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HISTÓRIA C

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1
3C
História
Período Joanino 
(1808 - 1821)
09
Aula 
Por que o príncipe 
regente D. João encon-
trava-se no Brasil neste 
período?
A vinda de D. João ocorreu em virtude da luta entre 
França e Inglaterra. No início do século XIX, a Europa 
vivia a expansão napoleônica, e as monarquias absolu-
tistas “sofriam” com as investidas das ideias da Revolução 
Francesa “exportadas” pelo Imperador Francês.
O único país onde as forças francesas não obtiveram 
êxito foi a Inglaterra, cuja marinha impedia a ação de 
Napoleão. Como não conseguiu submeter os ingleses 
pelas armas, o governante francês resolveu asfixiar o país 
economicamente, decretando o Bloqueio Continental. Na-
poleão proibiu, sob pena de invasão, a prática de comércio 
de todos os países europeus com a Inglaterra. O bloqueio 
deixou Portugal em uma situação delicada, pois dependia 
economicamente da Inglaterra. O rompimento significaria 
a falência do Estado português, mas não romper teria como 
resultado a invasão francesa. A solução acabou sendo a 
transferência da Família Real para o Brasil, aliás proposta até 
pelo próprio governo inglês ao regente D. João.
A vinda da Família Real foi, na verdade, uma 
fuga, já que Napoleão ficou sabendo das inten-
ções de D. João e ordenou a invasão de Portugal. 
Avisados da aproximação das tropas napoleôni-
cas, comandadas pelo general Junot, a nobreza 
portuguesa apinhou-se no porto em busca de um 
lugar nos poucos navios disponíveis.
A fuga ocorreu no dia 27 de novembro de 1807. 
Quinze mil pessoas espremeram-se nas embarca-
ções, que zarparam em meio a uma tempestade, 
sendo possível ouvir ao longe o som dos canhões 
das tropas francesas.
A acidentada viagem durou quase dois meses. 
Somente em 22 de janeiro de 1808, a estropiada Fa- 
mília Real desembarcou em Salvador.
 Alegoria à chegada da família de Dom João VI.
Como foi a administração 
joanina no Brasil?
Pressionado pela Inglaterra, pelas necessidades ad-
ministrativas e pelos conselhos de José da Silva Lisboa, 
o Visconde de Cairu – representante dos interesses dos 
proprietários rurais –, D. João decretou, em 28 de janeiro, 
a abertura dos portos às nações amigas. Essa medida 
significou o fim do Pacto Colonial e a independência 
econômica do Brasil em relação a Portugal, além de um 
grande alívio para a economia inglesa (asfixiada com 
o Bloqueio Continental), que agora poderia direcionar 
pelo menos parte da sua produção para o mercado 
brasileiro.
Em 1810, D. João assinou o Tratado de Aliança e Ami-
zade, Comércio e Navegação, consolidando a primazia 
da relação econômica com a Inglaterra:
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2 Extensivo Terceirão
• Os ingleses aqui residentes teriam plena liberdade religiosa e seriam 
julgados em qualquer caso por juízes ingleses.
• O governo português comprometia-se a abolir gradualmente o tra-
balho escravo.
• Os produtos ingleses pagariam tarifas alfandegárias de 15% sobre os 
seus produtos. Os portugueses pagariam 16% e as demais nações, 
24%. Além de serem mais baratos, porque eram produzidos em larga 
escala, os produtos ingleses pagariam menos impostos no Brasil. Essas 
medidas deixavam claro o novo perfil a que se submeteria o mercado 
brasileiro: da dependência econômica portuguesa para a dependência 
econômica inglesa.
No período em que permaneceu no Brasil – até 1821 –, D. João realizou 
um número considerável de obras, modificando o perfil da Colônia, particu-
larmente o do Rio de Janeiro. O Príncipe Regente criou a Imprensa Régia, a 
Academia Real Militar, a Biblioteca Pública, o Banco do Brasil, o Jardim Botâ-
nico, além de trazer uma missão artística liderada pelo pintor francês Debret, 
que retratou a paisagem e o cotidiano da Colônia nas primeiras décadas do 
século XIX.
 Rua Direita, remodelada por D. João VI. (Detalhe).
Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido, e D. João deter-
minou que a capital do “novo” reino seria o Rio de Janeiro. Enfim, o Príncipe 
Regente ainda encontrou tempo para invadir a Guiana Francesa – em repre-
sália à invasão napoleônica a Portugal – e anexar a Província Cisplatina.
O que estava acontecendo em Portu-
gal durante o Período Joanino?
Até 1815, Portugal ficou sob domínio francês. Com a queda de Napoleão, 
a Inglaterra passou a administrar o reino. A elite portuguesa e o povo não su-
portaram a situação e tentaram livrar-se da incômoda e humilhante condição.
Em 1820, a Revolução Liberal do 
Porto finalmente reencaminhou a 
elite portuguesa ao poder, afastando 
os ingleses de Portugal. A elite or-
ganizou as Cortes – parlamento – e 
elaborou uma Constituição liberal, 
pondo fim ao absolutismo. D. João 
recebeu uma intimação para retornar 
imediatamente para Portugal, sob 
pena de perder o direito ao trono. 
No dia 26 de abril de 1821, o Rei 
deixa o Rio de Janeiro, passando a 
administração para seu filho mais 
velho, D. Pedro de Alcântara. Com o 
Rei de volta, o interesse em restaurar 
o controle sobre as coisas fez a elite 
portuguesa voltar os olhos para o 
Brasil. As Cortes portuguesas toma-
ram medidas no sentido de reverter 
tudo o que havia mudado durante o 
Período Joanino. Para a elite portu-
guesa, o Brasil que “servia” era aquele 
submetido ao Pacto Colonial.
Esses episódios são funda-
mentais para se compreender 
a emancipação política brasi-
leira: a tentativa portuguesa 
de recolonizar o Brasil desper-
tou a reação dos proprietários 
rurais, que organizaram um 
grupo denominado Partido 
Brasileiro. A população urba-
na também reagiu contra as 
intenções lusitanas com a for-
mação do Partido Radical, de 
caráter republicano.
Para tornar o clima ainda 
mais tenso, a partida da Famí-
lia Real para Portugal agravou 
a situação econômica do país: 
os cofres foram esvaziados e o 
ouro levado para Lisboa, assim 
como os funcionários mais ex-
perientes e todos os arquivos 
com informações sobre a ad-
ministração joanina.
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Aula 09
3História 3C
Testes
Assimilação
09.01. (UFCE) – Sobre a vinda da família real para o Brasil é 
correto afirmar-se que 
a) ao desembarcar no Brasil, Dom João VI criou novos im-
postos alfandegários que contribuíram para o fechamento 
dos portos brasileiros para outras nações estrangeiras. 
b) o Brasil continuou na simples posição de colônia do impé-
rio português sem grandes transformações econômicas, 
políticas e culturais. 
c) foi uma medida tomada em comum acordo com Napo-
leão Bonaparte para ajudá-lo na integração com as nações 
da Europa Continental. 
d) a cidade do Rio de Janeiro teve o seu cenário transfor-
mado com a criação da Biblioteca Nacional, a construção 
do Jardim Botânico e o surgimento de várias casas de 
comércio que atendiam ao gosto refinado dos cortesãos 
vindos diretamente da Europa. 
e) a abertura dos portos brasileiros às chamadas nações 
amigas não privilegiou e nem ofereceu isenção de im-
postos à Inglaterra. 
09.02. Em 1808, o Jardim Botânico do Rio de Janeiro foi 
criado com a finalidade de aclimatar espécies vegetais prove-
nientes de diversos lugares do mundo. Com isso, esperava-se 
criar condições para produzir bens apreciados na Europa. 
Hoje, essa instituição científica desenvolve pesquisas sobre 
a flora de áreas protegidas, contribuindo para a conservação 
ambiental.
Sobre o contexto de criação dessa instituição, é correto 
mencionar 
a) o reinado de D. Pedro II, responsável por diversas iniciativas 
na área das ciências, sobretudo na capital do país à época. 
b) a transferência da Corte de Portugal para o Brasil, quando 
o Rio de Janeiro se tornou a capital do império português. 
c) a Independência do Brasil, quando o Rio de Janeiro se 
tornou a capital da República recém-criada. 
d) a fundação da cidade do Rio de Janeiro, planejada para 
ser a nova capital, em substituição a Salvador. 
e) a proclamação da República, quando D. Pedro II foi 
deposto e a capitalbrasileira foi transferida para Brasília. 
09.03. Ao longo dos séculos, a cidade passou por uma 
série de mudanças e transformações que resultaram na 
capital do estado que temos hoje. Dentre estas mudanças 
podemos citar: 
a) a ocupação francesa no centro do Rio de Janeiro no sé-
culo XVIII, inclusive a Ilha de Villegagnon, sede da França 
Antártica.
b) a destruição das plantações de cana-de-açúcar pelos ho-
landeses por conta da concorrência do açúcar produzido 
nas Antilhas durante o século XVII. 
c) o surgimento de ruas e o alargamento de algumas já 
existentes e a criação de instituições por D. João VI a partir 
de 1808, como o Jardim Botânico e a Biblioteca Real. 
d) a Revolução do Porto que em 1820 paralisou o porto 
principal do Rio de Janeiro por conta das altas tarifas 
alfandegárias sobre os escravos. 
09.04. (UECE) – Sobre a transferência da Corte portuguesa 
para o Brasil em 1808, é correto afirmar que 
a) ocorreu sem nenhum transtorno para a população do 
Rio de Janeiro, que recepcionou os nobres portugueses 
de forma planejada, sem que fossem necessárias grandes 
mudanças na cidade. 
b) teve como causa direta a invasão das tropas francesas ao 
território português como forma de forçar a adesão do 
país luso ao bloqueio continental. 
c) foi provocada pela ameaça inglesa de invasão ao Brasil, 
caso Portugal aderisse ao Bloqueio Continental ao co-
mércio britânico, imposto por Napoleão Bonaparte no 
decreto de Berlim, emitido em 1806. 
d) somente foi realizada como forma de garantir o cum-
primento do tratado de Fontainebleau, assinado com a 
França, que garantia a mudança para o Brasil no caso de 
ameaça espanhola a Portugal. 
