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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO À CRIMINOLOGIA ....................................................................................................................... 2 
1.1 APRESENTAÇÃO DO CURSO E DO PROFESSOR .................................................................................. 2 
1.2 TERMINOLOGIA ....................................................................................................................................... 2 
1.3 CIÊNCIAS CRIMINAIS (DIREITO PENAL, CRIMINOLOGIA E POLÍTICA CRIMINAL) ..................................... 2 
A) DIREITO PENAL .......................................................................................................................................... 4 
B) CRIMINOLOGIA .......................................................................................................................................... 4 
C) POLÍTICA CRIMINAL ................................................................................................................................... 5 
1.4 CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA: ............................................................................................................. 6 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
INTRODUÇÃO À CRIMINOLOGIA 
1.1 APRESENTAÇÃO DO CURSO E DO PROFESSOR 
 
Alô, você! Seja bem-vindo à matéria mais top do seu concurso – A Criminologia. Antes de 
mais nada, sou professor Diogo Medeiros, atualmente Delegado de Polícia do estado de Santa 
Catarina, já fui delegado, também, no estado de Minas Gerais. Me segue lá no @diogodbm para 
dicas, dúvidas ou se quiser trocar qualquer ideia comigo. 
Vamos dividir o material em oito pontos, se liga: 
 
• PONTO 1: Introdução à Criminologia: 
• PONTO 2: Evolução histórica da Criminologia; 
• PONTO 3: Vertentes Sociológicas 
• PONTO4: Teorias da pena; 
• PONTO 5: Prevenção do delito; 
• PONTO 6: Vitimologia; 
• PONTO 7: Movimentos de Política Criminal; 
• PONTO 8: Temas atuais da Criminologia. 
 
1.2 TERMINOLOGIA 
Etimologicamente, a expressão criminologia decorre da derivação de dois termos: do 
latim crimen (crime/delito) + o grego logos (tratado/estudo). Portanto, trata do estudo/tratado 
do crime ou estudo da criminalidade. 
A expressão criminologia surge, ou seja, foi utilizada pela primeira vez por Paul Topinard 
(1883), mas difundida no cenário internacional por Raffaele Garofalo (1885 – livro 
Criminologia). 
CUIDADO: na prova, é importante lembrar do nome dos autores. Constantemente, 
relaciona-se o nome do autor com suas principais ideias teóricas ou, tão somente, o nome de 
sua teoria. 
 
1.3 CIÊNCIAS CRIMINAIS (DIREITO PENAL, CRIMINOLOGIA E 
POLÍTICA CRIMINAL) 
A criminologia é uma ciência e integra as ciências criminais. Fazem parte das ciências 
criminais três ramos do saber: o direito penal, a criminologia e a política criminal. 
Cai muito em prova as diferenças entre o direito penal, a criminologia e a política criminal. 
Vamos fazer um quadro para ilustrar, de forma pormenorizada, cada um dos elementos. 
 
 Direito Penal Criminologia Política Criminal 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
É ciência autônoma. 
➢ Ciência do dever-ser; 
➢ Ciência normativa; 
➢ Ciência 
axiológica/valorativa; 
 
É ciência autônoma. 
➢ Ciência do ser; 
➢ Ciência empírica; 
➢ Ciência 
naturalística; 
NÃO É ciência. 
Está inserida no ramo 
das Ciências políticas 
(para a maioria da 
doutrina). 
Para saber o que é crime – 
análise jurídica. Subsunção 
(enquadramento) do tipo penal 
(norma penal incriminadora) ao 
fato da vida. 
 
A intervenção estatal tem por 
imperativo o princípio da 
legalidade/anterioridade. 
Olha para a realidade 
para explicar e compreender 
o crime/desvio, 
pretendendo transformá-lo. 
 
 
 
 
Reclama do 
investigador uma análise 
totalizadora do crime. 
Estuda as 
estratégias de 
prevenção 
criminal. Constitui a 
sistematização de 
estratégias, táticas e 
meios de controle da 
criminalidade. 
Ocupa-se do crime enquanto 
norma (lei). 
Ocupa-se do crime 
enquanto fato. 
Ocupa-se do crime 
enquanto valor. 
Método dedutivo. 
 
Método jurídico-dogmático; 
Método dedutivo-sistemático. 
Método indutivo. 
 
Método indutivo-
empírico; 
 
Método causal-
explicativo; 
 
Análise 
interdisciplinar. 
É a ponte eficaz 
entre a criminologia e o 
direito penal. 
 
Análise crítica 
(metajurídica) do 
direito posto, no 
sentido de ajustá-lo aos 
ideais jurídico-penais. 
Cunho operativo. Cunho opinativo. Cunho decisório. 
Momento normativo ou 
instrumental; 
Momento explicativo-
empírico; 
Momento 
decisional ou 
programacional; 
Exemplo: É crime a prática do 
tráfico de drogas – art. 33 da Lei 
11.343/06; 
Exemplo: Quais fatores 
contribuem para o tráfico de 
drogas? Razões biológicas? 
Pobreza? Meio social? 
Inadaptação dos meios 
institucionais e necessidade 
de atingimento de metas 
sociais? Ânsia por lucro a 
todo custo? 
Exemplo: Estuda 
como diminuir o tráfico 
de drogas – 
promulgação de leis 
incriminadoras, 
descriminalização das 
drogas, políticas 
públicas (iluminação, 
instalação de câmeras) 
ou até mesmo 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
tratamento de saúde 
nos usuários de drogas. 
 A Criminologia e o Direito Penal são disciplinas autônomas e interdependentes e 
possuem o mesmo objetivo, com métodos diversos. A Criminologia, na atualidade, 
erige-se em estudos críticos do próprio Direito Penal, o que evita qualquer ideia de 
subordinação de uma ciência em cotejo com a outra. 
 
a) Direito Penal 
No direito penal, o método é dedutivo: interpretação das leis e a subsunção do fato da vida 
às leis incriminadoras. Os juristas partem de hipóteses postas pelo Estado (leis) para deduzirem 
consequências → fato que se enquadra ou não na lei penal. Caso não se enquadre, é um 
indiferente penal. 
O direito penal se limita apenas à construção normativa para o ajuste típico, fundamento 
do princípio da legalidade e anterioridade. 
O direito penal tem um método jurídico-dogmático e seu proceder é dedutivo sistemático. 
Tem natureza formal e normativa. Ele isola um fragmento parcial da realidade, com critérios 
axiológicos, ou seja, valorativos. 
Resumindo, o direito penal interpreta a norma e aplica ao caso concreto a partir de seu 
sistema. 
 
b) Criminologia 
A criminologia é ciência factual e não normativa. Não é uma ciência exata. A informação 
subministrada pela Criminologia não pode ser encarada como definitiva ou absolutamente 
verdadeira, mas apenas uma probabilidade baseada em informações confiáveis. 
Os criminólogos, por sua vez, partem de dados para induzirem correspondentes 
conclusões. Segundo Shecaira, antes de explicar o fenômeno do crime, a criminologia procura 
conhecê-lo. 
A criminologia pretende conhecer a realidade para explicá-la, enquanto o direito penal 
valora, ordena e orienta a realidade com o apoio de uma série de critérios axiológicos. 
A criminologia aproxima-se do fenômeno delitivo sem prejuízos, sem mediações, 
procurando obter uma informação direta desse fenômeno. O direito penal procura reconhecer 
a realidade criminal, de forma fragmentária e seletiva, observando a realidade sob o prisma do 
modelo típico. 
A criminologia reclama do investigador uma análise totalizadora do delito, sem mediações 
formais ou valorativas que limitem o seu diagnóstico. 
CAI MUITO EM PROVA: O crime é um fenômeno/problema individual e social. 
OBS.: PEGADINHAS DE PROVA. A CRIMINOLOGIA NÃO É: 
 
➢ NÃO É CIÊNCIA NORMATIVA (é EMPÍRICA) 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
➢ NÃO É CIÊNCIA LÓGICA; (é CONCRETA,MUNDO REAL) 
➢ NÃO É CIENCIA ABSTRATA/METAFÍSICA/TEORÉTICA; (SEUS OBETOS SÃO 
VERIFICÁVEIS NO MUNDO REAL) 
➢ NÃO É CIENCIA DEDUTIVA; (é INDUTIVA) 
➢ NÃO É CIENCIA EXATA; (é HUMANA/SOCIAL) 
➢ NÃO É CIÊNCIA AUXILIAR OU CONDICIONANTE E MOLDURA DO DIREITO PENAL; 
(é AUTÔNOMA) 
 
c) Política Criminal 
A política criminal, enquanto disciplina que oferece aos poderes públicos as opções 
científicas concretas mais adequadas para o controle do crime, é a ponte eficaz entre o direito 
penal. 
Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia, compete à 
POLÍTICA CRIMINAL facilitar a recepção das investigações empíricas e a sua transformação em 
preceitos normativos, incumbindo-se de converter a experiência criminológica em proposições 
jurídicas, gerais e obrigatórias. 
 
 
 
Para finalizar, olha essa questão CESPE para a PC-MA, Delegado, 2018: 
 
1. João nutria grande desejo por sua colega de turma, Estela, mas não era correspondido. 
Esse desejo transformou-se em ódio e fez que João planejasse o estupro e o homicídio da 
colega. Para isso, ele passou a observar a rotina de Estela, que trabalhava durante o dia e 
estudava com João à noite. Determinado dia, após a aula, em uma rua escura no caminho 
de Estela para casa, João realizou seus intentos criminosos, certo de que ficaria impune, 
mas acabou sendo descoberto e preso. 
Com relação à situação hipotética descrita no texto e às funções da criminologia, da 
política criminal e do direito penal, assinale a opção correta. 
a) O direito penal tem a função de analisar a forma como o crime foi cometido, bem como 
estudar os meios que devem ser adotados com relação à pena e à ressocialização de João. 
b) O direito penal é o responsável pelo diagnóstico do fenômeno dos crimes cometidos 
contra as mulheres. 
c) A criminologia deverá analisar a conduta de João, subsidiando o juiz quanto ao 
arbitramento da pena. 
d) A política criminal tem a função de propor medidas para a redução das condições que 
facilitaram o cometimento do crime por João, como a urbanização e a iluminação de ruas. 
e) A criminologia deverá indicar os trajetos que precisam de rondas policiais ou os locais 
para se instalarem postos policiais. 
 
