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INDICADORES DE SAÚDE: 
obtenção e análise da
 situação de saúde 
Zenira Martins Silva
Kelsen Dantas Eulálio
Lis Cardoso Marinho Medeiros
Francisca Miriane de Araújo Batista
TERESINA-PI
2020
INDICADORES DE SAÚDE: 
obtenção e análise da
 situação de saúde 
TERESINA-PI
2020
INDICADORES DE SAÚDE: 
obtenção e análise da
 situação de saúde 
AUTORES
Zenira Martins Silva
Kelsen Dantas Eulálio
Lis Cardoso Marinho Medeiros
Francisca Miriane de Araújo Batista
TERESINA-PI
2020
INDICADORES DE SAÚDE: 
obtenção e análise da
 situação de saúde 
AUTORES
Zenira Martins Silva
Kelsen Dantas Eulálio
Lis Cardoso Marinho Medeiros
Francisca Miriane de Araújo Batista
TERESINA-PI
2020
INDICADORES DE SAÚDE: 
obtenção e análise da
 situação de saúde 
COAUTORES
Salete Maria da Rocha Cipriano Brito
Lídia Araújo dos Martírios Moura Fé
Lorena Citó Lopes Resende Santana
Ione Maria Ribeiro Soares Lopes
Rosimeire Ferreira dos Santos
Teresinha de Jesus A. S. Andrade
Zulmira Lúcia Oliveira Monte
TERESINA-PI
2020
UNIVERSIDADE FEDERAL DO PIAUÍ 
Reitor: Prof. Dr. Gildásio Guedes 
Vice-Reitor: Prof. Dr. Viriato Campelo 
Superintendente de Comunicação Social: 
Prof. Dr. Fenelon Martins da Rocha Neto
UNIVERSIDADE ABERTA DO SUS - UNA-SUS / UFPI 
Coordenadora Executiva: Prof.ª Dr.ª Lis Cardoso Marinho Medeiros
Coordenadora Adjunta: Prof.ª Dr.ª Salete Maria da Rocha Cipriano Brito
Editora da Universidade Federal do Piauí - EDUFPI 
Campus Universitário Ministro Petrônio Portella 
CEP: 64049-550 - Bairro Ininga - Teresina - PI - Brasil 
 Todos os direitos reservados
Capa e projeto gráfico: Lídia Araújo dos M. Moura Fé
FICHA CATALOGRÁFICA
 Universidade Federal do Piauí
Biblioteca Comunitária Jornalista Carlos Castello Branco
Serviço de Processamento Técnico
1
 I39 Indicadores de saúde : obtenção e análise da situação de 
saúde / autores, Zenira Martins Silva ... [et al.] ; 
coautores, Salete Maria da Rocha Cipriano Brito ... [et 
al.]. – Teresina : EDUFPI, 2020. 
72 p. 
Modo de acesso: <https://ares.unasus.gov.br/acervo/>
 ISBN : 978-65-5904-028-5 
1. Epidemiologia. 2. Indicadores de Saúde.
3. Sistemas de Informações em Saúde. I. Silva, Zenira
Martins. II. Brito, Salete Maria da Rocha Cipriano.
CDD 614.4
Copyright © 2020 UNA-SUS/Editora da UFPI. Todos os direitos reservados. 
É permitida a reprodução sem fins lucrativos desta obra, parcial ou total, desde que citada a fonte 
ou sítio da internet onde pode ser encontrada (https://ares.unasus.gov.br/acervo/).
https://ares.unasus.gov.br/acervo/
PREFÁCIO
É com grande alegria que falo nesse prefácio sobre o livro 
“INDICADORES DE SAÚDE: obtenção e análise da situação de 
saúde”, escrito pela Profa. Zenira Martins Silva e o Prof. Kelsen 
Dantas Eulálio com a colaboração de outros autores. Produzir 
um livro com a temática de indicadores é bastante relevante e 
necessária para o mundo dos trabalhadores da saúde. Parabéns 
a todos pela iniciativa.
Os indicadores de saúde, apesar de estarem à disposição 
dos gestores e de trabalhadores da saúde através dos sistemas 
nacionais de dados, são pouco utilizados na prática cotidiana do 
planejamento das ações. No entanto, os indicadores deveriam 
ser o ponto de partida para a avaliação, monitoramento e 
planejamento das ações municipais. O grande problema para isso 
ser efetivamente implantado é, muitas vezes, o desconhecimento 
e o manejo das informações.
Os capítulos apresentam de forma prática, a epidemiologia 
com informações básicas, mas proporcionando um mergulho 
teórico e uma aproximação com a prática pelos exemplos 
aqui apresentados. Será possível o leitor se aproximar da 
epidemiologia com conceitos e aspectos históricos, definições 
epidemiológicas primordiais para a boa compreensão do 
tema. São também apresentados textos e dados sobre alguns 
indicadores, encaminhando o leitor a uma reflexão teórico-prática 
sobre indicadores importantes no cotidiano do trabalho.
No capítulo 3, está apresentada a distribuição do estado 
por território. O estado do Piauí fez uma distribuição geográfica 
por territórios, com o objetivo de auxiliar no planejamento do 
desenvolvimento, mas a saúde usou a distribuição, também, para 
a suas ações. Atualmente, é adequada a distribuição territorial 
para melhor atender a população na área da saúde. É muito 
importante essa apresentação pois o leitor situa a rede de atenção 
à saúde na distribuição geográfica do estado. 
Ao final, o livro apresenta todos os sistemas de saúde 
disponíveis para obtenção de dados, bem como, um tutorial para 
o acesso dos respectivos sistemas. Assim, é possível compreender 
a empregabilidade dos indicadores de saúde auxiliando a todos, 
para a avaliação, monitoramento e planejamento de todas as 
ações de saúde dos municípios. 
Será com certeza uma obra de grandes contribuições 
teórico-prática para gestores e trabalhadores da saúde.
Profa. Dra. Lis Cardoso Marinho Medeiros
Figura 1. Taxa Bruta de Mortalidade (por 1000 habitantes). Piauí, 
2000, 2010 e 2019(*) ........................................................................28
Figura 2. Taxa de Mortalidade Infantil, Piauí 2000, 2010 e 2019. .. 
.............................................................................................................31
Figura 3. Distribuição Proporcional das Principais Causas de 
Morte. Piauí, 2019 .............................................................................33
Figura 4. Mortalidade Proporcional, segundo Sexo e Faixa Etária. 
Piauí, 2019(*) .....................................................................................34
Figura 5. Taxa de Incidência da Aids (por 100 mil habitantes). 
Piauí e Brasil, 2014 a 2018 ...............................................................35
Figura 6. Taxa de detecção de casos novos de Hanseníase (por 
100 mil habitantes). Brasil e Piauí, 2015 a 2019 ............................36
Figura 7: Taxa de Incidência da Leishmaniose Visceral (por 100 
mil habitantes). Brasil e Piauí, 2015 a 2019 ...................................36
Figura 8. Territórios de Desenvolvimento Sustentável do Piauí 39
Figura 9. Divisão das Macrorregiões de Saúde ...........................43
Figura 10. Rede de atenção à saúde do Piauí ..............................44
Figura 11. Painel Sistema de Informações sobre Mortalidade - 
SIM ......................................................................................................48
Figura 12. Modelo da Declaração de Óbito ................................50
Figura 13. Painel Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos ... 
.............................................................................................................52
LISTA DE FIGURAS
Figura 14. Modelo da Declaração de Nascido Vivo ....................54
Figura 15. Versões do SINAN vigentes em Nível Nacional ........56
Figura 16. Painel Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/
SUS) ....................................................................................................58
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Indicador de Incidência e Prevalência ..........................23
Tabela 2. População segundo Sexo. Piauí, 2020 .........................27
Tabela 3. Taxa Bruta de Natalidade (por 1.000 habitantes). Piauí, 
2000, 2010 e 2019(*) ........................................................................29
Tabela 4. Óbitos segundo a Classificação Internacional de 
Doenças (CID – 10a revisão) mortalidade proporcional e taxa de 
mortalidade (por 100.000 habitantes), por Sexo. Piauí, 2019 .....33
LISTA DE QUADROS
Quadro 1. Taxa de Mortalidade Infantil e seus componentes do 
Estado do Piauí referentes ao ano de 2019 ..................................30 
Quadro 2. Mortalidade Materna por Causa Direta nas Regiões do 
Brasil (por 100 mil/nascidos vivos) .................................................64
SUMÁRIO
APRESENTAÇÃO.......................................... 13
CAPÍTULO 1 .................................................15
Noções Básicas de Epidemiologia
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS .......................................................16
1.2. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA .....................................17
CAPÍTULO 2 ................................................. 21
Apresentando os Indicadores
2.1 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA ..............................................21
2.2 INDICADORES DE SAÚDE ....................................................24 
2.2.1 Indicadores Demográficos ....................................................26
2.2.2 Indicadores de Mortalidade .................................................29
2.2.3 Indicadores de Morbidade ...................................................34
CAPÍTULO 3 ................................................. 38
Os territórios de desenvolvimento e o fluxo
da Rede de Atenção em Saúde no Estado do Piauí
CAPÍTULO 4 ................................................. 46
Os grandes Sistemas de Informações em Saúde do 
Sistema Único de Saúde
4.1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE – SIM . 