Aperfeiçoamento
09.05. (CEFET – RJ) – Em 1808, D. João VI chegou ao Brasil, 
fugindo das conquistas napoleônicas. A partir de então, o 
Rio de Janeiro passou a ser a sede do Império Português. O 
período Joanino (1808-1821) é considerado um precursor 
do processo de independência do Brasil. Podemos chegar a 
essa conclusão a partir do entendimento de que: 
a) D. João VI sofreu severas críticas durante todo o período 
em que esteve no Brasil, não conseguindo manter sua 
autoridade e seu governo, tendo assim que renunciar ao 
trono de Portugal. 
b) possibilitou a abertura dos portos brasileiros a países 
como Inglaterra, facilitando o comércio e o enriqueci-
mento das elites no Brasil. 
c) o processo de independência foi uma iniciativa do próprio 
rei português, a partir do momento em que ele resolveu 
apoiar a Insurreição Pernambucana em 1817. 
d) a Coroa Portuguesa não tinha interesse de governar o 
Brasil, tendo em vista que perdera a região da Cisplatina 
para a Coroa Espanhola. 
09.06. (UEFS) – Do ponto de vista econômico, a con-
cessão mais onerosa para os interesses da colônia foi a 
tarifa de 15% ad valorem a ser cobrada sobre as mer-
cadorias inglesas entradas nos portos brasileiros, em 
navios ingleses ou portugueses [...]. Situação agravada 
4 Extensivo Terceirão
pelo fato de a Carta de Abertura dos portos fixar a taxa 
de 16% ad valorem para os navios portugueses e 24% 
para todas as demais nações.
(José Jobson de Andrade Arruda. Uma colônia entre dois impérios, 2008.)
O excerto refere-se aos tratados de 1810 assinados entre 
os governos português e inglês, que tiveram como uma de 
suas consequências 
a) o estímulo ao desenvolvimento das manufaturas no Brasil. 
b) o fortalecimento do controle metropolitano sobre o 
comércio colonial. 
c) a ligação das atividades econômicas coloniais com uma 
economia industrial. 
d) a crise das exportações de produtos primários do Brasil 
para a Europa. 
e) a adoção no conjunto do Império português da política 
do livre-cambismo. 
09.07. (UFPE) – 
TEXTO 1 
D. João VI e muitos de seus partidários sonhavam em 
refazer o Brasil à imagem da Europa Central. Nova 
Friburgo, apesar de ter fracassado, contribuiu para 
que as elites imaginassem o Brasil como um ímã para 
imigrantes, que transformariam o país em termos ra-
ciais, econômicos e culturais. 
LESSER, J. A invenção da brasilidade: identidade nacional, etnicidade e políticas de 
imigração. Trad.: Patrícia de Queiroz Carvalho Zimbres. São Paulo: Editora UNESP, 
2015, p. 49. Adaptado. 
TEXTO 2
Que Paris seja aqui! Assim pensava o Prefeito Pereira 
Passos durante os quatro anos da sua gestão (1903-
1906), uma época de Belle Époque na qual parecia que 
ele queria fazer do Rio de Janeiro uma Paris Tropical. 
DELUIZ, Ney. Disponível em: <https://espacomorgenlicht.wordpress.
com/2013/09/02/o-rio-que-queria-ser-paris>. Acesso em: 07 maio 2019 (adaptado). 
Sobre a sociedade brasileira do século XIX e do início do 
século XX, assinale a alternativa CORRETA. 
a) Os dois textos, ainda que relativos a momentos históricos 
distintos, denotam a persistência de uma busca por refe-
renciais europeus e brancos em nossa formação cultural. 
b) A formação da identidade nacional brasileira é uma cópia 
do mundo europeu, como os dois textos assinalam e 
exemplificam. 
c) Em todos os contextos históricos referidos, demonstra-
-se a importância de propor a mestiçagem de diversas 
contribuições culturais na formação do país. 
d) No início dos séculos XIX e XX, o Brasil, na condição de 
Reino Unido, e o Brasil republicano, construíram modelos 
de civilização, integrando grupos sociais e raciais diversos. 
e) Os dois momentos históricos descritos nos textos, o 
período joanino e o início da República, foram marcados 
pela paz social, prosperidade econômica e estabilidade 
política. 
09.08. (UDESC) – No Brasil, durante o início do século XIX, 
as províncias do Norte, dentre elas Pernambuco, viviam 
uma relativa prosperidade econômica, ocasionada em 
especial pela produção do algodão e do açúcar. A partir do 
estabelecimento da Corte Portuguesa no Rio de Janeiro, tal 
prosperidade foi relativamente fragilizada. 
Analise as proposições em relação às mudanças ocorridas 
com a chegada da Corte Portuguesa ao Brasil. 
I. A alocação de uma estrutura burocrática no Rio de Janeiro 
tornou o governo de Dom João VI mais capacitado a se 
envolver nos negócios das províncias, o que possibilitou 
a diminuição de autonomia destas. 
II. Para arcar financeiramente com os custos da Corte no Rio 
de Janeiro, o governo exigiu a cobrança de mais impostos 
dos setores de produção de açúcar e algodão. 
III. A cobrança de maiores impostos e a diminuição da auto-
nomia das províncias, ocasionadas pela presença da Corte 
no Rio de Janeiro, não tiveram nenhuma relação com o 
movimento que se tornou conhecido como Revolução 
Pernambucana. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) Somente a afirmativa I é verdadeira. 
d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
e) Somente a afirmativa II é verdadeira. 
09.09. (UEPB) – Ao chegar ao Brasil, D. João VI causou mu-
danças. Educados na Europa, sob a influência do Iluminismo 
francês, os nobres precisavam dos livros, das pinturas e dos 
estudos científicos como símbolos de poder, de progresso 
e para se diferenciar dos nativos incultos que trabalhavam. 
Assinale a alternativa que traz quatro medidas efetivadas 
pelo governo que se instalou no Rio de Janeiro em 1808. 
a) Inauguração do Real Horto (Jardim Botânico)/ Criação do 
Banco do Brasil/ Construção do Jardim Zoológico de São 
Paulo/ Criação da Imprensa Régia. 
b) Criação da Caixa Econômica Federal/ Inauguração de 
Universidades em várias cidades/ Fundação da Real Biblio-
teca/ Criação de um centro de pesquisas da cultura nativa. 
c) Instalação da Missão Científica Austro-francesa/ Inau-
guração dos Jornais O Globo e Estado de São Paulo/ 
Inauguração da Casa de Cultura Francesa / Inauguração 
de uma estação de trens. 
d) Fundação da Real Biblioteca/ Construção do Forte de 
Santa Maria no Rio de Janeiro/ Implantação da Casa da 
Moeda/ Inauguração de um orquidário. 
e) Inauguração doReal Horto (Jardim Botânico)/ Criação 
da Imprensa Régia/ Fundação da Real Biblioteca / Insta-
lação da Missão Científica Austríaca e da Missão Artística 
Francesa. 
Aula 09
5História 3C
09.10. “A fuga da família real portuguesa para o Brasil 
abriu o único período na história em que um império 
colonial foi governado de fora da Europa. Em 1807, 
sob forte pressão britânica e com o imperador francês 
Napoleão Bonaparte expandindo seu poder pelo con-
tinente, D. João VI, então príncipe regente de Portugal, 
decide transferir a sede do reino para Rio de Janeiro. 
Apesar de planejada e debatida por muito tempo, a 
mudança se deu e modo atabalhoado e às pressas. Nem 
todos os que deveriam viajar conseguiram embarcar, e 
o mesmo aconteceu com parte da bagagem, incluindo 
os livros da biblioteca real, abandonados em caixotes. 
Quando a frota portuguesa partiu, amparada por 
navios ingleses, as tropas do general francês Junot se 
aproximavam de Lisboa.”
COLOMBO, Sylvia. Confronto e Calmaria. Folha de São Paulo, 2 mar. 2008. Especial, p. 2.
O artigo acima aborda as motivações que impulsionaram a 
transferência da sede do reino português para o Brasil.
Sobre o tema podemos afirmar que dentre as principais 
repercussões provocadas pela instalação da corte portuguesa 
não se inclui:
a) a fundação da Faculdade de Medicina na Bahia, e da 
Imprensa Régia no Rio de Janeiro;
b) a assinatura de tratados de comércio e navegação com 
a Inglaterra, os quais favoreceram a comercialização de 
produtos de origem britânica pelas baixas tarifas cobradas 
dos produtos ingleses importados;
c) a criação do Banco do Brasil, da Casa da Moeda e do 
Jardim Botânico; 
d) a fundação, no Rio de Janeiro, da Escola Nacional de 
Belas-Artes e da Biblioteca Pública;
e) a convocação de uma Assembleia Constituinte, para a 
elaboração de novas leis, dentre elas a que estabeleceu 
a liberdade de comércio na colônia.
Aprofundamento
09.11. (PUC – RJ) – Analise as afirmativas abaixo que apre-
sentam acontecimentos referidos à política da Corte portu-
guesa durante sua permanência no Brasil entre 1808 e 1821.
I. Como expressão da relação de poder assimétrica entre 
os soberanos britânico e português, os tratados de 1810 
impunham ao governo de D. João no Rio de Janeiro, 
entre outras decisões, a limitação do tráfico negreiro 
intercontinental às colônias de Portugal na África e o 
compromisso de abolir gradualmente o trabalho escravo 
na América portuguesa.
II. A criação do primeiro Banco do Brasil, da Impressão Régia, 
da Escola de Medicina, das Academias Militar e de Mari-
nha, do Real Horto, da Real Biblioteca e inúmeras outras 
medidas, assim como a conquista da Guiana Francesa e a 
ocupação da Banda Oriental, revelavam o projeto político 
da Corte joanina de “criar um novo império” na América, 
tendo como sede a cidade do Rio de Janeiro.
III. Ao revogar o alvará de 1785 que proibia qualquer ativi-
dade manufatureira na colônia americana, com exceção 
da fabricação de panos grossos para a vestimenta dos 
escravos, o Príncipe-Regente D. João propiciou o sur-
gimento de inúmeros estabelecimentos fabris em dife-
rentes pontos do Reino do Brasil, deflagrando o primeiro 
grande surto industrial do país, apesar da permanência 
do trabalho escravo.
IV. A Revolução Pernambucana de 1817 teve como uma 
de suas motivações a reação aos privilégios concedidos 
por D. João aos comerciantes, burocratas e proprietários 
de escravos e terras do Rio de Janeiro e áreas próximas, 
o que lhes possibilitara prosperar, acumular poder e ga-
nhar prestígio. Para os revolucionários de 1817, o Rio de 
Janeiro se transformara em uma “nova Lisboa”, dominada 
por “portugueses” que oprimiam os “brasileiros” de outras 
partes do Reino do Brasil.
Assinale: 
a) se somente a afirmativa I estiver correta. 
b) se somente as afirmativas II e III estiverem corretas. 
c) se somente as afirmativas I e IV estiverem corretas. 
d) se somente as afirmativas II, III e IV estiverem corretas. 
e) se somente as afirmativas I, II e IV estiverem corretas. 
