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Exercicios_orientacoes_desenvolv_habilidades_versao_aluno_2022_1

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1 
 
 
 
Exercícios e orientações para o desenvolvimento 
de habilidades de raciocínio lógico e de leitura e 
interpretação de textos 
 
Material do Aluno 
(PARA USO NO 1º SEMESTRE DE 2022) 
 
 
 
Obra de Manabu Mabe. 
 
Profª. Drª. Christiane Mazur Doi 
Profª. Drª. Fabíola Mariana Aguiar Ribeiro 
Profª. Drª. Tânia Sandroni 
 
 
Nome: 
RA: Turma: 
 
2 
 
APRESENTAÇÃO 
 
As questões apresentadas neste caderno têm como base o respeito aos Direitos Humanos e visam 
ao desenvolvimento da prática reflexiva do estudante por meio do uso do raciocínio lógico, da articulação 
de conhecimentos, da análise de enunciados contextualizados, da avaliação crítica de situações, da 
comparação de possibilidades e da interpretação de dados. 
Nas questões, há comentários a respeito de enunciados, afirmativas, asserções e alternativas que 
ajudam na elucidação dos problemas propostos e no esclarecimento de dúvidas. As explicações presentes 
em cada questão guiam o leitor no sentido de desenvolver as habilidades e as competências requeridas 
pelos exercícios, tais como: 
 ler e interpretar textos de diversos formatos com clareza e coerência; 
 compreender representações simbólicas, pictóricas, tabulares, gráficas e numéricas; 
 formular argumentos consistentes para determinada situação; 
 comparar ideias contidas em dois ou mais textos; 
 diferenciar conceitos; 
 distinguir dados absolutos e dados relativos; 
 realizar cálculos e análises envolvendo percentuais; 
 estabelecer relações de causa e efeito; 
 avaliar consequências e propor soluções para a resolução de problemas. 
Diversos são os assuntos abordados nas questões, como meio ambiente, saúde, educação, 
comunicação, linguagem, cultura, arte, padrões de beleza, ética, confronto entre opinião e fato, 
democracia, sociodiversidade, comportamento, desenvolvimento pessoal, cidadania, violência, economia, 
tecnologia, inclusão digital, processos migratórios, políticas públicas, globalização, industrialização, 
transportes, mobilidade urbana, relações de gênero, relações de trabalho, relações étnico-raciais e 
responsabilidade social. 
Esperamos, assim, que a utilização deste material amplie a compreensão do leitor quanto às 
questões apresentadas em diversos exames de alcance nacional, com destaque para o Enade (Exame 
Nacional de Desempenho do Estudante), que avalia cursos de Ensino Superior do país, e quanto aos 
saberes que cada tipo de exercício demanda do estudante. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
CURRÍCULOS RESUMIDOS DAS AUTORAS 
 
Christiane Mazur Doi 
Doutora em Engenharia Metalúrgica e de Materiais, Mestra em Ciências - Tecnologia Nuclear, 
Engenheira Química e Licenciada em Matemática, com Aperfeiçoamento em Tópicos de Estatística. 
Professora titular da Universidade Paulista. 
 
Fabíola Mariana Aguiar Ribeiro 
Doutora em Astronomia e Bacharela em Física, com Habilitação em Astronomia. Professora titular 
da Universidade Paulista. 
 
Tânia Sandroni 
Doutora em Letras (Teoria Literária e Literatura Comparada), Mestra em Ciências da Comunicação, 
Bacharela em Comunicação Social (Jornalismo) e Licenciada em Letras/Português. Professora titular 
da Universidade Paulista. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
ÍNDICE 
Questão Assunto/tema 
Questão 1 Ciência e sociedade: negacionismo. 
Questão 2 Lirismo: envelhecimento e morte. 
Questão 3 Redes sociais: fake news. 
Questão 4 Sociedade: invisibilidade da pobreza. 
Questão 5 Comportamento: uso do celular. 
Questão 6 Economia: descontos e promoções. 
Questão 7 Comportamento: confronto entre opinião e fato. 
Questão 8 Literatura e sociedade: desastre ambiental. 
Questão 9 Economia: importação de óleo diesel. 
Questão 10 Língua e linguagem: características e diferenças. 
Questão 11 Políticas públicas: inclusão digital. 
Questão 12 Educação: anos de estudo dos brasileiros. 
Questão 13 Sociedade: preconceito contra nordestinos. 
Questão 14 Política internacional: refugiados. 
Questão 15 Meio ambiente: consumo consciente e preservação ambiental. 
Questão 16 Educação: desempenho dos estudantes brasileiros. 
Questão 17 Sociedade: desigualdades de gênero. 
Questão 18 Sociedade e tecnologia: exclusão digital. 
Questão 19 Sociedade: trabalho escravo. 
Questão 20 Sociedade: pós-verdade. 
Questão 21 Sociedade brasileira: mapa da fome. 
Questão 22 Meio ambiente: necessidade de preservação das florestas. 
Questão 23 Sociedade: representatividade. 
Questão 24 
Educação: desempenho dos alunos brasileiros da Educação Básica em exame 
internacional de Matemática. 
Questão 25 Avaliação crítica de situações: modos diferentes de ser ver uma circunstância. 
Questão 26 
Sociedade contemporânea: consciência no consumo e avaliação crítica de 
descontos e comparação de promoções. 
Questão 27 
Cidadania: análise de tabela e avaliação correta de desempenhos em concurso de 
redação. 
Questão 28 
Desenvolvimento pessoal: impacto da leitura no indivíduo e transformação do 
modo de ver a realidade. 
Questão 29 Cidadania: justiça social, igualdade e ações afirmativas. 
5 
 
Questão 30 
Ética, democracia e cidadania: desmatamento e condições de vida da população 
indígena. 
Questão 31 Sociodiversidade e multiculturalismo: inclusão social de pessoas com deficiência. 
Questão 32 
Sociodiversidade e multiculturalismo: relações étnico-raciais e articulação indígena 
e quilombola. 
Questão 33 
Processos migratórios e questão de gênero: números de imigrantes homens e 
mulheres para diversos países e continentes. 
Questão 34 
Responsabilidade social e setor privado: responsabilidade social empresarial e 
diminuição das desigualdades sociais. 
Questão 35 
Políticas públicas: profissionais da área da saúde e realização de procedimentos 
adequados. 
Questão 36 
Sociodiversidade e multiculturalismo: violência, relações étnico-raciais e 
assassinatos de afrodescendentes em relato da ONU. 
Questão 37 
Ciência, tecnologia e sociedade: relações de consumo e descartabilidade na 
sociedade contemporânea. 
Questão 38 
Tecnologias de informação e comunicação: redes sociais e construção da 
autoestima. 
Questão 39 Cultura e arte: registros fotográficos, situações do cotidiano e realidade. 
Questão 40 Meio ambiente: pegada ecológica, biocapacidade e razão entre indicadores. 
Questão 41 
Sociodiversidade e multiculturalismo: violência, relações de gênero e taxa de 
homicídios de mulheres. 
Questão 42 
Transportes: tempo de deslocamento casa-trabalho e políticas públicas 
direcionadas à mobilidade urbana. 
Questão 43 
Sociodiversidade e multiculturalismo: relações de gênero e jornada semanal de 
trabalho. 
Questão 44 
Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): alfabetização midiática e 
informacional e consequências da falta de letramento digital. 
Questão 45 Meio ambiente: desmatamento da Amazônia e suas consequências. 
Questão 46 Sociedade, cultura e arte: manifestações artísticas e formas de expressão popular. 
Questão 47 População: números de habitantes nos estados brasileiros. 
Questão 48 
Sociodiversidade e multiculturalismo: relações de gênero, conquistas das mulheres 
e participação feminina na política. 
Questão 49 Sociedade e relações de trabalho: levantamento da renda familiar no Brasil. 
Questão 50 
Igualdade de gêneros: direito das jovens à educação formal, relações de poder 
entre homens e mulheres e discurso de Malala na ONU. 
Questão 51 
Responsabilidade social: formas de chegada dos usuários aos serviços 
socioassistenciais. 
6 
 
Questão 52 Sociodiversidade e multiculturalismo: intolerância religiosa. 
Questão 53 Meio ambiente: consumo sustentável e descarte de resíduos. 
Questão 54 Formação do Brasil: reflexos da colonização. 
Questão 55 Meio ambiente e saúde: poluição do ar. 
Questão 56 Arte urbana: expressões artísticas e grafite. 
Questão 57 Saúde: alimentação e obesidade. 
Questão 58 Tecnologia: realidade aumentada. 
Questão 59 Preconceito:estereótipos sociais e racismo. 
Questão 60 Condição humana: opressão social e comportamento. 
Questão 61 Sistema socioeconômico: injustiça social. 
Questão 62 Preconceito: herança colonial e racismo. 
Questão 63 Mídia: influência dos meios de comunicação. 
Questão 64 Cidadania: protagonismo social. 
Questão 65 Formas alternativas de energia: energia solar. 
Questão 66 Sociedade contemporânea: mercantilização do indivíduo. 
Questão 67 Violência: inadequação e ineficiência dos presídios brasileiros. 
Questão 68 Comunicação de massas: sensacionalismo. 
Questão 69 Saúde: atividade física. 
Questão 70 Meio ambiente: emissões de gases e efeito estufa. 
Questão 71 Educação: formação do indivíduo. 
Questão 72 Sustentabilidade: energia eólica. 
Questão 73 Violência: repressão policial. 
Questão 74 Meio ambiente: resíduos sólidos. 
Questão 75 Violência: celulares e o registro do cotidiano. 
Questão 76 Preconceito: xenofobia. 
Questão 77 Educação: formas de ensinar. 
Questão 78 Tecnologia: obtenção de água potável. 
Questão 79 Saúde pública: ebola. 
Questão 80 Alimentação: desperdício de alimentos. 
Questão 81 Tecnologia: mundo virtual. 
Questão 82 Educação: sistemas de ensino. 
Questão 83 Questão de gêneros: educação para a igualdade. 
Questão 84 Impostos: carga tributária no Brasil. 
Questão 85 Educação: relação entre pais e filhos. 
Questão 86 Arte: Leonardo da Vinci. 
Questão 87 Sociedade contemporânea: racionalidade técnica e problemas sociais. 
7 
 
