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Camila Rizzo – XXV 2P Freud e os mecanismos de defesa Psiquiatra: trabalha com o funcionamento mental de forma orgânica (como acontece as interações na mente) Psicanálise: é uma forma de terapia, onde o psicanalista busca a verbalização de tudo o que se passa na mente do paciente. Precisa de formação em qualquer curso de graduação e realizar posteriormente uma formação psicanalítica Psicoterapeuta: pessoa que cursa psicologia • Princípios freudianos - Princípio é uma atividade psíquica - Princípio do prazer e da realidade trabalham em conjunto - Espécie de economia psíquica: a. Ora satisfazendo parte ou todo o desejo b. Ou criando maneiras de satisfação sem entrar em choque com a realidade burlado as convenções c. Ora abdicamos ou adiamos a satisfação dos desejos 1. Prazer - Busca o PRAZER e evitar a DOR sem restrições - Desprazer, a atividade psíquica se recolhe (movimento de recolhimento- freud - “recalque”) - Quando nascemos buscamos o prazer por exemplo no seio da mãe por meio da alimentação 2. Realidade - Adiamento da gratificação o Criança da birra por que ainda não aprendeu o princípio da realidade que é imposta pelo mundo - Amadurecimento normal do indivíduo aprender a suportar a dor e adiar a gratificação - Dar conta das exigências d mundo real e das consequências dos próprios atos Observação: Pinóquio mostra a aprendizagem do princípio da realidade O grilo falante possui o papel de consciência na história que começa a crescer no Pinóquio Ao escutar o grilo, Pinóquio concretiza a aprendizagem do princípio da realidade e deixa de ser um boneco de madeira para se tornar uma criança de verdade • Decisão topográfica da mente em 3 sistemas - Consciente: tudo que estamos vendo, percebendo, pensamentos - Pré-consciente: todas as nossas lembranças - Inconsciente: é onde está as frustrações, desejos, pulsões. Se manifesta por meio de sonhos, piadas, ato falho • Teoria estrutural ou dinâmica Camila Rizzo – XXV 2P - ID: totalmente inconsciente -> tudo relacionado ao princípio do prazer (alimentar, dormir) - EGO: pré-consciente e consciente -> princípio da realidade (busca o equilíbrio entre o ID e o SUPEREGO) - SUPEREGO: inconsciente, consciente e pré-consciente -> princípio do dever (tudo que a gente aprende que não pode) • Transparência e contratransparência - Freud fala que todas as relações são transparências, sendo assim, tudo que vivemos transferimos para outras pessoas o Transferência - Relação - Processo - Atualização das relações anteriores - Paciente vai realizar transferência para o médico sentimentos tanto positivos quanto negativos, dessa forma, o médico deve perceber para reconhecer que muitas vezes o problema não é com ele, mas, sim, derivado de uma experiência prévia o Contratransferência - Transferência do médico para o paciente - Médico deve tentar conter a contratransferência especialmente a negativa • Mecanismo de defesa do EGO - Ego atua para nos proteger (ego nos protege de algum mal-estar ou desequilíbrio) - O ser humano está em uma eterna busca pelo prazer - Ao nos depararmos com situações de desprazer a realidade é deformada e o conteúdo psíquico interfere na percepção da realidade - Os mecanismos usados para isso são os de defesa - Para freud é a operação que o EGO exclui da consciência os conteúdos indesejáveis 1. Repressão - Retirada de ideias de afeto ou desejo perturbadores da consciência pressionando-os para o inconsciente - Conteúdos traumáticos - Conteúdo pode voltar com ou sem passagem por processo psicanalítico 2. Formação reativa - Leva o sujeito a efetuar o que é totalmente oposto aquilo inconsciente que se quer rejeitar (inversão do desejo) - Ação do inconsciente - Pessoa age assim por que o inconsciente dela fala pra ela que é melhor ela agir daquela forma do que da forma pela qual ela de fato quer agir 3. Sublimação - Consiste na busca de modos socialmente aceitáveis de satisfazer, ao menos parcialmente, as pulsões do id 4. Projeção Camila Rizzo – XXV 2P - Atribuição a objetos externos de propriedades ou características que simultaneamente, o sujeito desconhece de si mesmo - Um exemplo seria