 ..................................................................................................48
4.2 SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS 
(SINASC) ..................................................................................52
4.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO (SINAN) ........................................................55
4.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR DO SUS – SIH/
SUS ...........................................................................................57
4.5 SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ATENÇÃO BÁSICA - 
SISAB .......................................................................................59
CAPÍTULO 5 ................................................. 63
Análise de Situação de Saúde – ASIS
5.1 CONCEITO, OBJETIVO E FINALIDADE DA ASIS ...............63
ANEXO ........................................................ 67
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APRESENTAÇÃO
O conteúdo apresentado nesse livro tem como objetivo 
estudar os seguintes temas: conceitos e ferramentas da 
epidemiologia, medidas de frequência, entender os tipos e cálculos 
de indicadores de saúde, a análise de dados, os grandes sistemas 
de informações em saúde, bem como compreender o que é uma 
análise de situação de saúde, além de instrumentalizar você a 
utilizar esses conhecimentos na prática diária para o planejamento 
e desenvolvimento das ações de saúde junto à sua Unidade de 
Saúde ou local de trabalho. 
O livro seguiu uma distribuição de conteúdo, de forma 
que o leitor sinta-se confortável para entender a prática do uso 
de indicadores, demonstrando exemplos bastante aplicáveis no 
dia a dia dos trabalhadores da saúde e demais interessados pelo 
tema. 
Os conteúdos se iniciam com conceitos e compreensão 
da epidemiologia, apresentando Medidas de Frequência de 
doenças, Indicadores de Saúde: Conceito, tipos e aplicações, 
Indicadores demográficos, Indicadores socioeconômicos, 
Indicadores de mortalidade e Indicadores de morbidade.
Em sequência, serão apresentados os Sistemas de 
Informação. Há também um tutorial sobre o sistema de 
monitoramento, explicando o passo a passo do acesso aos 
sistemas. Dessa forma, serão apresentados os grandes Sistemas 
de Informações em Saúde do Sistema Único de Saúde: Sistema 
de Informação sobre Mortalidade (SIM), Sistema de Informações 
sobre Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informação de Agravos 
de Notificação (SINAN), Sistema de Informação Hospitalar do SUS 
(SIH/SUS) e Sistema de Informação para Atenção Básica (SISAB). 
O fechamento dos conteúdos acontece com a apresentação 
de um excelente instrumento de gestão Análise de Situação de 
Saúde – ASIS. 
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O livro “Indicadores de Saúde: obtenção e análise da 
situação de Saúde” apresenta um grande diferencial formativo, 
pois apresenta de maneira prática, um conteúdo de fundamental 
importância para gestão e para trabalhadores da saúde, 
possibilitando um instrumento de trabalho que impactará na 
melhoria dos indicadores de saúde da população. Boa leitura a 
todos!
Profa. Dra. Lis Cardoso Marinho Medeiros 
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CAPÍTULO 1
Noções Básicas de Epidemiologia
Kelsen Dantas Eulálio
Epidemiologia é uma palavra de origem grega que 
etimologicamente significa “estudo sobre as populações” (epi: 
sobre; demo: povo ou população e logos: estudo). Área do 
conhecimento abrangente e complexa, a epidemiologia tem 
múltiplas definições e áreas de atuação (DRUMOND Jr, 2007). 
A epidemiologia é a “ciência que estuda a distribuição 
e os fatores determinantes das enfermidades, danos à saúde 
e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas 
específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças, e 
fornecendo indicadores que sirvam de suporte ao planejamento, 
administração e avaliação das ações de saúde” (ROUQUAYROL; 
GOLDBAUM, 2003). 
A epidemiologia congrega e se utiliza de três grandes áreas 
do saber humano: a estatística, as ciências da saúde e as ciências 
sociais. Tem amplo campo de atuação, o qual compreende 
diversas áreas: vigilância epidemiológica de agravos a saúde, 
diagnóstico da situação sanitária das populações, avaliação de 
serviços de saúde e ensino e pesquisa (BOING; REIBINITZ Jr., 
2016; MEDRONHO, 2009).
A epidemiologia possui como fundamento básico a 
compreensão de que os eventos relacionados à saúde, como as 
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doenças, seus determinantes e também o uso dos serviços de 
saúde não se distribuem de forma casual entre os indivíduos. 
Essas diferenças existem porque os fatores que influenciam ou 
determinam o estado de saúde das pessoas não se distribuem 
de forma semelhante na população, acometendo mais alguns 
grupos de indivíduos do que outros (PEREIRA, 1995).
1.1 ASPECTOS HISTÓRICOS
Diversos autores atribuem o nascimento da epidemiologia 
a Hipócrates, na Grécia antiga. Considerado o pai da medicina, 
o médico grego difundiu o conceito de que os hábitos de vida 
das pessoas, o local onde habitavam, de que se alimentavam e o 
que bebiam ou faziam eram os responsáveis pela ocorrência das 
doenças. Foi uma visão revolucionária de se entender o processo 
saúde-adoecimento numa época em que se atribuía a causa das 
doenças e o prognóstico dos doentes - a morte ou a sobrevivência 
- a fatores imateriais ou sobrenaturais, dependentes da vontade 
de deuses ou demônios (ROSEN, 2006).
A maioria dos pesquisadores, entretanto, considera o 
médico britânico John Snow como o pai da epidemiologia 
moderna. A teoria miasmática era, até meados do século XIX, 
a principal forma de explicação das doenças que se acreditava 
terem origem a partir da má qualidade do ar, oriunda da 
putrefação de corpos humanos e de animais e da decomposição 
de plantas, além dos miasmas (¨maus ares”) que emanavam dos 
dejetos de doentes, pântanos e lodos (ROUQUAYROL; ALMEIDA 
FILHO, 2003). 
Quando uma epidemia de cólera atingiu Londres, em 1854, 
John Snow lançou mão de rigoroso método científico e, pelo 
emprego de ferramentas da epidemiologia, fez uma inovadora 
e criteriosa pesquisa que, ao final, identificou que a causa da 
doença não poderia ser atribuída a miasmas. Nas suas palavras, 
concluiu que “o veneno da cólera entra no canal alimentar pela 
boca, e esse veneno seria um ser vivo, específico, oriundo das 
excreções de um paciente com cólera”. E foi além,atribuindo 
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a doença à contaminação da água utilizada pela população 
londrina em razão do precário esgotamento sanitário existente 
naquela época, permitindo que as fezes dos pacientes com cólera 
se infiltrassem no solo e poluíssem os poços de abastecimento 
de água (ROSEN, 2006). 
Importante ressaltar que o genial John Snow relatou 
a transmissão hídrica de microorganismos sem emprego do 
microscópio e trinta anos antes de Robert Koch isolar e cultivar o 
Vibrio cholerae (BOING; REIBINITZ Jr., 2016).
1.2. APLICAÇÕES DA EPIDEMIOLOGIA
Existem três grandes aplicações da epidemiologia. A 
primeira é descrever as condições de saúde das populações. 
No final do século passado, cerca de uma década após a 
implementação do SUS, o Ministério da Saúde investigou 
as estatísticas oficiais do Brasil e descreveu o perfil de 
morbimortalidade da população. O conhecimento das diferentes 
realidades epidemiológicas mostradas por esse trabalho foi 
fundamental para que os diversos entes federativos pudessem, 
nessa época, planejar e implementar, com maior possibilidade 
de êxito, as ações estratégicas e programáticas necessárias 
para efetivamente modificar e melhorar a situação de saúde da 
população brasileira (BRASIL, 2002).
A segunda aplicação da epidemiologia é identificar 
quais são os fatores determinantes da situação de saúde das 
populações. No período que se seguiu à Segunda Grande 
Guerra, chamou a atenção de profissionais de saúde o elevado 
número de pessoas com neoplasias e, particularmente, a alta 
frequência de câncer de pulmão. Tais ocorrências, na época, eram 
atribuídas a exposição a armas químicas, deficiências alimentares 
ou poluentes atmosféricos (BOING; REIBINITZ Jr., 2016).
Nesse contexto, pesquisadores ingleses perceberam, ao 
visitarem pacientes hospitalizados com neoplasia de pulmão, que 
a grande maioria relatava o hábito de fumar. Subsequentemente, 
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ao acompanharem uma coorte composta por mais de 40.000 
médicos britânicos, perceberam uma frequência significativamente 
maior de casos do referido câncer no grupo de fumantes em 
comparação ao de não fumantes (DOLL; HILL, 1999). 
Após esses trabalhos pioneiros, diversos estudos 
epidemiológicos, com sofisticadas análises estatísticas e 
investigações laboratoriais comprovaram, sem sombra de 
dúvidas, a forte associação entre tabagismo e câncer de pulmão 
e de diversas localizações. O conhecimento gerado por esses 
estudos epidemiológicos e de outros que identificaram diversas 
associações entre fatores de risco e condições patológicas 
permitiram que milhares de vidas humanas fossem salvas. 
Como exemplos, pode-se citar: teores elevados de colesterol 
sanguíneo com isquemia cardíaca, fluoretação da água de 
abastecimento público e redução da frequência de cáries 
dentárias e amamentação materna com redução mortalidade 
infantil (BOING; REIBINITZ Jr., 2016).
