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TFG - JOSÉ IGOR - VERSÃO EXTENDIDA

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UNIVERSIDADE POTIGUAR 
ESCOLA DE CIÊNCIAS EXATAS E TÉCNOLOGICAS 
CURSO DE ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
 
 
 
 
 
 
JOSÉ IGOR FERNANDES PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RETROFIT, UMA RELEITURA PATRIOMÔNIAL: Anteprojeto de Uma Unidade 
Gastronômica e de Convivência no Município de Brejo do Cruz/PB. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOSSORÓ 
2020 
 
 
JOSÉ IGOR FERNANDES PEREIRA 
 
 
 
 
 
 
 
 
RETROFIT, UMA RELEITURA PATRIOMÔNIAL: Anteprojeto de Uma Unidade 
Gastronômica e de Convivência no Município de Brejo do Cruz/PB. 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho Final de Graduação (TFG) 
apresentado à Universidade Potiguar (UnP), 
como parte dos requisitos para aprovação na 
disciplina de Trabalho Final de Graduação II 
(TFG II) e obtenção do Título de Arquiteto e 
Urbanista. 
 
Orientador: Prof. Me. Cicero Wildemberg 
Matias Gomes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
MOSSORÓ 
2020 
 
 
JOSÉ IGOR FERNANDES PEREIRA 
 
 
 
ARQUITETURA, RETROFIT E REFEIÇÕES: Anteprojeto de Uma Unidade 
Gastronômica e de Convivência no Município de Brejo do Cruz/PB. 
 
 
Trabalho Final de Graduação (TFG) 
apresentado à Universidade Potiguar (UnP), 
como parte dos requisitos para aprovação na 
disciplina de Trabalho Final de Graduação II 
(TFG II) e obtenção do Título de Arquiteto e 
Urbanista. 
 
Aprovado em: ___/___/____ 
 
BANCA EXAMINADORA 
 
 
 
PROF°. CICERO WILDEMBERG MATIAS GOMES 
Arquiteto e Urbanista – Universidade Potiguar 
Mestre em Estudos Urbanos e Regionais – Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
(Presidente/ Orientador) 
 
 
PROFª. ANDRESSA TORRES CORREIA DE MELLO 
 Arquiteta e Urbanista – Universidade Federal do Rio Grande do Norte; 
Graduação em Tecnologia em Produção da Construção Civil - Instituto Federal de Educação, 
Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte; 
Especialista em Arquitetura e Urbanismo - Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 
(Convidado Interno) 
 
 
MARIANA DE QUEIROZ SILVA 
Arquiteta e Urbanista – Universidade Potiguar 
Mestra em Arquitetura e Urbanismo – Universidade Federal do Rio Grande do Norte 
(Convidado Externo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico esse trabalho aos meus avós (in memoria), na qual não puderam ver onde cheguei e o 
que venho conquistando. 
Deixo a eles essa homenagem como forma de agradecimento por serem pessoas fortes e 
brilhantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTO 
 
Agradeço primeiramente a Deus, pela honra do dom da vida, por me fazer um ser 
humano capaz de entender e compreender cada fase da nossa passagem pela terra, por ter a 
ciência necessária para alcançar meus objetivos, pela sabedoria e a capacidade de hoje explorar 
e resplandecer meus conhecimentos, por aprender a lutar e enfrentar todas as barreiras e, a 
sempre ser banhado pela fé, mesmo nos momentos de dúvidas. 
Agradeço aos meus pais (Jandineide Fernandes e Francisco de Assis), que por sua vez 
buscaram enfrentar todos os desafios para realizar o sonho de um filho, o meu sonho, por 
depositarem em mim vossa confiança, por me amar e me proteger, por servirem de exemplo, 
por sempre estarem ao meu lado, a vocês eu dedico essas palavras como forma de 
reconhecimento por tudo que fizera, fazem e farão por mim, sempre amarei vocês. Deixo meu 
agradecimento a minhas avós, Sebastiana Pereira e Francisca Braga (in memoria), que por sua 
vez foram mais que avós, fostes bases e sempre acreditaram em mim. 
Aos meus colegas, em especial Aurileide Pinheiro, José Andrade e Lilian dos Santos, 
por sempre estarem presentes na nossa dura batalha acadêmica, levando todas as coisas juntos 
e as tornando fáceis, até mesmo quando pareciam impossíveis, vocês foram presentes que Deus 
colocou em minha vida. 
Aos meus amigos, em especial Luana Thamilis que mesmo longe, sempre me deu forças 
e acreditou em mim, aquela pessoa que acreditou no meu sonho, até mais que eu, também 
sempre acreditei nela, a importância dela para mim nesses 5 anos é inigualável. Também 
gostaria de deixar gratidão a Desiré Leonez, Rosa Lidiane, essas em especial, pois foram 
presentes que a universidade me deu, pessoas de luz, que aprendi a amar e que me amam, não 
vejo minha vida sem elas, grandes amizades, também a Kadydja Almeida, Jacianny Pereira, 
Adriana Alencar, Thallys Alves e a Palloma Soares, que sempre me apoiaram, contribuíram 
para que pudesse ser quem sou hoje, sempre me deram forças para seguir em frente, mesmo 
longe, mas sempre senti a presença de vocês comigo. Por fim, não poderia deixar de agradecer 
alguém especial, além de amigo, é um irmão e sabe do carinho que tenho por ele, sei que sempre 
irá me apoiar e de forma distinta virou meu confidente, obrigado a você Fabricio Gomes. 
Em meio a tanta turbulência na vida academia, agradeço aos meu professores em 
especial, o querido Alexandre Lopes, por repassar seus conhecimento de como um pai passa 
para seu filho, a minha inigualável Katia Regina, uma mulher de fibra e entusiasmo, ela que me 
divertiu em diversos trabalhos acadêmicos, mas puxou minha orelha quando preciso, sem 
sombra de dúvidas poderia deixar ao meu orientador Cicero Wildemberg (nosso querido Will), 
 
 
ele que chegou inseguro por lecionar logo em uma turma grande, mais conquistou a admiração 
de todos, inclusive a minha, tenho muito que agradecer, cada orientação, conselho, momentos 
de alegria e porque não sua paciência, principalmente com minha amnésia. Extremamente grato 
a todos os professores que construíram junto comigo esse sonho, que são mais que professores, 
são amigos e parceiros. Gostaria de agradecer a duas pessoas em especial, Thales chaves, que 
lecionou disciplinas de história brilhantemente e sempre esperava muito de mim, mas as vezes 
o deixava frustrado (risos) e a Tamíris Costa, essa arquiteta brilhante, que me deu a 
oportunidade de trabalhar ao lado dela, me ajudou muito de forma direta e indireta, com 
conselhos e vivencias. 
Deixo em forma de agradecimento todo o carinho depositado em mim, a quem sempre 
me deu forças e até mesmo a quem me quis a queda, pois foi assim que me tornei mais forte, 
com isso deixo o trecho dessa música como reflexão: “Vou mostrar todas as coisas, que vocês 
não deram valor, que nunca esperaram ver, desse menino do interior” (Monstros – Jão). A 
todos, meu MUITO OBRIGADO, não seria o homem que sou hoje sem o fragmento de cada 
um em minha vida. 
Por fim, como diria Larissa de Macedo Machado (Anitta): “Hoje eu gostaria de 
agradecer a mim, por não ter desistido”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Um dos mais desoladores resultados desses tempos cheios de amarguras e desilusões é a 
indiferença com a qual governantes homens políticos, jornalistas, numa palavra, todos aqueles 
que formam o elemento condutor do país, consideram os problemas técnicos e científicos. 
Destinam-se verbas enormes a obras públicas, esgotando as finanças nacionais, sem se 
perguntar se a obra e o fim corresponderão ao sacrifício feito pelo país, e se essas obras 
merecem realmente esse sacrifício.” 
(Lina Bo Bardi) 
 
 
RESUMO 
 
O cenário patrimonial tem sido degradado nos últimos anos, tendo em vista a falta de 
manutenção, como também o abandono principalmente das áreas de interesse patrimonial, 
gerando assim desconforto não só no "bem estar" das cidades como de sua população, são fatos 
alarmantes visto principalmente em levantamentos de dados que comprovam isso, gerando até 
mesmo uma característica apontada por alguns de "cidade doente". A ponto de reverter essa 
situação, são desenvolvidas diversas técnicas e táticas que contribuam para tal pratica, 
afirmando o conceito de que nem sempre é preciso demolir para poder reviver. Compreendendo 
está realidade, o trabalho aqui desenvolvido objetiva apresenta um anteprojeto de um Centro 
Gastronômicoe de Convivência no município de Brejo do Cruz/PB. Um dos principais métodos 
a serem utilizados, foi a técnica do Retrofit, um estudo minucioso e cauteloso que quando 
aplicado dentro principalmente de edificações históricas ou de interesse histórico, possibilita a 
sua reconfiguração, se atentando principalmente ao fato de propor um novo espaço sem 
desconfigurar as características inicias da edificação, mantendo assim viva a sua história e 
prologando ainda mais o seu contexto. Para isso, foi considerado todas as normativas que o 
IPHAN, Decretos e a declaração do México, apresentadas de forma que mantenha como um 
edifício histórico, como também de diversos artigos e autores que por sua vez expressavam suas 
opiniões sobre o assunto, além de outras diretrizes, constituindo assim o desenvolvimento 
coerente do anteprojeto. 
 
