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Estudos disciplinares IX AULA INSTRUCIONAL Instruções: Profa. Angélica Carlini Estudos Disciplinares e Aprendizagem em EaD Os Estudos Disciplinares (ED) são unidades de estudos de caráter obrigatório nos cursos de graduação da Universidade Paulista – UNIP. Tem por objetivo a formação inter e multidisciplinar. Os EDs utilizam a resolução sistemática de exercícios, indutores do desenvolvimento das competências e habilidades para sua área de formação. A avaliação de desempenho dos alunos nos Estudos Disciplinares resultará da combinação do seu aproveitamento nas diferentes atividades. Estudos Disciplinares – Conteúdo ilidades de raciocínio lógico e de leitura e interpretação de textos, imagens, gráficos e tabelas. Para isso, os Estudos Disciplinares são compostos por questões, nas quais o aluno terá oportunidade de exercitar suas habilidades na leitura e solução de questões de múltipla escolha, que utilizam recursos de comunicação de diferentes formas, como charges, tirinhas de humor, gráficos, fotos, textos e outros. Os temas são de formação geral ou formação específica. Formação Geral – Objetivos da Lei – Art. 43 – LDB V. suscitar o desejo permanente de aperfeiçoamento cultural e profissional e possibilitar a correspondente concretização, integrando os conhecimentos que vão sendo adquiridos numa estrutura intelectual sistematizadora do conhecimento de cada geração; VI. estimular o conhecimento dos problemas do mundo presente, em particular os nacionais e regionais, prestar serviços especializados à comunidade e estabelecer com esta uma relação de reciprocidade; Aprendizagem em ED A relação ensino-aprendizagem em EaD precisa da participação e do protagonismo do aluno. Os Estudos Disciplinares são excelente contribuição para essa participação ativa do aluno. Unidade I Estudos Disciplinares Formação Geral Prof. Me. Bruno César Questão 1 – Ciência e sociedade: negacionismo. Leia a charge e o trecho a seguir e avalie as afirmativas. Algo muito estranho está acontecendo no mundo atual. Vivemos melhor do que qualquer outra geração anterior. Pessoas são saudáveis graças às ciências da saúde. Moram em residências robustas, produto da engenharia. Usam eletricidade, domada pelo homem devido ao seu conhecimento de química e física. Paradoxalmente, essas mesmas pessoas ligam seus computadores, tablets e celulares para adquirir e disseminar informações que rejeitam a mesma ciência que é tão presente em suas vidas. Vivemos num mundo em que pessoas usam a ciência para negar a ciência. KOWALTOWSKI, Alicia. Usando a ciência para negar a ciência. 2019. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/ (com adaptações). Acesso em 02 ago. 2021. I. A charge ilustra o paradoxo que se afirma no texto: novas tecnologias, frutos do desenvolvimento científico, são usadas para negar a ciência. II. A charge tem por objetivo contrapor um professor arcaico com as novas tecnologias, que permitem assimilar o conhecimento de forma mais rápida. III. De acordo com o texto, é paradoxal que as pessoas atualmente, com o desenvolvimento científico contemporâneo, ainda fiquem doentes e não tenham moradias robustas. É correto o que se afirma apenas em: A. I. B. II. C. III. D. I e II. E. I e III. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: A comunicação via redes sociais é fruto da evolução tecnológica observada nos últimos anos. Assim, vemos que o personagem com o celular na mão usa “a ciência para negar a ciência”, ou seja, vale-se de uma forma de informação só possibilitada pelo desenvolvimento científico para desacreditar pesquisas que o possibilitam. II – Afirmativa incorreta: A charge mostra a situação absurda de alguém que, sem qualquer fundamento, apenas com uma mensagem do “zap”, tenta desvalidar pesquisas sérias e embasadas da ciência. III – Afirmativa incorreta: O paradoxo refere-se ao fato de as pessoas se valerem de benefícios possibilitados pelo pensamento científico para criticá-lo. Alternativa correta: A Questão 2 – Lirismo: envelhecimento e morte. Leia o poema a seguir. Porta do armário aberta Marina Colasanti Abro a porta do armário como abro um diário, a minha vida ali dependurada meu frusto cotidiano sem segredos intimidade exposta que os botões não defendem nem se veda nos bolsos, espelho mais real que todo espelho entregando à devassa as medidas do corpo. Armário tabernáculo do quarto que abro de manhã como à janela para sagrar o ritual do dia. Sala de Barba Azul coalhada de pingentes longas saias e véus emaranhados sem que sangue goteje. Corpos decapitados ausentes minhas mãos dos murchos braços. Do armário minhas roupas me perseguem como baú de herança ou maldição. Peles minhas pendentes em repouso silenciosas guardiãs dos meus perfumes tessituras de mim mais delicadas que a luz desbota que o tempo gasta que a traça rói ainda assim durarão nos seus cabides muito mais do que eu sobre meus ossos. Nenhuma levarei. Irei despida deixando atrás de mim a porta aberta. COLASSANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. O objetivo do poema é questionar a necessidade de substituição das roupas no guarda-roupa de acordo com os ditames da moda. II. Metaforicamente, o poema tem por objetivo revelar, por meio do armário e de suas roupas penduradas, a perda de um amor. III. A questão central do poema é o ressentimento da mulher pelo fato de que suas roupas estão desbotadas e roídas pelas traças. IV. A poetisa compara o armário a um diário: as roupas penduradas revelam aspectos da sua vida. É correto o que se afirma apenas em: A. I e III. B. II e IV. C. II e III. D. IV. E. II, III e IV. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: As roupas aparecem em sentido conotativo (metafórico); a moda não é o tema do poema. II – Afirmativa incorreta: Não há qualquer referência à perda amorosa; fala-se sobre envelhecimento e proximidade da morte. III – Afirmativa incorreta: O poema não tem como tema as roupas no sentido denotativo, mas, sim, o que elas metaforicamente representam. IV – Afirmativa correta: Nos quatro primeiros versos, isso já fica evidente: “Abro a porta do armário/como abro um diário/a minha vida ali/dependurada”. Alternativa correta: D. Questão 3 – Redes sociais: fake news. Leia o meme e o texto a seguir. Fake news são notícias e informações falsas – ou modificadas – veiculadas na internet com o propósito de manipular pessoas e eventos. Elas também estão ligadas ao sensacionalismo, que visa a chamar a atenção e a obter “likes” para gerar lucro. Segundo pesquisa do Instituto Reuters para o estudo do Jornalismo, as redes sociais são a maior fonte de notícias para os brasileiros. E isso só aumenta, já que o percentual de pessoas que usam as redes sociais como fonte de notícias foi de 47% em 2013 para 72% em 2016. Isso mostra que a repercussão de uma notícia falsa pode atingir inúmeras pessoas em poucos minutos e acarretar prejuízos morais e até mesmo financeiros. Algumas pessoas acreditam que as fake news prejudicam apenas pessoas públicas, mas isso não é uma regra. É o caso de uma mulher em São Paulo que foi espancada até a morte depois de ter sido acusada de sequestrar e matar crianças para fazer magia negra. Os boatos associavam seu nome e sua imagem ao crime; só após sua morte a verdade apareceu. Outra situação envolvendo fake news foi a da vereadora Marielle Franco, que teve seu nome vinculado a mentiras com o intuito de desqualificar sua imagem. Uma das notícias foi a de que ela seria casada com um traficante e eleita por uma das maiores facções criminosas do país, o Comando Vermelho. Contudo, tais informações eram inverídicas. Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. I. O meme, para criticar a propagação de fake news, apoia-se, ironicamente, em uma citaçãofalsa. II. O meme e o texto apresentam discursos antagônicos, pois o primeiro mostra que as notícias falsas podem ser simples brincadeira. III. O texto alerta para a necessidade de se checar a fonte das informações, pois as fake news podem trazer prejuízo à sociedade. É correto o que se afirma apenas em: A. I e II. B. I. C. I e III. D. III. E. II e III. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: Certamente, a citação do meme não é de autoria de Dom Pedro. II – Afirmativa incorreta: Os discursos não são antagônicos. Os dois textos criticam as fake news. III – Afirmativa correta: O texto aponta problemas causados pela divulgação de notícias falsas e mostra formas para se checar a veracidade de informações. Alternativa correta: C. Questão 4 – Economia: descontos e promoções. Na chamada “black friday”, é comum vermos anúncios como o mostrado na figura a seguir. Com base nessa situação, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. I. Se o cliente comprar a segunda unidade de um produto que custe R$ 300,00, pagará o equivalente a R$ 225,00 por unidade. PORQUE II. O cliente terá 50% de desconto no valor total a ser pago. Assinale a alternativa correta. A. As asserções I e II são verdadeiras e a asserção II justifica a asserção I. B. As asserções I e II são verdadeiras e a asserção II não justifica a asserção I. C. A asserção I é verdadeira e a asserção II é falsa. D. A asserção I é falsa e a asserção II é verdadeira. E. As asserções I e II são falsas. Análise das asserções. I – Asserção verdadeira: anúncio promete desconto de 50% na segunda unidade, o que significa que ela custará R$ 150,00. Assim, o total pago pelas duas unidades será R$ 450,00, ou seja, R$ 225,00 por cada uma delas. II – Asserção falsa: Sem o desconto, a pessoa pagaria R$ 600,00 pelas duas unidades. Assim, houve redução de R$ 150,00. Esse valor corresponde a 25% do total. Alternativa correta: C. Questão 5 – Comportamento: uso do celular. Leia o texto. O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas odiamos falar por telefone? Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série de mensagens de WhatsApp Sílvia Lopez – 01/06/2019 Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira que você conhece”. Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu por meio de mensagens de áudio às perguntas que lhe enviamos por e-mail. Essa curiosidade metajornalística não tem importância nem altera a qualidade de suas respostas, só ilustra a variedade e a fluidez de opções com as quais podemos nos comunicar hoje. Recebemos um e-mail? Respondemos com um áudio. Chegou um áudio de WhatsApp? Respondemos com um texto. Recebemos um telefonema? Não respondemos. Esperamos. Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não posso falar, é melhor me escrever”. O paradoxo do grande vício do século XXI é que estamos presos ao celular, mas temos fobia das ligações telefônicas. Voto de silêncio É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias: só na Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger é quase o dobro do uso de ligações por telefone fixo e celular, segundo o Relatório da Sociedade Digital na Espanha de 2018, da Fundação Telefónica. Não só preferimos as mensagens instantâneas aos telefonemas, como também preferimos essas mensagens a interagir com outras pessoas. Ou pelo menos foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir (o cara a cara só tem 86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo atrás, esperávamos com alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca evitávamos com uma rejeição universal – tornouse uma presença intrusiva e incômoda, perturbadora e tirânica, mas por quê? “Uma das razões é que quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga Cristina Pérez. “Por outro lado, também exige de nós uma resposta imediata, ao contrário do que ocorre na comunicação escrita, que nos permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o fato de não poder saber de antemão qual será a duração do telefonema”, acrescenta. Introvertidos e entregues às telas Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo um relatório mundial da Deloitte, consultamos nossas telas mais de 40 vezes ao dia, e uma de cada quatro pessoas faz isso entre 100 e mais de 200 vezes. Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não seja o tempo, e sim a concentração. Será que o ódio de falar por telefone poderia ser sintoma de um problema mais profundo, como um distúrbio de déficit de atenção? “Em princípio não”, responde a psicóloga. Mas “sim, é possível que uma pessoa com déficit de atenção tenha dificuldade para manter uma longa conversa telefônica e até mesmo que às vezes perca o fio da meada e volte sua atenção para outra coisa, assim como lhe ocorreria em uma conversa frente a frente, mas isso não quer dizer que desenvolva um ódio de falar por telefone”. Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. O imediatismo de um telefonema faz com que as pessoas introvertidas não se sintam confortáveis neles. São pessoas que dependem muito da observação e, por telefone, não podem examinar a expressão do interlocutor. Se uma interação social já é incômoda para elas, é muito pior quando não têm essa ajuda visual que utilizam tanto. De fato, esse tipo de personalidade prefere a comunicação escrita à falada”. Como cortar a ligação: Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de todos os telefonemas, embora o identificador do número que está ligando lhes dê certa autoridade. “Quando você recebe uma ligação, é você que decide se é o momento de atendê-la ou de deixá-la para mais tarde”, assinala a psicóloga. “Se você decidir atendê-la e precisar cortá-la, a melhor maneira de fazer isso é de forma assertiva (estabelecendo limites, embora inicialmente isso nos custe um pouco, já que podemos pensar que a outra pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento e paciência), só que você também deve detectar qual é o momento certo para cortar”. O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. Ele muitas vezes quer de nós uma resposta rápida, se for, por exemplo, um telefonema de trabalho. O terror de não ter tempo para pensar o que devemos responder também nos impede de atender o telefone. A psicóloga também tem um truque para esses casos: “Se pedem uma resposta imediata que nesse momento você não pode dar, uma frase muito útil é ‘vou pensar com calma e amanhã conversamos’, já que se não temos certeza quanto a uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o imediatismo nos faz agir impulsivamente e é possível que depois nos arrependamos da resposta dada”. Adeus à dialética? A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais consequências do que apenas evitar as reuniões sociais. “O preço a pagar por nascer nesta geração é, muitas vezes, a falta de habilidade na hora de iniciar ou manter uma conversa, embora essas pessoas possam passar horas e horas no celular, porque estão mais concentradas naquilo que seu dispositivo lhes pode oferecer (o que às vezes será uma conversa com outra pessoa, mas não frente a frente). São gerações nas quais o vício por novas tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas que não valorizem o quanto uma boa conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do uso excessivo do celular afetam também sua personalidade, já que são pessoas com baixa tolerância à frustração e com necessidade de um reforço social contínuo,que ocorre através das curtidas. Em suma, a tecnologia é boa desde que seja usada de forma compatível com a vida cotidiana da pessoa, ou seja, quando não interferir em sua vida social, trabalhista ou pessoal”, destaca a psicóloga. Disponível em: https://bit.ly/3ofW7sF. Acesso em: 06 jul. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém pessoalmente são ações indesejadas pela maioria da população. II. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem diversos formatos de respostas às mensagens do dia a dia. III. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a desvantagem de exigir uma resposta imediata e de interromper o que se está fazendo no momento. É correto o que se afirma em: A. I, II e III. B. III, apenas. C. I e III, apenas. D. II e III, apenas. E. I e II, apenas. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: O texto afirma que, de acordo com a pesquisa, o “cara a cara” tem 86,6% de popularidade. II – Afirmativa incorreta: O paradoxo refere-se ao fato de as pessoas viverem conectadas e com o celular na mão, mas não quererem falar por meio dele. III – Afirmativa correta: Segundo a entrevistada, as pessoas preferem as mensagens porque as ligações interrompem o que se está fazendo. Ela afirma: “uma das razões é que quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos fazendo, ou simplesmente não temos vontade de falar nesse momento”. Alternativa correta: B. Questão 6 – Comportamento: confronto entre opinião e fato. Leia os quadrinhos a seguir. Os quadrinhos apresentados: A. trazem evidencias científicas de que o café causa agitação em quem o consome. B. incentivam a valorização das crenças em detrimento dos fatos. C. apontam o diálogo como solução para a desinformação. D. desvalorizam os saberes populares. E. criticam o predomínio de crenças e opiniões pessoais sobre evidências científicas. Análise das alternativas. A – Alternativa incorreta: Os quadrinhos não apresentam justificativas para o fato de o café gerar agitação em seus consumidores. B – Alternativa incorreta: Os quadrinhos criticam a valorização de crenças e opiniões em detrimento dos fatos. C – Alternativa incorreta: Os quadrinhos mostram uma situação de diálogo entre duas pessoas, mas não relatam um caso de desinformação. D – Alternativa incorreta: Os quadrinhos não fazem referência a saberes populares. E – Alternativa correta: Os quadrinhos criticam a valorização de crenças e opiniões em detrimento dos fatos. Alternativa correta: E. Questão 7 – Sociedade: invisibilidade da pobreza. Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', e leia o texto a seguir. Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação de rua no Brasil (CNN, São Paulo – 01.06.2021) "Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito ver a pessoa em situação de rua. Pra mim, dói muito". Poucas pessoas que não experimentaram o que é dormir sem um teto sobre a cabeça poderiam dar uma resposta como essa. O músico Wellington Antônio Vanderlei sabe bem o que é isso e, entre suas idas e vindas na rua desde a adolescência, é certeiro quando responde qual o sentimento relegado à população que vive sem ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você é invisível mesmo, né?". Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do poder público. As discussões a respeito do adiamento do censo populacional que seria realizado neste ano lançaram luz sobre a importância de pesquisas para a formulação de políticas públicas. Políticas essas que reduzem os níveis de desigualdade, combatem a fome, o desemprego, o abandono escolar e tantos outros gargalos sociais. O problema é que quem vive na rua não entra nas estatísticas do Censo. A única vez em que foi realizado um levantamento nacional exclusivamente sobre a população em situação de rua foi em 2008, quando foram registradas informações extremamente relevantes e até inesperadas, como o fato de que 70% dessa população tinha algum tipo de trabalho. Outros dados, nem tão inesperados assim: 67% dessas pessoas eram negras, retrato do racismo e da desigualdade no nosso país. O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua é uma estimativa produzida por Marcos Natalino, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projetou 222 mil pessoas vivendo nas ruas do Brasil até março do ano passado. O cenário, é claro, agravou-se durante a pandemia. "Agora, na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a cidade, menos pessoas circulam pelas ruas. Os únicos que circulam nas ruas são eles. Então, é um jogo. Ora eles são visíveis, ora eles são invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando não incomodam a ordem estabelecida, são invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, que há anos é uma referência no apoio a quem vive nas ruas. Disponível em: https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcastentre-vozes-alerta-para-invisibilidade- de-quem-vive-emsituacao-de-rua. Acesso em: 25 jul. 2021 (com adaptações). Com base na leitura, avalie as afirmativas. I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois o artista enfatiza, com seus traços, a visibilidade de um menino pobre, e a matéria aponta que as pessoas em situação de rua são ora visíveis, ora invisíveis. II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao poder público, e isso implica a criação insuficiente de políticas direcionadas a elas. III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter ascensão social, representada pela escada e pela rampa. IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas que moram na rua porque gerou mais ações de solidariedade. É correto o que se afirma somente em: A. I e II. B. II e IV. C. I e III. D. III e IV. E. II. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: Os discursos não são antagônicos. A pintura revela a invisibilidade do menino pobre, chamando a atenção do receptor para suas condições. II – Afirmativa correta: A falta de visibilidade social dos pobres acarreta falta de ações e de políticas públicas eficientes. III – Afirmativa incorreta: A escada não representa, na pintura, ascensão social. Trata-se de um espaço do cenário urbano ocupado por pessoas em condições de pobreza. IV – Afirmativa incorreta: No texto, afirma-se que a pandemia tornou os moradores de rua mais visíveis porque as ruas ficaram mais vazias. Alternativa correta: E. Questionário unidade I PERGUNTA 1 • Em 29.01.2019, o Jornal O Globo publicou matéria sobre os poemas de Carlos Drummond de Andrade, hoje, considerados proféticos, frente às tragédias resultantes do rompimento das barragens de rejeitos de mineração em Mariana e em Brumadinho, ambas cidades mineiras. Conforme a matéria, Lira itabirana (transcrito a seguir), o poema de Drummond que mais tem circulado nas redes sociais depois da tragédia de Brumadinho, foi divulgado, inicialmente, em um pequeno jornal mineiro, em 1984, em Itabira, cidade natal do poeta: I O Rio? É doce. A Vale? Amarga. Ai, antes fosse Mais leve a carga. II Entre estatais E multinacionais, Quantos ais! III A dívida interna. A dívida externa. A dívida eterna. IV Quantas toneladas exportamos De ferro? Quantas lágrimas disfarçamos Sem berro? • Disponível em: https://oglobo.globo.com/cultura/livros/brumadinho-conheca-historia- por-tras-de-poema-em-que-drummond-critica-vale-23410546 Acesso em: 29 jan. 2019. Com base na leitura, avalie as afirmativas: I. Em Lira itabirana, Drummond ressalta o contraste entre a água doce dos rios e o sabor amargo conferidoa esse recurso natural pelo ferro extraído pela empresa Vale do Rio Doce; II. Em Lira itabirana, Drummond concorda que a exportação do ferro, embora provoque danos à natureza, paga as dívidas interna e externa do país; https://oglobo.globo.com/cultura/livros/brumadinho-conheca-historia-por-tras-de-poema-em-que-drummond-critica-vale-23410546 https://oglobo.globo.com/cultura/livros/brumadinho-conheca-historia-por-tras-de-poema-em-que-drummond-critica-vale-23410546 III. Lira itabirana trata da relação do poeta com o problema da destruição da natureza, provocada pela atividade de mineração. Assinale a alternativa correta: a. Apenas a afirmativa III é correta. b. Apenas a afirmativa II é correta. c. Apenas a afirmativa I é correta. d. Todas as afirmativas são corretas. e. Nenhuma afirmativa é correta. Resposta: A Comentário: I. Afirmativa incorreta. Em Lira itabirana, Drummond critica o impacto da extração de minérios na natureza. Assim, o adjetivo “amarga” refere-se à atuação da Vale na região; II. Afirmativa incorreta. Em Lira itabirana, Drummond afirma que a dívida é “eterna”, a despeito das exportações de minérios; III. Afirmativa correta. Lira itabirana apresenta a visão do poeta a respeito do problema da exploração de minérios, que impacta, negativamente, a natureza e provoca a tristeza. PERGUNTA 2 • O gráfico a seguir apresenta as toneladas por ano da importação de óleo diesel dos Estados Unidos e a taxa que isso representa sobre o total importado pelo Brasil: Importação de diesel dos EUA, em toneladas por ano, e a sua fração sobre o total importado pelo Brasil. **Dados de 2017, estimados a partir dos dados de janeiro a outubro (MDIC). Adaptado de: http://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo- geral/item/1125-editorial-politica-de-precos-de-temer-e-parente-e- america-first Acesso em: 07 nov. 2018. Considerando as informações apresentadas no gráfico, avalie as afirmativas a seguir: I. De 2015 a 2017, a quantidade de óleo diesel norte-americano importado aumentou cerca de 40%, atingindo 80% do total importado pelo Brasil; II. Segundo o gráfico, entre 2010 e 2013, as importações de óleo diesel dos Estados Unidos atingiram o maior número em termos absolutos, em 2013, com a cifra aproximada de 3.000.000 toneladas; III. O gráfico mostra o crescimento contínuo da importação de diesel dos Estados Unidos, no período de 2010 a 2017. É correto o que se afirma, apenas, em: a. I. b. II. c. III. d. I e II. e. II e III. PERGUNTA 3 • Leia o texto a seguir: — Mas o que é a língua? Para nós, ela não se confunde com a linguagem; é, somente, uma parte determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício dessa faculdade nos indivíduos. Tomada em seu todo, a linguagem é multiforme e heteróclita; o cavaleiro de diferentes domínios, ao mesmo tempo http://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/1125-editorial-politica-de-precos-de-temer-e-parente-e-america-first http://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/1125-editorial-politica-de-precos-de-temer-e-parente-e-america-first http://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/1125-editorial-politica-de-precos-de-temer-e-parente-e-america-first física, fisiológica e psíquica, ela pertence, além disso, ao domínio individual e ao domínio social; não se deixa classificar em nenhuma categoria de fatos humanos, pois não se sabe como inferir a sua unidade. A língua, ao contrário, é um todo por si e um princípio de classificação. Desde que lhe demos o primeiro lugar entre os fatos da linguagem, introduzimos uma ordem natural em um conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação. A esse princípio de classificação, poder-se-ia objetar que o exercício da linguagem repousa em uma faculdade que nos é dada pela natureza, ao passo que a língua constitui algo adquirido e convencional, que deveria subordinar-se ao instinto natural, em vez de adiantar-se a ele. Fonte: SAUSSURE, F. Curso de Linguística Geral. São Paulo: Cultrix, 2006. Com base na leitura, analise as afirmativas: I. De acordo com o texto, a língua não é uma linguagem, pois é um fenômeno social e convencional; II. Segundo o autor, a língua, com as suas dimensões físicas, fisiológicas e psíquicas, é subordinada a um instinto natural; essas características não permitem que a língua seja classificada como um fato social; III. Para o autor, a língua, entendida como um sistema estruturado e convencional, ocupa o primeiro lugar entre os fatos de linguagem. Assinale a alternativa correta: a. Nenhuma afirmativa é correta. b. Apenas a afirmativa III é correta. c. Apenas as afirmativas I e III são corretas. d. Apenas a afirmativa II é correta. e. Todas as afirmativas são corretas. Resposta: B Comentário: I. Afirmativa incorreta. De acordo com o texto, a língua é uma parte determinada e essencial da linguagem; II. Afirmativa incorreta. Segundo o autor, a língua constitui algo adquirido e convencional e pertence ao domínio social; III. Afirmativa correta. Para o autor, a língua é, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de linguagem e um conjunto de convenções necessárias; ela ocupa um lugar de destaque entre os fatos de linguagem. PERGUNTA 4 • Leia a charge a seguir: Disponível em: http://inclusaodigital82013.blogspot.com.br/2013/ Acesso em: 15 jul. 2018. Com base na leitura, assinale a alternativa correta: a. A charge mostra como o acesso às novas tecnologias é importante e muda as condições de vida dos cidadãos. b. A charge tem por objetivo criticar a inclusão digital, pois algumas pessoas não têm preparo suficiente para usar as novas tecnologias. http://inclusaodigital82013.blogspot.com.br/2013/ c. A charge propõe a reflexão sobre a prioridade das necessidades na definição das políticas públicas. d. A charge visa a enaltecer as políticas governamentais de inclusão digital, pois elas atingem até as comunidades do sertão. e. A charge denuncia o consumismo, que faz as famílias pobres adquirirem bens desnecessários. Resposta: C Comentário: A – Alternativa incorreta. Os personagens não tiveram as suas condições de vida melhoradas com a entrega do computador. O balde virtual na tela não resolveu, obviamente, o problema de falta de água. B – Alternativa incorreta. A crítica não se dirige ao despreparo das pessoas em relação ao uso de tecnologias, mas ao não atendimento de necessidades básicas. C – Alternativa correta. A charge mostra que o governo priorizou a inclusão digital em um local que não dispõe de água. Dessa forma, trata- se de uma crítica ao que é priorizado pelas políticas públicas. D – Alternativa incorreta. A charge é crítica e não enaltecedora. O texto mostra a inutilidade de certas ações. E – Alternativa incorreta. A crítica refere-se à ação governamental e não ao comportamento das famílias pobres. Além disso, a charge não mostra atitude de consumo dessas famílias. PERGUNTA 5 • Considere o gráfico a seguir, que mostra a distribuição dos brasileiros maiores de 25 anos, de acordo com os anos de estudo em 2007 e em 2015: Disponível em: https://bit.ly/342rosp Acesso em: 10 out. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas: I. Os dados do gráfico mostram que não houve uma variação no número de pessoas maiores de 25 anos com 8 a 10 anos de estudos, no período de 2007 a 2015; II. De acordo com os dados, observa-se uma tendência de aumento nos anos de estudo das pessoas maiores de 25 anos, no período de 2007 a2015; III. Pelos dados, infere-se que, pouco mais de 10% da população brasileira, havia concluído o Ensino Superior, em 2015. a. I, II e III. b. I e II, apenas. c. II e III, apenas. d. I e III, apenas. e. II, apenas. Resposta: C Comentário: I. Afirmativa incorreta. O gráfico apresenta taxas, ou seja, números relativos, e não absolutos. Assim, não se pode afirmar que o número de pessoas maiores de 25 anos com 8 a 10 anos de estudos permaneceu constante no período. Pode-se inferir que ele tenha aumentado, pois a https://bit.ly/342rosp população brasileira, em 2015, era maior do que a de 2007 e os índices são, aproximadamente, os mesmos nesses anos; II. Afirmativa correta. Pelos dados, observa-se que, no período, diminuíram as taxas de pessoas com menos de 8 anos de estudo e aumentaram as taxas de pessoas com mais de 11 anos de estudo; III. Afirmativa correta. No gráfico, observa-se que, em 2015, havia cerca de 12% dos maiores de 25 anos com mais de 15 anos de estudo. Deve-se considerar que o Ensino Básico (Fundamental e Médio) exige 12 anos para ser completado. No Superior, existem cursos com duração de 2 a 6 anos. PERGUNTA 6 • Leia os quadrinhos de Laerte e um trecho do artigo de Elder Pereira: • Preconceito contra nordestinos mostra um Brasil que não é cordial • Elder Pereira • Apesar de existir o senso comum de que o nosso país é cordial, a verdade é que não é. O xenofobismo contra os nordestinos, nos últimos tempos, tem tomado conta da mídia de uma forma tão relevante e criminosa que, hoje, os xenofóbicos não fazem a menor questão de esconder os seus preconceitos. A xenofobia é um medo incontrolável do desconhecido. Ela pode ser caracterizada como um preconceito ou como um transtorno psiquiátrico. Depende muito do contexto em que ela estiver sendo utilizada. No caso de nós, nordestinos, é uma forma de preconceito e racismo. Não é tão difícil encontrar brasileiros que entendam que os habitantes do Nordeste são uma sub-raça ou, em última análise, um povo miserável sob todos os aspectos, inclusive, desinformado. Aversão e discriminação às pessoas de outras raças, culturas, crenças e grupos é crime. O xenofóbico se julga diferente e, a partir disso, desenvolve o preconceito contra quem a sua mente doentia achar que deve. Afinal, quem não tem um parente ou amigo nordestino? Adaptado de: https://bit.ly/3gmYZ2t Acesso em: 18 out. 2018. Com base na leitura, analise as afirmativas a seguir: I. Nos quadrinhos, a xenofobia é reforçada, pois o personagem nordestino deseja expropriar as riquezas das cidades para as quais migra; II. De acordo com o autor do artigo, a xenofobia é um transtorno psiquiátrico, que só atinge as mentes doentias de quem não têm amigos ou parentes nordestinos; III. Os quadrinhos reconhecem o valor do trabalho dos migrantes nas grandes metrópoles, mostrando que, sem ele, a cidade perde o seu concreto; IV. Os quadrinhos, ao apresentar a linguagem típica do Nordeste, pregam o preconceito, ao contrário do artigo, que critica qualquer discriminação. É correto o que se afirma, somente, em: a. I e IV. b. II e III. c. I, II e IV. d. II, III e IV e. III. Resposta: E Comentário: I. Afirmativa incorreta. Os quadrinhos apresentam uma crítica ao preconceito e à xenofobia, e mostram o nordestino como um construtor da metrópole; II. Afirmativa incorreta. O autor afirma que a xenofobia é, sempre, um transtorno psiquiátrico. Tampouco atribui a sua existência, somente, às mentes doentias que não têm parentes ou amigos nordestinos; III. Afirmativa correta. Os quadrinhos valorizam o trabalho do migrante, mostrando que, sem ele, a cidade perde a “sustança”; IV. Afirmativa incorreta. A linguagem regional é usada para caracterizar o https://bit.ly/3gmYZ2t nordestino, e valorizar a sua cultura e seu trabalho. Assim, os quadrinhos não pregam o preconceito. PERGUNTA 7 • Observe o anúncio a seguir: Disponível em: https://bit.ly/34uF6nL Acesso em: 23 out. 2017. Observação: a parte inferior do mapa é verde e a parte superior do mapa é preta. Podemos afirmar que a figura: a. Apresenta uma associação entre o desmatamento e o consumo de toalhas de papel na América do Sul. b. Enaltece as políticas de produção de petróleo na América do Sul. c. Faz uma crítica ao alto custo de produção de papel na América do Sul. d. Mostra que o desmatamento na América do Sul vem https://bit.ly/34uF6nL avançando, independentemente, do uso de árvores como a matéria-prima para a produção de celulose. e. Realiza uma campanha pelo fim da produção de papel na América do Sul. Resposta: A Comentário: A – Alternativa correta. Observa-se, nas figuras, que, à medida que o papel é puxado, a área verde do continente é reduzida. B – Alternativa incorreta. Não há qualquer referência à produção de petróleo no texto. C – Alternativa incorreta. As imagens não fazem referência ao preço de nenhum produto. Elas mostram a relação entre o consumo de papel e o desmatamento. D – Alternativa incorreta. As imagens enfatizam que o consumo de papel é uma das causas do desmatamento. E – Alternativa incorreta. As imagens não propõem o fim do consumo de papel, mas o seu uso consciente. PERGUNTA 8 • Leia o texto a seguir: Quando você vai à escola, o que aprende? Estudo do Banco Mundial revela que as falhas nos sistemas de ensino estão aprofundando as desigualdades e propõe medidas para melhorá-los As sensações de fracasso e impotência acompanham milhões de estudantes de países em desenvolvimento que não sabem ler, escrever ou fazer uma operação de aritmética, mesmo após vários anos de escolarização. Além de nascerem em desvantagem devido à pobreza, ao gênero ou a uma deficiência, eles chegam à idade adulta sem as aptidões mais básicas para a vida. Alguns dados do mais recente Relatório de Desenvolvimento Global (WDR, 2018, na sigla em inglês), do Banco Mundial, revelam as disparidades que existem entre os estudantes ricos e pobres. A seguir, estão algumas das principais conclusões: • A Base de Dados Mundial sobre a Qualidade da Educação, atualizada recentemente, sugere que, nos países de renda média e de renda baixa, mais de 60% das crianças avaliadas não conseguiram alcançar habilidades mínimas em matemática e leitura. Já nos ricos, quase todas as crianças ultrapassaram esse nível; • As estatísticas não levam em conta 260 milhões de crianças que, por motivos de conflito, discriminação, deficiência e outros obstáculos, não estão matriculadas nos Ensinos Fundamental ou Médio. Segundo o documento, a crise global de aprendizagem não, apenas, impede esses jovens de terem salários maiores [...], mas, também, aprofunda as diferenças entre os ricos e pobres. É possível reverter essa tendência? Segundo o WDR (2018), sim, mas é preciso um trabalho extenso para melhorar todos os fatores ligados à aprendizagem. Adaptado de: https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/25/internacional/150888660 7_063266.html?rel=str_articulo Acesso em: 08 nov. 2017. https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/25/internacional/1508886607_063266.html?rel=str_articulo https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/25/internacional/1508886607_063266.html?rel=str_articulo Com base na leitura, analise as afirmativas a seguir: I. O gráfico mostra que, nos países da América Latina e no Caribe, os alunos de renda alta apresentam um percentual de acertos acima de 70% nas avaliações de leitura; II. O texto aponta que há um analfabetismo funcional de estudantes com vários anos de escolarização; III. Segundo o texto, a diferença na qualidade de educação entre os pobres e os ricos aprofunda a desigualdade social; IV. De acordo com o gráfico, das regiões elencadas, a África Subsaariana apresenta o maiorpercentual de alunos