 
Gabarito: D 
 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
1.4 CRIMINOLOGIA COMO CIÊNCIA: 
É fundamental compreender qual foi o marco científico da criminologia, ou seja, em qual 
momento histórico começou a se tratar a criminologia como ciência própria. 
A doutrina majoritária entende que o marco científico se deu com o médico italiano 
Cesare Lombroso, principalmente com a edição da sua obra “O homem delinquente”, 
em 1876, final do século XIX. 
E por que Lombroso inaugura o saber científico? Porque começa a utilizar de métodos e 
objetos próprios, separados da ciência do direito penal. Baseando-se nos métodos empírico 
(ex.: análise laboratorial) e indutivo (partindo de casos específicos para um exame geral). 
Veremos adiante que Lombroso – pai da criminologia - compõe a etapa positiva da 
criminologia. 
Mas cuidado: alguns doutrinadores – de forma minoritária – entendem que a criminologia, 
como ciência, se desenvolve em um período anterior, com o filósofo Cesare Beccaria, na obra 
“Dos delitos e das penas” (1764). Veremos adiante que Beccaria compõe a escola clássica da 
criminologia, etapa pré-científica da criminologia. Essa doutrina é minoritária. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO A CRIMINOLOGIA ....................................................................................................................... 2 
1.3 MÉTODOS DA CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 2 
A) CRIMINOLOGIA E MÉTODO EMPÍRICO ...................................................................................................... 2 
B) CRIMINOLOGIA E MÉTODO INTERDISCIPLINAR ........................................................................................ 2 
C) CRIMINOLOGIA E MÉTODO INDUTIVO ...................................................................................................... 2 
1.4 OBJETOS DA CRIMINOLOGIA ................................................................................................................... 3 
A) CRIME (DELITO) ................................................................................................................................. 3 
B) CRIMINOSO/DELINQUENTE ............................................................................................................... 5 
C) VÍTIMA ............................................................................................................................................... 5 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
INTRODUÇÃO A CRIMINOLOGIA 
1.3 MÉTODOS DA CRIMINOLOGIA 
 
Metodologia é uma análise sistemática dos procedimentos, hipóteses e meios de 
explicação com o que nos deparamos em uma investigação empírica. 
A criminologia é uma ciência que se vale de três métodos: empírico, indutivo 
e interdisciplinar. 
a) Criminologia e método empírico 
É uma ciência empírica – Desenvolve-se através de análise e observação da realidade. 
Exemplo: Há uma grande incidência do crime de estupro em determinado local. O 
criminólogo vai até o local verifica fatores sociais, culturais, psicológicos do autor e da vítima 
para entender o problema. 
Atenção: método empírico nem sempre será necessariamente experimental. 
b) Criminologia e método interdisciplinar 
É uma ciência interdisciplinar – diversos ramos do saber vão se dialogar para enfrentar 
os problemas da criminologia. Utiliza-se da sociologia, biologia, antropologia, medicina, 
psicologia, estatística e até mesmo a arquitetura. 
Atenção: a criminologia é interdisciplinar, e não multidisciplinar. (na 
multidisciplinariedade os ramos do saber são autônomos e não se interconectam ou dialogam). 
Portanto, a interdisciplinaridade apresenta maior grau de influxo (conexão/diálogo) 
entre as outras ciências e a multidisciplinariedade menor grau de conexão. 
OBS.: Falar que a Criminologia utiliza de diversos ramos do saber não significa dizer que 
ela não tem um conhecimento próprio, pois cria seu conhecimento científico com a contribuição 
dessas diversas áreas. 
 
c) Criminologia e método indutivo 
A criminologia se vale do método indutivo: análise de casos particulares – mundo dos 
fatos – para chegar a uma análise geral. 
O criminólogo parte de dados (verificáveis no mundo real, por isso, uma ciência do ser, 
para se chegar a um problema). 
O direito penal parte de análise geral (conhecimento/estudo da norma posta) para depois 
ir ao particular (verificar que, em um fato da vida, um indivíduo praticou uma conduta que se 
amolda a um tipo legal previsto em norma penal incriminadora, por exemplo), utilizando-se, 
portanto, do método dedutivo. 
A criminologia analisa dados e induz as correspondentes conclusões, porém suas 
hipóteses se verificam – e se reforçam – sempre por força dos fatos que prevalecem 
sobre os argumentos puramente subjetivos. 
Lembrando que o direito penal se utiliza dos métodos jurídico, dedutivo e sistemático. 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
Olha uma questão da banca VUNESPE sobre o tema, considerada correta: a 
CRIMINOLOGIA é uma ciência do ser, empírica e experimental, que se utiliza de 
métodos biológicos e sociológicos. 
 
1.4 OBJETOS DA CRIMINOLOGIA 
 
A MODERNA criminologia se vale de quatro objetos: 
➢ Crime; 
➢ Criminoso; 
➢ Vítima; 
➢ Controle social; 
 
Atenção: na etapa pré-científica da criminologia (Século XVIII), por intermédio da escola 
clássica, e na etapa científica da criminologia (século XIX e XX),por intermédio da escola 
positiva, havia a preocupação do estudo apenas do crime e do criminoso. 
Com o giro sociológico (estudo da sociologia criminal) nos meados do século XX, começou 
a se estudar também a vítima e controle social. 
Portanto, os objetos vítima e controle social são relativamente novos, permeiam sua 
existência pós-século XX. 
 
A) CRIME (DELITO) 
Para a criminologia, crime tem algumas características e que nada tem a ver com crime 
do direito penal (ideia de ciência autônoma). Para o direito penal, sob aspecto analítico, crime 
é fato típico, ilícito e culpável. Sob o aspecto formal, é a contradição entre o fato e a norma penal 
incriminadora. No aspecto material, crime é a lesão ou perigo de lesão bem jurídico protegido. 
No entanto, para a criminologia, todo o crime deve ter: incidência massiva, incidência 
aflitiva, persistência espaço-temporal e consciência sobre sua etiologia e técnicas para 
intervenção eficaz. 
Vejamos cada um desses elementos do crime para a criminologia: 
 
➢ Incidência massiva (o crime deve acontecer frequentemente na sociedade – 
reiteração do fato); 
 
O exemplo clássico da doutrina (Salomão Shecaira) de crime sem incidência massiva, é a 
conduta de molestar cetáceo, algo que não ocorre com frequência no País (art. 1° da Lei 
7.643.87). 
 
➢ Incidência aflitiva (o crime causa dor, medo, temor, repulsa na sociedade, 
relevância social); 
 
O exemplo clássico da doutrina é a falta de consenso sobre a lesividade do crime de 
utilização da expressão couro sintético para denominar produtos que não sejam couro de fato, 
vindo do animal (Lei 4.888/65); 
 
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MUDE SUA VIDA! 
4 
 
➢ Persistência espaço temporal (a conduta deve distribuir-se por todo o território 
nacional ao longo de um certo tempo); 
 
➢ Inequívoco consenso a respeito de sua etiologia e técnicas para intervenção 
mais eficazes para seu combate ou Consciência geral sobre a sua negatividade. 
É a consciência da sociedade que aquele fato deva ser criminalizado. 
 
O exemplo citado por Shecaira é o uso do álcool. Verifica-se que o uso indiscriminado do 
álcool possui consequências danosas à sociedade: há uma incidência massiva, aflitiva e 
persistência espaço-temporal. Todavia, será que hoje em dia alguém defenderia a 
criminalização do uso ou contrabando de álcool? Portanto, a solução do problema do álcool não 
gira em torno da criminalização para a maioria, de tal forma que não há consenso que a técnica 
de criminalizar seria a mais adequada para combater o seu mal. 
 
 
CRIME (DIREITO PENAL) CRIME (CRIMINOLOGIA) 
Tem conceitos diferentes nas 
perspectivas: 
➢ Conceito formal: Contradição 
entre o fato e a normal penal 
incriminadora 
➢ Conceito analítico: Crime é fato 
típico, ilícito e culpável. 
➢ Conceito material: Crime é lesão 
ou perigo de lesão a bem jurídico. 
Crime precisa ter os seguintes 
elementos: 
➢ Incidência massiva; 
➢ Incidência aflitiva; 
➢ Persistência espaço-temporal; 
➢ Inequívoco consenso a respeito 
de sua etiologia e técnicas para 
intervenção mais eficazes para 
seu combate ou Consciência geral 
sobre a sua negatividade. 
 
OBS.: alguns fatos que são penalmente irrelevantes para o direito penal são objetos 
de preocupação da criminologia. Ex.: suicídio e prostituição. Portanto, o crime tem 
um objeto muito maior na criminologia do que o direito penal. 
 
O crime para as escolas/teorias penais ou escolas/teorias criminológicas apresenta 
diferentes perspectivas: 
 
• Para a escola clássica (etapa pré-científica da criminologia) o crime é um ente 
jurídico – violação de uma norma (norma do direito natural) (expressão de 
Francesco Carrara). 
 
• Para a escola positiva (etapa científica da criminologia) o crime é algo natural. 
Nessa escola, há uma preocupação com o criminoso (ser atrasado 
biologicamente). Garófalo trouxe o conceito natural de crime: conduta que viola 
os sentimentos de probidade e piedade da sociedade. 
 
• Nas teorias sociológicas do consenso, o crime acontece pela desorganização 
social, perda das raízes, fluxo migratório. Cidades se estruturam de forma 
desorganizada. 
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MUDE SUA VIDA! 
5 
 
• Na teoria do etiquetamento (teoria sociológica do conflito): o crime não 
existe na essência (ontologicamente), é fruto de uma vontade humana. 
 