Palavras-chave: Retrofit, Patrimônio, Projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
The patrimonial scenario has been degraded in recent years, in view of the lack of maintenance, 
as well as the abandonment mainly of the areas of patrimonial interest, thus generating 
discomfort not only in the "well-being" of cities but also in their population, they are alarming 
facts seen mainly in data surveys that prove this, generating even a characteristic pointed out 
by some of "sick city". To the point of reversing this situation, several techniques and tactics 
are developed that contribute to this practice, affirming the concept that it is not always 
necessary to demolish in order to revive. Understanding this reality, the work developed here 
objectively presents a preliminary project of a Gastronomic and Coexistence Center in the 
municipality of Brejo do Cruz/ PB. One of the main methods to be used was the Retrofit 
technique, a detailed and cautious study that, when applied mainly in historical buildings or 
historical interest, allows its reconfiguration, especially in view of the fact of proposing a new 
space without deconfiguring the initial characteristics of the building, thus keeping its history 
alive and further prose leading its context. For this, it was considered all the norms that the 
IPHAN, Decrees and the Declaration of Mexico, presented in a way that maintains as a 
historical building, as well as several articles and authors who in turn expressed their opinions 
on the subject, in addition to other guidelines, thus constituting the coherent development of 
the preliminary project. 
 
Keywords: Retrofit, Heritage, Project. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
 
FIGURA 1 – PERÍMETRO URBANO DE BREJO DO CRUZ – PB ..................................... 20 
FIGURA 2 - ANTIGO LICEU MARANHENSE (MA) .......................................................... 28 
FIGURA 3– CENTRO HISTÓRICO DE SÃO LUÍS (MA) .................................................... 29 
FIGURA 4 - CENTRO HISTÓRICO DE SALVADOR (BA) ................................................ 31 
FIGURA 5 – SESC POMPEIA ................................................................................................ 34 
FIGURA 6 – LIÒN, CENTRO HISTÓRICO DE ROMA (IT) ................................................ 37 
FIGURA 7 - MAQUETE (MAR) ............................................................................................. 43 
FIGURA 8 - DIAGRAMA (MAR) .......................................................................................... 44 
FIGURA 9 - CORTE ESQUEMÁTICO (MAR) ..................................................................... 44 
FIGURA 10 - COBERTURA (MAR) ...................................................................................... 45 
FIGURA 11 - SESC POMPEIA – SÃO PAULO .................................................................... 46 
FIGURA 12 - SESC POMPEIA ............................................................................................... 47 
FIGURA 13 - MAR – MUSEU DE ARTE DO RIO ............................................................... 48 
FIGURA 14 – LOCALIZAÇÃO DO TERRENO .................................................................... 51 
FIGURA 15 - MAPA DE USO E OCUPAÇÃO DO SOLO ................................................... 52 
FIGURA 16 - SISTEMA VIÁRIO ........................................................................................... 53 
FIGURA 17 - RAMPAS (VISTAS) ......................................................................................... 57 
FIGURA 18 – ESQUEMA DE ROTAÇÃO ............................................................................ 57 
FIGURA 19 – MODELOS DE REFERENCIA ....................................................................... 59 
FIGURA 20 – SISTEMA DE VÃO DE ACESSOS ................................................................ 60 
FIGURA 21 - TOPOGRAFIA .................................................................................................. 61 
FIGURA 22 – DIREÇÃO DO VENTO ................................................................................... 65 
FIGURA 23 – FLUXOGRAMA .............................................................................................. 69 
FIGURA 24 - ZONEAMENTO ............................................................................................... 70 
FIGURA 25 - ACESSOS ......................................................................................................... 71 
FIGURA 26 - EDIFICAÇÃO ................................................................................................... 73 
FIGURA 27 - MURO ............................................................................................................... 73 
FIGURA 28 – LEVANTAMENTO ELETRÔNICO ............................................................... 74 
FIGURA 29 – PROPOSTA ...................................................................................................... 74 
FIGURA 29 – ANEXO (PUB) ................................................................................................. 75 
FIGURA 30 – ANEXO (BISTRÔ) .......................................................................................... 76 
FIGURA 31 – DIVISÃO ATUAL ........................................................................................... 76 
file:///C:/Users/josei/Documents/TFG/TFG%20-%20JOSÉ%20IGOR.docx%23_Toc57480958
file:///C:/Users/josei/Documents/TFG/TFG%20-%20JOSÉ%20IGOR.docx%23_Toc57480960
file:///C:/Users/josei/Documents/TFG/TFG%20-%20JOSÉ%20IGOR.docx%23_Toc57480961
file:///C:/Users/josei/Documents/TFG/TFG%20-%20JOSÉ%20IGOR.docx%23_Toc57480962
 
 
FIGURA 32 – DIVISÃO PORPOSTA .................................................................................... 77 
FIGURA 33 – ESTACIONAMENTO ..................................................................................... 78 
FIGURA 34 – INTERTRAVADO ........................................................................................... 80 
FIGURA 35 – PORCELANATO PORTOBELLO .................................................................. 80 
FIGURA 36 – CONCRETO PERMEÁVEL ............................................................................ 81 
FIGURA 37 – GRAMA BERMUDAS .................................................................................... 81 
FIGURA 38 – YPÊ ................................................................................................................... 82 
FIGURA 39 – MALHA DE AÇO ............................................................................................ 82 
FIGURA 40 – CORES: DIA FELIZ, CASUAL JEANS, AREIA E LÁPIS PRETO .............. 83 
FIGURA 41 – PLACA SOLAR ............................................................................................... 84 
FIGURA 42 – FACHADA FRONTAL ................................................................................... 84 
FIGURA 43 – FACHADA OESTE (PERGOLADO) ..............................................................85 
FIGURA 44 – FACHADA LESTE .......................................................................................... 86 
FIGURA 45 – DETALHAMENTO ......................................................................................... 86 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
TABELA 1 - REGIME DE EDIFICABILIDADE ................................................................... 55 
TABELA 2 – PROGRAMA DE NECESSIDADES ................................................................ 67 
TABELA 3 – DIMENSIONAMENTO .................................................................................... 72 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
GRÁFICO 1 – STATUS DE MORADIA DO MUNICÍPIO ................................................... 38 
GRÁFICO 2 – FAIXA ETÁRIA .............................................................................................. 38 
GRÁFICO 3 – CONHECIMENTO SOBRE O TERMO ......................................................... 39 
GRÁFICO 4 – VISÃO SOBRE O QUE PATRIMÔNIO ........................................................ 40 
GRÁFICO 5 – RELAÇÃO ENTRE A CIDADE E SEU PATRIMÔNIO ............................... 40 
GRÁFICO 4 – OPINIÃO SOBRE A DEMOLIÇÃO .............................................................. 40 
GRÁFICO 7 – A COMPREENSÃO SOBRE O RESTAURO E SUA IMPORTÂNCIA ....... 41 
GRÁFICO 8 – CARTA SOLAR .............................................................................................. 63 
GRÁFICO 9 – ROSA DOS VENTOS ..................................................................................... 64 
 
 
 
 
 
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS 
 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
AVISA – Âgencia Nacional de Vigilância Santitária 
BC – Brejo do Cruz 
CAU – Conselho de Arquitetura e Urbanismo 
CREA – Conselho de Engenharia e Agronomia 
DEL – Decreto de Lei 
IPHAN – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional 
NBR – Normas Brasileiras 
SESC – Serviço Social do Comercio 
TFG – Trabalho Final de Graduação 
UCG – Unidade Gastronômica e Convivência 
UPRs – Unidades Produtoras de Refeições 
ICOMOS - Conselho Internacional de Monumentos e Sítios 
MR - Modelo de Referencia 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
1 APRESENTAÇÃO DO TEMA ................................................................................. 19 
2.3 TEMA .......................................................................................................................... 19 
1.2 UNIVERSO DE ESTUDO ................................................................................................. 19 
1.3 JUSTIFICATIVA DO TEMA ............................................................................................. 19 
2 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 22 
2.1 DEFINIÇÃO DA PROBLEMÁTICA ................................................................................... 22 
2.2 OBJETIVO GERAL ........................................................................................................ 23 
2.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS .............................................................................................. 23 
3 PROJEÇÕES METODOLÓGICAS ..................................................................................... 24 
4 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS .............................................................................. 26 
3.1 RESTAURO ARQUITETÔNICO, SUAS DIRETRIZES E LEGISLAÇÃO .................................. 26 
3.2 PATRIMÔNIO HISTÓRICO NACIONAL ........................................................................... 28 
3.3 RETROFIT, CONCEITOS E FUNCIONABILIDADE ............................................................. 32 
3.4 UNIDADES PRODUTORAS DE REFEIÇÕES: LANCHONETES, RESTAURANTES (ANALISE 
CONTEXTUAL) ....................................................................................................................... 35 
3.5 CONFIGURAÇÃO DO CENÁRIO: PATRIMÔNIO, RETROFIT E UPRS ................................. 36 
3.6 POPULAÇÃO E RESTAURO: VISÃO CONTEXTUAL ......................................................... 37 
4 ESTUDO DE REFERÊNCIA .................................................................................... 43 
4.1 ESTUDO DE REFERÊNCIA INDIRETO ............................................................................. 43 
4.1.1 MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro/RJ ..................................................... 43 
4.1.2 SESC Pompeia/SP ...................................................................................................... 46 
4.2 PARTIDO ARQUITETÔNICO: RETROFIT ........................................................................ 48 
4.3 CONSIDERAÇÃO SOBRE O CAPÍTULO............................................................................ 49 
4.4 PERFIL DO USUÁRIO .................................................................................................... 49 
5 CONDICIONANTES PROJETUAIS ........................................................................ 51 
5.1 O TERRENO ................................................................................................................. 51 
5.1.1 Analise do Entorno: Uso de Ocupação....................................................................... 52 
5.1.2 Sistema Viário: Hierarquia das Ruas.......................................................................... 53 
5.2 CONDICIONANTES LEGAIS ........................................................................................... 54 
5.2.1 Plano Diretor de Pombal/PB ...................................................................................... 54 
5.2.2.1 Estacionamento .......................................................................................................... 55 
5.2.2.2 Passeios e Muros ........................................................................................................ 56 
 