Questão 88 Saúde pública: medicina preventiva e desigualdade social. 
Questão 89 Tecnologia: redes sociais e trabalho. 
Questão 90 Sociedade contemporânea: internet, redes sociais e conhecimento. 
Questão 91 Economia: globalização e relações de trabalho. 
Questão 92 Economia: globalização e desigualdades. 
Questão 93 Educação: valorização do professor. 
Questão 94 Sociedade: civilização e progresso. 
Questão 95 Sociedade do controle: internet e redes sociais. 
Questão 96 Sociedade brasileira: política e corrupção. 
Questão 97 Sociedade brasileira: invisibilidade social. 
Questão 98 Educação: ensino e política. 
Questão 99 Movimentos migratórios: xenofobia. 
Questão 100 Direitos humanos: literatura e arte. 
Questão 101 Saúde: vida moderna e obesidade. 
Questão 102 Educação: papel do educador. 
Questão 103 Saúde: mapa com áreas populacionais sem acesso ao saneamento básico. 
Questão 104 Educação: escolaridade, emprego e salário. 
Questão 105 Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC): exclusão digital. 
Questão 106 
Desenvolvimento sustentável: sustentabilidade ambiental, sustentabilidade 
econômica e sustentabilidade sociopolítica. 
Questão 107 Saúde: nova tecnologia aplicada à Medicina (método Odón). 
Questão 108 Industrialização: transformações nos meios rural e urbano. 
Questão 109 Globalização: estágio supremo da internacionalização. 
Questão 110 Cultura e arte: evolução tecnológica e produção/divulgação de obras artísticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Exercícios e orientações para o desenvolvimento de habilidades de 
raciocínio lógico e de leitura e interpretação de textos (material do aluno) 
 
Questão 1. 
Assunto/tema. Ciência e sociedade: negacionismo. 
Leia a charge e o trecho a seguir e avalie as afirmativas. 
 
 
Disponível em <https://www.reddit.com/r/brasil/comments/mk5z37/brasil_2021/>. Acesso em 02 ago.2021. 
 
Algo muito estranho está acontecendo no mundo atual. Vivemos melhor do que qualquer outra geração 
anterior. Pessoas são saudáveis graças às ciências da saúde. Moram em residências robustas, produto 
da engenharia. Usam eletricidade, domada pelo homem devido ao seu conhecimento de química e física. 
Paradoxalmente, essas mesmas pessoas ligam seus computadores, tablets e celulares para adquirir e 
disseminar informações que rejeitam a mesma ciência que é tão presente em suas vidas. Vivemos num 
mundo em que pessoas usam a ciência para negar a ciência. 
KOWALTOWSKI, Alicia. Usando a ciência para negar a ciência. 2019. Disponível em https://www.nexojornal.com.br/ (com adaptações). 
Acesso em 02 ago. 2021. 
 
I. A charge ilustra o paradoxo que se afirma no texto: novas tecnologias, frutos do desenvolvimento 
científico, são usadas para negar a ciência. 
II. A charge tem por objetivo contrapor um professor arcaico com as novas tecnologias, que 
permitem assimilar o conhecimento de forma mais rápida. 
III. De acordo com o texto, é paradoxal que as pessoas atualmente, com o desenvolvimento científico 
contemporâneo, ainda fiquem doentes e não tenham moradias robustas. 
É correto o que se afirma apenas em 
I. II. III. I e II. I e III. 
 
9 
 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar uma charge e um texto temático. 
 Estabelecer relações entre textos. 
 Compreender a crítica aos discursos que circulam na sociedade. 
 
Questão 2. 
Assunto/tema. Lirismo: envelhecimento e morte. 
Leia o poema a seguir. 
Porta do armário aberta 
Marina Colassanti 
 
Abro a porta do armário 
como abro um diário, 
a minha vida ali 
dependurada 
meu frusto cotidiano 
sem segredos 
intimidade exposta 
que os botões não defendem 
nem se veda nos bolsos, 
espelho mais real que todo espelho 
entregando à devassa 
as medidas do corpo. 
Armário 
tabernáculo do quarto 
que abro de manhã 
como à janela 
para sagrar o ritual do dia. 
Sala de Barba Azul 
coalhada de pingentes 
longas saias e véus 
emaranhados sem que sangue goteje. 
Corpos decapitados 
ausentes minhas mãos 
dos murchos braços. 
Do armário minhas roupas 
me perseguem 
como baú de herança ou 
10 
 
maldição. 
Peles minhas pendentes 
em repouso 
silenciosas guardiãs 
dos meus perfumes 
tessituras de mim 
mais delicadas 
que a luz desbota 
que o tempo gasta 
que a traça rói 
ainda assim durarão nos seus cabides 
muito mais do que eu sobre meus ossos. 
Nenhuma levarei. 
Irei despida 
deixando atrás de mim 
a porta aberta. 
COLASSANTI, Marina. Rota de colisão. Rio de Janeiro: Rocco, 1993. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. O objetivo do poema é questionar a necessidade de substituição das roupas no guarda-roupa de 
acordo com os ditames da moda. 
II. Metaforicamente, o poema tem por objetivo revelar, por meio do armário e de suas roupas 
penduradas, a perda de um amor. 
III. A questão central do poema é o ressentimento da mulher pelo fato de que suas roupas estão 
desbotadas e roídas pelas traças. 
IV. A poetisa compara o armário a um diário: as roupas penduradas revelam aspectos da sua vida. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e III. B. II e IV. C. II e III. D. IV. E. II, III e IV. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar um poema. 
 Compreender metáforas. 
 
 
11 
 
Questão 3. 
Assunto/tema. Redes sociais: fake news. 
Leia o meme e o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <https://pt.dopl3r.com/memes/engra%C3%A7ado/as-pessoas-deveriam-antes-de-compartilhar-pesquisar-se-as-frases-
atribuidasa-pessoasfamosas-realmente-pertencem-a-elas-d-pedro/102625/>. Acesso em 21 jul. 2021. 
 
Fake news são notícias e informações falsas — ou modificadas — veiculadas na internet com o propósito 
de manipular pessoas e eventos. Elas também estão ligadas ao sensacionalismo, que visa a chamar a 
atenção e a obter “likes” para gerar lucro. 
Segundo pesquisa do Instituto Reuters para o estudo do Jornalismo, as redes sociais são a maior fonte 
de notícias para os brasileiros. E isso só aumenta, já que o percentual de pessoas que usam as redes 
sociais como fonte de notícias foi de 47% em 2013 para 72% em 2016. 
Isso mostra que a repercussão de uma notícia falsa pode atingir inúmeras pessoas em poucos minutos 
e acarretar prejuízos morais e até mesmo financeiros. 
Algumas pessoas acreditam que as fake news prejudicam apenas pessoas públicas, mas isso não é uma 
regra. É o caso de uma mulherem São Paulo que foi espancada até a morte depois de ter sido acusada 
de sequestrar e matar crianças para fazer magia negra. Os boatos associavam seu nome e sua imagem 
ao crime; só após sua morte a verdade apareceu. 
Outra situação envolvendo fake news foi a da vereadora Marielle Franco, que teve seu nome vinculado 
a mentiras com o intuito de desqualificar sua imagem. Uma das notícias foi a de que ela seria casada 
com um traficante e eleita por uma das maiores facções criminosas do país, o Comando Vermelho. 
Contudo, tais informações eram inverídicas. 
 
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html
http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2014/05/mulher-morta-apos-boato-em-rede-social-e-enterrada-nao-vou-aguentar.html
12 
 
 
Disponível em <https://foconoenem.com/fake-news-redacao-enem/>. Acesso em 20 jan. 2019. 
 
Com base na leitura e nos seus conhecimentos, avalie as afirmativas. 
I. O meme, para criticar a propagação de fake news, apoia-se, ironicamente, em uma citação falsa. 
II. O meme e o texto apresentam discursos antagônicos, pois o primeiro mostra que as notícias 
falsas podem ser simples brincadeira. 
III. O texto alerta para a necessidade de se checar a fonte das informações, pois as fake news podem 
trazer prejuízo à sociedade. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I e II. B. I. C. I e III. D. III. E. II e III. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar um meme, um texto verbal e um infográfico. 
 Relacionar textos. 
 Ter conhecimentos históricos para perceber o humor envolvido em um meme. 
13 
 
Questão 4. 
Assunto/tema. Sociedade: invisibilidade da pobreza. 
Observe a pintura de Kevin Lee, intitulada “A invisibilidade da pobreza'', e leia o texto a seguir. 
 
 
Disponível em <https://www.facebook.com/culturaemdoses/photos/a.714521042296571/1272481773167159/>. Acesso em 25 jul. 2021. 
 