• Na teoria crítica (teoria sociológica do conflito): A criminalização é monopólio 
dos detentores do pode e que se destina à dominação das classes 
economicamente desfavorecidas. 
 
• Atualmente, não há como verificar uma causa para o crime. Portanto, é um 
fenômeno multifatorial, real e dinâmico. É um problema individual e social. 
 
B) CRIMINOSO/DELINQUENTE 
A depender da escola criminal, o criminoso apresenta algumas características: 
 
➢ Para a escola clássica, criminoso é um pecador que optou mal. O criminoso para a 
escola clássica tem livre arbítrio. Optou pelo mal quando podia optar pelo bem e 
violou o contrato social. Há um indeterminismo, não há nenhuma causa que leva o 
indivíduo a praticar o crime. 
 
➢ Para a escola positiva (etapa científica da criminologia), criminoso é um ser atávico, 
um ser biologicamente atrasado. Há um determinismo (causa para o crime), ou seja, 
de razão genética – biológica - para a prática do crime ou de processos causais 
alheios. 
 
➢ Para a escola correcionalista, criminoso é um ser débil, inferior. Portanto, merece 
proteção do Estado, o qual tem função paternalista e possui funções de proteção e 
orientação. 
 
➢ Para as escolas sociológicas do consenso, há a preocupação inédita com o controle 
social e com a vítima. O estudo do criminoso é deixado em segundo plano, mas não 
é esquecido. Cuidado nas provas. 
 
➢ Na teoria do etiquetamento (teoria sociológica do conflito): o criminoso é um 
indivíduo que foi rotulado pela sociedade como tal e, em razão disso, mergulha no 
papel social que lhe foi proposto e tende a praticar novos crimes. 
 
➢ Na teoria crítica (teoria sociológica do conflito) – o criminoso é vítima das 
estruturas econômicas de dominação. 
 
➢ Atualmente, o “criminoso” é examinado como uma unidade biopsicossocial 
(determinantes biológicos, psicológicos e sociais). Para Schecaira, o criminoso é um 
ser histórico, real, complexo e enigmático. 
 
C) VÍTIMA 
É importante verificar inicialmente as etapas históricas que se desenvolveu o estudo da 
vítima: 
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MUDE SUA VIDA! 
6 
 
➢ 1° FASE DO PROTAGONISMO/IDADE DE OURO: Surge na antiguidade até o fim da 
alta idade média. O crime era um problema particular, resolvido pela vítima. 
Vingança era privada. Lei de talião: olho por olho, dente por dente. Não havia 
participação do estado. 
 
➢ 2° FASE DA NEUTRALIZAÇÃO/ ESQUECIMENTO: O Estado se apropria do conflito, 
assumindo o direito de punir. Inicia-se na baixa idade média, com a Inquisição. A 
vítima é esquecida. O Código de Processo Penal originário, de 1941, só tinha um 
artigo para a vítima. 
 
➢ 3° FASE DO REDESCOBRIMENTO/FASE DA REVALORIZAÇÃO: O marco histórico 
é o pós-segunda guerra mundial. Depois de 1945. Exemplo: Lei 9.099/95 – O 
instituto da composição civil dos danos é exemplo de redescobrimento da vítima. 
Outro exemplo é a Lei Maria da penha 11.340/06, que traz mecanismos de proteção 
à vítima de violência doméstica e familiar contra a mulher. A Lei 9.807/99 protege 
vítimas e testemunhas ameaçadas. 
 
A criminologia tradicional/positiva desconsiderou o estudo da vítima por considerá-la 
mero objeto neutro e passivo, tendo polarizado em torno do delinquente as 
investigações sobre o delito, sua etiologia e prevenção. 
 
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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO A CRIMINOLOGIA ....................................................................................................................... 2 
D) CONTROLE SOCIAL ................................................................................................................................2 
1.5 FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA .................................................................................................................. 3 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
INTRODUÇÃO A CRIMINOLOGIA 
 
D) CONTROLE SOCIAL 
É estudado na sociologia criminal, principalmente na obra “Controle Social”, de Edward 
A. Ross (1866-1951). 
O termo designa a capacidade de uma sociedade de se autorregular socialmente. 
 Conceito de Controle Social (Schecaira): é o conjunto de mecanismos e sanções sociais 
que pretendem submeter o indivíduo aos modelos e às normas comunitárias. 
A sociedade possui instrumentos, mecanismos e processos por meio dos quais é possível 
superar os inevitáveis conflitos decorrentes da convivência social e, com isso, alcançar o 
comportamento conforme. O controle é múltiplo, exercido por várias agências. 
O controle social é dividido em duas espécies: 
 
Controle social formal/controle 
regulativo: 
Controle social informal: 
Exercido pelo estado: polícia, 
ministério público, judiciário, 
administração penitenciária. 
Exercido por mecanismos da 
sociedade não estatais: Família, igreja, 
escola, vizinhança, conselhos de 
comunidade, associação de moradores. 
 Atua, via de regra, quando há a 
falha do controle social informal. 
Existe de forma contínua, a todo 
momento. Decorre do processo de 
socialização do indivíduo. 
Atua de forma coercitiva, 
estabelecendo, por exemplo, sanções 
criminais, sanções administrativas 
(multa). 
As estratégias são premiações, 
sanções sociais. 
Tem menor efetividade, se 
comparado ao controle social informal. 
Tem maior efetividade, pois é 
contínuo/difuso. 
 
O controle social informal acompanha o indivíduo desde sua infância até sua vida adulta 
e transmite, por meio de um processo de socialização, valores morais e éticos sobre 
determinadas ações, conduzindo-o a um conformismo. 
Para cada uma dessas normas sociais, há uma sanção: palmada, reprovação, olhar de 
censura, reclamação. O controle social informal pode constituir excelente barreira à prevenção 
do comportamento desviante, seja porque atua, em regra, de modo preventivo, seja porque é 
capaz de impactar sobre a estruturação do controle interno do indivíduo, daí ser extraordinário 
o papel que podem desempenhar no controle da criminalidade a família, a escola, a educação, 
por exemplo. 
É normal que ocorra um controle social meramente situacional, no sentido de prevenir 
crimes. Ex.: iluminação pública. 
Conforme se perdem os laços comunitários, fica comprometida a naturalidade e as forças 
das instâncias de controle social informal. 
Quando as instâncias informais de controle social falham ou são ausentes, entram em ação 
as agências de controles formais impondo sanções qualitativamente distintas das reprovações 
do controle informal, atuam, via de regra, de maneira coercitiva. 
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3 
 
A efetividade do controle social formal é muito menor do que a do informal. 
A polícia comunitária resulta da articulação entre essas duas esferas. 
Shecaira traz um alerta que costuma cair em prova: a eficaz prevenção do crime 
não depende tanto da maior efetividade do controle formal, senão da melhor 
integração ou sincronização do controle social formal e informal. 
A efetividade do controle social formal é relativa, a doutrina costuma citar a célebre frase 
de Jeffery: 
“Mais leis, mais penas, mais policiais, mais juízes, mais prisões significam mais 
presos, porém, não necessariamente, menos delitos”. 
Quando estudarmos a teoria do labelling approach/etiquetamento/rotulação 
perceberemos uma ênfase crítica no controle social formal, apresentando-se seletivo, 
discriminatório, além de estigmatizante, desencadeando desviações secundárias e carreiras 
criminais. 
 
1.5 FUNÇÕES DA CRIMINOLOGIA 
A criminologia tem as seguintes funções: 
➢ Explicar o crime – etiologia do crime; 
➢ Prevenir o crime; 
➢ Intervir na pessoa do infrator; 
➢ Avaliar as diferentes formas de resposta ao crime. 
Vejamos cada uma delas: 
Explicar o crime (etiologia do crime): análise diagnóstica do problema criminal por 
saberes interdisciplinares – sociologia, psicologia, arquitetura, medicina, biologia entre outras. 
Atenção: Etiologia (buscar as causas e origem de um certo fenômeno) é diferente de 
etimologia (origem, significado das palavras). 
Prevenir/controlar o crime: Reduzir o crime e a criminalidade. Vejamos as etapas de 
prevenção: primária, secundária e terciária. 
 
PREVENÇÃO 
PRIMÁRIA 
PREVENÇÃO 
SECUNDÁRIA 
PREVENÇÃO 
TERCIÁRIA 
Atua nas raízes do 
problema. 
 Medidas indiretas 
de prevenção 
 
Atua onde ocorre o 
crime. 
 Prevenção 
situacional. 
Tem um 
destinatário específico: o 
preso/detento. 
Destina-se a 
ressocialização. 
Atua antes que o 
crime aconteça. 
Em médio e longo 
prazo. 
Atua no momento 
que o crime está 
acontecendo. 
O crime já ocorreu. 
Atua no âmbito 
penitenciário. 
Destina-se a todos 
os cidadãos. 
Atuam 
seletivamente: onde o 
crime acontece ou acabou 
Destina-se ao preso, 
pessoa reclusa, quem 
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4 
 
Principalmente àqueles 
que mais precisam de 
direitos sociais: trabalho, 
educação, assistência 
social, moradia. 
de acontecer. Atuam nas 
chamadas zonas quentes 
de criminalidade 
sofreu uma sanção pelo 
Estado. 
Instrumentaliza-se 
por políticas sociais – art. 
6° da Constituição 
Federal. 
São exemplos: 
 
- Instalação de câmeras 
de segurança; 
- operações policiais; 
- Iluminação pública; 
- políticas legislativas; 
 
Instrumentos de 
ressocialização: 
 
Exemplo: trabalho 
no presidio ou fora dele, 
liberdade assistida (já foi 
questão de prova), 
A finalidade é 
neutralizar as causas do 
crime e da criminalidade. 
A finalidade é trazer 
um efeito dissuasório 
indireto: desvantagens ao 
cometimento do crime. 
Ideia de que o “crime não 
compensa”. 
A finalidade é evitar 
a reincidência. 
 
