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SP 1_ uc1 segunda fase

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SP 1: Vida Líquida Ana Silvia 
 
1- Definir Homeostase e seus mecanismos de regulação e manutenção
 Essencialmente, todos os órgãos e tecidos do corpo realizam funções que ajudam a manter os constituintes do líquido extracelular relativamente estáveis, condição esta chamada homeostase. A maior parte da nossa discussão sobre fisiologia tem como foco os mecanismos pelos quais células, tecidos e órgãos contribuem para a homeostase.
Capacidade do organismo em se manter constante, independente das alterações ocorridas no meio externo
 O sistema circulatório mantém líquidos do ambiente interno continuamente misturados por meio do bombeamento do sangue pelo sistema vascular. Quando o sangue passa através dos capilares, grande parte do seu líquido se difunde e se mistura ao líquido intercelular, o que permite uma troca contínua de substâncias entre as células e o líquido intersticial e entre o líquido intersticial e o sangue.
 O sistema respiratório fornece oxigênio para o corpo e remove o dióxido de carbono.
• O sistema gastrointestinal digere o alimento e facilita a absorção de vários nutrientes, incluindo carboidratos, ácidos graxos e aminoácidos, pelo líquido extracelular.
• O fígado altera a composição química de muitas das substâncias absorvidas para que essas fiquem em formas mais úteis ao corpo e outros tecidos (p. ex., adipócitos, rins, glândulas endócrinas) ajudam a modificar as substâncias absorvidas ou a estocá-las até que elas sejam necessárias.
• O sistema musculoesquelético consiste em músculos, ossos, tendões, articulações, cartilagem e ligamentos. Sem esse sistema, o corpo não poderia se movimentar até o local apropriado para a obtenção de alimentos necessários para a nutrição. Esse sistema também protege os órgãos internos e suporta o corpo.
Os rins excretam a maior parte dos produtos residuais do metabolismo, exceto o dióxido de carbono. Os rins exercem um papel importante na regulação da composição do líquido extracelular através do controle da excreção de sais, água e produtos residuais das reações químicas das células. Por meio do controle dos volumes e composições do líquido corporal, os rins também regulam o volume e a pressão sanguínea.
• O fígado elimina certos produtos residuais produzidos no corpo, assim como substâncias tóxicas que são ingeridas.
O sistema nervoso direciona a atividade do sistema muscular e, portanto, promove a locomoção. Ele também controla a função de muitos órgãos internos pelo sistema nervoso autônomo e isso nos permite sentir o nosso ambiente interno e externo e nos tornarmos seres inteligentes, para que possamos obter condições vantajosas para a nossa sobrevivência.
• Os sistemas hormonais controlam muitas funções metabólicas celulares, como crescimento, taxa metabólica e atividades especiais associadas à reprodução. Os hormônios são secretados na circulação e transportados aos tecidos de todo o corpo para ajudar a regular a função celular.4
O sistema imunológico proporciona ao corpo um mecanismo de defesa que protege o corpo de invasores externos, como bactérias e vírus, aos quais ele está exposto diariamente.
• O sistema tegumentar, que é formado principalmente pela pele, protege o corpo de lesões e os tecidos subjacentes de desidratação, assim como funciona como um sistema de defesa contra invasores externos. A pele também serve para regular a temperatura do corpo.
O corpo humano possui milhares de sistemas de controle que são essenciais para a homeostase. Por exemplo, os sistemas genéticos operam em todas as células para controlar as funções intracelulares e extracelulares. Outros sistemas de controle operam nos órgãos ou em todo o corpo para controlar as interações entre os órgãos.
A regulação das concentrações de oxigênio e de dióxido de carbono no líquido extracelular é um bom exemplo de vários sistemas de controle que operam conjuntamente. Nesse caso, o sistema respiratório opera em conjunto com o sistema nervoso. Quando a concentração sanguínea de dióxido de carbono aumenta acima do normal, o centro respiratório é excitado e faz com que a pessoa respire rápida e profundamente. Essa respiração aumenta a expiração do dióxido de carbono e, assim, o remove do sangue e do líquido extracelular até que a sua concentração retorne ao normal.
