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LÍNGUA PORTUGUESA A

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1
Crase (1)
6A
Português
21
Aula 
a + a = à
a + as = às
 Rudimentos
É muito comum ouvir de alguém, em dúvida ao escre-
ver, a seguinte pergunta: “este a leva crase?”. Mas em que 
consiste esse fenômeno linguístico? Para respondermos a 
essa pergunta e para desenvolvermos tal assunto, vamos 
primeiramente estabelecer algumas noções básicas.
1. Crase não é acento. O acento gráfico (`) denomina-se 
acento grave, indicador do fenômeno denominado 
crase.
2. A palavra crase vem do grego (krâsis), significando 
originalmente:
 • ação de misturar;
 • mistura de elementos que se combinam num todo;
 • fusão de sons.
3. Em Língua Portuguesa, há o entendimento entre os 
gramáticos de que a crase seria, de modo mais gené-
rico, a fusão ou contração de duas vogais idênticas, 
na escrita e na sonoridade, em uma só.
4. De modo mais específico, podemos dizer que, em 
gramática normativa, crase seria o fenômeno da 
contração da preposição A com:
4.1. o artigo A ou o artigo AS;
4.2. o A inicial dos pronomes demonstrativos 
Aquele(s), Aquela(s) e Aquilo;
4.3. o A inicial dos pronomes relativos A qual e As 
quais;
4.4. o pronome demonstrativo A ou AS.
Vamos estudar detalhadamente cada caso enumera-
do anteriormente. Agora, observe que há dois princípios 
comuns a todos os casos:
 • PRIMEIRO: O primeiro A é sempre preposição, 
exigida por um verbo (referir-se A, por exemplo), um 
substantivo (alusão A, por exemplo), um adjetivo 
(propenso A, por exemplo) ou um advérbio (relativa-
mente A, por exemplo).
 • SEGUNDO: para haver o acento grave, indicativo de 
crase, é necessário que haja a presença de dois A’s, 
colados, fundidos, contraídos. Logo, é por isso que 
abrimos esta aula com a ilustração em destaque, 
trazendo a “fórmula” da crase:
a + a(s) = à(s)
Em praticamente todos os casos, pode-se trabalhar 
muito mais com a percepção lógica do fenômeno da cra-
se (a + a), do que com a memorização. É desnecessário, 
portanto, o método da “decoreba”. Conforme veremos 
nesta aula e nas próximas, há alguns conceitos e estraté-
gias para percebermos a crase da vogal “a” e a marcarmos 
com o acento grave, de acordo com a linguagem culta.
Nesta aula, detalharemos a seguir 3 casos de crase.
1. Preposição a + artigo definido 
a ou as
A regra: haverá crase quando o termo antecedente 
exigir a preposição A e termo seguinte admitir o artigo 
A ou AS. De modo esquemático, temos:
 • A (preposição) + A (artigo definido singular) = À
 • A (preposição) + AS (artigo definido plural) = ÀS
2 Extensivo Terceirão
Observe os exemplos:
 (1) Nós iremos à universidade no ano que 
vem.
 
 O verbo rege a O substantivo
 preposição A admite o artigo A
 (2) Eles obedecem às leis de seu país.
 
 O verbo rege a O substantivo
 preposição A admite o artigo AS
©
N
ão
 te
m
 c
ra
se
Disponível em: <http://www.naotemcrase.
com/2014/02/combata-cegueira.html>.
 Anúncio de mobiliário urbano, que 
apresenta o erro no uso do acento 
grave, indicativo de crase. O A em 
questão é somente artigo e, por isso, 
não há acento.
É óbvio que não haverá crase se não houver a presença 
da preposição ou do artigo. Em outras palavras: um A 
sozinho não faz crase. Observe os exemplos no quadro 
esquemático a seguir:
 (3) Este quarto cheira a mofo.
 a ø
 (4) O médico se referiu a fatos isolados.
 a ø
 (5) Todos eles visitaram a professora
 ø a
 (6) A polícia interditou as ruas laterais.
 ø a
 
PRE
POSI
ÇÃO 
AR
TI
GO
Observe, agora, os seguintes exemplos, ambos cor-
retos em relação à norma culta padrão:
 (7) O técnico apontou a falha no sistema.
 presença
 do artigo
 (8) O técnico apontou falha no sistema.
 ausência
 do artigo
Qual a diferença de sentido entre os dois exemplos 
anteriores? Observe:
 • Em (7), a presença do artigo definido indica, na 
sentença, uma falha específica, uma falha determi-
nada, pois o artigo definido especifica, determina o 
substantivo com quem se liga.
 • Em (8), a ausência do artigo indetermina o substan-
tivo; portanto, não se sabe qual foi exatamente a 
“falha no sistema”. 
 • De modo esquemático, temos:
 • Presença do artigo = determina o substantivo
 • Ausência do artigo = indetermina o substantivo
Com base no mesmo princípio, observe mais alguns 
exemplos:
 (9) O técnico se referiu à falha no sistema.
 preposição A
 +
 artigo definido A
 • Trata-se de uma falha específica no sistema.
(10) O técnico se referiu a falha no sistema.
 apenas
 preposição A
 • Trata-se de uma falha indeterminada. Não se sabe que 
falha ocorreu, mas apenas que houve falha.
(11) O técnico se referiu a falhas no sistema.
 apenas
 preposição A
 • Caso quase que idêntico ao exemplo (10); o plural em 
“falhas” acentua o fato de que há falhas, mas não se sabe 
precisamente qual falha ocorreu.
(12) O técnico se referiu às falhas no sistema.
 preposição A
 +
 artigo definido AS
 • Caso quase que idêntico ao exemplo (9); o plural em 
“falhas” acentua o fato de que há falhas específicas.
(13) O técnico se referiu à falhas no sistema. 
INCORRETO!
 preposição A
 +
 artigo definido A
O exemplo (13) apresenta um dos maiores erros em 
matéria de crase. Por quê?
Há uma “lei” em matéria de concordância nominal: 
o artigo deve sempre concordar com o substantivo. 
Logo, se o substantivo “falhas” está no plural, o artigo 
deveria ser “as” e não “a”.
Refletindo um pouco mais sobre essa “lei”, observe 
mais alguns exemplos, agora com substantivo masculino:
Aula 21
3Português 6A
(14) O técnico se referiu ao defeito no sistema.
 preposição A
 +
 artigo definido O
 • Trata-se de um defeito específico no sistema.
(15) O técnico se referiu a defeito no sistema.
 apenas
 preposição A
 • Trata-se de um defeito indeterminado. Não se sabe que 
defeito ocorreu, mas apenas que “há defeito”.
(16) O técnico se referiu a defeitos no sistema.
 apenas
 preposição A
 • Caso quase que idêntico ao exemplo (15); o plural em 
“defeitos” acentua o fato de que há defeitos, mas não se 
sabe precisamente qual defeito existiu.
(17) O técnico se referiu aos defeitos no sistema.
 preposição A
 +
 artigo definido OS
 • Caso quase que idêntico ao exemplo (14); o plural em “de-
feitos” acentua o fato de que existem defeitos específicos.
(18) O técnico se referiu à defeitos no sistema. 
INCORRETO!
 preposição A
 +
 artigo definido A
O exemplo (18) apresenta um grave erro no uso 
do acento grave, indicativo de crase; aliás, um erro, em 
essência, muito semelhante ao percebido no exemplo 
(13): o artigo deve sempre concordar com o substan-
tivo. Logo, se o substantivo “defeitos” está no plural e é 
masculino, o artigo deveria ser “os” e não “a”.
Com base nos exemplos anteriores, podemos esta-
belecer um método prático para usar o acento grave 
indicativo de crase, no caso de fusão de preposição A 
com o artigo A(S). Observe:
 • Substitua a palavra feminina por outra masculina 
qualquer, na mesma flexão de número (singular/
plural).
 • Observe os seguintes resultados:
SE NO MASCULINO 
APARECER...
NO FEMININO DEVERÁ 
APARECER...
AO ou AOS À ou ÀS
O ou OS A ou AS
Apenas A Apenas A
 • Exemplos:
(19) Nós iremos à praia.
(20) Nós iremos ao porto.
(21) Obedeço às leis.
(22) Obedeço aos mandamentos.
(23) Ele visitou a mansão.
(24) Ele visitou o castelo.
(25) Ele admirou as propriedades.
(26) Ele admirou os monumentos.
(27) Ele se apegou a esperanças.
(28) Ele se apegou a delírios.
2. Preposição a + a inicial 
dos pronomes demonstrativos 
aquele(s), aquela(s) e aquilo
A regra: haverá crase quando o termo antecedente 
exigir a preposição A e termo seguinte for o pronome 
demonstrativo AQUELE, AQUELES, AQUELA, AQUELAS 
ou AQUILO. De modo esquemático, temos:
 • A (preposição) + AQUELE = ÀQUELE
 • A (preposição) + AQUELES = ÀQUELES
 • A (preposição) + AQUELA = ÀQUELA
 • A (preposição) + AQUELAS = ÀQUELAS
 • A (preposição) + AQUILO = ÀQUILO
Observe os exemplos, em que usamos corretamente 
o acento grave, indicativo de crase:
(29) Refiro-me àquele país
(30) Refiro-me àqueles países.
(31) Dirigiu-se àquela mulher.(32) Dirigiu-se àquelas mulheres.
(33) Referiu-se àquilo de modo muito suspeito.
Observe mais alguns exemplos, em que não usaremos o 
acento grave, indicativo de crase, por não existir preposição:
(34) Conheci aquele país
(35) Conheci aqueles países.
(36) Amou aquela mulher.
(37) Amou aquelas mulheres.
(38) Observou aquilo de modo muito suspeito.
3. Preposição a + a inicial dos 
pronomes relativos “a qual” e 
“as quais”
A regra: haverá crase quando, no período composto, 
um verbo exigir a preposição A, que deverá ser colocada 
antes do pronome relativo A QUAL ou AS QUAIS. De 
modo esquemático, temos:
 • A (preposição) + A QUAL = À QUAL
 • A (preposição) + AS QUAIS = ÀS QUAIS
4 Extensivo Terceirão
Observe os exemplos:
(39) A diretora à qual se referiu era severa, mas 
justa.
 • A forma verbal “se referiu” pediu a preposição A, que 
aparece craseada com o A inicial do pronome “a qual”.
(40) As produções às quais aludiram foram ganha-
doras do Oscar.
 • A forma verbal “aludiram” pediu a preposição A, que 
aparece craseada com o AS inicial do pronome “as quais”.
Método prático
 • Substitua a palavra feminina por outra masculina 
qualquer, na mesma flexão de número (singular/
plural).
 • Observe os seguintes resultados:
SE NO MASCULINO 
APARECER...
NO FEMININO DEVERÁ 
APARECER...
AO QUAL ou AOS QUAIS À QUAL ou ÀS QUAIS
O QUAL ou OS QUAIS A QUAL ou AS QUAIS
 • Exemplos:
(41) A causa à qual se dedicou era, de fato, nobre.
(42) O assunto ao qual se dedicou era, de fato, 
nobre.
(43) As leis às quais se subordinavam eram muito 
rígidas.
(44) Os preceitos aos quais se subordinavam eram 
muito rígidos.
