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Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com CONTEÚDO DISPONÍVEL PATOLOGIA ORAL | DIAGNÓSTICO ORAL 1. Anormalidades Dentárias; 2. Doenças Periodontais; 3. Doenças Periodontais Induzidas por Biofilme Bacteriano; 4. Doenças da Polpa e do Periápice; 5. Patologia das Glândulas Salivares; 6. Injúrias Físicas e Químicas; 7. Infecções Virais; 8. Periapicopatias; 9. Biópsia; 10. Cistos Odontogênicos; 11. Tumores do Epitélio Odontogênico. PROIBIDO A VENDA E DIVULGAÇÃO DO MATERIAL, ALÉM DE NÃO SER PERMITIDO POSTAR O MESMO EM PLATAFORMAS ONLINE COMO “PASSEI DIRETO”, POR EXEMPLO. O SEU MATERIAL VEM COM SUA IDENTIFICAÇÃO, NOME COMPLETO E CPF, SENDO ASSIM UMA FORMA DE PROTEGER O MATERIAL E NÃO CIRCULAR SEUS DADOS NA INTERNET. DESDE JÁ, AGRADEÇO A COMPREENSÃO, @RESUMODONTOLOGIA! Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 1 Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 Anormalidades Dentárias As anomalias dos dentes podem ser enquadradas em dois grandes grupos: 1- Alterações Ambientais dos Dentes: O ambiente por algum motivo vai alterar a composição da estrutura dentária. o Defeitos dentários de desenvolvimento; o Perda da estrutura dentária após o desenvolvimento; o Pigmentação ambiental dos dentes o Distúrbios localizados na erupção; 2- Alterações de desenvolvimento dos dentes: Algum defeito leva a um defeito genético, que vai alterar essa estrutura dentária. o Número dos dentes; o Tamanho dos dentes; o Forma dos dentes; o Estrutura dos dentes; ALTERAÇÕES AMBIENTAIS DOS DENTES: 1. Defeitos Dentários de Desenvolvimento: Considerações a cerca da formação: Amelogênese e esmalte dentário: o A amelogênese é a formação do esmalte; o Precisa-se entender a sua formação, pois muitas vezes o que causou aquela alteração dentária, aquela anomalia no dente, foi algum defeito, na formação do esmalte; Alterações variam com a época de formação do germe dentário: essas alterações vão variar de acordo com a época de formação do germe: o A depender da criança, se sofrer alguma lesão, vai-se variar a alteração dentária; Grupo de defeitos: Hipoplasias (falta de células): o Fossetas, ranhuras ou largas áreas com ausência de esmalte; Opacidades difusas: o Sem brilho; o Difusa = espalhada; o Variações de translucides, manutenção da espessura, opacificação sem delimitação; o Por exemplo, o esmalte ele é translucido, se ele passa a ser opaco, quer dizer que se passou a ter um defeito; o Normalmente na opacidade difusa, tem-se uma causa sistêmica envolvida; Opacidades demarcadas: o Sem brilho; o Demarcadas = restrita a alguns locais; o Áreas de menor translucidez com limite demarcado; o Colorações brancas, castanhas, amarelas ou marrons. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 2 1.1. Hipoplasia de Turner: Doença inflamatória decorrente de inflamação do decíduo correspondente; Vai ser uma doença inflamatória, na raiz do decíduo, e essa alteração da raiz do decíduo vai levar a uma alteração no germe do permanente; Portanto, só pode ter Hipoplasia de Turner, quem já teve dente decíduo uma vez na vida; Uma criança tem seus dentes decíduos, correu, caiu e bateu com a boca no chão, o dente dessa criança pode sair (avulsão), ou o dente pode bater e entrar, então na hora que ele entra e sofre impacto, ele pode causar uma área de inflamação, no ápice do dente, esse processo inflamatório crônico, pode levar a um defeito na mineralização dos germes do dente permanente, então naquela região que se tem inflamação, precisava-se depositar esmalte, e agora não deposita mais. A falta da deposição desse esmalte vai levar à hipoplasia de Turner; Consegue-se calcular em qual idade mais ou menos essa pessoa caiu, pois como o esmalte se forma da coroa para a raiz, analisará onde está mais ou menos a hipoplasia, para a cervical (colo) ou incisal/oclusal; Não é toda queda que levará à hipoplasia. Deve-se ter a queda, ter a inflamação, ou até mesmo se uma criança tiver cárie, e essa cárie levar à infecção do ápice do dente decíduo, o que pode levar também à Hipoplasia; Grau: Estágio desenvolvimento; Permanência da infecção; Virulência. Características clínicas Coloração: o Branco ou marrom-amarelado; Com ou sem hipoplasia: o Pode-se ter o manchamento apenas, ou pode ter manchamento com Hipoplasia. Frequência: Alta frequência em: o Pré-Molares (cárie); o Incisivos (Trauma). Outras observações: Desorganização muito grande do germe; Parada de formação da raiz. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 3 1.2. Hipoplasia por uso de Antineoplásicos: Os antineoplásicos são medicamentos utilizados para combater o câncer; Variações: Idade: o A Hipoplasia pelo uso de antineoplásicos vai interferir diretamente em crianças que tiveram processo de câncer, e muitas vezes foram submetidas ao tratamento de radioterapia e quimioterapia; o Vai ter influencia direta na formação dos dentes, e influencia direta no crescimento dos ossos da face; o Quanto mais nova essa criança sofrer esse tratamento de radioterapia ou quimioterapia, maior vai ser o prejuízo para o desenvolvimento dela, com relação à face e a cavidade bucal; Forma de terapia: o Se for radioterapia ou quimioterapia vai influenciar diretamente; Campo de radiação: o A depender do tempo e qual droga utilizada, vai influencia diretamente; Radioterapia tem impacto na dentição e ossos da face (gnáticos): Dentição: o Hipodontia: Diminuição da quantidade de dentes dessa criança; o Microdontia: Diminuição do tamanho dos dentes dessa criança; o Hipoplasia radicular; o Hipoplasia de esmalte; Ossos Gnáticos (ossos da face): o Hipoplasia Mandibular: A mandíbula não vai crescer suficientemente; Impacto da Quimioterapia: Pigmentações; Hipoplasia de Esmalte; Hipoplasia Radicular; 1.3. Fluorose Dental É uma doença relativamente nova, que a 30/40 anos atrás não existia; Ela só passou a existir após uma medida de saúde importante, que foi a fluoretação da água; Após a fluoretação da água, teve-se uma queda na incidência de cárie na população mundial de 50% a 70%; Defeitos na estrutura do esmalte por incorporação excessiva de flúor: O flúor quando ele está sobre a estrutura dentária, ele é interessante, mas a partir do momento que a pessoa tem uma ingestão excessiva de flúor, sua estrutura dentária vai desenvolver umas regiões opacas, que ao invés de ter um processo de hipoplasia, vai-se ter um processo de excesso de exposição de minerais, tirando a translucidez desse esmalte; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 4 Então o excesso de flúor, pode causar, dependendo do grau, diferentes manchamentos da estrutura dentária; A principal fonte de flúor, além da água, são os cremes dentais; A escovação das crianças deve ser supervisionada, até mais ou menos os 8-9 anos de idade, pois como muitas vezes os cremes dentais de crianças tem sabor, acabam fazendo a ingestão dessas pastas com flúor, podendo ter fluorose; Se a criança tem dois anos de idade e começa comer muita pasta, vai influenciar na dentição do germe permanente; Se a pessoa já tem todos os dentes permanentes na boca, se comer pasta de dente, não vai ter fluorose, pois a fluorose é na formação da estrutura dentária; A fluorose em 90% dos casos é bilateral, pois, por exemplo, o incisivo central ambos desenvolvem na mesma época; Dente que tem fluorose, normalmente tem resistência maior à cárie; Do ponto de vista funcional ter fluorose é uma vantagem, do ponto de vista estético não. Resistência à cárie: Fluoretação da água de abastecimento; Patogenia: Retenção de proteínas na estrutura do esmalte Hipomaturação Porosidade; Água: 1ppm, menor incidência 50 a 70%; Características Clínicas: Maior resistência à cárie; Tratamento: Aplicação da ponta diamantada 3195 FF; Proteção dos tecidos gengivais; Aplicação do produto microabrasivo; Aplicação de fluoreto de sódio; Selantes; Opalustre a intervalos de 1 minuto; Gel neutro a 2%. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 5 1.4. Hipoplasia Sifilítica Congênita: Características Clínicas: É uma hipoplasia causada por uma infecção generalizada congênita; A sífilis, uma doença sexualmente transmissível, está sendo considerada novamente endêmica; As crianças cuja infecção pela sífilis acontece de forma congênita (herdou da mãe), principalmente durante o parto, podem apresentar duas características importantes, que é: Incisivos de Hutchinson ou Molares em Amora: o Incisivos de Hutchinson: Coroas em forma de chave de fenda com borda reta, borda incisal constrita e terço médio circunferência maior; o Molares em amora: Mesas oclusa constritas, anatomia superficial desorganizada (amora). As cúspides não se organizam de forma correta. Tratamento: Para a maioria das hipoplasias, incluindo Incisivo de Hutchinson, como os dentes têm menos células e menos esmalte, normalmente os dentes vão ter uma tendência maior em desenvolver cárie, então, precisa-se restaurar com esmalte; No caso da doença da Hipoplasia sifilítica congênita, primeiro trata-se a sífilis, depois faz a restauração dos dentes. 