Falta de dados reflete invisibilidade da população em situação de rua no Brasil 
CNN, São Paulo – 01.06.2021 
"Eu até me emociono quando me fazem essa pergunta, porque dói muito ver a pessoa em situação de 
rua. Pra mim, dói muito". Poucas pessoas que não experimentaram o que é dormir sem um teto sobre a 
cabeça poderiam dar uma resposta como essa. O músico Wellington Antônio Vanderlei sabe bem o que 
é isso e, entre suas idas e vindas na rua desde a adolescência, é certeiro quando responde qual o 
sentimento relegado à população que vive sem ter onde morar. "Ah, o sentimento é que você é invisível 
mesmo, né?". 
Invisível aos olhos da sociedade e, muitas vezes, também aos olhos do poder público. As discussões a 
respeito do adiamento do censo populacional que seria realizado neste ano lançaram luz sobre a 
importância de pesquisas para a formulação de políticas públicas. Políticas essas que reduzem os níveis 
de desigualdade, combatem a fome, o desemprego, o abandono escolar e tantos outros gargalos sociais. 
O problema é que quem vive na rua não entra nas estatísticas do Censo. 
A única vez em que foi realizado um levantamento nacional exclusivamente sobre a população em 
situação de rua foi em 2008, quando foram registradas informações extremamente relevantes e até 
inesperadas, como o fato de que 70% dessa população tinha algum tipo de trabalho. Outros dados, nem 
tão inesperados assim: 67% dessas pessoas eram negras, retrato do racismo e da desigualdade no nosso 
país. 
O que o país tem de mais recente sobre a população em situação de rua é uma estimativa produzida por 
Marcos Natalino, pesquisador do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), que projetou 222 mil 
pessoas vivendo nas ruas do Brasil até março do ano passado. O cenário, é claro, agravou-se durante a 
pandemia. 
"Agora, na pandemia, eles são visíveis à medida que, quando fecha a cidade, menos pessoas circulam 
pelas ruas. Os únicos que circulam nas ruas são eles. Então, é um jogo. Ora eles são visíveis, ora eles 
são invisíveis. Quando incomodam, são visíveis. Quando não incomodam a ordem estabelecida, são 
invisíveis", opina o padre Júlio Lancellotti, que há anos é uma referência no apoio a quem vive nas ruas. 
Disponível em <https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/06/01/podcast-entre-vozes-alerta-para-invisibilidade-de-quem-vive-em-situacao-
de-rua>. Acesso em 25 jul. 2021 (com adaptações). 
https://www.cnnbrasil.com.br/tudo-sobre/censo
https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/2021/01/13/especialistas-veem-aumento-de-populacao-de-rua-mas-nao-ha-dados-oficiais
14 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A imagem e o texto jornalístico apresentam discursos antagônicos, pois o artista enfatiza, com 
seus traços, a visibilidade de um menino pobre, e a matéria aponta que as pessoas em situação de rua 
são ora visíveis, ora invisíveis. 
II. Segundo o texto, as pessoas em situação de rua são pouco visíveis ao poder público, e isso implica 
a criação insuficiente de políticas direcionadas a elas. 
III. O objetivo da imagem é mostrar que o menino, mesmo pobre, pode ter ascensão social, 
representada pela escada e pela rampa. 
IV. De acordo com o texto, a pandemia aumentou a visibilidade das pessoas que moram na rua 
porque gerou mais ações de solidariedade. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I e II. 
B. II e IV. 
C. I e III. 
D. III e IV. 
E. II. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar uma imagem e uma reportagem. 
 Compreender a crítica em uma obra de arte. 
 Relacionar textos. 
 
Questão 5. 
Assunto/tema. Comportamento: uso do celular. 
Leia o texto. 
O último paradoxo da vida moderna: por que ficamos presos ao celular, mas odiamos falar 
por telefone? 
Não deixe uma ligação rápida arruinar uma longa e confusa série de mensagens de 
WhatsApp 
Sílvia Lopez – 01/06/2019 
Para iniciar um texto, Hemingway dizia a si mesmo: “Escreva a frase mais verdadeira que você conhece”. 
Neste caso, seria: a psicóloga Cristina Pérez, do Siquia, respondeu por meio de mensagens de áudio às 
perguntas que lhe enviamos por e-mail. Essa curiosidade metajornalística não tem importância nem 
altera a qualidade de suas respostas, só ilustra a variedade e a fluidez de opções com as quais podemos 
http://www.siquia.com/
15 
 
nos comunicar hoje. Recebemos um e-mail? Respondemos com um áudio. Chegou um áudio 
de WhatsApp? Respondemos com um texto. Recebemos um telefonema? Não respondemos. Esperamos. 
Esperamos. E escrevemos: “Você me ligou? Não posso falar, é melhor me escrever”. O paradoxo do 
grande vício do século XXI é que estamos presos ao celular, mas temos fobia das ligações telefônicas. 
Voto de silêncio 
É uma tendência mais presente entre os mais jovens, mas comum em todas as faixas etárias: só na 
Espanha, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp, Telegram e Facebook 
Messenger é quase o dobro do uso de ligações por telefone fixo e celular, segundo o Relatório da 
Sociedade Digital na Espanha de 2018, da Fundação Telefónica. Não só preferimos as mensagens 
instantâneas aos telefonemas, como também preferimos essas mensagens a interagir com outras 
pessoas. Ou pelo menos foi o que 95,1% da população espanhola disse preferir (o cara a cara só tem 
86,6% de popularidade). A ligação telefônica − que, até não muito tempo atrás, esperávamos com 
alegria ou tolerávamos com resignação, mas nunca evitávamos com uma rejeição universal – tornou-se 
uma presença intrusiva e incômoda, perturbadora e tirânica, mas por quê? “Uma das razões é que quando 
recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos fazendo, ou simplesmente não temos 
vontade de falar nesse momento”, explica a psicóloga Cristina Pérez. “Por outro lado, também exige de 
nós uma resposta imediata, ao contrário do que ocorre na comunicação escrita, que nos permite pensar 
bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o fato de não poder saber deantemão qual será a 
duração do telefonema”, acrescenta. 
Introvertidos e entregues às telas 
Perder tempo em um telefonema é uma perspectiva assustadora. No entanto, segundo um relatório 
mundial da Deloitte, consultamos nossas telas mais de 40 vezes ao dia, e uma de cada quatro pessoas 
faz isso entre 100 e mais de 200 vezes. 
Talvez a coisa mais valiosa que nosso interlocutor exija em uma ligação não seja o tempo, e sim a 
concentração. Será que o ódio de falar por telefone poderia ser sintoma de um problema mais profundo, 
como um distúrbio de déficit de atenção? “Em princípio não”, responde a psicóloga. Mas “sim, é possível 
que uma pessoa com déficit de atenção tenha dificuldade para manter uma longa conversa telefônica e 
até mesmo que às vezes perca o fio da meada e volte sua atenção para outra coisa, assim como lhe 
ocorreria em uma conversa frente a frente, mas isso não quer dizer que desenvolva um ódio de falar por 
telefone”. 
Cristina Pérez alerta: “Sim, pode ser sinal de uma personalidade introvertida. O imediatismo de um 
telefonema faz com que as pessoas introvertidas não se sintam confortáveis neles. São pessoas que 
dependem muito da observação e, por telefone, não podem examinar a expressão do interlocutor. Se 
uma interação social já é incômoda para elas, é muito pior quando não têm essa ajuda visual que utilizam 
tanto. De fato, esse tipo de personalidade prefere a comunicação escrita à falada”. 
Como cortar a ligação 
Infelizmente, para esses introvertidos, não há uma fórmula que os libere de todos os telefonemas, 
embora o identificador do número que está ligando lhes dê certa autoridade. “Quando você recebe uma 
ligação, é você que decide se é o momento de atendê-la ou de deixá-la para mais tarde”, assinala a 
psicóloga. “Se você decidir atendê-la e precisar cortá-la, a melhor maneira de fazer isso é de forma 
assertiva (estabelecendo limites, embora inicialmente isso nos custe um pouco, já que podemos pensar 
que a outra pessoa ficará chateada, mas é questão de treinamento e paciência), só que você também 
deve detectar qual é o momento certo para cortar”. 
O problema não é apenas que nosso interlocutor queira falar ad infinitum. Ele muitas vezes quer de nós 
uma resposta rápida, se for, por exemplo, um telefonema de trabalho. O terror de não ter tempo para 
pensar o que devemos responder também nos impede de atender o telefone. A psicóloga também tem 
um truque para esses casos: “Se pedem uma resposta imediata que nesse momento você não pode dar, 
uma frase muito útil é ‘vou pensar com calma e amanhã conversamos’, já que se não temos certeza 
quanto a uma resposta, o melhor é adiá-la, porque o imediatismo nos faz agir impulsivamente e é possível 
que depois nos arrependamos da resposta dada”. 
Adeus à dialética? 
A aversão à conversa da chamada “geração muda” poderia ter mais consequências do que apenas evitar 
as reuniões sociais. “O preço a pagar por nascer nesta geração é, muitas vezes, a falta de habilidade na 
hora de iniciar ou manter uma conversa, embora essas pessoas possam passar horas e horas no celular, 
porque estão mais concentradas naquilo que seu dispositivo lhes pode oferecer (o que às vezes será uma 
conversa com outra pessoa, mas não frente a frente). São gerações nas quais o vício por novas 
16 
 
tecnologias está na ordem do dia, e o problema não é apenas que não valorizem o quanto uma boa 
conversa pode ser enriquecedora. Os efeitos do uso excessivo do celular afetam também sua 
personalidade, já que são pessoas com baixa tolerância à frustração e com necessidade de um reforço 
social contínuo, que ocorre através das curtidas. Em suma, a tecnologia é boa desde que seja usada de 
forma compatível com a vida cotidiana da pessoa, ou seja, quando não interferir em sua vida social, 
trabalhista ou pessoal”, destaca a psicóloga. 
Disponível em 
<https://brasil.elpais.com/brasil/2019/06/01/tecnologia/1559392400_168692.html?utm_source=Facebook&ssm=FB_BR_CM&fbclid=IwAR0tUq
fDyfynJW1aheWqEnGYU1GxGvsGbJmdxD63FnvmY-jCT7CAkjKswWs#Echobox=1625268988>. Acesso em 06 jul. 2021 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. De acordo com a pesquisa, falar ao telefone ou encontrar alguém pessoalmente são ações 
indesejadas pela maioria da população. 
II. O paradoxo apontado no texto refere-se ao fato de as pessoas alternarem diversos formatos de 
respostas às mensagens do dia a dia. 
III. De acordo com a psicóloga, o telefonema apresenta, para muitas pessoas, a desvantagem de 
exigir uma resposta imediata e de interromper o que se está fazendo no momento. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. 
B. III, apenas. 
C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. 
E. I e II, apenas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar um texto jornalístico. 
 Avaliar criticamente uma situação. 
 
Questão 6. 
Assunto/tema. Economia: descontos e promoções. 
Na chamada “black friday”, é comum vermos anúncios como o mostrado na figura a seguir. 
 
17 
 
 
Disponível em <https://blog200porcento.com/50-desconto-na-segunda-unidade-toysrus-5939196>. Acesso em 
27 set. 2021. 
 
