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Princípios da Interpretação Constitucional

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Princípios da Interpretação Constitucional
● Interpretação constitucional:
↳ O texto constitucional é mais difícil de ser interpretado que os demais textos
normativos, exigindo, assim, uma hermenêutica específica.
⇘ por conter conceitos mais vagos, imprecisos, que representam valores
éticos e morais.
↳, Antes dos métodos de interpretação, é feita a utilização dos princípios da
hermenêutica constitucional:
a) unidade da constituição;
b) máxima efetividade;
c) interpretação conforme a constituição;
d) concordância prática ou harmonização;
e) proporcionalidade;
● Princípio da unidade da Constituição:
↳ Fundamenta a interpretação pelo método sistemático, ou seja, parte-se desse
princípio para utilizar o método sistemático.
↳ Normas constitucionais devem ser consideradas como parte de um sistema
harmônico, não podendo ser consideradas como regras e princípios isolados.
↳ Não admite a antinomia real em âmbito constitucional, isto é, o conflito
normativo dentro do texto constitucional.
↳ Parte-se da ideia de que como o conflito dentro da Constituição não existe,
caso aparente existir um é porque há erro de interpretação.
↳ Art. 5º -
I - homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, nos termos desta
Constituição;
↳ Art. 201. -
§ 7º É assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, nos
termos da lei, obedecidas as seguintes condiçõe
I - 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, e 62 (sessenta e dois) anos
de idade, se mulher, observado tempo mínimo de contribuição;
↳ Quanto a jornada de trabalho, não há diferença.
↳ Mas, foi comprovado que a maioria das mulheres cumpre uma dupla jornada
(emprego + tarefas domésticas), totalizando 7,5 horas semanais a mais do que
os homens.
↳ Essa diferença de carga horária de trabalho, somado com o desgaste físico,
psicológico e emocional, fez com a mulher tenha a necessidade de se
aposentar mais cedo.
⇘ aposentadoria ocorre em condições de igualdade de desgaste e de carga
horária de trabalho.
● Princípio da máxima efetividade:
↳ Ao se interpretar uma norma constitucional, deve ser conferido a elas o
sentido que lhes dê maior efetividade.
⇘ as normas que configuram os direitos fundamentais devem sempre ser
entendida no sentido que lhes confira maior eficácia.
⇘ esse princípio foi “criado” devido às inúmeras críticas feitas em relação ao
alto número de normas de eficácia limitada dentro da Constituição.
➔ Constituição Federal 88:
↳ Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;
↳ Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;
III - promover o inquérito civil e a ação civil pública, para a proteção do
patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses
difusos e coletivos;
➔ Lei da Ação Civil Pública:
↳ Art. 5o - Têm legitimidade para propor a ação principal e a ação
cautelar: (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).
I - o Ministério Público;
II - a Defensoria Pública; (Redação dada pela Lei nº 11.448, de 2007).
➔ ADI 3943:
↳ Autor: CONAMP (Associação Nacional dos membros do Ministério
Público)
Objeto: art 5o, II, da Lei 7,347/85, modificado pela Lei 11.448/07, que
incluiu a Defensoria Pública como legitimada para ingressar com ação
civil pública.
Rel. Min. Carmen Lúcia. Julgada em 07/05/2015
➔ Ementa:
↳ [...] ACESSO À JUSTIÇA. NECESSITADO: DEFINIÇÃO SEGUNDO
PRINCÍPIOS HERMENÊUTICOS GARANTIDORES DA FORÇA NORMATIVA
DA CONSTITUIÇÃO E DA MÁXIMA EFETIVIDADE DAS NORMAS
CONSTITUCIONAIS. [...] INEXISTÊNCIA DE NORMA DE EXCLUSIVIDADE
DO MINISTÉRIO PÚBLICO PARA AJUIZAMENTO DE AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
AUSÊNCIA DE PREJUÍZO INSTITUCIONAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO
PLEO RECONHECIMENTO DA LEGITIMIDADE DA DEFENSORIA PÚBLICA
↳ A CONAMP ingressou com uma ação no STF com o argumento de que a Lei
que alterou a Lei de Ação Civil Pública é inconstitucional por ferir os arts. 129 e
134.
↳ STF entendeu que esse é uma possível interpretação dessas normas. Mas,
não diz expressamente que somente o MP possui legitimidade para ingressar
com uma Ação Civil Pública, e que a DF não possui essa legitimidade.