2. Perda da Estrutura Dentária Após o Desenvolvimento: Considerações acerca do desgaste dentário: Fisiológico: o É normal e fisiológico; o Os dentes ao longo da vida vão tendo um desgaste natural; Patológico: o Algumas pessoas podem acelerar esse desgaste, de forma patológica; o Então pode ter pacientes que têm disfunções, por aplicações estéticas faz-se o desgaste dentário ou por outros motivos: Disfunções; Estéticos; Sensibilidade. Exemplos: Atrição; Abrasão; Erosão; Abfração; Reabsorção Interna; Reabsorção Externa; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 6 2.1. Atrição: É o atrito da estrutura dentária com outra estrutura dentária; O dente é a estrutura mais mineralizada que se tem no nosso corpo, e uma das estruturas mais duras da natureza; Quando se pega duas estruturas duras e começa a atritar uma desgasta a outra; Perda da estrutura por contato com antagonista; Fisiológico: o É a atrição normal; Patológico: o Exemplo: bruxismo; o Defeitos; o Contatos prematuros; o Uso de abrasivos intraorais; o Hábitos; Características Clínicas: Facetas grandes, planas, lisas e brilhantes; Condições raras: o Sensibilidade e exposição pulpar; Normalmente esse paciente vai ter pouca sensibilidade, ele vai ficar mais incomodado com a relação estética do que com a sensibilidade dental; Tratamento: Reconhecer a causa: o A principal causa de atrição é o bruxismo, e o bruxismo muitas vezes, tem uma carga psicológica envolvida; o Existe uma placa de mordida que se faz, e ela ajuda a diminuir a atrição; Monitoramento: Imediata: tratar sensibilidade Confecção e instalação de placas de mordida; 2.2. Abrasão: Perda da estrutura dental ou restaurações por agente externo; Nesse caso, já não vai mais ser um dente com o outro, vai ser de um agente ou meio externo que vai fazer o processo de desgaste dentário; Etiologia: Muitas vezes o que vai causar a abrasão vão ser hábitos deletérios ou hábitos parafuncionais: Hábitos deletérios de higiene: o Creme dental abrasivo: Quanto mais abrasivo o creme dental mais desgaste o dente vai sofrer, então não se deve colocar bicarbonato, carvão mineral para ajudar no clareamento do dente, pois são abrasivos; Nenhum creme dental clareia dente; Aumenta-se a abrasividade do creme dental e com o tempo tem-se o desgaste da estrutura dentária. o Cerdas duras: É para dentadura, o ideal para quem não usa dentadura são escovas com cerdas mais macias possíveis que tiver; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 7 o Técnica incorreta: O mais importante não é a quantidade de pasta, o mais importante é a forma e a técnica de escovação, não é força, nem tempo de escovação, é o jeito que a pessoa escova; Hábitos parafuncionais: o Há vários atos que podem causar a abrasão dos dentes, como por exemplo, a onicofagia (vício de roer as unhas). 2.3. Erosão: Perda da estrutura por processo químico somado/associado à interação bacteriana; Etiologia: Ácidos; Agentes quelantes; Refluxo estomacal; Perimólise (erosão dentária): Processo químico onde há o desgaste do esmalte; Fontes: Alimentos ácidos; Medicamentos; Piscinas com muito cloro; Regurgitações; Dejetos industriais; Característica Clínicas: Superfícies vestibulares; Dentes anteriores; Depressões em forma de colher rasa, na forma de concha de colher invertida. Se ativa: Superfície limpa sem manchas; Se inativa: Manchadas e pigmentadas; Tratamento: Então é necessário primeiramente tratar a fonte do problema, saber o que está causando a erosão, quanto tratar posteriormente, esteticamente, quanto funcionalmente esse dente; Em geral a erosão se localiza em um local de acordo com o que está causando, por exemplo, se for a regurgitação, vai-se localizar mais nos dentes inferiores posteriores; Como precisa ter uma interação bacteriana junto, precisa-se observar onde está essa forma de colher rasa, da área de erosão; Se tiver bactéria tem um processo de cárie instalado, se tem um processo de cárie instalado, a mancha pode estar mais branca, significa que aquela área de erosão é nova, tem pouco tempo, então o hábito daquele paciente continua ativo. Se essa mancha estiver bem escurecida, significa que essa erosão aconteceu a mais tempo. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 8 2.4. Abfração: Características Clínicas: Vai causar a mesma forma de colher rasa; Superfícies vestibulares; Dentes anteriores; Depressões em forma de colher rasa; Tem-se um desgaste dentário na região cervical; A forma do desgaste é bem parecida com o desgaste que ocorre na erosão, a diferença está na causa e na localização, geralmente, vai ser em dentes posteriores da superfície vestibular dos dentes anteriores e posteriores que vão causar essa depressão com forma de colher rasa; Quando atrita uma força sobre o dente e essa força não segue perpendicularmente ao longo eixo do dente tem-se uma angulação dessa força a região do esmalte, principalmente da região cervical, vai quebrar e trincar com o tempo; Então ao invés da força ser reta, a força será lateral; A causa da abfração é a força excessiva na oclusão, que pode ser causada pela perda do dente, ou por possuir um problema de oclusão; A pessoa morde completamente errado, tem-se uma distribuição errada de força, essa distribuição errada pode causar microfraturas, trincamentos que com o tempo vai causar o processo de abfração; Tratamento: A primeira coisa a se fazer é resolver a oclusão, se a oclusão estiver ruim, não adianta restaurar esse dente; Se tiver a ausência de dente, é necessária a utilização de aparelho, ou colocar um implante, para poder devolver a força à cavidade bucal desse paciente; Então se está com a força em harmonia não sofrerá mais a abfração; Se só se restaura sem resolver o resto do problema com o tempo essa restauração vai cair. 2.5. Reabsorção: O dente vai começar o processo de absorver novamente; Essa reabsorção pode ser INTERNA ou EXTERNA. 2.5.1. Reabsorção INTERNA: É uma reabsorção de dentro para fora; Realizada por odontoclastos localizados na polpa; Etiologia: o Injúria a tecidos pulpares: Trauma; Cárie Tipos: o Reabsorção Inflamatória Processo que vai ser ativado por algum processo inflamatório; Essa inflamação vai ativar osteoclasto, e osteoclasto vai reabsorver osso; Polpa coronária necrótica; Tudo o que é branco na radiografia é chamado de radiopaco (sem brilho, é branco). O que não for radiopaco vai ser radiolúcido; Nessa radiografia é possível perceber uma área radiolúcida, dentro da raiz do incisivo central; Então, por algum processo inflamatório esse dente, ativou os osteoclastos da região periapical, esses osteoclastos começaram a Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 9 reabsorver o dente por dentro. Se não paralisar o processo de absorção, o dente vai cair; A coroa vai se soltar do dente; Normalmente o que causa a inflamação do periápice do dente é: trauma, acidente, queda, ou processo por cárie, pode causar, porém é difícil, não é tão comum de se ver; Quando o dente está no processo de reabsorção interna chama-se esse dente especificamente de Dente Rosa de Mummery; Tratamento: Precisa-se tratar a inflamação; Então normalmente abre-se esse dente, faz o tratamento de canal, tratamento endodôntico, limpa ele bastante e acompanha com o tempo para ver se o processo vai cessar; O dente não vai deixar de ficar rosa, mas pode depois de um tempo fazer um clareamento interno nesse dente. o Reabsorção Metaplásica: Reabsorção de dentina e deposição de osso ou de cemento; Canal parcialmente obliterado; Uma metaplasia é a substituição de um tecido por outro tecido; Processo fisiológico ou alteração processual; Vai ter a reabsorção da polpa, e essa polpa vai ser substituída por cemento ou por osso; Ao invés de ter um canal, esse dente perdeu seu canal, teve um processo de inflamação, esse processo inflamatório levou à reabsorção desse dente, e a substituição dessa polpa por cemento; Para realizar a endodontia desse dente é muito mais difícil; 2.5.2. Reabsorção EXTERNA: É uma reabsorção de fora para dentro; Aspecto de roído de traças; Etiologias: o Cistos; o Trauma; o Forças mecânicas; o Forças oclusais; o Enxerto de fenda alveolar; o Desequilíbrio hormonal; o Clareamento de dentes despolpados; o Herpes Zoster; o Doença de Paget; o Tratamento Periodontal; o Inflamação perirradicular; o Pressão por dentes impactados; o Reimplante; o