 
5.2.2.3 Higienização .............................................................................................................. 56 
5.2.3 Lei de Acessibilidade: NBR 9050 ............................................................................. 56 
5.2.3.1 Rampa ........................................................................................................................ 57 
5.2.3.2 Passeio ....................................................................................................................... 58 
5.2.3.2 Acessos (Portas) ........................................................................................................ 60 
5.3 CONDICIONANTES FÍSICOS .......................................................................................... 60 
5.3.1 Levantamento planialtimétrico ................................................................................... 61 
5.4 CONDICIONANTES CLIMÁTICOS ................................................................................... 62 
5.4.1 Insolação e Iluminação ............................................................................................... 62 
5.4.2 Ventilação ................................................................................................................... 64 
6 A PROPOSTA ........................................................................................................... 67 
6.1 METAPROJETO ............................................................................................................. 67 
6.1.1 Programa de Necessidades e Pré-dimensionamento .................................................. 67 
6.1.2 Fluxograma ................................................................................................................. 68 
6.1.3 Zoneamento................................................................................................................ 69 
6.1.4 Acessos ....................................................................................................................... 70 
6.2 EVOLUÇÃO DA PROPOSTA ............................................................................................ 71 
6.3 MEMORIAL DESCRITIVO .............................................................................................. 79 
6.3.1 Informativo construtivo ............................................................................................. 79 
6.3.2 Infraestrutura .............................................................................................................. 79 
6.3.3 Pisos............................................................................................................................ 79 
6.3.4 Vegetação ................................................................................................................... 81 
6.3.5 Detalhes ...................................................................................................................... 82 
6.3.6 Revestimento .............................................................................................................. 83 
6.3.7 Placas solares .............................................................................................................. 83 
6.4 MAQUETE ELETRONICA ............................................................................................... 84 
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................... 89 
REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 90 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 1: 
APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
 
1 APRESENTAÇÃO DO TEMA 
 
Estes capitulo abordará inicialmente a delimitação do tema, inserindo uma breve 
contextualização acerca do mesmo, apresentado o universo de estudo, a área de e sua 
justificativa. 
 
2.3 Tema 
 
 Este Trabalho Final de Graduação (TFG) consiste em analisar a relação entre o Retrofit, 
Arquitetura e a Produção de Refeições. Nesse sentido Segundo o Portal VG (2013) o termo 
“Retrofit” surge na Europa e nos Estados Unidos e tem como significado “colocar o antigo em 
forma”, a palavra tem origem Latina/Inglesa, onde “Retro” do Latim (movimentar-se para trás) 
e “Fit” do Inglês (adaptação, ajuste), abordam principalmente a solução de problemas na qual 
consiste em dar uma nova cara ou utilização a algo antigo, mas preservando a sua história. 
 
1.2 Universo de Estudo 
 
Fomentando a imensa procura por inovações principalmente no quesito gastronômico, 
as cidades buscam mais requinte e sofisticação quando o assunto são unidades produtoras de 
refeições, partindo desse ponto, foi escolhida uma edificação desativada aplicando os princípios 
de Retrofit que por sua vez irá unir alguns aspectos em um único empreendimento, dada a sua 
utilização que será para o público em geral e, que contribuirá para o crescimento de renda. 
Nesse contexto, ainda se firmará a utilização de edifícios antigos para novas utilidades sem 
perder a sua essência histórica, mas com uma utilização diferenciada e composta por novas 
tecnologias. Para isso, a técnica do Retrofit será aplicada em uma edificação na cidade de Brejo 
do Cruz-PB, desenvolvendo espaço ou empreendimento no setor da produção de refeições. 
 
1.3 Justificativa do Tema 
 
Preservar o patrimônio não se limita em somente restaurar uma fachada, é manter viva 
toda a história e memórias da população com a edificação, por isso, são desenvolvidas técnicas 
que possibilitem essa preservação, com o Retrofit é possível manter toda a trajetória histórica, 
nesse caso, a escolha da edificação foi obtida com base em todo seu contexto, visando preservar 
 
 
o acervo patrimonial e conservar na memória da população toda a sua história, deste modo, o 
desenvolvimento de uma UPRs (Unidades Produtoras de Refeições) não só atendem as 
necessidades de preservação como também insere um novo ambiente altamente requisitado em 
dias atuais, além de resolver outro aspecto que se cria com o abandono de edificações, que é a 
ocupação informal. 
Figura 1 – Perímetro Urbano de Brejo do Cruz – PB 
Fonte: Google Maps (2020). Adaptada pelo autor (2020) 
 
Deste modo, pretende-se estabelecer através de um projeto arquitetônico uma nova 
forma de visão sobre o que são edificações de interesse patrimoniais com ênfase na sua 
preservação e a inserção de soluções que contribuam para a preservação, como também a 
criação de um novo nicho comercial para a população.
21 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 2: 
INTRODUÇÃO 
22 
 
 
2 INTRODUÇÃO 
 
 Este capitulo irá tratar da abordagem do tema, apresentando em seu corpo textual a 
definições problemáticas e em seguindo, a apresentação dos objetivos na qual se espera atender 
de acordo com a análise realizada e por fim, a definição das projeções metodológicas 
desenvolvidas. 
 
2.1 Definição da Problemática 
 
Na arquitetura, o termo vem sido bastante utilizado, principalmente no ponto onde se 
percebe que a maior dificuldade no cenário arquitetônico, que é a conservação do patrimônio 
histórico, essencialmente no Brasil, arquitetos e design vem estudando e aplicando a técnica do 
Retrofit com mais frequência, com ela é possível desenvolver novas concepções para 
edificações históricas, sendo que desse modo, fica preservado não só a sua estrutura e 
caracterização, como também a sua memória, já que essa é uma das principais características 
dessa técnica, segundo Porfirio (2020): “tudo aquilo que existe materialmente e possui algum 
valor histórico e cultural que o dignifica de ser preservado e lembrado”. Seguindo esse 
pensamento, uma das mais usuais utilizações dessa técnica na arquitetura se dá na concepção 
de novos espaços como unidades produtores de refeições, compreende-se que nelas são 
consideradas a repaginação de uma edificação na qual é considerada historicamente relevante, 
porém perdeu sua utilidade e se encontra em estado de abandono e degradação. 
Para esse setor, não se deve se atentar somente na conservação do patrimônio e da sua 
memória, o seguimento dessas unidades onde manipulam com alimentos para a produção de 
refeições precisam responder a critérios extremamente exigentes. Algumas diretrizes são 
aplicadas desde questões sanitárias, como também de cunho arquitetônico e do meio ambiente. 
Entende-se que a aplicação do Retrofit na arquitetura se baseia em uma atualização e 
reestruturação da devida edificação inserindo novas tecnologias e aplicando normas de 
segurança “compreende o entendimento de aspectos relacionados à transferência de tecnologia, 
ergonomia, antropotecnologia e interações da tecnologia e do ambiente na organização da 
empresa e do trabalho.” (PROENÇA, 1996, p. 18). Originalmente, esse conceito é abordado de 
forma inovadora que por sua vez integra uma nova usabilidade, como também consegue manter 
a memória e características físicas do local onde se aplica. 
23 
 
 
Deste modo, é inserida a técnica do Retrofit que surge como aprimoramento e restauro 
de edificações inutilizadas, nesse contexto, podendo ser aplicada de forma que, as mesmas por 
se encontrarem em estado de abandono, podem configurar um cenário de insegurança para a 
população, com isso, dentro do espaço da arquitetura é possível solucionar necessidades pré-
existentes, mediante os fatos, vê-se que, em cidades de interiores e que não são relativamente 
turísticas, proporcionam ao seu patrimônio local descaso e falta de manutenção, sabe-se 
também que há dificuldade na inclusão de unidades produtoras de refeições nessas regiões e a 
inclusão de novos ambientes emedificações históricas desativadas. Para isso, busca-se 
compreender formas que contribuam para uma construção embasada teoricamente, onde 
possibilite a concretização do preenchimento das necessidades apresentadas e, que faça a junção 
criada através da aplicação do resgate da memória e o restauro, com a inserção de novos 
ambientes, que surgem como soluções que abrangem vários aspectos, tais como: a 
implementação de ambientes comerciais, a difusão de áreas que gera ocupação irregular, como 
também setores de laser social e gastronômico. 
 
2.2 Objetivo Geral 
 
Sendo assim, este TFG possui como como Objetivo geral analisar a relação entre 
arquitetura requalificação, desenvolvendo um anteprojeto de reforma de edificação, a fim de 
desenvolver uma Unidade produtora de Refeições, utilizando as técnicas do Retrofit que 
atendam às necessidades de conservação. 
 
