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ANATOMIA Coluna vertebral A coluna vertebral é uma estrutura que pertence ao esqueleto axial e que se encontra na parte posterior do corpo coincidindo com a linha média (linha Imaginária que divide o corpo em parte direita e esquerda. É composta por 33 vertebras sendo que estas estão divididas e associadas a regiões do corpo que lhes atribuem um nome: • 7 vertebras cervicais (C1-C7); • 12 torácicas (T1-T12); • 5 lombares (L1-L5); • 5 sagradas (S1-S5); • 4 coccígeas (Cx1-Cx4); As principais funções desempenhadas por esta estrutura são: • Suporte – do peso do corpo, inserção de músculos, distribuição de cargas; • Movimento – regularizando a postura e a locomoção; • Proteção – da medula espinal e dos nervos espinhais; Apresenta curvaturas que podem ser observadas quando visualizada lateralmente. Estas curvaturas podem ser de 2 tipo: • Cifoses (concava anteriormente); • Lordoses (concava posteriormente); O esqueleto adulto apresenta 2 cifoses (torácica e sagrada) e 2 lordoses (cervical e lombar); Pode-se ainda atribuir a designação de primarias e secundárias referente ao seu surgimento, sendo as Cifoses primárias uma vez que surgem num estágio embrionário; as Lordoses são secundárias visto que surgem quando começamos a adotar uma postura bípede; Nota: • As vértebras sacrais encontram-se fundidas e as coccígeas são estruturalmente rudimentares; • As vértebras podem ser verdadeiras/moveis ou falsas/imoveis; ➢ Vertebras As vértebras podem ser típicas ou atípicas. As típicas apresentam: • Corpo vertebral; • Arco vertebral; Corpo vertebral: Consiste num osso esponjoso que é revestido por osso compacto com as superfícies superiores e inferiores aplanadas e rugosas. Este componente encontra-se na região anterior da vertebra e tem como função principal a sustentação do peso do corpo. Os corpos vertebrais ligam-se entre si através de discos e ligamentos intervertebrais. O seu tamanho varia conforme a região do corpo em que se encontra havendo um aumento de tamanho de C2 até L5 e de diâmetro de C2 a S3 uma vez que estas últimas apresentam uma forma mais achatada. Estas variações acontecem devido ao peso que é necessário suportar nas diferentes regiões do corpo. Arco vertebral: É posterior ao corpo vertebral e é composto por dois pedículos, que formam os pilares laterais do arco e que permitem a união do arco com o corpo vertebral, e pelas lâminas (direita e esquerda) que se unem na linha média. Lateralmente surgem as incisuras vertebrais superiores e inferiores que permitem a passagem de nervos e vasos. • Pedículos: São estruturas pequenas e densas, projetam-se para baixo e para trás, da parte superior, posterior e lateral do corpo; As concavidades superiores e inferiores são chamadas incisuras vertebrais; As incisuras de cada contíguo par de ossos formam o buraco intervertebral por onde se projeta a raiz nervosa; • Lâminas: São duas largas placas direcionadas para trás e para dentro a partir dos pedículos; Unem-se na linha média e completam o arco posterior do buraco vertebral; Os bordos superiores e a face anterior são rugosos para a inserção do ligamento amarelo; Os arcos vertebrais, por norma, encontram-se alinhados uns com os outros criando a estrutura a que se dá o nome de canal vertebral, que vai de C1 a S5, e que aloja no seu interior a medula espinhal e componentes a ela associados (vasos sanguíneos, tecido conjuntivo, gordura e nervos). As vértebras apresentam ainda apófises sendo que, por norma, cada vértebra apresenta cerca de 7 apófises: • 1 espinhosa; • 2 transversas; • 4 articulares/zigapófises (2 superiores e 2 inferiores); Apófise espinhosa: é uma projeção posterior que surge da junção das lâminas, direita e esquerda; é um local onde vários músculos e ligamentos se inserem; Apófises transversas: é um processo que se estende póstero-lateralmente a partir da junção do pedículo e lâmina em cada lado; tem como objetivos a fixação de músculos e ligamentos e na região torácica permite a articulação com as costelas; Apófises articulares: são projeções com origem na região de união dos pedículos às lâminas formando os complexos articulares superior e inferior, que se articulam com os processos articulares inferior e superior, respetivamente, das vértebras adjacentes. Como vertebras “atípicas” temos C1, C2, C7, T1, T9, T10, T11, T12, L5, sacrais e coccígeas. C1 ou Atlas - é a vertebra que articula diretamente com cabeça através de facetas superiores, que se articulam com os côndilos occipitais na base do crânio. É considera atípica uma vez que não apresenta um corpo vertebral nem uma apófise espinhosa. C2 ou Axis - apresenta “um dente” (apófise odontoide – orienta-se anteriormente), que encaixa no altas e que serve de eixo de rotação a este. Apresenta ainda uma apófise espinhosa bífida. C7 - possui uma apófise espinhosa não bífida e saliente, bem como apófises transversas muito longas. Pode apresentar ou não buraco transversário. Corpo vertebral apresenta faceta para a 1ª costela. T1 – Tem uma faceta costal circular lateral (inteira) e uma hemifaceta em cada lado do seu corpo. Tem um corpo e um buraco vertebral semelhante às cervicais e uma apófise espinhosa proeminente como C7. T9 – Frequentemente, tem apenas uma hemifaceta de cada lado do corpo vertebral, na parte superior (pois não articula com a 10ª costela). → variável. T10 – Tem uma faceta costal lateral na parte superior de cada lado do corpo vertebral. É, contudo, variável, podendo ter apenas uma hemifaceta (neste caso, T9 terá duas hemifacetas em cada lado). T11 – Tem uma faceta costal lateral na parte superior de cada lado do corpo vertebral, sendo que esta se projeta para o pedículo. As apófises transversas são pequenas e não possuem facetas. A apófise espinhosa é triangular (bordo inferior horizontal e superior oblíquo) T12 – Tem o corpo grande, semelhante às lombares. Tem uma faceta costal lateral de cada lado, no centro. A apófise transversa possui 3 tubérculos: superior (homólogo da apófise mamilar), lateral (homólogo da apófise transversa) e inferior (homólogo da apófise acessória). L5 – Tem uma apófise transversa contínua com o pedículo, sendo mais larga e menos comprida. O corpo é o maior e tem uma curvatura que faz o ângulo lumbossagrado. Nota: • De T10 a T12, as facetas costais avançam posteriormente e inferiormente em relação às facetas da vértebra anterior; Vertebras sacrais - são bastante alteradas em comparação com as vertebras uma vez que as 5 vertebras se se encontram fundidas num único osso, o sacro, que tem uma forma triangular com o ápice apontado para baixo sendo ainda curvo o que lhe proporciona uma superfície anterior côncava e uma superfície posterior convexa correspondente. Vertebras coccígeas - formam também um pequeno osso, cóccix, de forma triangular que se articula com a extremidade inferior do sacro. É fortemente característico pelo seu tamanho reduzido e pela ausência de arcos vertebrais e, portanto, de canal vertebral. ➢ Articulações Sacroiliacas: Articulações sinoviais entre o sacro e o ilíaco, sendo que se ligam pelas faces auriculares, que são irregulares (o que confere maior poder de fixação) e estão cobertas por cartilagem hialina. Existe uma cápsula articular fibrosa em cada articulação. Esta articulação está preparada para suportar o peso do corpo e transmiti-lo para o fémur ou para as tuberosidades isquiáticas. Os seus ligamentos impedem o movimento excessivo do