↳ Entre essas duas interpretações, foi escolhida a que confere maior
efetividade na proteção de direitos fundamentais da CF/88
↳ Na ADI 3943, o STF entendeu que a interpretação que dava maior efetividade
às normas garantidoras do acesso à justiça, era a que ampliava o rol dos
legitimados para a propositura da ação civil pública.
● Interpretação conforme a Constituição:
↳ Caso existam dúvidas na interpretação de uma norma infraconstitucional
(abaixo da CF), deve prevalecer o sentido que estiver em maior conformidade
com o texto constitucional.
↳ Nenhuma lei deve ser considerada inconstitucional enquanto houver uma
forma de interpretá-la em harmonia com a Constituição.
↳ Adotada pelo STF no sentido de declarar a inconstitucionalidade de uma
norma sem reduzir o texto.
↳ Lei 8.009/90 - Art. 1º O imóvel residencial próprio do casal, ou da entidade
familiar, é impenhorável e não responderá por qualquer tipo de dívida civil,
comercial, fiscal, previdenciária ou de outra natureza, contraída pelos
cônjuges ou pelos pais ou filhos que sejam seus proprietários e nele residam,
salvo nas hipóteses previstas nesta lei.
↳ Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado
Democrático de Direito e tem como fundamentos:
III - a dignidade da pessoa humana;
↳ Art. 3º Constituem objetivos fundamentais da República Federativa do Brasil:
I - construir uma sociedade livre, justa e solidária;
III - erradicar a pobreza e a marginalização e reduzir as desigualdades sociais
e regionais;
IV - promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça, sexo, cor,
idade e quaisquer outras formas de discriminação.
↳ Art. 6º São direitos sociais a educação, a saúde, a alimentação, o trabalho, a
moradia, o transporte, o lazer, a segurança, a previdência social, a proteção à
maternidade e à infância, a assistência aos desamparados, na forma desta
Constituição.
obs: moradia (acrescentado pela EC 26/2000); alimentação (acrescentado pela
EC 64/2010)
➔ importantes decisões do STF em que esse princípio foi utilizado:
● aborto de fetos com anencefalia;;
● união homoafetiva;
● marcha da maconha;
● biografias não autorizadas;
● aborto até o terceiro mês da gestação.
➔ código civil:
↳ Art. 1.723. É reconhecida como entidade familiar a união estável entre
o homem e a mulher, configurada na convivência pública, contínua e
duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família.
↳ Possíveis interpretações:
● SOMENTE será reconhecida, pelo Estado, como família a união
estável entre um homem e uma mulher. Dessa forma, outras
uniões NÃO SERÃO reconhecidas.
● A união entre um homem e uma mulher será reconhecida como
família, SEM IMPEDIR que outros tipos de união também sejam.
Portanto, o Estado PODE reconhecer união de pessoas do
mesmo sexo.
● Concordância prática ou harmonização:
↳ É assegurado, pelo princípio da unidade que dentro da Constituição não
existe conflito.
↳ Porém, os conflitos entre os direitos protegidos na CF são frequentes nos
casos práticos.
↳ Não há conflito teórico entre esses direitos, mas sim no caso concreto.
⇘ é preciso harmonizar os direitos em conflito sem inviabilizar um.
↳ Em caso de conflito, deve-se garantir ao máximo o respeito aos direitos
envolvidos.
↳ Deve-se evitar que um direito seja completamente protegido e o outro
sacrificado.
↳ O exercício de um direito protegido pela CF não pode inviabilizar por
completo o exercício de outro direito que também é protegido pela CF.
➔ exemplos de aplicação:
● liberdade de expressão dos órgãos de comunicação X proteção
da intimidade e privacidade:
↳ Art. 5º
IX - é livre a expressão da atividadeintelectual, artística,
científica e de comunicação, independentemente de censura ou
licença;
X - são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a
imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo
dano material ou moral decorrente de sua violação;
↳ O “meio termo” é o interesse público.
● proibição dos maus-tratos aos animais X proteção das
manifestações culturais populares:
↳ Nesse conflito, a proteção de nenhum desses direitos
envolvidos pode inviabilizar por completo o exercício do outro,
devendo haver a tentativa de conciliá-los na prática.