Com base nessa situação, avalie as asserções e a relação proposta entre elas. 
I. Se o cliente comprar a segunda unidade de um produto que custe R$300,00, pagará o equivalente a 
R$225,00 por unidade. 
PORQUE 
II. O cliente terá 50% de desconto no valor total a ser pago. 
Assinale a alternativa correta. 
A. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II justifica a asserção I. 
B. As asserções I e II são verdadeiras, e a asserção II não justifica a asserção I. 
C. A asserção I é verdadeira, e a asserção II é falsa. 
D. A asserção I é falsa, e a asserção II é verdadeira. 
E. As asserções I e II são falsas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar um anúncio de desconto. 
 Realizar cálculos matemáticos, com percentuais e valores absolutos. 
 
Questão 7. 
Assunto/tema. Comportamento: confronto entre opinião e fato. 
Leia os quadrinhos a seguir. 
18 
 
 
Disponível em <https://www.umsabadoqualquer.com>. Acesso em 2 dez. 2018 (com adaptações). 
 
Os quadrinhos apresentados 
A. trazem evidências científicas de que o café causa agitação em quem o consome. 
B. incentivam a valorização das crenças em detrimento dos fatos. 
C. apontam o diálogo como solução para a desinformação. 
D. desvalorizam os saberes populares. 
E. criticam o predomínio de crenças e opiniões pessoais sobre evidências científicas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar um texto na forma de quadrinhos. 
 Compreender a crítica relativa à prevalência da opinião sobre os fatos. 
 
Questão 8. 
Assunto/tema. Literatura e sociedade: desastre ambiental. 
Em 29.01.2019, o Jornal O Globo publicou matéria sobre poemas de Carlos Drummond de Andrade, hoje 
considerados proféticos, frente às tragédias resultantes do rompimento das barragens de rejeitos de 
mineração em Mariana e em Brumadinho, ambas cidades mineiras. Conforme a matéria, “Lira itabirana” 
(transcrito a seguir), o poema de Drummond que mais tem circulado nas redes sociais depois da tragédia 
de Brumadinho, foi divulgado inicialmente em um pequeno jornal mineiro em 1984, em Itabira, cidade 
natal do poeta. 
19 
 
I 
O Rio? É doce. 
A Vale? Amarga. 
Ai, antes fosse 
Mais leve a carga. 
II 
Entre estatais 
E multinacionais, 
Quantos ais! 
III 
A dívida interna. 
A dívida externa 
A dívida eterna. 
IV 
Quantas toneladas exportamos 
De ferro? 
Quantas lágrimas disfarçamos 
Sem berro? 
Disponível em <https://oglobo.globo.com/cultura/livros/brumadinho-conheca-historia-por-tras-de-poema-em-que-drummond-critica-vale-
23410546>. Acesso em 29 jan. 2019. 
 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. Em “Lira itabirana”, Drummond ressalta o contraste entre a água doce dos rios eo sabor amargo 
conferido a esse recurso natural pelo ferro extraído pela empresa Vale do Rio Doce. 
II. Em “Lira itabirana”, Drummond concorda que a exportação do ferro, embora provoque danos à 
natureza, paga as dívidas interna e externa do país. 
III. “Lira itabirana” trata da relação do poeta com o problema da destruição da natureza, provocada pela 
atividade de mineração. 
Assinale a alternativa certa. 
A. Apenas a afirmativa III é correta. 
B. Apenas a afirmativa II é correta. 
C. Apenas a afirmativa I é correta. 
D. Todas as afirmativas são corretas. 
E. Nenhuma afirmativa é correta. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar texto com linguagem poética. 
 Relacionar o texto lido a recentes desastres ambientais. 
20 
 
Questão 9. 
Assunto/tema. Economia: importação de óleo diesel. 
O gráfico a seguir apresenta as toneladas por ano da importação de óleo diesel dos Estados Unidos e a 
taxa que isso representa sobre o total importado pelo Brasil. 
 
Importação de diesel dos EUA, em toneladas por ano, e sua fração sobre o total importado pelo Brasil. 
**Dados de 2017 estimados a partir dos dados de janeiro a outubro (MDIC). 
Disponível em <http://www.aepet.org.br/w3/index.php/conteudo-geral/item/1125-editorial-politica-de-precos-de-temer-e-parente-e-america-
first>. Acesso em 07 nov. 2018 (com adaptações). 
 
Considerando as informações apresentadas no gráfico, avalie as afirmativas. 
I. De 2015 a 2017, a quantidade de óleo diesel norte-americano importado aumentou cerca de 40%, 
atingindo 80% do total importado pelo Brasil. 
II. Segundo o gráfico, entre 2010 e 2013, as importações de óleo diesel dos Estados Unidos atingiram 
o maior número em termos absolutos em 2013, com a cifra aproximada de 3.000.000 toneladas. 
III. O gráfico mostra crescimento contínuo da importação de diesel dos Estados Unidos no período de 
2010 a 2017. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I. B. II. C. III. D. I e II. E. II e III. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
21 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar gráficos. 
 Avaliar aumento percentual de importação de toneladas de óleo diesel pelos Estados Unidos. 
 Verificar a ocorrência ou não de crescimento contínuo de importação de óleo diesel pelos Estados 
Unidos. 
 
Questão 10. 
Assunto/tema. Língua e linguagem: características e diferenças. 
Leia o texto a seguir. 
— Mas o que é a língua? Para nós, ela não se confunde com a linguagem; é somente uma parte 
determinada, essencial dela, indubitavelmente. É, ao mesmo tempo, um produto social da faculdade de 
linguagem e um conjunto de convenções necessárias, adotadas pelo corpo social para permitir o exercício 
dessa faculdade nos indivíduos. Tomada em seu todo, a linguagem é multiforme e heteróclita; o cavaleiro 
de diferentes domínios, ao mesmo tempo física, fisiológica e psíquica, ela pertence, além disso, ao 
domínio individual e ao domínio social; não se deixa classificar em nenhuma categoria de fatos humanos, 
pois não se sabe como inferir sua unidade. A língua, ao contrário, é um todo por si e um princípio de 
classificação. Desde que lhe demos o primeiro lugar entre os fatos da linguagem, introduzimos uma 
ordem natural num conjunto que não se presta a nenhuma outra classificação. 
A esse princípio de classificação, poder-se-ia objetar que o exercício da linguagem repousa numa 
faculdade que nos é dada pela Natureza, ao passo que a língua constitui algo adquirido e convencional, 
que deveria subordinar-se ao instinto natural em vez de adiantar-se a ele. 
SAUSSURE, F. Curso de linguística geral. São Paulo: Cultrix, 2006. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, a língua não é uma linguagem, pois é um fenômeno social e convencional. 
II. Segundo o autor, a língua, com suas dimensões físicas, fisiológicas e psíquicas, é subordinada a 
um instinto natural; essas características não permitem que a língua seja classificada como um 
fato social. 
III. Para o autor, a língua, entendida como um sistema estruturado e convencional, ocupa o primeiro 
lugar entre os fatos de linguagem. 
Assinale a alternativa certa. 
A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Apenas a afirmativa III é correta. 
C. Apenas as afirmativas I e III são corretas. D. Apenas a afirmativa II é correta. 
E. Todas as afirmativas são corretas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar texto com linguagem acadêmica. 
 Compreender e distinguir os conceitos de língua e linguagem. 
 
Questão 11. 
Assunto/tema. Políticas públicas: inclusão digital. 
Leia a charge a seguir. 
 
Disponível em <http://inclusaodigital82013.blogspot.com.br/2013/>. Acesso em 15 jul. 2018. 
 
Com base na leitura, assinale a alternativa correta. 
A. A charge mostra como o acesso às novas tecnologias é importante e muda as condições de vida dos 
cidadãos. 
B. A charge tem por objetivo criticar a inclusão digital, pois algumas pessoas não têm preparo suficiente 
para usar as novas tecnologias. 
C. A charge propõe a reflexão sobre a prioridade das necessidades na definição das políticas públicas. 
D. A charge visa a enaltecer as políticas governamentais de inclusão digital, pois elas atingem até 
comunidades do sertão. 
E. A charge denuncia o consumismo, que faz as famílias pobres adquirirem bens desnecessários. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar charge, prestando atenção na complementação entre linguagem verbal e linguagem 
não verbal. 
 Conhecer a realidade brasileira e as desigualdades regionais. 
23 
 
Questão 12. 
Assunto/tema. Educação: anos de estudo dos brasileiros. 
Considere o gráfico a seguir, que mostra a distribuição dos brasileiros maiores de 25 anos de acordo com 
os anos de estudo em 2007 e em 2015. 
 
 
Disponível em <https://brasilemsintese.ibge.gov.br/educacao/anos-de-estudo.html>. Acesso em 10 out. 2018. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. Os dados do gráfico mostram que não houve variação no número de pessoas maiores de 25 anos 
com 8 a 10 anos de estudos no período de 2007 a 2015. 
II. De acordo com os dados, observa-se tendência de aumento nos anos de estudo das pessoas 
maiores de 25 anos no período de 2007 a 2015. 
III. Pelos dados, infere-se que pouco mais de 10% da população brasileira havia concluído o ensino 
superior em 2015. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. B. I e II, apenas. C. II e III, apenas. D. I e III, apenas. E. II, apenas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
24 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar gráficos. 
 Distinguir números absolutos e relativos. 
 Conhecer a estrutura dos cursos e suas durações na realidade brasileira. 
 
Questão 13. 
Assunto/tema. Sociedade: preconceito contra nordestinos. 
Leia os quadrinhos de Laerte e um trecho do artigo de Elder Pereira. 
 