2- Identificar a organização do SN, SNC, SNPER, SNVICER E SNSOMATIC.
Os neurônios são a unidade fundamental de funcionamento do sistema nervoso. Normalmente, eles consistem em um corpo celular (soma), vários dendritos e um único axônio. No entanto, existe uma enorme variabilidade na morfologia dos neurônios em diferentes partes do cérebro. Estima-se que o sistema nervoso seja composto por mais de 100 bilhões de neurônios. Grande parte da atividade do sistema nervoso se origina da estimulação de receptores sensoriais, localizados nas terminações distais dos neurônios sensoriais. Sinais seguem pelos nervos periféricos até alcançar a medula espinal e são, então, transmitidos para todo o cérebro. Mensagens sensoriais recebidas são processadas e integradas com informações armazenadas em agrupamentos neuronais, de modo que os sinais resultantes sejam empregados para gerar uma resposta motora apropriada. A divisão motora do sistema nervoso controla uma variedade de atividades corporais, como a contração de músculos lisos e estriados e a secreção das glândulas exócrinas e endócrinas. Somente uma proporção relativamente pequena de entrada sensitiva, recebida pelo cérebro, é realmente utilizada para gerar uma resposta motora imediata. Grande parte da informação sensorial não é relevante, sendo descartada. A entrada sensorial pode ser armazenada sob a forma de memória. As informações armazenadas como memória podem se tornar parte do mecanismo de processamento usado para gerenciar as entradas sensitivas subsequentes. O cérebro compara novas experiências sensoriais com aquelas armazenadas na memória e, desse modo, desenvolve estratégias de sucesso para formar respostas motoras.
O encéfalo e a medula formam o sistema nervoso central. Salvo alguns reflexos do sistema nervoso autônomo, todo o processamento neural acontece no sistema nervoso central. Tanto do encéfalo quanto da medula entram e saem nervos sensoriais, motores e mistos que conectam o sistema nervoso aos mais distantes pontos do corpo. Esses nervos (chamados de cranianos quando provenientes do encéfalo e de espinais quando provenientes da medula) ou carreiam informações para o sistema nervoso (nervos sensoriais) ou en- viam para os músculos e glândulas ordens do SNC (nervos motores); ou realizam ambas as tarefas (nervos mistos), porém por fibras distintas.
Os nervos são feixes de axônios, na maioria das vezes mielinizados. Logo, são condu- tores de potenciais de ação da periferia para o sistema nervoso, e deste para a periferia. Os únicos corpos celulares (núcleos) de neurônios extrínsecos ao SNC estão: (A) nas paredes do tubo digestório, formando o sistema nervoso entérico, o qual tem mais neurônios do que a medula espinal, sendo responsável por produzir os movimentos peristálticos da digestão; (B) nos gânglios do sistema nervoso autônomo (simpático e parassimpático). O sistema nervoso entérico será discutido em mais detalhes no Capítulo 11.
Embora existam divergências de opinião quanto à divisão funcional do sistema nervoso, para fins didáticos prevalece a classificação em sistema nervoso de relação – também chamado de sistema nervoso somático –, o qual se ocupa de nossas relações com o meio ambiente, e sistema nervoso autônomo (SNA), responsável pela regulação neural do meio interno. O SNA divide-se funcional e farmacologicamente em dois subsistemas, o sistema nervoso autônomo simpático (SNAS) e o sistema nervoso autônomo parassimpático (SNAP), os quais têm papéis ora an- tagônicos ora sinérgicos na atividade visceral 
Os sistemas de relação e autônomo estão intrinsecamente associados e seu funcionamento é interdependente. Os estímulos neurais sensoriais dasvísceras são veiculados para o SNC através dos nervos do sistema nervoso somático e também pelo nervo vago, do SNAP. Ou seja, teríamos, na prática, a divisão conforme se vê na Figura 10.9: um sistema nervoso aferente comum e, paralelamente, um sistema nervoso eferente somático (que produz o comportamento voluntário) e um sistema nervoso eferente autônomo (que controla o meio interno)
Sistema nervoso autônomo: 
A maioria dos estados do meio interno é regulada, direta ou indiretamente, pelo hipotála- mo, um conjunto de pequenos núcleos que produzem as motivações para a maior parte dos comportamentos destinados à manutenção do meio interno, como muitos comportamentos apetitivos (a fome e a sede nascem no hipotálamo). Existem núcleos dedicados a detecção e quantificação dos estados internos (níveis de hormônios, íons, água etc.). O hipotálamo ainda reúne informações sobre o meio ambiente que influem diretamente no meio interno.