Tumores; Na radiografia dos dentes incisivos inferiores, observando a raiz do incisivo central inferior direito e inferior esquerdo, tem diferença. Um está com aspecto roído (roído de traça). Então Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 10 por vários motivos pode ter iniciado uma inflamação no periápice desse dente, e esse processo inflamatório levou à reabsorção externa dessa raiz; Na radiografia bite wing ou radiografia interoclusal, dos molares, o segundo molar inferior tem a raiz mesial, mas não tem a raiz distal, que foi reabsorvido pelo terceiro molar. Esse é um dos motivos para se fazer a extração do terceiro molar; Clareamentos mal feitos podem levar à reabsorção externa do dente; Histopatológico: o Tecidos que estão passando por um processo patológico pode ter as suas características alteradas, e a patologia bucal, ela vai estudar também, essas alterações que terão na histologia dos tecidos; o Nessa foto, é possível observar uma destruição de dentina, além de ter células inflamatórias polimorfonucleares. Então o processo inflamatório levou as células polimorfonucleares a induzir a reabsorção desse material dentinóide. Tratamento: o Para fazer o tratamento, tem que descobrir a causa, a partir do momento que se sabe a causa, poderá tratar; o Remoção de todo tecido mole local; Observando a primeira radiografia, é notável que a raiz do incisivo central reabsorveu e está segura pelo aparelho; Então se tem um dente com reabsorção interna, grande. Esse dente foi substituído, fez a extração desse dente, colocou-se um implante. Em alguns casos de reabsorção, a solução é a extração e colocar um implante. 3. Pigmentação Ambiental dos Dentes: Existem fatores internos e externos que vão levar à alteração da cor da estrutura dentária; A cor do dente decíduo é branca, e a coloração da dentição permanente é branco/amarelada; Considerações acerca da cor dos dentes: Variável: o Matiz (variação de cores para os dentes); o Translucidez; o Espessura; Esmalte Opaco; Esmalte Translúcido; Pigmentações: o Extrínsecas; o Intrínsecas; O que vai mudar a cor do dente é o que se bebe, o que se deixa de beber, o histórico familiar, se os pais tiverem os dentes mais amarelados, o filho também terá (questões de raça); O matiz varia em A B C; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 11 Dentro das resinas tem A1, A2, A3, A3/2, A4, A5, B1, B2, B3, B3/2, B4, B5, C1, C2, C3, C3/2, C4, C5; Dentro dessas resinas, ainda pode misturar uma com a outra, para ter uma coloração diferente, logo tem uma infinidade de cores, para conseguir o mais próximo da cor dos dentes; Se fizer um clareamento, a resina não muda de cor; Em relação à translucidez, o esmalte na incisal é mais translucido do que na cervical, pois tem-se menos dentina; Pode-se ter o esmalte opaco ou o esmalte translucido. Quanto mais próximo da dentina, mais opaco o esmalte fica; Ao longo do tempo, aparecem as pigmentações que são de cunho fisiológico e as pigmentações de cunho patológico; 3.1. Pigmentações Extrínsecas: São pigmentações de fora para dentro; Fatores externos levam esses dentes a ter alteração da sua cor; Além dos fatores externos, precisa-se ter uma colaboração do paciente, pois o dente vai pigmentar muito lentamente, porém se tiver presença de placa, vai acelerar o processo de pigmentação, pois, nessa placa bacteriana vai ter o grupamento de bactérias, que são chamadas de bactérias cromogênicas, que são bactérias que pegam cor; Se não tem placa bacteriana não tem alteração da cor, não tem pigmentação, então nesse grupamento, tem que necessariamente ter uma placa bacteriana, essa placa bacteriana mineraliza, ela vira um cálculo, esse cálculo altera sua cor dependendo do tipo de alimentação, medicação, de tudo o que o paciente está fazendo uso; 3.1.1. Manchas Bacterianas: Bactérias cromogênicas: o Cinza; o Marrom-Escuro; o Laranja. Frequência elevada em crianças; Superfície: o Na imagem ao lado tem-se exemplo de dente com Sulfito Férrico (Sulfito de Hidrogênio + Fe); Frequência elevada em crianças, pois geralmente o que gera essa coloração é uma combinação de sulfito de hidrogênio com ferro, gerando o sulfito férrico; O sulfito férrico é a base de um medicamento chamado sulfato ferroso, e toma-se sulfato ferroso para anemia, então crianças anêmicas começam a tomar muito sulfato ferroso, os pais não acompanham a higienização delas, e tem essa reação da coloração da placa bacteriana com o sulfato ferroso 3.1.2. Manchas por Tabaco, Chá ou Café: Características Clínicas: o Fumantes: Substância: Alcatrão; Superfície Lingual Inferiores; o Bebida: Superfície lingual inferiores anteriores; Manchas espalhadas e menos intensas; o Normalmente o cigarro dará uma cor mais acastanhada; o Café, chá uma cor mais enegrecida; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 12 3.1.3. Manchas por Materiais Restauradores: Características Clínicas: o Amplas restaurações de amálgama; 3.1.4. Manchas por Medicamentos: Cinza ao Amarelho & Marrom Ao Negro: o Sulfitos; o Nitratos de Prata; o Manganês. Cobre ou níquel: o Verde; Cádmio: o Marrom Dourado; Características Clínicas: o Higiene Oral insatisfatória. 3.2. Pigmentações Intrínsecas: São pigmentações que começam de dentro do dente para fora do dente; A principal causa é o trauma; 3.2.1. Porfiria Eritropoiética Congênita: Aumento da síntese e excreção de porfirinas; Diagnóstico; o Radiação UV de Wood; Características Clínicas: o Descoloração significativa e difusa. 3.2.2. Trauma: Características Clínicas: o Descoloração Cinza: Morte Pulpar; o Descoloração Rosa e Amarela: Polpa Viva; Na hora que a criança cai e bate o dente, ela pode ter uma intrusão dentária; Quando ocorre o processo de intrusão dentária, pode inflamar o periápice, e essa inflamação periapical pode levar à necrose do dente; Quando o dente vai a necrose ele fica mais escurecido. Se o dente morreu é recomendável que faça o tratamento de canal do dente decíduo. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 13 3.3. Tratamento das Pigmentações: Extrínsecas: Polimento dos dentes; Peróxido de Bicarbonato a 35% + Pedra Pomes; Jato profilático; Uma limpeza dos dentes bem feita vai tirar esse manchamentos. Intrínsecas: Coroas totais; Clareadores externos e internos; Restaurações adesivas como facetas ou coroas laminadas; 4. Distúrbios Localizados na Erupção: Existem alguns problemas que podem acontecer no processo de erupção dentária; Um dente incluso, por exemplo, é um dente que ainda não erupcionou; A impactação é um problema na erupção do dente; A impactação é mais rara em decíduos, normalmente acontece nos segundos molares quando acontece em crianças; O mais comum é anquilose; Considerações acerca da erupção dentária: 4.1. Impactação X Inclusão: Características clínicas e radiográficas: Impactação primária: decíduos o Raro; o 2º Molar; o Anquilose; Impactação primária: permanentes o Comum; o 3º Molar; o Caninos Superiores; Etiologia: Apinhamento Cirurgia reparadora; Desenvolvimento ósseo insuficiente; Cistos e tumores Espessamento ósseo; Trauma Disfunções e síndromes; 4.2. Impactação Dental: Características clínicas e radiográficas: Parcialmente erupcionados; Totalmente encaixados; Classificação quanto à angulação: Mesioangular; Distoangular; Vertical; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 14 Horizontal; Invertida. Na dentição permanente é mais comum ter algum dente ou vários dentes impactados; O dente mais impactado comumente é o terceiro molar (siso); Depois do siso, outros dentes que ficam muito impactados são os caninos superiores; A impactação dental pode ocorrer por vários motivos, entre eles apinhamento, que é quando os dentes ficam sobrepondo uns aos outros, tem-falta de espaço na arcada, logo os dentes acabam nascendo tortos; Tem o desenvolvimento ósseo insuficiente, trauma, cistos e tumores, espessamento ósseo, cirurgia reparadora, disfunções e síndromes; O dente pode está totalmente encaixado na arcada, ou parcialmente erupcionados; Tratamento: Dependerá do dente; Se houver um canino que está impactado, o canino é muito importante na arcada dentária para a oclusão, então irá manter na cavidade bucal; Se for um dente supranumerário, como ele não vai ter função, o dente vai ser extraído; Remoção cirúrgica; Erupção ortodôntica; Alguns estudos demonstram que até os 24 anos de idade o siso tem capacidade de erupção, a pessoa passou dos 24 anos de idade, o dente não erupcionou, o dente está impactado por algum motivo, então a indicação será extração, pois esse dente impactado pode causar algum momento cistos e tumores odontogênico; Além disso, quando o dente está semi-incluso, ele fica com esse capuz pericoronário na distal do