(45) A causa a qual admirava era, de fato, nobre.
(46) O assunto o qual admirava era, de fato, nobre.
(47) As leis as quais seguiam eram muito rígidas.
(48) Os preceitos os quais seguiam eram muito rígidos.
Observação:
Vale lembrar que o pronome relativo NÃO é 
qual, quais, mas é o qual, os quais, a qual, as 
quais. Os elementos em destaque (o, os, a, as) 
não são artigos mas, sim, parte integrante do 
pronome.
Testes
Assimilação
21.01. (UNIVIÇOSA – MG) – Assinale a oração em que a crase 
está incorretamente empregada:
a) Sempre haverá quem ceda à tentação do crime.
b) A iniciativa privada tem um papel relevante no combate 
à corrupção.
c) Milhões já foram às ruas protestar contra a corrupção.
d) A ideia básica da democracia é a de que todos são iguais 
e livres perante a lei e as regras legais serão aplicadas à 
todos.
21.02. (IFSUL – MG) – Sobre o emprego da crase, observe 
as afirmações abaixo:
I. O fumo é prejudicial à saúde.
II. Financiamentos imobiliários tornaram-se acessíveis à 
população.
III. Esteja atento à tudo que acontece por aqui.
IV. Suas ideias são compatíveis com às minhas.
Assinale a alternativa correta:
a) Apenas a I está correta;
b) II e III estão corretas;
c) III e IV estão incorretas;
d) Apenas a IV está incorreta.
21.03. (FADEP – PR) – Considere o seguinte trecho: 
Assistir _____ pronunciamentos irados de 
descendentes de portugueses, espanhóis, italia-
nos, alemães, japoneses, judeus, até mesmo sí-
rios e libaneses, contra os imigrantes deveria ser 
apenas risível, quando é extremamente preocu-
pante. A escalada do discurso da intolerância 
no Brasil está nos empurrando _____ um beco 
sem saída. É evidente que devemos estar aten-
tos _____ tentativa de infiltração de fundamen-
talistas (seja que religião professem) em meio 
aos refugiados. Mas, de antemão, tentar barrar 
os imigrantes por serem muçulmanos (como se 
todos fossem terroristas) ou por serem pobres é 
atitude de gente burra. 
Luiz Ruffato em <https://brasil.elpais.com/brasil/2017/05/10/
opinion/1494451195_544941.html>. Acesso em 10, ago. 2017
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas 
desse texto:
a) à – a – à 
b) a – a – à
c) à – à – a
d) a – à – a 
e) à – a – a
Aula 21
5Português 6A
21.04. (UNIVESP – SP) – Em conformidade com as regras de 
regência e de colocação pronominal, a expressão destacada 
em “a ideia é que a parceria das empresas não fique só nas 
HQs” pode ser substituída, sem prejuízo do sentido, por:
a) se restrinja nas
b) restrinja-se nas
c) restrinja-se as
d) se restrinja as
e) se restrinja às
Aperfeiçoamento
Utilize o texto abaixo para responder à próxima questão:
Talvez espante ao leitor __________ franque-
za com que lhe exponho e realço a minha me-
diocridade; advirto que __________ franqueza 
é a primeira virtude de um defunto. Na vida, 
o olhar da opinião, o contraste dos interesses, 
__________ luta das cobiças obrigam a gente a 
calar os trapos velhos, a disfarçar os rasgões e os 
remendos, a não estender ao mundo as revelações 
que faz à consciência; e o melhor da obrigação é 
quando, __________ força de embaçar os outros, 
embaça-se um homem a si mesmo.
Memórias Póstumas de Brás Cubas, Machado de Assis
21.05. (INSPER – SP) – As lacunas desse excerto de Machado 
de Assis estão corretamente preenchidas em
a) à – a – a – à
b) a – a – a – à
c) a – à – à – à
d) a – a – a – a
e) à – a – à – à
Texto para a próxima questão:
(...)
Abandono, sim. Não tenho o menor remorso, 
e agora é um desenho, que eu já vi duzentas ve-
zes, e – zap – um homem falando. Um homem, 
abraçado __________ (1) guitarra elétrica, fala 
__________ (2) uma entrevistadora. É um ro-
queiro. É meio velho, tem cabelos grisalhos, ru-
gas, falta-lhe um dente. É o meu pai.
(...)
Ele se mexe na cadeira; o microfone, preso 
__________ (3) desbotada camisa, roça-lhe o 
peito, produzindo um desagradável e bem audí-
vel rascar. Sua angústia é compreensível; aí está, 
num programa local e de baixíssima audiência – e 
ainda tem de passar pelo vexame de uma pergun-
ta que o embaraça e à qual não sabe responder. 
E então ele me olha. Vocês dirão que não, que é 
para a câmera que ele olha; aparentemente é isso; 
mas na realidade é a mim que ele olha, sabe que, 
em algum lugar, diante de uma tevê, estou a fitar 
seu rosto atormentado, as lágrimas me correndo 
pelo rosto; e no meu olhar ele procura a respos-
ta __________ (4) pergunta da apresentadora: 
você gosta de rock? Você gosta de mim? Você me 
perdoa? – mas aí comete um engano mortal: in-
sensivelmente, automaticamente, seus dedos co-
meçam a dedilhar as cordas da guitarra, é o ví-
cio do velho roqueiro. Seu rosto se ilumina e ele 
vai dizer que sim, que seu filho ama o rock tanto 
quanto ele, mas nesse momento – zap – aciono o 
controle remoto e ele some. Em seu lugar, uma 
bela e sorridente jovem que está – à exceção do 
pequeno relógio que usa no pulso – nua, comple-
tamente nua.
Adaptado de: SCLIAR, M. Zap. In: MORICONI, Í. (Org.) Os cem melhores 
contos brasileiros. Rio de Janeiro: Objetiva, 2009. p. 547-548
21.06. (UFRGS) – Assinale a alternativa que preenche corre-
tamente as lacunas 1, 2, 3 e 4, nesta ordem:
a) à – a – à – a
b) à – à – a – a
c) a – à – a – à
d) a – a – à – a
e) à – a – à – à
Texto para a próxima questão:
A carreira de Stephen William Hawking 
(1942-2018) já seria fantástica para uma pessoa 
qualquer. Mas Hawking se agigantou ao contra-
riar a previsão dos médicos de que não sobrevive-
ria ____ esclerose lateral amiotrófica, uma doença 
degenerativa rápida e mortal, caracterizada pela 
crescente paralisia dos músculos, culminando 
com a incapacidade de respirar e a morte.
Entretanto, de forma jamais vista, a doença 
se estabilizou e entrou numa marcha lenta sem 
precedentes. Não que Hawking não tenha pago 
um alto preço, com a crescente perda de contro-
le do corpo. Mas, surpreendendo ____ todos, o 
cientista conseguiu ter uma carreira e uma vida 
plenas. [...]
O maior feito científico do físico inglês foi 
demonstrar que os buracos negros não são com-
pletamente negros, e sim emitem uma pequena 
quantidade de radiação. Até então, pensava-se 
que esses objetos – normalmente fruto da implo-
são de uma estrela de alta massa que esgotou seu 
combustível – fossem literalmente imortais. [...] 
Contudo, ao combinar efeitos da mecânica quân-
tica ____ relatividade geral, Hawking descobriu 
qu a energiado buraco negro poderia “vazar” len-
tamente na forma de radiação. Logo, ao longo de 
6 Extensivo Terceirão
zilhões de anos, até mesmo esses aparentemente 
indestrutíveis objetos tenderiam a deixar de exis-
tir. [...] Em 2014, o físico foi além, dizendo ter 
concluído que buracos negros podem nem existir. 
[...]
(...)
Fora do âmbito acadêmico, Hawking também 
soube usar muito bem sua fama, ao alertar para 
riscos existenciais ____ humanidade ocasionados 
pelo progresso tecnológico, em especial a inte-
ligência artificial. “As formas primitivas de inte-
ligência artificial que temos agora se mostraram 
muito úteis. Mas acho que o desenvolvimento de 
inteligência artificial completa pode significar o 
fim da raça humana”, disse o cientista, m 2014.
(...)
NOGUEIRA, Salvador. Os legados do gênio Stephen Hawking, na ciência 
e na vida. Disponível em: <https://super.abril.com.br/ciencia/os-legados-
do-genio-na-ciencia-e-na-vida/>. Acesso em: 22 mar. 2018. (adaptado)
21.07. (IFRS) – Assinale a alternativa que preenche correta-
mente as lacunas:
a) a – à – a – à
c) à – à – a – a
e) à – a – à – a
b) à – a – à – à
d) a – a – à – a
21.08. (FEMA – SP) – Texto:
 Fui ____ instituição de ensino. Dirigi-me 
____ Diretor, ____ quem perguntei se poderia 
entregar ____ premiação ____ aluna ganhadora 
do concurso de redação. 
A alternativa que completa corretamente a frase acima é: 
a) a – ao – a – a – à 
c) a – ao – a – à – à 
e) à – ao – a – a – à
b) à – ao – à – a – à 
d) à – ao – a – a – a 
Texto para a próxima questão:
DNA EM PROMOÇÃO
Sequenciamento sem médico vendido 
por US$99 nos EUA é proibido
Até o ano passado, quando teve seu serviço 
suspenso pela agência que regula medicamentos 
nos EUA (FDA), a 23andMe cobrava US$99 por 
um teste de DNA. ______ empresa não deu pro-
vas suficientes de que fornecia resultados confiá-
veis, principalmente quando se tratava de doen-
ças causadas por mutações em mais de um gene. 
Comandada por Anne Wojcicki, ex-mulher do 
cofundador do Google, Sergey Brin, a 23andMe 
defende tese parecida com ______ de Khan*: a de 
que os consumidores têm o direito ______ infor-
mação sobre seu próprio DNA. Feito por mais de 
500 mil pessoas, o exame da companhia analisava 
o DNA de uma amostra de saliva e informava se 
elas têm risco de desenvolver doenças como os 
cânceres de ovário, de mama e de intestino, por 
exemplo. A FDA alegou que um falso positivo po-
deria levar uma consumidora ______ fazer uma 
mastectomia desnecessária. “Pense no efeito de 
saber que você tem propensão ______ uma do-
ença grave, ou sem cura, e não poder fazer nada 
para evitá-la”, diz Mayana Zatz. “É como uma 
bomba relógio cujo prazo para explodir não pode 
ser previsto nem interrompido.”
*Razib Khan é um pesquisador norte-americano que mapeou o 
código genético de seu filho antes de este vir ao mundo.
Disponível em: <http://revistagalileu.globo.com>. Acesso em: 30/08/2014
21.09. (PUCPR) – Com relação ao uso do acento grave, 
completa corretamente as lacunas a opção:
a) A – a – a – a – a
c) A – à – à – a – à
e) A – a – à – a – a
b) À – a – a – à – à
d) À – à – à – à – a
Texto para a próxima questão:
Cena 1
Em uma madrugada chuvosa, um trabalhador 
residente em São Paulo acorda, ao amanhecer, às 
cinco horas, toma rapidamente o café da manhã, 
dirige-se até o carro, acessa a rua, e, como de cos-
tume, faz o mesmo trajeto até o trabalho. Mas, 
em um desses inúmeros dias, ouve pelo rádio que 
uma das avenidas de sua habitual rota está total-
mente congestionada. A partir dessa informação e 
enquanto dirige, o trabalhador inicia um processo 
mental analítico para escolher uma rota alternati-
va que o faça chegar __________ (1) empresa no 
horário de sempre.
