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DESENVOLVIMENTO MAMÁRIO E ALEITAMENTO MATERNO (07-03-2022)

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Desenvolvimento mamário 
o Primeira fase: 5a semana do desenvolvimento 
embrionário até a formação do CAP (complexo 
aréolo-papilar) no terceiro trimestre. 
o Nascimento: 10 a 12 ductos primitivos 
o Período pré-puberal- ductos crescem e ramificam-
se lentamente (nesta fase, no sexo masculino, cessa-
se o desenvolvimento) 
o Puberdade: crescimento longitudinal dos ductos, 
aparecimento de botões nos ductos terminais, aonde 
se formarão os lóbulos. 
o Gestação e lactação: final da maturação - maior 
diferenciação estrutural e celular 
 
Fase intra-uterina 
o Espessamento de ectoderma disposto em duas 
linhas ventrais (cristas mamárias) 
o Invaginação deste espessamento 
o Ramificação e formação dos ductos e alvéolos 
o Mesênquima adjacente se especializa e forma o 
estroma de suporte e células mioepiteliais 
o A pele que recobre e espessa formando aréola e 
papila 
 
Fase Puberal 
o Elevação da produção de gonadotropinas pela 
hipófise anterior (ativação do eixo) 
o 8 a 13 anos 
o Telarca precede aproximadamente 2 anos a 
menarca 
o Estrógeno estimula o crescimento longitudinal dos 
ductos, aparecimento de botões nos ductos 
terminais (futuros lóbulos), pigmentação da aréola 
o Prolactina age em sinergismo com esteróides, e na 
presença de GH e cortisol no desenvolvimento do 
tecido mamário. Contribui para o desenvolvimento do 
tecido adiposo 
o Progesterona estimula a ramificação dos ductos e 
proliferação dos lóbulos mamários (juntamente com 
a prolactina e hormônios tireóideos). 
 
Classificação de Tanner 
Estágio 1 – mama infantil: 
o Idade pré puberal 
o Discreta proeminência do mamilo 
o Ausência de tecido glandular palpável e de 
pigmentação areolar. 
 
 
 
 
 
 
 
Estágio 2 - broto mamário: 
o Idade: 11,1+/- 1,1 ano 
o Mamilo e mama se elevam no tórax; palpa-se 
pequena quantidade de tecido glandular 
 
Estágio 3 - elevação da mama 
o Idade: 12, 2+/- 1,09 ano 
o Acúmulo de tecido glandular palpável, com aumento 
do volume da mama e aréola e início da 
pigmentação areolar 
o Contorno mama e mamilo no mesmo plano 
 
Estágio 4 - aumento da mama e elevação do CAP 
o Idade: 13,1 +/-1,15 ano 
o Aumento da mama e aréola e da pigmentação 
o CAP (complexo aréolo-papilar) se eleva 
 
Estágio 5 - Mama adulta 
o Idade: 15,3+/-1,7 ano 
o Forma globosa 
o Mamilo proeminente e ereto 
o Glândulas Sudoríparas e sebáceas areolares 
 
 
 
Mamario e aleitamento 
 
 
Menacme 
o Na primeira fase do ciclo menstrual, predomina a 
ação do estrogênio, que estimula a proliferação 
epitelial, o desenvolvimento do estroma e deposição 
de gordura. Pouco desenvolvimento dos lóbulos e 
alvéolos 
o Na segunda fase do ciclo, predomina a ação da 
progesterona. Ela induz a diferenciação das células 
alveolares em secretórias. 
o Pode-se notar aumento do volume mamário 3 a 4 
dias antes da menstruação, com sensibilidade 
dolorosa e aumento da densidade do tecido 
 
Gestação 
o A completa maturação do tecido mamário só ocorre 
no terceiro trimestre da gestação. 
o Modificações externas: pigmentação e 
espessamentp do CAP, aumento do fluxo sanguíneo 
das mamas (edema) 
o Conversão de células alveolares terminais inativas em 
unidades ativas secretoras do leite. 
o Estrógeno, progesterona e HLP (hormônio 
lactogênio placentário) 
o Apesar do aumento da prolactina, a produção de 
leite é inibida pelos níveis circulantes de progesterona 
e estrogênio 
 