Outra aplicação da epidemiologia é avaliar o impacto das 
ações e políticas de saúde. Pneumonia e gripe estão entre as 
principais causas de internação hospitalar entre idosos. Em razão 
disso, o Ministério da Saúde oferece, há mais de uma década, 
na rede SUS, vacinas contra influenza e antipneumocócica 
para pessoas com 60 anos de idade ou mais (BRASIL, 2002). A 
custo efetividade dessa ação foi avaliada através de estudo que 
mostrou a evolução da hospitalização de idosos por doenças 
respiratórias no estado de São Paulo entre 1995 e 2002. Francisco, 
Donalísio e Latorre (2004) observaram que “houve diminuição 
dos picos sazonais da proporção de internações e das taxas por 
mil habitantes após a intervenção vacinal em ambos os sexos, 
sugerindo possível impacto das vacinas ofertadas pelo Programa 
Nacional de Imunização.
Segundo Boing e Reibinitz Jr. (2016), a “capacidade de 
aplicar o método epidemiológico é uma habilidade fundamental 
para todos os trabalhadores de saúde que tenham como objetivo 
reduzir doenças, promover saúde e melhorar os níveis de saúde da 
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população, especialmente aqueles que trabalham na Estratégia 
Saúde da Família, que necessariamente precisam compreender 
o todo e as especificidades de uma área do conhecimento tão 
abrangente“.
REFERÊNCIAS
BOING, A.F.; REIBINITZ Jr, C. Conceitos de Epidemiologia. 
2016. In : Universidade Federal de Santa Catarina. Especialização 
Multiprofissional na Atenção Básica Epidemiologia. Organizadores: 
Antônio Fernando Boing; Eleonora D’Orsi; Calvino Reibnitz. - 
Florianópolis: Universidade Federal de Santa Catarina, 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria Executiva. A saúde no Brasil: 
estatísticas essenciais 1990-2000. 2ª ed. Brasília, 2002.
DOLL, R.; HILL, A. B. Smoking and carcinoma of the lung: preliminary 
report 1950. British Medical Journal, v. 77, n. 1, p. 84-93, 1999. 
DRUMOND Jr, M. Epidemiologia em serviços de saúde: conceitos, 
instrumentos e modos de fazer. 2007. In: Campos, G. W. S. et al 
(Orgs.). Tratado de saúde coletiva. Rio de Janeiro: Hucitec, 2007. p. 
419-456. (Saúde em debate, 170).
FRANCISCO, P. M. S. B.; DONALÍSIO, M. R.; LATORRE, M. do R. D. de 
O. Internações por doenças respiratórias em idosos e a intervenção 
vacinal contra influenza no Estado de São Paulo. Revista Brasileira de 
Epidemiologia, v. 7, n. 2, p. 220-227, 2004. 
MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2009. 
PEREIRA, M. G. Epidemiologia: teoria e prática. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 1995.
RICHMOND, C. Sir Richard Doll. British Medical Journal, v. 331, n. 
7511, p. 295, 2005. 
ROSEN, G. Uma História da Saúde Pública. 3 ed. Rio de Janeiro: 
Hucitec, 2006.
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Núcleo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Educação Permanente para o SUS - NUEPES
ROUQUAYROL, M. Z.; GOLDBAUM, M. Epidemiologia: história 
natural e prevenção de doenças. 2003. In: ROUQUAYROL, M. Z; 
ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & saúde. 6. ed. Rio de Janeiro: 
Medsi, 2003.
ROUQUAYROL, M. Z; ALMEIDA FILHO, N. Epidemiologia & saúde. 6. 
ed. Rio de Janeiro: Medsi, 2003.
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CAPÍTULO 2
Apresentando os Indicadores
Zenira Martins Silva
Francisca Miriane de Araújo Batista
As medidas de frequências de doenças permitem mensurar 
a ocorrência de agravos em uma determinada população. São 
definidas com base em dois conceitos fundamentais utilizados na 
epidemiologia: a incidência e a prevalência (MEDRONHO, 2006; 
PEREIRA, 2006).
2.1 INCIDÊNCIA E PREVALÊNCIA
A Incidência indica o número de casos novos de uma 
determinada doença ou problema de saúde ocorridos em uma 
população especifica em certo período de tempo, enquanto 
a prevalência é a frequência de casos existentes de uma 
determinada doença, em uma determinada população e em um 
tempo determinado (BONITA, 2010; MEDRONHO, 2006).
A incidência é caracterizada como uma medida dinâmica, 
pois expressa mudanças no estado de saúde de uma população. 
Permite medir a força da morbidade por alguma doença 
(MEDRONHO, 2006; PEREIRA, 2006).
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A prevalência é uma medida estática que representa a 
aferição do número de casos existentes em uma população 
em um dado instante ou em dado período. Ressalta-se quea 
prevalência é uma medida mais adequada para doenças crônicas 
ou de longa duração. É uma medida de fundamental importância 
para planejamento de ações e a administração dos serviços de 
saúde (MEDRONHO, 2006; PEREIRA, 2006).
As taxas de Incidência e Prevalência são as duas medidas 
mais usadas para descrever a situação das doenças na saúde 
pública, medindo assim diferentes aspectos da morbidade, são 
expressas por meio da relação entre casos e população (PEREIRA, 
2006).
Como calcular a Incidência e Prevalência? 
Incidência: 
Número de novos casos de uma determinada 
 doença em um período específico ____ x constante*
 População
Prevalência: 
Número de casos existentes (novos e velhos) de 
doença em um ponto do tempo x constante*
 População
(*) A constante é uma potência com base de 10 (100, 1000 ou 100.000) pelo 
qual se multiplica o resultado para ser apresentado um número inteiro.
Segundo Bonita (2010), alguns pontos podem diferenciar 
incidência de prevalência, são eles demonstrados na tabela 1:
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Tabela 1. Indicador de Incidência e Prevalência.
Fonte: BONITA, 2010.
 
NA PRÁTICA: 
Exemplo 1: 
No estado do Piauí, no ano de 2019, foram notificados 1.911 
casos de dengue. População do Estado em 2019: 3.273. 227 
habitantes. Qual a incidência de dengue no PI, nesse ano?
Resposta: A incidência foi de 58,38 casos para cada 100mil 
habitantes, conforme cálculo abaixo:
 Incidência: 1.911 x 100.000 
 3.273.227
Exemplo 2: 
No estado do Piauí de 2009 a 2019 foram notificados 7.719 casos 
de tuberculose de todas as formas. Qual a prevalência desse 
agravo no estado?
Resposta: A prevalência foi de 235,82 para cada 100mil habitantes, 
conforme cálculo abaixo:
Prevalência: 7.719 x 100.000
 3.273.227
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2.2 INDICADORES DE SAÚDE 
Indicador de saúde pode ser definido como um dado que 
representa uma situação de saúde; em outras palavras, trata-se de 
um instrumento de mensuração utilizado para avaliar situações 
de saúde, além de ser utilizado como base para o planejamento, 
execução, gerenciamento e avaliação de ações e serviços de saúde 
(GOMES,2015). São medidas utilizadas em nível internacional para 
avaliar as condições sanitárias de uma população, sendo permitido 
fazer o acompanhamento de comportamentos e tendências 
históricas de diferentes populações consideradas à mesma 
época ou da mesma população, em diversos períodos de tempo 
(MEDRONHO, 2006). Em termos gerais, são medidas-síntese e são 
expressos sob a forma de proporções, taxas ou coeficientes e razões, 
que contêm informação relevante sobre determinados atributos e 
dimensões do estado de saúde, bem como sobre o desempenho 
do sistema de saúde (RIPSA, 2008; MEDRONHO, 2006).
A qualidade de um indicador está diretamente relacionada 
às propriedades dos componentes utilizados – número de casos 
e tamanho da população em risco – e da cobertura e qualidade 
dos dados dos sistemas de informações que serão utilizados. 
Alguns critérios devem ser considerados para seleção de 
indicadores, tais como: validade, confiabilidade, mensurabilidade, 
representatividade, relevância e custo efetividade (RIPSA, 2008; 
PEREIRA, 2006). 
• Validade – capaz de medir o que se pretende, ou seja, 
discriminar corretamente um dado evento de outros e 
também identificar as mudanças ocorridas ao longo do tempo. 
A validade de um indicador está diretamente relacionada a 
sua sensibilidade e a sua especificidade. Sensibilidade diz 
respeito à capacidade de o indicador detectar o fenômeno 
analisado e a especificidade à capacidade de detectar 
somente o fenômeno analisado.
• Confiabilidade – deve reproduzir os mesmos resultados 
quando aplicado em condições similares, isto é a obtenção de 
resultados semelhantes quando a mensuração for repetida. 
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• Mensurabilidade – dados disponíveis e de fácil acesso.
• Relevância – devem ser capazes de responder as prioridades 
em saúde pública.
• Custo-efetividade – devem apresentar resultados capazes de 
justificar os investimentos relacionados ao tempo e recursos.
Os indicadores servem para avaliar/analisar a situação de 
saúde de uma população, fazer comparações, avaliar as mudanças 
ao longo do tempo, avaliar a execução das ações de saúde e a 
caracterização de uma população.
Podem ser classificados em: indicadores demográficos, 
socioeconômicos, de mortalidade, morbidade e fatores de 
risco, relacionados à nutrição, desenvolvimento e crescimento, e 
relacionados à saúde ambiental e relacionados aos serviços de 
saúde – cobertura e recursos (RIPSA, 2008; PEREIRA, 2006). Nesta 
Unidade, vamos destacar alguns indicadores demográficos e de 
mortalidade e morbidade.
Os indicadores podem ser expressos sob a forma de: 
números absolutos e número relativos. 
• Os números absolutos devem ser utilizados em população 
pequena, eventos raros; e servem para gerenciar os serviços 
de saúde. 