dente. Quando acumula placa dentro, provoca uma inflamação, chamada de pericoronarite, além disso, pode causar uma infecção, reabsorção dentária, então geralmente sempre elimina o terceiro molar; É importante dizer que essa impactação dental vem também, de uma mudança do hábito alimentar da população; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 1 – Anormalidades Dentárias – Parte 1 - @resumodontologia Página 15 4.3. Anquilose: Na anquilose, o dente começa a erupcionar, então tem inicio da erupção do dente, e durante a sua erupção, por algum motivo específico que não se sabe exatamente, para de erupcionar; Quando para essa erupção, a raiz do dente acaba mineralizando, e ficando preso ao osso alveolar; Então não tem a completa erupção e a força de erupção do dente que se tinha é interrompida, já que está grudado com o osso alveolar; Essa impactação de certa forma acontece na raiz e essa raiz acaba se fundindo ao osso alveolar impedindo o completo crescimento desse dente; Acontece mais comumente na dentição decídua do que na dentição permanente; Interrupção da erupção após aparição dentária decorrente de fusão anatômica do cemento ou dentina ao osso alveolar; Etiologia: Trauma; Metabolismo local; Irritação química ou térmica; Falha local de crescimento ósseo; Pressão anormal da língua. Características Clínicas e Radiográficas: Infraoclusão: o Abaixo da sua linha de oclusão; Som denso e preciso à percussão: o Teste: vai utilizar o cabo do espelho e “bate” contra dente, normalmente o som do dente é um som mais oco, quando bate-se no dente com anquilose o som é mais seco; Tira-se uma radiografia; O tratamento muitas vezes é fazer uma coroa em cima do dente se ele for permanente, e se for decíduo esperar o permanente erupcionar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NEVILLE, A.G. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. REGEZI, J. A.; SCIUBBA, J. J.; POGREL, M. A. Atlas de Patologia Oral e Maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 1 Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 2- Alterações de desenvolvimento dos dentes: Algum defeito leva a um defeito genético, que vai alterar essa estrutura dentária. o Número dos Dentes; o Tamanho dos Dentes; o Forma dos Dentes; o Estrutura dos Dentes; ALTERAÇÕES DE DESENVOLVIMENTO DOS DENTES 1. Número de Dentes: 1.1. Quanto ao Número: Dentição Decídua: Maior frequência de ausência dos incisivos inferiores (hipodontia); Dentição Permanente: Maior frequência de ausência dos terceiros molares (hipodontia); Displasia ectodérmica hipoidrótica: Pode haver ausência de vários elementos dentários Anodontia: Faltarão todos os dentes; Edêntulo X Anodontia: o Edêntulo é outro termo que se usa para a ausência total de dentes; o O usuário de prótese total superior/inferior é edêntulo, sem dentes; o O edêntulo tinha os dentes e perdeu; o Já a anodontia a pessoa vai nascer sem os dentes. Hipodontia: Faltarão poucos dentes; Tratamento: o Nesse caso fará tratamento estéticos; o Quando a falha é em dentição decídua, tem-se que confeccionar um aparelho ortodôntico chamado de mantenedor de espaço, para que esse aparelho mantenha o espaço do dente permanente, para esses dentes nascerem e os dentes decíduos não tentarem fechar; o Se a dentição decídua fecha esse espaço, o permanente vai ficar impactado; o Única ausência – não requer tratamento; o Múltiplas - próteses implantes; o Decíduos - mantenedores de espaço; Oligodontia: Faltarão vários dentes; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 2 Hiperdontia (supranumerários): A hiperdontia também pode ser chamada de dentes supranumerários; Dentes em excesso na cavidade bucal; Não recebe numeração; Na mandíbula acomete mais os pré-molares inferiores e molares. É um dente que não vai ter a sua anatomia completa, vai ter uma anatomia diferente da anatomia normal, e em 90% dos casos é feita a extração; Unitários: o Permanentes; o Incisivos; o Molares; Múltiplos: o Mandíbula o Pré-Molar o Molar Transposição Dental: o Normalmente ocorre a troca de lugar entre um dente e outro; o Inferiores; o Superiores; o Caninos e Pré-Molares; Tratamento: o Extrações; Dentes Natais: 85% Incisivos; 11% Incisivos Superiores; 4% Dentes Posteriores; São dentes que já nascem com a criança; Os dentes natais acabam atrapalhando a criança de amamentar, pois a criança, principalmente nos dois primeiros meses de idade, para amamentar, precisa vedar a boca no seio da mãe, e para fazer esse vedamento, a mandíbula ainda não se desenvolveu completamente, então, o bebê projeta a língua para frente, para que a língua mais o lábio faça a vedação; Na hora que ele projeta a língua para frente, essa língua vai raspar e vai pegar nos dentes que acabaram de nascer, e isso pode causar uma ferida grande na língua; Em alguns casos, deve-se ver também a mobilidade dos dentes, pois muitas vezes esses dentes natais muitas vezes são moveis, e se estiver muito mole, existe a possibilidade de a criança engolir esse dente. Tratamento o Em uma boa parte dos casos, mas não em todos, vai-se acabar optando por extrair esse dente natal dessa criança; o Extrações se houver mobilidade. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 3 2. Tamanho dos Dentes: 2.1. Microdontia: O dente é menor do que todos os outros dentes; Normalmente a microdontia ocorre de forma isolada, somente um dente sofre o processo de microdontia; Quando tem um dente só normalmente é o dente incisivo lateral superior, e dá-se o nome desse dente de dente conóide; Quando são vários dentes acometidos, podem está associada à síndrome de Down, ao Nanismo Hipofisário; Etiologia: Casos relativos – macrognatia; Tipos: Difusa: o Rara; o Síndrome de Down; o Nanismo Hipofisário; Isolada: o Não rara; o Incisivo Lateral Superior (conóide); 2.2. Macrodontia: Está associada ao gigantismo Hipofisário; Dentes muito maiores do que o normal; Difusa- Gigantismo Hipofisário Tratamento Decíduos – Não requerem tratamento Conóides – Tratamento estético 3. Forma dos Dentes: 3.1. Dentes Duplos: Dois dentes que possuem união pela dentina ou polpa; Etiologia: Fusão de dois germes dentários; Divisão parcial de um germe dentário em dois; 3.2. Geminação: Um único dente aumentado ou unido com contagem total normal, sendo o dente considerado como um; Se contar os dentes vão ter a quantidade correta 3.3. Fusão: Aumento de um único dente ou dente unido no qual a contagem revela a falta de um dente; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 4 3.4. Concrescência: União de dois dentes pelo cemento sem a confluência da dentina; Clinicamente são visto os dois dentes separados na boca, mas na hora que se tira a radiografia percebe-se que os dentes estão unidos pelo cemento. 3.5. Geminação e Fusão: Clinicamente não tem como diferenciar germinação e fusão; Características Clínicas e radiográficas: Semelhante; Diferenciar pela contagem dos dentes. Abordagens variadas/tratamento: Extração – prevenir anormalidade na erupção; Extração com reposição protética; Separação com tratamento endodôntico; Reconstrução da forma; 3.6. Concrescência: Características clínicas e radiográficas: Região póstero superior; Envolve dente cariado com grande perda coronária; Tratamento: Não requer; Problemas em caso de extrações; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 5 3.7. Cúspides acessórias: Cada elevação dentária é uma cúspide; Pode aparecer de forma acessória, não sendo é necessária; Cúspide de Carabelli: Se possuir sulcos profundos – aplica-se selante; Cúspide em garra e dente evaginado: Se houver interferência oclusal – deve-se intervir. Selantes: O selante é um material restaurador provisório que se aplica sobre a superfície do dente, para que diminua o contato do sulco profundo com os alimentos, evitando que forme placas nos sulcos profundos, evitando processos de cárie; O problema é que o selante vai alterar a oclusão, então a cúspide superior que se encaixava perfeitamente no sulco do inferior vai deixar de encaixar idealmente, alterando a colusão; Além disso, esse selante pode ter microinfiltrações e essas microinfiltrações podem acabar causando lesão de cárie, embaixo do selante; Cúspide em garra e dente evaginado: Se tiver mudando a mordida do paciente, tiver interferência oclusal, tem que fazer uma restauração estética para tentar mudar, a forma desse dente, muitas vezes uma coroa. 3.8. Dente invaginado (Dens in dente): É um defeito na formação do germe dentário; Ao invés de se formar o dente fechando a palatina, ela vai e fechar para dentro e volta; É como se o dente crescesse dentro do próprio dente, ao invés de crescer para fora cresceu para dentro dele mesmo; Profunda invaginação da superfície da coroa ou da raiz limitada pelo esmalte. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 6 Tratamento: Restaurador Endodôntico; O tratamento desse dente depende do grau, normalmente uma restauração ou um tratamento de canal. 3.9. Esmalte ectópico: Perolas de esmalte; Está fora do seu local de origem; O esmalte ectópico vai ser um esmalte que é formado fora da coroa, vai ser formado na raiz também; Chama-se de pérolas de esmalte. 3.10. Taurodontia: Aumento do corpo pulpar; A câmara pulpar acaba aumentando o volume e o deslocamento da câmara pulpar vai para o sentido apical do dente; Esse deslocamento pode diminuir com a bifurcação das raízes; A sensibilidade também é alterada, pois se tem uma câmara pulpar muito maior e mais espessa, os condutos ou os estímulos chegam com maior facilidade. Outro problema da taurodontia é para fazer o canal desses dentes, então é um dente muito mais complicado de fazer o tratamento endodôntico, do que o dente normal. Normalmente a taurodontia está associada a várias síndromes, como as citadas abaixo (17 tipos) Aumento do corpo e câmara pulpar de um dente multirradicular, com deslocamento apical do assoalho pulpar e bifurcação das raízes. Classificação: Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 7 Síndromes Associadas à Taurodontia: 1. Amelogênese Imperfeita, hipoplásica, tipo IE; 2. Amelogênese Imperfeita-Taurodontia, tipo IV; 3. Cranioectodérmica; 4. Displasia ectodérmica; 5. Hiperfosfatasia-oligofrenia- taurodontia; 6. Hipofosfatasia; 7. Klinefelter; 8. Microdontia-taurodontia-dente invaginado; 9. Nanismo microcefálico-taurodontia; 10. Displasia oculodentodigital; 11. Oral-facial-digital, tipo II; 12. Rapp-Hodgkin; 13. Cabelo raro-oligodontia-taurodontia; 14. Aberrações cromossômicas sexuais (ex.: XXX, XYY); 15. Down; 16. Tricodentoóssea, tipos I, II, III; 17. Tricoonicodental. 3.11. Hipercementose: Tem-se o aumento na deposição do cemento; Muitas vezes causada por falta de um elemento dentário ou trauma, lesão de cárie, tudo que pode causar um aumento de inflamação nesse periápice, e esse aumento inflamatório do periápice vai causar, essa deposição não neoplásica de cemento na região do periápice dental; Não causa problemas na vida do paciente, o único problema vai se na hora que for fazer a extração desse elemento dentário, pois como tem um aumento de cemento, vai-se fazer muita força e não vai conseguir extrair, tendo então que se utilizar outras técnicas de extração para remover esse dente; Motivo para nunca extrair um dente, sem fazer uma radiografia antes. Deposição não neoplásica de cemento excessivo, contínuo com o cemento radicular normal. Histopatológico (ao lado); Características radiográficas (ao lado); Fatores associados à hipercementose: Fatores Locais: o Dente não-antagonista (por exemplo, impactado, incluso, sem antagonista); o Inflamação Adjacente; o Trauma Oclusal Anormal. Fatores Sistêmicos o Acromegalia e gigantismo Hipofisário; o Artrite; o Bócio da Tireóide; o Calcinose; o Deficiência da vitamina A (possivelmente); o Doença Óssea de Paget; o Febre Reumática; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 8 3.12. Dilaceração: Angulação anormal ou curvatura da raiz; É o desvio exacerbado da raiz, ou menos frequentemente na cora de um dente. Causada por diferentes motivos; O maior problema será se for necessário extrair o elemento dental; Etiologia: Trauma quando criança; Cistos ou Tumores Odontogênicos Adjacentes Frequência: Mais comum nos incisivos superiores; Tratamento: Dentição decídua: o Caso atrapalhe o dente permanente deve-se extrair o dente; Dentição permanente: o Se tiver hígido (sadio) não tem problema nenhum. o As complicações sempre vão ser na endodontia, ortodontia e prótese. Cirúrgico – em decíduos (se atrapalha a erupção do permanente); Ortodôntico; Cuidados em cirurgia, endodontia e prótese; 3.13. Raízes Supranumerárias: Raiz que está em excesso; É importante saber a anatomia dental, para saber quantas raízes e quantos canais radiculares cada dente tem; O problema é na questão do tratamento de canal desse dente; No tratamento de canal, precisa-se limpar todos os canais, então se não observa- se a raiz supranumerária, muitas vezes não vê-se a luz ou a abertura dela na oclusal do dente; Se tratar o canal desse dente e não o canal do supranumerário não resolve nada, logo deve-se refazer todo o tratamento desse canal, pois o paciente vai continuar com a infecção/inflamação, vai continuar com dor; Então esse é um dente que complica na extração e no tratamento endodôntico. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 9 4. Estruturas dos Dentes: 4.1. Amelogênese Imperfeita: Processo de formação do esmalte, porém, como é imperfeita, teve defeitos na formação do esmalte, e pode ser de três tipo; Considerações acerca da formação do esmalte dentário – FASES Defeitos hereditários da formação do esmalte: Hipoplásico – defeito na deposição das células do esmalte; Hipocalcificado - defeito na calcificação do esmalte; Hipomaturado – defeito na maturação do esmalte. 4.1.1. Amelogênese Imperfeita Hipoplásica: Deposição inadequada da matriz do esmalte; O que sobrou está depositado e mineralizado; Matriz presente é apropriadamente mineralizada; O local que faltou esmalte será visto dentina, e a dentina é mais amarelada, dando uma impressão de queijo suíço; Características Clínicas: o Depressões pequenas (“cabeça de alfinete”); o Podem ocorrer pigmentação nas depressões ou não; o Esmalte normal entre pressões; o Coloração dessas depressões: Branco-Opaco ou Marrom-Translúcido; Defeito estético para o paciente; Dentes apresentam sensibilidade elevada; Maior chance de desenvolver cárie. 4.1.2. Amelogênese Imperfeita Hipomaturada: Deposição adequada do esmalte, o esmalte foi todo depositado; Na hora da maturação desse esmalte tem defeito, então o dente vai ter a sua anatomia normal, não se vê depressões, porém vai ter uma mancha grande, uma pigmentação pardo-amarelada-marrom, nesse esmalte; É um esmalte que vai ter uma facilidade maior de ter lesão de cárie, uma sensibilidade aumentada, já que na maturação ajuda a fechar os canalículos dentinários e por isso vai ter uma sensibilidade maior, pois está tudo exposto, além de prejuízo estético; Para tratar, tem que fazer um desgaste desses dentes e restauras; Clareamento muitas vezes não adianta, por conta das restaurações; Outra alternativa é fazer facetas; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 10 Deposição adequada da matriz do esmalte; Defeito na maturação da estrutura cristal do esmalte; Características Clínicas: o Forma do dente normal; o Pigmentação opaca branco-marrom-amarelada 4.1.3. Amelogênese Imperfeita Hipocalcificada: Formação adequada da coroa a deposição desse esmalte normal na coroa; Na hora de calcificar o esmalte apresenta esse defeito; Deposição adequada da matriz do esmalte; Não há mineralização significativa, logo esse dente é mais frágil; O tratamento é fazer canal em todos os dentes e colocar coroa ou fazer facetas de resina em todos os dentes; Características Clínicas: o Dentes estão formados na erupção; o Esmalte é muito mole e facilmente perdido; o Esmalte desgastado facilmente; o Marrom-amarelado ou alaranjado. 4.1.4. Amelogênese Imperfeita Hipomaturada-Hipoplásica: Mistura da amelogênese imperfeita hipomaturada com a amelogênese imperfeita hipoplásica; Se o esmalte apresenta mais hipoplasias do que defeitos de maturação ela é do tipo hipoplásico-hipomaturada, mas se o esmalte apresentar mais defeitos de maturação, do que de hipoplasias, ele é do tipo hipomaturado-hipoplásico; Características Clínicas: o Padrão Hipomaturado-Hipoplásico; o Padrão Hipoplásico-Hipomaturado; 4.1.5. Amelogênese Imperfeita Hipomaturada-Hipoplásica: Características Histopatológicas o Preparos por descalcificação; o Preparos por desgaste; Implicações Clínicas: o Estética; o Sensibilidade; o Dimensão Vertical; o Cáries; o Mordida aberta anterior; o Erupção retardada; o Impacção de dentes; o Gengiva inflamada; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 11 Tratamento e Prognósticos: o Cobertura completa – Esmalte delgado ou altamente defeituoso; o Sobredentadura – sem comprimento coronário; o Coroa total ou coroa adesiva – menos perda dentária; 4.2. Dentinogênese Imperfeita: Defeito no desenvolvimento da dentina; Se o paciente não tiver nenhuma outra alteração genética importante, nenhuma outra doença, chama-se de dentinogênese imperfeita; Se o paciente tem alterações ósseas (ausência de dentina), vão entrar no quadro de osteogêneses imperfeita; Os casos de ossos de vidro são casos de osteogênese imperfeita; Distúrbio de desenvolvimento hereditário da dentina na ausência