interpretação constitucional e princípios

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[Immanuel Kant] 
× Razão teórica (conhecimento) 
× ELEMENTOS DA SENSIBILIDADE 
• Espaço 
• Tempo 
× Categorias do entendimento 
× Interesse empírico 
× PERSPECTIVA TRANSCENDENTAL 
• Conhecimento e verdade como produto 
da relação sujeito-objeto. 
• Aparato Cognitivo 
• Interesse empírico 
[Georg Friedrich Wilhelm 
Hegel] 
× Método dialético = inerente ao ser. 
× Contradição (tese, antítese) e 
identidade(síntese). 
× Movimento interno (lógica) e externo (história). 
× Retorno ao subjetivismo. 
[Dialetica e 
hermeneutica] 
× QUAL O MÉTODO MAIS ADEQUADO PARA: 
• O diagnóstico? 
• A crítica? 
• A ação terapêutica? 
[Positivismo] 
× Neutralidade no conhecimento. 
× Aplicação do método científico. 
× Descrição externa dos processos. 
× Atitude objetivante. 
× Domesticação dos dados empíricos. 
× Linguagem = nível semântico atrelado ao 
sintático. 
× Discurso sobre o espírito positivo : 
• Lei dos 3 estados 
• Humanidade como fim, individuo como 
meio. 
• Neutralidade no conhecimento = não há 
espaço para a ética 
• Aplicação do método científico = 
legitimidade do conhecimento 
• Descrição externa dos processos e 
atitude objetivante 
• Política = centralismo republicano; 
preparação do espírito positivo: pela 
instrução e pela polícia 
• Mudança da sociedade pela ciência e pela 
técnica 
• Retorno do objetivismo 
[Hermeneutica] 
× Hans-Georg Gadamer. 
× Crítica ao positivismo. 
× Interpretação ao invés da descrição. 
× Inserção no contexto = ator social× Interação 
que permite compreensão do significado inerente 
à linguagem. 
× Linguagem = nível sintático e semântico. 
Críticas a hermenêutica: 
• De um lado, ontologia do significado, que 
pressupõe a posse da verdade. 
• Do outro, decisionismo arbitrário e 
relativista. 
[interpretar a 
constituicao] 
× Carregada de subjetivismo. 
× Carregada de abstração. 
× Carregada de incertezas. 
× Diálogo qualificado e atencioso com a norma. 
× Considerar valores, princípios, regras e 
realidade. 
× Máxima produção dos efeitos jurídicos. 
[metodos classicos de 
interpretacao 
constitucional] 
× MÉTODO GRAMATICAL 
• Literalidade da norma (vale o que está 
escrito) 
• Dispositivo (texto): enunciado que 
expressa comando 
• Norma: regra de conduta de onde se 
extrai o dispositivo 
• Dispositivos traçam o roteiro para 
compreensão das normas 
Conclusão: a interpretação gramática 
• É o ponto de partida 
• Inicia a tarefa do intérprete 
• Geralmente não é o ponto de chegada 
× MÉTODO SISTEMÁTICO 
• Avalia a constituição em um todo 
• Verifica o sistema constitucional para 
entender seus instintos 
× MÉTODO HISTÓRICO 
• Remonta a origem da nossa constituição 
• Influência de movimentos sociais e 
políticos 
• Não pode aprisionar as futuras gerações 
• Método histórico evolutivo (não 
descuidando da atualidade) 
 
 
× MÉTODO LÓGICO 
• Preensão de transformar a constituição 
em deduções matemáticas 
• Como se todos os conflitos tivessem uma 
única resposta 
• Hoje se sabe que cada caso é um caso 
× MÉTODO TELEOLÓGICO 
• O direito não é um fim em si mesmo 
• Os meios são indispensáveis para a busca 
da justiça 
• Busca da essência e do verdadeiro ideal 
de normas. 
[nova interpretacao 
constitucional] 
× MÉTODO TÓPICO – PROBLEMÁTICO 
• Constituição é um sistema aberto de 
normas 
• Problema é questão que também admite 
respostas distintas 
• Tópico: técnica de pensar a partir do 
problema 
× MÉTODO HERMENÊUTICO – CONCRETIZADOR 
• Intérprete deve reconstruir o direito no 
caso prático 
• Pressupõe que há necessidade de uma 
pré-compreensao da norma que vai ser 
aplicada para solucionar o conflito 
• Gadamer + Hesser – há os pressupostos 
subjetivos do intérprete sobre o tema + 
seu papel mediador entre a norma e o 
caso concreto que surge da realidade 
social 
× MÉTODO CIENTÍFICO – ESPIRITUAL 
• Normas que devem ser interpretadas de 
modo aberto e flexível, para acompanhar 
o dinamismo do Estado 
• Analisa o sistema de valores e o papel da 
constituição no processo de integração 
social 
× MÉTODO NORMATIVO – ESTRUTURANTE 
• Não há identidade entre norma jurídica e 
texto normativo 
• A cada conflito caberá ao intérprete 
avaliar a concretização da norma a luz e 
a sua realidade social 
• A norma não é o ponto de partida, mas 
não o produto da interpretação 
× MÉTODO DA COMPARAÇÃO 
CONSTITUCIONAL 
• Alia os métodos hermenêuticos 
clássico ao direito comparado 
• Busca as melhores soluções jurídicas 
para os conflitos vivenciados no dia a 
dia de um Estado. 