2.3 Objetivos Específicos 
 
a) Compreender a relação entre arquitetura e preservação da memória, com base na análise da 
técnica retrofit; 
b) Propor uma consulta normativa acerca da preservação do Patrimônio e unidades de 
manipulação de alimentos; 
c) Identificar as principais características que configurem uma edificação histórica; 
d) Propor um anteprojeto de acordo com os resultados obtidos através das pesquisas e 
desenvolver um projeto arquitetônico que permita preservar o patrimônio histórico, com foco 
nas Unidades Produtoras de Refeições. 
 
24 
 
 
3 Projeções Metodológicas 
 
Com base em pesquisas disponíveis virtualmente em artigos, documentários, livros, 
teses e matérias, com o propósito de obtenção de conhecimento teórico com o foco na 
abordagem dos assuntos relacionados ao que se fala sobre o patrimônio histórico e unidades 
produtoras de refeições, foI realizado um levantamento afim de apresentar dados fomentando a 
premissa da construção o conhecimento teorico. 
Após o levantamento de dados que poderiam contribuir para este conhecimento, foi 
levando em consideração alguns fatores principais que adentram nos assuntos abordados, a fim 
de firmar uma base em principio normativa que contribuiram para o desenvolvimento projetual, 
se delimita algumas diretrizes, entre elas são as presentes no IPHAN ( Instituto do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional) e na AVISA (Âgencia Nacional de Vigilância Santitária). 
Com tudo, foi preciso ir mais a fundo dentre o conhecimento teorico, pois, além de fazer 
uma reflexão sobre o que dizem as bibliografias, é presiso compreender de que forma poderá 
ser aplicada, nesse caso, será desenvolvido uma analise espacial atraves de referencias como 
também pesquisa de campo, para obtenção de informaçoes e bases que cintribuam para o 
desenvolvimento do projeto que atendam as necessidades geradas mediante o levantamento 
realizado. 
 
 
25 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CAPÍTULO 3: 
CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 
26 
 
 
4 CONSIDERAÇÕES TEÓRICAS 
 
Esse capitulo irá tratar da relação entre a Arquitetura, o Retrofit e a Produção de 
Refeições, nele irá será conceituado o Restauro Arquitetônico, suas Diretrizes e Legislações, 
também com está sendo frisado o cenário do Patrimônio Histórico Nacional, de que forma onde 
está sendo retratado os bens tombados, como também será visto o Retrofit, Conceitos e 
Funcionalidades, com abordagem das técnicas e ainda os conceitos aplicados, ainda nesse 
capitulo atribuirá o referencial acerca das Unidades Produtoras de Refeições: Lanchonetes, 
Restaurantes (Analise Contextual). 
 
3.1 Restauro Arquitetônico, suas Diretrizes e Legislação 
 
Quando se trata de restauro arquitetônico, é preciso salientar seus condicionantes, uma 
vez que, não se trata apenas de uma cientifica de preservação, o restauro é uma campo presente 
dentro da arquitetura onde sugere e contribui para a conservação de bens imateriais da 
humanidade, dessa forma é preciso entender o que se configura um “Patrimônio Histórico 
Cultural Imaterial”, de acordo com o DEL n° 25, de 30 de Novembro de 1937, no Capitulo I, 
Art. 1° 
Constitue o patrimônio histórico e artístico nacional o conjunto dos bens 
móveis e imóveis existentes no país e cuja conservação seja de interesse 
público, quer por sua vinculação a fatos memoráveis da história do Brasil, 
quer por seu excepcional valor arqueológico ou etnográfico, bibliográfico ou 
artístico. 
 Desse modo, é possível através da lei, estabelecer um e qualquer que seja o bem móvel 
ou imóvel, como patrimonial desde que, os mesmos atendam as características abordadas no 
decreto, consequentemente os bens que atendam a essas configurações precisam ser 
processados por conceitos e avaliações técnicas realizadas por profissionais na qual, ficam 
responsáveis por fazerem o levantamento e com isso, atribuir material necessário para a 
avaliação dos bens até o seu veredito sobre sua classificação. O desdobramento de avaliação e 
intervenção sobre um bem que por ventura, possa ser dado com Patrimonial e com isso receber 
o título de “bem tombado”, segundo o mesmo DEL, no Art. 6° “O tombamento de coisa 
pertencente à pessoa natural ou à pessoa jurídica de direito privado se fará voluntária ou 
compulsoriamente”, isso significa que, não necessariamente precisa partir do proprietário do 
mesmo o interesse pelo tombamento, uma que o bem se enquadra dentro dos critérios de 
avaliação, ele pode ser acionado por qualquer pessoa aos órgão responsáveis, com isso, os 
27 
 
 
proprietários são notificados e fica proibido de estabelecer qualquer que seja a intervenção no 
bem no período em que ele esteja sendo avaliado. 
 Configurando a área ou campo que estuda esse seguimento, o restauro arquitetônico 
surge como ciência capaz de adentrar nos conceitos históricos sobre os bens tombados, isso se 
afirma com o conhecimento teórico sobre os períodos históricos na qual os mesmos se 
encontram ou fazem referência, no restauro, assim que o bem é tombado e passa a constar no 
“Livro do tombo” é possível classificar os bens de acordo com o seu período histórico, isso 
significa que, após o seu veredito e seu material teórico, é possível identificar de fato quais os 
seus antecedentes históricos, qual sua importância e de que forma aquilo contribui para a 
preservação da memória, ainda sobre o livro, fica designado a ele a ordem de avaliação e 
método de conservação do bem. Os níveis de classificação de bens tombados podem variar de 
acordo com a sua importância e preservação, o restaurador, juntamente com o arquitetônico 
ficam designados a preservar todas as características daquele bem, vetado de desconfigurar 
qualquer que seja os pontos aprimorados neles, desde a sua estrutura até a sua coloração. A 
partir do momento em que se estabelece intervenções de restauro, é preciso se atentar a alguns 
critérios exigidos ainda no DEL, onde no Art.° 17 
As coisas tombadas não poderão, em caso nenhum ser destruídas, demolidas 
ou mutiladas, nem, sem prévia autorização especial do Serviço do Patrimônio 
Histórico e Artístico Nacional, ser reparadas, pintadas ou restauradas, sob 
pena de multa de cinquenta por cento do dano causado. 
Deste modo, apenas é possível intervir por meio de autorização governamental e que mediante 
a intervenção, em hipótese alguma seja danificado ou desconfigurado a imagem inicial do bem, 
a ênfase na qual se aplica essa exigência, é de que, é de extrema importância, conservar todos 
os aspectos que constituem o bem, com isso, fica sob responsabilidade dos órgãos competente 
classificar os níveis de restauro na qual o bem será realizado, atribuindo assim o conceito de 
preservação do patrimônio histórico (Figura 1). 
28 
 
 
Figura 2 - Antigo Liceu Maranhense (MA) 
Fonte: Vale (2017) 
 Ainda sobre o restauro, é possível analisar em bens já tombados, os níveis de restauro 
aplicados sobre eles, encontra-se moveis e imóveis onde são totalmente restaurados, mas 
preservando sua forma inicial, mastambém aqueles na qual ficam vetados de sofrerem qualquer 
intervenção, essas decisões são atribuídas no momento do veredito sobre o bem na hora da sua 
classificação. Isso implica na decisão final, onde é obtido a consequência que será atribuído aos 
devidos bens a serem tombados, pois, decorrendo do seu nível de tombamento, os mesmo 
podem ficar vetados de sofrerem quais quer que forem as alterações, como também, podem 
passar por processos de restauro, desde que não os desconfigurem. 
 
3.2 Patrimônio Histórico Nacional 
 
 Conceituando o termo, segundo Carvalho (2018) ‘“Patrimônio” Em sua origem, a 
palavra Patrimônio está relacionada a bens de família, que são transmitidos de pais para filhos 
por herança, isto é, representa a ideia de pertencimento, posse.’, configura assim, bens materiais 
ou imateriais passados de geração a geração, os conceitos não se prendem apenas a bens 
materiais, também é possível considerar como patrimônio os bens não materiais, mostrando 
assim que o leque de coisas e bens que se enquadram dento do conceito podem ser bem amplo. 
Com foco no Patrimônio Histórico Nacional, é possível encontrar uma serie de bens que já 
foram atribuídos ao Livro do Tombo, como também, conhecer através do principal órgão 
nacional o IPHAN (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), nele é catalogado 
29 
 
 
todos os bens que já foram tombados em todo território nacional, suas características, como 
também todos os manuais e legislações vigentes. 
 O IPHAN é hoje o principal órgão que atua como proteção do patrimônio nacional, 
criado em 13 de janeiro de 1937, por meio da Lei n° 378, assinada pelo então Presidente da 
República Getúlio Vargas, hoje conta com uma subdivisão de 27 superintendências, uma para 
cada Estado ou Unidade Federativa, ficando assim responsável por atuar no que diz respeito ao 
Patrimônio Histórico. Embora o Brasil seja considerado um pais “novo”, pois conta com cerca 
de 520 anos de descobrimento, no entanto, o mesmo por ter sido colonizado por Portugal e logo 
após alguns outros países, é possível encontrar um série de características dos mesmos que até 
hoje se fazem presentes fisicamente e outros apenas historicamente, a importância da 
preservação é conseguir manter vivo na memória da população acontecimentos históricos, 
como também diversos outros aspectos antecessores aos dias atuais. Tais exemplos 
preservação, são vistos na preservação do Centro Histórico São Luís - MA (Figura 2), de Olinda 
- PE e também Salvador - BA, neles assim como em outros, é possível observar através das 
edificações as características do período Brasil Colônia. O movimento de preservação fez com 
fosse mantida conservada toda a história encravada nesses bens, assim fora mantida quase que 
por completo todas as suas características e atribuições que as considerassem como de interesse 
patrimonial e a ênfase da preservação de sua memória. 
Figura 3– Centro Histórico de São Luís (MA) 
Fonte: IPHAN [s/d] 
 O processo de proteção ao Patrimônio Nacional nem sempre é tão simples, por se falar 
de muitas vezes serem propriedades privadas e o processo de comercialização de imóveis para 
30 
 