(...)
Cena 2
Mais tarde no mesmo dia, um casal residente 
na mesma cidade obtém financiamento imobili-
ário e decide pela compra de um apartamento. 
São inúmeras opções de imóveis à venda. Para a 
escolha adequada do local de sua morada em São 
Paulo, o casal deverá levar em conta, além do va-
lor do apartamento, também outros critérios: va-
riação do preço dos imóveis por bairro, distância 
do apartamento até a escola dos filhos pequenos, 
tempo gasto entre o apartamento e o local de em-
prego do casal, preferência por um bairro tran-
quilo e existência de linha de ônibus integrada ao 
metrô nas proximidades do imóvel – entre outros 
critérios.
Aula 21
7Português 6A
Essas duas cenas urbanas descrevem situações 
comuns __________ __________ (2) passam 
diariamente muitos dos cidadãos residentes em 
grandes cidades. As protagonistas têm em co-
mum a angústia de tomar uma decisão complexa, 
escolhida dentre várias possibilidades oferecidas 
pelo espaço geográfico. Além de mostrar que a 
geografia é vivida no cotidiano, as duas cenas 
mostram também que, para tomar a decisão que 
__________ (3) seja mais conveniente, nossas 
protagonistas deverão realizar, primeiramente, 
uma análise geoespacial da cidade. Em ambas as 
cenas, essa análise se desencadeia a partir de um 
sistema cerebral composto de informações geo-
gráficas representadas internamente na forma de 
mapas mentais que induzirão as três protagonis-
tas a tomar suas decisões. Em cada cena podemos 
visualizar uma pergunta espacial. Na primeira, o 
trabalhador pergunta: “qual a melhor rota a se-
guir, desde este ponto onde estou até o local de 
meu trabalho, neste horário de segunda-feira?” 
Na segunda, o questionamento seria: “qual é o 
lugar da cidade que reúne todos os critérios geo-
gráficos adequados à nossa moradia?”
(...)
A análise geoespacial reúne um conjunto de 
métodos e técnicas quantitativos dedicados à 
solução dessas e de outras perguntas similares, 
em computador, __________ (4) respostas de-
pendem da organização espacial de informações 
geográficas em um determinado tempo. Dada a 
complexidade dos modelos, muitas técnicas de 
análise geoespacial foram transformadas em lin-
guagem computacional e reunidas, posteriormen-
te, em um sistema de informação geográfica. Esse 
fato geotecnológico contribuiu para a populariza-
ção da análise geoespacial realizada em computa-
dores, que atualmente é simplificada pelo termo 
geoprocessamento.
Adaptado de: FERREIRA, Marcos César. Iniciação à análise 
geoespacial : teoria, técnicas e exemplos para 
geoprocessamento. São Paulo: Editora UNESP, 2014. p. 33-34
21.10. (UFRGS) – Assinale a alternativa que preenche corre-
tamente as lacunas 1, 2, 3 e 4 nessa ordem:
a) a – as quais – lhe – em que as;
b) à – com as quais – lhes – das quais as;
c) à – que – os – cuja;
d) a – por que – lhe – de que as;
e) à – pelas quais – lhes – cujas.
Aprofundamento
21.11. (UP – PR) – Considere o seguinte texto:
A segunda emenda _____ Constituição dos Es-
tados Unidos tem um texto para lá de ambíguo: 
“Uma milícia bem regulada sendo necessária para a 
segurança de um Estado livre, o direito do povo de 
manter e portar armas não deverá ser infringido”. 
A interpretação dessas palavras tem dividido _____ 
Suprema Corte americana há séculos. Numa decisão 
de 2008, ficou estabelecido que a Constituição pro-
tege o direito de cada indivíduo ter e carregar armas 
– e não apenas do governo. O debate entre os defen-
sores desse direito e aqueles que prefeririam limitar 
o acesso _____ armas de fogo, ou mesmo proibi-lo, 
volta _____ tona _____ cada novo massacre.
Hélio Gurovitz. <http://g1.globo.com/mundo/blog/helio-
gurovitz/post/qual-causa-de-tantos-massacres.html>
Assinale a alternativa que preenche corretamente as lacunas:
a) a – à – as – à – a
c) a – a – às – à – à
e) à – a – às – à – a
b) à – à – às – a – à
d) à – a – as – a – a
O texto a seguir é referência para a próxima questão:
Era uma vez um lobo vegano que não engolia 
a vovozinha, três porquinhos que se dedicavam 
_____ especulação imobiliária e uma estilista 
chamada Gretel que trabalhava de garçonete em 
Berlim. Não deveria nos surpreender que os con-
tos tradicionais se adaptem aos tempos. Eles fo-
ram submetidos _____ alterações no processo de 
transmissão, oral ou escrita,ao longo dos séculos 
para adaptá-los aos gostos de cada momento. Ve-
jamos, por exemplo, Chapeuzinho Vermelho. Em 
1697 – quando a história foi colocada no papel –, 
Charles Perrault acrescentou _____ ela uma mo-
ral, com o objetivo de alertar as meninas quanto 
_____ intenções perversas dos desconhecidos.
(...)
Marta Rebón. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/
brasil/2018/09/18/eps/1537265048_460929.html>
21.12. (UFPR) – Assinale a alternativa que preenche correta-
mente as lacunas do primeiro parágrafo, na ordem em que 
aparecem no texto: 
a) a – a – à – às
c) à – a – a – às 
e) à – à – à – as
b) à – à – a – as 
d) a – à – à – as 
8 Extensivo Terceirão
21.13. (UEPG – PR) – Foi empregada a crase em “comparadas 
à fruta” e nem “...hostil à vegetação...”. Assinale o que for correto 
quanto ao uso da crase: 
01) O açaí é consumido à centenas de anos pela população 
indígena do Brasil. 
02) Algumas frutas podem ser encontradas por preços 
mais baratos devido às grandes produções. 
04) As frutas nativas devem chegar à mesa de todos se 
houver incentivo à pesquisa sobre o seu potencial nu-
tritivo. 
08) A maçã, que sempre teve a fama de ser saudável, foi 
comparada às frutas do Cerrado.
21.14. (INSPER – SP) – Na passagem “Obviamente ela trans-
cende à propriedade do equipamento”, o emprego do sinal 
indicador de crase é
a) inadequado, pois o termo regido é um substantivo que 
rejeita a presença de um artigo definido.
b) obrigatório, pois contém a junção da preposição “a” com 
o artigo “a” antecedendo um adjetivo feminino.
c) equivocado, pois o termo regente é transitivo direto, 
dispensando a preposição obrigatória.
d) facultativo, pois o verbo “transcender” pode ser regido ou 
não de preposição, sem que haja alterações semânticas.
e) necessário, pois tem a função de sinalizar uma pronúncia 
alongada que ressalta a fusão da preposição com o artigo.
21.15. (PUCPR) – Leia o texto a seguir:
A CRISE E A CRASE
Ônibus de turismo já costumavam parar em 
frente à mansão de Chiquinho Scarpa, em São 
Paulo, para que os passageiros tirassem fotos. Há 
um mês, o movimento aumentou. É que o play-
boy de 64 anos estendeu uma faixa no jardim, 
com seu rosto estampado. Diz ele que os motoris-
tas que passam por ali aprovam a mensagem, gri-
tando: “É isso aí, Chiquinho”. O slogan: “Juntos 
pelo Brasil! Não a (sic) luta de classes!”.
Veja, 20/04/2016, p. 89
O emprego ou a omissão do acento grave indicativo de crase 
pode mudar o sentido de uma afirmação. A análise adequada 
do slogan referido no texto, considerando-se o emprego ou 
não do acento grave, encontra- se em:
a) Sem o acento grave, a afirmação fica sem sentido e por 
isso vem acompanhada do vocábulo sic, para mostrar que 
não foi feita uma alteração gramatical necessária.
b) O vocábulo sic, empregado na reprodução do slogan, 
indica que houve a manutenção do estilo de elaboração 
do texto, o que não fere a norma-padrão.
c) A opção pela omissão do acento grave revela que o autor 
do slogan se refere a uma luta geral, sem que haja recorte 
de envolvidos.
d) Caso optasse pelo emprego do acento grave, o autor do 
slogan geraria ambiguidade no enunciado, pois não seria 
possível identificar que luta estaria em questão.
e) As pessoas que passam pelo local em que se encontra o 
slogan compreendem a mensagem de duas maneiras, 
por isso fazem elogios ao autor.
21.16. (FPP – PR) – Leia o texto a seguir:
Em Jaureguiberry, região costeira do Uruguai, 
cerca de dois mil pneus, cinco mil garrafas de vidro 
e oito mil latas de alumínio serviram de material 
para a construção da primeira escola pública sus-
tentável da América Latina. A instituição aproveita 
as condições naturais do ambiente, como a gera-
ção de energia solar e eólica e captação de água da 
chuva, além de uma horta orgânica cuidada pelos 
alunos e só foi possível existir graças a uma ONG 
local e com financiamento colaborativo. 
Disponível em: http://www.revistaeducacao.com.br/
escola-publica-sustentavel/. Acesso em: 18/02/2019 
A crase na Língua Portuguesa, materializada pelo emprego do 
acento grave, se compõe pela contração da preposição a mais 
o artigo definido feminino a e seu emprego obedece a normas 
específicas. Assim, observe o termo a, sublinhado na última 
linha do excerto e assinale a alternativa correta para o contexto:
a) A grafia está correta porque, pela norma-padrão da 
Língua Portuguesa, não se usa crase diante do artigo 
indefinido uma. 
b) A grafia está incorreta porque, pela norma-padrão da 
Língua Portuguesa, o termo subsequente uma é uma 
palavra feminina, portanto exige o emprego da crase. 
c) Nesse caso, a crase é de uso facultativo de acordo com a 
norma-padrão da Língua Portuguesa. 
d) No contexto, o a funciona somente como artigo definido, 
assim, a crase é dispensável, conforme a norma. 
e) Por ser uma contração de preposição e artigo, a crase é 
obrigatória, conforme o estabelecido pela norma.
21.17. (UEPG – PR) – Analise o trecho: “[...] tornar-se util a 
pátria e ao país” e assinale abaixo o que for correto:
01) Por ser uma oxítona terminada na letra “l”, a norma padrão 
não exige a utilização de qualquer acento na palavra “util”. 
02) A utilização de termos sinônimos (“pátria” e “país”) indi-
ca que é desnecessária a utilização do pronome mascu-
lino existente na contração “ao”, que pode ser substituí-
do apenas pela preposição “a”: “a país”. 
04) Por ser uma palavra paroxítona terminada na letra “l”, 
o termo “util” deveria ser grafado com acento agudo, 
segundo a norma-padrão: “útil”. 
08) Por representar apenas um pronome feminino singular, 
o termo “a” pode ser substituído pela contração “em+a” 
sem prejuízo do entendimento do trecho: “na pátria”. 