↳ A grande maioria dos acórdãos nesses casos, permite a
realização de rodeios desde que não existam provas e/ou
atividades que maltratem os animais.
● conflitos frequentes entre os princípios da ordem econômica:
livre iniciativa e proteção ao meio ambiente:
● Proporcionalidade:
↳ Esse princípio é muito utilizado pelo STF para julgar conflitos polêmicos.
a) ponderação de interesses:
↳ é utilizado em caso de conflito de normas constitucionais ou direitos
fundamentais.
↳ utilizada quando não é possível harmonizar os direitos constitucionais
envolvidos no caso concreto.
↳ nesse caso, deve-se ponderar qual direito é “mais” importante.
↳ Exemplo:
⇘ proibição de transfusão de sangue entre adeptos de determinada
vertente religiosa.
⇘ direito à vida X liberdade de crença religiosa.
↳ a liberdade de crença religiosa é direito fundamental.
↳ nos conflitos entre a liberdade de crença religiosa dos pais e o direito
à vida de menor incapaz, prevalece o direito à vida do menor incapaz.
↳ nesse caso, é proporcional sacrificar a liberdade de crença religiosa
dos pais, para preservar o direito à vida da criança
b) proibição de excessos:
↳ utilizado para decidir acerca da validade de uma norma
infraconstitucional que visa garantir o exercício de determinado direito
previsto na CF, mas ao mesmo tempo restringe outros direitos que
também são amparados pelo texto constitucional.
↳ o poder público não pode impor sacrifícios excessivos à população a
fim de assegurar-lhes outros direitos, considerados menos importantes.
↳ em suma, nenhuma medida estatal pode impor sacrifícios excessivos
para atingir os objetivos almejados.
➔ subprincípios:
↳ esse princípio é composto de três subprincípios, que foram formulados
pelo Tribunal Constitucional Alemão:
a) adequação:
↳ analisa a aptidão do meio que será utilizado para alcançar o
resultado pretendido.
↳ é preciso questionar qual a finalidade do legislador ao elaborar
uma determinada norma.
⇘ é adequada para a finalidade pretendida?
↳ ademais, deve-se questionar se a norma, em tese, é capaz de
satisfazer as necessidades pretendidas pelo autor.
⇘ a lei é adequada para resolver o problema?
↳ exemplos:
● flexibilizar e diminuir os direitos trabalhistas é medida
adequada para criar empregos e diminuir taxa de
desemprego?
● diminuir as restrições à posse e ao porte de armas de
fogo, aumentando a sua circulação, são medidas
adequadas para diminuir as taxas de criminalidade
violenta?
b) necessidade:
↳ faz com que o Poder Público sempre opte pela medida menos
gravosa possível para a coletividade.
⇘ quando precisar adotar uma medida que restrinja direitos
ou garantias fundamentais dos indivíduos.
↳ um ato estatal que limita um direito fundamental só é
necessário se o objetivo almejado não puder ser realizado, da
mesma forma, por meio de outro ato que restrinja menos o
direito fundamental atingido.
⇘ fase comparativa.
● lei 12.034/2009:
Art. 5° Fica criado, a partir das eleições de 2014, inclusive,
o voto impresso conferido pelo eleitor, garantindo o total
sigilo do voto e observadas as seguintes regras:
§ 2° Após a confirmação final do voto pelo eleitor, a urna
eletrônica imprimirá um número único de identificação do
voto associado à sua própria assinatura digital.
§ 3° O voto deverá ser depositado de forma automática,
sem contato manual do eleitor, em local previamente
lacrado.
● análise da proporcionalidade:
➢ benefícios:
⇘ maior segurança durante o processo eleitoral,
evitando possíveis fraudes.
➢ prejuízo:
⇘ colocaria em risco a garantia do voto secreto.
⇘ aumento dos gastos públicos eleitorais em 140%.
⇘ aumento do tempo de votação individual.
➢ decisão:
⇘ STF decidiu que a lei, apesar de adequada, era
desnecessária, por existir outros meios menos
gravosos que garantiriam a segurança das urnas
eletrônicas.
⇘ também foi considerada desproporcional, pelo
fato de que os direitos atingidos pela lei superam
os potenciais benefícios da mesma.
c) proporcionalidade em sentido estrito:
↳ é feito uma análise custo-benefício da norma que está sendo
avaliada.