 
a construção de novos empreendimentos ainda serem bastante requisitados, o aumento da 
dificuldade a proteção, segundo Ramos (2020) 
É evidente a necessidade da união entre sociedade e governo para cuidar da 
história, mantendo conservados os produtos e os registros da cultura, dando 
assim continuidade à evolução e compreensão da identidade da sociedade 
Fundamentadas em leis, várias são as ferramentas utilizadas para a 
preservação do patrimônio, entre elas o Registro, o Inventário, o 
Tombamento, Restaurações e Revitalizações. 
Isso reafirma o interesse em estabelecer essa conexão na qual, um dos principais 
propósitos é preservar não só a cultura, como também a própria identidade social, o patrimônio 
histórico se encontra espalhado em todo território nacional, no entanto, nem todos são 
catalogados e com isso, passam a ficar isentos da preservação. A premissa de que a cultura e 
identidade da sociedade é de fato preservada com a conservação do patrimônio, surge do ponto 
onde se considera que a memória precisa ser mantida e por muitas vezes são disseminadas ao 
longo do tempo, no entanto, alguns imóveis conseguem manter não só suas características 
arquitetônicas, que por sua vez já são capazes de uma forma de “Time Line (Linha do Tempo)” 
sobre o contexto histórico ali presente, mas também resgatam o passado da sociedade. O Centro 
Histórico de Salvador (BA), considerado no país um dos principais sítios arquitetônicos 
patrimonial, é um exemplo de preservação, sua arquitetura centenária datada do início da 
colonização brasileira é capaz de exprimir sua história através suas Praças, Casarões, Igrejas e 
construções no geral, por se tratar da primeira capital do pais, a cidade de Salvador (Figura 3) 
é uma figura de extrema importância a sociedade brasileira. 
Certamente, a compreensão de que esse complexo de construções é um ponto na qual 
sempre será citado, a percepção de valor histórico, assim como do termo patrimônio, vem sendo 
moldada e entendida ao longo do tempo e continuará passando por transformações 
(CARVALHO, 2018), isso fez com que os órgãos responsáveis pelo Patrimônio Nacional 
entrassem com uma ação de preservação e proteção não só de uma ou duas construções 
especificas, mas sim uma serie delas, esse conceito se constrói mediante a necessidade de 
conservação da memória existente dentro e fora das construções existentes desde o início da 
colonização, para o Portal Cultura (2015) 
A perda do patrimônio representa a perda da história e da identidade, o que 
pode ser preocupante, pois a história do nosso município e do local onde 
moramos é única e insubstituível, e a destruição das suas representações 
materiais representa o esquecimento de parte da nossa identidade cultura, e 
esquecer nossa cultura é esquecer quem somos. 
 
 
 
 
 
31 
 
 
Figura 4 - Centro Histórico de Salvador (BA) 
Fonte: IPHAN [s/d] 
 A concentração das construções que contribuem para a conservação da história do Brasil 
não é resumida apenas a um único ciclo ou local, deste modo, é possível encontrar fragmentos 
espalhados por todo território, exemplo claro, é a Igreja de São Francisco, uma construção do 
estilo Barroco, situada na capital da Paraíba, João Pessoa e, a mesma técnica construtiva no 
estado de Minas Gerais, essa configuração sustenta a afirmativa de que o Patrimônio nacional 
está disseminado e, que sua preservação se faz necessária, pois como conclui o Portal Cultura 
(2015) 
O que foi destruído está perdido para sempre, restando apenas o eventual 
registro iconográfico e a memória particular daqueles que viram com seus 
próprios olhos determinado monumento. O que nos resta fazer é reconhecer a 
importância do patrimônio remanescente, conscientizar a população de sua 
importância coletiva, mudando a concepção antiga de que coisa velha não tem 
importância e cobrar das autoridades responsáveis a correta preservação de 
tudo aquilo que tiver relevância para a história coletiva e da região. 
Deste modo, possibilita uma constante na qual o fator principal é a conservação do 
patrimônio histórico e, se torna essencial para a contribuição sobre construção da visão da 
sociedade acerca dos contextos históricos antecedentes e que, a comprovação das ações 
estabelecidas por entidades como o IPHAN são necessárias para que se estabeleça o movimento 
de conservação. O próprio órgão se baseia por decretos nacionais e internacionais, um deles 
que pode ser citado, é a “Declaração do México”, uma apresentada durante a “Conferência 
32 
 
 
Mundial sobre as Políticas Culturais”, que teve como mentor o ICOMOS. Um dos temas em 
que foram debatidos na conferência, girava em torno do âmbito cultural, pois, o patrimônio 
cultural tem sido frequentemente danificadoou destruído por negligência e pelos processos de 
urbanização, industrialização e penetração tecnológica (ICOMOS, 1985), afirmando a 
necessidade de proteção do mesmo, devido a degradação da história no decorrer do tempo, junto 
com o crescimento desacelerado populacional e de suas inovações, deixando para trás o que 
hoje pode-se chamar de “passado distante”. 
 
3.3 Retrofit, Conceitos e Funcionabilidade 
 
 A inovação é um precedente característicos de vários setores e nichos dos mais variados, 
não seria diferente dentro do campo da Arquitetura, a cada dia que se passa, novas tecnologias 
e técnicas vão surgindo para felicitar e complementar as formas construtivas atuais, umas dessas 
técnicas quem vem sido bastante utilizada, é a técnica do Retrofit, surgindo na Europa e também 
nos Estados Unidos onde seu significado quer dizer “Retro” do Latim (movimentar-se para trás) 
e “Fit” do Inglês (adaptação, ajuste), com ele, o Restauro Arquitetônico sofre uma repaginada 
e é adotado novas possibilidades. Essa técnica não existe a muito tempo, no entanto, vem se 
mostrando promissora dentro do nicho, como uma das suas nomenclatura sugere, o Retrofit 
quer dizer “pôr o velho em forma’, quando associado ao Patrimônio Histórico, pode entregar 
muito além de um restauro a construção, como também mais funcionalidades ao local. 
 Teoricamente, os conceitos que giram em torno do Retrofit são questões de novas 
usabilidades para imóveis ou bens que tiveram seu uso inicial interrompido. Para isso, a adoção 
de um novo formato de métodos construtivos, onde possa atribuir diversos outros 
complementos as edificações na qual é aplicado o Retrofit, mas conseguindo manter toda a sua 
trajetória histórica e preservando assim o seu valor patrimonial, para Campos (2020) 
A motivação principal é revitalizar antigos edifícios, aumentando sua vida útil 
usando tecnologias avançadas em sistemas prediais e materiais modernos, 
compatibilizando-os com as restrições urbanas e ocupacionais atuais, sem 
falar da preservação do patrimônio histórico, sobretudo o arquitetônico. 
 A abordagem pode ser das diversas, uma vez que essa técnica é adquirida sempre haverá 
diversas possibilidades de criação, seus princípios sugerem que novas construções sejam 
concebidas, no entanto, utilizando de instalações já existentes, gerando assim um custo bem 
menor do que a opção de demolir o já existente e executar um “projeto” novo, cautelosamente 
é pensado para que possa manter suas características, suas memorias e valores históricos, dessa 
33 
 