Intervir na pessoa do infrator: De acordo com a doutrina, a função de intervir na pessoa 
do infrator possui três metas. Vejamos: 
 
a) Impacto real da pena em quem a cumpre e os seus efeitos; 
b) Desenhar e avaliar programas de reinserção. Não de forma individualizada, mas de 
forma funcional; 
c) Fazer a sociedade perceber que o crime é um problema de todos. Trata o crime como 
um problema social. 
Avaliar as diferentes formas de resposta ao crime: Há três modelos de reação ao crime, 
segundo a doutrina. Atualmente, também podemos falar no modelo consensual ou negocial. 
I. Modelo clássico, dissuasório ou retributivo: Fundamenta-se na punição do criminoso. A 
pena possui caráter retributivo, existe para reparar o mal causado pelo criminoso. A 
vítima e a sociedade não participam do conflito. Os protagonistas: Estado x réu. 
O modelo dissuasório clássico reconhece o efeito da intimidação ao crime pela pena, 
pela perfeita perseguição penal dos órgãos responsáveis e pela eficaz aplicação da 
lei, o que inibe a atuação desviante do indivíduo. 
II. Modelo ressocializador: Fundamenta-se na reinserção social do delinquente. O 
protagonista é a sociedade. 
III. Modelo restaurador, integrador ou de Justiça Restaurativa: Fundamenta-se na reparação 
do dano à vítima, a qual exerce um papel central. A Lei 9.099/95 é um exemplo de Justiça 
Restaurativa. Protagonista é a vítima 
IV. Modelo consensual/negocial: Fundamenta-se na negociação entre Estado e criminoso. 
Atualmente, é aplicada no direito processual penal com o instituto do acordo de não 
persecução penal (art. 28-A do CPP) ou até mesmo pelo instituto da delação premiada. 
 
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5 
 
Olha a questão da VUNESP, considerada correta: Uma das finalidades da 
Criminologia, no seu atual estágio de desenvolvimento, é questionar a própria 
existência de alguns tipos decrimes. 
 
 
 
 
 
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1 
 
SUMÁRIO 
INTRODUÇÃO À CRIMINOLOGIA ....................................................................................................................... 2 
1.6 CONCEITO DE CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 2 
1.7 SISTEMAS DA CRIMINOLOGIA ................................................................................................................. 2 
1.8 TIPOLOGIAS DA CRIMINOLOGIA .............................................................................................................. 3 
 
 
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INTRODUÇÃO À CRIMINOLOGIA 
 
1.6 CONCEITO DE CRIMINOLOGIA 
 
Garófalo definiu a criminologia como a ciência do delito. 
Afrânio Peixoto define como ciência que estuda o crime e o criminoso, isto é a 
criminalidade. 
Depois de analisadas as premissas iniciais, vamos ao conceito de criminologia, segundo 
Antônio Garcia-Pablos de Molina: 
 
“A criminologia é ciência empírica e interdisciplinar (métodos da 
criminologia), que se ocupa do estudo do crime, da pessoa do infrator, da 
vítima e do controle social (objetos da criminologia) do comportamento delitivo 
e que trata de subministrar uma informação válida (cunho opinativo da 
criminologia), contrastada sob a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime 
– contemplando este como problema individual e como problema social 
(entendimento do crime atualmente) – assim como sobre os programas de 
prevenção eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem 
delinquente e nos diversos modelos ou sistemas de resposta ao delito 
(funções)”. 
 
 
A criminologia moderna ocupa-se com a pesquisa científica do fenômeno criminal — suas 
causas, características, sua prevenção e o controle de sua incidência —sendo uma ciência 
causal-explicativa do delito como fenômeno social e individual. 
 
1.7 SISTEMAS DA CRIMINOLOGIA 
As seguintes disciplinas integram a criminologia: 
 
➢ Fenomenologia criminal: análise das formas de surgimento da criminalidade; 
➢ Etiologia criminal: Procura estabelecer as causas do crime e da criminalidade. É 
sinônimo de criminogênese. 
➢ Biologia criminal: compreende o crime como produto da personalidade de seu 
autor; 
➢ Geografia criminal: estudo da criminalidade das diferentes regiões geográficas; 
➢ Ecologia criminal: influência dos lugares de acordo com a criminalidade 
 
OBS.: A criminologia não se confunde com criminalística, esta aplica métodos e 
técnicas de investigação do fato. Ex.: estudo da balística terminal – verificar se um 
disparo de arma de fogo se deu por um tiro de longa ou curta distância. 
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3 
 
1.8 TIPOLOGIAS DA CRIMINOLOGIA 
 
➢ Criminologia científica: é uma investigação e se manifesta em ensaios, pesquisas e 
projetos e raramente em manuais, porquanto não se organiza para fins didáticos; 
➢ Criminologia aplicada: é o resultado da criminologia científica com a criação de 
propostas para a política criminal. 
➢ Criminologia acadêmica: é a didática. Dirigida aos estudiosos, faculdades, 
seminários etc. 
➢ Criminologia analítica: Tem por finalidade verificar se a criminologia e política 
criminal cumprem com seu objetivo. 
➢ Criminologia clínica: Refere-se ao estudo do crime de forma individualizada. A 
criminologia geral, por sua vez, consiste na sistematização, comparação e 
classificação dos resultados obtidos no âmbito das ciências criminais acerca do 
crime, criminoso, vítima, controle social e criminalidade. 
 
OBS.: A criminologia clínica também é conhecida por microcriminologia: estuda a 
pessoa do criminoso, em busca de ressocialização. Diferencia-se da criminologia 
sociológica ou macrocriminologia, que se limita ao estudo sociológico do crime. 
 
Obs.: Para Molina, temos métodos e técnicas de investigação da Criminologia 
 
➢ Quantitativa: Estatística (método por excelência), questionário, métodos de 
medição. Explicam a etiologia, a criminogênese. Por si só são insuficientes. 
 
➢ Qualitativa: ex.: Observação participante e a entrevista. Permite compreender as 
chaves profundas de um problema. 
 
➢ Transversais: utiliza-se de uma metodologia única do fenômeno examinado. 
Exemplo: somente estudos estatísticos para analisar um tipo de crime. 
 