de desordens sistêmicas; Na presença de desordens sistêmicas hereditárias do osso osteogêneses imperfeita; Características Clínicas: Semelhança clínica- radiograficamente e histopatologicamente; Acomete dentição decídua e permanente; Pigmentação azul a marrom; Transparência distinta, já que o esmalte é translucido, então não tem dentina, a dentina está mal formada, então vai ter um dente muito mais amarelado, e com o esmalte translúcido; Esmalte separa facilmente da dentina; Dentina exposta desgaste acelerado; Parece a amelogênese imperfeita em alguns casos; Esse dente vai ter uma maior chance de desenvolvimento de cárie, aumento do desgaste dentário excessivo, vai ter a sensibilidade aumentada; Na dentinogênese imperfeita pode-se ter também uma alteração no formato das coroas; Características Radiográficas: Coroas bulbosas; Apresenta extensão do volume do corpo aumentado e arredondado; Constrição cervical, as raízes vão ser de menor tamanho; Raízes delgadas, bem finas; Obliteração precoce dos canais radiculares; Obliteração precoce das câmaras pulpares. Características Histopatológicas Observando essa a imagem histopatológica, tem-se o esmalte de certa forma permanecente, pouco alterado e a dentina, não tem mineralização quase nenhuma; Dentina remanescente anormal; Túbulos pequenos e deformados; Matriz de dentina granular atípica; Calcificações interglobulares; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 2 – Anormalidades Dentárias – Parte 2 - @resumodontologia Página 12 Tratamento e Prognóstico: Coroas Totais – fratura cervical; Coroas e raízes próximos do normal – coroa total; Cimento de ionômero de vidro – libera flúor; A dentinogênese de certa forma é mais complicada do que a amelogênese. OBSERVAÇÃO - Não existe associação de antibióticos com dente fraco. Criança quando toma muito antibiótico vai ter um dente mais fraco, pois não é feita a higienização na boca da criança após a administração do medicamento, já que geralmente os antibióticos de crianças são doce, e se ficar na cavidade oral principalmente à noite, vai fermentando, vai fazendo o processo de desmineralização, causando cárie nessa criança. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NEVILLE, A.G. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. REGEZI, J. A.; SCIUBBA, J. J.; POGREL, M. A. Atlas de Patologia Oral e Maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 1 Patologia Buco-Dental - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 3 - Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) Introdução: Conceito: O termo doença periodontal, significa que são doenças que acometem o periodonto; São diferentes etiologias que vão acometer o periodonto; Então não existe a doença periodontal, existem as doenças que vão acometer o periodonto, que são as várias doenças periodontais. Subdivisão geral: Gengivites: Acometem a gengiva; Periodontites: Envolve a perda de inserção Epitélios de revestimento da mucosa oral: Revestimento propriamente dito: Epitélio da Mucosa Jugal; Especializada: Língua Mastigatória. Aspectos Anatômicos e Histológicos: Gengiva: Parte da mucosa bucal que recobre os processos alveolares dos maxilares e circunda o dente; Tem-se mais de um tipo de gengiva, que são as 3 citadas abaixo; Se não tiver o processo alveolar, não vai ter gengiva. Se o paciente extrair todos os dentes, ele não vai ter gengiva. Ao extrair o dente, o alvéolo reabsorve. A partir do momento que não se tem mais o alvéolo não se tem mais a gengiva; Paciente edêntulo não tem gengiva, vai ter uma mucosa de revestimento presente no local onde haveria gengiva; Gengiva Marginal/Livre: o Estará na margem da mucosa gengival; Gengiva inserida: o Estará inserida; Papila interdentária: o Estará na região interdental; Sulco gengival: o Profundidade Histológica: o 1,8 m; o Profundidade Clínica: o 2 mm a 3 mm; A gengiva marginal/livre não está presa a nada, consegue-se entrar com o fio dental nela; A gengiva inserida, vai está inserida no final do cemento, e no osso alveolar, de um lado ela se insere no osso alveolar e do outro ela se insere no dente; E a papila que vai está entre os dentes é a papila interdentária ou gengiva interdentária. O sulco gengival é uma área livre, que vai está correspondendo à gengiva livre. Então o sulco gengival é a distância entre a gengiva marginal livre e a estrutura dentária. Esse sulco vai ter uma profundidade histológica, e uma profundidade clínica. Uma gengiva saudável tem que ter Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 2 de 2 mm à 3 mm de profundidade. Passou de 3 mm significa dizer que aquela gengiva não está mais saudável. Periodonto Cemento: o Recobre dentina; o Do cemento acelular partem as fibras do LP. Osso alveolar: o Aerado, para receber as fibras e permitir uma circulação sanguínea maior nele; Ligamento Periodontal: o Tem fibras intrínsecas e extrínsecas Várias doenças podem causar alterações no tecido periodontal; Perguntas importante para fechar um diagnóstico: Qual a doença? O que ocorre se não for tratada aquela doença? Como pode tratar a doença? Para tentar responder a essas perguntas, vão-se ter formas de diagnosticar qual é a doença que está acometendo o periodonto. Exames: O primeiro exame sempre vai ser o clínico. A radiografia não fecha diagnóstico; Exame Clínico: Para um bom exame clínico é necessário: o Detecção visual: Enxergar o que está acontecendo; o Avaliar sangramento: Vai avaliar o sangramento, que é uma característica importante em gengivite e periodontite. o Sondagem: Vai sondar quanto de gengiva livre ou o quanto de sulco gengival se tem; A sonda é marcada: 1 mm, 2 mm, 3 mm, 4 mm, 5 mm, 6 mm... Se a sondagem for feita e sangrar, o paciente está com gengivite; Se sondar der 3 mm não sangrou, a gengiva está saudável; Se sondar, deu 3 mm e sangrou a pessoa está com gengivite; Se passou de 3 mm o paciente tem doença periodontal. Radiografia: Auxilia no diagnóstico da doença. O que saber antes de fechar o diagnóstico: Qual doença periodontal o paciente apresenta; Qual a agressividade; Doença localizada ou generalizada; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 3 OBSERVAÇÃO: - O “Prognóstico Final Da Doença” é o que se espera do tratamento final da doença, após o tratamento; - Perca de osso: doença periodontal | Sem perca de osso: gengivite; - A doença periodontal não tem cura, mas pode ser controlada; - Quando houver um processo inflamatório terá os sinais cardinais da inflamação: DOR | RUBOR | CALOR | TUMOR | PERDA DE FUNÇÃO. Doença Periodontal: Perda da inserção; A gengiva inserida está inserida no osso alveolar; A partir do momento que se tem um aumento do tecido inflamado e o aumento da profundidade de sondagem, vai ter o 3 mm do sulco gengival; Ao passar de 3 mm vai-se ter a bolsa periodontal; Como essa bolsa periodontal ocorre? A partir do momento que se tem um processo inflamatório dentro do sulco, a escova de dente não consegue chegar até ali. Logo não consegue higienizar, e o paciente muitas vezes não consegue passar com o fio dental no local. Então, vai ter uma colonização de bactérias; Se ficar 24h sem escovar os dentes, vai ser formado ao redor do final do esmalte o biofilme bacteriano. Esse biofilme forma a placa bacteriana que pode mineralizar, a mineralização dessa placa bacteriana, dá-se o nome de cálculo dental, esse cálculo dental era chamado antigamente de tártaro O que vai induzir formação de placa bacteriana nesse tecido? Inflamação; Na hora que induz inflamação, a células inflamatórias se deslocarão para o sítio de infecção, e vai tentar fazer o combate; Só que o paciente não está escovando direito, e já formou um cálculo, logo o tecido inflamatório não vai conseguir combater aquelas bactérias, ou vai combater de forma errada; O problema é quando se tem um processo infamatório crônico a inflamação não está conseguindo resolver, então como não está chegando células inflamatórias suficientes, o organismo tenta aumentar o número de células, só que não tem espaço, não da para se fazer um edema no osso; O organismo então vai destruir o osso ao redor, pois esse osso está atrapalhando de combater essas bactérias. Se destruir o osso ao redor, não vai ter gengiva naquela região. Precisa-se entender agora, quais são as bactérias, que vão colonizar essa estrutura dentária: Quanto mais próximo da coroa estiver, maior o suprimento de oxigênio, logo significa que as bactérias serão na sua maioria aeróbias, então no início da gengivite vai ter uma predominância de bactérias aeróbias; Quanto mais se aprofunda no periodonto, menos oxigênio vai-se ter, então as bactérias vão mudar também. As bactérias que estão no final da doença periodontal, são