sacro. Ligamentos: o Ligamento Sacroilíaco Anterior – Forma a parte anterior da cápsula articular. o Ligamento Sacroilíaco Interósseo (Sindesmose Sacroilíaca) – Une as faces irregulares superiores, postero-superiormente à articulação. É a maior sindesmose do corpo humano. o Ligamento SacroilíacoPosterior – Parte posterior da cápsula articular, cobrindo o ligamento interósseo. Tem duas porções, uma superior (com fibras mais curtas) e uma inferior (com fibras mais longas). Fixa-se na espinha ilíaca póstero-superior. o Ligamento Sacroespinhoso – É fino e triangular, ligando as margens laterais do sacro e do cóccix à espinha isquiática. o Ligamento Sacrotuberoso – Liga a tuberosidade isquiática à região lateral do sacro e à espinha ilíaca postero-superior, sendo contínuo com o sacroilíaco posterior longo. Termina num ligamento falciforme, cujos feixes se fixam na parte anterior do ramo do ísquio. o Ligamento Iliolombar – Conecta a apófise transversa de L5 ao osso ilíaco por duas bandas que se fixam à crista ilíaca e ao bordo posterior da fossa ilíaca. o Ligamento Lombossagrado – Conecta a apófise transversa de L5 ao bordo posterior da fossa ilíaca. ➢ Articulação Sacrococcígea Articulação cartilagínea secundária entre o sacro e o cóccix, contendo um disco intervertebral. Ligamentos: o Ligamentos Sacrococcígeos Anterior e Posterior – Bandas que reforçam a articulação, semelhantes aos ligamentos longitudinais nas vértebras. O ligamento sacrococcígeo posterior têm duas porções: uma profunda (adjacente aos corpos das vértebras) e uma superficial (dos corpos para o hiato sagrado, fechando assim o canal sagrado). Nota: • Os ligamentos sacroespinhoso e sacrotuberoso transformam as incisuras isquiáticas maior e menor em, respetivamente, buracos isquiáticos maior e menor. o Ligamento Sacrococcígeo Lateral – Entre o hiato sagrado e as apófises transversas do cóccix. ➢ Articulações Lombossagradas Articulação intervertebral que une L5 ao sacro. Contém um disco lombossagrado (que é o maior no corpo humano) entre os corpos e articulações zigapofisárias entre as apófises articulares. São estabilizadas pelos ligamentos iliolombares e lombossagrados. A base do sacro dirige-se postero-medialmente, prevenindo o deslizamento anterior de L5. O ângulo lombossagrado é de, aproximadamente, 130o e deve-se à diferença na espessura anterior e posterior do disco intervertebral. ➢ Articulações da Coluna Vertebral com a Cabeça: Existem 2 articulações entre a cabeça (osso occipital) e 1 entre o atlas e o axis: • Articulações Atlanto-Occipitais; • Articulações Atlanto-Axiais; • Articulações Áxis-Occipital; Articulações Atlanto-Occipitais – ocorre entre o atlas e o osso occipital. Existem duas articulações sinoviais do tipo elipsoide (biaxiais), entre os côndilos e as massas laterais do atlas. Esta articulação permite que a cabeça balance para cima e para baixo na coluna vertebral. • Orientação da Articulação – As facetas dos côndilos (convexas) estão orientadas inferior e lateralmente, enquanto as facetas superiores das massas laterais do atlas estão orientadas superior e medialmente. • Cápsulas Articulares – Revestem as articulações sinoviais e são mais espessas posteriormente e lateralmente. • Ligamentos: o Ligamento atlanto occipital anterior: liga o arco anterior do atlas ao bordo anterior do buraco magno, sendo fortalecida medialmente pela corda mediana – ligamento longitudinal anterior; o Ligamento atlanto occipital posterior: liga o arco posterior do atlas ao bordo posterior do buraco magno, sendo que lateralmente se funde com as cápsulas das articulações. o Ligamento atlanto lateral (2) Articulações Áxis-Occipital - Entre o áxis e o occipital. Não existem estruturas ósseas que articulam diretamente, mas existem vários ligamentos e membranas. • Membranas: o Membrana Tectoria – Continuação do ligamento longitudinal posterior (dentro do canal vertebral, na sua parte anterior), desde o áxis até o bordo anterior do buraco magno. É superficial ao ligamento cruciforme. • Ligamentos: o Ligamentos Alares – São espessos e vão desde o ápice do dente até à zona medial dos côndilos occipitais. Têm orientação superior e lateral. Limitam a rotação da cabeça. o Ligamento Apical do Dente – Ocorre desse o ápice do dente até à margem anterior do buraco magno. Está contido no plano mediano, passando entre os ligamentos alares. Articulações Atlanto-Axiais (laterais e mediana) – Entre o atlas e o áxis. Existem 3 articulações sinoviais: duas entre as massas laterais do atlas e as apófises articulares superiores do áxis (que suportam o peso da cabeça), e uma entre o dente do áxis e o arco anterior do atlas (que permite a rotação, sendo que o dente funciona como um pivot). As faces articulares são planas e as cápsulas são finas. O corpo vertebral do áxis liga-se ao arco anterior do atlas pelo ligamento longitudinal anterior. • Ligamentos: o Ligamento Transverso do Atlas – Fixa-se a cada uma das massas laterais do atlas e atravessa o buraco vertebral, passando posteriormente ao dente do áxis. Este ligamento tem alguns filamentos: ▪ Fasciculos longitudinais superiores - filamentos deste ligamento dirigem-se superiormente; ▪ Fasciculos longitudinais inferiores - filamentos deste ligamento dirigem-se inferiormente; ➢ Articulações intrínsecas: Os tipos de articulações principais entre as vertebras são: • Sínfises intervertebrais; • Articulações zigapofisárias; Por norma uma vértebra típica tem um total de seis articulações com as vértebras adjacentes sendo quatro articulações sinoviais (duas acima e duas abaixo) e duas sínfises (uma acima e uma abaixo). As sínfises vão do áxis até ao sacro e são formadas por uma camada de cartilagem hialina em cada corpo vertebral e um disco intervertebral, que se localiza entre as camadas aderindo a estas. • Os discos intervertebrais são constituídos por um anel fibroso (fibrocartilagem no interior e colagénio no exterior) na periferia e um núcleo polposo (gelatinoso) no centro. • Tem função: o Núcleo pulposo: ▪ Mecanismo de absorção de choques; ▪ Equilíbrio das tensões; ▪ Promove a troca de líquidos entre os discos e os capilares das vértebras; ▪ Integra o eixo de movimento entre 2 vértebras adjacentes. o Anel fibroso: ▪ Promove a estabilidade e união dos corpos vertebrais; ▪ Permite o movimento entre os corpos devido á posição espiral das suas fibras; ▪ Suporta o núcleo pulposo; ▪ È um mecanismo de absorção de choques; Nota: • A estrutura resultante (deste ligamento e fascículos) é o ligamento cruciforme. Já as articulações zigapofisárias existem entre as apófises articulares inferiores de uma vértebra e as apófises articulares superiores da vértebra seguinte. São articulações sinoviais planas, sendo que variam ligeiramente dependendo da região onde se encontram: • Na região cervical estas articulações apresentam uma inclinação inferior ântero-posterior; • Na região torácica, as articulações são orientadas verticalmente; • Nas regiões lombares, as superfícies articulares são curvas e os processos adjacentes interligam-se. As facetas são revestidas por cartilagem hialina e a cápsula é fina e solta ❖ Ligamentos da Coluna Vertebral As articulações entre as vértebras são reforçadas e apoiadas por numerosos ligamentos, que passam entre os corpos vertebrais e interconectam os componentes dos arcos vertebrais. Existem ligamentos que são responsáveis pela estabilização. Estes são longitudinais e estão presentes nos corpos vertebrais: - Ligamento longitudinal anterior: • é anterior aos corpos vertebrais; • + estreito na região torácica; • estende-se do crânio até ao sacro, sendo que superiormente se fixa à base do crânio e inferiormente se fixa a superfície anterior do sacro; • fixa-se nos discos intervertebrais e nos corpos vertebrais (é + laxo no corpo das vertebras); - Ligamento longitudinal posterior: • é posterior aos corpos vertebrais e anterior ao canal vertebral; • estende-se doáxis ao sacro; • tem uma espessura uniforme nas vertebras cervicais torácicas superiores; já nas torácicas inferiores e lombares é denticulado, sendo + largo nos discos e estreito nos corpos; • é continuo superiormente com a membrana torácica; Existem ainda ligamentos acessórios que se encontram nos arcos vertebrais e que tem como principal função prevenir a hiperflexão da coluna: - Ligamentos amarelos (ligamentum Flavum): • consistem num tecido elástico (permitindo a distensão durante a flexão) e amarelo; • revestem a face posterior do canal vertebral (unem a face anterior de uma lâmina à face posterior da lâmina adjacente); - Ligamentos interespinhosos: • encontram-se emtre as apófises espinhosas de duas vertebras adjacentes; • fundem-se com o ligamento amarelo anteriormente e com o supraespinhoso posteriormente; - Ligamento supraespinhoso: • conecta-se e passa ao longo dos tubérculos das apófises espinhosas (de C2 até ao sacro); • posterior os ligamentos interespinhosos; • ligamentos fortes; • de C7 ao crânio ocorre uma distinção/prolongamento deste ligamento a que se dá o nome de ligamento nucal: o ligamento nucal: ligamento triangular e fixa-se nas apófises espinhosas bífidas das vertebras cervicais e nos tubérculos posteriores do atlas e do áxis; sustenta a cabeça e resiste à flexão; - Ligamentos intertransversários: • unem as apófises transversas adjacentes; • são adjacentes aos músculos intertransversários; • são ligamentos fracos; - Ligamentos sacrococcígeos: • unem o sacro ao cócxis; • são 4 – 1 anterior, 2 posteriores e 1 profundo; • adicionalmente, pode haver 2 laterais; ➢ Articulações Costovertebrais Uma costela típica se articula com: • Os corpos das vértebras adjacentes, formando uma articulação com a cabeça da costela (Costocorpóreas); • O processo transverso da sua vértebra relacionada, formando uma articulação costotransversa (Costotransversárias); Costocorpóreas: • Ocorrem entre as cabeças das costelas e os corpos das vertebras torácicas (costelas típicas articulam com duas hemifacetas de vertebras adjacentes – articulação sinovial composta); • Ligamentos: o Ligamentos capsulares - Unem a cabeça das costelas à circunferência articular vertebral (duas hemifacetas e disco intervertebral); o Ligamentos Radiados - Unem a parte anterior da cabeça aos corpos das vértebras e ao disco intervertebral. Têm fibras superiores, intermédias (fixam-se no disco) e inferiores; o Ligamentos Intra-articulares - Unem a crista entre as facetas na cabeça da costela ao disco intervertebral, existindo apenas nas costelas típicas. Na verdade, são extra-sinoviais mas intra-capsulares, pelo que, apesar do nome, não são intra-articulares. Assim, a articulação não é complexa (ao contrário do que afirmao Gray’s); • Movimentos: o Permitem que o colo da costela faça rotação sobre o seu eixo longitudinal (6 costelas superiores) ou ascendam/desçam em relação à coluna vertebral (7a a 10a costelas), o que é essencial na respiração. Costotransversárias: • Articulações sinoviais simples; • Ocorrem entre os tubérculos das costelas e as apófises transversas das vértebras torácicas, • Rodeadas por uma cápsula fina. • Esta articulação está ausente nas duas últimas costelas. • Ligamentos: o Ligamento Costotransversário (Interósseo) – Une a face posterior do colo da costela à face anterior da apófise transversa. o Ligamento Costotransversário Lateral – Une o ápice da apófise transversa à face rugosa e não articular do tubérculo da costela. É lateral à articulação. o Ligamento Costotransversário Superior – Une a face superior do colo da costela à face inferior da apófise transversa da vértebra imediatamente superior. Tem dois folhetos: um anterior (contínuo com a membrana intercostal interna e com a orientação desta) e um posterior (contínuo com os músculos intercostais externos e com a orientação destes). o Ligamento Acessório – É medial ao ligamento costotransversário superior e une uma depressão medial ao tubérculo da costela à apófise articular inferior da vértebra superior. o Ligamento Lombocostal – Une o corpo da 12a costela à apófise transversa de L1. ➢ Movimentos da Coluna Vertebral • Região Cervical – Permite movimento de flexão (antero-posterior e lateral) • Região Torácica – Permite efetuar a rotação. A flexão e a extensão são dificultadas pela posição das apófises espinhosas, pelos ligamentos, pelas costelas e pelos músculos. • Região Lombar – Permite a extensão e a flexão (antero-posterior e lateral). Nota: • As três regiões anteriores permitem combinar movimentos, originando a circundução da coluna ➢ Costelas São constituídas por cabeça, colo, tubérculo e corpo. Cabeça: é um pouco expandida e apresenta, por norma, duas superfícies articulares que são separatas por uma crista; Colo: região plana curta que separa/une a cabeça ao tubérculo; Tubérculo: projeta-se posteriormente e situa-se na junção do colo e do corpo; apresenta uma face articular lisa; Corpo (diáfise): fino, plano e curvo principalmente no ângulo da costela; possui um sulco no bordo inferior para proteger os vasos e nervos; - Bordo inferior: apresenta um sulco inferior (sulco costal) que permite o alojamento da artéria, veia e nervo intercostal; - Ângulo posterior: local onde a costela inicia o seu trajeto antero-lateral; - Cartilagem costal: cartilagem no extremo anterior das costelas verdadeiras unindo- as ao esterno. Nas costelas falsas une-se a cartilagem superior; As costelas podem ainda classificar-se em: * Típicas: 3ª a 9ª costelas * Atípicas: • 1ª costela: mais curta e larga que as outras, e mais plana horizontalmente. Possui uma faceta articular na cabeça; no seu corpo possui superiormente um tubérculo (tubérculo escaleno anterior) e dois sulcos um para a veia subclávia e outro para a artéria subclávia (anteriores ao tubérculo); • 2ª costela: Apresenta uma tuberosidade rugosa para o músculo serrátil anterior na sua região lateral. O seu corpo é mais alongado que a 1ª costela; • 10ª a 12ª: A cabeça apenas se articula com uma vértebra; • 11ª a 12ª: Apenas apresentam cabeça e corpo; ➢ Músculos do dorso Os músculos localizados nas costas podem ser divididos em superficiais, intermédios e profundos. Podemos ainda classificar os mesmos em intrínsecos e extrínsecos (dependendo da sua origem embrionária): • Intrínsecos (desenvolvem-se nas costas): o Camada superficial: ▪ Esplénio da cabeça e esplénio do pescoço; o Camada intermédia: ▪ Eretor da espinha (iliocostal, longuíssimo, espinhal); o Camada profunda: ▪ Músculos transverso-espinhais: • Semi-espinhais; • Multífidus; • Rotadores; • Inter-espinhais; • Intertransversários; • Extrínsecos (desenvolvem-se noutro local): o Trapézio; o Grande dorsal; o Elevador da omoplata, o Romboides (superficiais); o Serreado posterior (intermediário); Os músculos que atuam na mobilização da coluna vertebral podem ser divididos em dois sistemas – sistema muscular local e sistema muscular global – que diferenciam os músculos de acordo com a sua função, características e