 
 
Preconceito contra nordestinos mostra um Brasil que não é cordial 
Elder Pereira 
Apesar de existir o senso comum de que o nosso país é cordial, a verdade é que não é. O xenofobismo 
contra os nordestinos nos últimos tempos tem tomado conta da mídia de uma forma tão relevante e 
criminosa que hoje os xenofóbicos não fazem a menor questão de esconder seus preconceitos. 
A xenofobia é um medo incontrolável do desconhecido. Ela pode ser caracterizada como um 
preconceito ou como um transtorno psiquiátrico. Depende muito do contexto em que ela estiver sendo 
utilizada. No caso de nós, nordestinos, é uma forma de preconceito e racismo. Não é tão difícil 
encontrar brasileiros que entendam que os habitantes do Nordeste são uma sub-raça ou, em última 
análise, um povo miserável sob todos os aspectos, inclusive desinformado. 
Aversão e discriminação a pessoas de outras raças, culturas, crençase grupos é crime. O xenofóbico 
se julga diferente e a partir disso desenvolve preconceito contra quem sua mente doentia achar que 
deve. Afinal, quem não tem um parente ou amigo nordestino? 
Disponível em <https://consultorelder.jusbrasil.com.br/artigos/231687919/preconceito-contra-nordestinos-mostra-um-brasil-que-nao-e-
cordial>. Acesso em 18 out. 2018 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. Nos quadrinhos, a xenofobia é reforçada, pois o personagem nordestino deseja expropriar as 
riquezas das cidades para as quais migra. 
II. De acordo com o autor do artigo, a xenofobia é um transtorno psiquiátrico, que só atinge as 
mentes doentias de quem não têm amigos ou parentes nordestinos. 
III. Os quadrinhos reconhecem o valor do trabalho dos migrantes nas grandes metrópoles, mostrando 
que, sem ele, a cidade perde o seu concreto. 
IV. Os quadrinhos, ao apresentar a linguagem típica do Nordeste, pregam o preconceito, ao contrário 
do artigo, que critica qualquer discriminação. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I e IV. B. II e III. C. I, II e IV. D. II, III e IV. E. III. 
 
https://consultorelder.jusbrasil.com.br/
25 
 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar quadrinhos e artigo. 
 Relacionar textos sobre preconceito e xenofobia. 
 
Questão 14. 
Assunto/tema. Política internacional: refugiados. 
Leia o texto e analise as afirmativas a seguir. 
E se os líderes mundiais fossem refugiados? Este artista responde 
Vivendo na Bélgica desde 2011, artista sírio transforma a raiva em arte em uma série na 
qual desbanca Trump, Merkel e Putin de suas posições de poder 
A mais grave crise de refugiados desde a Segunda Guerra Mundial parece longe do fim. Atualmente, há 
ao menos 65 milhões de pessoas deslocadas de seus lares, das quais 21,3 milhões vivem em situação 
de refúgio. 
A Síria é um dos países que registram o maior fluxo de refugiados. Palco de uma guerra civil que assola 
suas cidades há seis anos e de uma luta incessante contra o estabelecimento do grupo terrorista Estado 
Islâmico, a Síria é o país de origem de 4,9 milhões dessas pessoas. 
Uma delas é o artista sírio Abdalla Al Omari. Nascido na capital, Damasco, em 1986, deixou o país em 
2011 em razão da violência. Agora, vive em Bruxelas, na Bélgica, com o status de refugiado. Seu trabalho 
mais recente tem uma proposta ousada: mostrar ao mundo como seria a vida dos atuais líderes globais, 
se refugiados fossem. 
Na série de pinturas, pertinentemente intitulada como “A Série da Vulnerabilidade” (The Vulnerability 
Series), o artista retrata nomes como o presidente americano Donald Trump, a premiê alemã Angela 
Merkel, o presidente russo Vladimir Putin e o sírio Bashar Al-Assad. 
 
 
 
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/refugiados/
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/siria/
http://www.abdallaomari.com/
http://www.abdallaomari.com/thevulnerabilityseries/
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/donald-trump/
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/angela-merkel/
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/angela-merkel/
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/vladimir-putin/
https://exame.abril.com.br/noticias-sobre/bashar-al-assad/
26 
 
 
Disponível em <https://exame.abril.com.br/mundo/e-se-os-lideres-mundiais-fossem-refugiados-este-artista-responde/>. Acesso em 08 jan. 
2018 (com adaptações). 
 
I. O objetivo dos quadros é evidenciar a sensibilidade e a empatia dos líderes políticos, que sabem se 
colocar no lugar dos imigrantes e adotam medidas que visam a beneficiar os refugiados. 
II. Os quadros, ao retratarem líderes mundiais em situações de vulnerabilidade, têm a intenção de 
denunciar as precárias condições às quais são submetidos os refugiados e mostrar que qualquer 
pessoa poderia estar nessa situação. 
III. Ao atribuir aos políticos a vulnerabilidade, o artista mostra que somos todos iguais, e os detentores 
do poder não devem ser responsabilizados pela crise que atinge os refugiados. 
Assinale a alternativa certa. 
A. Nenhuma afirmativa é correta. 
B. Apenas a afirmativa I é correta. 
C. Apenas a afirmativa III é correta. 
D. Apenas a afirmativa II é correta. 
E. Apenas as afirmativas II e III são corretas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Interpretar um texto jornalístico informativo. 
 Interpretar mensagem política em obra artística. 
 Conhecer problemas políticos contemporâneos. 
27 
 
Questão 15. 
Assunto/tema: Meio ambiente: consumo consciente e preservação ambiental. 
Observe o anúncio a seguir. 
 
Disponível em <http://commktbra.blogspot.com.br/2009/11/5-propagandas-de-sustentabilidade-para.html>. Acesso em 23 out. 2017. 
Observação. A parte inferior do mapa é verde e a parte superior do mapa é preta. 
 
Podemos afirmar que a figura 
A. apresenta uma associação entre o desmatamento e o consumo de toalhas de papel na América do 
Sul. 
B. enaltece as políticas de produção de petróleo na América do Sul. 
C. faz uma crítica ao alto custo de produção de papel na América do Sul. 
D. mostra que o desmatamento na América do Sul vem avançando independentemente do uso de 
árvores como matéria-prima para a produção de celulose. 
E. realiza campanha pelo fim da produção de papel na América do Sul. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Interpretar um texto com linguagem não verbal. 
 Reconhecer causas de problemas ambientais. 
 
28 
 
Questão 16. 
Assunto/tema. Educação: desempenho dos estudantes brasileiros. 
Leia o texto a seguir. 
Quando você vai à escola, o que aprende? 
Estudo do Banco Mundial revela que as falhas nos sistemas de ensino estão aprofundando 
as desigualdades e propõe medidas para melhorá-los 
As sensações de fracasso e impotência acompanham milhões de estudantes de países em 
desenvolvimento que não sabem ler, escrever ou fazer uma operação de aritmética, mesmo após vários 
anos de escolarização. Além de nascerem em desvantagem devido à pobreza, ao gênero ou a uma 
deficiência, eles chegam à idade adulta sem as aptidões mais básicas para a vida. 
Alguns dados do mais recente Relatório de Desenvolvimento Global (WDR 2018, na sigla em inglês), do 
Banco Mundial, revelam as disparidades que existem entre estudantes ricos e pobres. A seguir, estão 
algumas das principais conclusões. 
 A Base de Dados Mundial sobre Qualidade da Educação, atualizada recentemente, sugere que, nos 
países de renda média e de renda baixa, mais de 60% das crianças avaliadas não conseguiram 
alcançar habilidades mínimas em matemática e leitura. Já nos ricos, quase todas as crianças 
ultrapassaram esse nível. 
 As estatísticas não levam em conta 260 milhões de crianças que, por motivos de conflito, 
discriminação, deficiência e outros obstáculos, não estão matriculadas nos ensinos fundamental ou 
médio. 
 
 
 
Segundo o documento, a crise global de aprendizagem não apenas impede esses jovens de terem 
salários maiores (...), mas também aprofunda as diferenças entre ricos e pobres. 
É possível reverter essa tendência? Segundo o WDR 2018, sim, mas é preciso um trabalho extenso para 
melhorar todos os fatores ligados à aprendizagem. 
Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/10/25/internacional/1508886607_063266.html?rel=str_articulo>. Acesso 
em 08 nov. 2017 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
29 
 
I. O gráfico mostra que, nos países da América Latina e no Caribe, os alunos de renda alta apresentam 
percentual de acertos acima de 70% nas avaliações de leitura. 
II. O texto aponta que há analfabetismo funcional de estudantes com vários anos de escolarização. 
III. Segundo o texto, a diferença na qualidade de educação entre pobres e ricos aprofunda a desigualdade 
social. 
IV. De acordo com o gráfico, das regiões elencadas, a África Subsaariana apresenta o maior percentualde alunos que não alcançaram bom desempenho nas avaliações de matemática e de leitura. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I e III. B. II, III e IV. C. I, II e III. D. II e III. E. I, II e IV. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Interpretar um texto jornalístico. 
 Compreender corretamente as informações apresentadas em um gráfico de barras. 
 Estabelecer relações entre qualidade de ensino e diferenças sociais. 
 
Questão 17. 
Assunto/tema. Sociedade: desigualdades de gênero. 
Leia o texto e os quadrinhos a seguir. 
O papel da mulher mudou radicalmente nas sociedades mais desenvolvidas durante as 
últimas quatro décadas. Mas ainda há muito a fazer. E o apoio dos homens é fundamental 
para conseguir a tão esperada igualdade. 
A palavra “empoderar” aplica-se perfeitamente à mulher do século XXI. Ela, que se adapta a qualquer 
papel na sociedade, mudou nos últimos 40 anos, em parte devido à sua progressiva incorporação ao 
mercado de trabalho. Desde então, a incessante luta pela igualdade salarial e para ocupar posições de 
poder empresarial e institucional, bem como a conciliação trabalhista e as medidas de ação afirmativa 
configuraram um papel feminino mais ativo. Mesmo assim, as estatísticas mostram que isso não é 
suficiente. Nenhum país alcançou a igualdade de gênero. E mesmo os mais igualitários oferecem menos 
oportunidades para as mulheres. Um dado significativo: 44% dos europeus continuam pensando que o 
papel mais importante da mulher é cuidar da casa e da família. Essa é a opinião de 44% das mulheres e 
de 43% dos homens. A mesma porcentagem afirma que a função mais importante do homem é ganhar 
dinheiro. Elas continuam ganhando muito menos. Portanto, esses dados revelam que ambos os gêneros 
têm um longo caminho pela frente até alcançar a verdadeira igualdade. 
RAMIREZ, P. El País semanal. Disponível em <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/11/27/eps/1511812441_406375.htm>. Acesso em 08 dez. 
2017 (com adaptações). 
30 
 
 
Disponível em <http://soacomomusica.blogspot.com.br/>. Acesso em 24 jan. 2018. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. De acordo com o texto, mais de 40% de mulheres e homens europeus mantêm arraigados valores 
tradicionais da sociedade, pois consideram que o trabalho doméstico é função feminina. 
II. Os quadrinhos têm o objetivo de mostrar que homens e mulheres exercem as mesmas funções hoje 
em dia, contrariando o que afirma o texto. 
III. As desigualdades de gênero ocorrem apenas em países subdesenvolvidos, como no Brasil, em que 
até o idioma é pobre para expressar a condição feminina, como evidenciam os quadrinhos. 
IV. O objetivo dos quadrinhos é apontar que o uso da linguagem é ideológico e reflete as desigualdades 
presentes na sociedade. 
Assinale a alternativa certa. 
A. Nenhuma afirmativa é correta. B. Apenas a afirmativa I é correta. 
C. Apenas as afirmativas I e IV são corretas. D. Apenas as afirmativas III e IV são corretas. 
E. Apenas as afirmativas I e II são corretas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Interpretar quadrinhos. 
 Interpretar um texto jornalístico. 
 Associar dois textos diferentes que tratam das diferenças de gênero. 
 
