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Ilana Maria Maia S. |5° Período, Medicina. Disciplina: SOI V Preceptor(a): Ana Rachel Oliveira de Andrade. Aluno (a): Ilana Maria Maia Santos. 5º Período, Medicina. TIC´S SEMANA 05 Quando está indicado a internação de paciente psiquiátrico? Parnaíba-PI 14/03/2022 Ilana Maria Maia S. |5° Período, Medicina. A internação psiquiátrica é uma forma de tratar pacientes que apresentam algum tipo de transtorno mental e/ou dependência química com a finalidade de tirá-los da crise em que se encontram e no momento em que podem colocar a sua vida em risco ou a de outras pessoas. Indicação . Está reservada a casos nos quais o indivíduo perdeu sua capacidade de autodeterminação, ou a capacidade de se autogerir. Há situações em que a perturbação mental coloca o indivíduo de tal forma alterado, que passa a representar uma ameaça a si próprio ou então para a sociedade. Nesse sentido, nos moldes da Lei Nº 10.216, de 06 de abril de 2001, a internação em saúde mental é medida excepcional e só deve ser acionada após o esgotamento dos recursos extra hospitalares.Pertence a um Projeto Terapêutico Singular (PTS) que deve ser elaborado nos territórios onde os sujeitos vivem, não devendo ser, em hipótese alguma, a única ou primeira opção de tratamento aos sujeitos em sofrimento psíquico. A referida Lei também define que as internações em saúde mental somente serão autorizadas mediante laudo médico individual circunstanciado que caracterize seus motivos. É fundamental que esse laudo seja atual e descreva o estado de saúde em que se encontra o sujeito para quem se solicita a vaga de internação, de modo a subsidiar a tomada de decisão do médico regulador. Além do laudo, é necessário apresentar avaliação interdisciplinar descrevendo as medidas terapêuticas de abordagem do caso até o momento, emitida pelo CAPS do município de residência do paciente, quando os municípios contarem com esse serviço. Em municípios que não possuam CAPS, a avaliação interdisciplinar poderá ser emitida por Equipe de Referência de Saúde Mental (ERSM) ou equipe da Atenção Básica de Saúde do município, sempre descrevendo as medidas terapêuticas já adotadas, para tratamento do caso. Modalidades de internação em saúde mental . →Internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário; → Internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do usuário e a pedido de terceiro. Deverá no prazo de setenta e duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da respectiva alta (BRASIL, 2001) → Internação compulsória: aquela determinada pela Justiça. Nesses casos, o juiz competente levará em conta as condições de segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos demais internados e funcionários. Mesmo as internações compulsórias devem ser avaliadas conforme os critérios aqui descritos e precedidas de laudo médico circunstanciado, no sentido de garantir equidade no acesso aos serviços. Ilana Maria Maia S. |5° Período, Medicina. Internação de crianças e adolescentes . Além das demais legislações cabíveis, deve-se considerar o disposto no Estatuto da Criança e do Adolescente, especialmente o disposto no Artigo 12, que estabelece a obrigação aos estabelecimentos de saúde de proporcionar condições para a permanência em tempo integral de um dos pais ou responsável. Quando necessárias, após adequada avaliação e classificação do risco, as internações em saúde mental podem ser solicitadas. Referências: 1-BIONDO, Gabrielle. Reforma psiquiátrica brasileira e a humanização na prática da eletroconvulsoterapia: indicações atuais a partir de uma revisão bibliográfica. 2019. 2-DE ARAÚJO PEREIRA, Alexandre. Diretrizes clínicas para atuação em saúde mental na atenção básica. 3-NARVAEZ, Joana; O’NILL DE ÁVILA PEREIRA, Larissa; CASTAN, Juliana Unis. Psicodiagnóstico na unidade de internação psiquiátrica de um hospital público. Clinical & Biomedical Research, v. 41, n. 2, 2021. 4-RAMMINGER, Tatiana; BRITO, Jussara Cruz de. " Cada CAPS é um CAPS": uma coanálise dos recursos, meios e normas presentes nas atividades dos trabalhadores de saúde mental. Psicologia & Sociedade, v. 23, n. SPE, p. 150-160, 2011.
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