Gestação 
Desenvolvimento Lobular 
LÓBULO TIPO I: 
o Mais indiferenciado 
o Encontrado em nulíparas após puberdade 
o 6-11 dúctulos/lóbulo 
o Alta taxa de proliferação 
o Elevada concentração de RE e RP 
 
LÓBULOS TIPO II: 
o Início da arborização lobular 
o Estímulo hormonal 
 
 
 
LÓBULO TIPO III: 
o >80 dúctulos/lóbulo 
o Estímulo hormonal da gravidez 
 
 
 
LÓBULO TIPO IV: 
o Grande distensão lobular 
o Final da gestação 
 
 
 
Lactação 
o Queda brusca dos níveis de estrógeno e 
progesterona após a dequitação placentária libera a 
ação da prolactina nas células alveolares 
o Ingurgitamento mamário por volta do terceiro a 
quarto dia pós parto 
 
 
o Lactogênese (prolactina): início da produção do leite 
o Lactopoese (PRL/ocitocina): manutenção da 
produção do leite 
o Ejeção láctea (ocitocina): saída de leite pelo mamilo 
 
Ingurgitamento mamário 
o Mais precoce em multíparas que primíparas 
o 24 a 48 horas mais precoce em mulheres que 
tiveram parto normal 
o Mais prolongado em mulheres que receberam mais 
hidratação endovenosa 
 
Lactogênese 
- Iniciação: 
o 2ª metade da gestação/16ª semana 
 
- Ativação da secreção: 
o Ocorre após o parto 
o Início da produção abundante de leite 
o Desencadeada pela queda dos hormônios 
placentários 
 
o Aumento progressivo de PRL 
o E e P placentários impedem produção de Dopamina, 
que inibe a produção de PRL 
o E e P bloqueiam a ação da PRL a nível alveolar 
(impede produção do leite antes do parto) 
o Queda de E, P e LPH 
 
Regulação hormonal 
 
 
Apojadura do leite: formação de glóbulos de leite dentro 
das células alveolares que ultrapassam a membrana 
celular e são armazenado nas luzes do lóbulos 
 
Lactopoese 
o Prolactina e ocitocina 
o Estímulo aferente de sucção, resposta hipotalâmica 
e ação hipofisária 
o PRL:90-60-30ng/ml 
o Duplicação do valor basal da PRL durante sucção 
o Ocitocina: choro do RN, tato, estímulo visual, sucção 
o Necessidade de esvaziamento dos ductos para 
manutenção do processo 
 
Níveis elevados de PRL não são necessários para a 
manutenção da lactação 
 
 
 
Ejeção láctea 
o Ocitocina atingue células mioepiteliais da mama --> 
contração 
o Ejeção do leite reservado nos espaços ductais 
o Picos de secreção e liberação de ocitocina (vida 
média 1-2 minutos) 
o Falha no esvaziamento mamário aumenta a pressão 
intra-alveolar  Produção pelas células do Fator de 
Inibição da Lactação (FIL) 
 
Formação e Componentes do Leite 
o Colostro: composição principal glicoproteica, rico em 
imunoglobulinas - essencial nos primeiros contatos do 
RN com o ambiente extra-uterino 
o Rico também em minerais e vitaminas lipossolúveis 
como A e E 
o Menores concentrações de lactose e lípides 
 
Propriedades do leite: 
- Bacteriostática 
- Imunomoduladora 
- Anti-inflamatória 
- Promove o crescimento de células intestinais 
 
o Prolactina induz produção do leite por indução da 
síntese de mRNA para produção de enzimas e 
proteínas lácteas nas células alveolares 
o Os substratos para produção vêm do intestino e 
fígado maternos, via sangue, facilitado pelo aumento 
de 30-40% do fluxo sanguíneo nas mamas induzido 
pela gestação 
 
Composição do leite: 
- Carboidratos 7% (lactose) 
- Gorduras 3-5% 
- Proteínas 0,9% (caseína, alfa-lactalbumina, lactoferrina, 
IgA, lisozima, albumina) 
- Minerais 0,2% (Na, K, Ca, Mg, Cl, P, sulfato e citrato) 
- 60 a 75 kcal/dL 
- Células: macrófagos, linfócitos, neutrófilos e células 
epiteliais 
 