localização face à coluna vertebral: • Sistema muscular local – controlo vértebra a vértebra, profundos, estabilizadores e tónicos (multífidos e transverso abdominal); • Sistema muscular global – mobilizadores gerais, superficiais, fásicos (eretor da espinha, reto abdominal, oblíquo interno, oblíquo externo e quadrado lombar). Músculo Inserção Proximal Inserção Distal Inervação Ação MÚSCULOS EXTRÍNSECOS Músculos superficiais Trapézio Linha nucal superior; protuberância occipital externa; ligamento nucal; apófises espinhosas C7 a T12 Terço lateral da clavícula; acrômio; espinha da escápula Motor - nervo acessório [XI]; Propriocepção - C3 e C4 Auxilia narotação da escápula durante a abdução do úmero acima da horizontal; fibras superiores – elevar escápula fibras intermediárias – aduzir escápula fibras inferiores - deprimir a escápula Grande dorsal Apófises espinhosas de T7- T12, fáscia toracolombar, crista ilíaca e últimas 3 a 4 costelas Úmero (sulco intertubercular) Nervo torácico (C6- C8) Extensão, adução e rotação medial do úmero Músculos intermedios Elevador da Escápula Apófises transversas de C1- C4 Parte superior do bordo medial da escápula C3-C4 e nervo escapular dorsal (C4, C5) Eleva a escápula Romboides Maior Apófises espinhosas T2-T5 Bordo medial da escápula Nervo dorsal da escapula (C4-C5) Retração da escapula, rotação da mesma para deprimir a cavidade glenoidal; fixação da escápula na parede torácica Menor Ligamento nucal e apófises espinhosas C7-T1 Serrátil posterior Superior Ligamento nucal, apófises espinhosas de C7-T3 Faces superiores da 2ª a 4ª costelas T1-T4 Elevação das costelas Inferior Apófises espinhosas de T11- T12 Faces inferiores da 9ª a 12ª costelas T9-T12 Depressão das costelas MÚSCULOS INTRINSECOS Camada intermédia M ú sc u lo E re to r d a E sp in h a Iliocostal Cervical Seis costelas superiores Apófises transversais das vértebras cervicais médias Ramos dorsais de nervos torácicos Extensão, flexão lateral e rotação da coluna vertebral Iliocostal Torácico Seis costelas inferiores Seis costelas superiores Iliocostal Lombar Sacro, ílio e vértebras lombares Seis costelas inferiores Longuíssimo Cranial Vértebras torácicas superiores e cervicais inferiores Apófise mastoide Ramos dorsais de nervos cervicais Extensão da cabeça Longuíssimo Cervical Vértebras torácicas superiores Apófises transversais das vértebras cervicais superiores Extensão do pescoço Longuíssimo Torácico Costelas e vértebras torácicas inferiores Costelas e apófises transversais das vértebras lombares superiores Ramos dorsais de nervos torácicos e lombares Extensão da coluna vertebral Espinhal Cervical C6 – C7 Apófise espinhosa de C2 – C3 Ramos dorsais de nervos cervicais Extensão do pescoço Espinhal Torácico T11 – L2 Apófise espinhosa das vértebras torácicas médias e superiores Ramos dorsais de nervos torácicos Extensão da coluna vertebral Camada superficial Esplênio da cabeça Metade inferior do ligamento nucal; Apófises espinhosas das vértebras C7-T3 Apófise mastoide, crânio abaixo do terço lateral da linha nucal superior Ramos posteriores dos nervos cervicais médios Bilateralmente: estende a cabeça; Unilateralmente: flexiona lateralmente e gira a face para o mesmo lado Esplênio do pescoço Apófises espinhosas das vértebras T3-T6 Apófises transversas C1- C3 Nervos cervicais ramos inferiores Bilateralmente: estende o pescoço; Unilateralmente: flexiona lateralmente e gira o pescoço para o mesmo lado Camada profunda Semi-espinhais Apófises transversas C4- T12 Apófises espinhosas das regiões cervical e torácica Respetivos nervos espinhais de cada região Estende a cabeça, o pescoço e o tórax e faz rotação dessas estruturas para o lado oposto Multífidos Apófises transversais de T1- T12, apófises articulares de C4-C7 e superfícies posteriores do sacro e do ílio Apófises espinhosas das vértebras superiores Extensão e rotação da coluna vertebral; estabilização da coluna Rotadores Apófises transversas Apófises espinhosas e laminas ou apófise espinhosa superior Estabilização, extensão e rotação da coluna Interespinais Apófise espinhosa Apófise espinhosa imediatamente seguinte Ramos Dorsais dos Nervos espinhais Extensão da coluna; Inclinação homolateral; Intertransversários Apófises transversas abaixo Apófises transversas seguintes á de origem Ramos Dorsais dos Nervos espinhais Extensão da coluna; Inclinação homolateral; ➢ Músculos do Abdómen Músculo Inserção Proximal Inserção Distal Inervação Ação Recto abdominal Sínfise púbica e Crista púbica Apófise xifóide e cartilagens Costais 5-7 Nervos toracóabdominais (ramos anteriores dos últimos 6 nervos torácicos) Flexão do tronco; Compressão e suporte das vísceras abdominais; Estabiliza e controla a inclinação da pelve Transverso abdominal Faces internas das 7a a 12a cartilagens costais; Fáscia toracolombar; Crista ilíaca e terço lateral do ligamento inguinal Linha alba com aponevrose do músculo oblíquo interno; Crista púbica; Linha Pectínea do púbis (via tendão Conjunto) Ramos anteriores dos últimos 6 Nervos torácicos; Primeiros nervos lombares Comprime e sustenta as Vísceras abdominais Oblíquo externo Faces externas das 5ª a 12ª costelas; Linha alba; Tubérculo púbico; Metade anterior da crista ilíaca; 7 nervos torácicos inferiores Comprime as vísceras abdominais; Flexão do tronco; Roda o tronco; Inclina o tronco; Oblíquo Interno Fáscia tóracolombar; 2/3 Anteriores da crista ilíaca; Metade lateral do ligamento inguinal; Margens inferiores das 10ª - 12ª costelas; Linha Alba; Linha Pectínea do púbis (Via tendão Conjunto) Ramos anteriores dos últimos 6 Nervos torácicos; Nervos subcostal ➢ Músculos do pescoço Os músculos do pescoço dividem a região anatómica em diversos trígonos descritivos: • Posterior/Cervical lateral: entre o trapézio e o esternocleidomastóideo; • Anterior: o Submandibular – contem a glândula salivar submandibular; o Submental – localiza-se abaixo do queixo; o Muscular – localiza-se anteriormente no pescoço (abaixo do hioide); o Carótico – contem a artéria carótida; Estes músculos podem classificar-se como infra-hioideos (quando se localizam inferiormente do osso hioide) e supra- hióideos (quando se localizam superiormente ao osso hioide) Músculo Inserção Proximal Inserção Distal Inervação Ação Triangulo anterior (Músculos supra-hióideos e infra-hióideos) Estilo-hióideo Base da apófise estiloide Área lateral do corpo hioide Nervo facial Eleva e retrai o hioide D ig á st ri co Ventre anterior Fossa digástrica da mandíbula Fixação do tendão entre duas barrigas ao corpo do hióide Nervo milo-hióideo, um ramo do nervo alveolar inferior Deprime a mandíbula (Abre a boca) Ventre posterior Incisura do mastoide no lado medial do Apófise mastoide do osso temporal Nervo facial Puxa o osso hióide para cima e para trás Milo-hióideo Linha milo-hióidea da mandíbula Corpo de osso hióide e fibras do músculo no lado oposto Nervo milo-hióideo, um ramo do nervo alveolar inferior do ramo mandibular trigêmeo [V3] Apoio e elevação do assoalho da boca e língua (durante deglutição e fonação); elevação do hióide Genio-hióideo Espinha mental inferior na superfície interna da mandíbula Superfície anterior do corpo do osso hióide Ramo do ramo anterior de C1 (transportado ao longo do nervo hipoglosso [XII]) A mandíbula fixa- eleva e puxa o osso hióide para frente; osso hióide fixo- puxa a mandíbula para baixo e para dentro Esterno-hióideo Aspeto posterior da articulação esternoclavicular e manúbrio