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AFINAL, O QUE É GESTÃO AMBIENTAL? A novíssima área de conhecimento e trabalho intitulada "Gestão Ambiental" vem causando muita confusão entre os especialistas em meio ambiente. A dúvida se inicia com a pergunta, mas afinal o que é Gestão Ambiental? Para responder esta difícil pergunta, antes de tudo deve ser esclarecido que a Gestão Ambiental possui carácter multidisciplinar, profissionais dos mais diversos campos podem actuar na área, desde que devidamente habilitados. Antigamente existia uma divisão nítida entre os defensores da natureza (ditos ecologistas) e os que pregavam a exploração irrestrita dos recursos naturais. Com o advento do termo "desenvolvimento sustentável" tornou-se necessária a formação de pessoas com um diferente perfil, profissionais que agregassem a visão ambientalista à exploração "racional" dos recursos naturais, aí surgiram os gestores ambientais. A Gestão Ambiental visa ordenar as actividades humanas para que estas originem o menor impacto possível sobre o meio. Esta organização vai desde a escolha das melhores técnicas até o cumprimento da legislação e a alocação correta de recursos humanos e financeiros. O que deve ficar claro é que "gerir" ou "gerenciar" significa saber manejar as ferramentas existentes da melhor forma possível e não necessariamente desenvolver a técnica ou a pesquisa ambiental em si. Pode estar aí o foco da confusão de conceitos entre a enorme gama de profissionais em meio ambiente. Pois, muitos são partes das ferramentas de Gestão (ciências naturais, pesquisas ambientais, sistemas e outros), mas não desenvolvem esta como um todo, esta função pertence aos gestores ou gerentes ambientais que devem ter uma visão holística apurada. Existe também outra discussão sobre o que é "Gestão Ambiental" e o que é "Gerenciamento Ambiental", alguns defendem que a "gestão" é inerentes há assuntos públicos (gestão de cidades, bacias, zonas costeiras, parques) e que gerenciamento refere-se ao meio privado (empresas, indústrias, fazendas e outros). Esta diferença de significados, na verdade, não é importante, o que é realmente importante é promover a Gestão Ambiental em todos os seus aspectos. Pode-se então concluir que a Gestão Ambiental é consequência natural da evolução do pensamento da humanidade em relação à utilização dos recursos naturais de um modo mais sábio, onde se deve retirar apenas o que pode ser reposto ou caso isto não seja possível, deve-se, no mínimo, recuperar a degradação ambiental causada. É gerenciar problemas que envolvem o meio ambiente, assim como seu desenvolvimento sustentável. A formação multidisciplinar propicia a compreensão da complexidade das questões ambientais como também suas relações com a sociedade e seu desenvolvimento. Estratégias administrativas evolutivas para o desenvolvimento sustentável Geral: Buscar permanentemente a melhoria contínua da qualidade ambiental dos serviços, produtos e ambiente de trabalho de qualquer organização pública ou privada, de qualquer porte. Específicos: Implementar, manter e aprimorar um SGA, gerindo políticas, diretrizes e programas relacionados ao meio ambiente. Manter a saúde do trabalhador. Produzir produtos e serviços ambientalmente compatíveis. Adotar processos produtivos que evitem ou minimizem agressões ao ambiente. ASPECTOS SÓCIO-ECOLÓCOS DA PROTECÇÃO DA NATUREZA/TIPOS TERRITORIAIS DA PROTECÇÃO DO AMBIENTE Actualmente, com o padrão de vida nas aglomerações urbanas, crescimento demográfico em ascendência e o crescente consumo de bens não-renováveis, os ecossistemas do planeta vêm perdendo suas características naturais, dando lugar aos aparatos do que chamamos de progresso. Depois de mais de um século da Revolução Industrial e o estabelecimento das grandes cidades, o homem se questiona a respeito dos resultados do desenvolvimento Esse questionamento se dá através de lutas ambientalistas de alguns órgãos públicos ou privados que tomaram para si a tarefa de resguardar a biodiversidade para as gerações futuras. Para a conservação da natureza, uma das ferramentas mais utilizadas é o estabelecimento de espaços protegidos, que aos poucos, a sociedade começa a descobrir a sua grande importância Esses espaços são separados em algumas porções do território e limitados o uso da terra e de ocupação, bem como a utilização de seus recursos. Dessa forma, as áreas protegidas não são mais vistas como áreas vedadas para o desenvolvimento, mas sim, para a manutenção de espécies animais e vegetais, melhorar o ciclo das águas e seu regime de chuvas, evitar processos erosivos e assoreamento de rios, educação ambiental, bem como outros aspectos que influenciam em nossa qualidade de vida. A maioria dos países tem estabelecido sistemas nacionais de unidades de conservação, um documento regratório para as áreas naturais protegidas, dispondo sobre os objectivos nacionais de conservação, conceituação das diferentes categorias de maneio, normatização do zoneamento, maneio e peculiaridades a respeito de cada tipo de unidade, buscando, dessa forma, optimizar a eficácia nas intervenções antrópicas no meio natural. O