diferentes das que causaram no início a doença periodontal. Então o comportamento da doença é diferente. Quanto mais abaixo em relação a gengiva menos oxigênio tem-se; Então ter-se-á bactérias aeróbias na porção superior, no meio vai ser as anaeróbias facultativas e mais abaixo as anaeróbias restritas. Gengivite: Induzidas por biofilme bacteriano Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 4 Enfermidades Gengivais: Características Comuns: Sinais e sintomas restritos à gengiva; Presença de placa bacteriana para iniciar ou exacerbar a lesão. Se não tem placa, não tem inflamação, se não tem inflamação não tem sangramento, se não tem sangramento, não tem gengivite; Sinais clínicos da inflamação: o Rubor, calor, gengiva avermelhada, edemaciada, com a sua temperatura aumentada, pode causar dor para o paciente ou não, e a gengiva não vai está fazendo a sua função completa; Reversibilidade da enfermidade pela remoção dos fatores etiológicos, logo a gengivite é REVERSÍVEL; Se o paciente higienizar e controlar, a gengiva volta ao seu estado normal. Subdivisão das enfermidades gengivais Enfermidade gengival causada por biofilme bacteriano sem contribuição de outros fatores; Enfermidade gengival causada por biofilme bacteriano com contribuição de outros fatores; Enfermidade gengival causada por biofilme bacteriano que são modificadas por medicamentos. Sem contribuição de outros fatores (características): Presença de biofilme na margem gengival; Início da doença na margem gengival; Alteração na cor e contorno gengival; Sangramento à sondagem; Alterações histológicas (áreas de inflamação na histologia); Reversível após remoção da placa. Com contribuição de outros fatores (subdivisão): Associadas ao sistema endócrino (hormonal): o Gengivite associada à puberdade; o Gengivite associada ao ciclo menstrual; o Gengivite associada à diabetes; o Gengivite associada à gravidez; o Granuloma piogênico (hiperplasia gengival, também está muito associada a grávidas, era chamado de granuloma gravídico). Associadas à discrasias sanguíneas: o Gengivites associados à leucemia (geralmente o paciente que está com leucemia, uma dos primeiros sinais é o sangramento espontâneo gengival, sem controle). o Outras alterações de coagulações, alterações de sangue. Modificadas por Medicamentos: o Características gerais: Aumentos gengivais (HIPERPLASIA pelo aumento do numero de células); Gengivites; Gengivite associada à contraceptivos orais; Variações interindividuais: Varia de pessoa para pessoa, não é regra fazer o uso de um medicamento e ter a hiperplasia gengival; Predileção pela região anterior: É mais comum ver as hiperplasias em incisivos e caninos, do que em molares; Início em torno de 3 meses; Redução do biofilme pode limitar a gravidade; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 5 Fenitoína, ciclosporina, e bloqueadores de canal de Ca. o Características Histopatológicas Aumento do tecido conjuntivo; Aparência normal: A gengiva vai ter estrutura semelhante a uma gengiva normal, com poucas áreas de inflamação; Densidade aumentada de fibroblastos; Alongamento das cristas epiteliais: Buscando uma melhor irrigação para esse tecido que está hiperplasiando; Inflamação secundária: Não é uma inflamação como, por exemplo, que iria se ver em uma gengivite clássica, em uma gengivite clássica se vê muito mais área de inflamação. Classificação das gengivites 1º Parâmetro: Localizada: o Em poucos dentes: o < 30%; o Até antes dos 30% dos dentes estão acometidos; Generalizada: o Na arcada inteira; o ≥ 30% ; o Maior ou igual à 30% dos dentes estão acometidos. 2º Parâmetro: Difusa: o Espalhada em vários locais da gengiva; Confinada: o Em partes específicas; o Está delimitada. ATENÇÃO! PESQUISAR PARA SABER AS NOVAS NOMENCLATURAS ASSOCIADAS A CADA UMA ABAIXO DE ACORDO O PERÍODO QUE SE ESTÁ FAZENDO O USO DESTE RESUMO! 1. Gengivite Ulcerativa Necrosante (GUN) - Infecção De Vincent, Boca De Trincheira, Boca De Cova: inflamação + necrose do tecido gengival; como a gengiva está em necrose, tem-se um mal cheiro, quanto maior o grau, maior um mal cheiro; Essa doença quando está apenas restrita à gengiva, chama-se de Gengivite Ulcerativa Necrosante; Pode evoluir para PUN, que pode evoluir para MUN; Essa enfermidade pode levar o paciente a óbito. Ao invés de seguir um processo crônico, que é a gengivite crônica, vai-se ativar células inflamatórias para começar o processo agudo, só que é um processo tão rápido e tão agressivo nesses pacientes que ao invés de se ter um processo apoptótico definindo uma inflamação crônica, vai-se ter um processo necrótico envolvendo uma inflamação aguda; Microbiota Associada: Bacillus fusimormis (fusobacterium nucleatum); Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 6 Borrelia Vincentil (espiroqueta); Prevotella Intermedia; Trepoema pallidum; Fatores Associados/Relacionados: Estresse; Imunossupressão (baixa do sistema imunológico seja da sua atividade ou eficiência); Tabagismo; Trauma local; Nutrição deficiente; Higiene bucal deficiente; Sono inadequado; Doenças recentes; Características Clínicas: Papilas interdentais inflamadas e edemaciadas; Áreas de necrose semelhante a crateras; Pseudomembranas acinzentadas; Odor fétido; Dor intensa; Hemorragia espontânea; Linfoadenopatia (Inflamação linfonodal/dos linfonodos, íngua); Febre; Mal-estar; Evolução: Periodontite Ulcerativa Necrosante - quando começar a envolver a perda óssea; Mucosite Ulcerativa Necrosante; Histopatológico: Não é específica; Papila gengival com ulceração superficial; Membrana fibrinopurulenta espessa; Lâmina própria inflamada; Infiltrado agudo ou misto e hiperemia (aumento da quantidade de sangue circulante num determinado local); No epitélio não ulcerado perda de ceratinização; Tratamento: Remoção de bactérias - rápida resolução; Tratamento Conservador: Raspagem, curetagem e instrumentação ultrassônica; Bochechos com clorexidina ou H2O2; Antibióticos – Se febre; Instrução e motivação de higiene; A curetagem dentária é um ato cirúrgico realizado por um dentista, comumente realizado com anestesia local. Com a ajuda de aparelhos cirúrgicos específicos, o dentista vai limpar de maneira completa uma cavidade dentro da boca. A curetagem dentária pode ter o objetivo de retirar o tártaro acumulado na gengiva, limpar tecidos mortos de um dente cariado ou limpar e retirar por completo um abcesso dentário. As curetagens dentárias possam ser que necessitam abrir a gengiva, não são feitas com frequência a não ser que seja absolutamente necessário. Terapia de suporte Repouso e ingestão de líquidos; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 7 Dieta nutritiva e branda, pois muitas vezes como a pessoa sente dor ao comer, acaba-se por não comer corretamente, com isso pode se tornar desnutrido. 2. Gengivite Plasmocitária (Gengivoestomatite Atípica): Gengivite de fundo alérgico; Alguns pacientes ao longo da vida podem acabar desenvolvendo alergia a creme dental ou a algum tipo de alimento específico; Características Clínicas: Queixas de dor na boca; Início rápido (crescimento rápido); Intensificada por dentifrícios (atualmente, dentifrício pode ser conceituado como tudo aquilo que é usado com uma escova nos dentes, ou pasta de dente); Alimentos quente e/ou condimentos podem causar ou piorar a alergia; Eritema difuso da gengiva livre (avermelhado); Eritema é um sinal clínico presente em várias patologias e caracterizado por um rubor da pele ocasionado pela vasodilatação capilar; Gengiva brilhante e com perda do pontilhado, pois a característica clássica da gengiva saudável é ser pontilhado (casca de laranja), e vai ter-se essa perda; Possível envolvimento de lábios, língua e palato, com as mesmas características inflamatórias; 3. Gengivite Granulomatosa: Também de origem inflamatória; É de origem alérgica, e pode também está associada a material estranho odontológico, as vezes cai um pedaço de resina na gengiva, ou um fragmento de amálgama que pode causar essa gengivite localizada, mas também pode-se ter associação à varias doenças; Causas Associadas: Infecções Fúngicas; Infecções Bacterianas; Doença de Crohn: o A Doença de Crohn é uma doença inflamatória séria do trato gastrointestinal. Sarcoidose: o Sarcoidose é uma doença caracterizada pela formação de agregados anormais de células inflamatórias denominadas granulomas. A doença tem geralmente início nos pulmões, pele ou gânglios linfáticos. Ainda que menos comum, pode afetar os olhos, fígado, coração e cérebro. Doenças Granulomatosas Crônicas; Granulomatose de Wegener; Material Estranho Odontológico Gengivite de Corpo Estranho: Características Clínicas: o Adulto; o Lesões solitárias ou multifocais (dificilmente