16) Para representar corretamente a junção da preposição 
“a” com o artigo definido feminino singular “a” a norma 
padrão exigiria o uso de crase: “à pátria”.
Aula 21
9Português 6A
21.18. (IFPE) – Sobre a sintaxe de regência e a ocorrência 
do fenômeno crase, analise as proposições abaixo e assinale 
a alternativa correta: 
I. Em “correspondentes às limitações e à utilização da 
propriedade privada”, a crase ocorreu porque o termo 
em destaque exige, devido à regra de regência nominal, 
a preposição “a” para ligar-se aos seus complementos, 
determinados pelo artigo “a”. 
II. No trecho “correspondente a uma finalidade socioam-
biental”, devido ao fato do termo em destaque estar 
diante de artigo indefinido feminino, o uso do acento 
grave indicativo de crase é facultativo e pode, portanto, 
não ocorrer. 
III. No trecho “a participação limita-se às partes”, a forma 
verbal destacada liga-se, pela preposição “a”, ao seu 
complemento, o qual é feminino e possui o artigo 
definido “a” como determinante, o que provoca a ocor-
rência da crase. 
IV. No trecho “Quanto ao poder público”, se substituís-
semos a forma verbal pela expressão “bancada gover-
namental”, haveria crase e o uso do acento grave seria 
obrigatório. 
V. Em “é feita sem considerar a necessária equalização de 
interesses”, o acento grave não foi utilizado pela fusão 
da preposição “a” com o artigo definido “a” ter acontecido 
após um verbo no infinitivo, o que impede a ocorrência 
do fenômeno da crase. 
Estão corretas, apenas, as proposições 
a) III, IV e V;
b) I, II e V;
c) I, III e IV;
d) I, II e IV;
e) II, III e V.
Desafio
Texto para a próxima questão:
TECNOESTRESSE: ENTRE O 
FASCÍNIO E O SOFRIMENTO
Hilda Alevato
[...] Tecnologia, como se sabe, envolve não 
apenas o conhecimento técnico-científico, mas 
também instrumentos, processos e materiais 
criados e/ou utilizados nas diferentes atividades 
humanas. Pode-se dizer que a tecnologia está 
presente no mundo humano desde a(1) criação 
da primeira ferramenta. No entanto, a mesma 
tecnologia desenvolvida para facilitar a vida, di-
vertir, tornar menos árduo o trabalho pode levar 
os indivíduos a ultrapassarem sua resistência fí-
sica e mental, provocando problemas.
Mesmo sem contar com uma definição úni-
ca ou aceita por todos os estudiosos doassunto, 
tecnoestresse poderia ser considerado, generi-
camente, como um conjunto de sintomas (uma 
espécie de síndrome) associado ao excesso de 
informação e demandas psíquicas e a uma de-
pendência grave das ferramentas tecnológicas. 
O tecnoestresse não resulta apenas da relação 
com o computador, mas com qualquer forma de 
tecnologia, de eletrodomésticos a telefones celu-
lares. [...] O tecnoestresse é, portanto, um sofri-
mento de difícil identificação pelo sujeito e deli-
mitação pela ciência, que pode gerar ou agravar 
processos de adoecimento diversos (em especial 
transtornos mentais e comportamentais, proble-
mas osteomioarticulares, patologias do sistema 
cardiovascular etc.), relacionados a qualquer 
tipo de estímulo tecnológico.
De um modo geral, o tecnoestresse dá seus 
primeiros sinais através da sensação de frustra-
ção diante de dificuldades com algum aparato 
tecnológico: uma falha na conexão com a inter-
net, o excesso de veículos no itinerário escolhi-
do, a falha no sinal da TV a cabo, a falta de ener-
gia que ameaça o funcionamento da geladeira. 
Pode ser identificado em comportamentos que 
parecem comuns: é o descontrole emocional 
associado à(2) impossibilidade de atingir ime-
diatamente aquilo a que se propõe (pelos limi-
tes tecnológicos e/ou pessoais), é o excesso de 
aborrecimento diante de barreiras inevitáveis 
(um sinal de trânsito fechado, por exemplo), é a 
agressividade voltada para a ferramenta (apertar 
seguidamente o botão do elevador, jogar o tecla-
do do computador ao chão etc.), por exemplo.
Nem sempre as pessoas identificam estar vi-
vendo um processo que pode contribuir para o 
adoecimento. Assim, o sofrimento relacionado 
ao agravamento dos sintomas do tecnoestresse 
deve-se, em grande parte, à(3) banalização da 
manifestação frequente de sintomas iniciais.
A situação de dependência da tecnologia 
não é recente. À medida que novos aparatos 
tecnológicos vão entrando em cena, a tendên-
cia é que estes sejam incorporados às(4) rotinas 
e os homens “desaprendam” a viver sem eles e 
se aborreçam quando um deles falha. É o caso, 
por exemplo, da água encanada, dos banheiros 
ligados a(5) tubulações de esgoto, das instalações 
elétricas, geladeiras, automóveis e todos os ou-
tros elementos que povoam os diferentes am-
bientes humanos.
No entanto, num ambiente que sofre trans-
formações tão profundas e intensas, a dependên-
10 Extensivo Terceirão
cia dos aparatos e paraferná-
lias ganha centralidade, na 
medida em que a experiência 
de vida em meio a inúme-
ros bens e serviços contribui 
para que as rotinas se estabe-
leçam cada vez mais a partir 
da existência e do bom fun-
cionamento de tais bens e 
serviços. Ou seja, as tarefas e 
responsabilidades assumidas 
tendem a se organizar consi-
derando que os recursos esta-
rão disponíveis e funcionarão 
conforme o esperado, ainda 
que na maioria das vezes os 
recursos necessários sequer 
sejam lembrados. Mesmo que 
as pessoas não se deem conta 
de que dependem de uma sé-
rie de detalhes e ajustamentos 
para que suas atividades se 
desenvolvam, suas expectati-
vas se estabelecem sobre este 
mundo “invisível” de suporte 
às cada vez mais sobrecarrega-
das agendas, pessoais e coleti-
vas. [...]
No entanto, não apenas a 
falha dos aparatos tecnológi-
cos pode contribuir para es-
tressar além do que a pessoa 
é capaz de suportar. A rapidez 
das respostas esperadas dos 
equipamentos, o acesso a múl-
tiplas frentes simultaneamen-
te, o excesso de possibilidades 
disponíveis e a sensação de 
um tempo curto demais para 
tantas atividades também são 
potentes estressores da vida 
contemporânea. [...]
ALEVATO, Hilda. Tecnoestresse: entre o 
fascínio e o sofrimento. In.: B. Téc. Senac: 
a R. Educ. Prof., Rio de Janeiro, v. 35, n.3, 
set./dez. 2009. p. 61-75. Texto adaptado.
21.19. (UEM – PR) – Assinale o que for correto quanto ao uso do acento indicativo 
de crase nos vocábulos em negrito presentes no texto:
01) Em “... banheiros ligados a tubulações de esgoto... (ref. 5), seu uso é facultati-
vo, pois o vocábulo “tubulações”, embora no feminino, está no plural.
02) Em “... deve-se, em grande parte, à banalização da manifestação frequente...” 
(ref. 3), seu uso marca a introdução de um objeto indireto.
04) Em “... sejam incorporados às rotinas...” (ref. 4), seu uso decorre da junção da 
preposição “a”, exigida pelo vocábulo “incorporados”, com o artigo feminino 
“as”.
08) Em “... é o descontrole emocional associado à impossibilidade de atingir...” (ref. 
2), seu uso marca a introdução de um complemento nominal.
16) Em “... a tecnologia está presente no mundo humano desde a criação...” (ref. 
1), o seu emprego é facultativo, pois o “a” está antecedido de preposição.
Leia a tirinha, a seguir, e responda à próxima questão:
Gazeta do Povo. Opinião. Disponível em: <http://www.gazetadopovo.
com.br/opiniao/charges/benett/>. Acesso em: 14 ago. 2015
21.20. (UEL – PR) – Em relação aos recursos linguísticos utilizados na tirinha, 
considere as afirmativas a seguir:
I. A locução “vou ficar” caracteriza-se como um gerundismo que enfatiza a 
resignação contínua da personagem.
II. Em “promovida a felicidade”, a ausência de crase cria uma ambiguidade pro-
posital devido à presença de dois substantivos femininos na frase.
III. Na oração “em que me encontro”, a presença da preposição “em” deve-se à 
exigência feita pelo verbo, segundo a norma padrão.
IV. Na oração “faz tempo”, o verbo está flexionado no Presente, mas indica 
passado.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Aula 21
11Português 6A
Gabarito
21.01. d
21.02. c
21.03. b
21.04. e
21.05. b
21.06. e
21.07. b
21.08. e
21.09. e
21.10. e
21.11. e
21.12. c
21.13. 14 (02+04+08)
21.14. c
21.15. a
21.16. a
21.17. 20 (04+16)
21.18. c
21.19. 14 (02+04+08)
21.20. c
I. INCORRETA. A locução não constitui gerundismo. Trata-se de 
uma perífrase verbal formada por IR + FICAR equivalente a FICA-
REI.
II. INCORRETA. Não há ambiguidade na passagem, pois o outro 
substantivo feminino presente no quadrinho é “resignação” e 
funciona como sujeito da oração em que está inserido. Além 
disso, o fenômeno da crase não ocorreu porque “felicidade” não 
está acompanhado do artigo definido “a”, logo o “a” que antece-
de “felicidade” é apenas preposição.
III. CORRETA. Trata-se da regência do verbo encontrar-se (“em 
que me encontro”).
IV. CORRETA. O verbo fazer, que está no Presente, indica tempo 
decorrido.
12 Extensivo Terceirão
Estudaremos, nesta aula, mais dois casos importan-
tes no uso do acento grave, indicativo de crase.
1. Preposição a + pronome 
demonstrativo a ou as
A regra: haverá crase quando o termo antecedente 
exigir a preposição A e o termo seguinte for o pronome 
demonstrativo A ou AS. De modo esquemático, temos:
 • A (preposição) + A (pronome demonstrativo 
singular) = À
 • A (preposição) + AS (pronome demonstrativo 
plural) = ÀS
De modo geral, conhecemos melhor os pronomes de-
monstrativos como aquele(s), aquela(s) e aquilo. Agora, 
esses pronomes podem ser substituídos pelos pronomes 
A e AS sem que se altere o sentido dos enunciados. Isso 
ocorre, principalmente, antes das palavras “que” (prono-
me relativo) ou “de” (preposição). Observe os exemplos:
 (1) A viagem que eles fizeram é semelhante à que 
fiz em 2018.
 • O adjetivo “semelhante” exige a preposição A.
 • O pronome demonstrativo A apareceu antes do pronome 
relativo “que”.
 • Se o pronome demonstrativo fosse “aquela”, teríamos 
também crase: a + aquela = àquela.
 • a + a = à. 
 (2) Não aderiu à proposta dos patrões, mas à do 
sindicato.
 • Na primeira ocorrência do uso do acento grave, indicativo 
de crase, ocorreu a contração da preposição A, exigida 
pela forma verbal “aderiu”, com o artigo A, que antecede 
o substantivo “proposta”.