adjacente do esterno Corpo do osso hióide, medial à fixação do músculo omo-hióideo Ramos anteriores de C1 a C3 através da ansa cervical Comprime o osso hióide após a deglutição Omo-hióideo Bordo superior da escápula (medial à incisura supraescapular) Bordo inferior do osso hióide imediatamente lateral à fixação do esterno-hióideo Deprime, retrai e fixa o osso hióide Esternotireóideo Face posterior do manúbrio Linha oblíqua na lâmina da cartilagem tireóidea Deprimea laringe (cartilagem tireóidea) após deglutição Tireo-hióideo Linha oblíqua na lâmina da cartilagem tireóidea Corno maior e corpo do osso hióide; cervicais superiores Fibras do ramo anterior de C1 transportadas ao longo do nervo hipoglosso [XII] Deprime o osso hióide, mas quando o osso hióide é fixado, eleva a laringe Triângulo posterior do pescoço E st er n oc le id om a st ói d eo Cabeça esternal Parte superior da superfície anterior do manúbrio do esterno Superfície superior de um terço medial da clavícula Metade lateral da linha nucal superior Superfície lateral da apófise mastoide Nervo acessório [XI] e ramos dos ramos anteriores de C2 a C3 (C4) Individualmente - inclinará a cabeça em direção ao ombro no mesmo lado, girando a cabeça para virar o rosto para o lado oposto; agindo juntos- flexionam o pescoço Cabeça clavicular Trapézio Linha nucal superior; protuberância occipital externa; ligamento nucal; apófises espinhosas C7 a T12 Terço lateral da clavícula; acrômio; espinha da escápula Motor - nervo acessório [XI]; Propriocepção - C3 e C4 Auxilia na rotação da escápula durante a abdução do úmero acima da horizontal; fibras superiores – elevar escápula fibras intermediárias – aduzir escápula fibras inferiores - deprimir a escápula Esplênio da cabeça Metade inferior do ligamento nucal; Apófises espinhosas das vértebras C7-T3 Apófise mastóide, crânio abaixo do terço lateral da linha nucal superior Ramos posteriores dos nervos cervicais médios Bilateralmente: estende a cabeça; Unilateralmente: flexiona lateralmente e gira a face para o mesmo lado Elevador da Escápula Apófises transversas de C1-C4 Parte superior do bordo medial da escápula C3-C4 e nervo escapular dorsal (C4, C5) Eleva a escápula Escaleno posterior Tubérculos posteriores das apófises transversas das vértebras C4-C6 Superfície superior da 2ª costela Ramo anterior de C5-C7 Flexiona o pescoço lateralmente; Elevação da 2ª costela Escaleno médio Tubérculos posteriores das apófises transversas das vértebras C2-C7 Superfície superior da 1ª costela posterior ao sulco para a artéria subclávia Ramo anterior de C3-C7 Flexiona o pescoço lateralmente; Elevação da 1ª costela Escaleno anterior Tubérculos anteriores das apófises transversas das vértebras C3-C6 Tubérculo escaleno e superfície superior da 1ª costela Ramo anterior de C4-C7 Flexiona o pescoço lateralmente; Elevação da 1ª costela ➢ Músculos pré-vertebrais A fáscia pré-vertebral do pescoço envolve vários músculos pré vertebrais localizados anteriormente á coluna vertebral. Estes músculos são responsáveis por postura e suporte da cabeça e pescoço. Músculo Inserção Proximal Inserção Distal Inervação Ação Longo do pescoço Corpos T1-T3 com inserções nos corpos C4-C7 e apófises espinhosas C3- C6 Tubérculo anterior de c1, apófises transversas de C4-C6 e corpos C2-C6 Nervos espinhais C2-C6 Flexiona as vertebras cervicais; permite ligeira rotação Longo da cabeça Tubérculos anteriores das apófises transversas C3-C6 Parte basilar do osso occipital Nervos espinhais C2-C3 Flexiona a cabeça Reto anterior da cabeça Massa lateral de C1 Base do occipital, anteriormente ao côndilo occipital Nervos espinhais C1-C2 Reto lateral da cabeça Apófise transversa de C1 Apófise jugular do osso occipital Flexiona e ajuda a estabilizar a cabeça ➢ Músculos suboccipitais Músculo Inserção Proximal Inserção Distal Inervação Ação Recto Posterior Maior da Cabeça Apófise espinhosa do Áxis Abaixo da linha nucal inferior Nervo Suboccipital (C1) Extensão da cabeça e rotação e inclinação para o mesmo lado; Recto Posterior Menor da Cabeça Tubérculo do arco posterior do Atlas Região inferior da linha nucal inferior Extensão da cabeça; Inclinação e rotação contralateral da cervical; Obliquo Superior da Cabeça Apófise transversa do atlas Osso occipital (Entre a linha nucal superior e inferior) Extensão da Cervical; Inclinação e rotação contralateral da cervical; Obliquo inferior da Cabeça Apófise espinhosa do áxis Apófise transversa do atlas Rotação do atlas (para virar o rosto para o mesmo lado) ➢ Canal vertebral O canal vertebral é o nome da estrutura óssea formada pela continuidade dos forâmens vertebrais das vertebras adjacentes e pelas estruturas moles aí presentes. • Parede anterior: formada pelos corpos vertebrais das vértebras, discos intervertebrais e ligamentos associados. • Paredes laterais e teto: formados pelos arcos vertebrais e ligamentos. Dentro do canal vertebral encontramos a medula espinhal: • A medula espinhal é a parte do SNC nos dois terços superiores do canal vertebral. Tem forma aproximadamente cilíndrica, e é circular a oval em seção transversal com um canal central. • Encontra-se ainda revestida por três membranas de tecido conjuntivo (pia- máter, aracnóide e dura-máter) que tem o nome de meninges. • Pia-máter: ▪ membrana mais interna; ▪ é uma membrana vascular que se encontra intimamente associada à superfície da medula espinhal; • Aracnóide: ▪ É a segunda membrana; ▪ A aracnoide termina no nível da vértebra SII; ▪ Encontra-se separada da pia-máter devido a um espaço estre estas duas meninges, espaço subaracnóide, que contém no seu interior líquido cefalorraquidiano; • Dura-máter: ▪ Constituído por fibras de colagénio orientadas em diferentes direções; (apresenta a menor proporção de fibras de elastina); ▪ Mais espessa e externa do que as outras membranas (sendo mais espessa na região anterior do que na posterior); ▪ Fica diretamente contra a aracnoide, mas não está presa a ela; Nota: • As meninges circundam, protegem e suspendem o cérebro e a medula espinhal dentro da cavidade craniana e do canal vertebral ▪ No canal vertebral, esta é separada do osso circundante por um espaço extradural (epidural) que contem tecido conjuntivo frouxo, gordura e um plexo venoso. ▪ Superiormente, é contínuo com a camada meníngea interna da dura-máter craniana no forame magno do crânio. ▪ É formada por um conjunto de 78 a 82 laminas; A lamina é formada, por sua vez, por 8 a 12 lamínulas; ➢ Nervos espinhais A medula é uma estrutura segmentada logo apresenta segmentos medulares que são regiões da medula espinhal relacionadas com a emergência das raízes anterior e posterior de um nervo espinhal. Existem 31 segmentos medulares (8 cervicais, 12 torácicos, 5 lombares, 5 sagrados, 1 coccígeo). Cada nervo espinhal sai do canal vertebral lateralmente através de um forame intervertebral. Este forame é formado entre os arcos vertebrais adjacentes e está intimamente relacionado às articulações intervertebrais: • As margens superior e inferior são formadas por entalhes nos pedículos adjacentes; • A margem posterior é formada pelas apófises articulares dos arcos vertebrais e a articulação associada; • A borda anterior é formada pelo disco intervertebral entre os corpos vertebrais das vértebras adjacentes; Depois de sair do canal vertebral, cada nervo espinhal se ramifica em (Drake et al., 2020).: • ramo posterior (1) - coletivamente, os pequenos ramos posteriores inervam as costas; • ramo