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GABRIEL HERBETH MARTINS CARDOSO ESTACIO VIA CORPUS Teoria do Estado Do Estado de Direito ao Estado Democrático de Direito De Ranieri,Nina; Professora da Universidade de São Paulo-USP, Pesquisadora do núcleo de Pesquisas Públicas da USP-NUPPS e autora de diversas obras de direito público e direito educacional. Capítulo 2; Doutrinas políticas e concepções de Estado O ESTADO COMO DEVER SER; Platão, em A República tinha ideais de que o Direito molda a república perfeita voltada para a ação da justiça, sendo ela formada pela ação do povo. Aristóteles, em A Política cita que o Estado é a esperança de um bem e que as sociedades têm como objetivo alguma vantagem, então apresentando a concepção de que o estado é responsável por garantir a integridade mínima da população. É a base desse pensamento mostra que o homem tem princípios naturais e políticos [...] assim como o homem civilizado é o melhor de todos os animais, aquele que não conhece nem justiça nem leis é o pior de todos. [...] o discernimento e o Respeito ao direito formam a base da vida social e os juízes são seus primeiros órgãos. O princípio natural do homem seria iniciar sua convivência em sua própria família e ir progredindo essa relação entre aldeias e até cidades para que logo após feito isso ele possa se denominar um animal político. A junção desses dois fatores, natural e político possa gerar a capacidade de criar um sistema de leis eficaz destinadas ao benefício de uma boa convivência em grupo e principalmente à justiça. Ideais característicos aristotélico. Então como a justiça seria formada pelo povo, logo o Estado ideal estaria na mão dos cidadãos. O uso do poder do estado em particular para benefícios singulares seja de ambos os lados, governante ou povo, consequentemente fere a moral e prejudica o êxito de um bom governo. Aristóteles cita que o resultado de “quem governa?” e o “de forma justa ou injusta” classificam os governos de forma boa; monarquia, aristocracia e democracia. E de forma má; tirania, oligarquia, demagogia ou oclocrata. Santo Agostinho e Santo Tomás de Aquino traçaram os mesmos princípios em diferentes obras e de períodos totalmente distintos. Princípios esses que giram em torno da de ideia de res pública que é baseada em justificar algumas concepções com os princípios divinos e possui uma visão pessimista do homem por conta do seu pecado original podendo se corromper e seguindo a linha cristã de que o Direito não havia nenhuma possibilidade de ser criado pelos homens então é entregue a ação de justiça pelo estado para a natureza divina. Na teoria da soberania de Francisco de Vitória que ministrava aulas na universidade de Salamanca aproximadamente em 1520, também acreditava no ideal de que o direito não poderia ser elaborado pelos homens, sua teoria cita que a lei deve ser obrigatoriamente usada em benefício de todos de forma indistinta. O ESTADO COMO REALIDADE TANGÍVEL; É observado através de Jean Bodin e Thomas Hobbes a absolutização do estado, do ual o indivíduo abre mão de bastante coisa a favor de um governante. Assim foi gerado vertentes do contratualismo onde o estado vira um ente baseado em consenso e racionalização e vai debater diversos temas valorizando o direito natural As concepções estatais se iniciaram e apesar de serem vistas de diferentes maneiras, Maquiavel foi o primeiro a perceber que todas elas baseiam-se em uma explicação divina tanto para o homem quanto para a política, criando uma separação e separações racionalistas. Jean Bodin também defendia os mesmo ideais de Maquiavel, afirmando que seu pensamento é moldar uma república ideal, na medida do possível, e não um projeto utópico como o de Platão. Então é proposta a estruturação unitária do comando político. Tomas Hobbes defendia a segurança como direito supremo e fundamental para o bem-estar e tem que estar a obrigação de todos os governantes. Hugo Grotius dissipa o fundamento divino idealizando a paz no cenário internacional, possibilitada através de pactos, fundado no direito natural.Tornando um Estado justo porque garante os direitos naturais, assim como qualquer ato governamental que venha descumprir esse será considerada injusta, para ele a “guerra justa” seria posta a partir da valorização da vida e de coisas úteis. O ESTADO COMO REALIDADE HISTÓRICA; Completa o movimento de Maquiavel e consiste, igualmente, nos ideais realistas. Para Hegel o Estado que forma o homem e não o contrário, é apenas como membro dele que o indivíduo pode formar sua moral e seus objetivos, tornando-se mercê do estado, Hegel assim sendo considerado o mais jusnaturalista possível. Percebe-se também que esses ideais estão presentes nas doutrinas de Rousseau, sendo assim retomadas por Hegel. Para Karl Max o Estado seria o reino da força, onde é dominado pela burguesia e dominação das classes de menor poder aquisitivo, sendo um estado econômico e político, descartando a ética, ou seja, não visa o bem como um todo. Para Marx não importa a forma de governo e sim quem exerce, Engels também possuía esse interesse em comum O ESTADO COMO FORÇA; Com ideal parecido com o de Hobbes, Carl Schmitt, conhecido como teórico jurídico do nazismo afirma que a norma se impunha sobre a política mas ela está acima de qualquer elemento que caracterize o estado. O ESTADO COMO ORDENAMENTO JURÍDICO; Mesmo já tendo adiantado, Immanuel Kant idealizava que o Estado não se separa do jurídico e nem subordina. Para ele não pode existir outro poder a não ser o jurídico. Em Kelsen não há esses dois conceitos, direito e estado separados. Tratando da despolitização e mostrando que através do direito positivo se conquista a legitimação do poder. O Estado como moradia do poder político: Hannah Arendt Para a Arendt a política precisa de um lar onde garanta que a sociedade esteja mais presente e que seja uma coisa mais pública, e que a política depende da liberdade e da equidade. A visão que mais me chamou atenção foi a de Karl Marx em relação do estado ser dominado pela Burguesia e explorar os proletariados, creio que foi um dos ideais mais radicais e diferentes. Apesar de alguns conflitos entre a razão e a natureza divina em algumas concepções, todas buscavam o bem por um todo, diferente dos ideais de Marx onde só favorecia a burguesia. Comentário A palavra estado pode ser discutida com diferentes pontos de vista e algumas das mais relevantes estão aqui .. As variações desses ideais contribuíram para uma evolução dos tipos de estados presentes atualmente. Não há uma concepção certa, muito menos única de estado, todas elas se ligam e possuem algumas vertentes em comum..
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