 
forma estabelecendo um conceito principal, ressurge mais uma vez uma construção na qual se 
fez presente por toda a história da sociedade, mas dessa vez com aspectos novos. Outro ponto 
bastante eficaz dentro do Retrofit, é de que por se tratar de uma técnica aplicada em sua maioria 
imóveis antigos, ele possibilita não só uma releitura como também adequações atuais, seja de 
custo, segura e até mesmo acessibilidade. Atualmente, o novo conceito em aplicar de forma 
inovadora e mais funcional o restauro, vem se mostrando bastante promissor e entregando 
grandes resultados, por isso Tem sido cada vez mais utilizado. Com o Retrofit a possibilidade 
de aplicar as adequações, principalmente as da ABNT NBR 9050 se torna cada vez mais 
simples, isso porque na época das construções históricas ainda não existiam documentação de 
auxílio para setores básicos que hoje são tão requisitadas, como também adequações de 
segurança, desta forma, o Retrofit entrega não só o restauro, como também a requalificação, o 
setores passam a ser reformulados e reinseridos novamente mas atendendo as normativas. 
Sendo assim, a funcionalidade da técnica é mais elevada, o foco é sempre em cumprir novos 
usos ou até atender novas exigências técnicas e de normatizações (PORTAL 44 
ARQUITETURA, 2018). Outro ponto em questão são adequações de conforto arquitetônico, 
isso quer dizer que os estudos sobre a eficiência enérgica e climática são aplicados fomentando 
a importância não só da proteção ao patrimônio, como também, suas requalificações e 
inovações, segundo Tomko (2020) 
Um retrofit corretamente planejado, projetado e executado poderá manter o 
edifício constantemente atualizado, aumentando sua vida útil, diminuindo 
custos com manutenção e aumentando suas possibilidades de uso. Por isso, o 
retrofit pode e deve buscar, com eficiência, deixar o edifício de atualidade 
tecnológica confortável, seguro e funcional para o usuário, mas mantendo a 
viabilidade econômica para o investidor. 
 O que de fato faz essa técnica tão promissora? O seu segmento de intervir como forma 
de proteção ao Patrimônio Histórico, seja ele local ou regional é seu grande ponto forte, o 
Retrofit atende as necessidades social quando o quesito é preservação da memória e 
incorporação de uma nova unidade na construção na qual se é aplicado, esses conceitos já se 
mostraram muitas vezes que são de fato funcionais, um exemplo claro da utilização do Retrofit, 
foi feito pela arquiteta Lina Bo Bardi no SESC Pompeia (Figura 4), onde a mesma utilizou das 
instalações da então fábrica desativada e desenvolveu o SESC, mas não para por ai, suas 
inovações só crescem no Brasil e no mundo. Isso mostra que, possivelmente o desenvolvimento 
de diversos outros novos segmentos, implicando na concepção de um conceito mais moderno, 
tecnológico e sem desprender das suas características originais, sendo implementado resoluções 
e ambientes como de moradia, institucionais, comerciais como bares e restaurantes entres 
34 
 
 
Figura 5 – SESC Pompeia 
outros, criando assim uma premissa social de integração que une reintegração da utilização do 
imóvel ou bem, com a proteção ao seu histórico memorial perante a sociedade. 
 
Fonte: Arch Daily [s/d] 
 Um ponto a ser abordado em relação ao Retrofit é que, para alguns autores, o termo é 
uma “gourmetização” do ciclo de proteção ao patrimônio que por sua vez, utiliza de suas 
técnicas para implementas novos empreendimentos em instalações desativadas. Por outro lado, 
como já foi comprovado, a técnica vai muito além disso, além de criar novos aspectos, ela 
possibilita o ressurgimento de algo que foi presente na história da sociedade, mesmo que de 
uma forma diferente a dos seus primórdios, mas dessa vez, com requisitos inovadores que 
asseguram não só a “repaginada”, como o fato de conter após sua reforma, elementos de 
segurança e contemporaneidade. 
35 
 
 
 
3.4 Unidades Produtoras de Refeições: Lanchonetes, Restaurantes (Analise 
Contextual) 
 
 Um dos maiores destaques no crescimento das construções no cenário arquitetônico, é 
o setor da culinária, cada vez mais as pessoas tem procurado ambientes que unam culinária boa 
e local agradável. As UPRs tem sido uma gama de projetos que inserem na sociedade 
empreendimentos capazes de atenderem as devidas necessidades, configuradas por diversos 
segmentos, as UPR apresentam em seu contexto desde lanchonetes a bares e restaurantes, cada 
dia mais é comum ver a alimentação da população sendo realizada fora de casa, isso significa 
que também se torna maior as necessidades de que os locais que ofertam tais tipo de comercio, 
se tornem cada vez mais adequados no que diz respeito a estruturação, até a alimentação em si. 
 O segmento na qual consiste em atender a grande procura por refeições (café, almoço e 
jantar), busca compreender de que forma o comportamento sobre essa procura exige, desta 
forma os locais ou imóveis na qual estão instalados passam a serem avaliados de forma mais 
criteriosas afirmando a teoria de que nem sempre um lugar agradável oferece boa comida ou o 
contrário. Uma boa estruturação é de fato um elemento indispensável quando se fala de UPRs, 
pois além de atribuir conforto aos clientes, o manejo e preparo dos alimentos são realizados de 
forma adequadas de acordo com as exigências. A questão sanitária das unidades é de extrema 
importânciae não se limita a somente a parte estética da edificação, a coerência do ambiente 
bem planejado com a sua ação sanitária, ou seja, a estrutura e limpeza, precisam ser levadas em 
consideração para manterem o maior grau sanitário possível. Sendo assim, fica sob 
responsabilidades de órgãos como a ANVISA atuar sobre as normativas de boas práticas e 
segurança sobre o preparo dos alimentos e questões sanitárias do ambiente, mas entra em 
conjunto com órgãos como o CAU ou o CREA que ficam com a responsabilidade técnica em 
relação a questões estruturais e adequações onde está sendo desenvolvido uma nova UPRs, 
outra característica é que , durante a escolha do local de implantação de um restaurante, busque-
se um ambiente longe de possíveis fontes de contaminação e que não ofereçam riscos às 
condições gerais de higiene e salubridade (SOMAVILLA; LOPES, 2019). 
A princípio, a questão do crescimento de UPRs vem sendo analisada de forma que, 
estabeleça o conceito onde fomente o crescimento de forma adequada, obedecendo as 
legislações vigentes, obtendo ambientes onde contribuam para que a sociedade obtenha boa 
alimentação, consiga se manter com conforto e praticidade. 
36 
 
 
Afinal, qual a forma impactante que a criação de um novo empreendimento, nesse caso 
uma UPR’s tem dentro da sociedade? O questionamento se responde com a afirmação de que, 
além de não só, criar novos pontos comerciais, existem outras características, como a geração 
de novos empregos, o giro comercial a respeito da economia, e no caso das UPR’s que são 
instaladas em edificações de cunho patrimonial, passam a retirar das mesmas que por muitas 
vezes são abandonas, a disseminação de áreas de inseguranças que são geradas por áreas 
abandonadas, afirmando o conceito de que existem diversas vertentes que comprovem esse tipo 
de ação. 
 
3.5 Configuração do Cenário: Patrimônio, Retrofit e UPRs 
 
 A análise de que a conservação do Patrimônio Histórico é necessário, devido a sua 
importância sobre a preservação da memória perante a sociedade permite que, com a construção 
e as novas tecnologias de adequação e complementação sejam integradas aos imóveis 
patenteados como de interesse ou valor histórico, nesse sentido, uma das mais promissoras e 
quem vem tomando destaque é o Retrofit, que por sua vez, consiste em elaborar novas 
concepções aos imóveis na qual são aplicados, mas sem se desprender das suas características 
originais, esse movimento é atualmente utilizado, para Carvalho (2018) 
No Brasil, temos o exemplo de vários Centros Culturais, 
frutos de projetos de reuso de edificações de interesse 
patrimonial, que são exemplos quanto a conservação das 
edificações, adaptação do uso sem prejudicar o patrimônio, 
disseminação da cultura, integração da sociedade em 
atividades culturais e de lazer, entre outros. 
 Com o Retrofit é possível utilizar uma construção já existente como uma fábrica e 
desenvolver através do uso da tecnologia e adequações normativas e de acessibilidade a sua 
estrutura e uma nova construção, só que com uma função diferente da inicial, como uma UPRs 
por exemplo. Os conceitos de integração entre os pontos afirmam a possiblidade de união entre 
os tais, desta forma permite que várias questões sejam abordadas em um único segmento, onde 
por um lado se insere a questão social de preservação dos seus antecedentes históricos com a 
conservação do seu patrimônio e do outro lado, se tem a inserção de locais onde atendem as 
necessidades sociais contemporâneas. Com isso, a configuração de criar uma UPRs ou outros 
tipos de ambientes comerciais, através das técnicas do Retrofit, em imóveis na qual tem a 
necessidade de preservação se tornando coerente ao que diz respeito ao fato de que, isso 
37 
 
 
Figura 6 – Liòn, Centro Histórico de Roma (IT) 
significa manter preservado um imóvel de valor histórico, criando um novo ambiente sem 
danificar suas características (Figura 5). 
 
Fonte: Casa Cor (2019) 
Para isso, fica fundamentado a questão de assegurar todos os processos de conservação 
característica do bem ou imóvel, pois muitos edifícios da antiguidade se preservaram até os dias 
de hoje devido à continuidade de uso, apesar de ter sofrido, muitas vezes, transformações 
radicais para a adaptação a novas funções (CASTORE, 2020). 
 