que não alcançaram bom desempenho nas avaliações de Matemática e de leitura. É correto o que se afirma, somente, em: a. I e III. b. II, III e IV. c. I, II e III. d. II e III. e. I, II e IV. Resposta: B Comentário: I. Afirmativa incorreta. O gráfico mostra que, na América Latina e no Caribe, 70,4% dos alunos apresentaram bom desempenho na avaliação de leitura, mas não informa a quantidade de acertos na prova; II. Afirmativa correta. O texto afirma que há muitos estudantes que não sabem ler e escrever bem ou realizar as operações matemáticas mesmo com vários anos de escolarização; III. Afirmativa correta. O texto afirma que a diferença na qualidade da educação implica na diferença salarial, e amplia a distância entre os ricos e os pobres; IV. Afirmativa correta. De acordo com os dados do gráfico, apenas, 14,4% dos estudantes da África Subsaariana tiveram bom desempenho na avaliação de Matemática, e 6,9% dos alunos apresentaram bons resultados na avaliação de leitura. PERGUNTA 9 • Leia o texto e analise as afirmativas a seguir: E se os líderes mundiais fossem refugiados? Este artista responde. Vivendo na Bélgica, desde 2011, artista sírio transforma a raiva em arte em uma série na qual desbanca Trump, Merkel e Putin de suas posições de poder A mais grave crise de refugiados, desde a Segunda Guerra Mundial, parece longe do fim. Atualmente, há ao menos 65 milhões de pessoas deslocadas de seus lares, das quais 21,3 milhões vivem em situação de refúgio. A Síria é um dos países que registram o maior fluxo de refugiados. Palco de uma guerra civil que assola as suas cidades há seis anos e de uma luta incessante contra o estabelecimento do grupo terrorista Estado Islâmico, a Síria é o país de origem de 4,9 milhões dessas pessoas. Uma delas é o artista sírio Abdalla Al Omari . Nascido na capital, Damasco, em 1986, deixou o país, em 2011, em razão da violência. Agora, vive em Bruxelas, na Bélgica, com o status de refugiado. Seu trabalho mais recente tem uma proposta ousada: mostrar ao mundo como seria a vida dos atuais líderes globais, se refugiados fossem. Na série de pinturas, pertinentemente intitulada como A Série da Vulnerabilidade (The Vulnerability Series) , o artista retrata nomes, como: o president estadunidense Donald Trump , a premier alemã Angela Merkel , o presidente russo Vladimir Putin e o sírio Bashar Al-Assad . https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/refugiados/ https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/siria/ http://www.abdallaomari.com/ https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/donald-trump/ https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/angela-merkel/ https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/vladimir-putin/ https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/bashar-al-assad/ Adaptado de: https://bit.ly/34rih42Acesso em: 08 jan. 2018. I. O objetivo dos quadros é evidenciar a sensibilidade e a empatia dos líderes políticos, que sabem se colocar no lugar dos imigrantes e adotam medidas que visam a beneficiar os refugiados; II. Os quadros, ao retratarem os líderes mundiais em situações de vulnerabilidade, têm a intenção de denunciar as precárias condições às quais são submetidos os refugiados e mostrar que qualquer pessoa poderia estar nessa situação; III. Ao atribuir aos políticos a vulnerabilidade, o artista mostra que somos todos iguais, e os detentores do poder não devem ser responsabilizados pela crise que atinge os refugiados. Assinale a alternativa correta: a. Nenhuma afirmativa é correta. b. Apenas a afirmativa I é correta. c. Apenas a afirmativa III é correta. https://bit.ly/34rih42Acesso d. Apenas a afirmativa II é correta e. Apenas as afirmativas II e III são corretas. Resposta: D Comentário: I. Afirmativa incorreta. Os quadros não evidenciam a sensibilidade e a empatia dos políticos. O fato de colocá-los nas mesmas condições de refugiados comuns constitui uma crítica à falta de atuações governamentais que solucionem ou amenizem esse problema; II. Afirmativa correta. A obra expõe os poderosos na mesma situação de vulnerabilidade dos refugiados, mostrando que todos poderiam ser atingidos por esse sofrimento. III. Afirmativa incorreta. O artista não defende a não responsabilidade dos políticos. Ao contrário, ao retratá-los no lugar de refugiados, ele prega a empatia que os governos deveriam ter em relação aos que saíram de suas terras. PERGUNTA 10 • Leia o anúncio a seguir: De acordo com as informações dadas, analise as afirmativas a seguir: I. O desconto percentual dado ao “Cliente mais”, no quilo da banana, é maior do que o dado no quilo da manga; II. Quanto mais manga o “Cliente mais” compra, mais desconto percentual ele recebe; III. Para receber cerca de R$ 2,00 de desconto, o “Cliente mais” precisa comprar cerca de 4 kg de banana. É correto o que se afirma em: a. I, apenas. b. II, apenas. c. III, apenas. d. II e III, apenas. e. I, II e III. Resposta: C Comentário: I. Afirmativa incorreta. Podemos calcular o desconto percentual dado ao “Cliente mais” no quilo da banana, do modo indicado a seguir: • Fazemos a diferença entre o valor normal do quilo da banana (R$ 5,39) e o valor do quilo da banana para o “Cliente mais” (R$ 4,85); • Dividimos o valor dessa diferença (R$ 5,39 - R$ 4,85 = R$ 0,54) pelo valor normal do quilo da banana (R$ 5,39); • Multiplicamos o valor dessa divisão por 100%, para termos o resultado em percentual. Esse procedimento pode ser visto nos cálculos a seguir: Unidade II Estudos Disciplinares Formação Geral Prof. Me. Bruno César Questão 08 – Assunto/tema. Cultura e arte: registros fotográficos, situações do cotidiano e realidade. Leia a charge e a crônica a seguir. A Foto Luís Fernando Veríssimo Foi numa festa de família, dessas de fim de ano. Já que o bisavô estava morre não morre, decidiram tirar uma fotografia de toda a família reunida, talvez pela última vez. A bisa e o bisa sentados, filhos, filhas, noras, genros e netos em volta, bisnetos na frente, esparramados pelo chão. Castelo, o dono da câmera, comandou a pose, depois tirou o olho do visor e ofereceu a câmera a quem ia tirar a fotografia. Mas quem ia tirar a fotografia? — Tira você mesmo, ué. — Ah, é? E eu não saio na foto? O Castelo era o genro mais velho. O primeiro genro. O que sustentava os velhos. Tinha que estar na fotografia. — Tiro eu — disse o marido da Bitinha. — Você fica aqui — comandou a Bitinha. Havia certa resistência ao marido da Bitinha na família. A Bitinha, orgulhosa, insistia para que o marido reagisse. “Não deixa eles te humilharem, Mário Cesar”, dizia sempre. O Mário Cesar ficou firme onde estava, do lado da mulher. A própria Bitinha fez a sugestão maldosa: — Acho que quem deve tirar é o Dudu… O Dudu era o filho mais novo de Andradina, uma das noras, casada com o Luiz Olavo. Havia a suspeita, nunca claramente anunciada, de que não fosse o filho do Luiz Olavo. O Dudu se prontificou a tirar a fotografia, mas Andradina segurou o filho. — Só faltava essa, o Dudu não sair. E agora? — Pô, Castelo. Você disse que essa câmera só faltava falar. E não tem nem timer! O Castelo impávido. Tinham ciúmes dele. Porque ele tinha um Santana do ano. Porque comprara a câmera num duty free da Europa. Aliás, o apelido dele entre os outros era “Dutifri”, mas ele não sabia. — Revezamento — sugeriu alguém — Cada genro bate uma foto em que ele não aparece, e… A ideia foi sepultada em protestos. Tinha que ser toda a família reunida em volta da bisa. Foi quando o próprio bisa se ergueu, caminhou decididamente até o Castelo e arrancou a câmera da sua mão. — Dá aqui. — Mas seu Domício… — Vai pra lá e fica quieto. — Papai, o senhor tem que sair na foto. Senão não tem sentido! — Eu fico implícito — disse o velho, jácom o olho no visor. E antes que houvesse mais protestos, acionou a câmera, tirou a foto e foi dormir. VERISSIMO, L. F. Comédias para se Ler na Escola. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. A charge e o texto têm em comum a ideia de que uma fotografia é um relato objetivo e fidedigno da realidade. II. A charge e o texto mostram que as inovações tecnológicas melhoram a vida das pessoas, uma vez que, na crônica, a falta de dispositivos avançados impediu o registro da família toda. III. A charge e o texto mostram a foto como um registro que tem como objetivo expor situações positivas do cotidiano, visando ao olhar de aprovação dos outros nas redes sociais. A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Apenas as afirmativas II e III são corretas. C. Apenas as afirmativas I e II são corretas. D. Apenas a afirmativa II é correta. E. Apenas a afirmativa III é correta. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: Na charge, uma mulher tira uma foto dela mesma com um carrinho de supermercado cheio de produtos, mas, na realidade, ela compra apenas o conteúdo de uma sacola. No texto, o bisavô sugere que ele próprio tire uma foto e que apareça “implicitamente”. Logo, a charge e o texto remetem à ideia de que uma foto pode não ser um relato objetivo e fidedigno da realidade. II – Afirmativa incorreta: Na charge e no texto, não há qualquer referência a melhorias proporcionadas por inovações tecnológicas. III – Afirmativa incorreta: O texto sequer menciona os usos de redes sociais. Alternativa correta: A. Questão 09 – Sociedade: civilização e progresso. Leia a charge a seguir. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. A charge ilustra a evolução histórica da civilização e sugere que a humanidade caminha em direção ao progresso. II. A charge relaciona positivamente o desenvolvimento tecnológico e o bem-estar dos cidadãos. III. A charge indica que o caminho para o progresso exige perseverança e só é possível no ambiente urbano. Assinale a alternativa certa. A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Apenas a afirmativa I é correta. C. Apenas a afirmativa II é correta. D. Apenas a afirmativa III é correta. E. Apenas as afirmativas I e II são corretas. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: A charge é irônica e não ilustra a evolução da civilização. Uma evidência disso é que o caminho para o progresso está congestionado. II – Afirmativa incorreta: A charge não retrata uma situação de bem-estar dos cidadãos. III – Afirmativa incorreta: A charge contesta a ideia de progresso atrelada ao desenvolvimento urbano e tecnológico. Alternativa correta: A. Questão 10 – Sociedade: desigualdades de gênero. Leia o texto e os quadrinhos a seguir. O papel da mulher mudou radicalmente nas sociedades mais desenvolvidas durante as últimas quatro décadas. Mas ainda há muito a fazer. E o apoio dos homens é fundamental para conseguir a tão esperada igualdade. A palavra “empoderar” aplica-se perfeitamente à mulher do século XXI. Ela, que se adapta a qualquer papel na sociedade, mudou nos últimos 40 anos, em parte devido à sua progressiva incorporação ao mercado de trabalho. Desde então, a incessante luta pela igualdade salarial e para ocupar posições de poder empresarial e institucional, bem como a conciliação trabalhista e as medidas de ação afirmativa configuraram um papel feminino mais ativo. Mesmo assim, as estatísticas mostram que isso não é suficiente. Nenhum país alcançou a igualdade de gênero. E mesmo os mais igualitários oferecem menos oportunidades para as mulheres. Um dado significativo: 44% dos europeus continuam pensando que o papel mais importante da mulher é cuidar da casa e da família. Essa é a opinião de 44% das mulheres e de 43% dos homens. A mesma porcentagem afirma que a função mais importante do homem é ganhar dinheiro. Elas continuam ganhando muito menos. Portanto, esses dados revelam que ambos os gêneros têm um longo caminho pela frente até alcançar a verdadeira igualdade. Com base na leitura, analise as afirmativas. I. De acordo com o texto, mais de 40% de mulheres e homens europeus mantêm arraigados valores tradicionais da sociedade, pois consideram que o trabalho doméstico é função feminina. II. Os quadrinhos têm o objetivo de mostrar que homens e mulheres exercem as mesmas funções hoje em dia, contrariando o que afirma o texto. III. As desigualdades de gênero ocorrem apenas em países subdesenvolvidos, como no Brasil, em que até o idioma é pobre para expressar a condição feminina, como evidenciam os quadrinhos. IV. O objetivo dos quadrinhos é apontar que o uso da linguagem é ideológico e reflete as desigualdades presentes na sociedade. Assinale a alternativa certa. A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Apenas a afirmativa I é correta. C. Apenas as afirmativas I e IV são corretas. D. Apenas as afirmativas III e IV são corretas. E. Apenas as afirmativas I e II são corretas. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: O texto afirma que “44% dos europeus continuam pensando que o papel mais importante da mulher é cuidar da casa e da família”. II – Afirmativa incorreta: Os quadrinhos mostram como a linguagem reflete a ideologia da sociedade patriarcal. III – Afirmativa incorreta: O texto afirma que nenhum país alcançou a igualdade de gênero. IV – Afirmativa correta: Os quadrinhos mostram que a forma de expressão linguística revela como a sociedade enxerga o homem e a mulher com determinadas características ou funções. Alternativa correta: C. Questão 11 – Saúde: vida moderna e obesidade. Leia o texto e a charge a seguir. Reclama pro bispo Dráuzio Varella Os brasileiros não param de engordar. Estão acima do peso 51% dos adultos (eram 43%, em 2006). São classificados como obesos 17% (eram 11%, em 2006). O futuro não parece promissor: 1/3 das crianças de 5 a 9 anos têm excesso de peso. Assim, empataremos com os norte-americanos. Lá, 3 em cada 4 adultos carregam sobrepeso. Mais de 30% da população cai na faixa da obesidade. Teoricamente, o problema da obesidade pode ser resumido numa equação singela: quem ingere mais calorias do que gasta, ganha peso; quem faz o oposto, emagrece. Seria ridículo negar que a agitação e as comodidades da vida moderna, a publicidade, a disponibilidade e o baixo custo de alimentos altamente calóricos conspiram a favor da disseminação da epidemia, mas jogar em fatores ambientais a culpa pela gordura que você acumulou no abdômen não vai ajudá-lo a evitar as complicações da obesidade (...) O corpo humano é uma máquina construída para o movimento. Se você precisa ou faz questão de passar o dia sentado, a liberdade à mesa fica comprometida. Se no seu dia não sobra um minuto para fazer exercício, você está vivendo errado, está deixando de levar em consideração seu bem mais precioso: o corpo. Enquanto não dá um jeito nessa vida miserável, aumente a atividade física no local em que estiver: suba escada, fale ao telefone dando volta na mesa, alongue os caminhos a pé, abaixe e levante o tempo inteiro, não ande a passos de lesma. No começo, vão achar que você perdeu o juízo, mas o povo se acostuma. Sejamos claros: a medicina não sabe tratar obesidade. Descontados os conselhos dietéticos ou as cirurgias bariátricas indicadas para os casos extremos, quase nada temos a oferecer. Se os médicos não dispõem da pílula mágica, a responsabilidade com o peso e a sobrevivência é individual. É cada um por si e Deus por ninguém, porque gula é um dos pecados capitais. Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. De acordo com o texto, apenas 25% dos adultos norteamericanos não apresentam excesso de peso. II. A crítica da charge direciona-se às informações falsas que circulam na internet e ao efeitoque elas geram nas pessoas. III. De acordo com o texto, a obesidade é provocada tanto por alimentação inadequada quanto por falta de atividade física. IV. O título do texto indica a necessidade de que as instituições educacionais e religiosas adotem medidas para conscientizar as pessoas de que o cuidado com o corpo é importante. V. A charge direciona seu foco para o problema da obesidade infantil, que, de acordo com o texto, já atinge mais de 30% de todas as crianças no Brasil. A. I, II e III. B. I, II e V. C. I e III. D. III, IV e V. E. II e III. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: Três em cada quatro adultos norteamericanos (75%) apresentam sobrepeso. II – Afirmativa incorreta: O foco da charge é a questão do excesso de peso. III – Afirmativa correta: O texto afirma que o excesso de peso está associado ao fato de as pessoas consumirem mais calorias do que gastam no dia a dia. IV – Afirmativa incorreta: O título tem sentido figurado e não remete, de forma alguma, à intervenção de instituições no problema. V – Afirmativa incorreta: O foco da charge não é obesidade infantil e o texto diz que um terço (33%) das crianças brasileiras de 5 a 9 anos estão acima do peso (o que não significa que estejam obesas). Alternativa correta: C. Questão 12 – Sociedade brasileira: política e corrupção. Leia o texto e a charge a seguir. Corrupção no Brasil: das colônias a todas as esferas da política e do mercado O Brasil sofre com a corrupção desde antes de ganhar este nome. Junto com as caravelas, chegou e se desenvolveu também a prática que ajuda a manter o status da elite e as amarras do povo, sempre à mercê dos mais diversos esquemas, em uma herança corruptora passada de geração a geração. Talvez o país nunca tenha a real dimensão dos crimes praticados, que garantiriam manchetes muito mais arrepiantes do que as que costumam escandalizar a sociedade brasileira. E as relações promíscuas não se limitam ao poder público, na esfera privada também é comum. O Jornal do Brasil levanta alguns casos para ilustrar a quincentenária pilhagem do bem público. Apesar de não ser de exclusividade do Brasil, a corrupção teve um desenrolar específico nestas terras. Como a Corte precisava convencer pessoas a trabalharem em um desconhecido Brasil, oferecia privilégios em funções desempenhadas sem vigilância e definição de papéis, para garantir a ocupação das terras e a criação de instituições. Práticas de corrupção passaram a permear diversos níveis do funcionalismo público, passando do governador, dos tabeliães e dos oficiais de justiça para chegar até os cargos mais baixos da Câmara - funcionários que tinham a prática de favorecer ou prejudicar comerciantes, sob pagamento de propina, por exemplo, indicam documentos históricos. Vide também o tráfico de escravos africanos, que era visto sem maiores problemas apesar de denúncias de autoridades internacionais. A corrupção se tornava frequente até nos locais em que a Coroa prestava maior atenção, como no litoral do país, mas em locais menos notados, como Minas Gerais e Goiás, devido à distância e às dificuldades de transporte, as coisas aconteciam de forma ainda pior. A Coroa, inclusive, estimulava que os fidalgos fizessem o que quisessem para mandar e garantir a posse de territórios. A corrupção eleitoral e a relacionada a obras públicas surgiram logo com a proclamação da Independência, em 1822. Visconde de Mauá, por exemplo, que fundou a indústria naval