➢ Longitudinal: tomam várias medições, em diferentes momentos temporais. É 
totalizadora. Exemplo: biografias criminais, os estudos sobre carreiras criminais. 
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MODELOS TEÓRICOS 
DA CRIMINOLOGIA
2
MODELOS TEÓRICOS DA CRIMINOLOGIA
- INTRODUÇÃO E CIÊNCIAS OCULTAS (NASCIMENTO 
DA CRIMINOLOGIA).
1. VUNESP – 2014 – PC/SP – DELEGADO DE POLÍCIA.
Um dos primeiros autores a classificar as vítimas de um crime foi Benjamin Mendelsohn, que 
levou em conta a participação das vítimas no delito. Segundo esse autor, as vítimas classifi-
cam-se em __________; vítimas menos culpadas que os criminosos; __________; vítimas mais 
culpadas que os criminosos e __________.
vítimas inocentes … vítimas inimputáveis … vítimas culpadas
vítimas primárias … vítimas secundárias … vítimas terciárias
vítimas ideais … vítimas tão culpadas quanto os criminosos … vítimas como únicas culpadas
vítimas tão participativas quanto os criminosos … vítimas passivas … vítimas colaborativas quanto 
aos criminosos
vítimas passivas em relação ao criminoso … vítimas prestativas … vítimas ativas em relação aos 
criminosos.
2. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA.
A prevenção terciária da infração penal, no Estado Democrático de Direito, está relacionada
ao controle dos meios de comunicação.
aos programas policiais de prevenção.
à ordenação urbana.
à população carcerária.
ao surgimento de conflito.
3. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA.
O Positivismo Criminológico, com a Scuola Positiva italiana, foi encabeçado por
a) Lombroso, Garofolo e Ferri
b) Luchini, Ferri e Del Vecchio
c) Dupuy, Ferri e Vidal.
d) Lombroso, Dupuy e Garofolo.
e) Baratta, Adolphe e Vidal.
- Introdução e cIêncIas ocultas (nascImento da crImInologIa). 3
4. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA
O comportamento abusivo, praticado com gestos, palavras e atos que, praticados de forma 
reiterada, levam á debilidade física ou psíquica de uma pessoa
a) define reação ao crime.
b) define assédio moral.
c) é um mecanismo intimidatóno, mas não criminoso.
d) é a despersonalização do eu, que aflige grande número de detentos.
e) define efetividade do impacto dissuasório .
5. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA
Constituem objeto de estudo da Criminologia:
a) o delinquente, a vítima, o controle social e o empirismo.
b) o delito, o delinquente, a interdisciplinaridade e o controle social
c) o delito, o delinquente, a vitima e o controle social.
d) o delinquente, a vitima, o controle social e a interdisciplinaridade.
e) o delito, o delinquente, a vítima e o método.
6. CESPE/CEBRASPE – 2021- DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
No que se refere à criminologia, julgue o item a seguir.
Os objetos da criminologia são o delinquente, a vítima, o controle social e a justiça criminal.
Certo ( ) Errado ( ) 
7. CESPE/CEBRASPE – 2021 – DELEGADO DE POLÍCIA.
No que se refere à criminologia, julgue o item a seguir.
Prevenção primária consiste na implementação de medidas sociais indiretas de prevenção 
para evitar que fatores exógenos sirvam como estímulo à prática delituosa.
Certo ( ) Errado ( ) 
8. CESPE/CEBRASPE – 2021 – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
No que se refere à criminologia, julgue o item a seguir.
A polícia, o Poder Judiciário e o sistema penitenciário exercem o controle social formal.
Certo ( ) Errado ( ) 
9. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA
Acerca do conceito e das funções da criminologia, julgueo item seguinte.
A criminologia é uma ciência dogmática que se preocupa com o ser e o dever ser e parte do 
fato para analisar suas causas e buscar definir parâmetros de coerção punitiva e preventiva.
Certo ( ) Errado ( ) 
4
10. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA
Acerca do conceito e das funções da criminologia, julgue o item seguinte.
Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia, compete a esta faci-
litar a recepção das investigações empíricas e a sua transformação em preceitos normativos, 
incumbindo-se de converter a experiência criminológica em proposições jurídicas, gerais e 
obrigatórias.
Certo ( ) Errado ( ) 
11. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA.
Acerca do conceito e das funções da criminologia, julgue os itens seguintes. A pesquisa crimi-
nológica científica visa evitar o emprego da intuição ou de subjetivismos no que se refere ao 
ilícito criminal, haja vista sua função de apresentar um diagnóstico qualificado e conjuntural 
sobre o delito.
Certo ( ) Errado ( ) 
12. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA.
Em seu início, a sociologia criminal buscava associar a gênese delituosa a fatores biológicos. 
Posteriormente, ela passou a englobar as chamadas teorias macrossociológicas, que não se 
limitavam à análise do delito segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas 
consideravam a sociedade como um todo.
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos a 
teorias sociológicas em criminologia.
Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por 
duas visões: a das teorias de consenso e a das teorias de conflito.
Certo ( ) Errado ( ) 
13. CESPE/CEBRASPE – 2018 – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL.
No que se refere à prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, julgue o 
próximo item.
Medidas indiretas de prevenção delitiva visam atacar as causas do crime: cessada a causa, 
cessam seus efeitos.
Certo ( ) Errado ( ) 
CESPE/CEBRASPE – 2018 – DELEGADO DE POLÍCA
No que se refere à prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, julgue o 
próximo item.
A alteração dos espaços físicos e urbanos, como, por exemplo, a elaboração de novos dese-
nhos arquitetônicos e o aumento da iluminação pública, pode ser considerada uma forma de 
prevenção delituosa.
Certo ( ) Errado ( ) 
- Introdução e cIêncIas ocultas (nascImento da crImInologIa). 5
14. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA
No que se refere à prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, julgue o 
próximo item.
A prevenção terciária da infração penal consiste em medidas de longo prazo, como a garantia 
de educação, a redução da desigualdade social e a melhoria das condições de qualidade de 
vida, enquanto a prevenção primária é voltada à pessoa reclusa e visa à sua recuperação e 
reintegração social.
Certo ( ) Errado ( ) 
15. VUNESP – 2018 – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL.
O objeto de estudo da Criminologia que mais traduz a função exercida pela polícia judiciária é:
a) A vítima.
b) O criminoso
c) O autor do fato.
d) O crime.
e) O controle social.
16. FCC – 2018 – DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO.
A legislação penal brasileira considera típico o ato de pichação (art. 65 da Lei n° 9.605/98 e 
Lei n° 12.408/11). Contudo, tal comportamento humano é percebido de formas diversas na 
sociedade, podendo também ser interpretado como arte de rua. Nesse sentido, tal interferência 
na paisagem urbana pode ser compreendida a partir de uma criminologia
a) iluminista, que afirma o delito como desvio não aceito pelo Rei, que na atualidade é 
representado pelo Estado.
b) fenomenal, que desdobra a história do direito penal e o relaciona às tendências pu-
nitivistas contemporâneas.
c) biológica, que condiciona o conhecimento do ilícito e a capacidade de autodetermi-
nação do agente à evolução da espécie humana.
d) defensivista, que pretende justificar a criminalização do comportamento ilícito na 
proteção dos bens coletivos.
cultural, que introduz a estética e a dinâmica da vida cotidiana do século XXI na investigação 
criminológica.
17. VUNESP – PC/SP - 2018 – PAPILOSCOPISTA POLICIAL
Segundo a doutrina dominante, Criminologia é uma ciência que se serve do método
a) lógico abstrato.
b) dogmático.
c) normativo.
d) empírico.
6
e) dedutivo.
18. VUNESP – 2018 – PC/SP – PAPILOSCOPISTA POLICIAL
A polícia, o ministério público, o poder judiciário e o sistema penitenciário são instituições 
encarregadas de exercer o controle social
a) primário.
b) formal.
c) informal.
d) terciário.
e) secundário.
19. CESPE/CEBRASPE – 2013 - DPF – POLÍCIA FEDERAL
Na questão, assinale a alternativa contendo a informação que preenche corretamente a lacuna.
A _______ é a autorrecriminação da vítima pela ocorrência do crime contra si, buscando razões 
que, possivelmente, tornaram-na responsável pelo delito.
a) sobrevitimização
b) vitimização primária
c) vitimização secundária
d) vitimização terciária
e) heterovitimização
GABARITO
1. C
2. D
3. A
4. B
5. C
6. Errado
7. Certo
8. Certo
9. Errado
10. Errado
11. Certo
12. Errado
13. Certo
14. Certo
15. Errado
16. E
17. E
18. D
19. B
20. E
QUESTÕES COMENTADAS
Modelos teóricos da criminologia - Introdução e ciências ocultas (nascimento da criminologia).
1. VUNESP – 2014 – PC/SP – DELEGADO DE POLÍCIA.
Um dos primeiros autores a classificar as vítimas de um crime foi Benjamin Mendelsohn, que 
levou em conta a participação das vítimas no delito. Segundo esse autor, as vítimas classifi-
cam-se em __________; vítimas menos culpadas que os criminosos; __________; vítimas mais 
culpadas que os criminosos e __________.
questões comentadas 7
a) vítimas inocentes … vítimas inimputáveis … vítimas culpadas
b) vítimas primárias … vítimas secundárias … vítimas terciárias
c) vítimas ideais … vítimas tão culpadas quanto os criminosos … vítimas como únicas 
culpadas
d) vítimas tão participativas quanto os criminosos … vítimas passivas … vítimas colabo-
rativas quanto aos criminosos
e) vítimas passivas em relação ao criminoso … vítimas prestativas … vítimas ativas em 
relação aos criminosos.
GABARITO: C.
No final da década de 40 e início da década de 50 do século passado, o vitimólogo 
Benjamin Mendelsohn realizou estudos de classificação das vítimas que tem por base a 
correlação entre a culpabilidade da própria vítima e a do infrator. A tipologia da vítima 
sustentada por Mendelsohn leva em conta a culpabilidade do agressor e a do ofendido. 
Com efeito, quanto maior culpabilidade de um, menor é a culpabilidade do outro. De 
acordo com esses estudos, as vítimas podem ser classificadas basicamente em três gran-
des grupos: 1 – Primeiro grupo: vítima inocente (“vítima ideal”), que não participa de 
nenhuma forma no delito que a lesiona; 2 – Segundo grupo: vítima tão culpada quanto 
os criminosos. Nesse grupo, a vítima concorre para a ação delitiva e existe uma culpa-
bilidade recíproca. 3 – Terceiro grupo: vítima como única culpada. Nesse grupo, são as 
vítimas que cometem a ação nociva e o agente aparente da lesão não pode ser culpado, 
devendo ser excluído de toda penalização.
Segundo Nestor Sampaio Penteado Filho (2012, p. 68), uma primeira classificação impor-
tante das vítimas é atribuída a Benjamim Mendelsohn, que leva em conta a participação 
ou provocação da vítima:
a) vítimas ideais: completamente inocente;
b) vítimas menos culpadas que os criminosos: ex ignorantia;
c) vítimas tão culpadas quantos os criminosos: dupla suicida, aborto consentido, eutanásia;
d) vítimas mais culpadas que os criminosos: vítimas por provocação que dão causa ao 
delito;
e) vítimas como únicas culpadas: vítimas agressoras, simuladas e imaginárias.
2. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA.
A prevenção terciária da infração penal, no EstadoDemocrático de Direito, está relacionada
a) ao controle dos meios de comunicação.
b) aos programas policiais de prevenção.
c) à ordenação urbana.
d) à população carcerária.
e) ao surgimento de conflito.
GABARITO: D.
8
Primária: provém de esducação, segurança, bem estar social e quaisquer estruturas bá-
sicas dentro de uma sociedade.
Secundária: provém de zoneamento em áreas mais afetadas pela criminalidade, da qual 
o governo concentra seu poder de combate à essa região.
Terciária: Voltada ao preso, para que não torne um reincidente.
São formas de prevenção:
Prevenção primária: ataca a raiz do problema (educação, emprego, moradia, segurança, 
etc). Estado tem que implantar os direitos sociais, que são medidas de médio e longo 
prazo.
Prevenção secundária: voltado a setores da sociedade que podem padecer dos problemas 
da criminalidade. São medidas de curto e médio prazo. Ligada à ação policial e controle 
das comunicações.
Prevenção terciária: voltada ao recluso: tem dois objetivos: ¹Recuperação; ²Evitar re-
incidência. São medidas socioeducativas, como trabalho e prestação de serviços a 
comunidade.
Nestor S. Penteado Filho, Manual de Criminologia, 2ªed, 2011. É importante observar 