Sistema nervoso somático: Voluntário/contato com o meio externo
3-Identificar a captação de estí/mulos externos pelo SN, integração com sistema endócrino e a reação interna
O sistema endócrino consiste em diversas glândulas en- dócrinas, além das muitas células secretoras de hormônios presentes nos órgãos que têm outras funções que não so- mente a secreção de hormônios (Fig. 13.1). Ao contrário do sistema nervoso, que controla as atividades do corpo por meio da liberação de neurotransmissores nas sinapses, o sistema endócrino libera hormônios no líquido intersti- cial (líquido que circunda as células) e, a seguir, na corren- te sanguínea. O sangue circulante, em seguida, distribui os hormônios para praticamente todas as células do corpo, e as células que reconhecerem um hormônio específico responderão. O sistema nervoso e o sistema endócrino fre- quentemente trabalham em conjunto. Por exemplo, deter- minadas partes do sistema nervoso estimulam ou inibem a liberação de hormônios pelo sistema endócrino. Em ge- ral, o sistema endócrino atua mais lentamente do que o sistema nervoso, que com frequência produz efeito numa fração de segundo. Além disso, os efeitos dos hormônios prolongam-se até que sejam removidos do sangue. O fí- gado inativa alguns hormônios, e os rins excretam outros na urina.
4- Caracterizar os tipos de sinapses , neurotransmissores, potencial de ação e sinalização intra e inter celular
As Funções do Sistema Nervoso são Baseadas em Interações que Ocorrem Entre Neurônios em Junções Especializadas Chamadas Sinapses
Normalmente, um axônio forma ramos em sua terminação que exibem pequenas regiões dilatadas chamadas terminais sinápticos ou botões sinápticos. O botão sináptico se localiza nas proximidades de uma estrutura adjacente pós-sináptica (um dendrito ou soma). Eles são separados por um espaço estreito (200 a 300 angstroms) chamado fenda sináptica. Os botões sinápticos contêm vesículas sinápticas, as quais contêm uma substância química neurotransmissora. Quando liberada a partir do terminal do axônio a substância transmissora se liga aos receptores do neurônio pós-sináptico e altera a permeabilidade de sua membrana na presença de determinados íons.
As Sinapses Químicas e as Sinapses Elétricas são os Dois Principais Tipos de Sinapses no Cérebro
A grande maioria das sinapses é química. O neurônio pré-sináptico libera uma substância transmissora que se liga aos receptores pós-sinápticos, promovendo uma excitação ou inibição. A transmissão de sinais nas sinapses químicas é “uma via de sentido único” − do terminal pré-sináptico do axônio para o dendrito ou soma pós-sináptico.
O tipo menos comum de sinapse (em mamíferos) é a sinapse eléctrica. Esse tipo de sinapse consiste em uma junção comunicante (gap) que forma os canais de baixa resistência entre neurônios pré e pós-sinápticos. Nessas sinapses, vários íons podem se mover livremente entre os dois neurônios, mediando, assim, a rápida transferência de sinais que pode se propagar por todo o grande agrupamento de neurônios.
Quando um botão sináptico é ativado por um potencial de ação, a substância transmissora é liberada na fenda sináptica, onde se liga a receptores específicos nos dendritos pós-sinápticos ou no corpo do neurônio pós-sináptico, causando uma excitação ou inibição da membrana pós-sináptica.