anterior (1) - os ramos anteriores muito maiores inervam a maioria das outras regiões do corpo, exceto a cabeça, que é inervada predominantemente, mas não exclusivamente, pelos nervos cranianos. Devido ao fator abordado anteriormente, de que a velocidade de desenvolvimento da coluna é maior que o da medula, o que acontece é que conforme vamos descendo pela coluna vertebral os nervos espinhais vão-se tornando mais oblíquos sendo que as raízes nervosas acabamtambém por passar no canal vertebral por distâncias cada vez maiores. O nível de origem da medula espinhal, portanto, torna-se cada vez mais dissociado do nível de saída da coluna vertebral. Isso é particularmente evidente para os nervos espinhais lombares e sacrais. Os ramos anteriores formam os principais plexos somáticos (cervical, braquial, lombar e sacral) do corpo. Os principais componentes viscerais do SNP (tronco simpático e plexo pré-vertebral) do corpo também estão associados principalmente aos ramos anteriores dos nervos espinhais. ➢ Plexos (tudo info da sebenta de neuro de medicina) Plexo cervical: Ramos ventrais (ou anteriores) de C1 a C4 e suas comunicações. Situação e relações Ramos superficiais ou cutâneos: • Emergência perto do ponto médio do bordo posterior do músculo esternocleidomastoideu o Ramos ascendentes ▪ Nervo pequeno occipital (C2) ▪ Nervo grande auricular (C2 e C3) ▪ Nervo transverso do pescoço (cervical transverso) (C2 e C3) o Ramos descendentes ▪ Nervos supraclaviculares (C3 e C4) Ramos profundos: o Mediais ▪ Comunicantes - Passam da ansa entre C1 e C2 para os nervos vago e hipoglosso; ▪ Musculares - Para reto lateral da cabeça (C1), reto anterior da cabeça (C1 e C2), longo da cabeça (C1-C3), longo do pescoço (C2-C4); ▪ Raiz inferior da ansa cervical (ansa do hipoglosso) (C2 e C3, com ramos para os músculos infra-hioideus, exceto para o músculo tirohioideu) ▪ Ansa cervical (ansa do hipoglosso) – quando a raiz inferior da ansa cervical se une à raiz superior anterior da artéria carótida comum ▪ Nervo frénico (principalmente de C4, com contribuições de C3 e C5); Ramo pericárdico; Ramos frénico-abdominais o Laterais ▪ Comunicantes (C2-C4) - Podem ligar-se ao nervo espinhal acessório no esternocleidomastóideo, no triângulo posterior ou profundamente ao trapézio; ▪ Musculares - Para o esternocleidomastóideo (C2-C4; fibras propriocetivas), trapézio (C2; fibras propriocetivas), escaleno médio (C3-C4), elevador da omoplata (C3-C4); os ramos para o trapézio cruzam o triângulo posterior do pescoço inferiormente ao nervo acessório (XI par craniano); Nota: • a inervação motora dos músculos trapézio e esternocleidomastóideo é dependente do nervo acessório (XI par craniano) • Plexo braquial: Formado pela união dos ramos anteriores dos 4 nervos cervicais inferiores e a maior parte do primeiro ramo anterior torácico. Localizado no triângulo posterior entre o escaleno médio e o escaleno anterior, superior e posteriormente à artéria subclávia. Formação e relações Raízes: • C5 a T1; • A porção superior de T1 contribui para o Plexo Braquial e a porção inferior constitui os nervos intercostais; • Pode receber contribuições de C4 e T2; Troncos: • Tronco superior: ramos C5 e C6 unem-se no bordo lateral do escaleno médio; • Tronco inferior: ramos C8 e T1 juntam-se atrás do escaleno médio; • Tronco médio: C7; Divisões anteriores e posteriores: • Os três troncos inclinam-se lateralmente e, acima ou atrás da clavícula, bifurcam-se em divisões anterior e posterior; Cordões: • Cordão medial: formada pela divisão anterior do tronco inferior, que desce atrás e depois medial à artéria axilar; • Cordão posterior: formada pelas divisões posteriores dos troncos (superior e depois posterior à artéria axilar); Ramos Supraclaviculares: • Ramos das raízes: o Nervo dorsal da omoplata - Ramo ventral de C5 > escaleno médio > posteriormente ao elevador da omoplata > romboides (maior e menor) o Nervo torácico longo - Raízes de C5-C7 > sai posteriormente ao plexo e anteriormente ao escaleno médio > musc. Serreado anterior; • Ramos dos troncos o Nervo subclávio - Ramos ventrais de C5-C6 > ligado ao nervo frénico > músculo subclávio; o Nervo supraescapular - Fossa supraespinhosa > musc. supraespinhoso > incisura espinho-glenoide > musc. infraespinhoso, articulação grelo- umeral e acromioclavicular; Infraclaviculares • Ramos do cordão lateral: o Nervo peitoral lateral - Maior, mais superior e lateral do que o medial; Ramos C5-C7 > fáscia clavipeitoral > peitoral maior; Envia um ramo para o nervo peitoral medial formando a Ansa dos Peitorais; o Nervo musculocutâneo - Contínuo com o nervo cutâneo lateral do antebraço; Coracobraquial > Bicípite e braquial; o Raiz lateral do nervo mediano; • Ramos do cordão medial: o Nervo peitoral medial - C8-T1 > junta-se a um ramo do nervo peitoral lateral > musc. peitoral menor > musc. peitoral maior; o Nervo cutâneo medial do braço - Exclusivamente sensitivo; O mais pequeno e mais medial; Axila > Pele localizada anteriormente ao epicôndilo medial e sobre o olecrânio > liga-se ao ramo posterior do nervo cutâneo medial do antebraço; o Nervo cutâneo medial do antebraço - C8-T1 > pele que recobre o bicípite quase até ao cotovelo > divide-se em ramos anterior e posterior: ▪ Ramo anterior: inerva a pele até ao pulso; liga-se ao ramo palmar cutâneo do nervo cubital; ▪ Ramo posterior: anterior ao epicôndilo medial; inerva a pele; liga- se ao nervo cutâneo medial do braço, ao cutâneo posterior do antebraço e ao ramo dorsal do cubital; o Nervo cubital - C8-T1 (pode receber fibras do ramo ventral de C7) > axila > septo intermuscular medial > intervalo entre o epicôndilo medial e o olecrânio > lado medial do antebraço > emite um ramo dorsal e depois divide-se em ramos terminais superficial e profundo; ▪ Ramo dorsal: fáscia profunda > divide-se em 2/3 nervos digitais dorsais - 1: Lado medial do mínimo / 2: Lados adjacentes dos dedos mínimo e anelar / 3: Lados adjacentes dos dedos anelar e médio; No dedo mínimo estende-se até à base da falange distal e no anelar até à base da falange média; ▪ Ramo terminal superficial: inerva o palmar curto e a pele palmar medial; Divide-se em 2 nervos digitais palmares: um inerva o lado medial do mínimo e o outro os lados adjacentes do mínimo e do anelar; ▪ Ramo Terminal profundo: abdutor do mínimo e flexor do mínimo > oponente do mínimo > interósseos, 3º e 4º lumbricais > adutor do polegar, 1ºinterósseo palmar, flexor curto do polegar, articulação do pulso; o Raiz medial do nervo mediano • Ramos do cordão posterior: o Nervo subescapular superior (mais pequeno que o inferior) - Trajeto superior e lateral > subescapular; o Nervo toracodorsal - C6-C8 > grande dorsal; o Nervo subescapular inferior (inferior e medial) - Inerva a porção inferior do subescapular e o redondo maior; o Nervo axilar - Cápsula da articulação gleno-umeral > espaço quadrangular > divide-se em ramos anterior e posterior; ▪ Ramo anterior: inerva o deltoide e a pele sobrejacente; ▪ Ramo posterior: nervo para o redondo menor e um nervo cutâneo superior lateral; o Nervo radial (maior ramo do plexo braquial) - C5-T1 > divide-se em ramos musculares e em ramos cutâneos; ▪ Ramos musculares: • Medial: cabeças longa e medial do bicípite; • Posterior: Cabeças medial e lateral do tricípite e ancóneo; • Lateral: Porção lateral do braquial, braquiorradial e o extensor radial longo do carpo; ▪ Ramos cutâneos • Nervo cutâneo lateral inferior: pele da porção