• Os números relativos são as proporções, razões simples e 
taxas ou coeficientes; e devem ser utilizados em populações 
maiores.
A Proporção: os dados do numerador estão sempre contidos 
no denominador, ou seja, é a relação entre duas frequências da 
mesma unidade. Pode ser calculada para indicadores operacionais 
e epidemiológicos O resultado é dado em percentual. 
A Taxa ou Coeficiente: é a relação ou quociente entre dois 
valores numéricos, que expressa à velocidade ou a intensidade 
em que se observou um evento e a população que teoricamente 
esteve sujeita a sofrer este evento. As taxas ou coeficientes são 
utilizados, frequentemente, para se estimar o risco de ocorrer 
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um problema de saúde, como o adoecimento, ou a morte, em 
relação a uma determinada população suscetível, por unidade de 
tempo. Como por exemplo:
Taxa de mortalidade geral: número de óbitos/população x 1000 
(estima o risco de um indivíduo na população morrer). 
Taxa de Mortalidade Especifica por causa: número de óbitos por 
determinada causa ou grupo de causa/população total na mesma 
área X 100.000.
 
A Razão simples: o numerador e denominador não tem a mesma 
natureza, porém existe uma relação lógica entre ambos. 
Como por exemplo: 
Indicadores Epidemiológicos: Casos de Diabetes em Homens/ 
Casos de Diabetes em Mulheres e Razão de sexo: Masculino/
feminino
2.2.1 Indicadores Demográficos
Os indicadores demográficos permitem medir os fatores 
determinantes da situação de saúde com relação à população e 
ao espaço geográfico. Os principais indicadores utilizados nas 
análises de situação de saúde são: população segundo faixa etária 
e sexo, Índice de envelhecimento, taxa bruta de natalidade, taxa 
bruta de mortalidade, Esperança de vida ao nascer, Esperança de 
vida aos 60 anos. 
A seguir alguns exemplos de indicadores demográficos do 
Estado do Piauí:
A população estimada do Piauí do ano 2020 é de 3.281.480 
habitantes, a população feminina responde por 51,6% e a 
masculina por 48,4% do total. A Região do Entre Rios concentra 
37,7% da população total do Estado e a Região dos Tabuleiros do 
Alto Parnaíba a menor concentração, de apenas 1,5%(Tabela 2). A 
população de idosos representa 13% da população total do Estado.
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Tabela 2. População segundo Sexo. Piauí, 2020.
Fonte: DATASUS/IBGE.
A taxa bruta de mortalidade é definida como o número 
total de óbitos, por mil habitantes, na população residente, em 
determinado espaço geográfico no ano selecionado. Expressa 
a intensidade com a qual a mortalidade atua em determinada 
população e é influenciada pela estrutura da população quanto à 
idade e ao sexo.
A figura 1 mostra que, no Piauí, a taxa bruta de 
mortalidade passou de 4,0 óbitos por mil habitantes no ano 
2000 para 6,2 óbitos em 2019, apresentando um aumento de 
55%. Taxa com valores inferiores a 4,4/1000 habitantes indicam 
deficiência no sistema de informações sobre mortalidade (SIM). 
Observa-se ainda que no ano 2019, as maiores taxas brutas 
de mortalidade foram identificadas nas Regiões do Vale do 
Sambito (7,2/1000habitantes) e do Vale dos Rios Piauí e Itaueiras 
(7,1/1000habitantes) ocupando assim posições superiores à taxa 
do Estado com 6,2/1000habitantes. Entre os anos de 2010 e 2019, 
observou-se tendência de crescimento em todas as Regiões de 
Saúde. 
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Taxa Bruta de Mortalidade
 Número total de óbitos de residentes x 1.000
 População total residente
Figura 1. Taxa Bruta de Mortalidade (por 1000 habitantes). Piauí, 
2000, 2010 e 2019(*).
Fonte: SIM/DATASUS/IBGE.
O indicador de taxa bruta de natalidade relaciona o número 
de nascidos vivos com a população residente, em determinado 
espaço geográfico e ano selecionado. A tabela 3 apresenta a 
taxa bruta de natalidade do Piauí, segundo as Regiões de Saúde 
em anos selecionados. Entre os anos 2000 e 2019 verificou-se 
uma queda acentuada de 27,4% na taxa bruta de natalidade, 
enquanto que entre os anos de 2010 e 2019 uma leve queda no 
valor de 5,8%. Em relação às regiões de saúde há predominância 
de queda da taxa quando comparado os anos 2010 e 2019 com o 
ano 2000. Chama a atenção a Região da Serra da Capivara, onde 
isso não foi observado.
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Taxa Bruta de Natalidade
 Número total de nascidos vivos de residentes x 1.000
 População total residente
Tabela 3. Taxa Bruta de Natalidade (por 1.000 habitantes). Piauí, 
2000, 2010 e 2019(*).
Fonte: SINASC/DATASUS/IBGE.
2.2.2 Indicadores de Mortalidade
 
 Os Indicadores de mortalidade baseiam-se na enumeração 
total de sua ocorrência e na distribuição pelas características 
demográficas e epidemiológicas de uma população em determinado 
espaço geográfico. Por exemplo: taxa bruta de mortalidade, taxa 
de mortalidade infantil, taxa de mortalidade neonatal, taxa de 
mortalidade na infância, mortalidade proporcional por grupos de 
causa, taxa de mortalidade especifica por causas, etc. 
A seguir serão descritos exemplos e cálculos de indicadores de 
mortalidade do Piauí.
Veja exemplos de indicadores de mortalidade com dados 
do Estado do Piauí, relativos ao ano 2019, a partir dos dados do 
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Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) e Sistema de 
Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC) (Quadro 1).
A mortalidade infantil refere-se aos óbitos ocorridos ao 
longo do primeiro ano de vida, com idade máxima de 11 meses e 
29 dias. É medida pelo coeficiente ou taxa de mortalidade infantil. 
Estima o risco de morte a que está exposta uma população de 
nascidos vivos, em uma determinada área e período, antes de 
completar o primeiro ano de vida. A taxa de mortalidade infantil 
é subdividida em dois componentes denominados neonatal e 
pós-neonatal (RIPSA, 2008; MEDRONHO, 2006).
Quadro 1. Taxa de Mortalidade Infantil e seus componentes do 
Estado do Piauí, referentes ao ano de 2019. 
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A figura 2 mostra a taxa de mortalidade infantil do Piauí nos 
anos 2000, 2010 e 2019. Os dados apontam queda acentuada de 
26,2% quando comparado o ano 2010 em relação a 2000 e de 
13,6% do ano 2019 em relação ao ano de 2010. 
Figura 2. Taxa de Mortalidade Infantil, Piauí 2000, 2010 e 2019.
Fonte: SIM/SINASC/DATASUS.
Outro indicador que tem como fonte de dados o SIM e o 
SINASC é a razão de morte materna. A morte materna é definida 
como “a morte de uma mulher durante a gestação ou até 42 dias 
após o término da gestação, independentemente da duração 
ou da localização da gravidez, devido a qualquer outra causa 
relacionada ou agravada pela gravidez ou por medidas em relação 
a ela, porém não devida a causas acidentais ou incidentais” (CID 
10, 2010). 
Razão de Morte Materna
Nº de óbitos de mulheres residentes por causas e
 condições consideradas de morte materna 
 Número de nascidos vivos de mães residentes
x 100.000 NV
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Razão de Morte Materna
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Por fim, outro indicador extraído do SIM é a mortalidade 
proporcional segundo causas, é expressa em percentual e 
permite medir a proporção de óbitos por uma determinada 
causa, ou grupo de causas, em relação ao total de óbitos, de uma 
determinada área e períodos definidos. 
A tabela 4 apresenta as dez primeiras causas de 
mortalidade proporcional e taxa bruta especifica de mortalidade, 
segundo sexo, no Piauí em 2019. Os dados apontam que a 
primeira causa de morte em ambos os sexos são as doenças do 
aparelho circulatório, 29,9% para o sexo masculino e 32,9% para 
o sexo feminino. Enquanto que a segunda causa em homens 
são causas externas (16,2%) e nas mulheres são as neoplasias 
(16,3%). No entanto, a taxa especifica de mortalidade mostra 
que o risco de morte é maior no sexo masculino: nas doenças 
do aparelho circulatório (215,1 óbitos/100mil habitantes) e no 
sexo feminino (175,5 óbitos/100mil habitantes). O risco aumenta 
ainda mais no sexo masculino nas causas externas (116,4/
óbitos/100mil habitantes) enquanto que no feminino é apenas 
de 23,6/óbitos/100mil habitantes. Ressalte-se ainda que nessas 
taxas específicas de mortalidade, o sexo feminino apresenta 
taxa superior em relação ao masculino somente nas doenças 
endócrinas nutricionais e metabólicas. 
Mortalidade Proporcional por Causas e Sexo
Número de óbitos de residentes por determinada causa e sexo no período 
 Total de óbitos no período
Taxa de Mortalidade Específica por Causas e sexo
Número de óbitos de residentes por determinada causa no período 
 População total por sexo no período
 = 81,46 óbitos/100.000NV
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Tabela 4. Óbitos segundo a Classificação Internacional de 
Doenças (CID – 10a revisão) mortalidade proporcional e taxa de 
mortalidade (por 100.000 habitantes), por Sexo. Piauí, 2019.
Fonte: SIM/DATASUS/IBGE.