09.12. (PUC – RS) – O período que antecedeu à Indepen-
dência do Brasil foi marcado pela presença da Coroa Por-
tuguesa em sua colônia americana. Sobre esse processo, é 
INCORRETO afirmar: 
a) A primeira medida de D. João, o príncipe regente de 
Portugal, ao desembarcar no Brasil, foi assinar o decreto 
que estabelecia a abertura dos portos brasileiros às na-
ções amigas (1808), atendendo, assim, aos interesses da 
Inglaterra, maior parceira econômica da Coroa Lusitana. 
b) Em 1810, D. João assinou tratado com a Inglaterra, es-
tabelecendo que os produtos ingleses importados pelo 
Brasil pagariam apenas 15% de tributos alfandegários nos 
portos brasileiros, enquanto que os portugueses pagariam 
16%, e os dos demais países, 24%. 
c) A Coroa Portuguesa tomou várias medidas para moderni-
zar a sua colônia americana, promovendo maior abertura 
comercial, fazendo investimentos em infraestrutura e no 
desenvolvimento cultural do Rio de Janeiro, o que deu 
grande dinamismo à cidade. 
d) Em 1815, o Brasil foi elevado à condição de Reino Unido 
a Portugal e Algarve, deixando, assim, de ser oficialmen-
te uma colônia, decisão tomada por D. João devido ao 
receio de que o Brasil seguisse o caminho das colônias 
espanholas e se separasse definitivamente da metrópole. 
e) Em 1820, foi deflagrada a Revolução do Porto que, dentre 
outras medidas, exigiu o retorno do Brasil à condição de 
colônia portuguesa e a volta de D. João a Portugal, a fim 
de reestabelecer o absolutismo nesse país. 
6 Extensivo Terceirão
09.13. Com a vinda da corte portuguesa ao Brasil, em 
1808, não só os portos se abriram para as Nações Ami-
gas, mas também as portas para a entrada de estrangei-
ros. [...] Comerciantes, especialmente ingleses, artistas 
franceses e imigrantes, além de viajantes naturalistas 
de várias regiões do Velho Mundo, têm permissão de 
estudar o que o país desconhecido parecia prometer 
em novidades. Esses visitantes serão autores de um 
novo descobrimento do Brasil [...].
LISBOA, Karen Macknow. A Nova Atlântica de Spix e Martius: natureza e civilização 
na Viagem pelo Brasil (1817-1820). São Paulo: Hucitec, 1997. p. 29.
O texto refere-se aos viajantes como autores de um “novo 
descobrimento do Brasil” porque eles teriam 
a) denunciado a condição degradante dos indígenas da 
América, dada a expropriação de suas terras. 
b) apontado a necessidade de emancipação política brasilei-
ra frente aos interesses colonialistas de Portugal. 
c) influenciado as práticas agrícolas brasileiras por compar-
tilharem tecnologias modernizantes dos Estados Unidos. 
d) divulgado as informações sobre o país ao transformarem 
suas anotações de viagens em relatos publicados na 
Europa. 
09.14. (UEL – PR) – A transferência da Corte de D. João VI 
para a colônia portuguesa teve apoio do governo britânico, 
uma vez que:
a) Portugal negociou o domínio luso na Península Ibérica 
com a Inglaterra, em troca de proteção estratégica e bélica 
na longa viagem marítima ao Brasil.
b) em meio à crescente Revolução Industrial, os negociantes 
ingleses precisavam expandir seus mercados rumo às 
Américas, já que o europeu era insuficiente.
c) o bloqueio continental imposto por Napoleão fechou o 
comércio inglês com o continente europeu; a instalação 
do governo luso no Brasil propiciou a retomada dos 
negócios luso-anglicanos.
d) o exército napoleônico invadiu Portugal visando a instituir 
o regime democrático republicano de paz e comércio, 
em franca oposição ao expansionismo da monarquia 
britânica.
e) os ingleses pretendiam consolidar novos mercados na 
América Portuguesa, tendo em vista antigas afinidades 
socioculturais com os ibéricos.
09.15. (UFSC) – “A fuga da família real portuguesa para 
o Brasil abriu o único período na história em que um 
império colonial foi governado de fora da Europa. Em 
1807, sob forte pressão britânica e com o imperador 
francês Napoleão Bonaparte expandindo seu poder 
pelo continente,Dom João 6.º [sic], então príncipe 
regente de Portugal, decide transferir a sede do reino 
para o Rio de Janeiro. Apesar de planejada e debatida 
por muito tempo, a mudança se deu de modo ataba-
lhoado e às pressas. Nem todos os que deveriam viajar 
conseguiram embarcar, e o mesmo aconteceu com 
parte da bagagem, incluindo os livros da biblioteca 
real, abandonados em caixotes.
Quando a frota portuguesa partiu, amparada por na-
vios ingleses, as tropas do general francês Junot se 
aproximavam de Lisboa.”
COLOMBO, Sylvia. Confronto e Calmaria. “Folha de São Paulo”, São Paulo, 2 mar. 
2008. Especial, p. 2.
Com base no texto e nos seus conhecimentos sobre a história 
ibérica, assinale a(s) proposição(ões) CORRETA(S).
01) O deslocamento da Família Real de Lisboa para o Brasil, 
em 1808, foi provocado pelas ameaças de invasão mili-
tar dos ingleses e a ingenuidade política do rei D. João 
VI, que assumiu o poder após a morte de sua mãe, D. 
Maria, a Louca.
02) A instalação da corte portuguesa no Rio de Janeiro, em 
1808, transformou o Brasil no único exemplo da histó-
ria ocidental em que um império colonial foi governa-
do de fora da Europa.
04) Durante o século XIX, pressionado pelos ingleses e com 
a invasão dos seus territórios pelas tropas francesas, o 
rei da Espanha decidiu seguir o exemplo de D. João VI e 
transferiu a sede do governo para Buenos Aires.
08) A viagem da corte portuguesa para o Brasil foi planeja-
da desde 1807 e permitiu um transcurso direto, rápido 
e tranquilo até o Rio de Janeiro, cidade que dispunha 
de alojamentos suficientes para hospedar um número 
superior a 10 mil nobres lusitanos.
16) A transferência da sede administrativa do reino por-
tuguês para o Rio de Janeiro exigiu a criação de ins-
tituições como o Banco do Brasil, a Imprensa Real e a 
Academia Militar.
09.16. (UEM – PR) – Sobre a vinda da Corte portuguesa e 
sua permanência no Brasil no início do século XIX, assinale 
a(s) alternativa(s) correta(s). 
01) A Missão Artística Francesa, promovida pela Coroa Por-
tuguesa, influenciou o ambiente cultural brasileiro e 
introduziu nas artes plásticas o neoclassicismo, movi-
mento artístico que se inspirava na arte greco-romana. 
02) Com a vinda da Corte, ocorreu um processo de urba-
nização; e o Brasil, até então um país agrário, com a 
maioria da população exercendo atividades agrícolas, 
tornou-se um país caracterizadamente urbano. 
04) A vinda da Corte portuguesa e a transposição dos prin-
cipais órgãos do Estado metropolitano tornaram o Bra-
sil a sede do Império Português. 
08) A vinda da Corte decorreu das Guerras Napoleônicas e 
criou condições para a abertura dos portos brasileiros 
às “nações amigas” em 1808. 
16) A presença da corte portuguesa promoveu uma maior 
autonomia e contribuiu decisivamente para o processo 
que conduziu o Brasil à independência. 
Aula 09
7História 3C
09.17. (FGV – SP) – Leia a entrevista.
FOLHA – Estamos vivendo um momento de novas 
interpretações em relação ao período imperial? 
MAXWELL – (...) o movimento de independência 
da década de 1820 não aconteceu no Brasil, mas em 
Portugal. Foram os portugueses que não quiseram 
ser dominados por uma monarquia baseada na Amé-
rica.
Com a rejeição da dominação brasileira, eles atraí-
ram muitos dos problemas de fragmentação, guerras 
civis e descontinuidade que são parecidos com aque-
les que estavam acontecendo na América espanhola.
É sempre importante, ao pensar a história do Brasil, 
considerar que ela não se encaixa em interpretações 
convencionais. É sempre necessário pensar um pou-
co de forma contrafactual, porque a história brasilei-
ra não segue a mesma trajetória de outras histórias 
das Américas. O rei estava aqui, a revolução liberal 
estava lá. A continuidade estava aqui, a descontinui-
dade estava lá. 
Acho que isto explica muito das coisas que acontece-
ram depois no Brasil, no século 19.
Marcos Strecker, Para Maxwell, país não permite leituras convencionais. Folha de 
S.Paulo, 25-11-2007.
“A história brasileira não segue a mesma trajetória de outras 
histórias das Américas”, pois 
a) em 1824 foi promulgada a primeira constituição do 
Brasil, caracterizada pela divisão e autonomia dos três 
poderes e por uma legislação social avançada para os 
padrões da época, pois garantia o direito de voto a todos 
os brasileiros. 
b) com a grave crise estrutural que atingiu as atividades 
produtivas da Europa no início do século XIX, restou ao 
Brasil um papel relevante no processo de recuperação 
das bases econômicas industriais, com o fornecimento 
de algodão, tabaco e açúcar. 
c) os princípios e as práticas liberais do príncipe-regente 
Dom Pedro se chocavam com o conservadorismo das 
elites coloniais do centro-sul, defensoras de restrições 
mercantilistas com o intuito de conter a ganância bri-
tânica pela riqueza brasileira. 
d) com as invasões napoleônicas, desorganizaram-se os 
contatos entre a metrópole espanhola e seus espaços 
coloniais na América, situação diversa da verificada em 
relação ao Brasil, que abrigou a Corte portuguesa. 
e) a elite colonial nordestina – voltada para o mercado in-
terno, defensora do centralismo político-administrativo e 
da abolição da escravatura – apostava na liderança e na 
continuidade no Brasil de Dom João VI para a efetivação 
desse projeto histórico. 
09.18. (UNESP – SP) – A vinda da Corte com o enraiza-
mento do Estado português no Centro-Sul daria início 
à transformação da colônia em metrópole interiorizada.
(Maria Odila Leite da Silva Dias. A interiorização da metrópole e 
outros estudos, 2005.)
Cite e analise duas medidas determinadas pelo Príncipe Re-
gente D. João, nos anos em que ficou no Brasil, que tenham 
contribuído para essa interiorização da metrópole e seu 
gradual enraizamento na colônia. 
Desafio
09.19. (UFPR) – Leia os dois excertos abaixo sobre o Museu 
Nacional do Rio de Janeiro: 
A primeira instituição museológica e de pesquisa do 
Brasil, o Museu Nacional/UFRJ, segue seu pioneiris-
mo com estudos de ponta e amplo acervo enriquecido 
constantemente. [...] O embrião das coleções foi im-
plantado pela família real portuguesa, e atualmente é 
o maior museu de história natural e antropológica da 
América Latina. 