vai acometer a gengiva inteira); o Diâmetro menor que 2 cm; o Máculas vermelhas ou vermelhas e brancas ; o Mais comum – acomete mais a papila interdentária do que a gengiva inserida ou gengiva livre; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 8 o Dor/Sensibilidade; o Lesão persistente após terapia convencional ou higiene rigorosa; 4. Gengivite Descamativa: Pode ser causada por alterações autoimunes; Uma doença autoimune o próprio organismo vai causar, então por algum motivo, não sabendo qual, o sistema de defesa passa a reconhecer aquelas células do próprio organismo, como células agressivas, e o próprio sistema de defesa começa atacar aquelas células; Descrição Clínica: Descamação espontânea ou por leve manipulação do epitélio; Manifestações de doenças versículo erosivas; Doenças Autoimunes: o Pterigoide ou Líquen; o Plano; o Doença de IgA linear; o Epidermose Bolhosa; o Lúpus Eritematoso; o Estomatite Ulcerativa; o Pênfigo paraneoplásico; Imunofluorescência negativa Condição mediada por hormônios: Resposta imune local anormal a placa; Se por acaso fizer o exame de Imunofluorescência, que é um exame que se faz para detecção de doenças autoimunes e a imunofluorescência for negativa, pode-dr desconfiar de outras alterações, se pode ser uma alteração hormonal ou pode ser uma resposta imunolocal anormal à presença de placa bacteriana; Se o exame der positivo, significa que a gengivite descamativa está associada à doença autoimune, se está associada a doença autoimune precisa-se tratar a doença desse paciente. Características Clínicas: 40 anos, gênero feminino; Gengiva vestibular; Multifocal ou generalizada; Área eritematosa com perda de pontilhado; Bolhas com fluido claro ou sangue; Descamação espontânea; Zonas de erosão; Membrana fibrinopurulenta cobre área descamada; Dor significativa; Variado; Manifestação do líquen plano ou penfigóide cicatricial: o Penfigóide Cicatricial: Representa o grupo de doenças bolhosas autoimunes crônicas, nas quais auto- anticorpos unidos aos tecidos são direcionados contra um ou mais componentes da membrana basal. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 9 Diagnóstico e Tratamento: Biopsia incisional + Imunofluorescência: o Tira um pedaço da lesão e envia para fazer a biopsia para saber qual o motivo causador da doença: doenças autoimunes, alteração hormonal ou resposta imunolocal anormal à presença de placa bacteriana. Higiene bucal rigorosa; Esses medicamentos vão tentar controlar a doença autoimune, então vai tratar a doença do corpo todo e não somente a gengiva: o Doxiciclina; o Corticóides; o Dapsona ou Sulfapiridina; o Estrógenos. OBSERVAÇÃO: - Suspeita de um paciente com gengivite descamativa a primeira coisa que deve-se fazer é uma biopsia incisional; - A biopsia pode ser subdividida em duas categorias: Incisional e Excisional: Incisional: é quando tira-se uma parte da lesão; Excisional: tira a lesão como um todo. 5. Fibromatose Gengival: Crescimento gengival lento e progressivo pelo aumento de tecido colagenoso; Etiologia: Idiopático – Não sabe porque a pessoa teve. Familiar – associado a síndromes (hereditário); Características Clínicas: Antes dos 20 anos; Associado à erupção dental; Possível cobertura dos dentes – por conta do crescimento gengival, que recobre a coroa do dente; Interferência no fechamento dos lábios; Falhas ou retardo na erupção dos dentes; Gengiva firme; Coloração normal; Superfície lisa ou discreto pontilhado; Outros achados: Hipertricose – aumento excessivo de pêlos pelo corpo; Epilepsia; Retardo mental; Hipotireoidismo; Condrodistrofia - desenvolvimento anormal de cartilagem; Deficiência do GH; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 3 – Doenças Periodontais (Considerações Clínicas) - @resumodontologia Página 10 Características Histopatológicas Tecido colagenoso denso; Matriz hipocelular e hipovascular; Grossos feixes de fibras em diversas direções; Epitélio com cristas longas e profundas; Inflamação ausente ou leve; Possível Calcificação (pontos de calcificação); Tratamento: Conservador: o Gengivectomia associada á higiene oral rigorosa; Acompanhamento em casos de recidiva; Severo: o Extrações seletivas associada à Gengivectomia Quem induz a fibromatose é o próprio dente, então essa gengiva vai voltar a ficar como estava antes, tem a reincidência, então a depender do grau, é melhor extrair todos os dentes e colocar uma prótese, do que manter esses dentes da forma como está.; Só tem gengiva se tiver dente, então ao tirar todos os dentes não vai ter gengiva. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS NEVILLE, A.G. et al. Patologia Oral e Maxilofacial. 2ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2004. REGEZI, J. A.; SCIUBBA, J. J.; POGREL, M. A. Atlas de Patologia Oral e Maxilofacial. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 – Doenças da Polpa e do Periápice - @resumodontologia Página 1 Patologia Buco-Dental - 3º Semestre - 1ª Unidade - Aula 4 – Doenças da Polpa e do Periápice Periápice dental: Região final da raiz do dente, que vai está em contato com o osso alveolar; Constituição do periápice dental: Ápice radicular; Ligamento periodontal apical (mentem o dente preso ao osso); Osso alveolar apical. Funções do Periápice Dental: Sustentação e inserção; Equilíbrio dinâmico; Nutrição; Sensorial; Defesa. Polpa: Vai está dentro do dente; É uma estrutura importante para dar sustentação, nutrição e sensibilidade para o dente; Entretanto a polpa é muito fechada, e qualquer processo inflamatório na polpa, vai comprimir a dentina; Como a polpa não consegue comprimir a dentina, então a polpa possui um pobre potencial de manter a inflamação, então normalmente o processo inflamatório vai correr no periápice dental; Todo processo inflamatório que ocorre na polpa vai ter comprometimento imediatamente no periápice do dente. Características do periápice: Diferentemente da polpa, possui um enorme potencial de reparo; O equilíbrio entre a virulência do agente agressor e a resistência do hospedeiro determinam a cura, cronificação (equilíbrio) ou agudização do processo. Tem-se um processo inflamatório, e entrou-se em contato com a “inflamação” no tempo zero; A bactéria entrou no organismo e vai se nutrir dos nutrientes do organismo e se multiplicar; A bactéria vai levar um tempo para poder se multiplicar, ao mesmo tempo que o sistema imunológico (defesa) do organismo é ativado; Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 – Doenças da Polpa e do Periápice - @resumodontologia Página 2 A defesa começa a proteger o corpo, e o sinal da inflamação vai ativar as células para que essas células se desloquem da corrente sanguínea e faça a defesa; Vai chegar um ponto que as duas curvas vão se encontrar, a partir daí quando elas se alcançam, vai- se ter três caminhos: o Cura: A doença foi curada o Equilíbrio (cronificação): Nem o sistema de defesa consegue combater a bactéria, nem a bactéria vai conseguir vencer o sistema de defesa. o Agudização: A quantidade de bactérias vence o sistema de defesa. Uma infecção subclínica: o processo infecioso está lá, mas o paciente ainda não demonstrou nenhum sinal. OBSERVAÇÕES - A doença periodontal não tem cura, mas pode ser controlada; - Isso pode ser um exemplo de cronificação da doença; - Toda vez que se tem um processo inflamatório, vai se ter os sinais cardinais da inflamação: DOR, RUBOR, CALOR, TUMOR (EDEMA – aumento de volume) e PERDA DE FUNÇÃO; - O tumor gera uma dificuldade circulatória, tanto uma dificuldade de entrar o sangue, quanto a dificuldade do retorno sanguíneo, tornando um evento que limita a polpa. - As doenças periapicais acometerão principalmente a faixa etária de 10 anos à 40 anos de idade. Manifestações radiográficas das doenças periodontais: Não apresentar imagens radiográficas; Lesões radiolúcidas; Lesões radiopacas; Lesões mistas; Estruturas anatômicas periapicais (estruturas do periápice que podem confundir com as imagens radiográficas): Forame mentoniano; Forame incisivo; Seio Maxilar; Canais nutrientes; Espaço do ligamento periodontal; Lâmina dura. Tipos de Periapicopatias: Infecciosas ou Inflamatórias; Císticas de desenvolvimento; Hamartomatosa ou Neoplásicas. Licenciado para - P aulo V irgulino - 03164583257 - P rotegido por E duzz.com Patologia Buco-Dental – 3º Semestre – 1ª Unidade – Aula 4 – Doenças da Polpa e do Periápice - @resumodontologia Página 3 Doenças da polpa e do Periápice: Para que se possam entender as doenças da polpa e do periápice, primeiro precisa-se entender os mecanismos gerais dos processos inflamatórios, pois essas doenças em geral, estabelecem a partir da evolução
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