que há uma diferença bem clara entre segurança, ligada à prevenção primária; e a ação 
policial da prevenção secundária. A primeira é mais ampla, englobando todo conjunto de 
ações que se desenvolvem para o controle da criminalidade, como por exemplo, ilumi-
nação pública, que obviamente, não é uma questão apenas de beleza e estética, mas de 
segurança. A ação policial é específica, voltada única e exclusivamente para a tentativa 
de controle do problema. De modo bem didático, e lembrando que não podemos usar 
o termo combate ao crime vamos lá: Primária tenta prevenir o crime, secundária tenta 
«combater» o crime e terciária tenta consertar o «criminoso».
3. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA.
O Positivismo Criminológico, com a Scuola Positiva italiana, foi encabeçado por
a) Lombroso, Garofolo e Ferri
b) Luchini, Ferri e Del Vecchio
c) Dupuy, Ferri e Vidal.
d) Lombroso, Dupuy e Garofolo.
e) Baratta, Adolphe e Vidal.
Solução Rápida
 Escola Clássica: CBFR
- Carrara
- Beccaria
- Feuerbach
- Romagnosi
Escola Positiva: LFG
questões comentadas 9
- Lombroso
- Ferri
- garofalo.
Solução Completa
A Escola Positiva pode ser dividida em três fases distintas, com três autores símbolos em 
cada uma delas: fase antropológica: Cesare Lombroso (L’Uomo Delinqüente); fase jurídi-
ca: Rafael Garofalo (Criminologia); e fase sociológica: Enrico Ferri (Sociologia Criminale).
GABARITO: A.
4. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA 7O comportamento abusivo, praticado com gestos, 
palavras e atos que, praticados de forma reiterada, levam á debilidade física ou psíquica 
de uma pessoa
a) define reação ao crime.
b) define assédio moral.
c) é um mecanismo intimidatóno, mas não criminoso.
d) é a despersonalização do eu, que aflige grande número de detentos.
e) define efetividade do impacto dissuasório .
GABARITO: B.
O assédio moral é tema recorrente em criminologia, também chamado de manipulação 
perversa ou terrorismo psicológico, expressões mais comumente empregadas para sua 
definição. O termo em francês é harcèlement moral; mobbing na Alemanha, na Itália e 
nos países escandinavos. Na Inglaterra o termo preferido é bullying. “Assediar”, por sua 
vez, significa perseguir com insistência.
a) Reação ao crime diz respeito à resposta (geralmente do Estado) ao delito, sendo es-
sencialmente de combate ao ilícito. No caso, não convém ao Estado agir de forma abu-
siva, nem tampouco levar alguém à debilidade física ou psíquica, por ofensa a princípios 
diversos da constituição.
c) Se é ferida a integridade física ou moral de alguém, óbvio que houve crime. Há tipos 
diversos que levam à debilidade física ou psíquica.
d) despersonalização do eu guarda relação com esquizofrenia.
e) impacto dissuasório tem a ver com o convencer o sujeito a não praticar crimes, e isso 
não pode ser feito de forma abusiva ou afetando a integridade do indivíduo.
5. PC/SP – 2012 – DELEGADO DE POLÍCIA
Constituem objeto de estudo da Criminologia:
a) o delinquente, a vítima, o controle social e o empirismo.
b) o delito, o delinquente, a interdisciplinaridade e o controle social
c) o delito, o delinquente, a vitima e o controle social.
10
d) o delinquente, a vitima, o controle social e a interdisciplinaridade.
e) o delito, o delinquente, a vítima e o método.
GABARITO: C.
Crime: Algo que ofende e desestabiliza a sociedade e a ordem da sociedade. A figura do 
crime sempre está atrelada a um comportamento humano antissocial e que desestabiliza 
a ordem pública.
Criminoso: Aquele que pratica o crime. A ideia de criminoso mudou com o passar dos 
tempos.
- Na Escola Clássica: O criminoso era um pecador.
- Na Escola Positivista: O criminoso era um doente, e era preciso tratar doença antes que 
se desenvolvesse.
- Na Escola Correcionalista: O criminoso era um incapaz e merecia um tratamento pe-
dagógico e de piedade.
- Atualmente: O criminoso é uma pessoa normal. Qualquer pessoa pode cometer um 
crime.
Vítima ou ofendido: Aquele que é atingido pela prática do crime.
Obs.: A vítima pode influenciar ou direcionar a prática de um crime.
Controle Social: Responsável pela investigação e prevenção da prática do crime.
São as instituições responsáveis por impedir a prática de crime.
- Instituições Públicas: Polícia, Ministério Público, Juíz à Elementos formais, nasceram 
para isso.
- Família, sociedade, comunidades, mídia à Elementos informais para impedir a prática 
de crime.
CONCEITO DE CRIMINOLOGIA: É uma ciência EMPÍRICA e INTERDISCIPLINAR, que se 
ocupa do estudo do CRIME, da pessoa do INFRATOR, da VÍTIMA e do CONTROLE SOCIAL 
do comportamento delitivo, e que trata de subministrar uma solução válida, constata-
da, sobre a gênese, dinâmica e variáveis principais do crime – contemplando este como 
problema individual e como problema social, assim como os programas de prevenção 
eficaz do mesmo e técnicas de intervenção positiva no homem delinquente e nos diver-
sos modelos ou respostas ao delito. São suas finalidades a explicação e a prevenção do 
crime bem como a intervenção na pessoa do infrator e avaliação dos diferentes modelos 
de resposta ao crime.
Para haver progresso, tem que existir ordem.
6. CESPE/CEBRASPE – 2021- DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
No que se refere à criminologia, julgue o item a seguir.
Os objetos da criminologia são o delinquente, a vítima, o controle social e a justiça criminal.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO.
questões comentadas 11
São quatro os objetos consagrados pela Criminologia: o crime, o criminoso (ou delin-
quente), a vítima e o controle social.
O sistema de justiça criminal pode – e de fato é – analisado em alguns estudos crimino-
lógicos, mas não é uma categoria de objeto, e sim um mecanismo do objeto controle 
social formal.
Criminologia Científica Moderna
· Definição: A criminologia científica é ciência empírica e interdisciplinar, com in-
formação válida e segura, relacionada ao fenômeno delitivo, entendido sob o prisma 
individual e de problema social, como também formas de preveni-lo. Concebe o crime 
como fenômeno humano, cultural e complexo.
· Postulados:
- Tem como objeto o estudo do crime, do delinquente, da vítima e do controle social.
GABARITO: ERRADO.
7. CESPE/CEBRASPE – 2021 – DELEGADO DE POLÍCIA.
No que se refere à criminologia, julgue o item a seguir.
Prevenção primária consiste na implementação de medidas sociais indiretas de prevenção 
para evitar que fatores exógenos sirvam como estímulo à prática delituosa.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: CERTO.
PREVENÇÃO PRIMÁRIA --> É aquela que envolve políticas públicas, por exemplo. O ob-
jetivo aqui é atacar possíveis causas de criminalidade (fome, ausência de lazer, etc.).
PREVENÇÃO SECUNDÁRIA --> É situacional e localizada, focada em grupos deriscos.
PREVENÇÃO TERCIÁRIA --> Voltada para a pessoa do condenado (impedir, por exemplo, 
reincidência).
Solução Completa
A prevenção primária é igualmente aquela voltada para as causas do cometimento do 
crime. Ela se preocupa em neutralizar o problema antes que ele se manifeste. É neces-
sário, por exemplo, que o Estado forneça educação, condições dignas de vida, moradia, 
salários justos, saneamento básico, saúde, emprego, lazer. Esse tipo de prevenção opera 
a médio e longo prazo e se destina à coletividade.
A prevenção secundária atua considerando os potenciais e eventuais criminosos e 
vítimas, além dos locais e momentos em que os crimes ocorrem. Também é chamada 
de prevenção situacional, pois destina-se a neutralizar situações de risco.
A prevenção terciária é voltada para o condenado, o preso e o egresso, com o fim de 
evitar que voltem a delinquir.
12
8. CESPE/CEBRASPE – 2021 – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
No que se refere à criminologia, julgue o item a seguir.
A polícia, o Poder Judiciário e o sistema penitenciário exercem o controle social formal.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: CERTO.
Há dois sistemas de controle que coexistem na sociedade: o controle social informal 
(família, escola, religião, profissão, clubes de serviço etc.), com nítida visão preventiva 
e educacional, e o controle social formal (Polícia, Ministério Público, Forças Armadas, 
Justiça, Administração Penitenciária etc.), mais rigoroso que aquele e de conotação 
político-criminal.
CONTROLE SOCIAL
É formado por um conjunto de mecanismos e sanções sociais que submetem o indivíduo 
a NORMAS DE CONVIVÊNCIA. Há dois SISTEMAS de controle que coexistem:
1) Informal: família, escola, religião, profissão etc.;
OBS: direito penal subterrâneo: agências executivas de controle que estão à margem da 
lei, ex.: milícias.
2) Formal: polícia, MP, adm. penitenciária, órgãos públicos, etc. Entram em funciona-
mento quando as informais falham.
OBS: segundo BARATTA (1989), o controle social alternativo é o processo através do qual 
a maioria dos membros de uma sociedade organiza defesas públicas eficazes FRENTE À 
NEGATIVIDADE SOCIAL E À VIOLÊNCIA EXERCIDA PELAS MINORIAS QUE DETÊM O PODER. 
Deve ter características opostas em relação às que são próprias do sistema da justiça 
criminal, a fim de evitar a injustiça e a ineficácia típicas das intervenções desse sistema.
OBS: 1ª seleção Polícia Judiciária (investigação); 2ª seleção Ministério Público (acusação) 
e 3ª seleção Judiciário (julgamento).
9. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA
Acerca do conceito e das funções da criminologia, julgue o item seguinte.
A criminologia é uma ciência dogmática que se preocupa com o ser e o dever ser e parte do 
fato para analisar suas causas e buscar definir parâmetros de coerção punitiva e preventiva.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO.
A criminologia é uma CIÊNCIA EMPÍRICA, DEDUTIVA E EXPERIMENTAL.
Direito Penal: ciência dogmática, porque ele normativiza, prescreve normas.
A criminologia qualifica-se por ser ciência empírica de observação da realidade, que opera 
no MUNDO DO SER, e emprega o MÉTODO INDUTIVO E EXPERIMENTAL. Diferentemente 
do Direito Penal, ciência cultural que atua no plano de dever ser, por meio do método 
dedutivo.
.
questões comentadas 13
10. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA
Acerca do conceito e das funções da criminologia, julgue o item seguinte.
Na inter-relação entre o direito penal, a política criminal e a criminologia, compete a esta faci-
litar a recepção das investigações empíricas e a sua transformação em preceitos normativos, 
incumbindo-se de converter a experiência criminológica em proposições jurídicas, gerais e 
obrigatórias.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO.
Compete a política criminal facilitar a recepção das investigações empíricas e a sua trans-
formação em preceitos normativos, incumbindo-se de converter a experiência crimino-
lógica em proposições jurídicas, gerais e obrigatórias.
A questão aborda a relação entre a Criminologia, o Direito Penal e a Política Criminal.
A incumbência de transformar algo em proposição jurídica, geral e abstrato é função da 
POLITICA CRIMINAL, (decisivo) e não da criminologia (cunho opinativo).
Direito Penal - é o conjunto de normas jurídicas.
Grosseiramente falando - Criminologia seria o achismo (cunho opinativo) que são pas-
sados para Politica Criminal (cunho decisivo) que irá decidir dentre as opões, as políticas 
criminais que serão transformadas em leis que serão executadas pelo direito Penal (cunho 
operativo).
Certo ( ) Errado ( ) 
11. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA.
Acerca do conceito e das funções da criminologia, julgue os itens seguintes. A pesquisa crimi-
nológica científica visa evitar o emprego da intuição ou de subjetivismos no que se refere ao 
ilícito criminal, haja vista sua função de apresentar um diagnóstico qualificado e conjuntural 
sobre o delito.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: CERTO.
Pode-se dizer com acerto que é função da criminologia desenhar um diagnóstico quali-
ficado e conjuntural sobre o delito, mas não é uma ciência exata, capaz de traçar regras 
precisas e indiscutíveis sobre as causas e efeitos do ilícito criminal.
Tendo por objeto de estudo o delito, o delinquente, a vítima e o controle social, as teo-
rias macrossociológicas, que recebem esse nome por não se limitar à análise do delito 
segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas, por, analisar, portanto, o 
crime sob uma perspectiva global (macro) da sociedade.
Assim, a partir dessa análise várias teorias são criadas e dividem-se em dois grupos de-
nominados TEORIAS DO CONFLITO E TEORIAS DO CONSENSO!
14
12. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA.
Em seu início, a sociologia criminal buscava associar a gênese delituosa a fatores biológicos. 
Posteriormente, ela passou a englobar as chamadas teorias macrossociológicas, que não se 
limitavam à análise do delito segundo uma visão do indivíduo ou de pequenos grupos, mas 
consideravam a sociedade como um todo.
Tendo esse fragmento de texto como referência inicial, julgue os itens a seguir, relativos a 
teorias sociológicas em criminologia.
Na perspectiva macrossociológica, o pensamento criminológico moderno é influenciado por 
duas visões: a das teorias de consenso e a das teorias de conflito.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO.
O delito é estabelecido com base em valores dominantes de um grupo de indivíduos 
torna-se delinquente ao APRENDER o comportamento criminoso e se associar à conduta 
desviante, por julgar que as condições favoráveis superam as condições desfavoráveis à 
prática criminosa.
Teorias do Consenso --> Conservadora
Sustentam que os objetivos da sociedade ocorrem quando há concordância com as re-
gras de convívio. Existindo harmonia entre as instituições, de modo que a sociedade 
compartilhe de objetivos comuns e aceitem as normas vigentes, então a finalidade da 
sociedade será atingida. No entanto, no momento em que um sujeito infringe alguma 
norma, automaticamente, torna-se o único responsável pelo comportamento delinquente, 
devendo ser punido pelo mal causado.
Teorias do Conflito --> Progressista
Afirma que o entendimento social decorre da imposição de alguns valores e sujeição de 
outros. São teorias de cunho revolucionário, que partem da ideia de que os membros do 
grupo não compartilham dos mesmos interesses da sociedade, e com isso o conflito seria 
natural, às vezes até mesmo desejado, para que, quando controlado, leve a sociedade 
ao progresso.
13. CESPE/CEBRASPE – 2018 – DELEGADO DE POLÍCIA FEDERAL
No que se refere à prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, julgue o 
próximo item.
Medidas indiretas de prevenção delitiva visam atacar as causas do crime: cessada a causa, 
cessam seus efeitos.
Certo ( )Errado ( ) 
GABARITO: CERTO.
 causas indiretas: prevenção primária: ex: investe-se em educação e em demais direitos 
sociais, em tese, evita crimes, pois atacou a raiz do problema (ausência de oportunidades).
As medidas diretas atacam os efeitos do crime, as indiretas as causas. Por uma linha refle-
xiva, percebe-se que as medidas de prevenção primária são indiretas, já as de prevenção 
secundária, por exemplo, são diretas.
questões comentadas 15
14. CESPE/CEBRASPE – 2018 – DELEGADO DE POLÍCA
No que se refere à prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, julgue o 
próximo item.
A alteração dos espaços físicos e urbanos, como, por exemplo, a elaboração de novos dese-
nhos arquitetônicos e o aumento da iluminação pública, pode ser considerada uma forma de 
prevenção delituosa.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: CERTO.
Forma de prevenção secundária (médio e curto prazo), que tem a atuação direcionada 
a situações de risco específicas (como, por exemplo, uma praça mal iluminada, um beco 
isolado, etc).
Subteoria da Escola de Chicago
Teoria Espacial : Concebida na década de 40, defende como medida preventiva da crim 
nalidade a restruturação arquitetônica e urbanística das grandes cidades. Tinha-se como 
ambiente defensável aquele que permitisse maior vigilância pelas pessoas e fomentasse 
a autodefesa.
15. CESPE/CEBRASPE – 2018 – PC/SE – DELEGADO DE POLÍCIA
No que se refere à prevenção da infração penal no Estado democrático de direito, julgue o 
próximo item.
A prevenção terciária da infração penal consiste em medidas de longo prazo, como a garantia 
de educação, a redução da desigualdade social e a melhoria das condições de qualidade de 
vida, enquanto a prevenção primária é voltada à pessoa reclusa e visa à sua recuperação e 
reintegração social.
Certo ( ) Errado ( ) 
GABARITO: ERRADO.
A prevenção PRIMÁRIA da infração penal consiste em medidas de longo prazo, como a 
garantia de educação, a redução da desigualdade social e a melhoria das condições de 
qualidade de vida, enquanto a prevenção TERCIÁRIA é voltada à pessoa reclusa e visa à 
sua recuperação e reintegração social.
Prevenção primária: genuína prevenção, direcionada a todos os cidadãos. Voltada às 
políticas públicas da sociedade (trabalho, educação, moradia, família, etc.). Ataca a raiz 
do problema da criminalidade. Orienta-se às causas do delito para neutralizá-lo. Modelo 
proativo de evitação do crime.
Prevenção secundária: ação policial repressiva. Orienta intervenções a determinados 
grupos de risco. Prevenção direcionada aos potenciais e eventuais criminosos. Levada a 
cabo pela política criminal e pelo controle social jurídico penal.
Prevenção terciária: voltada à pessoa reclusa. Aplicada após o fenômeno criminal, orien-
tando os criminosos já punidos com o intuito de reduzir sua reincidência. Ação orientada 
à ressocialização. Levada a cabo pela política criminal e pelo controle social jurídico penal.
16
A prevenção terciária ( prevenção primária ), da infração penal consiste em medidas de 
longo prazo, como a garantia de educação, a redução da desigualdade social e a melhoria 
das condições de qualidade de vida, enquanto a prevenção primária ( prevenção terciária 
), é voltada à pessoa reclusa e visa à sua recuperação e reintegração social.
16. VUNESP – 2018 – ESCRIVÃO DE POLÍCIA CIVIL
O objeto de estudo da Criminologia que mais traduz a função exercida pela polícia judiciária é:
a) A vítima.
b) O criminoso
c) O autor do fato.
d) O crime.
e) O controle social.
GABARITO: E.
O controle social é o conjunto de instituições e sanções da sociedade para submeter os 
indivíduos às normas de convivência em comunidade. O estudo do controle social parte 
das relações do indivíduo com a sociedade para explicar o fenômeno da violência.
Classifica-se como formal ou informal.
O controle social formal é formado pelos órgãos estatais (Polícia, Ministério Público, Judi-
ciário, Administração Penitenciária, etc). Os agentes do Estado atuam de forma subsidiária 
(ultima ratio), quando o controle informal não foi capaz de evitar o crime.
O controle social informal é aquele exercido de forma difusa pela sociedade, através da 
família, escola, associações, igreja, opinião pública, etc.
O controle social formal é formado pelos órgãos estatais: polícia judiciária, Judiciário, Mi-
nistério Público, Administração Penitenciária, etc. Os agentes do Estado atuam de forma 
subsidiária (ultima ratio), quando o controle informal não foi capaz de evitar o crime.
O controle formal organiza-se em 3 seleções, conforme a função que desempenham:
1ª seleção: Polícia judiciária (investigação)
2ª seleção: Ministério Público (acusação)
3ª seleção: Judiciário (julgamento).
17. FCC – 2018 – DPE/RS – DEFENSOR PÚBLICO.
A legislação penal brasileira considera típico o ato de pichação (art. 65 da Lei n° 9.605/98 e 
Lei n° 12.408/11). Contudo, tal comportamento humano é percebido de formas diversas na 
sociedade, podendo também ser interpretado como arte de rua. Nesse sentido, tal interferência 
na paisagem urbana pode ser compreendida a partir de uma criminologia
a) iluminista, que afirma o delito como desvio não aceito pelo Rei, que na atualidade é 
representado pelo Estado.
b) fenomenal, que desdobra a história do direito penal e o relaciona às tendências pu-
nitivistas contemporâneas.
questões comentadas 17
c) biológica, que condiciona o conhecimento do ilícito e a capacidade de autodetermi-
nação do agente à evolução da espécie humana.
d) defensivista, que pretende justificar a criminalização do comportamento ilícito na 
proteção dos bens coletivos.
e) cultural, que introduz a estética e a dinâmica da vida cotidiana do século XXI na in-
vestigação criminológica.
GABARITO: E.Parte superior do formulário
A criminalização da pichação (crime ambiental) tem influência da Escola de Chicago.
A grosso modo, tal escola criminológica se funda na Teoria ecológica ou Teoria da Ecologia 
Criminal, segundo o qual a criminalidade é influenciada pelo ambiente externo de áreas 
desorganizadas das grandes cidades ( “A cidade produz delinquência”).
Desse modo, segundo a Escola de Chicago, a omissão do Poder Público no planejamento 
urbano cria uma desorganização social.
Solução Completa
Surgiu no final da década de 90, nos EUA. Estuda a relação entre a conduta criminosa 
e a adrenalina, o prazer e o pânico envolvidos, para, assim, compreender os interesses 
reais relacionados ao crime. Introduziu a dinâmica cultural na investigação criminológica.
18. .VUNESP – PC/SP - 2018 – PAPILOSCOPISTA POLICIAL
Segundo a doutrina dominante, Criminologia é uma ciência que se serve do método
a) lógico abstrato.
b) dogmático.
c) normativo.
d) empírico.
e) dedutivo.
GABARITO: D.
CRIMINOLOGIA -> ciência autônoma -> EMPÍRICA -> interdisciplinar
Solução Completa
Criminologia: Ciência empírica e Interdisciplinar, que se ocupa do Estudo do crime, do 
criminoso, da vítima e do controle social.
- é uma ciência empírica e interdisciplinar, fática do “ser”
- objetos de estudo: crime, delinquente, vítima e controle social;
- não é ciência normativa ou jurídica penal;
- é uma ciência causal explicativa do delito como fenômeno social e individual.
- ocupa-se com a pesquisa cientifica do fenômeno criminal;
- A criminologia é multidisciplinar e tem métodos científicos próprios.
18
19. VUNESP – 2018 – PC/SP – PAPILOSCOPISTA POLICIAL
A polícia, o ministério público, o poder judiciário e o sistema penitenciário são instituições 
encarregadas de exercer o controle social
a) primário.
b) formal.
c) informal.
d) terciário.
e) secundário.
GABARITO: B
O controle informal é o do dia-a-dia das pessoas dentro de suas famílias, escola, profissão, 
opinião pública etc. O sistema informal vai socializando a pessoa desde a sua infância (ex: 
âmbito familiar), e ele é, em geral, sutil e não possui uma pena, além de ser mais ágil na 
resolução dos conflitos que os mecanismos públicos.
O controlesocial formal é formado pelos órgãos estatais: polícia judiciária, Judiciário, Mi-
nistério Público, Administração Penitenciária, etc. Os agentes do Estado atuam de forma 
subsidiária (ultima ratio), quando o controle informal não foi capaz de evitar o crime.
Prevenção secundária x Criminalização secundária
Prevenção Secundária - POLICIAMENTO – Atua no Foco do Crime - Trata-se de uma atua-
ção mais focada nas zonas de concentração de violência.
CRIMINALIZAÇÃO SECUNDÁRIA é a ação punitiva exercida sobre pessoas concretas. Veri-
fica-se quando os órgãos estatais detectam um indivíduo, a quem se atribui a prática de 
um ato primariamente criminalizado, sobre ele recaindo a persecução penal.
GABARITO: B.
20. CESPE/CEBRASPE – 2013 - DPF – POLÍCIA FEDERAL
Na questão, assinale a alternativa contendo a informação que preenche corretamente a lacuna.
A _______ é a autorrecriminação da vítima pela ocorrência do crime contra si, buscando razões 
que, possivelmente, tornaram-na responsável pelo delito.
a) sobrevitimização
b) vitimização primária
c) vitimização secundária
d) vitimização terciária
e) heterovitimização
GABARITO: E.
→ Vitimização: Vitimização primária: causada pelo criminoso; Vitimização secundária/
sobrevitimização: causada pelo agente público; Vitimização terciária: causada pelo meio 
social. Heterovitimização: é autorrecriminação da vítima pela ocorrência do crime contra 
si, buscando razões que, possivelmente, tornaram-na responsável pelo delito;
questões comentadas 19
Vitimização indireta: Trata-se do sofrimento das pessoas que estão relacionadas intima-
mente à vítima de um delito, e que sofrem juntamente com ela. Exemplo: pais que sofrem 
inconsolavelmente ao receberem a notícia de que sua filha fora vítima de crime de estupro.
Heterovitimização: corresponde à “autorrecriminação da vítima” diante de um crime co-
metido, por meio da busca pelas razões que a tornaram, de modo provável, responsável 
pela prática delitiva, ou seja, a vítima que se culpa pelo evento criminoso sofrido, passando 
a recriminar-se pelo fato de ter sido vítima. EX: ter deixado a porta de um automóvel sem 
a trava ou ter assinado uma folha de cheque que estava em branco.
Homovitimização: vem a ser o ato da vítima culpar terceiros (em geral, o delinquente) 
pelo crime sofrido.
Vitimização Difusa: Esta espécie é comum em crimes que não apresentam vítimas certas 
e determinadas.
GABARITO: E.
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MUDE SUA VIDA! 
1 
 