(PIRES, Debora de Oliveira. 200 anos do Museu Nacional. Rio de Janeiro: Associação 
Amigos do Museu Nacional, 2017.) 
As cinzas do Museu Nacional, no Rio de Janeiro, con-
sumido pelas chamas na noite do último domingo, são 
mais do que restos de fósseis, cerâmicas e espécimes 
raros. O museu abrigava entre suas mais de 20 milhões 
de peças os esqueletos com as respostas para perguntas 
que ainda não haviam sido respondidas – ou sequer 
feitas – por pesquisadores brasileiros. E pode ter calado 
para sempre palavras e cantos indígenas ancestrais, de 
línguas que não existem mais no mundo. 
(ALESSI, Gil. A ciência perdida no incêndio do Museu Nacional. El País, 06 set 
2018. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/ brasil/2018/09/05/politi-
ca/1536160858_009887.html>. Acesso em 06 de set. 2018.) 
8 Extensivo Terceirão
O Museu Nacional foi construído no Rio de Janeiro juntamente com outras iniciativas, como o Jardim Botânico e a Biblioteca 
Real, nas duas primeiras décadas do século XIX, após a vinda da família real portuguesa ao Brasil. 
a) Identifique a razão pela qual a família real se instalou no Brasil em 1808 e pontue outras duas consequências da sua vinda 
para os brasileiros, durante o chamado período joanino (1808-1821).
b) A partir da leitura dos excertos apresentados e dos conhecimentos sobre história, disserte sobre duas funções sociais e/
ou científicas da existência de lugares de memória e de patrimônio, tais como o Museu Nacional. 
 
09.01. d
09.02. b
09.03. c
09.04. b
09.05. b
09.06. c
09.07. a
09.08. d
09.09. e
09.10. e
09.11. e
09.12. e
09.13. d
09.14. c
09.15. 18 (02 + 16)
09.16. 29 (01 + 04 + 08 + 16)
09.17. d
09.18. Podemos citar: (1) abertura dos Portos 
às Nações Amigas, rompendo o Pacto 
Colonial, (2) elevação do Brasil à cate-goria de Reino Unido ao de Portugal 
e Algarves, (3) abertura de escolas de 
ensino superior, (4) criação da Imprensa 
Régia, (5) criação da Casa da Moeda, (6) 
abertura do Banco do Brasil, dentre ou-
tros feitos. 
09.19. a) Fugindo das invasões napoleônicas 
no contexto do Bloqueio Continental, 
a corte portuguesa fugiu de Portugal, 
foi escoltada pela marinha Inglesa, 
chegando em 1808 ao Brasil. Entre 
as realizações de D. João VI no Brasil, 
1808-1821, estão a criação do Banco 
do Brasil, da Biblioteca, do Jardim Bo-
tânico, das faculdades de Medicina e 
Direito, etc.
b) O Museu Nacional do Rio de Janeiro 
possuía um grande acervo histórico 
contribuindo muito para a preserva-
ção da memória nacional e interna-
cional. Nele estava boa parte da His-
tória nacional; representava um local 
de estudos para os pesquisadores, 
uma vez que preservava a memória 
social, histórica e científica. Segundo 
o professor e antropólogo da UFPR 
João Pacheco de Oliveira, “Foi uma 
hecatombe o incêndio no Museu. O 
acervo etnológico perdeu materiais 
indígenas, africanos, da Oceania. Ha-
via peças mais antigas que o próprio 
museu, herdadas dos imperadores 
D. Pedro I e II. Havia mais de 40 mil 
peças relativas aos povos indígenas 
do Brasil, o maior acervo sobre esse 
tema nas Américas. Era memória, os 
elementos de cultura material que 
permitiam repensar culturas, formas 
de contato e mudanças culturais. 
Além do acervo, perdemos a biblio-
teca do programa de pós-graduação 
em Antropologia Social, com 30 mil 
volumes. A arqueologia também per-
deu um acervo valioso – material dos 
Andes, do Egito, da Europa”. 
Gabarito
9História 3C
História
3C
A Independência – Primeiro Reinado
Aula 10
 Que fatos marcaram o 
rompimento político 
com Portugal?
No início da década de 20 do século XIX, o quadro 
podia ser assim resumido: pressão das Cortes portu-
guesas, visando a reenquadrar o Brasil nos moldes do 
Pacto Colonial; pressão inglesa no sentido de garantir 
o domínio comercial sobre o mercado brasileiro; 
manifestações das populações urbanas, desejando 
aproveitar o clima de incertezas para concretizar um 
projeto radical de emancipação, nos moldes do que vi-
nha acontecendo em outras nações latino-americanas; 
os proprietários rurais brasileiros admitiam a emanci-
pação como solução para evitar o risco da recoloniza-
ção, mas temiam que uma radicalização do processo 
pusesse em risco seus reais interesses: a propriedade 
da terra, dos escravos e a manutenção do controle 
sobre o território nacional.
A solução para a elite brasileira parecia ser 
mesmo a de dar continuidade à Dinastia de Bra-
gança, por meio da figura do jovem, inexperiente 
e manipulável D. Pedro de Alcântara. Induzi-lo a 
romper com Portugal seria a forma menos traumá-
tica de independência, além da melhor garantia 
de manter a estrutura latifundiária e a escravagista 
intactas.
A ação insensível das Cortes portuguesas facilitou 
o trabalho da elite brasileira. Em outubro de 1821, as 
Cortes solicitaram o retorno de D. Pedro a Portugal.
Ora, voltar significava abrir mão de qualquer chance 
de exercício do poder, já que o caráter liberal do novo 
governo português limitava as funções do Rei, fato que 
logicamente desagradava o Príncipe Regente do Brasil. 
Essa situação acabou por aproximar o grupo de D. Pedro 
ao (grupo) da aristocracia rural, iniciando os contornos 
de uma “solução pelo alto”, envolvendo o príncipe, man-
tendo a monarquia e os privilégios econômicos da elite.
Em janeiro de 1822, D. Pedro anunciou publicamente 
sua intenção de permanecer no Brasil, o que provocou a 
ira das Cortes portuguesas, que enviaram novas ordens, 
limitando os poderes de D. Pedro ao Rio de Janeiro e 
determinando a obediência do resto do território dire-
tamente a Lisboa. O Príncipe Regente respondeu com 
a Lei do Cumpra-se, estabelecendo que a obediência 
a qualquer ordem em todo o território brasileiro estava 
condicionada à sua assinatura.
José Bonifácio, representante da aristocracia, che-
fiava o ministério de D. Pedro nesse momento e exercia 
grande influência sobre o Príncipe Regente. Pode-se 
dizer que Bonifácio foi o verdadeiro articulador da 
Independência.
Em junho de 1822, D. Pedro convocou uma Consti-
tuinte, antecipando o grito do Ipiranga. Afinal, por que 
uma nova Constituição senão para formalizar a separa-
ção de Portugal?
As disposições da convocação excluíram qualquer 
possibilidade de participação popular no processo 
de escolha dos constituintes. Era a garantia de que o 
controle das leis e da ordem não cairia nas mãos de 
radicais.
As Cortes portuguesas reagiram duramente a essas 
notícias: mandaram ordens anulando as últimas deter-
minações de D. Pedro e exigiram seu imediato retorno a 
Portugal, sob pena de deserdá-lo.
Era chegada a hora da decisão...
 Grito do Ipiranga!
A chegada das últimas ordens das Cortes ao Rio 
de Janeiro pegou D. Pedro “fora de casa”. No dia 14 de 
agosto, ele havia partido para Santos, a fim de visitar 
a família de José Bonifácio, seu principal assessor e 
ministro. Ao receber as notícias vindas de Portugal, 
Bonifácio imediatamente mandou avisar D. Pedro. 
Conhecedor do espírito explosivo do Príncipe Regente, 
o ministro tinha certeza de que, apanhado de surpresa, 
o humor de D. Pedro não resistiria às más notícias.
10 Extensivo Terceirão
Diante das últimas ordens 
provenientes das Cortes por-
tuguesas, Dona Leopoldina, 
esposa de D. Pedro, comentou: 
“Os frutos estão maduros. Já é 
hora de colhê-los”.
Gérson Brasil, no livro A Revo-
lução Brasileira de D. Pedro I (São 
Paulo, Editora J. Bushatski, p.123), 
definiu assim os momentos que 
antecederam o “grito” da Indepen-
dência:
Finalmente, na madrugada 
de 7 de setembro, saiu D. Pedro 
de Santos em direção a São 
Paulo, (...) mas logo à altura de 
Cubatão começou a passar mal 
da barriga, por isso mandou 
que a Guarda e a maior parte 
da sua comitiva se adiantassem 
para esperá-lo perto da capital. 
Vestia um uniforme comum, 
uma fardeta de oficial de polícia 
e montava uma besta gateada, 
mais adequada que o cavalo 
para descer e subir a serra em 
estrada rústica de terra batida.
Às margens do riacho Ipiranga, 
o jovem príncipe recebeu as cartas 
com as últimas ordens das Cortes. 
Como imaginaram José Bonifácio 
e Dona Leopoldina, D. Pedro ficou 
irado e, dirigindo-se à pequena 
comitiva que o acompanhava, 
bradou: Independência ou Morte!
E assim se deu: a Independência 
política, realizada por D. Pedro, em 
virtude das ingerências dos mem-
bros da elite, teve apoio popular e 
afastou os riscos da recolonização 
portuguesa. Mas foi só. No mais, 
nada mudou no país.
 “Independência ou Morte”, obra de Pedro Américo, 1888
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 Quais as primeiras dificuldades do 
novo governo?
Ao contrário do que muitos imaginam, a 
Independência não teve fácil aceitação, princi-
palmente para os milhares de portugueses que 
moravam no Brasil e que temiam ser prejudi-
cados. Diante disso, muitos reagiram contra a 
separação de Portugal. No Pará, no Maranhão, 
no Piauí, na Bahia e na Província Cisplatina, D. 
Pedro teve de recorrer à força para garantir a 
obediência à sua autoridade e, principalmente, 
evitar a fragmentação territorial do Império. 
Como não havia um exército organizado para 
enfrentar conflitos de maior envergadura, o jovem Imperador contratou mer-
cenários, como o almirante Cochrane, Grenfell e o general Labatut.
A maior resistência ocorreu na Bahia, onde as hostilidades dos portugue-
ses, comandados pelo brigadeiro Madeira de Melo, vinham desde antes da 
Independência. Agressões e atos de violência geraram um clima muito tenso. 