Questão 18. 
Assunto/tema. Sociedade e tecnologia: exclusão digital. 
Leia o fragmento de texto e a charge. 
31 
 
Exclusão digital 
Pierre Lévy, filósofo francês, pensador da área de tecnologia e sociedade, afirmou que “toda nova 
tecnologia cria seus excluídos”. Com essa afirmação, ele não está atacando a tecnologia, mas quer 
lembrar que, por exemplo, antes dos telefones, não existiam pessoas sem telefone, do mesmo modo 
que, antes de se inventar a escrita, não existiam analfabetos. 
Com relação ao uso da mídia como via de acesso para aquisição e concretização da cidadania, percebe-
se a existência de algumas iniciativas, no entanto, essas iniciativas ainda são pouco abrangentes quando 
se considera toda a potencialidade que poderia ser explorada nesse sentido. 
Disponível em <https://www.infoescola.com/sociologia/exclusao-digital/>. Acesso em 13 nov. 2017 (com adaptações). 
 
 
Disponível em <http://inclusaodigital82013.blogspot.com.br/2013/>. Acesso em 29 jan. 2018. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. Para Lévy, a tecnologia é ruim para a sociedade, pois sempre cria excluídos, como se vê na charge. 
II. O objetivo da charge é mostrar que a internet e as redes sociais fazem parte do cotidiano de todos 
e são ferramentas importantes para estimular a imaginação. 
III. A charge ilustra o fato de uma parcela da população estar excluída do acesso à tecnologia atual, fato 
também mencionado por Lévy. 
IV. A charge e o texto concluem que a inclusão digital é necessária para a construção da cidadania e que 
a eliminação da exclusão é uma questão de tempo, pois foi assim com outras tecnologias, como o 
telefone e a escrita, por exemplo. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I e III. B. II e IV. C. III. D. II, III e IV. E. I, II e III. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Relacionar texto informativo e charge. 
 Compreender posicionamento de autores sobre exclusão digital. 
 
Questão 19. 
Assunto/tema. Sociedade: trabalho escravo. 
 Leia o trecho do texto de Natalia Suzuki e Thiago Casteli e observe a figura a seguir. 
Trabalho escravo ainda é uma realidade no Brasil 
O trabalho escravo ainda é uma violação de direitos humanos que persiste no Brasil. A sua existência foi 
assumida pelo governo federal perante o país e a Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 1995, 
o que fez com que se tornasse uma das primeiras nações do mundo a reconhecer oficialmente a 
escravidão contemporânea em seu território. Daquele ano até 2016, mais de 50 mil trabalhadores foram 
libertados de situações análogas às de escravidão em atividades econômicas nas zonas rural e urbana. 
Mas o que é trabalho escravo contemporâneo? O trabalho escravo não é somente uma violação 
trabalhista, tampouco se trata daquela escravidão dos períodos colonial e imperial do Brasil. Essa violação 
de direitos humanos não prende mais o indivíduo a correntes, mas compreende outros mecanismos, que 
acometem a dignidade e a liberdade do trabalhador e o mantêm submisso a uma situação extrema de 
exploração. 
Quem é o trabalhador escravo? Em geral, são migrantes que deixaram suas casas em busca de melhores 
condições de vida e de sustento para as suas famílias. Saem de suas cidades atraídos por falsas 
promessas de aliciadores ou migram forçadamente por uma série de motivos, que podem incluir a falta 
de opção econômica, guerras e até perseguições políticas. No Brasil, os trabalhadores provêm de diversos 
estados das regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, mas também podem ser migrantes internacionais 
de países latino-americanos – como a Bolívia, Paraguai e Peru –, africanos, além do Haiti e do Oriente 
Médio. Essas pessoas podem se destinar à região de expansão agrícola ou aos centros urbanos à procura 
de oportunidades de trabalho. 
O trabalho escravo é empregado em atividades econômicas na zona rural, como a pecuária, a produção 
de carvão e os cultivos de cana-de-açúcar, soja e algodão. Nos últimos anos, essa situação também é 
verificada em centros urbanos, principalmente na construção civil e na confecção têxtil. 
No Brasil, 95% das pessoas submetidas ao trabalho escravo rural são homens. Em geral, as atividades 
para as quais esse tipo de mão de obra é utilizado exigem força física, por isso os aliciadores buscam 
principalmente homens e jovens. Os dados oficiais do Programa Seguro-Desemprego de 2003 a 2014 
indicam que, entre os trabalhadores libertados, 72,1% são analfabetos ou não concluíram o quinto ano 
do Ensino Fundamental. 
Disponível em <http://www.cartaeducacao.com.br/aulas/fundamental-2/trabalho-escravo-e-ainda-uma-realidade-no-brasil/>.Acesso em 13 
dez. 2017 (com adaptações). 
 
 
Disponível em <https://www.youtube.com/watch?v=i5rdHZvekXY>. Acesso em 13 dez. 2017. 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. A figura visa a denunciar, por meio dos produtos selecionados, os setores da indústria que mais 
se valem do trabalho escravo. 
http://www.cartaeducacao.com.br/reportagens/programa-escravo-nem-pensar-disponibiliza-material-para-trabalho-em-sala-de-aula/
http://www.cartaeducacao.com.br/agenda/programa-escravo-nem-pensar-faz-formacao-sobre-trabalho-escravo-e-imigracao/
http://www.cartaeducacao.com.br/agenda/programa-escravo-nem-pensar-faz-formacao-sobre-trabalho-escravo-e-imigracao/
http://escravonempensar.org.br/wp-content/uploads/2013/03/livro_escravo_nem_pensar_baixa_final.pdf
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II. Em 2016, segundo o texto, havia 50 mil trabalhadores no Brasil em condições de escravidão. 
III. O texto sugere uma relação entre a falta de instrução e a sujeição a condições que caracterizam 
o trabalho escravo. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I e II. B. II e III. C. I e III. D. II. E. III. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Relacionar texto informativo e cartaz. 
 Compreender dados da realidade brasileira sobre trabalho escravo. 
 
Questão 20. 
Assunto/tema. Sociedade: pós-verdade. 
Leia a charge e o trecho do ensaio a seguir. 
 
Disponível em <http://angloguarulhos.com.br/temas-pos-verdade-e-manipulacao-das-redes-sociais/>. Acesso em 05 fev. 2018. 
Observação. No primeiro quadrinho, vê-se uma caricatura do filósofo René Descartes (1596 - 1650) e a frase 
conhecida como a máxima do seu pensamento. 
 
No campo das pós-verdades; ou quando o verde também é azul 
Eduardo Marks de Marques 
Até meados de novembro de 2016, se alguém me falasse em “pós-verdade”, talvez a minha referência 
mental imediata fosse ao trabalho realizado pelo Ministério da Verdade na Inglaterra (já nem tão) 
distópica criada por George Orwell em seu romance 1984. Esse ministério era responsável por promover 
ações de propaganda para a manutenção do partido no poder e, talvez mais sintomaticamente para os 
tempos em que vivemos, rever e reescrever a história para que ela sempre estivesse alinhada aos 
34 
 
interesses presentes do poder. Para mim, “pós-verdade” era isso: transformar o passado a partir dos 
alinhamentos ideológicos do presente. No entanto, com a nomeação do termo como a palavra do ano 
pelos lexicógrafos do Oxford Dictionaries, me vi obrigado a rever uma série de posições. 
Conforme a definição, “pós-verdade” (...) denota circunstâncias nas quais os fatos objetivos são menos 
importantes em moldar a opinião pública do que apelos emocionais e crenças individuais. Ao ler tal 
definição, fiquei duplamente surpreso; primeiramente, porque ela consegue (...) resumir bem os últimos 
anos, ao menos no Ocidente. Quem frequenta as redes sociais como eu não consegue mais ignorar não 
só a polarização maniqueísta pela qual a sociedade está passando, mas também (e, quiçá, como sua 
causa e consequência ao mesmo tempo) essa tentativa voraz de transformar vivências e opiniões 
pessoais em experiência universal e senso comum. A pós-verdade surge para dar nome a essa prática 
humana assustadora, não para entendê-la e, eventualmente, domesticá-la, mas, sim, para validá-la. A 
pós-verdade é meta-pós-verdade em sua essência. 
Estamos perdendo a habilidade de refletir criticamente sobre a realidade que nos circunda e essa 
tentativa constante de transformar ontologia em epistemologia de forma direta é sua consequência mais 
maligna especialmente porque ela vem acompanhada de um complexo de Deus (...). 
Na língua japonesa, o kanji 青 pode referir-se ao mesmo tempo às cores azul e verde. O contexto faz 
com que saibamos a qual delas o ideograma aponta em determinado momento. A aceitação da polissemia 
faz com que haja harmonia em seu uso. Será que conseguiremos chegar a um estágio em que superemos 
as pós-verdades e consigamos voltar a conviver com dúvidas? 
Disponível em <https://revistacult.uol.com.br/home/no-campo-das-pos-verdades-ou-quando-o-verde-tambem-e-azul/>. Acesso em 08 fev. 
2018 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. A charge valoriza a evolução do pensamento humano e a superação das ideias cartesianas, 
promovidas pelo acesso à informação que temos atualmente. 
II. A charge e o texto indicam que a pós-verdade é marcada pela supressão da razão e da reflexão, 
substituídas pela mera crença. 
III. De acordo com o texto, na era da pós-verdade, opiniões e crenças pessoais tendem a ser divulgadas 
como verdades universais e alimentam o senso comum. 
IV. O autor espera que a pós-verdade seja superada e, assim, as pessoas reaprendam, por meio da 
razão, a separar o azul do verde, eliminando dúvidas e divergências. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I e II. B. I e III. C. II e III. D. III e IV. E. II e IV. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Associar charge e artigo de opinião. 
 Relacionar textos que abordam a pós-verdade. 
 