Na figura 3, encontram-se distribuídas as dez primeiras causas 
de mortalidade em ambos os sexos no Piauí em 2019. Deste total, 
o maior peso são asdoenças do aparelho circulatório, com 31,2%, 
seguida das neoplasias (14,3%) e aparelho respiratório (11,6%). As 
causas externas passam a ocupar a quarta posição (11,0%).
Figura 3. Distribuição Proporcional das Principais Causas de 
Morte. Piauí, 2019.
Fonte: SIM/DATASUS.
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Quanto ao sexo e faixa etária, a Figura 4 aponta crescimento 
acentuado no sexo feminino a partir dos 70 anos. No sexo masculino 
a mortalidade proporcional na faixa etária a partir dos 10 anos até 
69 anos é discretamente mais elevada em relação ao feminino. 
Figura 4. Mortalidade Proporcional, segundo Sexo e Faixa Etária. 
Piauí, 2019(*).
Fonte: SIM/DATASUS.
2.2.3 Indicadores de Morbidade
Os indicadores de morbidade apresentam o 
comportamento da ocorrência das doenças e agravos ocorridos 
em uma população de determinado espaço geográfico. Incidência 
da Sífilis congênita, taxa de incidência da Aids, taxa de incidência 
da dengue, taxa de incidência da leishmaniose visceral, taxa de 
incidência das doenças relacionadas ao trabalho, etc.
A seguir serão apresentados dados de incidência de alguns 
agravos do Piauí e Brasil: 
A figura 5 apresenta taxa de incidência de Aids no Piauí 
e no Brasil, de 2014 a 2018. Pode-se verificar uma tendência de 
redução dessa taxa tanto no Piauí como no Brasil, ao longo do 
período estudado.
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Figura 5. Taxa de Incidência da Aids (por 100 mil habitantes). 
Piauí e Brasil, 2014 a 2018. 
 
Fonte: SAGE/MS.
A taxa de detecção da hanseníase estima o risco de 
ocorrência de casos novos de hanseníase, em qualquer de suas 
formas clínicas, indicando exposição ao bacilo Mycobacterium 
leprae. Vale ressaltar que a detecção de casos está associada à 
capacidade operacional do sistema de vigilância da hanseníase. 
A taxa de detecção do Piauí mostra, em todo período, um valor 
superior ao do Brasil (Figura 6). No entanto, verifica-se uma queda 
de 28,3% no Estado do Piauí quando se compara o ano de 2015 
em relação a 2019. No Brasil, a queda foi de 20,5%. 
A figura 7 mostra a taxa de incidência de leishmaniose 
visceral no Piauí e no Brasil. Os dados apontam que o Piauí 
apresenta uma taxa mais elevada em todo período analisado; 
chama atenção o ano de 2017, com a maior taxa de incidência 
da doença (7,1/100.000 hab.). No entanto, o Estado apresentou 
queda de 30,6%, quando se compara a taxa de 2019 em relação 
a do ano 2105.
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Figura 6. Taxa de detecção de casos novos de Hanseníase (por 
100 mil habitantes). Brasil e Piauí, 2015 a 2019.
Fonte: SAGE/MS.
Figura 7. Taxa de Incidência da Leishmaniose Visceral (por 100 
mil habitantes). Brasil e Piauí, 2015 a 2019.
Fonte: SAGE/MS.
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REFERÊNCIAS 
BONITA, R.; BEAGLEHOLE, R.; KJELLSTRÕM, T. Epidemiologia básica. 
2ª ed. São Paulo: Santos Editora; 2010. 
CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE DOENÇAS (CID 10). CID-10 
Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas 
Relacionados à Saúde. 10ª ed. São Paulo: Organização Mundial de 
Saúde; 2008. 
GOMES E.C.S. Conceitos e ferramentas da epidemiologia. Recife: 
Ed. Universitária da UFPE, 2015. 
MEDRONHO, R. A. Epidemiologia. São Paulo: Atheneu, 2009. 
PEREIRA, M.G. Epidemiologia Teoria e Prática. Rio de Janeiro: 
Editora Guanabara; 2006. 
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CAPÍTULO 3
Os territórios de desenvolvimento e
o fluxo da Rede de Atenção em Saúde 
no Estado do Piauí
Lis Cardoso Marinho Medeiros
O estado Piauí, através da Secretaria de Planejamento 
elaborou um Planejamento Participativo, onde foi consolidada a 
Lei Complementar nº 87, de 22 de agosto de 2007.
Dividiu o estado em 11 territórios de desenvolvimento e 
vinte oito aglomerados de municípios (Figura 8). Essa estratégia 
teve como objetivo o desenvolvimento do estado favorecendo 
assim mais condições de transformar as regiões administrativas 
em territórios de desenvolvimento sustentável para reduzir as 
desigualdades e melhorar a qualidade de vida da população.
Para a saúde, a criação dos territórios de desenvolvimento 
no estado veio contribuir com o processo de regionalização da 
saúde, sempre pretendida pela gestão.
A Regionalização da Saúde do estado do Piauí, proposta 
presente na Constituição de 1988 e estabelecida na Lei 8.080 de 
1990, iniciou-se desde o ano de 2004, quando, à luz das diretrizes 
técnicas das NOAS 2001 e 2002, a Secretaria de estado da Saúde 
do Piauí (SESAPI) construiu o Plano Diretor de Regionalização 
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do Estado do Piauí – PDR/2004. Assim, no PDR/2004 os 
municípios foram agrupados em 06 Macrorregiões de Saúde, 11 
Microrregiões e 44 Módulos Assistenciais. O desenho proposto 
atendia às diretrizes preconizadas nos instrumentos normativos 
vigentes à época (ALVES, 2020).
Em 2017 houve uma reestruturação dos territórios 
e o estado do Piauí ficou organizado em 12 Territórios de 
Desenvolvimento (TDs), que são unidades de planejamento 
da ação governamental, considerando as peculiaridades locais 
e regionais. Então houve um diálogo entre a Secretaria de 
Planejamento do Estado (SEPLAN) e os demais órgãos públicos, 
a Fundação CEPRO acerca de uma proposta da Compatibilização 
dos Territórios de Desenvolvimento e as Diretorias, Gerências e 
Coordenações Regionais da Administração Estadual. 
Figura 8. Territórios de Desenvolvimento Sustentável do Piauí.
Fonte: ALVES (2020).
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Para realização deste estudo, foram consultados os 
seguintes órgãos governamentais: Secretaria de Saúde do Piauí 
(SESAPI), Secretaria de Educação (SEDUC), Secretaria de Fazenda 
(SEFAZ), Departamento Estadual de Trânsito (DETRAN), Secretaria 
de Segurança Pública (SSP), Polícia Militar (PM), Instituto de 
Assistência Técnica e Extensão Rural do Piauí (EMATER) e Agência 
de Defesa Agropecuária do Piauí (ADAPI). Não foi possível 
apresentar os dados relacionados ao Instituto da Assistência à 
Saúde dos Servidores Públicos do Estado do Piauí, considerando 
o momento da reestruturação. 
A regionalização como instância político-administrativa 
consiste numa estratégia de desenvolvimento que se fundamenta 
em características ambientais, vocações produtivas e dinamismo 
das regiões, cujas relações socioeconômicas e culturais se 
estabelecem entre as cidades. O Piauí está divido em quatro (04) 
macrorregiões (Litoral, Meio-norte, Semiárido e Cerrado) onde 
os limites se definem pelas suas características socioambientais 
MAPA 2. Tais regiões estão subdivididas em doze (12) Territórios de 
Desenvolvimento (TDs) e 28 Aglomerados, segundo a Lei atualizada 
de nº 6.967/2017. Conforme o Art.1º, § 2º, da Lei Complementar nº 
87/2007, os TDs são: Espaços socialmente organizados, compostos 
por um conjunto de municípios, caracterizados por uma identidade 
histórica e cultural, patrimônio natural, dinâmica e relações 
econômicas e organização, constituindo as principais unidadesde 
planejamento da ação governamental (PEREIRA, 2017). 
Já os Aglomerados formam um conjunto de municípios de 
um mesmo TD que apresentam características semelhantes e são 
agregados a partir de critérios socioeconômicos, considerando: 
a proximidade geográfica, as relações estabelecidas entre 
eles, o desenvolvimento de atividades produtivas comuns, a 
potencialidade de convergência para eixos econômicos e sociais 
A regionalização como instância político-administrativa consiste 
numa estratégia de desenvolvimento que se fundamenta em 
características ambientais, vocações produtivas e dinamismo 
das regiões, cujas relações socioeconômicas e culturais se 
estabelecem entre as cidades.
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O Piauí está dividido em quatro (04) macrorregiões (Litoral, 
Meio-norte, semiárido e Cerrado) onde os limites se definem 
pelas suas características socioambientais. Tais regiões estão 
subdivididas em doze (12) TDs e 28 Aglomerados, segundo a 
Lei atualizada de nº 6.967/2017. Conforme o Art.1º, § 2º, da Lei 
Complementar nº 87/2007, os TDs são: Espaços socialmente 
organizados, compostos por um conjunto de municípios, 
caracterizados por uma identidade histórica e cultural, patrimônio 
natural, dinâmica e relações econômicas e organização, 
constituindo as principais unidades de planejamento da ação 
governamental. 