 •Na segunda ocorrência, a forma verbal “aderiu”, 
mesmo em elipse, exigiu a preposição A. O 
segundo A vem a ser um pronome demons-
trativo, com o mesmo significado de “aquela”. 
Logo, a + a = à.
Vale repetir que, nos dois exemplos anteriores, 
se substituíssemos o pronome demonstrativo A pelo 
pronome demonstrativo AQUELA, o sentido seria 
absolutamente o mesmo e o acento grave, indicador de 
crase, também estaria presente. Observe:
 (3) A viagem que eles fizeram é semelhante 
àquela que fiz em 2018.
 (4) Não aderiu à proposta dos patrões, mas [=ade-
riu] àquela do sindicato.
Observe mais três exemplos, extraídos de jornais:
 (5) Mário de Andrade imaginou que ia fazer à 
Amazônia uma viagem semelhante à que 
fizera em 1924 às cidades barrocas de Minas. 
(Antônio Callado, Folha de S. Paulo, em 20/06/1994)
 (6) Nélson Rodrigues comparou sua solidão à de 
Robinson Crusoé e é assim que ele nos aparece 
hoje, solitário, a dominar de ilha o teatro brasileiro. 
(Antônio Callado, Folha de S. Paulo, em 04/02/1995)
 (7) A perseguição à magistratura é similar à que 
ocorreu depois da Operação Mãos Limpas, 
na Itália dos anos 90, quando foram apro-
vadas medidas como punição aos juízes. 
(Roberto Veloso, IstoÉ, em 16/03/2018)
E na literatura:
 (8) (...) a minha capacidade de amar, dis-
cernir as coisas, é bem superior à dos 
seres que por mim passam assustados. 
(Murilo Rubião, conto O pirotécnico Zacarias)
2. Certas locuções
Em gramática, locução é
... um conjunto de palavras que equivalem a 
um só vocábulo, por terem significado conjunto 
próprio e função gramatical única.
HOUAISS. Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa. 
Rio de Janeiro: Objetiva, 2001, p. 1777
Logo, as locuções verbais, como já vimos em aulas 
anteriores, são dois ou mais verbos indicando uma ação, 
sendo o primeiro verbo um verbo auxiliar e o segundo, 
principal.
E as locuções nominais? Bem, há vários tipos de 
locuções nominais (adjetivas, adverbiais, conjuncionais, 
prepositivas), mas todas apresentam o mesmo “esquele-
to”, que pode sofrer um ou outro acréscimo:
LOCUÇÃO NOMINAL = PREPOSIÇÃO + 
SUBSTANTIVO
Aula 22
Crase (2)
Português
6A
Aula 22
13Português 6A
Mas qual a relação entre crase e locuções nominais? 
Observe:
 • Se a preposição inicial, base de toda locução nomi-
nal, for a preposição A, teremos então o primeiro A.
 • Se o substantivo, base de toda locução nominal, for 
um substantivo feminino, ele poderá admitir o artigo 
feminino A. Temos, então, o segundo A.
 • Logo, A + A = À.
É exatamente por essa razão que algumas locuções 
nominais recebem o acento grave, indicador de crase. E 
quais seriam essas locuções? Na tabela a seguir, listamos 
as locuções nominais mais utilizadas no cotidiano e, 
consequentemente, mais cobradas em exames de 
vestibular. Vale dizer que quem lê e/ou escreve com 
muita frequência não possui maiores dificuldades com o 
acento grave nessas locuções, por serem tão frequentes 
no dia a dia.
LOCUÇÕES CONJUNCIONAIS
• Equivalem a uma conjunção
• “Fórmula” = prep. A + substantivo feminino + que
à medida que à proporção que
LOCUÇÕES PREPOSITIVAS
• Equivalem a uma preposição
• “Fórmula” = prep. A + substantivo feminino + de
à altura de à exceção de à moda de
à base de à falta de à míngua de
à beira de à feição de à procura de
à cata de à força de à razão de
à caça de à frente de à revelia de
à custa de à guisa de à roda de
à entrada de à imitação de à semelhança de
à escolha de à maneira de à superfície de
à espera de à margem de à véspera de
à espreita de à mercê de à volta de
LOCUÇÕES ADVERBIAIS
• Equivalem a um advérbio
• “Fórmula” = prep. A + substantivo feminino
à baila à mesa à tardinha 
à bala à milanesa à tinta 
à beça à míngua à toa 
à beira-mar à morte à unha 
à deriva à mostra à venda 
à direita à noite à vista 
à disposição à paisana à vontade
à escuta à parte às avessas 
à espada à porta às cinco (horas)
à esquerda à prestação às claras 
à exaustão à primeira vista às dezenas 
à faca à prova d’água às escâncaras 
à fantasia à prova de fogo às escondidas 
à flor da pele à queima-roupa às escuras
à força à ré às favas 
à luz à retaguarda às lágrimas 
à mão à revelia às mil maravilhas
à mão armada à risca às ocultas
à máquina à saída às pressas 
à meia-noite à solta às vezes
Observe alguns exemplos:
 (9) O cérebro é uma orquestra sinfônica em que 
os instrumentos vão se modificando à medida 
que são tocados. (Miguel Nicolelis)
(10) Há um tempo em que é preciso abandonar as 
roupas usadas, que já têm a forma do nosso 
corpo, e esquecer os nossos caminhos, que 
nos levam sempre aos mesmos lugares. É o 
tempo da travessia: e se não ousarmos fazê-la, 
teremos ficado, para sempre, à margem de nós 
mesmos. (Fernando Pessoa)
(11) Se você está à procura de uma religião que o 
deixe confortável, definitivamente eu não lhe 
aconselharia o cristianismo. (C. S. Lewis)
(12) (...) os seres humanos não nascem para 
sempre no dia em que as mães os dão à 
luz, e sim que a vida os obriga outra vez 
e muitas vezes a se parirem a si mesmos. 
(Gabriel García Márquez, em O amor nos tempos do cólera)
(13) Ódio é prazer comprido, vida e meia; às pressas 
se ama, com vagar se odeia. (Lord Byron)
(14) O político brasileiro é um sujeito que vive às 
claras, aproveitando as gemas e sem desprezar 
as cascas. (Barão de Itararé)
14 Extensivo Terceirão
Testes
Assimilação
22.01. (PUCPR) – Leia as sentenças e assinale o que se pede 
a seguir:
I. Em 2014, os brasileiros, confiantes e crédulos, saíram a 
consumir, como se consumo fosse investimento. E o Estado 
agora nos convoca à pagar também suas dívidas, que não 
são nossas. (Veja. São Paulo: Abril, p. 23, 10 jun. 2015. Adaptado)
II. Pode-se dizer que as gerações da Idade Média falam às 
gerações atuais por meio das grandes obras de arqui-
tetura que exprimem a devoção e o espírito da época. 
(WHITNEY, W. A vida da linguagem. Petrópolis: Vozes, 2010. p.17)
III. À linguagem é uma expressão destinada a transmissão do 
pensamento.
IV. O atendimento a gestantes foi suspenso ontem à tarde e a 
Prefeitura pouco pode fazer a curto prazo para amenizar a 
situação.
V. Transmita a cada um dos pacientes às instruções necessárias 
à continuidade do tratamento.
O sinal indicativo de crase está adequadamente empregado 
na(s) alternativa(s):
a) IV somente;
b) I, III e V;
c) II, III e IV;
d) I e IV;
e) II e IV.
22.02. (INSPER – SP) – Texto:
 BRAVO TATU-BOLA
Amijubi, Zuzeco e Fuleco. Qual desses nomes 
você mais deplora, despreza ou detesta? São os 
inventados e propostos pela Fifa para designar o 
tatu-bola, que ela elegeu como mascote da Copa 
de 2014 no Brasil. A Fifa os pôs em votação pela 
internet e espera que, até 25 de novembro, um 
deles seja sacramentado pelo povo brasileiro.
Sacramento esse que nenhuma diferença fará 
__1__ Fifa. Qualquer nome lhe servirá, desde que 
artificial – fora do dicionário –,__2__ prova de 
prévio domínio alheio e que ela possa registrar 
internacionalmente como propriedade industrial. 
(...)
__3__ ninguém espantou até agora que a Fifa 
terá se tornado proprietária de uma palavra que, 
artificial ou não, pertence __4__ língua portu-
guesa. E nem surpreende que, tão ciosa de seus 
direitos, ela só tenha se esquecido de consultar o 
principal interessado: o tatu-bola. Quem pode ga-
rantir que ele gostará de ver seu bom nome ligado 
__5__ uma daquelas execráveis alcunhas?
Seria divertido assistir __6__ Sociedade Prote-
tora dos Animais, ao Partido Verde e a outras ins-
tituições de defesa do ambiente, como represen-
tantes autorizados do tatu-bola, acionando __7__ 
Fifa por injúria, abuso da imagem e exploração 
indevida.
Adaptado: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/
opiniao/68298-bravo-tatu-bola.shtml
O acento indicador de crase deve ser corretamente utilizado 
somente nas lacunas 
a) 1, 3, 4
b) 1, 2, 4, 6
c) 2, 3, 5, 7 
d) 4, 5, 6
e) 2 e 4 
O texto a seguir é referência para a próxima questão:
OS TATUÍS E O ANTROPOCENO
Você está em 2043. Cinco anos atrás,a civi-
lização entrou em colapso. Metade da humani-
dade foi dizimada por epidemias, inundações, 
vazamentos em reatores nucleares, guerra civil. 
Os estados nacionais estão falidos. Não há mais 
elefantes, nem girafas, nem onças, nem centenas 
de outras espécies. A internet é lenta e deficiente, 
quase não funciona. Não há mais viagens aéreas. 
A comida é pouca e sempre a mesma. As usinas 
elétricas pararam de funcionar. A eletricidade é 
conseguida em pequena escala, com painéis so-
lares.
Um dia, uma velhinha é assaltada por um jo-
vem que rouba seus painéis solares. E aí começa 
o seguinte diálogo: “Você faria isso com seus pa-
rentes?”
“Meus parentes morreram todos. E tiveram 
uma vida melhor que a minha. Você também teve. 
Sua eletricidade, seu carro, seu conforto... Vocês 
viveram bem _____ beça. Chegou _____ hora de 
pagar a conta. Você começa a pagar hoje. É como 
se eu fosse um oficial de justiça, sacou?”.
(...)
Voltei a pensar no livro do David Mitchell ao 
esbarrar com uma fotografia que tirei na praia de 
Ipanema, anos atrás. Nela, meu filho de cinco anos 
segura um solitário tatuí na palma de sua mão. Era 
a primeira vez que ele via o pequeno crustáceo que 
eu encontrava aos milhares quando tinha a idade 
dele e frequentava _____ mesma praia.
Naquele dia, passamos mais de uma hora ca-
minhando na beira do mar _____ procura de ou-
Aula 22
15Português 6A
tros tatuís, mas não achamos mais nenhum. Des-
de então, nunca mais vimos um tatuí.
O tatuí (Emerita brasiliensis), para quem nunca 
viu um, é (ou era) um bicho característico do lito-
ral atlântico sulamericano, mais ou menos desde o 
Espírito Santo até o estuário do rio da Prata. Tem 
uns três ou quatro centímetros de comprimento e 
dizem que é muito saboroso (nunca provei, para 
mim seria como comer um animal doméstico).