Até a Igreja se envolveu, após o ataque português ao convento da Lapa, que 
resultou na morte da soror Joana Angélica.
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 Soror Joana Angélica, 
bloqueando a passagem 
datropa Portuguesa. Sal-
vador – BA.
Aula 10
11História 3C
Em 2 de julho de 1823, as tropas fiéis ao governo, li-
deradas por Labatut, venceram em Pirajá. Os portugueses 
bateram em retirada. Consolidou-se, quase um ano após a 
proclamação, a Independência no âmbito interno.
No Pará, ocorreu uma situação curiosa e trágica. 
Após pacificar a reação portuguesa, o inglês John 
Grenfell abriu fogo contra os brasileiros que come-
moravam a libertação da região (cinco brasileiros 
foram fuzilados). Outros 252 morreram asfixiados 
num porão de navio.
O reconhecimento interno não foi, no entanto, a 
única dificuldade do novo governo. O reconhecimento 
externo exigiu de D. Pedro muitos esforços e recursos.
O primeiro país a reconhecer a independência brasi-
leira foram os EUA, em 1824. A atitude norte-americana 
era coerente com a postura de seu presidente, James 
Monroe, que advogava a não interferência europeia nas 
questões políticas e territoriais da América. A síntese de 
sua política, conhecida como Doutrina Monroe, era “A 
América para os americanos”.
Boa parte da Europa, nessa ocasião, vivia o perío- 
do da Restauração, com a volta ao poder – após a 
derrocada de Napoleão Bonaparte – de líderes ab-
solutistas. Essa nova situação política na Europa difi-
cultou bastante o reconhecimento de uma nova co-
lônia que desfalcava uma potência europeia e dava 
mau exemplo às demais colônias.
Para reconhecer a independência do Brasil, Portugal 
exigiu, em 1825:
 • o pagamento de 2 milhões de libras esterlinas a 
título de indenização;
 • o título honorário, dado a D. João VI, de Imperador 
do Brasil.
A mediação para o reconhecimento português foi 
feito pela Inglaterra, interessada em manter os negócios 
com o Brasil. Foram os ingleses, inclusive, que, “gentil-
mente”, emprestaram o dinheiro para D. Pedro pagar a 
indenização aos portugueses. Com juros, é claro!
O interessante é que os ingleses só reconheceram 
a nossa independência depois de Portugal. Apro-
veitaram, enquanto isso, para tirar um pouco (mais) 
de proveito: exigiram a renovação dos Tratados 
de 1810 – que expirariam em 1827 – garantindo 
que produtos da Inglaterra pagassem tarifas adua- 
neiras bastante baixas. Além disso, arrancaram de D. 
Pedro o compromisso de acabar com o tráfico negreiro, 
gerando desconfiança e insatisfação dos proprietários 
brasileiros.
As indenizações e favores realizados em troca da 
Independência fragilizaram ainda mais a já dramática 
situação econômica do país naquele momento. Sem 
nenhum produto que sustentasse a economia nacio-
nal, o governo brasileiro aprofundou a sua dependên-
cia econômico-financeira em relação à Inglaterra.
Os empréstimos concedidos pelos bancos ingle-
ses serviam até para o pagamento dos funcionários 
do Império. A crise econômica ajudou a enfraquecer 
a aliança entre o povo e o Imperador.
 Como foi elaborada a 
primeira constituição 
do Brasil?
A Constituinte, que já 
havia sido convocada por D. 
Pedro antes mesmo do “gri-
to do Ipiranga”, reuniu-se a 
partir de 3 de maio de 1823. 
As ações dos constituintes 
estavam centradas nos 
interesses dos proprietários 
rurais. Isso determinaria a 
organização do Estado e o 
funcionamento do governo. 
Um dos líderes desse grupo 
majoritário, Antônio Carlos 
de Andrada, irmão de José 
Bonifácio, elaborou um pro-
jeto liberal e antilusitano.
Elitista, o projeto permitia que votassem e fossem 
votados apenas os que pudessem provar renda. Era o 
voto censitário. O curioso é que a base de cálculo usa-
da para determinar quem poderia votar ou não era a 
farinha de mandioca. Se o cidadão possuísse o equiva-
lente a 150, 250, 500 ou 1 000 alqueires de mandioca, 
poderia ser eleitor ou se candidatar a deputado ou a 
senador, conforme o caso. Por isso, esse projeto ficou 
conhecido como a Constituição da Mandioca.
O aspecto mais controverso do projeto era o 
que limitava os poderes de D. Pedro e os direitos 
dos portugueses no Brasil. Em resumo, a elite rural 
brasileira desejava fazer com D. Pedro o mesmo que a 
elite portuguesa fez com D. João, ou seja, torná-lo um 
Imperador de fachada.
Porém, D. Pedro, que havia jurado respeitar o texto 
constitucional se ele fosse digno do Brasil e dele, não se con-
formou com essa trama e resolveu agir de forma decidida.
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 José Bonifácio continuava à 
frente da política nacional.
12 Extensivo Terceirão
No dia 12 de novembro de 1823, após manter os 
constituintes acordados a noite toda – essa vigília 
forçada ficou conhecida como a Noite da Agonia –, D. 
Pedro dissolveu a Assembleia. Vários constituintes foram 
presos, inclusive os irmãos Andrada.
 Dissolução da Assembleia
Dissolvida a Assembleia, D. Pedro determinou a 
elaboração de um novo texto constitucional, que a rigor 
modificou pouco o que já havia sido feito. O Imperador 
manteve o caráter liberal da Monarquia Constitucional 
pensada pelos constituintes e o voto censitário, mas na 
verdade criou mecanismos que lhe garantiam amplos 
poderes, como o Poder Moderador, por meio do qual 
poderia intervir nos demais poderes.
A constituição foi outorgada no dia 25 de março de 
1824.
Além dos aspectos já mencionados, podemos desta-
car na primeira Constituição do Brasil:
• O senado tornou-se vitalício.
• A Igreja Católica tornou-se a religião oficial do 
Estado.
• Foi garantida a liberdade religiosa.
• O Brasil foi dividido em províncias.
• As eleições para a Assembleia tornaram-se indiretas.
 Quais os fatores 
condicionantes da 
abdicação de D. Pedro?
Com o fechamento da Constituinte, D. Pedro rompeu 
relações com a elite rural e, diante disso, isolou-se poli-
ticamente. Além disso, uma série de fatores provocou a 
reação dos setores médios e populares contra o Impera-
dor, entre eles:
• a crise econômica que afetava duramente as ca-
madas populares;
• a repressão da Confederação do Equador inicia-
da em Pernambuco. Essa revolta liberal, liderada 
pelo religioso e jornalista Frei Caneca, teve como 
causa imediata a indicação de um governador 
conservador para a Província, o qual não foi acei-
to pelos pernambucanos. As ideias liberais e an-
tilusitanas difundidas pela imprensa pregavam 
também o separatismo e a proclamação de uma 
República Federalista.
O movimento recebeu a adesão de outras provín-
cias, e os rebeldes chegaram a proclamar a República, 
adotando provisoriamente a Constituição da Colôm-
bia. D. Pedro reprimiu o movimento e não perdoou 
aos rebeldes: dezesseis deles foram condenados à 
forca, inclusive Frei Caneca. O descontentamento com 
a forma como D. Pedro reprimiu a Confederação do 
Equador contribuiu para isolar ainda mais o Imperador.
Confederação do Equador
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13História 3C
A popularidade de Frei Caneca era tão grande que 
ninguém se apresentou para executar a sua pena de morte, 
como dispunha a lei. Acabou sendo fuzilado pelo exército.
• Em 1825, os uruguaios 
declararam sua indepen-
dência do Brasil e reapro-
ximaram-se da Argen-
tina. D. Pedro declarou 
guerra aos argentinos. O 
conflito se arrastou por 
três anos, ampliando os 
problemas financeiros e 
a insatisfação geral. Em 
1828, com a interferên-
cia inglesa, D. Pedro de-
sistiu do Uruguai, acei-
tando a independência.
• Em meio a esse conflito, 
morreu o rei de Portugal, 
D. João VI. D. Pedro era 
o seu herdeiro. Como a 
situação brasileira era 
grave, abdicou em nome 
de sua filha, D. Maria da 
Glória. Porém, D. Miguel, 
irmão de D. Pedro, deu 
um golpe (com apoio de 
D. Carlota Joaquina, mãe 
de ambos) e assumiu o 
trono português. Toda 
essa confusão afastou D. 
Pedro dos problemas na-
cionais, motivo pelo qual 
foi duramente criticado.
 D. Miguel e Maria da Glória, irmão e filha de D. Pedro I, aspiran-
tes à Coroa portuguesa
• As críticas dos jornais, como o Aurora Fluminense, 
irritaram o Imperador, que mandou fechar alguns 
deles. Alguns jornalistas foram agredidos. Em São 
Paulo, o jornalista Líbero Badaró, do jornal O Ob-
servador Constitucional,foi assassinado. O clima 
ficou muito difícil para o Imperador.
• Em fins de 1830, D. Pedro fez uma viagem a Mi-
nas e foi friamente recebido pela população. De 
volta ao Rio, os portugueses que o apoiavam 
tentaram organizar uma festa, mas os brasileiros 
atacaram o local e houve uma grande confusão. 
Esse episódio ficou conhecido como a Noite das 
Garrafadas.
D. Pedro tentou, para acalmar os ânimos, nomear 
um ministério formado apenas por brasileiros natos. A 
medida, porém, não surtiu efeito. Quinze dias depois, 
organizou novo gabinete formado por portugueses, 
que ficou conhecido como Ministério dos Marqueses. As 
pressões se avolumaram. O povo foi às ruas e a situação 
tornou-se insustentável.
O Imperador, então, desistiu. Em 7 de abril de 1831, 
D. Pedro abdicou em favor de seu filho mais velho, na 
época com cinco anos de idade.
A abdicação de D. Pedro encerrou o processo 
de Independência. O afastamento do Imperador 
e do grupo português que o apoiava consolidou 
o grupo agrário brasileiro no poder e afastou defi-
nitivamente o perigo da recolonização. Agora era 
hora de constituir as regras do Estado brasileiro. 
Para a elite, o desafio passava a ser as massas po-
pulares.
Como tutor do futuro Imperador foi escolhido José 
Bonifácio. D. Pedro partiu para a Europa, a fim de lutar 
pelo trono de sua filha. Venceu o irmão, D. Miguel, e 
D. Maria da Glória assumiu com o nome de D. Maria II. 
Em 1834, doente, D. Pedro morreu, aos 36 anos de idade.