3.6 População e Restauro: Visão Contextual 
 
 O que de fato estabelece uma relação entre a população e as edificações históricas e 
demais? Até que que ponto se entende sua importância e se realmente entende o que é 
preservação e conservação? Foi pensando assim que se levantou um fórum de discussão com 
os habitantes para entender melhor a visão contextual sobre o patrimônio. 
 A principal abordagem girou em cima de compreender todos os fatores que configuram 
o entendimento sobre o assunto, adentrando diretamente na opinião pública, buscando obter de 
forma orgânica e simplificada respostas e posicionamentos no decorrer do questionário. Como 
mostra no gráfico 1, o público alvo ficou estabelecido em 100% dos habitantes sendo moradores 
38 
 
 
da cidade analisada, facilitando para as perguntas voltadas diretamente para o município na qual 
foi aplicado o fórum. 
Gráfico 1 – Status de moradia do município 
 
Fonte: Produzida pelo autor (2020) 
Deste modo, o alinhamento sobre o fórum ficara frisado em habitantes locais, facilitando 
o entendimento sobre as questões, outro ponto analisado e que ajuda a compor uma variação 
nas respostas, é a faixa etária variada dos entrevistado, que por sua vez, não se concentravam 
em um ciclo só e sim apresentando essa variação (Gráfico 2), oscilando entre idades que partiam 
dos 15 anos e chegando ao 40, foi possível criar uma curva. 
Gráfico 2 – Faixa etária 
 
Fonte: Produzida pelo autor (2020) 
 Sendo assim, se torna mais dinâmica e diversificada a forma de obtenção de respostas. 
O primeiro questionamento, foi a respeito do patrimônio, onde no âmbito do fórum, era 
perguntando diretamente sobre o conhecimento do termo, se o mesmo era algo do 
conhecimento, ou era algo “novo”, que nunca se tinha ouvido falar ou ser tratado o assunto, 
39 
 
 
como também uma terceira vertente (Gráfico 3), possibilitando o entrevistado escolher a sua 
melhor resposta e contribuindo para as questões posteriores. 
Gráfico 3 – Conhecimento sobre o termo 
 
Fonte: Produzida pelo autor (2020) 
 A intenção de levantar dados a respeito do conhecimento sobre o assunto, afirma o 
conceito de embasamento teórico, que busca compreender o comportamento gerado em relação 
ao fato de que, as consequências observadas, são muitas das vezes influenciadas pelo nível de 
conhecimento sobre o mesmo, caracterizando a necessidade de estabelecer uma espécie de 
ampliação e aplicação de métodos educativos. 
Os próximos passos, abordaram de forma ainda mais direta o conhecimento sobre o 
tema e um posicionamento sobre questões atuais dentro do cenário da conservação do 
patrimônio, se criou a necessidade de abordar sobre qual visão a população tinha sobre as 
edificações históricas, ou que poderia entrar no processo de conceito histórico (Gráfico 4), 
como também, qual era a relação entre a cidade em questão com o seu sitio arquitetônico, de 
que forma ela estava lidando com os bens e se concordavam com tal formato (Gráfico 5) e ainda 
dentro dessa abordagem e teoricamente mais sensível, relacionado ao que se tem visto no 
cenário, se eram de acordo com a demolição (Gráfico 6), sendo essa pratica umas das principais 
encarregadas de disseminar o componente de conservação da memória. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
40 
 
 
Gráfico 4 – Visão sobre o que patrimônio 
 
Fonte: Produzida pelo autor (2020) 
 
Gráfico 5 – Relação entre a cidade e seu patrimônio 
 
Fonte: Produzida pelo autor (2020) 
Gráfico 4 – Opinião sobre a demolição 
 
Fonte: Produzida pelo autor (2020) 
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 Concluindo o fórum e não menos importante, buscou-se analisar qualseria o 
posicionamento em relação a pratica do restauro, como visto no gráfico 7. 
Gráfico 7 – A compreensão sobre o restauro e sua importância 
 
Fonte: Produzida pelo autor (2020) 
Com isso, foi possível concluir a analise contextual, baseada na visão dos habitantes, 
podendo criar um perfil e uma variante. Isso, contribui para a concepção teórica a respeito do 
assunto, suas necessidades e adequações. A aplicação do fórum ainda apresenta fatos como a 
existência ou não existência do conhecimento sobre o assunto patrimônio, onde teoricamente é 
apresentado de uma forma, mas nem sempre se repete na pratica, isso se justifica através do 
cenário atual sobre as cidades e seus sítios, sendo muito comum ver um embasamento pobre 
sobre tais assuntos, as necessidades acerca do que de fato poderá ser apresentado como forma 
de solução e negligencia muita das vezes do governo municipal, que adentro delicadamente na 
discursão de preservação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
42 
 
 
 
CAPÍTULO 4: 
ESTUDO DE REFERÊNCIA 
43 
 
 
4 ESTUDO DE REFERÊNCIA 
 
Este capitulo terá como direcionamento e foco principal, o estudo referencial e 
conceitual para o desenvolvimento da proposta projetual, nele serão contemplados os estudos 
de referência indiretos, assim como o partido arquitetônico, finalizando com a configuração do 
perfil do usuário. 
 
4.1 Estudo de Referência Indireto 
 
 Os estudo de referência indiretos, são formações teóricas realizada de forma remota, 
obtida através de pesquisas via internet, dentre os principais veículos, estão as imagens, artigos 
entre outros, que auxiliam no desenvolvimento corporal, ou projetual do composto 
monográfico, deste modo, fica vinculado ao ator o estudo de forma indireta, ou seja, sem a 
presença física e direta analítica. 
 
4.1.1 MAR – Museu de Arte do Rio, Rio de Janeiro/RJ 
 
 A produção de todo projeto compreende as informações nele pré-estabelecidos, 
possibilitando a concepção das necessidades geradas e suas possíveis reformulações. Sendo 
assim, é criado o chamado programa de necessidades, com base nele, será desenvolvido passo 
a passo, cada detalhe da produção e o que aquele ambiente ou construção pretende atender. 
Figura 7 - Maquete (MAR) 
Fonte: ArchDaily [s/d] 
44 
 
 
 Outro ponto marcante nessa obra, foi a decisão e divisões dos seus novos e existentes 
ambientes, o que seria inserido nessa edificação, qual seria seu público alvo e qual seria o seu 
novo funcionamento, essa característica foi crucial para o desenvolvimento do projeto. 
Figura 8 - Diagrama (MAR) 
 
Fonte: ArchDaily [s/d] 
 
 Desta forma, o conceito se tornou mais dinâmico e perceptivelmente coerente, a 
utilização da nova área como apoio, composta por sistemas de serviços que auxiliam área velha, 
amplia a usabilidade da edificação como um todo, gerando cada vez mais seu uso, tudo isso é 
claro, sem descaracterizar o que já existia, mas pelo contrário, preservando e mantendo viva 
toda a sua história. 
Figura 9 - Corte esquemático (MAR) 
 
Fonte: ArchDaily [s/d] 
45 
 
 
O projeto do museu teve como principal partido a união do que pode ser chamado de “velho e 
novo”, aplicando a técnica conhecida como Retrofit, isso implica na concepção de novos 
espaços sem a demolição dos antigos. A edificação é dividida em dois blocos que exaltam 
nitidamente essa diferença temporal, de um lado está a parte construída já existe e na outra a 
que foi criada, tudo isso ligado por uma espécie de cobertura que faz da edificação um conjunto 
só. Para a equipe responsável pelo projeto, um dos maiores desafios foi a união entre todos os 
ambientes já existentes e suas novas instalações, fazendo essa integração, fora analisado o seu 
nível de conceito histórico e até onde eles poderiam intervir; Com isso, a concepção do novo 
projeto poderia assim utilizar de cada ambiente com diversificados usos. Uma característica 
crucial e que foi aplicada de forma magnifica, é o elo de ligação entre os dois prédios. 
Figura 10 - Cobertura (MAR) 
Fonte: ArchDaily [s/d] 
Além de um elemento de forma diversificada que simula ondas, a cobertura serve como 
a ligação entre o “velho e o novo”, possuindo uma característica bem particular por sua 
suspensão e sobreposição em pilotis no topo das edificações. Ao fim de tudo, o museu serve 
hoje como exemplo de como utilizar técnicas como a do retrofit para a concepção de algo novo, 
o mesmo apresenta toda a sua fachada, com a presença dos seus elementos iniciais e em contra 
partida, uma edificação totalmente nova, que utiliza de elementos atuais e forma esse contraste 
arquitetônico, mas na verdade compõem uma só edificação, que se estende a uma grande massa 
46 
 
 
de usabilidade possibilitando prolongar por mais tempo toda a sua história presente na parte 
conservada e a reescrevendo, mas dessa vez com algo novo na sua composição. 
 
4.1.2 SESC Pompeia/SP 
 
 Conhecido nacionalmente como uma grande obra de reutilização, o SESC é um marco 
do Retrofit no Brasil, desenvolvido pela renomada arquiteta Lina Bo Bardi, o projeto de 
contemplação de um complexo escolar em uma antiga fábrica revolucionou o uso da técnica no 
país. 
Figura 11 - SESC Pompeia – São Paulo 
 
Fonte: ArchDaily [s/d] 
 Diferente do que é habitual, onde se realizam em grande maioria a demolição de 
instalações antigas para a concepção de novas sejam instauradas naquele local, o SESC utiliza 
da edificação desativada de uma fábrica e compõe um complexo escolar que após suas 
adequações, passa a ter seu novo funcionamento. O que mais chama atenção dentro dessas obras 
onde se aplica o Retrofit, é que em grande maioria os novos projetos não têm nenhuma 
semelhança de atividades com o que eram antes. 
47 
 
 
A sua subdivisão é composta por diversos blocos e cilindros, assim como enormes 
galpões, mas mesmo com isso, foi possível desenvolver cada necessidade que se gerou nessa 
adequação. 
 Preservando a sua “crosta” externa, termo bastante comum para definir uma edificação 
que passa por processo de adequação, mas que não sofre nenhum tipo de mudança em sua 
fachada ou característica original, assim foi no SESC, mesmo para alguns sendo algo de clima 
pesado e improvável por se tratar de uma fábrica, o projeto se mostrou algo inovador mais uma 
vez e para isso, foram inseridos alguns elementos para “quebrar” a hegemonia do que era 
considerado um clima pesado. 
Figura 12 - SESC Pompeia 
Fonte: ArchDaily [s/d] 
48 
 
 
Seu interior abrange vários tipos de ambientes, como auditórios, salas, praças de 
alimentações e locais de vivencia, isso só comprova o conceito de aplicação de novas 
tecnologias para o desenvolvimento de novas instalações sem mesmo se quer demolir ou 
desconfigurar algo que já existe, mesmo que esses locais intriguem a população local sobre sua 
nova utilização. 
 