A Regionalização da Saúde do estado do Piauí, proposta 
presente na Constituição de 1988 e estabelecida na Lei 8.080 de 
1990, iniciou-se desde o ano de 2004, quando, à luz das diretrizes 
técnicas das NOAS 2001 e 2002, a Secretaria de estado da Saúde 
do Piauí (SESAPI) construiu o Plano Diretor de Regionalização do 
Estado do Piauí – PDR/2004. Assim, no PDR/2004 os municípios 
foram agrupados em 06 Macrorregiões de Saúde, 11 Microrregiões 
e 44 Módulos Assistenciais. O desenho proposto atendia às 
diretrizes preconizadas nos instrumentos normativos vigentes à 
época (ALVES, 2020).
Assim, a Secretaria de Saúde do Estado em acordo com 
essa divisão e com a publicação do Pacto pela Saúde em 2006, 
portanto, atuou como importante indutor para o processo de 
atualização do PDR aprovado em 2004. Cabe ressaltar, no entanto, 
que além das inovações decorrentes do disposto na portaria do 
Pacto pela Saúde/2006, a incorporação das diretrizes do processo 
de Territorialização do Governo do Estado do Piauí, conforme 
definidas pela Secretaria de Planejamento do Estado do Piauí e 
normatizadas por meio da Lei Complementar GE nº 87/2007 
instituindo os 11 TDs, tornou-se condição imprescindível para a 
modelagem de um novo Plano Diretor de Regionalização da Saúde 
do Estado, formal e legalmente atualizado em 2009 (ALVES, 2020).
O advento do Decreto 7.508/2011, ao regulamentar 
alguns dos dispositivos da Lei 8.080/90 dentre os quais, aqueles 
concernentes às relações interfederativas e às responsabilidades 
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legais requeridas das instâncias gestoras do SUS, visando a 
garantia do atendimento às necessidades de saúde cidadão 
enquanto Direito, instituiu como instrumento balizador e 
regulador das obrigações e responsabilidades legais dos entes 
envolvidos, à época, o Contrato Organizativo de Ação Pública de 
Saúde-COAP. Atualmente a proposição de desenvolvimento do 
PRI-Planejamento Regional Integrado fortalece o a necessidade 
de reposicionamento, de revisão e substituição do COAP, por 
outra estratégia/mecanismo de pactuação formal entre os 
Gestores do SUS (ALVES, 2020).
Em 2016 foi publicado Plano Estadual de Saúde do Piauí 
(PES)2016 – 2019 e o Decreto Governamental de Nomeação dos 
Conselheiros de nº 16.435 de 24 de fevereiro de 2018 publicado no 
DOE 25.02.2016. O Plano teve como foco na promoção do acesso 
com qualidade às ações e serviços de saúde e no fortalecimento 
do Sistema Único de Saúde (SUS). Esse Plano contribuirá para o 
planejamento da Secretaria Estadual de Saúde ao contemplar 
ampla discussão técnica e política sobre as prioridades e desafios 
do Estado a participação social, com assegurado o diálogo com 
os municípios por meio da apresentação posterior a ser feita 
junto à Comissão Intergestores Bipartite (CIB). 
Resultado do acúmulo de debates, este Plano é estruturado 
em duas partes. A primeira destaca o resumo das condições de 
saúde da população piauiense, o acesso às ações e serviços e 
questões estratégicas para a gestão do SUS. A segunda aponta 
as diretrizes e metas a serem alcançadas que contribuirão para 
o atingimento do objetivo de aprimoramento do SUS, visando o 
acesso universal, de qualidade, em tempo oportuno contribuindo, 
ainda, para a melhoria das condições de saúde, para a redução 
das iniquidades e para a promoção da qualidade de vida dos 
piauienses (SESAPI, 2016).
Portanto, a proposição de nova modelagem de agregação 
inter-regional no desenho geográfico de PDR-PI, em especial para 
o campo da Saúde, urge ser consolidada enquanto norteadora 
de novas relações, pactos e compromissos a serem firmados pelo 
Estado com os Municípios. 
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Essa Plano Estadual de Saúde do Piauí 2016– 2019 28 
lógicas também se aplicam aos municípios sede de Região de 
Saúde – 11 no total - no que tange ao seu papel como referência 
regional. Esses Municípios devem continuar a oferecer serviços 
e ações de média complexidade ambulatorial e hospitalar, 
historicamente já ofertados, devendo atuar na nova proposta de 
agregação regional PDR/2015 como municípios de referência 
nas Mesorregiões de Saúde. Considerados, além de Teresina, 
como municípios de Referência Macrorregional para a Média 
Complexidade Ambulatorial e Hospitalar, Parnaíba, Picos e Floriano 
(Figura 9), passam a acrescer ao elenco de responsabilidade que 
já possuem, também, aquelas responsabilidades relacionadas a 
oferta de Serviços e Ações de Alta Complexidade Ambulatorial e 
Hospitalar. 
Figura 9. Divisão das Macrorregiões de Saúde.
Fonte: ALVES (2020).
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Dessa forma, passam a atuar como referência 
Macrorregional, uma vez efetivados os investimentos financeiros 
por parte do Estado, necessários a essa atuação. Os demais 
municípios dispondo dos Serviços atualmente implantados 
e em operacionalização, devem atuar como retaguarda e 
suporte à capacidade instalada nos municípios de referência 
macrorregional, visando garantir suficiência do território na oferta 
e realização dos procedimentos de média e alta complexidade 
para ali referenciados e, demandados pela população adscrita na 
figura 10. 
Figura 10. Rede de atenção à saúde do Piauí.
Fonte: SIM/SINASC (2019).
Estudos mostram que, no Brasil, a referência e a contra 
referência regional entre Atenção Básica e rede hospitalar são 
problemáticas. Por exemplo, algumas gestantes não recebem 
atendimento na rede hospitalar, apesar do encaminhamento 
formal pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). Existem, também, 
desvios no fluxo de referência e contra referência estabelecidos, 
já que algumas mulheres buscam por locais de atendimento que 
lhes transmitem maior segurança (BRASIL, 2020). 
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Apesar da ausência de estudos focados em referência 
e contra referência na rede de saúde do Piauí, pelos dados de 
pré-natal e mortalidade materna, vemos que o estado segue 
a tendência nacional e ainda apresenta uma rede deatenção 
fragmentada, sistemas de referência e contra referência pouco 
estruturados e rede pouco resolutiva. A figura 10 apresenta o 
mapa com o componente hospitalar da rede assistencial à saúde 
da mulher por território de saúde e tipo de parto no estado do 
Piauí. Pode-se observar que 10 das 11 regiões de saúde têm 
apenas estrutura de nível de complexidade média (BRASIL, 2020).
REFERÊNCIAS
ALVES, J.M.O.R.; MEDEIROS, L.C.M. Desenvolvimento de um 
software de autocuidado e monitoramento da Gestação de Alto 
Risco: uma estratégia para redução da Mortalidade materna no 
Piauí. Dissertação (Mestrado em Saúde da Mulher)- Universidade 
Federal do Piauí, Teresina, 2020.
BRASIL. Secretaria de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos 
Estratégicos em Saúde Departamento de Ciência e Tecnologia. 
Estratégias para redução da mortalidade materna no estado do 
Piauí. Brasília: Ministério da Saúde; 2020.
PEREIRA, S.L.B.; NASCIMENTO, M.S.R.; SOUSA, J.V. Compatibilização 
entre territórios de desenvolvimento e Instâncias de Gestão 
Regionais. Teresina: Fundação Cepro Biblioteca Pádua Ramos, 2017.
SECRETARIA DE SAÚDE DO PIAUÍ (SESAPI). Plano Estadual de Saúde 
do Piauí 2016 – 2019 Plano Estadual de Saúde do Piauí 2016 – 
2019. Teresina: SESAPI, 2016.
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CAPÍTULO 4 
Os grandes Sistemas de Informações
 em Saúde do Sistema Único de Saúde
Francisca Miriane de Araújo Batista 
Zenira Martins Silva
A Organização Mundial da Saúde (OMS) define Sistema 
de Informação em Saúde (SIS) como um mecanismo de coleta, 
processamento, análise e transmissão da informação necessária 
para planejar, organizar, operar e avaliar os serviços de saúde. 
Conceitualmente, o SIS pode ser entendido como um 
instrumento para adquirir, organizar e analisar dados necessários 
à definição de problemas e de riscos para a saúde, avaliar a 
eficácia, a eficiência e a influência sobre a qual os serviços 
prestados possam ter no estado de saúde da população, além de 
contribuir para a produção de conhecimento acerca da saúde e 
dos assuntos a ela ligados. 
Então, quais os SIS existente atualmente no Brasil? 
Antes de responder propriamente a essa pergunta, 
precisamos saber que os SIS no Brasil são administrados pelo 
Departamento de Informática do SUS (DATASUS) e tem como 
competências:
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I. Fomentar, regulamentar e avaliar as ações de informatização 
do SUS, direcionadas para a manutenção e o desenvolvimento 
do sistema de informações em saúde e dos sistemas internos 
de gestão do Ministério; 
II. Desenvolver, pesquisar e incorporar tecnologias de 
informática que possibilitem a implementação de sistemas 
e a disseminação de informações necessárias às ações de 
saúde, em consonância com as diretrizes da Política Nacional 
de Saúde; 
III. Manter o acervo das bases de dados necessárias ao sistema 
de informações em saúde e aos sistemas internos de gestão 
institucional; 
IV. Assegurar aos gestores do SUS e órgãos congêneres o acesso 
aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo 
Ministério;
V. Definir programas de cooperação técnica com entidades 
de pesquisa e ensino para prospecção e transferência de 
tecnologia e metodologia de informática em saúde, sob a 
coordenação do Secretário-Executivo; 
VI. Apoiar estados, municípios e o Distrito Federal na 
informatização das atividades do SUS (DATASUS, 2010). 