É uma espécie muito sensível _____ variações 
no ambiente e, por isso, tem sido usada como bioin-
dicador, ou seja, como ferramenta para monitorar o 
estado do ecossistema em que vive. Fatores como au-
mento da poluição marinha e elevação da tempera-
tura da água afetam rapidamente o comportamento, 
as características físicas e o ciclo de vida dos tatuís.
(...)
Gustavo Pacheco, diplomata e antropólogo. Disponível em: <https://
epoca.globo.com/gustavo-pacheco/os-tatuis-oantropoceno-23031237>
22.03. (UP – PR) – Assinale a alternativa que preenche 
corretamente as lacunas desse texto:
a) à – à – a – a – às b) a – a – à – à – as
c) a – à – a – a – às d) a – a – à – a – as
e) à – a – a – à – às
O texto a seguir é referência para a próxima questão:
Butão e Costa Rica disputam atualmente o tí-
tulo mundial de felicidade. Nos anos 30, o troféu 
coube ____ Ilhas Salomão, onde os antropólogos 
mostraram que havia liberdade com os costumes 
sexuais e compreensão para com a educação das 
crianças. Na Idade Média os paraísos medievais 
eram feitos de comida abundante e segurança, 
assim como as utopias modernas giraram em tor-
no da liberdade e da igualdade. As variações de 
conteúdo sugerem uma constante: a felicidade é 
composta do que nos falta, mais exatamente, da 
relação com o que nos falta. Se entre nós e o que 
nos falta está o trabalho, temos uma relação com 
____ felicidade. Se entre nós e o que nos falta 
está o amor, eis que a felicidade muda de figura. 
Se nos falta dinheiro, poder ou fama, ali estará a 
substância da felicidade.
A felicidade depende da teoria da transforma-
ção que carregamos conosco. Se entre nós e o que 
nos falta existe apenas e tão somente uma ima-
gem, a transformação dessa imagem será o pro-
cesso mesmo _____ que chamaremos felicidade. 
Se entre nós e o que nos falta existe um oceano 
(que nos levaria até as Ilhas Salomão), então nossa 
felicidade tem estrutura de viagem. Se entre nós e 
a felicidade está a presença incômoda de pessoas 
indesejáveis e seus costumes perturbadores, en-
tão nossa felicidade seguirá _____ gramática da 
guerra ou da segregação.
(...)
Como nossa felicidade depende de nossa teo-
ria transindividual da transformação em relação 
ao que nos falta, a tarefa de educar nossas crianças 
tornou-se um desafio contemporâneo. Queremos 
tanto fazê-las felizes porque isso realiza nossa feli-
cidade. Aqui a armadilha tem sido fatal. Imagina-
mos que o encontro de contrariedades reais traz 
infelicidades, por isso tentamos poupar nossos 
alunos de experimentarem sua própria falta. Su-
pomos, depois, que nossa teoria da transforma-
ção será igual _____ deles (afinal, vivemos mais, 
sabemos como é o mundo), por isso não traba-
lhamos para que eles construam responsabilidade 
ou implicação com a felicidade que lhes concerne 
inventar. Além disso, sancionamos _____ ilusão 
da felicidade indiferente, baseada no conforto e 
na satisfação de si, custeada pelo mito de que se 
nós nos amamos e ficamos juntos e protegidos 
tudo vai terminar bem. Infelizmente, usado dessa 
maneira o amor mata ou imbeciliza.
Praticada dessa maneira, produzimos com eles 
uma felicidade feita de negação de diferenças reais 
(que, portanto, não serão tratadas), de recusa de 
falsidade nas experiências de reconhecimento (que, 
portanto, serão odiadas) e de imperativos de sucesso 
que correspondem _____ realização, empobrecida, 
de nossa própria felicidade, não da deles. É assim 
que estamos prometendo uma felicidade venenosa e 
ainda queremos fazer das escolas uma extensão des-
se projeto mórbido. Precisamos de uma felicidade 
mais cara – esta está dando errado.
Christian Ingo Lenz Dunker, psicanalista, professor titular do 
Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo (USP). 
Disponível em: <http://www2.uol.com.br/vivermente
22.04. (UP – PR) – Assinale a alternativa que preenche cor-
retamente as lacunas acima, na ordem em que aparecem 
no texto:
a) as – a – à – a – a – à – à
b) às – a – a – a – à – a – à
c) às – à – à – à – a – a – a
d) as – à – a – à – à – à – à
e) as – a – à – a – à – a – a
16 Extensivo Terceirão
Aperfeiçoamento
22.05. (PITÁGORAS – MG) – Leia a seguir:
No segundo quadrinho da tira, a expressão “por causa da” pode ser substituída, mantendo-se o sentido da frase, por
a) proporcional à b) a respeito da c) sobretudo à d) em face da e) devido à
Leia o texto para responder à questão:
MENINO DE 7 ANOS ESCREVE LIVRO PARA AJUDAR AMIGO DOENTE
Um menino norte-americano, de 7 anos, escreveu um livro para arrecadar fundos e ajudar o melhor 
amigo, que sofre de uma doença rara. Dylan Siegel aceitou o desafio de se tornar um autor após descobrir 
que a família de Jonah Pournazarian, de 8 anos, não teria condições financeiras de bancar o tratamento 
do jovem. Com auxílio de familiares e amigos, eles começaram uma campanha na internet para vender a 
primeira publicação de Dylan e já arrecadaram pouco mais de R$ 88 mil.
Jonah é portador de glicogenose, uma doença rara e incurável, que reduz o armazenamento de glico-
gênio no organismo. Assim, o jovem sofre com constantes quedas no nível de açúcar no sangue. O tra-
tamento da doença custa caro e, por isso, Dylan decidiu escrever “Chocolate Bar” (Barra de Chocolate) 
e colocá-lo à venda para juntar dinheiro e dá-lo a fundações de pesquisa sobre a doença. Sua esperança 
é que uma cura seja encontrada para o problema do companheiro.
[...]
http://extra.globo.com/noticias/mundo/menino-de-7-anos-escreve-livro-paraajudar-amigo-doente-junta-quase-90-mil-10139440.html#ixzz4dhkqpI6p. 25/09/2013 
22.06. (UTFPR) – Assinale a alternativa que apresenta a justificativa correta para o uso do acento indicativo da crase no 
fragmento em negrito no texto:
“colocá-lo à venda...” (2º parágrafo)
a) Locução adverbial feminina;
b) Locução prepositiva;
c) Locução conjuntiva;
d) Emprego de pronome pessoal;
e) Emprego de verbo.
22.07. (UEPG – PR) – Quanto ao uso da crase, assinale o que for correto:
01) A crítica faz referência às propagandas mal feitas. 
02) A mídia se sustém devido à propaganda em excesso. 
04) Fomos coagidos à compra de produtos desnecessários. 
08) Àqueles que acreditam em propaganda devem ser advertidos.16) À vista ou a prazo a propaganda induz o consumidor. 
Aula 22
17Português 6A
22.08. (UEPG – PR) – Sobre regência nominal e verbal nos 
trechos abaixo, assinale o que for correto:
1. “...recusando-se a baixar o preço que cobrava pelo arren-
damento de suas terras...” 
2. “...na Suécia, o percentual de cidadãos que se envolveu 
em algum tipo de “consumo politizado” nos 12 meses 
anteriores à pesquisa era de 50%.” 
01) Caso a crase fosse retirada no trecho 2, o sentido ficaria 
comprometido, pois seria possível compreender que a 
pesquisa ainda estava incompleta, ou seja, na metade. 
02) No trecho 1 ocorre um erro devido à regência, pois o 
sinal indicativo da crase deveria estar presente: “...recu-
sando-se à baixar...”. 
04) No trecho 2, trata-se de um caso de regência nominal, 
uma vez que “anteriores” é um adjetivo. 
08) Nos trechos 1 e 2, há casos de regência sobre a preposi-
ção a, entretanto, diferem entre si uma vez que são ca-
sos de regência nominal (trecho 1) e verbal (trecho 2).
22.09. (PUCCAMP – SP) – Texto: 
Por vezes barateamos o sentido do tempo, 
tornando-o uma espécie de vazio a preencher: 
é quando fazemos algo para “passar o tempo”, 
e apelamos para um jogo, uma brincadeira, um 
“passatempo” como as palavras cruzadas. Em 
compensação, nas horas de grande expectativa, 
queixamo-nos de que “o tempo não passa”.
Péricles Alcântara, inédito
No trecho acima transcrito, 
a) a expressão Por vezes pode ser substituída por “As vezes” 
sem que haja prejuízo da correção gramatical, pois nada 
justificaria o emprego do acento indicativo da crase. 
b) os dois-pontos introduzem não um esclarecimento do 
que foi dito antes, mas uma enumeração; no caso, enu-
meração dos passatempos. 
c) a sequência e apelamos para um jogo, uma brincadeira, 
um “passatempo” como as palavras cruzadas poderia ter a 
ordem dos complementos verbais alterada sem prejuízo 
do sentido original. 
d) a forma queixamo-nos é gramaticalmente correta, assim 
como o é a destacada em “Ele me fez uma gentileza, é 
hora de retribui-lo”. 
e) o emprego das aspas, nas três ocorrências, é indicativo 
de palavra e expressões típicas da linguagem coloquial.
Texto para a próxima questão:
A cultura dominante, hoje mundializada, se 
estrutura ao redor da vontade de poder, que se 
traduz por vontade de dominação da natureza(1), 
do outro, dos povos e dos mercados. Essa é a lógi-
ca dos dinossauros que criou a cultura do medo e 
da guerra. Praticamente em todos os países(2), as 
festas nacionais e seus heróis(3) são ligados a fei-
tos de guerra e de violência. Os meios de comuni-
cação(4) levam ao paroxismo, à magnificação(5) 
de todo tipo de violência, bem simbolizado nos 
filmes de Schwazenegger, como o “Exterminador 
do Futuro”. Nessa cultura, o militar, o banqueiro 
e o especulador valem mais do que o poeta, o fi-
lósofo e o santo. E sempre de novo faz suscitar a 
pergunta que, de forma dramática, Einstein colo-
cou a Freud nos idos de 1932: é possível superar 
ou controlar a violência(6)? Freud, realisticamen-
te, responde: “É impossível aos homens controlar 
totalmente o instinto de morte… Esfaimados, 
pensamos no moinho que tão lentamente mói(7) 
que poderíamos morrer de fome antes de receber 
a farinha”.
Sem detalhar a questão, diríamos que, por 
detrás da violência, funcionam poderosas estru-
turas. A primeira delas é o caos sempre presente 
no processo cosmogênico. Viemos de uma imen-
sa explosão, o big bang. E a evolução comporta 
violência em todas as suas fases. A expansão do 
universo possui também o significado de ordenar 
o caos. Possivelmente a própria inteligência nos 
foi dada para pormos limites à violência e confe-
rir-lhe um sentido construtivo.