conceito de Unidade de Conservação é dado lei como o “espaço territorial e seus recursos ambientais, incluindo as águas jurisdicionais, com características naturais relevantes, legalmente instituído pelo Poder Público, com objectivos de conservação e limites definidos, sob regime especial de administração, ao qual se aplicam garantias adequadas de protecção”. As Unidades de Conservação podem ser definidas como áreas particulares ou privadas destinadas à protecção, integral ou parcial, da diversidade biológica, da paisagem e dos recursos naturais, no intuito de resguardar a qualidade ambiental da colectividade. As Unidades de Conservação se inserem no art. 2º da Convenção Internacional da Diversidade Biológica, segundo o qual área protegida é a “área definida geograficamente, que é destinada, ou regulamentada, e administrada para alcançar objectivos específicos de conservação”. Isso implica dizer que a diversidade biológica, também chamada de biodiversidade, cuja conservação é o objectivo final desses espaços, pode ser compreendida como o conjunto de vida existente no planeta ou em determinada parte do planeta. A diversidade biológica é definida como “a variabilidade de organismos vivos de todas as origens, compreendendo, dentre outros, os ecossistemas terrestres, marinhos e outros ecossistemas aquáticos e os complexos ecológicos de que fazem parte; compreendendo ainda a diversidade dentro de espécies, entre espécies e de ecossistemas”. É evidente que a conservação da biodiversidade inclui a defesa dos espaços territoriais especialmente protegidos, o manejo ecológico das espécies e dos ecossistemas, a preservação da diversidade genética e a protecção dos recursos naturais. Não é possível ignorar a prestação de serviços ambientais, pois a defesa dos processos naturais que regulam e viabilizam o clima, a fauna, a flora e o solo, por exemplo, é outro objectivo a ser atingido. Afora isso, as Unidades de Conservação também se propõem a proteger as paisagens notáveis, contribuindo para a perpetuação das belezas cénicas naturais para as presentes e futuras gerações. Em Moçambique as áreas protegidas geralmente são referidas como "áreas de conservação". Esses espaços são designados pela legislação moçambicana como "áreas de protecção ambiental", estando definidas pelo artigo 13 da Lei 20/97 de 1 de Outubro, também chamada Lei do Ambiente. Segundo essa mesma lei, as áreas de protecção ambiental do país "podem ter carácter nacional, regional, local ou ainda internacional, consoante os interesses que procuram salvaguardar". Além disso, como é frequente em outros países, elas "podem abranger áreas terrestres, águas lacustres, fluviais ou marítimas e outras zonas naturais distintas. Afinal de contas, quais são os principais objectivos da protecção à Natureza? a) Contribuir para a manutenção da diversidade biológica e dos recursos genéticos no território nacional e nas águas jurisdicionais; b) Proteger as espécies ameaçadas de extinção no âmbito regional e nacional; c) Contribuir para a preservação e a restauração da diversidade de ecossistemas naturais; d) Promover o desenvolvimento sustentável a partir dos recursos naturais; e) Promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de desenvolvimento; f) Proteger paisagens naturais e pouco alteradas de notável beleza cénica; g) Proteger as características relevantes de natureza geológica, geomorfológica, espeleológica, arqueológica, paleontológica e cultural; h) Proteger e recuperar recursos hídricos e edáficos; i) Recuperar ou restaurar ecossistemas degradados; j) Proporcionar meios e incentivos para actividades de pesquisa científica, estudos e monitoramento ambiental; k) Valorizar económica e socialmente a diversidade biológica; l) Favorecer condições e promover a educação e interpretação ambiental, a recreação em contacto com a natureza e o turismo ecológico; m) Proteger os recursos naturais necessários à subsistência de populações tradicionais, respeitando e valorizando seu conhecimento e sua cultura e promovendo-as social e economicamente. Categorias das unidades de conservação da natureza? As unidades de conservação são organizadas em categorias, definidas como categorias de maneio, cada qual atendendo prioritariamente a determinados objectivos, que poderão ter maior ou menor significado para a preservação dos ecossistemas naturais. Então, as unidades de conservação podem ser divididas em dois grupos: Grupo Categoria Descrição Protecção integral Estação Ecológica De posse e domínio público, servem à preservação da natureza e à realização de pesquisas científicas. A visitação pública é proibida, excepto com objectivo educacional. Pesquisas científicas dependem de autorização prévia do órgão responsável. Protecção integral Reserva Biológica Visam a preservação integral da biota e demais atributos naturais existentes em seus limites, sem interferência humana directa ou modificações https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29115-o-que-e-uma-estacao-ecologica https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29129-o-que-e-uma-reserva-biologica ambientais, exceptuando-se as medidas