Principais principios de 
interpretacao 
constitucional 
× PRINCÍPIO DA SUPREMACIA DA 
CONSTITUIÇÃO 
• Nenhuma interpretação pode colocar em 
risco a supremacia formal e material da 
constituição 
× PRINCÍPIO DA UNIDADE DA CONSTITUIÇÃO 
• Constituição para intérprete deve ser 
considerada um sistema equilibrado de 
regras e princípios, não colidentes entre 
si. 
• STF: “não há hierarquia entre as normas 
constitucionais, competindo à corte a 
defesa dessas normas, e não a 
fiscalização do poder constituinte 
originário.” (stf,adi 815/df; plenário, rel. 
Min. Moreiraalves,j. 28.06.1996, dju 
10.05.96.) 
• Necessidade de análise harmônica da 
constituição: “não há verdadeira antinomia 
entre normas constitucionais”. 
• Termos usados: “aparente conflito”. 
• Papel do intérprete: nos casos concretos, 
às vezes aplicar um princípio, às vezes 
outro, mas jamais esvaziar o núcleo 
principal do direito fundamental que 
sofreu restrição. 
• Princípio de natureza abstrata e estático. 
× PRINCÍPIO DA CONCORDÂNCIA PRÁTICA (OU 
DA HARMONIZAÇÃO) 
• Deriva do princípio da unidade na 
concorrência de bens constitucionalmente 
protegidos, intérprete deve adotar 
solução para otimizar a realização de 
todos, mas sem negar completamente um 
direito ou um princípio 
• É princípio aplicável ao caso concreto e é 
dinâmico 
× PRINCÍPIO DO EFEITO INTEGRADOR (OU DA 
EFICÁCIA INTEGRADORA) 
• Reforça a importância da integração 
política e social 
• Conduz a decisões pluralisticamente 
integradoras 
• É de utilização localizada 
• Concebe a constituição como elemento 
inafastável de integração comunitária 
× PRINCÍPIO DA JUSTEZA (OU DA 
CONFORMIDADE FUNCIONAL) 
• Poder judiciário não poderá interpretar a 
constituição subvertendo o esquema 
• Organizatório-funcional estabelecido. 
• Significado das normas não pode ser 
deturpado (traz risco ao estado 
democrático de direito) 
× PRINCÍPIO DA CORREÇÃO FUNCIONAL 
• Muito usado em controle de 
constitucionalidade 
• Visa preservar a vontade do constituinte 
originário em relação ao pacto federativo 
e à separação de poderes 
• Equilíbrio requer consciência das funções 
e dos limites constitucionais dos entes e 
dos poderes. 
× PRINCÍPIO DA FORÇA NORMATIVA DA 
CONSTITUIÇÃO E DA MÁXIMA EFETIVIDADE 
DAS NORMAS CONSTITUCIONAIS 
• À norma constitucional (sujeita à atividade 
hermenêutica) deve ser atribuído o 
sentido que maior eficácia lhe conceda 
• É vedada interpretação que lhe supra ou 
diminua a finalidade 
• Busca o máximo de efeitos jurídicos que 
uma norma constit. Pode produzir 
(inclusive as de conteúdo programático) 
• Voto min. Celso de melo: 
• Sociedade quer que exegese busque que 
as normas tenham mais efeitos práticos 
(força concreta mais intensa). 
• Direitos sociais ganham mais espaço e 
proteção jurídica 
× PRINCÍPIO DA INTERPRETAÇÃO CONFORME A 
CONSTITUIÇÃO 
• Não é apenas princípio de interpretação 
• É técnica de decisão em controle 
concentrado (art. 28 p. Ún. Lei 9868/99) 
• Presunção de constitucionalidade das leis, 
se a norma questionada permitir diversas 
interpretações, se pelo menos uma for 
compatível com a constituição, poderá 
afastar as contradições, mantendo a 
norma no ordenamento jurídico, desde 
que interpretada em conformidade com a 
constituição