 D. Pedro morre, em Portugal, aos 36 anos.
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 Frei Caneca
14 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
10.01. (CEFET – MG) – Nos primeiros anos após a Inde-
pendência do Brasil, formou-se um governo dissidente 
em 2 de julho de 1824. Apoiado pelas classes populares 
urbanas, por negociantes do Recife e proprietários ru-
rais ligados à cultura do algodão, o movimento buscou 
reunir Pernambuco às províncias do Ceará, Paraíba, Rio 
Grande do Norte e estender sua ação até o Piauí e Ceará 
com um governo federativo e republicano.
MUGGIATI, Roberto (coord.). A construção do Brasil. Revista Nossa História, vol. 
Único, São Paulo, 2006. p. 49.
A consolidação do Império Brasileiro pós-independência 
foi marcada, desde o início, por conflitos em torno de um 
modelo de Estado centralizado, resultando na eclosão de 
movimentos de resistência.
A qual movimento dessa natureza esse texto faz menção? 
a) Balaiada 
b) Sabinada 
c) Revolta dos Malês 
d) Confederação do Equador 
10.02. (ESPM – SP) – Assim, as províncias do nordeste, 
há muito insatisfeitas com a política da corte, e agitadas 
com essa guerra de palavras, manifestaram-se em uma 
nova explosão revolucionária.
Contra decisões de D. Pedro I, conclamava o Typhis 
Pernambucano: ‘Eia, pernambucanos! A nau da pá-
tria está em perigo, cada um a seu posto, unamo-nos 
com as províncias limítrofes. Escolhamos um piloto, 
que mareie a nau ameaçada de iminente e desfechada 
tempestade; elejamos um governo supremo, que nos 
conduza à salvação e à glória.’.
(Lúcia Bastos Pereira das Neves. “A Vida Política” in: Crise Colonial e Independência / 
coordenação Alberto da Costa e Silva)
O contexto tratado deve ser relacionado com: 
a) a Confederação do Equador; 
b) a Revolução Pernambucana de 1817; 
c) a Praieira; 
d) a Sabinada; 
e) a Cabanagem. 
10.03. (CEFET – MG) – A classe dominante brasileira era, 
em sua maioria, conservadora (...). Desejava manter 
as estruturas econômicas e sociais coloniais baseadas 
no sistema agrícola, na escravidão e na exportação de 
produtos agrícolas tropicais para o mercado europeu. 
Contudo, havia nas cidades (...) alguns liberais que 
esperavam mudanças mais profundas na política e na 
sociedade: soberania popular, democracia e mesmo 
uma república.
(BETHELL, Leslie. A independência do Brasil. In: História da América Latina. São 
Paulo: EDUSP, 2009. V. 3, p. 213.)
A aceitação de D. Pedro pela elite senhorial, como líder do 
processo de independência do Brasil, eclodido em 1822, 
visava 
a) manter nosso país sob a tutela da metrópole lusitana. 
b) evitar transformações mais bruscas na ordem social e 
política. 
c) defender a República como sistema de governo para o 
novo país. 
d) impossibilitar a escolha do regime monárquico após a 
emancipação. 
10.04. (FMP – RJ) – O texto a seguir é um fragmento de 
decreto de D. Pedro I, de 1823, em que o imperador dissolve 
a Assembleia Constituinte.
Havendo Eu convocado, como Tinha Direito de con-
vocar, a Assemblea Geral, Constituinte e Legislativa, 
[...] e havendo esta Assemblea perjurado ao tão so-
lemne juramento, que prestou á Nação [...]: Hei por 
bem, como Imperador, e Defensor Perpetuo do Brasil, 
dissolver a mesma Assemblea, e convocar já huma ou-
tra na forma das Instruções, feitas para a convocação 
desta, que agora acaba; a qual deverá trabalhar sobre 
o Projecto de Constituição, que Eu Hei-de em breve 
Apresentar; que será duplicadamente mais liberal, do 
que a extincta Assemblea acabou de fazer.
D. PEDRO I. Decreto de dissolução da Assembleia Nacional Constituinte, em 12 nov. 
1823 apud PEREIRA, V. “A longa ‘noite da agonia’”. Revista de História da Biblioteca 
Nacional. Rio de Janeiro: SABIN, ano 7, n. 76, jan. 2012, p. 42.
Com base na justificativa do ato político explicitado no texto 
do decreto, e analisando as suas consequências, identifica-se 
um antagonismo entre: 
a) Monarquia e República 
b) Capitalismo e Socialismo 
c) Imperialismo e Independência 
d) Absolutismo e Liberalismo 
e) Nacionalismo e antilusitanismo 
Aperfeiçoamento
10.05. (ESPM – SP) – Vossa majestade verá que fiz de 
minha parte tudo quanto podia e, por mim, no dito tra-
tado, está feita a paz. É impossível que vossa majestade, 
havendo alcançado suas reais pretensões negue ratificar 
um tratado que lhe felicita seus reinos, abrindo-lhe os 
portos ao comércio estagnado, e que vai pôr em paz 
tanto a nação portuguesa, de que vossa majestade é tão 
digno rei, como a brasileira, de que tenho a ventura 
de ser imperador.
Paulo Rezzuti. D. Pedro: a história não contada. O homem revelado por cartas e 
documentos inéditos.
Aula 10
15História 3C
O fragmento é parte da carta de D. Pedro a D. João VI, ver-
sando sobre o tratado por meio do qual Portugal reconhecia 
a independência do Brasil, mediante: 
a) a renovação dos tratados comerciais de 1810; 
b) a concessão aos portugueses da Ilha de Trindade; 
c) a assinatura de um acordo de reciprocidade; 
d) o compromisso assumido pelo Brasil de cessar o tráfico 
negreiro; 
e) o pagamento pelo Brasil de uma indenização de 2 milhões 
de libras. 
10.06. (UNESP – SP) – A primeira Constituição brasileira, 
de 1824, foi 
a) aprovada pela Câmara dos Deputados e estabeleceu o 
voto censitário. 
b) imposta por Portugal e determinou o monopólio portu-
guês do comércio colonial. 
c) outorgada pelo imperador e definiu a existência de quatro 
poderes. 
d) promulgada por uma Assembleia Constituinte e concen-
trou a autoridade no Poder Executivo. 
e) determinada pela Inglaterra e estabeleceu o fim do tráfico 
de escravos. 
10.07. (ACAFE – SC) – O período da história brasileira conhe-
cido como Primeiro Reinado marcou o início da construção 
do Estado brasileiro a partir da separação política de Portugal.
Sobre esse contexto, é correto afirmar:
a) O Poder Moderador permitia que os senadores do império 
fiscalizassem com mais rigor as ações do imperador.
b) Com o voto censitário, a grande maioria do povo ficou 
afastada da vida política.
c) Foi implantado o Parlamentarismo Monárquico, dando 
mais autonomia para o poder legislativo.
d) Foi instituído o registro de nascimento e o casamento 
civil e, pelo regime do padroado, ficou estabelecido que 
o Brasil não tivesse nenhuma religião oficial e que era 
livre o culto religioso
10.08. (FPP – PR) – Na interpretaçãomais conhecida sobre 
a História do Brasil, a data de 7 de setembro de 1822 repre-
sentou um marco, pois, nesse dia, D. Pedro proclamou ofi-
cialmente a separação da Colônia da metrópole portuguesa. 
Sobre o processo de Independência do Brasil, assinale a 
alternativa CORRETA. 
a) As relações entre a Coroa portuguesa e o Brasil melhora-
ram quando Dom João VI, de Portugal, apoiado pela Corte 
portuguesa, assinou um decreto concedendo o título de 
Regente do Brasil a seu filho Dom Pedro. Entretanto, apro-
veitando-se da autoridade que lhe foi concedida, no dia 7 
de setembro de 1822, Dom Pedro rompeu politicamente 
com Portugal e proclamou a Independência do Brasil. 
b) A Independência brasileira foi um processo liderado, em 
grande parte, pelos setores sociais que mais se beneficiavam 
com a ruptura dos laços coloniais: os grandes proprietários de 
terra e os grandes comerciantes, pois a separação tinha como 
objetivo preservar a liberdade de comércio e a autonomia 
administrativa. A maioria da população permaneceu na 
situação anterior à proclamação da Independência.
c) Após o processo de Independência, a economia brasileira 
tornou-se competitiva no mercado internacional, pois 
devido ao apoio econômico inglês o Brasil começou a 
desenvolver a atividade industrial, o que era proibido pelo 
governo metropolitano. 
d) A mudança mais significativa após a Independência do 
Brasil ocorreu no âmbito econômico-social, pois com 
o desenvolvimento econômico surgiram novas classes 
sociais urbanas ligadas ao processo industrial. 
e) A Inglaterra, interessada em manter os benefícios comer-
ciais garantidos pelos tratados de comércio e navegação 
de 1810, foi a primeira nação a reconhecer a Indepen-
dência do Brasil.
10.09. (UNESP – SP) – O texto afirma que a consolidação do Rio 
de Janeiro como “o centro da vida política nacional” ocorreu com 
a) a reunião dos órgãos administrativos na capital e o fecha-
mento das assembleias provinciais. 
b) a proclamação da independência política e a implantação 
do regime republicano no país. 
c) a concentração do poder nas mãos do imperador e a 
ascensão econômica de São Paulo. 
d) o declínio da economia açucareira nordestina e o início 
da exploração do ouro nas Minas Gerais. 
e) o crescimento populacional da capital e a democratização 
política no Segundo Reinado. 
10.10. (UDESC) – Em 25 de março de 1824, Dom Pedro I 
outorgou a Constituição Política do Império do Brasil. Em 
relação à Constituição de 1824, assinale a alternativa correta. 
a) O Texto Constitucional foi construído coletivamente pela 
Câmara de Deputados, votado e aprovado em 25 de 
março de 1824. Expressava os interesses tanto do partido 
liberal quanto do partido conservador, para o futuro na 
nação que recém conquistara sua independência. 
b) A Constituição de 1824 instaurava a laicidade no território 
nacional, extinguindo a religião católica como religião ofi-
cial do império e expressando textualmente que “todas as 
outras religiões serão permitidas com seu culto doméstico, 
ou particular em casas para isso destinadas, sem forma 
alguma exterior do Templo”. 
c) A organização política instaurada pela Constituição de 
1824 dividia-se em 4 poderes: Executivo, Legislativo, Ju-
diciário e Moderador, sendo que este último determinava 
a pessoa do imperador como inviolável e sagrada. 
d) A Constituição de 1824 determinou a cidadania amplifi-
cada e o direito ao voto para todos os nascidos em solo 
brasileiro, independentemente de gênero, raça ou renda. 
e) A Constituição de 1824 promoveu, em diversos artigos, 
ideais de cunho abolicionista. Tais ideais foram respaldo 
para movimentos políticos posteriores, tais como a Re-
volta dos Farrapos e a Revolta dos Malês. 