Amamentação - Recomendações 
o Amamentação exclusiva nos primeiros 6 meses de 
vida 
o Amamentação parcial até os 12 meses 
o Volume de leite pode variar de 450 mL a 1200 mL 
ao dia, com uma média de 750 a 800 mL 
o Cirurgias mamárias podem dificultar a produção 
plena do leite, especialmente quando incisões são 
realizadas em torno da aréola e papila 
 
Problemas na Amamentação 
- Dificuldade na pega 
- Fissuras mamilares 
- Mastite Lactacional 
 
Mastite Aguda Lactacional 
○ É mais comum nas jovens (ciclo gravídico-puerperal) 
○ Puerpério: 3-6ª semana ou no desmame 
 
Etiopatogenia 
Penetração do agente infeccioso por fissuras papilares 
○ Papilas planas ou umbilicadas 
○ Primíparas 
○ Inflamação superficial 
 
Penetração do agente infeccioso por via canalicular 
○ Menos freqüente 
○ Mais grave 
○ Higiene precária/ imunodepressão 
○ Abscessos profundos/septicemia 
 
Etiopatogenia: 
○ Staphylococcus aureus (50%) 
○ Streptococcus sp. 
○ Escherichia coli 
○ Pseudomonas aeruginosa 
○ Proteus mirabilis 
 
Tratamento 
o Antibiótico (cefalexina, doxaciclina, clindamicina)- 
atenção! descontinuar amamentação? 
o Anti-inflamatórioso Analgésicos 
o Suspensão da lactação não é absolutamente 
necessária 
o Abscessos devem sempre ser drenados 
- Punção guiada por USG (taxa de sucesso em 
90,9%) 
- Drenagem cirúrgica (9,1% dos casos) 
 
Medicações e Lactação 
o Deve-se tomar cuidado na prescrição de quaisquer 
medicamentos a nutrizes 
o Mínimo necessário, avaliar real necessidade 
o Problemas: 
- efeito na produção de leite 
- passgem da substância ao leite e efeitos no lactente 
 
Efeitos das Drogas na Amamentação 
o Durante a amamentação, fatores que influenciam na 
passagem de medicamentos para o leite são: 
- tempo de clearance 
- biodisponibilidade 
- capacidade de metabolização materna 
o Características das drogas mais suscetíveis a 
transferência ao leite 
- não ionizadas 
- não ligadas a proteínas 
- baixo peso molecular 
- alta lipossolubilidade 
- pH alto 
 
o Antagonistas dopaminérgicos já foram utilizados para 
aumentar a produção de leite (por aumento de 
Prolactina) 
- metoclopramida (Plasil) 
- domperidona (Motilium) 
Atualmente: desaconselhado 
 
o Agonistas dopaminérgicos diminuem a Prolactina e 
são utilizados para inibir a lactação 
- bromocriptina e cabergolina 
desaconselhado por efeitos colaterais - sangramento 
SNC, psicose puerperal, IAM 
 
Diminuem a produção de leite: 
o Anticoncepcionais orais combinados 
o Diurese induzida por diuréticos 
o Anti-histamínicos em altas doses (diminuem 
Prolactina) 
o Pseudo-efedrina 
 
Drogas com Efeitos Nocivos ou Desconhecidos no 
Lactente 
Imunossupressores e agentes citotóxicos: Ciclofosfamida, 
ciclosporina, doxorrubicina, metotrexato 
Antiarrítmicos: Amiodarona (efeito antitireoidiano no 
lactente) 
 
Antibióticos na Amamentação 
Permitidos: 
o Penicilinas 
o Cefalosporinas (cefalexina, cefadroxila, ceftriaxona) 
o Macrolídeos (azitromicina, claritromicina) 
o Aminoglicosídeos (gentamicina, amicacina) 
 
Não permitidos: 
o Tetraciclina 
o Cloranfenicol 
o Sulfassalazina 
 
Controversos: 
o Metronidazol 
o Quinolonas 
 
Medicamentos na Amamentação 
o Heparina fracionada é segura 
- Alto peso molecular 
- Destruída no trato intestinal do lactente 
o Insulina é segura 
- Não passa para o leite 
 