a projeção da culpa 5. Introprojeção - Assimilação por partes do sujeito de atributos ou qualidade de um determinados objeto exterior - Ex: pessoa que viaja para outro estado e rapidamente pega o sotaque do local, pessoas “maria vai com as outras” Observação: nunca devemos ficar presos a apenas um mecanismo 6. Regressão - Retorno do sujeito a etapas passadas (geralmente infância) - Ex: pessoa quer carinho e cuidado maior quando está doente 7. Racionalização - Processo pelo qual o sujeito procura apresentar uma explicação coerente do ponto de vista lógico, ou aceitável do ponto de vista moral, para uma atitude, uma ação, uma ideia, um sentimento, etc, cujos motivos verdadeiros não percebe - Pessoa busca dar uma explicação/” desculpa” para uma (um) “falha” /fracasso sua (seu) 8. Negação - Processo pelo qual o sujeito, embora formulando um dos seus desejos, pensamentos ou sentimentos, continua defender- se dele negando que lhe pertença - Negação está muito relacionada ao luto (perda para a pessoa parece impossível) - É um processo importante para o não prolongamento da dor da pessoa 9. Fuga - Ocorre durante um período difícil, uma situação aversiva em que a pessoa sente uma necessidade muito grande de remover, sair do incômodo que causa a situação atual - Ex: dormir, devaneios, drogas, hiperatividade, etc 10. Somatização - Dor psíquica e emocional crônica que chega ao físico - Podem ser doenças ou sintomas isolados - Ex: gastrite, ulceras que aparecem quando a pessoa está passando por alguma dificuldade “O QUE VOCÊ NÃO RESOLVE EM SUA MENTE, SEU CORPO CONVERTE EM ENFERIDADE” • Tipos psicológicos de pacientes 1. Tipo Ansioso - O tipo ansioso está em permanente expectativa catastrófica e vive constantemente amedrontado. Qualquer pequeno sinal que lhe pareça prenunciar uma enfermidade, por insignificante que seja, é logo tomado como algo de muita gravidade - voltado para um futuro desastroso, não consegue curtir o presente - Está sempre apressado, passando pelas coisas de forma superficial - Medo é disfarçado sob a forma de pseudocoragem - Cobram soluções rápidas - Geralmente ouvem mal e apresentam ideias pré-formadas - Esquivam-se o quanto podem dos médicos, dos exames e dos remédios ou tornam-se adictos a eles - Reação do médico é decisiva e ele não pode se deixar contaminar pela ansiedade - melhor tranquilização que ele pode transmitir ao paciente baseia-se em dois pilares: uma serenidade não simulada e a possibilidade de verbalizar para ele os medos que ele tem e dos quais não consegue falar - pior atitude é deixar-se levar pelos temores e, como os pacientes, ter necessidade de negar seus medos. - Ao solicitar exames e ao receitar, o médico deve ter em mente: que o paciente tem dele e das medicações ideias mágicas e é altamente influenciável; e que ele pode valer-se dessa condição para sugestioná-lo favoravelmente. 2. Tipo Fóbico - fobia seja resultante da cristalização da ansiedade sobre um objeto ou situação externa, na qual a pessoa projeta impulsos interiores. - Também é ansioso - apresenta medos diante de coisas, lugares ou situações específicas, que não despertam essas reações nas demais pessoas e que passam a ser evitados - personalidade de evitativa - procura esconder sua enfermidade evitando os dados que poderiam levar ao diagnóstico. - possa parecer cooperativo, as informações que fornece a princípio são pouco significativas e mais servem para dissimular o diagnóstico que para aproximar-se dele. Quando ele pensa já saber do que sofre, procura afastar o médico desse caminho e só tardiamente, ou nunca, apontaos dados cruciais - dados essenciais são negados de tal forma pelo paciente que só podem ser obtidos de outras pessoas. Camila Rizzo – XXV 2P - É importante perceber que não é por falta de vontade de colaborar, mas por uma imperiosa defesa inconsciente, que o paciente o afasta do diagnóstico e parece não cooperativo. - médico deve ser a de diminuir as evitações, transmitindo confiança e levando o paciente a viver com mais serenidade os perigos dos quais está se esquivando. Para isso, precisa conceder-lhe tempo e ganhar-lhe a confiança, o que se consegue sendo autêntico para com ele. - Como o fóbico vive uma vida falsa, perceber a calma genuína do médico muito o tranquiliza - aprecia encontrar nas demais pessoas a autenticidade que lhe falta e que as convenções sociais escamoteiam. 