Em segundo lugar, somos herdeiros da cultura 
patriarcal que instaurou a dominação do homem 
sobre a mulher e criou as instituições do patriarcado 
assentadas sobre mecanismos de violência, como o 
Estado, as classes, o projeto da tecnociência, os pro-
cessos de produção como objetivação da natureza e 
sua sistemática depredação.
Em terceiro, essa cultura patriarcal gestou a 
guerra como forma de resolução dos conflitos. 
Sobre essa vasta base, se formou a cultura do ca-
pital, hoje globalizada; sua lógica é a competição 
e não a cooperação, por isso, gera guerras econô-
micas e políticas e, com isso, desigualdades(8), 
injustiças(9) e violências. Todas essas forças se ar-
ticulam estruturalmente para consolidar a cultura 
da violência que nos desumaniza.
A essa cultura da violência há que se opor à 
cultura da paz. Hoje ela é imperativa, porque as 
forças de destruição estão ameaçando, por todas 
as partes, o pacto social mínimo sem o qual regre-
dimos a níveis de barbárie. É imperativa porque 
o potencial destrutivo já montado pode ameaçar 
toda a biosfera e impossibilitar a continuidade do 
projeto humano. Ou limitamos a violência e fa-
zemos prevalecer o projeto da paz ou conhecere-
mos, no limite, o destino dos dinossauros.
O ser humano é o único ser que pode intervir 
nos processos da natureza e copilotar a marcha 
da evolução. Ele foi criado criador. Dispõe de 
recursos de reengenharia da violência mediante 
processos civilizatórios de contenção e uso de ra-
cionalidade. A competitividade continua a valer, 
18 Extensivo Terceirão
mas no sentido do melhor e não de destruição 
do outro. Assim todos ganham e não apenas um.
Onde buscar as inspirações para cultura da 
paz? Mais que imperativos voluntarísticos, é o 
próprio processo antroprogênico a nos fornecer 
indicações objetivas e seguras. Ao lado de es-
truturas de agressividade, temos capacidades de 
afetividade, compaixão, solidariedade e amoriza-
ção. Hoje é urgente que desentranhemos tais for-
ças para conferir rumo mais benfazejo à história. 
Toda protelação é insensata.
BOFF, Leonardo. Cultura da paz. Disponível em: <http://
www.leonar doboff.com/site/vista/2001-2002/culturapaz.
htm.>. Acesso em: 12 jul. 2016. Adaptado
22.10. (UNICENTRO – PR) – No que diz respeito aos re-
cursos linguísticos presentes no texto, está correto o que 
se afirma em
I. O termo preposicionado “da natureza” (ref. 1) exerce a 
mesma função sintática que “de comunicação” (ref. 4), 
ambos tendo valor passivo, pois completam o sentido 
de um nome.
II. O vocábulo “países” (ref. 2) é acentuado, porque o -i- 
do hiato não aparece antecedido de ditongo, forma 
sílaba sozinho, e não vem seguido de -nh, enquanto a 
acentuação do ditongo aberto -oi- de “heróis” (ref. 3) e 
de “mói” (ref. 7) deve-se, respectivamente, ao fato de se 
tratar de palavra oxítona e de um monossílabo tônico.
III. A presença do sinal de crase em “à magnificação” (ref. 
5) revela a fusão de duas vogais idênticas, embora per-
tencentes a classes gramaticais diferentes, sendo uma 
decorrente de regência verbal, e outra determinante de 
um nome feminino.
IV. Os verbos em negrito no fragmento “superar ou contro-
lar a violência” (ref. 6) classificam-se como transitivos, 
fazem parte da mesma conjugação e compõem orações 
subjetivas que se alternam entre si.
V. As palavras “desigualdades” (ref. 8) e “injustiças” (ref. 9) 
são derivadas pelo mesmo processo, não obstante os 
prefixos que as formam expressarem diferentes ideias.
A alternativa em que todas as afirmativas indicadas estão 
corretas é a
a) I e II
b) II e V
c) I, III e V
d) II, III e IV
e) III, IV e V
Aprofundamento
22.11. (UEPG – PR) – Na frase “...pertenciam às aves mais 
poderosas...” temos a ocorrência da crase, para representar 
a junção da preposição “a” + artigo “as”. Assinale o que for 
correto quanto ao seu emprego nas frases a seguir:
01) Alguns animais em extinção são alçados à condição de 
atrativos turísticos, como as onças do Pantanal brasileiro. 
02) Como será a sociedade no futuro, à medida que a glo-
balização e a tecnologia estão mudando radicalmente a 
nossa vida? 
04) O robusto bico de um pardal permite romper a casca 
das sementes, enquanto o formato curvo do bico do 
falcão o ajuda à despachar as presas. 
08) À partir de 1918, quando foi aprovada aLei do Tratado 
das Aves Migratórias nos Estados Unidos, os ornitólogos 
do mundo inteiro buscaram intensificar os estudos para 
preservá-las no seu habitat natural. 
16) Os observadores de pássaros são muito importantes, 
pois agem à favor da conservação, coletando e dispo-
nibilizando informações sobre as espécies.
22.12. (UEPG – PR) – Assinale o que for correto quanto ao 
emprego da crase:
01) Não se pode julgar à pessoa pelos costumes diferentes 
que adota no seu cotidiano. 
02) O primeiro-ministro se referiu às medidas adotadas 
pelo governo francês. 
04) O governo francês atual resiste às mudanças no que diz 
respeito à integração dos imigrantes. 
08) O debate se instaurou entre os interessados na integra-
ção dos imigrantes, mesmo à revelia dos políticos mais 
resistentes a essa abertura. 
16) Em relação à segregação, há uma campanha nacional 
para combater esse mal.
Texto para a próxima questão:
ESTILO ÁULICO
À sobremesa, alguém falou ao Presidente que na 
manhã de hoje o cadáver de um homem havia sido 
encontrado na Lagoa Rodrigo de Freitas. O Presiden-
te exigiu imediatamente que um de seus auxiliares te-
legrafasse em seu nome à família enlutada. Como lhe 
informassem que a vítima ainda não fora identificada, 
S. Exa, com o seu estimulante bom humor, alegrou os 
presentes com uma de suas apreciadas blagues.
adaptado de Paulo Mendes Campos
22.13. (UEPG – PR) – Assinale as alternativas em que a ocor-
rência da crase se deu pelo mesmo motivo de: à sobremesa. 
01) O barco voltou à terra dos marinheiros. 
02) À tarde, os garotos reuniam-se para a pescaria. 
04) À distância de 200 m do local, via-se a encosta com sua 
franja laranja. 
08) À hora de ângelus, os corações se enternecem. 
16) O avião estava à espera de ordem para decolar. 
Aula 22
19Português 6A
22.14. (INSPER – SP) – Releia este excerto:
Foi então, meus caros, que eu vi a luz – e a luz veio na forma de 
um livro.
Nas duas ocorrências, o “a” não recebe acento grave, indicador de crase. Isso ocorre 
porque 
a) há uma falha gramatical: sempre há crase em locuções adverbiais femininas 
como “à luz”. 
b) se trata de um caso de crase facultativa: a junção de preposição com artigo é 
uma opção estilística. 
c) nunca se emprega acento indicador de crase no “a” diante de palavras mas-
culinas. 
d) o novo acordo ortográfico em vigor aboliu acentos como trema e acento grave. 
e) os termos regentes associados ao substantivo “luz” rejeitam a presença de 
preposição. 
22.15. (PUCPR) – Leia a seguir:
Disponível em: <http://dc.clicrbs.com.br/sc/entretenimento/noticia/2017/08/confira-a-
tira-do-armandinho-desta-terca-feira-9876633.html>. Acesso em: 20/02/2018
Observando a construção da tirinha por meio da linguagem verbal e não verbal, 
é correto afirmar que 
a) o estranhamento de Camilo se dá pelo fato de ele perceber que o advérbio e a 
locução adverbial em questão são mutuamente excludentes, ainda pensando 
que, na frase que ele ouviu, eram apenas marcadores temporais. 
b) na verdade, sequer haveria paradoxo no emprego de “às vezes” e “sempre” 
simultaneamente, já que esses marcadores temporais não se anulam seman-
ticamente. Assim, Camilo estaria errado de qualquer forma. 
c) a menina corrige Camilo ao dizer que não há um paradoxo em suas palavras, 
já que as expressões que está utilizando não estão sendo empregadas em seus 
sentidos denotativos, mas na formulação de uma regra gramatical inequívoca. 
d) o paradoxo de que fala Camilo explica-se pelo fato de a expressão “às \ as vezes”, 
contrariando o que a menina afirma, nem sempre portar o acento indicativo de 
crase, como fica claro em “As vezes em que nos vimos foram ótimas”. 
e) a última pergunta feita na tirinha revela a incompreensão de seu emissor sobre 
o paradoxo formado entre o emprego do sinal indicativo de crase existir ou não 
na expressão “às \ as vezes”. 
Texto para a próxima questão:
A COPA DO MUNDO NA RÚSSIA PODE SER A 
ÚLTIMA TENTATIVA DE UNIÃO NACIONAL 
(1) Mais do que a principal competição do maior esporte no pla-
neta, a Copa do Mundo deve ser considerada um evento político. 
Futebol é política, e vice-versa. Como instituição, é parte estrutural 
da formação de diversos povos e sua cultura, contribuindo para a for-
matação de seus costumes, de 
suas marcas, hábitos, vocabu-
lário. Quem ignora o papel do 
futebol, na formação histórica 
de algumas nações, pouco en-
tende da antropologia social e 
cultural delas – e nisso esta-
mos inclusos. As seleções na-
cionais são representantes de 
seus países muito mais impor-
tantes e reconhecidas do que 
o melhor dos embaixadores. E 
a Copa, o único espaço pelo 
qual países frágeis na econo-
mia e geopolítica mundial po-
dem derrotar países muito à 
frente nesses aspectos. 
(2) Como Diego Marado-
na sempre gosta de lembrar, a 
seleção argentina, na Copa de 
1986, entrou em campo con-
tra a Inglaterra, pelas quartas 
de finais, para jogar pelos 
mortos na Guerra das Malvi-
nas, e não simplesmente para 
ganhar um jogo. Isso não era 
restrito apenas aos jogadores: 
era o sentimento nacional de 
todos os argentinos. E, quan-
do questionado sobre o gol 
de mão que abriu o placar 
na partida, El Pibe não teve 
dúvidas sobre a sensação: “Foi 
como bater a carteira de um 
inglês”. 
(3) Na França, a vitória na 
Copa de 1998 ajudou a ame-
nizar o conflito racial que pai-
rava na nação – entre brancos, 
negros e árabes – e a derrota 
nas duas Copas seguintes o 
acirrou novamente. A Copa 
do Mundo também foi capaz 
de colocar no mesmo espaço 
de disputa o que um dos mu-
ros mais implacáveis da his-
tória separava: em 1974, Ale-
manha Ocidental e Alemanha 
Oriental se enfrentaram pela 
primeira fase, com vitória da 
ala soviética (que muitos afir-
mam ter sido entregue pela 
parte capitalista para evitar 
adversário mais forte na fase 
seguinte). Momento épico. 
(4) Copa traz integração. 