lateral da metade inferior do braço • Nervo cutâneo posterior do braço: pele ao longo da superfície posterior do braço • Nervo cutâneo posterior do antebraço: pele ao longo do dorso do antebraço até ao pulso; Dermátomos Originam-se nos nervos espinhais de C5-T1 – inervação sensitiva; Inervação das paredes do tronco Nervos espinhais torácicos • Ramo posterior (ou dorsal) • Ramo anterior (ou ventral) o 1º e 2º nervos intercostais: distribuição à parede torácica e ao membro superior; ▪ O ramo anterior do 1º nervo torácico divide-se numa parte superior (maior) que contribui para o plexo braquial; a parteinferior (menor) torna-se o 1º nervo intercostal ▪ O ramo cutâneo lateral do 2º nervo intercostal – nervo intercostobraquial – emerge da linha médio-axilar, perfura o músculo serreado anterior e distribui-se para a pele e tecido subcutâneo da axila e braço; comunica com o nervo cutâneo medial do braço o 3º – 6º nervos intercostais: distribuição à parede torácica e pleura o 7º – 11º nervos intercostais: distribuição às paredes torácica e abdominal (músculo, peritoneu e pele da parede abdominal –nervos tóraco- abdominais) o Nervo subcostal (T12): distribuição à parede abdominal e região glútea Contribuição de nervos do plexo lombar (ílio- hipogástrico; ílio-inguinal) e plexo sagrado (pudendo, rectal inferior, perineal); • Ramos dos nervos intercostais o Cutâneo lateral (ramos anterior e posterior) – emerge antes do ângulo da costela; vai para a pele da região lateral do tronco o Cutâneo anterior (ramos medial e lateral) o Colateral – emerge antes do ângulo da costela; dirige-se para o bordo da costela que está inferior • Ramos musculares o T1 a T6: músculos intercostais, elevadores das costelas e os serreados posteriores superiores e inferiores o T7 a T11: músculos da parede ântero-lateral do abdómen (reto abdominal, oblíquos interno e externo, transverso do abdómen) o T12: músculos da parede ântero-lateral do abdómen + músculo piramidal Nota: • Os nervos intercostais localizam-se inferiormente aos vasos intercostais no espaço intercostal, entre a pleura parietal e a membrana intercostal posterior e correm inferiormente aos vasos intercostais no sulco da costela correspondente, entre o intercostal interno e o íntimo. Plexo lombar: Proveniente dos ramos anteriores de L1 a L4, com uma contribuição de T12; O plexo lombar forma-se anteriormente às apófises transversas das vértebras lombares e relaciona-se com o músculo psoas-ilíaco; • Anteriormente – nervo genitofemoral; • Lateralmente – nervos ílios-hipogástrico, ílios-inguinai, femoral e cutâneo lateral da coxa; • Medialmente – nervo obturador; Ramos • Nervo ílio-hipogástrico o Comunica com T12 e com o nervo ílio-inguinal; o Pequena contribuição motora: transverso do abdómen e oblíquo interno, incluindo o tendão conjunto; o Fibras sensitivas: transverso do abdómen, oblíquo interno e externo, pele supra-púbica e glútea póstero-lateral; Ramo ventral de L1 > Psoas maior > Face anterior do quadrado lombar > entre o transverso do abdómen e o oblíquo interno > divide-se: Ramo cutâneo lateral: Corre através dos oblíquos acima da crista oblíqua e distribui-se para a pele glútea póstero-lateral; Ramo cutâneo anterior: Corre entre o obliquo interno e o transverso do abdómen e distribui-se para a pele supra-púbica; • Nervo ílio-inguinal o Geralmente é mais pequeno e inferior ao nervo ílio-hipogástrico, o percurso é mais oblíquo; o Fibras motoras: transverso do abdómen, oblíquo interno; o Fibras sensitivas: pele da porção superior e medial da coxa, pele sobre a raiz do pénis e parte anterior do escroto nos homens ou pele que cobre a iminência púbica e os lábios maiores na mulher; Ramo ventral de L1 > bordo lateral do psoas maior > quadrado lombar > ilíaco > perfura o transverso do abdómen > perfura o oblíquo interno > canal inguinal (inferiormente ao canal espermático/ligamento redondo) > anel inguinal superficial Nervos escrotais anteriores (labiais anteriores): Emergem com o cordão espermático no anel inguinal superficial; Nota: • Os ramos ventrais de L2, L3 e L4 vão, por sua vez, dividir-se também em ramos ventrais e ramos dorsais. • Nervo genitofemoral o Fibras motoras: cremáster via ramo genital no homem o Fibras sensitivas: pele do monte púbica e dos lábios maiores nas mulheres ou pele do escroto nos homens via ramo genital; pele da porção superior e anterior da coxa via ramo femoral; Ramos ventrais de L1/L2 > psoas maior > superfície abdominal próximo do seu bordo medial (nível de L3-L4) > divide-se acima do ligamento inguinal Ramo genital: Entra no canal inguinal pelo anel inguinal profundo e encontra-se no cordão espermático no homem; Envolvido no reflexo cremastérico – quando a face medial da coxa é estimulada, ocorre a contração do músculo cremáster e a elevação do testículo; Ramo femoral: Passa posterior ao ligamento inguinal e depois perfura a bainha femoral lateral e fáscia lata; • Nervo femoral o Maior ramo do plexo lombar; o Fibras motoras: ilíaco, pectíneo e músculos do compartimento anterior da coxa; o Fibras sensitivas: pele da face anterior da coxa e face medial da perna; União dos ramos dorsais e ramos ventrais de L2-L4 > parte inferior do bordo lateral do psoas maior > profundamente ao ligamento inguinal e à fáscia ilíaca > coxa > divide-se em anterior e posterior: Divisão anterior: origina os nervos cutâneos femorais medial e intermédio e um ramo motor para o músculo sartório; Divisão posterior: ramo sensitivo – o nervo safeno – e ramos musculares para o quadricípite femoral (ramos musculares e ramos cutâneos anteriores); • Nervo safeno o O mais extenso do corpo; o Fibras sensitivas: pele da parte anterior e medial da perna e do lado medial do tornozelo e do pé até ao nível da articulação metatarsofalângica do hálux; A companha a artéria femoral até à parte inferior do canal adutor > posterior ao sartório até à parte inferomedial do joelho > perfura a fáscia > acompanha a veia safena magna na perna > bordo medial do pé − Contribui para o plexo rotuliano com o ramo infra-rotuliano (+ ramos dos nervos cutâneo lateral, cutâneo femoral medial e cutâneo femoral intermédio); − Localizado anteriormente à rótula; − Inerva a pele e fáscia superficial anteriormente à rótula e a pele das partes mediais da perna até ao bordo medial do pé; − Contribui para o plexo subsartorial com o nervo cutâneo medial da coxa e o ramo anterior do nervo obturador; Relação com a artéria no canal dos adutores: lateral > anterior > medial • Nervo obturador o Fibras motoras: obturador externo, pectíneo e músculos do compartimento medial da coxa; o Fibras sensitivas: pele do aspeto medial da coxa; Bordo medial do psoas maior > inferior e anteriormente na parede lateral da pequena pelve > buraco obturador (posição superior do feixe vasculo-nervoso) > coxa > divide- se Ramo anterior: anterior ao obturador externo e ao adutor curto, posterior ao pectíneo e adutor longo. Participa no plexo subsartorial; Ramo posterior: perfura o obturador externo e vai posteriormente ao adutor curto até ao adutor magno que inerva; Tronco lombossagrado Formado por parte do ramo anterior de L4 e todo o ramo anterior de L5; Plexo sagrado Formado pelos ramos anteriores de S1-S4 e tronco lombossagrado (L4-L5); • S1-S4: os nervos vão sair pelos buracos sagrados pélvicos anterior • S5: surge entre o sacro e o cóccix • Nervo coccígeo: surge inferiormente à apófise transversa rudimentar do cóccix Os nervos que formam