3. Tipo histérico - tendência à representação dramática de suas queixas - Seu vocabulário usualmente é carregado de adjetivos (superlativos, muitas vezes) que dão uma expressão contida às suas falas. - tendem ao exagero e ao espalhafato - característica do histérico é a sedução que vai desde atitudes que buscam a simpatia do médico, com elogios e apreciações positivas sobre a sua pessoa ou o seu ambiente, até outras grosseiramente eróticas. - tem necessidade de parecer agradável, mesmo que para isto tenha de faltar com a verdade e talvez diga, só para produzir esse efeito, que está melhorando - identifica-se facilmente com as demais pessoas - médico não deve ver neles uma simulação voluntária e, em consequência, sentir inamistosidades para com eles. Suas reações são inconscientes e involuntárias - s reações escondem uma impossibilidade de verdadeiros envolvimentos emocionais, o que se manifestará com o tempo. - Apesar de ser um tipo aparentemente fácil de estabelecer relações sociais, tem, no entanto, grandes dificuldades com elas. 4. Tipo obsessivo - tem necessidade de que tudo esteja explicado nos seus detalhes - minucioso, ordeiro, parcimonioso, prolixo - o médico pode ser sugestivo, mas tem de ser persuasivo - O obsessivo é muito sensível a qualquer tipo de erro. Uma pequena imperfeição na grafia do seu nome ou no receituário pode ser motivo de grandes mágoas. Do mesmo modo, são intensamente observadores e muito sensíveis às mudanças, que normalmente interpretam como dirigidas a eles - avesso à expressividade emocional, ele é um racionalista; afeito à persuasão, é pouco sugestionável; muito contido, falta- lhe o brilho necessário à sedução - esses pacientes não expressam as suas reações, mas vivem-nas secretamente, às vezes com grandes ressentimentos 5. Tipo depressivo - pessimista, não só com relação ao que está acontecendo, mas ao que pode vir a acontecer. - tudo está ou estará inevitavelmente mau, mesmo que este não seja o julgamento das demais pessoas. - retraído do mundo externo - Não está" interessado em qualquer coisa que não seja ele mesmo e por isso o médico terá dificuldades em conseguir que ele fale de coisas que não a sua doença. E mesmo dela falará de forma monocórdica e monótona. - paciente com· grande carga de agressividade contida - Ele acusa o médico pelos seus fracassos e reclama como se ele fosse o responsável pelos seus infortúnios, não crê nem valoriza qualquer esforço do profissional - Uma reação comum do médico é o enfado, que aparece às vezes como irritação, sonolência e desinteresse e que pode levá- lo a uma atitude de rejeição. Com tais pacientes é preciso tratar a depressão para que eles passem a ter mais participação nas entrevistas. 6. Tipo hipertímico - é tomado por um quase permanente sentimento de bem-estar e por uma constante euforia - Tudo lhe parece fácil e tende a ver desse modo mesmo as situações mais complicadas, como as enfermidades - muito loquaz - certas hipertimias, sobretudo aquelas que são incongruentes, caricatas ou exageradas, habitualmente encobrem uma depressão que pode vir à tona em determinadas situações - É preciso não se deixar enganar pela aparente facilidade do paciente para lidar com situações difíceis, inclusive com as enfermidades. - estado de ânimo desses pacientes pode oscilar entre a hipo e a hipertimia e por isso o médico deve estar preparado para assistir grandes mudanças em suas queixas de uma entrevista para outra. - Uma hora tudo pode estar bem e na outra tudo pode estar mal dependendo das flutuações emoções emocionais 7. Tipo esquizóide - Apresenta-se como desligado do ambiente - Nada lhe impressiona - parecem desinteressados da doença ou do tratamento - são descuidados com a própria saúde Camila Rizzo – XXV 2P - reação comum nos médicos é achá-los desinteressantes e, reativamente, sentirem-se pouco motivados para tratá-los e deles se desligarem.
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