 8.742 de 1993); a Lei de Diretrizes e Bases da Educação – LDBEN (Lei n. 9.394 de 1996); a Lei Orgânica de Segurança Alimentar – LOSAN (Lei n. 11.246 de 2006); além da recente integração dos serviços sociais, por meio do Sistema Único de Assistência Social – Suas. O Sistema de Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA) surgiu em 2006, com o propósito de fortalecer, garantir os direitos fundamentais da criança e do adolescente e implementar o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Ele estabelece uma ampla parceria entre o Poder Público e a Sociedade Civil para executar políticas públicas para a criança e adolescente. É formado pelos seguintes órgãos e instituições: os Conselhos Nacional, Estaduais e Municipais dos Direitos da Criança e do Adolescente; e, no Campo da Defesa dos direitos pelo Poder Judiciário, Ministério Público, Defensoria Pública, Centros de Defesa (CEDECAS), Segurança Pública e Conselhos Tutelares. 45 O terceiro objetivo específico foi: Mostrar o papel fundamental do Serviço Social para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. Em prática o Serviço social atua de maneira a intervir, na construção e reconstrução da vida do ser social. Através dessa investigação pode-se analisar a realidade do indivíduo-família que será atendido e sua real necessidade, obter também o levantamento e intervenção do profissional, através de pesquisa e um roteiro de perguntas preestabelecidos pelo assistente social, na prática do Serviço social atua no âmbito sociojurídico. Cabe ao assistente social zelar pelo cumprimento e garantia dos direitos da criança e do adolescente, levando em consideração as medidas cabíveis de acordo com a investigação da realidade da criança e do adolescente e seguindo o Estatuto que defende esses direitos garantidos por Lei. 7.1 APRESENTAÇÃO DOS DADOS O primeiro objetivo específico A teve como a finalidade de mostrar as leis que defendem o ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), mostrando as Leis garantidas através do Estatuto e da Constituição Federal de 1988. 7.2 ANÁLISE DOS DADOS O segundo objetivo específico B foi: Mostrar os órgãos responsáveis pelo cumprimento e pela garantia das leis do ECA (Estatuto da Criança e Adolescente), o sistema de garantia dos direitos da criança e do adolescente, além de mostrar as leis fundamentais da criança e do adolescente. Através dos dados obtidos através do levantamento bibliográfico leva a conclusão de que apesar de existir um Estatuto que garante os direitos da criança e do adolescente, ainda assim, após 30 anos de sua implantação, dados de 2020, o mesmo ainda não foi totalmente posto em prática, deixando vários direitos da criança e do adolescente apenas no papel. 7.3 RESULTADOS O terceiro objetivo específico C foi: Mostrar o papel fundamental do Serviço Social para a garantia dos direitos das crianças e dos adolescentes. 46 Através do levantamento bibliográfico realizado, a conclusão é que o Serviço Social cumpre seu papel na busca da garantia dos direitos da criança e do adolescente, porém as leis não dependem somente deles para serem aplicadas, necessitando também que a sociedade, ação do governo garantindo o pleno funcionamento dos Conselhos dos Direitos da Criança e do Adolescente (nas esferas federal, estadual e municipal), a atuação do Estado e a destinação de recursos para o Estatuto, os Conselhos dos Direitos da Criança e do adolescente o cumpram cada um o seu devido papel para a garantia desses direitos. 7.4 DISCUSSÃO DOS RESULTADOS O referido trabalho teve como objetivo geral mostrar como o Serviço Social visa garantir os direitos da criança e do adolescente, foi construído através de um levantamento bibliográfico, no decorrer da sua construção ficou claro que o Serviço Social cumpre o que a Estatuto propõe, porém para ser colocado em prática todos os direitos da criança e do adolescente é necessário que haja uma união entre os responsáveis para a prática dos seus direitos. 47 8 CONCLUSÕES O Estatuto da Criança e do Adolescente o (ECA) foi criada para defender e garantir os direitos da criança e dos adolescentes, nele justamente com a Constituição Federal de 1988, existem diversas Leis que defendem os seus direitos e garante que eles sejam colocados em prática. Mesmo após anos de sua implantação o Estatuto ainda tem Leis que não são cumpridas. O Serviço Social tem um papel importante para garantir os direitos da criança e do adolescente, cabe ao assistente social zelar pelo cumprimento e garantia dos direitos da criança e do adolescente, levando em consideração as medidas cabíveis de acordo com a investigação da realidade da criança e do adolescente e seguindo o Estatuto que defende esses direitos
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