o plexo sagrado convergem para o grande buraco ciático e formam duas bandas: − Banda superior: união do tronco lombossagrado com S1, S2 e a maior parte de S3; parece ser contínua com o nervo ciático; − Banda inferior: união de uma pequena parte de S3 com a parte de S4 que pertence ao plexo; parece ser contínua com o nervo pudendo; Está localizado na parede postero-lateral da pelve e relacionado com o músculo piriforme; Ramos Existem ramos diretos do plexo para vários músculos (nervo para o piriforme, para o obturador interno, para o quadrado femoral…) • Nervo glúteo superior o Fibras motoras: glúteo médio, glúteo mínimo e tensor da fáscia lata; o Formado por L4-S1; Buraco ciático maior, superiormente ao piriforme; • Nervo glúteo inferior o Fibras motora: glúteo máximo; o Formado por L5-S2; Buraco ciático maior, inferiormente ao piriforme • Nervo cutâneo posteriorda coxa o Fibras sensitivas: períneo, região glútea e faces posteriores da coxa e perna; o Formado pelas divisões dorsais dos ramos anteriores do 1º e 2º nervos sagrados e das divisões ventrais do 2º e 3º nervos sagrados; Pelve > buraco ciático maior (inferior ao piriforme e medial ao nervo ciático) > perfura a fáscia lata (posterior ao joelho) > face posterior da perna com a veia safena parva Nervo cutâneo perfurante: o Formado por S2 e S3 o Fibras sensitivas: pele sobre a prega glútea o Perfura o ligamento sacrotuberoso e inerva a pele na parte inferior das nádegas • Nervo ciático o Nervo de maior calibre do corpo (±2 cm na origem); o Acompanhado no seu trajeto pelo nervo cutâneo posterior da coxa, dando ramos para os músculos posteriores da coxa e para a articulação coxo- femoral; o Muito suscetível a lesões (compressão no local de emergência, cirurgia ortopédica, hérnias discais, injeções intramusculares mal aplicada…); o Formado pelas divisões dorsais dos ramos ventrais do 4º e 5º nervos lombares e do 1º e 2º nervos sagrados e das divisões ventrais dos ramos anteriores do 4º e 5º nervos lombares e do 1º-3º nervos sagrados; Pelve > buraco ciático maior (inferior ao piriforme) > distalmente entre o trocânter maior e a tuberosidade isquiática > face posterior da coxa > divide-se proximalmente à fossa poplítea (em nervo tibial e em peronial comum) • Nervo tibial o Mais volumoso que o peronial comum; o Formado por L4-S3; o Variação de relação na fossa poplítea (lateral > superficial > no joelho, medial à artéria poplítea); o Fibras motoras: todos os músculos da região posterior da coxa (incluindo parte do adutor magno), com exceção da cabeça curta do bicípite femoral; todos os músculos do compartimento posterior da perna e todos os músculos da planta do pé; o Fibras sensitivas: pele na face posterolateral do terço distal da perna, face lateral do tornozelo, lado lateral do pé e 5ºdedo; Inferior ao arco tendinoso entre as cabeças peronial e tibial do músculo solear > vertical e inferiormente no compartimento posterior da perna na superfície do músculo tibial posterior > posterior ao maléolo tibial (abandona o compartimento posterior) > divide- se profundo ao retináculo dos flexores (em nervos plantar medial e lateral) Ramos cutâneos: ▪ Nervo sural o Inerva a pele da face posterolateral do terço distal da perna, face lateral do tornozelo, lado lateral do pé e 5ºdedo Entre as duas cabeças do gastrocnémio > desce superficial ao corpo do músculo > fáscia profunda (a meio da perna) > recebe o ramo comunicante sural do peronial comum > desce lateral ao tendão calcaneano ▪ Nervo calcaneano medial o Por vezem múltiplo, origem perto do tornozelo; o Inerva pele na parte inferior da perna e planta do pé na sua parte mais posterior; • Nervo plantar medial o Maior nervo sensitivo da planta do pé; o Dá origem ao nervo digital plantar próprio (para lado medial do hálux) e a 3 nervos digitais plantares comuns (1º a 4º); o Fibras motoras: 4 músculos intrínsecos do pé – abdutor do hálux, flexor curto dos dedos, flexor curto do hálux, 1ºlumbrical; o Fibras sensitivas: pele dos 2/3 anteriores da planta do pé e faces adjacentes dos 3,5 dedos mediais; • Nervo plantar lateral o Fibras motoras: todos os músculos intrínsecos do pé (exceto os inervados pelo nervo plantar medial); o Fibras sensitivas: pele no lado lateral dos 2/3 anteriores da planta do pé e faces plantares adjacentes dos 1,5 dedos laterais; Ramo superficial: • Nervo digital plantar próprio (lado lateral do 5ºdedo, flexor curto de dedo mínimo, interósseos entre os 4º e 5º metatarsianos); • Nervo digital plantar comum (pele dos lados adjacentes do 4º e 5º dedos); Ramo profundo • Nervo exclusivamente motor; • Nervo peronial comum o Cerca de metade do calibre do nervo tibial; o Formado por L4-S2; o Fibras motoras: cabeça curta do bicípite femoral no compartimento posterior da coxa; todos os músculos do compartimento anterior e lateral da perna; extensor curto dos dedos no pé (e contribuição para a inervação do 1ºinterósseo dorsal); o Fibras sensitivas: pele na face anterolateral da perna e dorso do pé; Compartimento posterior da coxa ou fossa poplítea > bordo medial do tendão do bicípite femoral > cabeça lateral do gastrocnémio > rodeia o colo do perónio > emite 2 ramos cutâneos e divide-se em nervo peronial superficial e profundo Nervo comunicante sural – comunica com o nervo sural do nervo tibial e inerva a pele da porção postero-lateral da perna; Nervo sural lateral – inerva a pele da porção superior e lateral da perna; • Nervo peronial superficial o Fibras motoras: peronial longo e peronial curto; Compartimento lateral da perna profundo ao peronial longo > no pé divide-se em ramo medial e ramo lateral Ramo medial (maiores dimensões) Ramo lateral Inervam a pele da superfície anterior do tornozelo e do dorso do pé, exceto o espaço entre o hálux e o 2ºdedo (nervo peronial profundo) e lado lateral do 5ºdedo (ramo sural do nervo tibial); • Nervo peronial profundo o Fibras motoras: todos os músculos do compartimento anterior da perna, extensor curto dos dedos, primeiros dois interósseos dorsais; o Fibras sensitivas: pele entre o hálux e o 2ºdedo; Dirige-se inferiormente profundo ao extensor longo dos dedos > face anterior da membrana interóssea > divide-se no tornozelo em ramos terminais medial e lateral Ramos musculares Ramo articular (para articulação do tornozelo) Ramo terminal lateral – cruza o tornozelo profundamente ao extensor curto dos dedos, inervando-o e às articulações do 2º-4º dedos; Ramo terminal medial – corre distalmente sobre o dorso do pé, anastomosa-se com o ramo medial do nervo peronial superficial no 1ºespaço interósseo. Divide- se em dois nervos digitais dorsais que inervam os lados adjacentes de 1º e 2º dedos; • Nervo pudendo o Formado pelas divisões ventrais dos ramos anteriores do 2º-4º nervos sagrados o Fibras motoras: músculos esqueléticos do períneo, incluindo os esfíncteres uretral externo e do ânus e o elevador do Ânus o Fibras sensitivas: maior parte da pele do períneo; pénis e clitóris Pelve > Buraco ciático maior inferior ao piriforme > rodeia a espinha isquiática e o ligamento sacroespinhoso > buraco ciático menor > parede lateral da fossa isquiorretal > dorso do pénis ou clitóris Ramos retais inferiores Nervos perineais Plexo coccígeo Formado pelo pequeno ramo descendente de S4, pelo ramo central de S5 e pelo nervo coccígeo. • Nervo anococcígeo o Perfura o ligamento sacrotuberoso; o Inerva a pele da região do cóccix; Dermátomos
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