Analgesia na Amamentação 
Não permitidos: 
- Aspirina 
 
Usar com cautela: 
- Opiáceos - observar sedação no lactente 
 
Permitidos: 
- analgésicos habituais (paracetamol, dipirona) 
- acetaminofen 
- ibuprofeno 
 
Antihipertensivos na Amamentação 
o baixas taxas de passagem para o leite: 
- propranolol 
- metaprolol 
- labetalol 
- nifedipina 
- verapamil 
- diltiazem 
 
o causam bradicardia e hipotensão no lactente: 
- azebutolol 
- atenolol 
 
o Compatíveis com a amamentação: 
- enalapril 
- captopri 
 
Benefícios da Amamentação 
Para o RN: melhora da função gastrointestinal, imunidade 
passiva contra várias doenças e prevenção de doenças 
agudas durante a amamentação 
Para a Mãe: acelera recuperação no parto, perda de 
peso, meio de contracepção, diminuição do risco para 
CA mama e ovário, possível proteção contra fratura e 
osteoporose 
 
Medicamentos na Gestação 
o Principal preocupação: Teratogênese 
o Muitos medicamentos não são comprovadamente 
seguros/teratogênicos 
o Limitação: estudos de teratogenicidade – ética 
 
 
 
 
 
Analgésicos e Anti-inflamatórios 
o AINES - não parecem ter efeito teratogênico nos 
dois primeiros trimestres. 
- Terceiro trimestre - fechamento do ducto 
arterioso - hipertensão pulmonar no RN 
o Paracetamol: mais utilizado 
o Escopolamina: Permitido 
o Dipirona: sem evidência de teratogenicidade 
o Aspirina - evitar em altas doses 
o Opióides - parecem não ter efeito teratogênico - 
cuidado com uso crônico (abstinência do RN) e uso 
próximo ao parto 
o Corticosteróides: em doses baixas parece seguro, 
inclusive inalatório 
 
Anti-heméticos e sintomas Gastro-intestinais 
 
Permitidos: 
- Cimetidina 
- Metoclopramida (Plasil) 
- Dimenidrinato (Dramin) 
- Ondansentrona (Vonau) 
- Anti-ácido (sais de Magnésio, Cálcio, Alumínio) 
- Óleo Mineral 
- lactulose 
 
Antibióticos na Gestação 
- Seguros: 
- Penicilinas 
- Cefalosporinas 
- Risco teórico de ototoxicidade e nefrotoxicidade mas 
permitidos em infecções graves: 
- Aminoglicosídeos 
- Risco para cartilagens 
- Ciprofloxacino 
- Norfloxacino 
- Permitido por falta de evidências contrárias 
- Metronidazol 
- Lincosaminas (clindamicina) 
 
Antifúngicos na Gestação 
Os mais utilizados: 
- Clotrimazol (B) 
- Miconazol (C) 
- Nistatina (A) 
- Tioconazol 
- Terconazol 
 
Antivirais na Gestação 
Em doses habituais para herpes, o aciclovir não parece 
ter efeitos teratogênicos 
 
Tratamento Para Tuberculose na gestação 
o Os riscos da doença ativa são maiores que o risco 
do tratamento habitual para Tuberculose na 
formação do feto 
- Rifampicina (profilaxia de sangramento no RN) 
- Isoniazida(+ vitamina B6) 
- Pirazinamida 
 
Outros 
o Anestésicos locais: Seguros 
o Anti-histamínicos: parecem seguros 
o Psicotrópicos: 
- objetivo: usar a mínima dose possível quando 
extremamente necessário 
- Lorazepam 
- Alprazolam 
- Fluoxetina 
- Sertralina 
- Lamotrigina (anti-convulsivante) 
- Haloperidol e clorpromazina (baixas doses) 
o Heparinas - escolha para anticoagulação 
o Anti-hipertensivos: metil-dopa, beta-bloqueadores, 
hidralazina 
o Insulina: segura 
o Beta-agonistas de curta duração são permitidos 
(atenção à inibição do Trabalho de parto)

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