4.2 Partido Arquitetônico: Retrofit 
 
 Como base partidária para adaptação, o retrofit entra como técnica e partido inicial, com 
o intuito de implementar dentro das concepções projetuais, permitindo assim que seja 
desenvolvido um resultado final na qual esteja de acordo com as exigências pré-definidas, tais 
como a conservação do patrimônio histórico arquitetônico local. Além disso, é possível reduzir 
o custo da obra, como também aumento o valor imobiliário da mesma após sua reforma. 
Figura 13 - MAR – Museu de Arte do Rio 
Fonte: ArchDaily [s/d] 
Sendo assim, o uso dessa técnica como partido sugere que seja realizada de forma com 
que, nada do memorial ou contexto histórico da edificação seja deixado de lado, ou por ventura 
venha a ser demolida e, estende toda a sua rede de técnicas aplicadas para o melhoramento das 
instalações já existente, as tornando de forma mais coesa e acima de tudo, dentro dos parâmetros 
de seguranças. O anteprojeto abordará de forma direta não só um nicho único de público, mas 
49 
 
 
uma gama diversificada dele, para isso,é preciso desenvolver modelos e projetos de adaptação 
não só nas partes já existentes, como a criação de novos ambientes que serão necessários, para 
isso mais uma vez a técnica do Retrofit se torna de forma orgânica a propriedade a ser levada 
como base, pois, tem como atribuição ao seu objeto, adaptar sem mudar as características 
originais. 
 
4.3 Consideração sobre o Capítulo 
 
 Em seu corpo como um todo, se busca entender nesse capitulo um referencial acerca do 
que se pretende sugerir, levantando de forma positiva o que se já se vê sendo utilizando e 
posteriormente pode ser aplicado. 
 
4.4 Perfil do Usuário 
 
 Por se tratar de um ambiente comercial, o perfil do usuário passa a ser montado de forma 
mistificada, ao invés de um perfil único focado em um cliente isolado. Partindo do ponto em 
que dentro da proposta projetual de restauro aplicado na edificação, criando três comércios que 
embora sejam do mesmo ramo (refeição), atendem a públicos de diferentes idades, isso implica 
na concepção de um projeto com compatibilidade que possa atendar as necessidades geradas. 
Com isso, é preciso se atentar não somente ao único fluxo de público, como também aos mais 
diversos possível, deste modo, a concretização orgânica de ambientes que se encaixem nesses 
requisitos, passam a ser de forma mais limpa e fluida, distribuídos conforme foi atribuído após 
a caracterização do perfil do usuário. 
 
 
 
50 
 
 
 
 
CAPÍTULO 5: 
CONDICIONANTES PROJETUAIS 
51 
 
 
5 CONDICIONANTES PROJETUAIS 
 
 A abordagem aplicada neste capitulo é voltada diretamente aos condicionantes que 
englobam o projeto, os mesmos partem desde o próprio terreno, passando pelos condicionantes 
legais, físicos e chegando aos climáticos, configurando assim a implantação da nova edificação 
que será implantada dentro da já existente. 
 
5.1 O Terreno 
 
 Seguindo a premissa de conservação do patrimônio histórico, a edificação foi escolhida 
de forma em que, fosse analisada a sua importância para a população local, como também a sua 
localização referente ao setor na qual a mesma está inserida dentro da zona da cidade. O mesmo 
está localizado em uma quadra onde a fachada principal fica localizada na Rua Horácio 
Pimento, as fachadas laterais direita e esquerda, nas ruas Travessa Horácio Pimenta e Rua Pedro 
Figueiras respectivamente e, sua fachada posterior na Rua José Elói, no munícipio de Brejo do 
Cruz, Paraíba. 
Figura 14 – Localização do Terreno 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Google Maps (2020). Adaptada pelo autor (2020) 
 Sua área total é de aproximadamente 2963.68m², tendo como até construída hoje um 
total de aproximadamente 477.84m². A localização do terreno e sua inserção dentro do quadro 
de levantamento, proporciona o entendimento do funcionamento da edificação na área onde 
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está inserida, isso significa poder analisar de qual forma se comporta a população se comporta 
aquele recorte e quais são suas principais atividades naquele setor. 
 
5.1.1 Analise do Entorno: Uso de Ocupação 
 
 Por se tratar de uma região de baixa densidade econômica, é possível notar uma grande 
escassez no setor comercial quando se é analisado o entorno onde a área de estudo está inserida, 
isso se afirma quando parte dessa concentração fica localizada mais na área central da cidade, 
outra característica presente, é a falta de locais que proporcione laser a população. 
Figura 15 - Mapa de Uso e Ocupação do Solo 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Desenvolvida pelo autor (2020) 
53 
 
 
 Analiticamente, após a percepção do entorno, se nota uma configuração ainda pouco 
diversificada da área em questão, mesmo com alguns setores com comércios ou outros tipos de 
áreas diferentes das residências, ainda são locais pontuais o que assegura a concepção de novos 
espaços. 
 
5.1.2 Sistema Viário: Hierarquia das Ruas 
 
 A inserção da edificação de acordo com o sistema viário possibilita a análise do impacto 
gerado com sua nova utilização e as futuras complicações que possam ser geradas com isso, 
tornando de extrema importância o estudo sobre esse impacto, como também, se torna possível 
o entendimento do fluxo e acesso da população acerca das instalações na qual se pretende 
desenvolver naquele local. 
Figura 16 - Sistema Viário 
Fonte: Desenvolvida pelo autor (2020) 
54 
 
 
 Nesse ponto, se gera a percepção e adequação dos acessos da edificação de forma que 
não venham a complicar o trânsito na região, mesmo se tratando de uma cidade de baixa 
densidade populacional, que gira em torno de 16.000 (dezesseis mil) hab. A locação dos 
principais acessos ficam condicionados de forma em que, proporcionem um fluxo continuo e 
que não gere caos e transtorno para a população, também é levado em consideração a grande 
densidade de áreas habitacionais, isto é, a concepção das novas instalações não deve por sua 
vez impactar de forma drástica no ciclo viário da região. 
 A distribuição do terreno fica entre duas vias coletoras e duas locais, o que minimiza o 
impacto no fluxo, tendo sua fachada voltada para uma via local, desta forma, é possível analisar 
o comportamento do fluxo e locar a possível área destinada a estacionamento depositando 
diretamente nas vias coletoras e gerando um próprio ciclo interno. 
 
5.2 Condicionantes Legais 
 
Este tópico terá como abordagem os condicionantes legais, ou seja, as leis e normas, 
sendo assim, possibilitando o alinhamento da proposta projetual de acordo com Plano Diretor 
e o Código de Urbanismo de Pombal/PB, 1 o Código de Combate a Incêndio e Pânico e a Lei 
de Acessibilidade, o que constitui os paramentos adequados de projeto ou de adequação. 
 
5.2.1 Plano Diretor de Pombal/PB 
 
 A disposição sobre os requisitos patrimoniais está assegurada perante a legislação, onde 
após a identificação do imóvel como de interesse patrimonial, após esse processo, de acordo 
com o plano é possível executar obras nos bens ou imóveis, desde que as mesmas não 
desconfigurem as características existentes. Com isso, fica vetada a demolição total ou até 
mesmo parcial desses imóveis, com exceção daqueles que ponham em risco a vida da 
população. De acordo com a Secção II, Subsecção I, Artigo 28: 
O sistema patrimonial integra os bens imóveis de valor cultural que, 
pelas suas caraterísticas, se assumem para o Município, como valores 
de reconhecido interesse histórico, arquitetônico, arqueológico 
artístico, cientifico, técnico ou natural, quer se encontrem ou não 
classificados 
 A aplicação do regime se estende por todo o território municipal, dessa forma, se aplica 
as premissas de classificação, notificação e proteção do patrimônio arquitetônico municipal, 
 
1 O Plano diretor e código de obras de Pombal foram utilizados devido à ausência de normativas no município de 
Brejo do Cruz/PB e ser a cidade Pombal/PB a mais próxima a possuir o sistema de normas e leis. 
55 
 
 
além dos índices construtivos. De acordo com SECÇÃO II, SUBSECÇÃO I, Artigo 98.º é 
classificada o tipo da área e sua devida definição, ainda na mesma secção desta normativa, o 
Artigo 99. ° vem classificando essas áreas de acordo com seu nicho, onde duas delas a 
“Comercio e retalhos” e “Equipamentos de utilização coletiva” são as que mais definem o perfil 
da edificação em questão, para isso: 
Tabela 1 - Regime de Edificabilidade 
Fonte: Plano diretor de Pombal (2013) 
 A edificação por sua vez, se trata de um empreendimento já existente, no entanto, o 
processo de ampliação da mesma precisara passar por todos os requisitos da norma para que 
possa ser devidamente adequada, deste modo, foi enquadrada dentro dos parâmetros 
legislativos. 
 
5.2.2 Código de Urbanismo de Pombal/PB 
 
 O código de Urbanismo da cidade de Pombal, traz em seu encorpo, diretrizes que 
norteiam o pré-dimensionamento dos novos ambientes e adequação dos já existente, uma vez

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