16 Extensivo Terceirão
Aprofundamento
10.11. (FEEVALE – RS) – “[...] no 07 de setembro de 1822, 
nas margens do Ipiranga, nos arredores de São Paulo, 
quando Dom Pedro, herdeiro do trono português, gritou 
‘Independência ou morte’, estava exagerando. [...] O que 
estava em jogo no início da década de 1820 era mais 
uma questão de monarquia, estabilidade, continuidade 
e integridade territorial do que de revolução colonial.”
MAXWELL, Kenneth. Por que o Brasil foi diferente? O contexto da independência. In: 
MOTA, Carlos Guilherme (Org.). Viagem incompleta: A experiência brasileira (1500-
2000). Formação: histórias. São Paulo: Senac, 2000, p. 186.
O processo de independência do Brasil foi marcado por di-
versas características. Sobre esse tema, fazem-se as seguintes 
afirmações.
I. A instalação da Corte portuguesa no Rio de Janeiro em 
1808 representou uma alternativa para o contexto de crise 
política da Metrópole e a possibilidade de estruturar um 
império luso-brasileiro na América.
II. Da mesma forma que nos demais países da América 
Latina, o Brasil independente tornou-se monárquico, 
liberal e, rapidamente, urbano.
III. O projeto de D. Pedro, ao proclamar a independência, era 
ampliar o controle das Cortes portuguesas sobre o Brasil, 
além de acabar com a escravidão.
Com base nas afirmações, assinale a alternativa correta. 
a) Apenas a afirmação I está correta. 
b) Apenas as afirmações I e II estão corretas. 
c) Apenas as afirmações I e III estão corretas. 
d) Apenas as afirmações II e III estão corretas. 
e) Todas as afirmações estão corretas. 
10.12. (UDESC) – As relações entre religião e política são 
bastante frequentes no decorrer da História do Brasil. Parti-
cularmente no que diz respeito à Igreja Católica e à política, 
tal relação pode ser observada em diferentes eventos. 
Sobre esta relação, analise as proposições. 
I. Ao longo de todo o século XX, a Igreja Católica sempre se 
posicionou, institucionalmente, ao lado dos governos e 
nunca questionou qualquer atitude ou iniciativa praticada 
pelos poderes Executivo, Legislativo ou Judiciário. 
II. A participação de Frei Caneca na Revolução Pernambu-
cana e na Confederação do Equador permite observar 
a participação efetiva de religiosos em movimentos de 
contraposição aos governos instituídos. 
III. Durante os anos de Ditadura Militar no Brasil, particu-
larmente a partir de 1968, vários religiosos e religiosas 
manifestaram-se contrários às torturas e às infrações aos 
Direitos Humanos, cometidas sob o jugo dos governos 
militares. 
IV. A Igreja Católica sempre foi considerada, institucional-
mente, a religião oficial do Brasil. Tal status manteve-se 
garantido pelas Constituições de 1824, 1891, 1934, 1937, 
1946, 1967 e 1988. 
Assinale a alternativa correta. 
a) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. 
b) Somente as afirmativas II e III são verdadeiras. 
c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. 
d) Somente as afirmativas I e IV são verdadeiras. 
e) Somente as afirmativas I e III são verdadeiras. 
10.13. (MACK – SP) – “A cena de uma rua é, a um só tem-
po, a mesma de todo o quarteirão. Os pés de chumbo 
(portugueses) deixam que a cabralhada (brasileiros) 
se aproxime o mais possível. E inesperadamente, de 
todas as portas, chovem garrafas inteiras e aos pedaços 
sobre os invasores. O sangue espirra, testas, cabeças, 
canelas... Gritos, gemidos, uivos, guinchos.
É inverossímil.
E a raça toda, de cacete em punho, vai malhando... E 
os corpos a cair ensanguentados sobre os cacos nava-
lhantes das garrafas. ”
(Correia, V.,1933, p. 42)
O episódio, descrito acima, relata o enfrentamento entre 
portugueses e brasileiros, em 13/03/1831, no Rio de Janeiro, 
conhecido como Noite das Garrafadas. Essa manifestação 
assemelhava-se às lutas liberais travadas na Europa, após as 
decisões tomadas pelo Congresso de Viena.
A respeito dessa insatisfação popular, presente tanto na 
Europa, após 1815, quanto nos conflitos nacionais, durante 
o I Reinado, é correto afirmar que 
a) D. Pedro II adota a mesma política praticada por monarcas 
europeus; quando, ao outorgar uma carta constitucional, 
contrariou os interesses, tanto da classe oligárquica, fiel 
ao trono, quanto das classespopulares, as quais perma-
neceram sem direito ao voto. 
b) o governo brasileiro também se utilizou de emprésti-
mos junto à Inglaterra, aumentando a dívida externa e 
fortalecendo a economia inglesa, a fim de sanar o deficit 
orçamentário e suprir os gastos militares em campanhas 
contra os levantes populares. 
c) D. Pedro I, buscando recuperar sua popularidade, iniciou 
uma série de visitas às províncias revoltosas do país, 
adotando a mesma estratégia diplomática que alguns 
regentes europeus, nessa época, praticaram, sem contu-
do, lograrem nenhum sucesso político. 
d) as guerras travadas contra o exército napoleônico, na Eu-
ropa, e o envolvimento do Brasil, na Guerra da Cisplatina, 
provocaram, em ambos os casos, a enorme insatisfação 
popular e revolta, diante do elevado número de comba-
tentes mortos. 
e) a retomada de políticas absolutistas, como o estabele-
cimento do Poder Moderador, no Brasil, dando plenos 
poderes a D. Pedro I e, na Europa, a dura repressão contra 
as ideias liberais, deflagradas pela Revolução Francesa, 
ocasionaram uma enorme insatisfação popular. 
Aula 10
17História 3C
10.14. (MACK – SP) – “(...). Conquistar a emancipação definitiva e real da 
nação, ampliar o significado dos princípios constitucionais foi tarefa de-
legada aos pósteres”.
COSTA, Emília Viotti da. Da monarquia à república: momentos decisivos. São Paulo; Livraria Editora Ciências 
Humanas, 1979. P.50.
A análise acima, da historiadora Emília Viotti da Costa, refere-se à proclamação da 
independência do Brasil, em 7 de setembro de 1822. A análise da autora, a respeito 
do fato histórico, aponta que 
a) apesar dos integrantes da elite nacional terem alcançado seu objetivo: o de 
romper com os estatutos do plano colonial, no que diz respeito às restrições à 
liberdade de comércio, e à conquista da autonomia administrativa, a estrutura 
social do país, porém, não foi alterada. 
b) a independência do Brasil foi um fato isolado, no contexto americano de luta pela 
emancipação das metrópoles. Isso se deu porque era a única colônia de língua 
portuguesa, e porque adotava, como regime de trabalho, a escravidão africana.
c) caberia, às futuras gerações de brasileiros, o esforço no sentido de impor seus 
valores para Portugal, rompendo, definitivamente, os impasses econômicos 
impostos à Colônia pela metrópole portuguesa desde o início da colonização. 
d) apesar de alguns setores da elite nacional possuírem interesses semelhantes 
à burguesia mercantil lusitana e, portanto, afastando-se do processo eman-
cipatório nacional, com a eminente vinda de tropas portuguesas para o país, 
passaram a apoiar a ideia de independência. 
e) assim como Portugal passava por um processo de reestruturação, após a Revolução 
Liberal do Porto; no Brasil, esse movimento emancipatório apenas havia começado 
e só fora concluído, com a subida antecipada ao trono, de D. Pedro II, em 1840.
10.15. (UFSM – RS) –
O quadro Independência ou Morte, de Pedro Américo, concluído em 1888, é uma 
representação do 7 de setembro de 1822, quando o Brasil rompeu com Portugal. 
Essa representação enaltece o fato e enfatiza a bravura do herói D. Pedro, ocul-
tando que:
a) o fim do pacto colonial, decretado na Conjuração Baiana, conduziu à ruptura 
entre o Brasil e Portugal.
b) o processo de emancipação política iniciara com a instalação da Corte por-
tuguesa no Brasil e que as medidas de D. João puseram fim ao monopólio 
metropolitano.
c) o Brasil continuara a ser uma extensão política e administrativa de Portugal, 
mesmo depois do 7 de setembro.
d) a Abertura dos Portos e a Revolução Pernambucana se constituíram nos únicos 
momentos decisivos da separação Brasil-Portugal.
e) a separação estava consumada, o 
processo estava completo, visto que 
havia, em todo o Brasil, uma forte 
adesão militar, popular e escravista 
à emancipação.
10.16. (UEPG – PR) – Apesar de curto 
(1822-1832), o Primeiro Reinado bra-
sileiro é um período fundamental de 
nossa história política e foi marcado 
por intensas disputas políticas que 
marcaram a formação do Estado 
Nacional brasileiro. A respeito desse 
período histórico, assinale o que for 
correto. 
01) Após a Proclamação da Indepen-
dência, em 07 de setembro de 
1822, províncias do norte e do 
nordeste brasileiro não reconhe-
ceram o novo governo. Nessas 
províncias, foram promovidos 
protestos e conflitos armados 
entre as forças leais à D. Pedro I e 
àquelas que pretendiam manter 
o Brasil ligado a Portugal.
02) Em 1824, foi outorgada a Consti-
tuição que vigoraria durante todo 
o período imperial. De orientação 
política conservadora, a Carta 
Magna estabeleceu, entre outras 
coisas, o voto como sendo cen-
sitário (por renda) e restrito aos 
brasileiros alfabetizados do sexo 
masculino.
04) Chamou-se de Confederação do 
Equador o movimento organizado 
com objetivo separatista que daria 
origem a um novo Estado, liberto 
do Império brasileiro. Esse movi-
mento foi reprimido e seus líderes 
foram presos ou executados.
08) A abdicação de D. Pedro I provo-
cou uma situação política inco-
mum. Como o sucessor direto do 
trono, D. Pedro II, era menor de 
idade, o país passou a ser gover-
nado por um grupo de três pes-
soas (Regência Trina).
16) Maior conflito externo enfrenta-
do pelo Primeiro Reinado, a Guer-
ra da Cisplatina teve como desfe-
cho a separação dessa região que 
havia sido invadida e anexada 
pelo Brasil por ordem de D. João 
VI, então Rei de Portugal.
18 Extensivo Terceirão
10.17. (UEPG – PR) – O Império brasileiro teve início em 1822 
e perdurou até 1889, quando foi proclamada a República. 
Foi no decorrer desse período histórico que se formou o 
Estado Nacional Brasileiro. A respeito desse tema, assinale 
o que for correto. 