brasileira em 1846, ao construir estaleiros da Companhia Ponta da Areia, em Niterói, recebeu licença para a exploração de cabo submarino e a transferiu a uma companhia inglesa da qual se tornou diretor. Projetos de grande porte para o país recém-liberto do império se tornavam fonte de dinheiro fácil para grupos oligárquicos. Mais à frente, com a proclamação da República em 1889, veio a Política dos Governadores, a influência dos coronéis e o voto de cabresto. Acabava o "voto censitário", que definia renda mínima para qualificar o eleitor, mas vinham outras formas de controlar quem poderia chegar ao poder. Entre 1894 e 1930, o país teve o governo de presidentes civis ligados ao setor agrário, que controlavam as eleições mantendo-se no poder de maneira alternada. O professor e autor de livros didáticos de história Roberto Catelli Jr., no artigo A República do Voto, relata que, como o voto não era obrigatório nem secreto, o coronel oferecia dinheiro, roupas e chapéus para que os eleitores comparecessem às urnas, e os capangas verificavam o preenchimento da cédula. Ao apurar os votos, eleitores eram inventados e atas com resultados eram adulteradas. Havia a Comissão de Verificação de Poderes, para criar argumentos para não empossar candidatos da oposição (degola) e diplomar representantes da oligarquia. Muitos outros casos foram surgindo ao longo do século seguinte, como o caso de corrupção eleitoral que levou Getúlio Vargas ao seu primeiro ciclo de poder e os casos de corrupção e desvio de verbas na construção de Brasília no governo JK. Da ditadura, também não faltam histórias. Disponível em: https://bit.ly/3oeItGj. Acesso em: 14 ago. 2015 (com adaptações). Com base na leitura, analise as afirmativas. I. Segundo a charge, a compra de votos só acontece com indivíduos mais pobres, que não têm bens materiais e cedem ao suborno de políticos. II. O fim do voto censitário no Brasil tornou as eleições um processo igualitário e democrático, sem brechas para irregularidades. III. O texto defende a ideia de que a corrupção sempre esteve presente no setor público do Brasil, mas a participação do setor privado é recente. IV. De acordo com o texto, a histórica imbricação entre o público e o privado no Brasil é a origem dos esquemas de corrupção. É correto o que se afirma apenas em: A. I e IV. B. III e IV. C. II e III. D. IV. E. I e II. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: A charge mostra a tentativa de subornar um cidadão. Não há qualquer referência a que tipo de indivíduo é ou não corruptível. II – Afirmativa incorreta: O texto menciona a presença constante da corrupção eleitoral na história do Brasil. III – Afirmativa incorreta: De acordo com o texto, a corrupção sempre envolveu o setor público e o setor privado na história brasileira. IV – Afirmativa correta: O texto afirma que as relações promíscuas sempre estiveram presentes no setor público e no setor privado do Brasil. Alternativa correta: D. Questão 13 – Desenvolvimento pessoal: impacto da leitura no indivíduo e transformação do modo de ver a realidade. Considere a charge a seguir e assinale a alternativa que melhor a interpreta. A. Hoje em dia, as pessoas não querem ler, gostam apenas de aparelhos eletrônicos. B. Na vida, a pessoa precisa ter luz própria para achar seu caminho. C. A leitura transforma o modo como vemos as coisas. D. O livro impresso é um objeto arcaico, que oferece um modo de leitura pouco atraente. E. As pessoas andam nas trevas até absorverem mensagens de caráter religioso, que iluminam seus caminhos. Análise das alternativas. A – Alternativa incorreta: Na charge, não há qualquer referência ao fato de as pessoas preferirem usar aparelhos eletrônicos a ler. B – Alternativa incorreta: Na charge, não é indicado que o indivíduo necessita de brilho próprio para encontrar seu rumo. C – Alternativa correta: A personagem lê, sofre o impacto da leitura e transforma seu modo de ver a realidade. D – Alternativa incorreta: A charge não sugere que o livro seja algo antiquado. Pelo contrário, ela mostra o caráter transformador da leitura. E – Alternativa incorreta: Na charge, não há qualquer menção a mensagens de teor religioso. Alternativa correta: C. Questão 14 – Educação: relação entre pais e filhos. Leia o texto e a charge a seguir. Para educar um filho – Rubem Alves Erauma sessão de terapia. “Não tenho tempo para educar a minha filha”, ela disse. Um psicanalista ortodoxo tomaria essa deixa como um caminho para a exploração do inconsciente do cliente. Ali estava um fio solto no tecido da ansiedade materna. Era só puxar o fio... Culpa. Ansiedade e culpa nos levariam para o sinistro subterrâneo da alma. Mas eu nunca fui ortodoxo. Sempre caminhei ao contrário na religião, na psicanálise, na universidade, na política, o que tem me valido não poucas complicações. O fato é que eu tenho um lado bruto, igual àquele do Analista de Bagé. Não puxei o fio solto dela. Ofereci-lhe meu próprio fio. “Eu nunca eduquei os meus filhos...”, eu disse. Ela fez uma pausa perplexa. Deve ter pensado: “Mas que psicanalista é esse que não educa seus filhos?”. “Nunca educou seus filhos?”, perguntou. Respondi: “Não, nunca. Eu só vivi com eles”. Essa memória antiga saiu da sua sombra quando uma jornalista, que preparava um artigo dirigido aos pais, me perguntou: “Que conselho o senhor daria aos pais?”. Respondi: “Nenhum. Não dou conselhos. Apenas diria: a infância é muito curta. Muito mais cedo do que se imagina, os filhos crescerão e baterão as asas. Já não nos darão ouvidos. Já não serão nossos. No curto espaço da infância há apenas uma coisa a ser feita: viver com eles, viver gostoso com eles. Sem currículo. A vida é o currículo. Vivendo juntos, pais e filhos aprendem. A coisa mais importante a ser aprendida nada tem a ver com informações. Conheço pessoas bem informadas que são idiotas perfeitos. O que se ensina é o espaço manso e curioso que é criado pela relação lúdica entre pais e filhos”. Ensina-se um mundo! Vi, numa manhã de sábado, num parquinho, uma cena triste: um pai levava o filho pra brincar. Com a mão esquerda empurrava o balanço. Com a mão direita segurava o jornal que estava lendo... Em poucos anos, sua mão esquerda estará vazia. Em compensação, ele terá duas mãos para segurar o jornal. Disponível em: https://bit.ly/3rh3tOI1. Acesso em: 15 dez. 2014. Com base nas leituras, analise as afirmativas. I. O humor da charge concentra-se na contradição entre a afetividade exibida em redes sociais e o convívio real entre pai e filho. II. O autor sugere que os filhos não devem ser educados, pois o tempo é curto e, em poucos anos, eles crescem e não escutam mais os pais. III. O comportamento do pai da charge assemelha-se ao do pai com o filho no parquinho, relatado por Rubem Alves. IV. De acordo com Rubem Alves, a falta de informações faz com que os pais não saibam educar seus filhos. É correto o que se afirma somente em A. I e II. B. II e III. C. I e III. D. III e IV. E. I, II e III. Análise das afirmativas. I – Afirmativa correta: Há contradição na atitude do pai que ocupa o tempo que poderia efetivamente dedicar ao filho para postar fotos e declarações de amor a ele nas redes sociais. II – Afirmativa incorreta: O autor não sugere que os filhos não devem ser educados; ele afirma que a educação acontece naturalmente, com a convivência efetiva e afetiva entre pais e filhos. III – Afirmativa correta: Assim como o personagem da charge, o pai que lê o jornal no parquinho não usa seu tempo livre para efetivamente ficar com o filho. IV– Afirmativa incorreta: De acordo com o autor, existem pessoas bem informadas que não sabem educar os filhos, pois não convivem com eles. Alternativa correta: C. Questão 15 – Meio ambiente e saúde: poluição do ar. Leia a charge e o texto a seguir. Níveis de poluição do ar estão crescendo em muitas das cidades mais pobres do mundo. OPAS/OMS Brasil – Trecho (12 de maio de 2016) Mais de 80% das pessoas vivendo em áreas urbanas que monitoram a poluição do ar estão expostas a níveis de qualidade do ar que excedem os limites da Organização Mundial de Saúde (OMS). Embora todas as regiões do mundo sejam afetadas, populações de baixa renda são as que mais sofrem impacto. De acordo com o último banco de dados sobre a qualidade do ar em áreas urbanas, 98% das cidades em países de baixa e média renda com mais de 100 mil habitantes não atendem às diretrizes de qualidade do ar da OMS. Em países de alta renda, no entanto, esse percentual cai para 56%. Nos dois últimos anos, o banco de dados – que agora abrange 3 mil cidades em 103 países – quase dobrou, com mais cidades medindo os níveis de poluição de ar e reconhecendo os impactos associados à saúde. Enquanto a qualidade do ar em áreas urbanas cai, o risco de acidentes vasculares cerebrais, doenças cardíacas, câncer de pulmão e doenças respiratórias crônicas e agudas (incluindo asma) aumenta para as pessoas que vivem nesses locais. “A poluição do ar é uma das principais causas de doenças e mortes. A notícia de que mais cidades estão intensificando o monitoramento da qualidade do ar é positiva, então quando tomam medidas para melhorá-lo passam a ter um ponto de referência”, afirmou Flavia Bustreo, diretora-geral assistente do programa da OMS sobre Saúde das Crianças, Mulheres e Família. “Quando o ar poluído toma nossas cidades, as populações urbanas mais vulneráveis – mais jovens, mais velhos e mais pobres – são as mais afetadas”. Disponível em: http://www.paho.org/bra/index.php?option=com_content&vi ew=article&id=5096&Itemid=839. Acesso em: 28 jun. 2016 Com base na leitura, analise as afirmativas e assinale a alternativa correta. I. O objetivo da charge é criticar os problemas do sistema de saúde brasileiro, mostrando que ele salva alguns e prejudica outros. II. De acordo com o texto, 80% da população mundial sofre os males provocados pela poluição. III. O texto e a charge abordam os problemas de saúde causados pela poluição do ar nas cidades e propõem o monitoramento do ar como a solução para reverter essa situação. IV. Nos países de alta renda, 56% das pessoas são afetadas pela poluição. Assim: A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Somente as afirmativas II e III são corretas. C. Somente as afirmativas I e IV são corretas. D. Somente as afirmativas II e IV são corretas. E. Somente as afirmativas I e III são corretas. Análise das afirmativas. I – Afirmativa incorreta: A charge enfatiza a poluição causada pela ambulância. Não se trata de uma crítica ao sistema de saúde. II – Afirmativa incorreta: De acordo com texto, 80% das pessoas que vivem em áreas urbanas monitoradas estão expostas à má qualidade do ar. III – Afirmativa incorreta: Na charge e no texto, não há qualquer proposta de solução. Eles apenas apresentam o problema. IV – Afirmativa incorreta: De acordo com o texto, 56% das cidades em países de alta renda não atendem às diretrizes de qualidade do ar da OMS. Alternativa correta: A. Questionário da unidade II PERGUNTA 1 • Leia a charge e o texto a seguir: Fonte: https://www.facebook.com/sociedaderacionalista. Acesso em:15 nov. 2013. Perguntas frequentes sobre o sistema de cotas “1) O que é a lei de cotas? A Lei Nº 12.711/2012, sancionada em agosto deste ano, garante a reserva de 50% das matrículas por curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência. 2) A lei já foi regulamentada? Sim, pelo Decreto Nº 7.824/2012, que define as condições gerais de reservas de vagas, estabelece a sistemática de acompanhamento das reservas de vagas e a regra de transição para as instituições federais de educação superior. Há, também, a Portaria https://www.facebook.com/sociedaderacionalista Normativa nº 18/2012, do Ministério da Educação, que estabelece os conceitos básicos para aplicação da lei, prevê as modalidades das reservasde vagas e as fórmulas para cálculo, fixa as condições para concorrer às vagas reservadas e estabelece a sistemática de preenchimento das vagas reservadas. 3) Como é feita a distribuição das cotas? As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) serão subdivididas — metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio per capita e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado em conta o percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 4) A lei deverá ser aplicada imediatamente? Sim, mas gradualmente. Em 2013 terão de ser reservadas, pelo menos, 12,5% do número de vagas ofertadas atualmente. A implantação das cotas ocorrerá de forma progressiva ao longo dos próximos quatro anos, até chegar à metade da oferta total do ensino público superior federal.” Fonte: http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html. Acesso em: 15 nov. 2013. Com base na leitura, analise as afirmativas: I. O sistema de cotas proposto, de acordo com a charge, baseia-se no sistema de igualdade. II. Segundo a charge, a justiça pressupõe que sejam realizadas ações reparadoras com o intuito de eliminar diferenças de oportunidades. III. O sistema de cotas do MEC propõe que metade das vagas das universidades públicas seja reservada aos negros e indígenas. IV. A charge e o texto não se inter-relacionam porque tratam de temas distintos. Assinale a alternativa certa: a. I, II, III e IV são corretas. b. I e II são corretas. http://portal.mec.gov.br/cotas/perguntas-frequentes.html c. III e IV são corretas. d. I, II e III são corretas. e. II é correta. Resposta: E Comentário: I - Afirmativa incorreta: de acordo com os textos, o sistema de cotas se baseia no sistema de justiça, uma vez que visa a proporcionar oportunidades aos que não tiveram boas condições. II - Afirmativa correta: a charge mostra que são necessárias ações reparadoras para garantir as mesmas oportunidades a todos e para que haja justiça. III - Afirmativa incorreta: a medida se refere às instituições federais e apenas uma parte das vagas reservadas às cotas (50%) é destinada a negros, indígenas e pardos. IV - Afirmativa incorreta: os textos se relacionam, uma vez que o sistema de cotas é uma ação reparadora que visa à justiça social. PERGUNTA 2 • Leia o artigo de Leão Serva e a charge: No Dia do Índio, nada a comemorar, só razões para protestar “Índios brasileiros e apoiadores britânicos fazem protesto diante da Embaixada do Brasil em Londres em 19 de abril, Dia do Índio. Vão dizer que as populações tradicionais não têm nada que comemorar no dia consagrado a elas. E tentarão atrair a atenção de quem compra produtos brasileiros no exterior para o sangue indígena que mancha nossas commodities agropecuárias e minerais. É irônico que, em um regime democrático, protestos desse tipo aconteçam na capital britânica como ocorriam antes, durante a Ditadura Militar, a cada visita de presidente ou representantes do regime. No entanto, chamar a atenção dos países que podem influenciar o Brasil, sempre tão cioso de sua imagem externa, é a única ação que restou diante dos ataques à proteção ambiental e aos direitos indígenas pela atual administração federal com amplo apoio no Congresso. (...) O protesto na sede da representação diplomática brasileira tem o apoio, em Londres, da organização Survival International. Na http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/04/1873144-indios-nao-podem-ficar-parados-no-tempo-diz-novo-chefe-da-funai.shtml http://www1.folha.uol.com.br/colunas/vaivem/ http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1865209-ministro-da-justica-critica-indios-e-diz-que-terra-nao-enche-barriga.shtml http://www1.folha.uol.com.br/poder/2017/03/1865209-ministro-da-justica-critica-indios-e-diz-que-terra-nao-enche-barriga.shtml semana passada, outra entidade, o Observatório do Clima, que reúne cerca de 40 organizações ambientalistas, criticou as medidas do Executivo Federal que apressam a desmontagem dos dispositivos consagrados na Constituição de 1988. Chama atenção para a coincidência entre esses ataques às leis de proteção ambiental no momento em que cresce a desmoralização da elite política do país, sob acusações de corrupção. (...) Entre as medidas tomadas pelo Congresso, exatamente quando crescem as denúncias contra legisladores, estão leis que reduzem as áreas de preservação ambiental: ‘Na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação na Amazônia – em dois dias, 1,1 milhão de hectares’. Os ataques à legislação de proteção dos índios e do ambiente coincidem também com o aumento vertiginoso na devastação das florestas: a devastação cresceu 60% nos últimos dois anos, pondo em risco a meta brasileira de chegar a 2020 com redução de 80% na taxa, lançando dúvidas sobre a seriedade do compromisso do governo brasileiro com o Acordo de Paris.” Fonte: https://bit.ly/34tMHCL. Acesso em: 19 abr. 2017 https://bit.ly/34tMHCL Fonte: https://bit.ly/3ITJV8W. Acesso em: 19 abr. 2017. Com base na leitura, analise as afirmativas: I. O objetivo da charge é mostrar que, apesar de os índios perderem recursos naturais, houve, para eles, a compensação do acesso à tecnologia. II. De acordo com o texto, o protesto em Londres tem por objetivo denunciar ao mundo medidas do governo contra a proteção ambiental e contra os direitos indígenas. III. Os índios brasileiros, como mostra a charge, têm sido submetidos a um processo de aculturação, que lhes traz piores condições de vida. IV. Segundo o texto, o Brasil tem hoje 1,1 milhão de hectares de áreas devastadas. É correto o que se afirma somente em: a. I, II e III. b. II, III e IV. c. II e IV. d. I e III. e. II e III. Resposta: E Comentário: I – Afirmativa incorreta: o objetivo da charge é mostrar a degradação da condição de vida dos indígenas como consequência de alterações na sua https://bit.ly/3ITJV8W cultura e nas suas terras. II – Afirmativa correta: segundo o texto, o protesto “é a única ação que restou diante dos ataques à proteção ambiental e aos direitos indígenas pela atual administração federal com amplo apoio no Congresso”. Logo, o protesto visa a denunciar a perda de direitos indígenas e o descaso da proteção ambiental por parte do governo. III – Afirmativa correta: a charge mostra, no quadro da direita, um índio com roupas de “homem branco”, ostentando marcas, com uma garrafa de bebida alcoólica e tirando uma selfie: situações que não pertenciam ao universo original dos nativos. Note a diferença nas expressões faciais do índio, que expressa alegria no ambiente da floresta e mostra tristeza quando imerso no mundo do “homem branco”. IV – Afirmativa incorreta: segundo o texto, “na última terça-feira (11/4), uma comissão do Congresso Nacional retalhou um conjunto de unidades de conservação na Amazônia e na Mata Atlântica, liberando para grilagem 660 mil hectares de terras públicas que haviam sido ilegalmente ocupadas e vêm sendo desmatadas (...). Na quarta-feira (12/4), em sete minutos, outra comissão especial do Congresso aprovou a Medida Provisória 758, que reduz outros 442 mil hectares de unidades de conservação
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