35 
 
Questão 21. 
Assunto/tema. Sociedade brasileira: mapa da fome. 
Leia a notícia e a charge a seguir. 
Brasil em perigo de voltar a cair no mapa da fome da ONU 
Depois de uma década de bonança, o Brasil volta a sofrer declínio social e econômico, podendo retroceder 
para o chamado mapa da fome das Nações Unidas. 
O Banco Mundial estima que cerca de 28,6 milhões de brasileiros deixaram de viver abaixo do limiar de 
pobreza, fixado nos 140 reais (37,13 euros) mensais. No entanto, desde o início de 2016 e até ao final 
deste ano, a mesma entidade prevê que entre 2,5 milhões a 3,6 milhões de brasileiros tenham voltado 
a cair na pobreza. 
Um desses casos é o de Leticia Miranda, brasileira de 28 anos. Entrevistada pela Associated Press, essa 
mãe de um menino de oito anos recordou a “vida maravilhosa” que chegou a ter e que se tornou uma 
“tristeza” após perder há seis meses o trabalho que tinha de distribuir jornais. 
Leticia ganhava 500 reais (132,6 euros) mensais, o que lhe permitia pagar um pequeno apartamento 
num bairro pobre do Rio de Janeiro. Agora, vive num edifício abandonado ao lado de centenas de outras 
pessoas nas mesmas condições de pobreza. “Eu tinha trabalho. Uma vizinha aqui era uma boa amiga 
onde trabalhava. Ela foi despedida e eu também logo a seguir. Ela sabia que eu pagava aluguel onde 
vivia e já não podia pagar. Ela me disse para vir para cá”, contou. 
Leticia Miranda quer deixar o local onde encontrou um teto sem pagar aluguel, mas também sem vidros 
nas janelas, mas não tem para onde ir. “Tenho enviado candidaturas para trabalhos, fiz duas entrevistas, 
mas até agora não consegui nada”, lamenta. 
Professor na faculdade de economia Ibmec, no Rio de Janeiro, Daniel Sousa alerta para o corte dos 
apoios sociais em curso. “Quando se colocam recursos nas mãos de pessoas com um rendimento tão 
baixo acaba-se por conseguir um impacto multiplicador na criação de emprego e dinamização da 
economia em regiões do interior e da periferia (…). Mas sem dúvida, cortando-os, acabamos por ter um 
impacto recessivo ainda maior em regiões com uma fragilidade social mais aguda”, afirmou. 
O corte dos apoios resulta das políticas do governo federal e deverá agravar-se no próximo ano. O 
economista Francisco Menezes, coordenador do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas 
(Ibase) e consultor da Action Aid Brasil, contou ao Estadão ter analisado a proposta de orçamento do 
governo para 2018 e agravou as preocupações. “Muitos cortes previstos têm um impacto direto no 
agravamento da situação de pobreza. Como exemplo, citaria a redução de 92 por cento das verbas do 
programa de cisternas no semiárido e de 99 por cento dos recursos voltados para a aquisição de 
alimentos da agricultura familiar para distribuição em áreas carentes. Medidas como essas levam-nos à 
situação de fome”, sublinha. 
O Brasildeixou de figurar em 2014 no mapa da fome da ONU, quando se constatou que menos de 5% 
da população estavam em situação de vulnerabilidade extrema. Mas um relatório assinado por 40 ONGs 
e entregue em julho à ONU alerta para o aumento da fome no Brasil como consequência do agravamento 
do desemprego, do avanço da pobreza, do corte de beneficiários do programa Bolsa Família e do 
congelamento de investimento público. Tudo conjugado, com 14 milhões de desempregados atualmente, 
e o Brasil poderá voltar a cair muito em breve no mapa da fome da ONU. 
Disponível em <http://pt.euronews.com/2017/10/24/brasil-em-perigo-de-voltar-a-cair-no-mapa-da-fome-da-onu>. Acesso em 25 out. 2017 
(com adaptações). 
 
 
Disponível em <http://wilmarx.blogspot.com.br/2008/02/>. Acesso em 25 out. 2017. 
 
36 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. O desemprego e os cortes em projetos sociais são apontados como fatores que geram o aumento da 
fome no Brasil. 
II. Os discursos da charge e do texto são antagônicos, pois a figura mostra que há preocupação dos 
governantes em combater o problema da fome no Brasil. 
III. O cenário de mais brasileiros em situação de miséria é atribuído, no texto, à bonança dos últimos 
anos. 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. B. I e II, apenas. C. I e III, apenas. 
D. II e III, apenas. E. I, apenas. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Associar charge e texto informativo. 
 Ter noções de realidade política, econômica e social do Brasil. 
 
Questão 22. 
Assunto/tema. Meio ambiente: necessidade de preservação das florestas. 
Analise o anúncio divulgado pela WWF, ONG dedicada à conservação da natureza, há alguns anos. 
 
 
Texto traduzido: “Antes que seja tarde demais”. 
Disponível em <https://br.pinterest.com/pin/218072806928416329/>. Acesso em 29 ago. 2017. 
Com base na leitura, avalie as afirmativas. 
I. A imagem remete aos pulmões humanos e procura conscientizar o leitor de que o fumo pode 
trazer várias doenças respiratórias. 
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II. O anúncio vale-se da metáfora bastante usada de que florestas são o pulmão do mundo. A floresta 
amazônica, por exemplo, é conhecida por esse título. 
III. A parte verbal do anúncio chama a atenção para a urgência de medidas de proteção ambiental. 
IV. O anúncio tem por objetivo mostrar que, apesar do desmatamento, a maior parte das florestas 
está preservada, pois só uma parte de um pulmão está afetada. 
V. O anúncio avisa ao leitor que o processo de desmatamento é irreversível. 
É correto o que se afirma apenas em 
A. I, II e III. B. II e III. C. II, III, IV e V. D. IV e V. E. I, II, III e IV. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar texto na forma de anúncio divulgado pela ONG WWF. 
 Analisar a metáfora presente na composição de uma imagem. 
 Associar corretamente afirmativas à mensagem de anúncio divulgado pela ONG WWF. 
 
Questão 23. 
Assunto/tema. Sociedade: representatividade. 
Leia os quadrinhos de Junião e o texto de Fabiana Pinto. 
 
 
Disponível em <http://donaisaura.com.br/tag/black-friday/>. Acesso em 29 nov. 2017. 
 
Infância e representatividade negra 
“Se como sou não é mostrado, é porque isso só pode ser ruim, né, tia?” 
Certa vez, ouvi isso de uma criança, uma criança de 9 ou 10 anos, negra, em um colégio municipal da 
Baixada Fluminense, próximo a uma comunidade daqui, enquanto conversávamos sobre desenhos e 
novelas. Tenho um enorme fascínio por crianças, afinal elas parecem ter a fórmula para descomplicar e 
conseguir discutir o que nós, jovens e adultos, perdemos horas e horas analisando. Aquilo que eu vejo 
não é aquilo que eu sou e, se ninguém quer me mostrar, o que sou só pode ser ruim. Essa talvez seja a 
conclusão a que eu, ou você ou qualquer criança negra algum dia chegou mesmo de forma inconsciente 
38 
 
ao ligar a TV e deparar com desenhos, novelas, séries em que a única cor mostrada é a branca. A super-
heroína é branca, a mulher que manda em todo mundo é branca, a boneca que me vendem é branca, 
todas as coisas boas que me mostram estão em um papel de cor branca. Caramba! Eu devo ser ruim! 
Eu quero ser branca igual àquela moça da TV também! 
Minha geração cresceu com esses pensamentos enraizados, somos uma geração de crianças que apenas 
depois de muito tempo aprenderam a construir sua própria identidade, só após muito sofrimento 
aprenderam a não querer mudar a si mesmas. Ainda que eu abra meu Facebook e veja notícias como a 
de Matias, o menino de 4 anos, cuja mãe, Jaciana, tive a felicidade de conhecer e sei que é uma jovem 
historiadora, militante, negra e consciente… Durante entrevistas, ela contou que levou o filho a lojas de 
brinquedos e prometeu lhe comprar um presente, com a condição de que o menino encontrasse um 
brinquedo parecido com ele. Felizmente, esse exercício de procura teve um final feliz, resultou na linda 
imagem que todos vimos. Mas nem sempre é assim, há alguns meses talvez essa criança saísse sem 
nada nas mãos. Em um relato, Jaciana ainda disse: “Eu não esperava que houvesse essa repercussão, 
quando postei aquela imagem… Deveria ser apenas a foto de uma criança com um brinquedo”. 
Mas, ao contrário do que a trupe dos “Não sou racista… eu não vejo cor” costuma dizer, criança tem cor 
e brinquedos também e todos enxergamos isso. E talvez a maioria das pessoas não saiba, mas quando 
o que vemos não parece conosco, isso dói. Dói de um jeito que faz com que desejemos não ser nós 
mesmos, desejamos ser diferentes. A verdade é que não quero ser o moleque de rua, o escravo, o 
bandido, a empregada, a babá, a mulher que samba nua. Não quero. Eu quero ser a empresária, aquela 
moça que dá ordens, a advogada que resolve o caso, o cara que dirige o carro legal (o que é o dono do 
carro, não o motorista). 
Algumas pessoas consideram esse pensamento exagerado por não compreenderem o poder da mídia 
sobre nós. Quando você escolhe prestar vestibular para medicina, quando opta por aquele celular novo, 
quando decide vestir a sua camiseta azul, nenhuma dessas escolhas veio só de você, tudo o que você é 
ou aspira a ser é moldado por uma sociedade desde seu nascimento. Mas alguns moldes não cabem a 
todos. Geralmente, os moldes “bons” não cabem em crianças negras e pobres. E então, elas acabam se 
moldando no que dá ou no que são ensinadas a aceitar. 
Disponível em <http://www.revistacapitolina.com.br/infancia-representatividade-negra/>. Acesso em 29 nov. 2017 (com adaptações). 
 