↳ dessa forma, o sacrifício que a norma exige dos indivíduos deve
ser menos grave que os benefícios trazidos por ela.
↳ metáfora da balança: interesses tutelados pela norma X bens
jurídicos atingidos por ela.
● lei seca:
➢ benefícios:
⇘ segurança no trânsito.
⇘ redução do número de acidentes de trânsito.
⇘ integridade física dos condutores de veículos.
⇘ proteção do direito à vida de condutores de
veículos.
⇘ menos gastos com atendimento de saúde
decorrentes de acidentes de trânsito
➢ sacrifícios:
⇘ restrição da autonomia individual de ingerir
bebida alcóolica.
⇘ restrições ao lazer e frequência em bares.
⇘ restrições à autonomia individual de produção de
provas que auto incriminam o indivíduo.
⇘ restrições à presunção de inocência, devido às
infrações decorrentes da recusa em produzir
provas.
➢ ADI 4017/DF:
[...] pela análise dos dados empíricos da realidade
brasileira e dos diversos estudos apontados, a
norma se carateriza como adequada, necessária e
proporcional.
A adequação se demonstra pela perspicácia do
Poder Público em observar um óbice social,
compreender suas rapidez e agir para saná-los. No
caso das bebidas alcóolicas ingeridas por
condutores, a comercialização e o consumo
exacerbado são a principal causa de morte no
trânsito, em especial nas rodovias. Pela lógica
consequencial, o mais adequado para que não
haja o efeito danoso configura-se subtrair-se a
causa.
A necessidade decorre dos dados anteriormente
apresentados. Como um país que sofre dos usos
nocivos do álcool, em particular quando debate-se
segurança no trânsito, uma norma coercitiva e
restritiva se apresenta como uma ação bem-vinda
da legislação em vigor.
[...]
No Brasil, o aumento na série histórica de mortes
por acidentes de trânsito culminou, em 2007, no
número total de 66.836 pessoas. O número
expressivo evidencia a indispensabilidade de
regular atividades que envolvem, direta ou
indiretamente, o consumo e a comercialização de
bebidas alcóolicas.
[...]
Ademais, vedar a ingestão de álcool representa,
para além de toda a segurança física, segurança
jurídica aos jurisdicionados, uma vez que a regra é
clara e a intolerância é estabelecida, o condutor
possui plena noção do que não fazer antes de
dirigir e, se o fizer, conhece as consequências.
➢ decisão:
↳ STF entendeu que as medidas restritivas impostas
pela Lei Seca, são:
⇘ adequadas: são capazes de atingir finalidade de
reduzir os acidentes de trânsito.
⇘ necessárias: não se pode alcançar a redução de
acidentes de trânsito com medidas menos graves.
⇘ proporcionais em sentido estrito: os sacrifícios
impostos pela lei são menores que os benefícios
alcançados
➔ metáfora da atividade médica
↳ Elaborado por Hugo de Brito Machado.
↳ Para curar uma doença um médico deve:
● escolher o tratamento ou remédio adequado;
● escolher o melhor tratamento entre os disponíveis, aquele que
vai de forma mais fácil curar o paciente, sem lhe causar tantos
efeitos colaterais;
● porém, se apesar de o tratamento ser adequado, sendo o melhor
entre todos os disponíveis, ainda causar efeitos colaterais piores
que a doença que irá curar, o tratamento não deverá ser
utilizado → será desproporcional.
● Exercícios:
1) (CESPE - 2018 - PGM - João Pessoa - PB - Procurador do Município)
Os bens jurídicos reconhecidos e protegidos constitucionalmente
devem ser ordenados de tal forma que, havendo colisões entre eles, um
não se realize à custa do outro.Essa máxima é representada, no âmbito
da interpretação constitucional, pelo princípio:
a) da concordância prática.
b) da unidade da Constituição.
c) da máxima eficácia da norma constitucional.
d) da força normativa da Constituição.
2) (FCC - TRT 11° - Juiz substituto - 2007)
De acordo com a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal, a
interpretação conforme a Constituição Federal:
a) é incompatível com o sistema brasileiro de controle de
constitucionalidade.
b) pode ser admitida somente se resultar em redução do texto da
norma impugnada.
c) apenas é admitida quando o sentido de uma norma é unívoco.
d) pode atribuir a uma norma interpretação que lhe preserve a
constitucionalidade.

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