A última vez que a Champs-
-Élysées tinha enchido tanto 
20 Extensivo Terceirão
quanto na final da Copa de 98 foi na Queda da 
Bastilha. Na Copa de 2014, o esboço que vimos 
disso não aconteceu nos estádios, elitizados, mas 
sim nas fan-fests, que, como o próprio nome diz, 
foram espaços de festa, miscelânea, diversidade. 
Mas é muito maior do que isso: Copa traz a união 
comunitária. A gente não trabalha, a gente pinta a 
rua de casa, a gente compra camisa do Neymar ou 
do Ronaldinho ou do Ronaldo ou do Romário. Na 
hora do gol ou da vitória, a gente abraça até quem 
não conhece. Muitas vezes, uma televisãozinha é 
o suficiente para que toda a vizinhança se amon-
toe e torça pela sua representante internacional 
naquele momento. O País se volta, inteirinho, 
para um momento em que 11 homens são capa-
zes de mudar, a qualquer instante, todo o seu sis-
tema nervoso. E quem sequer reconhece isso tem 
que revisar seu próprio elitismo e sair da bolha. 
PROIETE, Gabriel. A Copa do Mundo na Rússia pode ser a última 
tentativa de união nacional. Disponível em: < https://medium.
com/@gabriel_proiete/a-copa-do-mundo-da-r%C3%BAssia-
pode-ser-a-%C3%BAltima-tentativa-de-uni%C3%A3o-nacional-
8aa3a939ed53 >. Acesso em: 07 maio 2018 (adaptado)
22.16. (IFPE) – Com relação a aspectos semânticos e sintáti-
cos do texto, analise o que se afirma nas assertivas a seguir:
I. As expressões “bater a carteira” (2º. parágrafo) e “sair da 
bolha” (4º. parágrafo) têm o mesmo sentido que “roubar” 
e “expressar-se”, respectivamente. 
II. A recorrência da estrutura “a gente pinta”, “a gente compra” 
e “a gente abraça” (4º. parágrafo) torna o texto cansativo e 
prejudica sua progressão e continuidade. 
III. Na oração “Quem ignora o papel do futebol, na forma-
ção histórica de algumas nações, [...]” (1º. parágrafo), há 
um sujeito simples “quem”, mas, semanticamente, seu 
agente se mantém ignorado, pois é representado por 
um pronome indefinido. 
IV. As palavras “televisãozinha” e “inteirinho” (4º parágrafo) 
estão no diminutivo para indicar, respectivamente, ta-
manho e pejoro. 
V. Em “países frágeis [...] podem derrotar países muitoà 
frente nesses aspectos” (1º. parágrafo), a expressão recebe 
o acento grave indicativo de crase porque é uma locução 
adverbial feminina. 
Estão corretas, apenas, as afirmações 
a) I e V b) II e III c) IV e V 
d) III e V e) II e IV
22.17. (FGV – SP) – Observe a palavra destacada na frase: 
“A campanha de meus adversários interpõe-se À dos meus 
parceiros”. Assinale a alternativa que justifica o uso do sinal 
de crase: 
a) “Interpor-se” rege preposição “a” e subentende-se um 
objeto indireto feminino. 
b) “Interpor-se” rege preposição “a” e “dos meus parceiros” 
é masculino. 
c) “Interpor-se” rege preposição “a” e subentende-se um 
objeto direto feminino. 
d) “Interpor-se” rege preposição “a” e o objeto direto explícito 
é masculino. 
e) “Interpor-se” é verbo intransitivo e “dos meus parceiros” é 
adjunto masculino. 
22.18. (UFMS) – Avalie as duas frases que seguem:
I. Ela cheirava à flor de romã.
II. Ela cheirava a flor de romã.
Considerando o uso da crase, é correto afirmar: 
01) As duas frases estão escritas adequadamente, depen-
dendo de um contexto. 
02) As duas frases são ambíguas em qualquer contexto. 
04) A primeira frase significa que alguém exalava o perfu-
me da flor de romã. 
08) A segunda frase significa que alguém tem o perfume 
da flor de romã. 
16) O “a” da segunda frase deveria conter o acento indica-
tivo da crase. 
Desafio
Leia o artigo de opinião a seguir e responda à próxima 
questão:
A LEI BERNARDO E O ASSÉDIO 
MORAL NA FAMÍLIA
O caso do menino Bernardo Uglione Boldrini 
chocou o Brasil. Ainda sem julgamento, a história 
do homicídio do menino de apenas 11 anos de ida-
de, que tem como principais suspeitos o pai, a ma-
drasta e a assistente social amiga da família, trouxe 
à tona diversos assuntos, em especial, a convivência 
familiar. As versões dos acusados são diversas e con-
traditórias, mas a principal questão reside em torno 
do tratamento interpessoal dentro da entidade fami-
liar. Nesse tocante, surge preocupação com a situ-
ação que muitas famílias vivenciam de tratamento 
cruel ou degradante, que a Lei Bernardo repudia.
A Lei Bernardo, antiga Lei da Palmada, eterniza 
o nome de Bernardo Boldrini. Em vida, o menino 
chegou a reclamar judicialmente dos maus-tratos 
sofridos no ambiente familiar, demonstrando que, 
antes de sua morte física noticiada, Bernardo já 
estava sofrendo o chamado homicídio da alma, 
também conhecido como assédio moral. O assé-
dio moral é conduta agressiva que gera a degrada-
ção da identidade da vítima assediada, enquanto 
o agressor sente prazer de hostilizar, humilhar, 
perseguir e tratar de forma cruel o outro. Justa-
mente essa conduta que o Art. 18-A do ECA, tra-
zido pela Lei Bernardo, disciplina na tentativa de 
proteger a criança e o adolescente de tais práticas.
O assédio moral possui várias denominações 
pelo mundo, como bullying, mobbing, ijime, ha-
Aula 22
21Português 6A
rassment, e é caracterizado por condutas violen-
tas, sorrateiras, constantes, que algumas vezes são 
entendidas como inofensivas, mas se propagam 
insidiosamente. A figura do assédio moral na fa-
mília surge exatamente quando o afeto deixa de 
existir dando espaço à desconsideração da digni-
dade do outro no dia a dia. Demonstrando, assim, 
que, embora haja necessidade de afetividade para 
que surja uma entidade familiar, com o desapare-
cimento do sentimento de afeto surgem situações 
de violência, inclusive a psíquica.
A gravidade é majorada no âmbito da família, 
eis que ela é principal responsável pelo desenvol-
vimento da personalidade de seus membros e do 
afeto, elemento agregador.
A morte da alma do menino Bernardo ainda 
em vida, resultado de tratamento degradante, di-
ário e sorrateiro, que culminou na morte física, faz 
refletir sobre a importância da família no desen-
volvimento da personalidade de seus membros, de 
modo a valorizar a existência do afeto para que não 
haja na entidade familiar a figura do assédio moral.
O assédio moral na família, ou psicoterror fa-
miliar, deve ser amplamente combatido, principal-
mente pelo papel exercido pela família de atuar no 
desenvolvimento da criança e do adolescente, de 
modo que a integridade psíquica deve ser sempre 
resguardada, no afeto e no respeito à dignidade da 
pessoa humana, desde seu nascimento.
Adaptado de: SENGIK, K. B. Jornal de Londrina. 14 set. 
2014. Ponto de vista. ano 26. n.7.855. p.2
22.19. (UEL – PR) – Acerca do texto, considere as afirmativas 
a seguir:
I. A expressão “à tona” no trecho “trouxe à tona diversos 
assuntos, em especial, a convivência familiar.” diverge do 
sentido da expressão “à baila” em: “O assédio moral trouxe 
à baila a importância da afetividade no convívio familiar.”
II. A expressão “à tona” equivale às expressões “à superfície” 
e “à flor”. Além disso, como expressões femininas, há uma 
contração da preposição “a” com o artigo “a”, resultando 
na crase.
III. A expressão “Nesse tocante” pode ser substituída por “A 
respeito disso”, sem prejuízo do sentido original.
IV. O trecho “que tem como principais suspeitos o pai, a 
madrasta e a assistente social amiga da família” pode ser 
reescrito da seguinte forma: “cujos principais suspeitos 
são o pai, a madrasta e a assistente amiga da família”.
Assinale a alternativa correta:
a) Somente as afirmativas I e II são corretas.
b) Somente as afirmativas I e IV são corretas.
c) Somente as afirmativas III e IV são corretas.
d) Somente as afirmativas I, II e III são corretas.
e) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas.
Texto para a próxima questão:
 “SELFIE” É A NOVA MANEIRA DE 
EXPRESSÃO. E AUTOPROMOÇÃO
Rafael Sbarai
Na última quarta-feira, o respeitabilíssi-
mo(1) Dicionário(2) Oxford, o mais extenso da 
língua inglesa, anunciou que um novo verbete 
passaria a figurar em suas páginas: selfie, que 
reúne o substantivo self (eu, a própria pessoa) 
e o sufixo ie. Eis sua definição: “Fotografia que 
alguém tira de si mesmo, em geral com smar-
tphone ou webcam, e carrega em uma rede so-
cial.” Os responsáveis pelo Oxford informaram 
que o dicionário surgido no século XIX aceitou 
o novo verbete porque as citações a selfie cres-
ceram 17.000% neste ano – mensalmente, um 
programa coleta mais de 150 milhões de pala-
vras em publicações variadas e analisa a recor-
rência delas. O ingresso do termo no Oxford, 
no entanto, não é apenas fruto de uma esta-
tística. É o reconhecimento de um fenômeno 
global. Tornou-se um gesto comum esticar o 
braço segurando o celular apontado para o ros-
to, e depois compartilhar a foto no Instagram, 
Facebook ou similares. O selfie pode revelar 
um estado de espírito ou ser um meio de auto-
promoção. Anônimos e famosos aderiram. Em 
excesso(3), selfies podem até fazer mal, alertam 
psicólogos.
O selfie não é invenção do mundo digital, é 
bom frisar (mas é igualmente importante reco-
nhecer que a tecnologia transformou a prática). 
O primeiro registro reconhecido como tal data 
de 1839, assinado pelo fotógrafo Robert Corne-
lius. Os adolescentes também abraçaram a ideia 
muito antes do Instagram. Em 1914, Anastasia 
Nikolaevna, de 13 anos, filha do czar Nicolau 
II da Rússia, posou em frente(4) a um espelho. 
Logo após o retrato, disse: “Foi muito difícil, 
minhas mãos tremiam.” O próximo passo, é 
claro, foi compartilhar(5) a imagem com os 
amigos. Sem acesso ao Facebook, usou cartas.
O autorretrato é um gênero antigo. Há relatos de 
que, no século V a.C., Fídias deu a uma escultura do 
templo de Parthenon, em Atenas, seu rosto. Mas foi 
só no Renascimento que o gênero ganhou força, ex-
pandindo a capacidade de expressão artística. Muni-
dos de espelhos de grande qualidade, que então se 
popularizavam, mestres usaram o autorretrato como 
caminho para o autoconhecimento: as criações inti-
mistas(6) revelaram vários estados de espírito − um 
contraponto a temas como a narrativa épica e o con-
vívio social. Artistas como o alemão Dürer (1471-
1528) e o holandês Rembrandt (1606-1669) foram 
pródigos na arte, retratando várias vezes o próprio

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