Esse departamento mantém a disposição todos os SIS em 
uso no Brasil, manuais, programas para download, de domínio 
público, devendo ser acessados pelos profissionais da saúde, 
dada a relevância desse conhecimento para o planejamento das 
equipes, quer sejam locais ou não. Nesse ambiente é possível obter 
informações como: Indicadores de Saúde; Assistência à Saúde 
(internação hospitalar, produção ambulatorial, imunização, saúde 
da família, vigilância alimentar e nutricional); Epidemiológica 
e Morbidade (morbidade hospitalar do SUS, doenças de 
notificação, estado nutricional e outros agravos); Rede Assistencial 
(informações do Cadastro Nacional dos Estabelecimentos 
de Saúde- CNES); Estatísticas Vitais (natalidade, mortalidade, 
câncer); Demográficas e Socioeconômicas (população, educação 
e saneamento); Inquéritos e Pesquisas; Saúde Suplementar.
QUER SABER MAIS SOBRE DATASUS, SE LIGA NO LINK!! 
https://datasus.saude.gov.br
https://datasus.saude.gov.br
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Abaixo serão apresentados alguns SIS, tendo em vista a 
maior relevância no campo da Vigilância Epidemiológica.
4.1 SISTEMA DE INFORMAÇÃO SOBRE MORTALIDADE – SIM
O Sistema de Informação Sobre Mortalidade (SIM), é produto 
desenvolvido em 1975 pelo Ministério da Saúde para coletar 
dados sobre mortalidade no país (Figura 11). Possui variáveis 
que permitem, a partir da causa mortis atestada pelo médico, 
construir indicadores e processar análises epidemiológicas que 
contribuam para a eficiência da gestão em saúde.
É um sistema descentralizado à Estados e Municípios sob 
responsabilidade das suas respectivas Secretarias de Saúde, além 
disso é considerado uma importante ferramenta de gestão na 
área da saúde que subsidiam a tomada de decisão em diversas 
áreas da assistência à saúde. No nível federal, sua gestão está 
afeta à Secretaria de Vigilância à Saúde.
Figura 11. Painel Sistema de Informações sobre Mortalidade - SIM.
Fonte: SIM/MS.
Como são coletados os dados que alimentam o SIM?
O documento básico e essencial à coleta de dados 
da mortalidade no Brasil é a Declaração de Óbito (DO) que, 
consequentemente, alimenta o SIM.
A responsabilidade na emissão da DO é do médico, 
conforme prevê o artigo 115 do Código de Ética Médica, Artigo 
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1º da Resolução nº 1779/2005 do Conselho Federal de Medicina 
e a Portaria SVS nº 116/2009. A DO deve ser enviada aos Cartórios 
de Registro Civil para liberação do sepultamento, bem como para 
a tomada de todas as medidas legais em relação à morte.
A DO é impressa e preenchida em três vias pré-numeradas 
sequencialmente. Sua emissão e distribuição para os estados são 
de competência exclusiva do Ministério da Saúde. A distribuição 
para os municípios fica a cargo das Secretarias Estaduais de 
Saúde. Às Secretarias Municipais de Saúde cabe o controle na 
distribuição das DO entre os estabelecimentos de saúde, Institutos 
de Medicina Legal, Serviços de Verificação de Óbitos, Cartórios 
do Registro Civil, profissionais médicos e outras instituições que 
dela façam uso legal e permitido. Compete às Secretarias de 
Saúde (Estado e Municípios) o recolhimento das primeiras vias 
da Declaração de Óbito, junto aos Estabelecimentos de Saúde e 
aos cartórios (Figura 12).
Qual a importância dos dados do SIM para gestão em Saúde?
O SIM funciona como fonte de dados e de informação que 
subsidiam a tomada de decisão em diversas áreas da assistência 
à saúde. Isoladamente ou associado a outras fontes, como por 
exemplo, ao Sistema de Informação Hospitalar, possui um bom 
grau de confiabilidade e permite a formulação de indicadores 
sobre mortalidade geral e específica usados, inclusive, pelo IDB 
(Indicadores e Dados Básicos de Saúde) definidos pela Rede 
Interagencial para a informação em Saúde (RIPSA).
Em relação à Mortalidade Infantil:
1. Taxa de mortalidade infantil;
2. Taxa de mortalidade neonatal precoce;
3. Taxa de mortalidade neonatal tardia;
4. Taxa de mortalidade pós-neonatal;
5. Taxa de mortalidade perinatal.50
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Figura 12. Modelo da Declaração de Óbito.
Fonte: SIM/MS.
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A título de exemplo, lista-se, a seguir, alguns dos indicadores 
específicos de mortalidade que podem ser construídos a partir 
do SIM:
Em relação à Mortalidade Específica:
1. Taxa de mortalidade materna;
2. Taxa de mortalidade proporcional por grupo de causas;
3. Taxa de mortalidade proporcional por causas mal definidas;
4. Taxa de mortalidade proporcional por doenças diarreicas 
agudas em menores de 5 anos;
5. Taxa de mortalidade proporcional por doenças do aparelho 
circulatório;
6. Taxa de mortalidade proporcional por causas externas;
7. Taxa de mortalidade proporcional por neoplasias malignas;
8. Taxa de mortalidade proporcional por acidente de trabalho;
9. Taxa de mortalidade proporcional por diabetes mellitus;
10. Taxa de mortalidade proporcional por cirrose hepática;
11. Taxa de mortalidade proporcional por AIDS;
12. Taxa de mortalidade proporcional por afecções originadas 
do período perinatal.
Na prática: 
Veja agora como a análise dos dados do SIM pode nos dar 
informações preciosas.
Inicialmente, leia a Síntese de Evidência da EVIPNet/
MS: “Síntese de evidências para políticas de saúde : 
estratégias para redução da mortalidade materna no estado 
do Piauí”; artigo dos Cadernos de Saúde Pública, disponível 
no link: https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/06/1096583/
sintesemortalidadematernapiauifinal20maio2020.pdf .
Viu quanta informação para a Saúde Pública o grupo de 
pesquisadoras da Universidade Federal do Piauí obteve com os 
dados do SIM?
QUER SABER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE DADOS DE 
MORTALIDADE ACESSA OS LINK’S: 
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/06/1096583/sintesemortalidadematernapiauifinal20maio2020.pdf
https://docs.bvsalud.org/biblioref/2020/06/1096583/sintesemortalidadematernapiauifinal20maio2020.pdf
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1. Para tabulação On-Line: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/
deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def - Permite aos usuários 
tabular os dados por meio de aplicativo de fácil manejo 
chamado Tabnet;
2. Para Download dos Micro Dados: os micro dados 
estão disponível para Download no endereço: 
h t t p : / / w w w 2 . d a t a s u s . g o v . b r / D ATA S U S / i n d e x .
php?area=0901&item=1&acao=26&pad=31655 ;
3. Para tabulação de dados: para realização de tabulações é 
disponibilizado pelo DATASUS a ferramenta TabWin, para 
download da ferramenta acesse: http://www2.datasus.gov.
br/DATASUS/index.php?area=060805&item=3 ;
4. Painéis: para acesso aos painéis de mortalidade acesse o 
link: http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/
paineis-de-monitoramento/mortalidade/ .
4.2 SISTEMA DE INFORMAÇÕES SOBRE NASCIDOS VIVOS 
(SINASC)
O Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos (SINASC), 
foi implantado oficialmente a partir de 1990, com o objetivo 
de coletar dados sobre os nascimentos informados em todo 
território nacional e fornecer dados sobre natalidade para todos 
os níveis do Sistema de Saúde. O Sistema possibilita a construção 
de indicadores úteis para o planejamento de gestão dos serviços 
de saúde (Figura 13).
Figura 13. Painel Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos.
 
Fonte: SINASC/MS.
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sim/cnv/obt10uf.def
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=26&pad=31655
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=26&pad=31655
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060805&item=3
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060805&item=3
http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/mortalidade/
http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/mortalidade/
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Nas Secretarias Municipais de Saúde (SMS), as Declarações 
de Nascido Vivo - DNV são digitadas, processadas, criticadas e 
consolidadas no SINASC local (Figura 14). Em seguida, os dados 
informados pelos municípios sobre os nascimentos no nível 
local são transferidos à base de dados do nível estadual que os 
agrega e envia-os ao nível federal. O nível federal é responsável 
pelo tratamento da análise dos dados, avaliação e distribuição 
das informações sobre o SINASC, agregando-as por Estado, e 
elaborando relatórios analíticos, painéis de indicadores e outros 
instrumentos estatísticos de informações sobre natalidade que 
são disseminados para todo o país.
Qual a importância dos dados do SINASC para gestão em 
Saúde?
O potencial de dados contidos no SINASC serve para a 
formulação de indicadores epidemiológicos como instrumentos 
estratégicos de suporte ao planejamento das ações, atividades 
e programas voltados à gestão em saúde. O nascimento é um 
dos eventos vitais e seu monitoramento pode contribuir para 
o conhecimento da situação de saúde de uma população e a 
avaliação de políticas e ações de vigilância e atenção à saúde na 
área da saúde materno-infantil.