Com base na leitura, analise as afirmativas. 
I. O texto e os quadrinhos apontam que a questão da representatividade negra tem ganhado evidência 
na sociedade. 
II. De acordo com o texto, a mídia impõe padrões, por isso as crianças, como o garoto Matias, têm 
desejado bonecos negros. 
III. O objetivo dos quadrinhos é criticar a Black Friday e apontar o preconceito embutido no uso do 
adjetivo “black”. 
IV. Segundo o texto, crianças negras têm necessidade de se sentirem representadas como heróis e 
heroínas, e essa representação é importante para a construção da identidade delas. 
É correto o que se afirma somente em 
A. I e II. B. I e IV. C. I, II e III. D. II e III. E. I, II e IV. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Associar artigo e quadrinhos. 
 Ter noções das desigualdades raciais no Brasil. 
 
Questão 24. 
Assunto/tema. Educação: desempenho dos alunos brasileiros da Educação Básica em 
exame internacional de Matemática. 
O Pisa, exame internacional desenvolvido e aplicado pela Organização para a Cooperação Econômica e 
Desenvolvimento (OCDE), avalia o letramento dos estudantes na faixa dos 15 anos nas áreas de 
Matemática, Ciências e Leitura. Os resultados do Pisa são apresentados de acordo com a escala de 
desempenho da tabela a seguir, que mostra seis níveis de proficiência em função da pontuação obtida. 
 
Escala de desempenhodos participantes do Pisa. 
Nível Pontuação 
1 De 358 a 420 pontos 
2 De 420 a 482 pontos 
3 De 482 a 545 pontos 
4 De 545 a 607 pontos 
5 De 607 a 669 pontos 
6 Acima de 669 pontos 
 
Alunos com menos de 358 pontos são classificados como “abaixo do nível 1”, pois não conseguem 
compreender nem os enunciados mais simples do exame. 
A periodicidade do Pisa é trienal e ele já foi aplicado em 2000, 2003, 2006, 2009, 2012 e 2015. No gráfico 
a seguir, estão indicadas as pontuações em Matemática de alguns países que participaram de todas as 
edições do Pisa, incluindo o Brasil. 
 
Pontuações de alguns países em Matemática em várias edições do Pisa. 
 
Com base nos dados fornecidos, analise as afirmativas. 
I. O Brasil já apresentou, no Pisa, resultados em Matemática classificados como “abaixo do nível 1”, 
em escala de 1 a 6. 
40 
 
II. Embora os resultados em Matemática do Brasil e do México, nas diversas edições do Pisa, nunca 
tenham superado o nível 1, em escala de 1 a 6, esses países sempre mantiveram crescimentos 
de pontuações. 
III. A Polônia apresentou significativo crescimento de pontuações em Matemática no Pisa de 2009 
para 2012, mas, ainda assim, nunca superou o desempenho da China (Hong Kong). 
É correto o que se afirma em 
A. I, II e III. B. II e III, apenas. C. I e III, apenas. D. I, apenas E. III, apenas 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar gráficos de pontuações (notas) em função do tempo. 
 Associar dados presentes em gráficos a uma escala de níveis fornecida em tabela. 
 Avaliar crescimentos e decrescimentos de resultados de alunos da Educação Básica de diversos países 
em exame internacional de desempenho. 
 
Questão 25. 
Assunto/tema. Avaliação crítica de situações: modos diferentes de se ver uma circunstância. 
Leia a charge a seguir. 
 
Disponível em <https://charges.uol.com.br/emails-comentados/2017/05/02/desabafo-da-semana>. Acesso em 09 out. 2017. 
A charge 
A. retrata um jogo infantil semelhante à “amarelinha”, mas adaptado aos adultos. 
B. ilustra o isolamento em que as pessoas vivem atualmente. 
C. faz uma crítica à falta de convergência de opiniões entre as pessoas. 
D. apresenta uma situação em que o correto e o incorreto dependem do ponto de vista. 
E. defende a livre manifestação de ideias ideologicamente distintas. 
https://charges.uol.com.br/emails-comentados/2017/05/02/desabafo-da-semana
41 
 
Justificativa. 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar texto na forma de charge. 
 Interpretar alternativas e fazer correta associação à mensagem de uma charge. 
 Verificar a possibilidade de existência de mais de um ponto de vista. 
 
Questão 26. 
Assunto/tema. Sociedade contemporânea: consciência no consumo e avaliação crítica de 
descontos e comparação de promoções. 
Leia o anúncio a seguir. 
 
 
 
De acordo com as informações dadas, analise as afirmativas. 
I. O desconto percentual dado ao “Cliente mais” no quilo da banana é maior do que o dado no quilo 
da manga. 
II. Quanto mais manga o “Cliente mais” compra, mais desconto percentual ele recebe. 
III. Para receber cerca de R$2,00 de desconto, o “Cliente mais” precisa comprar cerca de 4kg de 
banana. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. B. II, apenas. C. III, apenas. 
D. II e III, apenas. E. I, II e III. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar um texto na forma de anúncio de descontos na compra de frutas. 
 Realizar cálculos de percentuais. 
 Comparar descontos percentuais dados a dois tipos de mercadorias (banana e manga). 
 Verificar que o percentual de desconto não depende da quantidade adquirida. 
 
Questão 27. 
Assunto/tema. Cidadania: análise de tabela e avaliação correta de desempenhos em 
concurso de redação. 
Clara, que estuda em um colégio localizado na região Nordeste, participou de um concurso nacional de 
redação, em que as notas poderiam variar de 0 a 1.000 pontos. Terminada a competição, o instituto 
organizador enviou aos participantes seus boletins de desempenho e Clara recebeu a tabela a seguir. 
 
Nota mínima 
no país 
Nota máxima 
no país 
Nota média 
no país 
Nota máxima na 
região Nordeste 
Nota da 
Clara 
327 pontos 879 pontos 513 pontos 862 pontos 862 pontos 
 
De acordo com a situação exposta, analise as afirmativas. 
I. Clara foi a participante mais bem classificada na região Nordeste e foi a única nessa condição. 
II. A nota média no país não poderia ter sido 513 pontos, pois a média da nota mínima (327 pontos) 
e da nota máxima (879 pontos) é 603 pontos. 
III. Houve alguma região em que a nota máxima superou 862 pontos. 
É correto o que se afirma em 
A. I, apenas. B. II, apenas. C. III, apenas. D. II e III, apenas. E. I, II e III. 
Justificativa. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar dados apresentados na forma de tabela. 
 Comparar valores de notas em redação. 
 Compreender o significado de valor médio (nota média em redação). 
 
43 
 
Questão 28. 
Assunto/tema. Desenvolvimento pessoal: impacto da leitura no indivíduo e transformação 
do modo de ver a realidade. 
Considere a charge a seguir e assinale a alternativa que melhor a interpreta. 
 
 
Disponível em <https://www.facebook.com/DepositoDeCartuns/photos/a.141674892627444.26560.141672549294345>. Acesso em 02 jul. 2017. 
A. Hoje em dia, as pessoas não querem ler, gostam apenas de aparelhos eletrônicos. 
B. Na vida, a pessoa precisa ter luz própria para achar seu caminho. 
C. A leitura transforma o modo como vemos as coisas. 
D. O livro impresso é um objeto arcaico, que oferece um modo de leitura pouco atraente. 
E. As pessoas andam nas trevas até absorverem mensagens de caráter religioso, que iluminam seus 
caminhos. 
Justificativa. 
 
 
 
 
Habilidades e competências requeridas pela questão. 
 Ler e interpretar texto na forma de charge que aborda efeitos da leitura. 
 Interpretar alternativas e fazer correta associação à mensagem de uma charge. 
 
Questão 29. 
Assunto/tema. Cidadania: justiça social, igualdade e ações afirmativas. 
Leia a charge e o texto a seguir. 
 
Disponível em <https://www.facebook.com/sociedaderacionalista>. Acesso em 15 nov. 2013. 
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Perguntas frequentes sobre o sistema de cotas 
1) O que é a lei de cotas? 
A Lei Nº 12.711/2012, sancionada em agosto deste ano, garante a reserva de 50% das matrículas por 
curso e turno nas 59 universidades federais e 38 institutos federais de educação, ciência e tecnologia a 
alunos oriundos integralmente do ensino médio público, em cursos regulares ou da educação de jovens 
e adultos. Os demais 50% das vagas permanecem para ampla concorrência. 
2) A lei já foi regulamentada? 
Sim, pelo Decreto Nº 7.824/2012, que define as condições gerais de reservas de vagas, estabelece a 
sistemática de acompanhamento das reservas de vagas e a regra de transição para as instituições 
federais de educação superior. Há, também, a Portaria Normativa nº 18/2012, do Ministério da 
Educação, que estabelece os conceitos básicos para aplicação da lei, prevê as modalidades das 
reservas de vagas e as fórmulas para cálculo, fixa as condições para concorrer às vagas reservadas e 
estabelece a sistemática de preenchimento das vagas reservadas. 
3) Como é feita a distribuição das cotas? 
As vagas reservadas às cotas (50% do total de vagas da instituição) serão subdivididas — metade para 
estudantes de escolas públicas com renda familiar bruta igual ou inferior a um salário mínimo e meio 
per capita e metade para estudantes de escolas públicas com renda familiar superior a um salário 
mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado em conta o percentual mínimo 
correspondente ao da soma de pretos, pardos e indígenas no estado, de acordo com o último censo 
demográfico do Instituto Brasileiro

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