SUMÁRIO 
PONTO 2: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CRIMINOLOGIA ...................................................................................... 2 
C) ESCOLA CLÁSSICA DA CRIMINOLOGIA – ETAPA PRÉ-CIENTÍFICA DA CRIMINOLOGIA .............................. 2 
C.1) PERÍODO ILUMINISTA E CONTEXTO HISTÓRICO ........................................................................................ 2 
C.2) BASES FILOSÓFICAS .................................................................................................................................... 2 
C.3) PRINCIPAIS IDEIAS DA ESCOLA CLÁSSICA ................................................................................................... 3 
C.4) PRINCIPAIS AUTORES DA ESCOLA CLÁSSICA .............................................................................................. 3 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
2 
 
PONTO 2: EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA CRIMINOLOGIA 
C) ESCOLA CLÁSSICA DA CRIMINOLOGIA – ETAPA PRÉ-
CIENTÍFICA DA CRIMINOLOGIA 
 
➢ Período: Século XVIII ao XIX. Chamada de época dos pioneiros. 
 
➢ Contexto Histórico: Iluminismo – busca pela limitação do poder e humanização das 
penas; 
 
➢ Principais autores: CBF → Carrara, Beccaria e Feubercah + Romagnosi; 
 
➢ Base filosóficas: Jusnaturalismo, contrato social, utilitarismo (ideia de livre 
arbítrio), limitação do poder e humanização das penas. 
 
➢ Método dedutivo, de lógica abstrata. Partia-se da norma (direito positivo) para o 
concreto, ou seja, as questões jurídico-penais. 
 
➢ Principais ideias: o indivíduo é um ser livre e racional e opta por praticar o crime, 
segundo seu livre-arbítrio. Humanização do sistema de justiça criminal. A 
responsabilidade é moral pelas suas ações, as penas devem ser baseadas na 
necessidade e utilidade. A pena é retribuição; 
 
➢ Pontos positivos da teoria: Luta contra limitação do poder; 
 
➢ Pontos negativos da teoria: Não cria uma teoria criminológica. É só um aporte crítico 
ao direito penal da época. 
 
C.1) Período Iluminista e contexto histórico 
Nesse período do séc. XVIII, as normas penais eram caóticas. Havia, inclusive, com a 
concepção teocêntrica do tempo, uma associação entre delito e pecado. Os procedimentos 
judiciais eram inseguros e havia a chamada tortura judicial. O sistema era pouco humano e 
racional. 
É nesse contexto histórico que surge o Iluminismo, ideias para limitar o poder. 
As escolas liberais clássicas se situavam como uma instância crítica em face da prática penal 
e penitenciária do antigo regime e objetivavam substituí-la por uma política criminal inspirada 
nos princípios da humanidade, legalidade e utilidade. 
Projetou sobre o problema do crime os ideais filosóficos do humanismo racionalista. 
Pressuposta a racionalidade do homem deveria se indagar, apenas, a racionalidade da lei. 
 
C.2) Bases filosóficas 
O jusnaturalismo é uma corrente do pensamento no direito em que reconhece direitos 
naturais. Tais direitos são inerentes ao ser humano e independem de positivação (previsão 
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MUDE SUA VIDA! 
3 
 
legal). Como exemplo o direito à vida. São anteriores ao estado, superiores, universais e 
irrenunciáveis. 
Por contrato social, em síntese, o cidadão transfere parcela da autonomia para o Estado 
que vai organizar a sociedade através de um contrato. 
O homem era livre (LIVRE ARBÍTRIO) e racional, capaz de refletir, tomar decisões e atuar 
em consequência. Em suas decisões, basicamente, realiza um cálculo racional de vantagens e 
inconvenientes que pode proporcionar sua ação, e atua ou não, segundo prevaleça umas ou 
outras (TEORIA ULITIRARISTA). 
 
 
 C.3) Principais ideias da escola clássica 
 
A escola liberal clássica não considerava o delinquente como um ser diferente dos outros. 
CUIDADO: essa característica vai ser essencial para diferenciar a escola clássica da escola 
positiva. 
O homem era livre (LIVRE ARBÍTRIO) e racional, capaz de refletir, tomar decisões e atuar 
em consequência. Em suas decisões, basicamente, realiza um cálculo racional de vantagens e 
inconvenientes que pode proporcionar sua ação, e atua ou não, segundo prevaleça umas ou 
outras (utilitarismo na ação). 
Como comportamento, o delito surgia da livre vontade do indivíduo, não de causas 
patológicas, e, por isso, do ponto de vista da liberdade e da responsabilidade moral pelas 
próprias ações, o delinquente não era diferente do indivíduo normal. 
Em consequência, o direito penal e a pena não eram considerados para intervir sob o 
delinquente, modificando-o, mas, sobretudo, como instrumento legal para defender a sociedade 
do crime, criando, onde fosse necessário, um dissuasivo, ou seja, uma contramotivação em face 
do crime (ROMAGNOSI). 
Os limites da cominação e da aplicação da sanção penal, assim como as modalidades do 
exercício do poder punitivo do Estado, eram assinalados pela necessidade ou utilidade da pena 
e pelo princípio da legalidade (BECCARIA). 
No pensamento criminológico das escolas clássicas, identifica-se uma grande 
preocupação com os conceitos de crime e pena como entidades jurídicas e abstratas de modo a 
estabelecer a razão e limite ao poder de punir do Estado. 
A sua pesquisa focava-se no delito, entendido como conceito jurídico, ou seja, violação da 
norma (crime como ente jurídico – CARRARA). Essa norma decorria de um direito natural – 
jusnaturalismo. 
A pena tem caráter retributivo – retribuir o mal causado do crime pelo mal da

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