Na prática: 
Veja agora como a análise dos dados do SINASC pode nos 
dar informações preciosas.
Inicialmente, leia o Boletim Informações em Saúde – BIS 
– “Nascer no Piauí – 2008 a 2015”, elaborado pela Secretária de 
Saúde do Estado, disponível no link: http://www.saude.pi.gov.br/
uploads/document/file/580/BIS-PIAUI-NASCER-PIAUI.pdf .
Viu quanta informação para a Saúde Pública a Secretária 
de Saúde do Estado obteve com os dados do SINSC?
http://www.saude.pi.gov.br/uploads/document/file/580/BIS-PIAUI-NASCER-PIAUI.pdf
http://www.saude.pi.gov.br/uploads/document/file/580/BIS-PIAUI-NASCER-PIAUI.pdf
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Figura 14. Modelo da Declaração de Nascido Vivo.
Fonte: SINASC/MS.
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QUER SABER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE DADOS DE 
NASCIDOS VIVOS ACESSA OS LINK: 
1. Para tabulação On-Line: http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/
deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvuf.def - Permite aos usuários 
tabular os dados por meio de aplicativo de fácil manejo 
chamado Tabnet.
2. Para Download dos Micro Dados: os micro dados estão 
disponível no endereço: 
h t t p : / / w w w 2 . d a t a s u s . g o v . b r / D ATA S U S / i n d e x .
php?area=0901&item=1&acao=28&pad=31655 .
3. Para tabulação de dados: para realização de tabulações é 
disponibilizada pelo DATASUS a ferramenta TabWin. Para 
download da ferramenta acesse: http://www2.datasus.gov.
br/DATASUS/index.php?area=060805&item=3 .
4. Painéis: para acesso aos painéis de natalidade acesse o 
link: http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/
paineis-de-monitoramento/natalidade/ .
4.3 SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVOS DE 
NOTIFICAÇÃO (SINAN)
O SINAN foi implantado no país de forma a gradual, a 
partir de 1993. Atualmente, o sistema está implantado em todo o 
território nacional. No nível nacional, a Secretaria de Vigilância à 
Saúde processa e consolida os dados enviados pelas secretarias 
estaduais de saúde. O sistema tem como objetivo coletar, 
transmitir e disseminar dados gerados rotineiramente pelo sistema 
de vigilância epidemiológica, nas três esferasde governo, para 
apoiar processos de investigação e de análise das informações 
sobre doenças de notificação compulsória (Figura 15). 
Os profissionais da saúde e os responsáveis por 
organizações e estabelecimentos públicos e particulares de 
saúde são obrigados a comunicar aos gestores do SUS a 
ocorrência de casos suspeitos ou confirmados de determinadas 
doenças e agravos. A lista desses agravos/doenças de notificação 
compulsória no país é atualizada e publicada pelo Ministério 
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvuf.def
http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/deftohtm.exe?sinasc/cnv/nvuf.def
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=28&pad=31655
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0901&item=1&acao=28&pad=31655
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060805&item=3
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=060805&item=3
http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/natalidade/
http://svs.aids.gov.br/dantps/centrais-de-conteudos/paineis-de-monitoramento/natalidade/
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da Saúde, mas os estados e municípios podem incluir outros 
problemas de saúde relevantes para as suas regiões.
Figura 15. Versões do SINAN vigentes em Nível Nacional.
Fonte: SINAN/MS.
Como são coletados os dados que alimentam o SINAN?
Há dois documentos básicos, que complementam entre 
si as informações sobre cada caso notificado. O primeiro é a 
ficha individual de notificação (FIN), preenchida pelas unidades 
assistenciais a partir da suspeita clínica da ocorrência de algum 
agravo de notificação compulsória ou outro agravo sob vigilância. 
Em seguida, tem-se a Ficha Individual de Investigação que é um 
roteiro de investigação para que se identifique a fonte de infecção 
e como se deu a transmissão da doença. 
Periodicamente os municípios devem enviar os dados 
aos estados e estes devem repassar ao Ministério. Com essa 
rotina, é possível que o país, a unidade federativa, o município, 
ou até mesmo um bairro, possam conhecer os riscos a que estão 
expostos. As secretarias estaduais ou municipais de saúde são 
responsáveis pela impressão, numeração e distribuição dos 
formulários.
As limitações deste sistema residem, sobretudo, 
na subnotificação de casos por parte dos profissionais e 
estabelecimentos de Saúde, porém a confiabilidade em seus 
dados aumentou muito nos últimos anos.
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Qual a importância dos dados do SINAN para gestão em 
Saúde?
O potencial de dados contidos no SINAN serve conhecer 
os riscos a agravos que estão expostos a população. Por meio 
desses dados, pode-se calcular as taxas de incidência de todas 
as doenças que são de notificação compulsória, e assim servir de 
suporte ao planejamento das ações e de tomada de decisão à 
gestão de saúde.
Na prática: 
Veja agora a Portaria Nº 264, de 17 de fevereiro de 2020 
que traz a Lista Nacional de Notificação Compulsória de doenças, 
agravos e eventos de saúde pública nos serviços de saúde 
públicos e privados em todo o território nacional.
Link: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/
gm/2020/prt0264_19_02_2020.html
QUER SABER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE DADOS DO SINAN 
ACESSA OS LINK: 
1. Para tabulação On-Line: http://www2.datasus.gov.br/
DATASUS/index.php?area=0203&id=29878153 - Permite 
aos usuários tabular os dados por meio de aplicativo de fácil 
manejo chamado Tabnet;
2. Para acessar os modelos das fichas de notificação e 
investigação: http://portalsinan.saude.gov.br/notificacoes
4.4 SISTEMA DE INFORMAÇÃO HOSPITALAR DO SUS – SIH/
SUS
O Sistema de Informação Hospitalar do SUS(SIH/SUS) foi 
criado em 1991 e estendido a todos os hospitais financiados 
pelo Sistema Único de Saúde (hospitais públicos ou privados 
conveniados) com o objetivo de ordenar os pagamentos das 
internações hospitalares e para permitir controle e auditoria 
destas no âmbito do SUS (Figura 16).
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2020/prt0264_19_02_2020.html
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2020/prt0264_19_02_2020.html
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203&id=29878153
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0203&id=29878153
http://portalsinan.saude.gov.br/notificacoes
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O SIH tem como vantagem o fato de abranger um extenso 
número de Unidades de Saúde pertencentes ou credenciadas 
ao SUS. Estima-se que o SIH/SUS reúna informações sobre 60 
a 70% das internações hospitalares realizadas no país, variando 
de acordo com a região. Suas limitações estão, sobretudo, 
relacionadas ao mal preenchimento de algumas fichas e ao fato 
de mudanças na forma de pagamento e financiamento do SUS 
poderem alterar a quantidade e a qualidade das Autorizações de 
Internação Hospitalar (AIHs) preenchidas.
Figura 16. Painel Sistema de Informação Hospitalar do SUS (SIH/
SUS).
Fonte: SIH/MS.
Como são coletados os dados que alimentam o SIS/SUS?
O documento básico do SIH/SUS é a AIH, que habilita 
a internação do paciente e gera valores para pagamento. A 
AIH é preenchida pelo estabelecimento hospitalar e enviada 
mensalmente. O MS disponibiliza dados individualizados (mas 
não identificados) sobre o paciente e a internação, como o 
diagnóstico de internação, os procedimentos realizados e os 
valores pagos para análise e tabulação dos entes.
Qual a importância dos dados do SIS/SUS para gestão em 
Saúde?
Os dados gerados pelo Sistema de Informação Hospitalar 
do SUS possibilitará as análises epidemiológicas sobre morbidade 
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hospitalar. As informações coletadas pela AIH são relativas ao 
paciente (sexo, data de nascimento e endereço residencial) e à 
internação (hospital, data de internação, diagnóstico principal e 
secundário e procedimento solicitado) e assim servir de suporte 
ao planejamento das ações e de tomada de decisão à gestão de 
saúde.
Na prática: 
Veja agora como a análise dos dados do SIH/SUS pode nos 
dar informações preciosas.
Inicialmente, leia o artigo sobre - “Estratégia Saúde da 
Família e internações hospitalares em menores de 5 anos no 
Piauí, Brasil”, elaborado por pesquisadores do Piauí disponível no 
link: https://www.scielo.br/pdf/csp/v28n3/12.pdf
Viu quanta informação para a Saúde Pública obteve com 
os dados do SIH/SUS?
QUER SABER MAIS INFORMAÇÕES SOBRE DADOS DO SIH/SUS 
ACESSA OS LINK: 
1. Para tabulação On-Line: http://www2.datasus.gov.br/
DATASUS/index.php?area=0202&id=11633 - Permite aos 
usuários tabular os dados por meio de aplicativo de fácil 
manejo chamado Tabnet.
4.5. SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA ATENÇÃO BÁSICA - 
SISAB
O Sistema de Informação em Saúde para a Atenção Básica 
(SISAB) foi instituído pela Portaria GM/MS nº 1.412, de 10 de julho 
de 2013, passando a ser o sistema de informação da Atenção 
Básica vigente para fins de financiamento e de adesão aos 
programas e estratégias da Política Nacional de Atenção Básica, 
substituindo o Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB).
https://www.scielo.br/pdf/csp/v28n3/12.pdf
http://www2.datasus.gov.br/DATASUS/index.php?area=0202&id=11633
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O SISAB integra a estratégia

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