01) A Constituição de 1824 garantiu amplos poderes ao 
Imperador e vigorou durante todo o período imperial. 
02) Entre o I e o II Império, o Brasil foi governado por regên-
cias. Isso ocorreu por conta da menoridade de Pedro II, 
herdeiro do trono brasileiro. 
04) A Guerra do Paraguai, a Revolução Farroupilha e a Revol-
ta da Vacina figuram entre os conflitos políticos e sociais 
mais intensos registrados durante o Império brasileiro.
08) O abolicionismo ganhou força nas décadas finais do 
século XIX e o fim da escravidão pode ser considerado 
como um dos motivos de enfraquecimento do Império. 
10.18. (UEM – PR) – O Primeiro Reinado se iniciou com a 
Proclamação da Independência, em 1822, que garantiu ao 
Brasil autonomia em relação a Portugal. Essa fase da história 
política do Brasil imperial se estendeu até 1831, quando teve 
início o período regencial.
Sobre o Primeiro Reinado, assinale o que for correto. 
01) O projeto constitucional que se originou dos trabalhos 
da Assembleia Constituinte de 1823, dissolvida por D. 
Pedro I no mesmo ano, estabelecia o critério censitário 
para o direito ao voto, que exigia renda anual equiva-
lente a 150 alqueires de farinha de mandioca. 
02) A constituição de 1824 estabeleceu uma divisão polí-
tico-administrativa do território brasileiro em estados 
federados e a centralização do governo em um único 
poder, o moderador. 
04) A Confederação do Equador foi a união das províncias 
insurgentes, localizadas próximas à linha do Equador, 
que estavam descontentes com os rumos políticos 
tomados pelo governo imperial e com a situação eco-
nômica, marcada por crises como a do açúcar, a do 
algodão e pelos crescentes impostos cobrados pelo 
governo central. 
08) O desempenho econômico durante esse período 
apresentou índices expressivos, pois a demanda por 
produtos agrícolas por parte dos países europeus era 
elevada. Com isso, a balança comercial do Brasil estava 
equilibrada. 
16) Alguns jornalistas como Líbero Badaró e Evaristo da Vei-
ga representaram uma relevante fonte de apoio para o 
governo de D. Pedro I, uma vez que elogiavam o seu 
estilo de governar, bem como seu relacionamento po-
lítico com as províncias. 
Desafio
10.19. (UFSC) – Sobre processos e projetosde construção 
da(s) identidade(s) nacional brasileira, é correto afirmar que: 
01) durante o Período Regencial (1831-1840), revoltas 
como a Sabinada (na Bahia), a Cabanagem (no Pará) e 
a Farroupilha (no Rio Grande do Sul) eram mobilizadas 
por sentimentos de patriotismo em busca de um Brasil 
unificado. 
02) apesar da multiplicidade de línguas e de costumes, a 
chegada da família real ao Brasil, em 1808, possibilitou 
a união em torno do território de uma identidade úni-
ca, fator muito importante para a consolidação do mo-
vimento de independência em 1822. 
04) na década de 1920, obras como Abaporu, de Tarsila do 
Amaral, tornaram-se símbolo do movimento moder-
nista brasileiro por sua tentativa de combinar particula-
ridades nacionais com tendências mundiais, a herança 
cultural e os impulsos da modernização. 
08) já nos anos iniciais da República, símbolos patrióticos 
foram criados, como o hino nacional, que rapidamente 
teve forte aceitação pela população diante dos novos 
sentimentos nacionalistas projetados. 
16) a criação do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro 
(IHGB), em 1838, tinha por objetivo a instituição de um 
órgão que se dedicasse a pensar o Brasil como Nação. 
10.01. d
10.02. a
10.03. b
10.04. d
10.05. e
10.06. c
10.07. b
10.08. b
10.09. c
10.10. c
10.11. a
10.12. b
10.13. e
10.14. a
10.15. b
10.16. 31 (01 + 02 + 04 + 08 + 16)
10.17. 11 (01 + 02 + 08)
10.18. 05 (01 + 04)
10.19. 20 (04 + 16)
Gabarito
Aula 11
19História 3C
História
3C
Período Regencial
 Como foram 
os primeiros 
anos após 
a abdicação?
A Constituição determinava 
que, no caso de o herdeiro do trono 
ser menor, assumiria uma Regência 
Trina, indicada pela Assembleia, até 
a maioridade do Príncipe.
 D. Pedro com 5 anos
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Não havia, porém, Assembleia 
quando da abdicação e foi neces-
sário organizar, às pressas, uma Re-
gência Trina Provisória. Os regentes 
Francisco de Lima e Silva (pai do 
futuro Duque de Caxias), Joaquim 
Carneiro de Campos e Nicolau de 
Campos Vergueiro divulgam um 
manifesto ao povo, pedindo-lhe 
que mantivesse a ordem, mas assim 
mesmo várias revoltas eclodiram em 
todo o país, contra os portugueses 
seguidores do imperador.
Além disso, os regentes:
 • reconduziram o ministério dos 
brasileiros ao poder;
 • anistiaram presos políticos;
 • exoneraram oficiais portugueses;
 • suspenderam a aplicação do 
Poder Moderador.
Em junho, assumiu a Regência Trina Permanente, formada por Francisco 
de Lima e Silva, João Bráulio Muniz e José da Costa Carvalho.
 Posse da Regência Permanente
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Padre Diogo Feijó assumiu o Ministério da Justiça e criou a Guarda Na-
cional, milícia organizada pelos fazendeiros e submetida a ele, com a função 
de conter as manifestações populares mais radicais. Era o braço da justiça a 
serviço dos interesses da elite.
Com a abdicação, foram as elites agrárias que se assenhoraram do 
poder, mas a muito custo o sustentaram, visto não serem o único grupo 
político do país. As elites compunham o chamado grupo ou partido mode-
rado ou chimango; havia também os exaltados, farroupilhas ou juruju-
bas, representantes das camadas médias urbanas e que advogavam ideias 
republicanas e radicais. Existiam ainda os restauradores ou caramurus, 
portugueses que lutavam pelo retorno de D. Pedro I ao poder.
 O que foi o avanço liberal?
A primeira fase do Período Regencial (1831 - 1835) caracterizou-se pela 
implementação de medidas de caráter descentralizador, fruto, principal-
mente, do desejo dos setores agrários em resgatar o poder antes concentra-
do nas mãos do Imperador e dos portugueses.
Três medidas deram o tom liberalizante a esse período: a criação da 
Guarda Nacional, o Código de Processo Criminal e o Ato Adicional.
O Código de Processo Criminal dava enormes poderes ao juiz de paz, 
que seria escolhido pelos proprietários locais. Por sua vez, o Ato Adicional 
criou as Assembleias Legislativas Provinciais, aboliu o principal órgão de 
auxílio ao Imperador, chamado de conselho de Estado, criou o Município 
Neutro e tornou a eleição para regente eletiva e temporária, além de reduzir 
de três para um o número de regentes.
20 Extensivo Terceirão
Foram regentes unos o padre 
Diogo Feijó (1835-1837), que 
renunciou por causa das dificul-
dades com a situação política 
e devido a problemas de saú-
de, e Araújo Lima (1837-1840), 
responsável por várias realiza-
ções, como a criação do Colégio 
D. Pedro II, o Instituto Histórico 
e Geográfico Brasileiro, o Minis-
tério das Capacidades, etc.
 Araújo Lima
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O caráter descentralizador do 
novo governo e, principalmente, o 
processo eletivo das Assembleias 
Provinciais provocaram um clima 
de acirrada disputa. Partidários 
dos grupos mais liberais e dos 
mais conservadores passaram a 
disputar o poder, e esse confronto 
abriu espaço para as reivindica-
ções mais radicais das facções 
populares.
A onda liberal estimulou tam-
bém as elites locais a formular de 
maneira mais acintosa suas pre-
tensões e expor de maneira mais 
dura suas insatisfações em relação 
às regências, como foi o caso do 
Rio Grande do Sul e da Bahia.
O resultado desse ambiente 
carregado foi a eclosão, por todo 
o país, das chamadas rebeliões 
regenciais.
 Quais foram as principais rebeliões 
regenciais?
Rebeliões regenciais
Ta
lit
a 
Ka
th
y 
Bo
ra
 • Revolta dos Malês (1835): ocorreu na cidade de Salvador e envolveu 
negros islamizados. Desejavam o fim da escravidão, o confisco dos bens 
de brancos e mulatos, a repressão aos católicos e a proclamação de uma 
república islâmica. Durou poucos dias e foi reprimida pelas forças policiais.
 • Cabanagem (1835-1840): ocorrida no Pará, foi a mais popular de todas 
as rebeliões do Período Regencial. A revolta teve origens nas agitações de 
cunho liberal lideradas por Batista Campos entre as populações humildes 
da região. A indicação de um conservador para o governo da Província 
precipitou os acontecimentos. O movimento conheceu vários líderes, 
como Clemente Malcher, Eduardo Angelim e os irmãos Vinagre. A repres-
são foi violenta, e a pacificação custou a vida de quase 30 mil pessoas.
 • Sabinada (1837-1838): liderada pelo médico Sabino da Rocha Vieira, 
pretendia proclamar uma República que vigoraria até a maioridade do 
Imperador. O movimento foi rapidamente sufocado.
 • Balaiada (1838-1841): na origem desse conflito, estava a luta entre a fac-
ção liberal-radical, denominada de bem te vis, e os grupos conservadores 
e elitistas, chamados de cabanos.
O nome Balaiada advém do apelido de um de seus líderes, Manuel 
Francisco dos Anjos, conhecido, por razões de ofício, como balaio.
Aula 11
21História 3C
Iniciado o movimento, os rebeldes dominaram rapidamente toda a faixa 
oriental da Província. Além do “balaio”, outros líderes surgiram, como o va-
queiro Raimundo Gomes e Preto Cosme, que chegou a ter sob seu comando 
mais de 2 000 homens.
O movimento só foi contido pelas tropas do governo (sob a liderança de 
Luís Alves de Lima e Silva, o futuro Duque de Caxias) no início do Segundo 
Reinado.
 • Farroupilha (1835-1845): as principais razões desse movimento (ocorreu 
no sul do Brasil e foi a mais longa de todas as revoltas regenciais) foram 
o inconformismo das elites rio-grandenses com a centralização político-
-administrativa no Rio de Janeiro e a incompatibilidade entre a economia 
nacional, voltada para o mercado externo, e a economia do Rio Grande, 
baseada na criação de gado e na produção de charque, voltada para o 
mercado interno.
A adoção, por parte do governo central, de uma política de baixos im-
postos para a entrada do charque uruguaio e do argentino e as altas taxas 
de importação do sal prejudicavam duplamente os fazendeiros gaúchos.

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