de recuperação de seus ecossistemas alterados e as acções de manejo necessárias para recuperar e preservar o equilíbrio natural, a diversidade biológica e os processos ecológicos. Protecção integral Parque Nacional Tem como objectivo básico a preservação de ecossistemas naturais de grande relevância ecológica e beleza cénica, possibilitando a realização de pesquisas científicas e o desenvolvimento de actividades de educação e interpretação ambiental, de recreação em contacto com a natureza e de turismo ecológico. Protecção integral Monumento Natural Objectivam a preservação de sítios naturais raros, singulares ou de grande beleza cénica. Protecção integral Refúgio de vida silvestre Sua finalidade é a protecção de ambientes naturais que asseguram condições para a existência ou reprodução de espécies ou comunidades da flora local e da fauna residente ou migratória. Uso sustentável Área de Relevante Interesse Ecológico Geralmente de pequena extensão, são áreas com pouca ou nenhuma ocupação humana, exibindo características naturais extraordinárias ou que abrigam exemplares raros da biota regional, tendo como objectivo manter os ecossistemas naturais de importância regional ou local e regular o uso admissível dessas áreas, de modo a compatibilizá-lo com os objectivos de conservação da natureza. Uso sustentável Reserva Particular do Património Natural De posse privada, gravada com perpetuidade, objectivando conservar a diversidade biológica. Uso sustentável Área de Protecção Ambiental São áreas geralmente extensas, com um certo grau de ocupação humana, dotadas de atributos abióticos, https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28241-o-que-e-um-parque-nacional https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29141-o-que-e-um-monumento-natural https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29174-o-que-e-um-refugio-de-vida-silvestre https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29174-o-que-e-um-refugio-de-vida-silvestre https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29193-o-que-e-uma-area-de-relevante-interesse-ecologico https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29193-o-que-e-uma-area-de-relevante-interesse-ecologico https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28475-o-que-e-uma-reserva-particular-do-patrimonio-natural-rppn https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28475-o-que-e-uma-reserva-particular-do-patrimonio-natural-rppn https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/28475-o-que-e-uma-reserva-particular-do-patrimonio-natural-rppn https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29203-o-que-e-uma-area-de-protecao-ambiental https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29203-o-que-e-uma-area-de-protecao-ambiental bióticos, estéticos ou culturais especialmente importantes para a qualidade de vida e o bem-estar das populações humanas, e tem como objectivos básicos proteger a diversidade biológica, disciplinar o processo de ocupação e assegurar a sustentabilidade do uso dos recursos naturais. Uso sustentável Floresta Nacional É uma área com cobertura florestal de espécies predominantemente nativas e tem como objectivo básico o uso múltiplo sustentável dos recursos florestais e a pesquisa científica, com ênfase em métodos para exploração sustentável de florestas nativas. Uso sustentável Reserva de Desenvolvimento Sustentável São áreas naturais que abrigam populações tradicionais, cuja existência baseia-se em sistemas sustentáveis de exploração dos recursos naturais, desenvolvidos ao longo de gerações, adaptados às condições ecológicas locais, que desempenham um papel fundamental na protecção da natureza e na manutenção da diversidade biológica. Uso sustentável Reserva de Fauna É uma área natural com populações animais de espécies nativas, terrestres ou aquáticas, residentes ou migratórias, adequadas para estudos técnico-científicos sobre o manejo económico sustentável de recursos faunísticos. Uso sustentável Reserva Extractivista Utilizadas por populações locais, cuja subsistência baseia-se no extrativismo e, complementarmente, na agricultura de subsistência e na criação de animais de pequeno porte, áreas dessa categoria tem como objectivos básicos proteger os meios de vida e a cultura dessas populações, e assegurar o uso sustentável dos https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29215-o-que-e-uma-floresta-nacional https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29229-o-que-e-uma-reserva-de-desenvolvimento-sustentavel https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29229-o-que-e-uma-reserva-de-desenvolvimento-sustentavel https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29229-o-que-e-uma-reserva-de-desenvolvimento-sustentavel https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29246-o-que-e-uma-reserva-de-fauna https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29258-o-que-e-uma-reserva-extrativista https://www.oeco.org.br/dicionario-ambiental/29258-o-que-e-uma-reserva-extrativista recursos naturais da unidade.
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