A Liberação do Neurotransmissor é Dependente de Cálcio (p. 582)
• Quando estimulados por um potencial de ação, os canais de cálcio dependentes de voltagem na membrana pré-sináptica do botão sináptico são abertos e, em seguida, os íons cálcio se movem para o terminal.
• Os íons cálcio facilitam o movimento das vesículas sinápticas nos locais de liberação da membrana pré-sináptica. As vesículas se fundem com a membrana pré-sináptica e liberam a sua substância neurotransmissora na fenda sináptica por meio de exocitose. A quantidade de transmissor liberado é diretamente proporcional à quantidade de cálcio que entra no terminal.
Função de Substâncias Químicas como Neurotransmissores (p. 584)
Mais de 50 substâncias transmissoras distintas foram identificadas. Essas substâncias podem ser divididas em dois grupos: transmissores de pequenas moléculas e peptídeos neuroativos.
Os Transmissores de Pequenas Moléculas de Atuação Rápida Podem Ser Sintetizados e Empacotados em Vesículas no Terminal Sináptico do Axônio
O efeito dos transmissores de pequenas moléculas na membrana pós-sináptica na abertura ou no fechamento de um canal iônico é breve, durando cerca de 1 milissegundo ou até menos. As vesículas sinápticas desses neurotransmissores podem ser recicladas. Elas se fundem com a membrana pré-sináptica e são subsequentemente reabastecidas com a substância transmissora.
A Acetilcolina é um Transmissor de Pequenas Moléculas
A acetilcolina é sintetizada a partir da acetil coenzima A e da colina na presença da enzima colina acetiltransferase. Esta última substância é sintetizada no corpo do neurônio e conduzida até o botão sináptico por meio de mecanismos de transporte axonal. Quando a acetilcolina é liberada a partir das vesículas para a fenda sináptica, ela se liga aos receptores na membrana pós-sináptica. Em milésimos de segundos, ela é clivada em acetato e colina pela enzima acetilcolinesterase, que é abundante na fenda sináptica. Como regra geral, os transmissores de pequenas moléculas são rapidamente inativados, pouco depois de se ligarem ao seu receptor. Neste exemplo, a colina é transportada ativamente de volta para o botão sináptico para a síntese subsequente de acetilcolina adicional.
Os Neuropeptídios formam o Segundo Grupo de agentes transmissores e Normalmente são Sintetizados no Corpo do Neurônio como Componentes Integrantes de Grandes Proteínas
Os neuropeptídios são grandes moléculas que são clivadas no corpo celular e empacotadas em vesículas no aparelho de Golgi, tanto como agente peptidérgico ativo quanto como precursor da substância neuroativa. As vesículas são conduzidas aos terminais do axônio e o transmissor é liberado na fenda sináptica, conforme descrito mais adiante. No entanto, comumente, quantidades menores do peptídio neuroativo são liberadas em comparação com os transmissores de pequenas moléculas e as suas vesículas não parecem ser recicladas. Uma característica especial dos neuropeptídios é a duração prolongada de sua atividade em comparação com os transmissores de pequenas moléculas. Esses peptídios podem alterar a função do canal iônico e modificar o metabolismo celular ou a expressão de genes; essas ações podem ser sustentadas por minutos, horas, dias ou mais tempo.
Na maioria dos casos, os neurônios liberam apenas um agente neurotransmissor. No entanto, em casos raros, uma substância composta por pequena molécula e um neuropeptídio são colocalizados em um único botão sináptico. Ainda existem dúvidas sobre os mecanismos pelos quais o neurônio pode coordenar a utilização das duas substâncias.
NEUROTRANSMISSORES
Os neurotransmissores são substâncias químicas criadas pelo corpo que transmitem sinais (isto é,informações) de um neurônio para o próximo por meio de pontos de contato chamados sinapses. Quando isso acontece, a substância química é liberada pelas vesículas do neurônio pré-sináptico, atravessa o espaço sináptico e atua alterando o potencial de ação no neurônio pós-sináptico.
Serotonina: hormônio da felicidade; tem relação com digestão, influencia no desejo sexual e temperatura corporal.
A dopamina é conhecida como o neurotransmissor do prazer. A dopamina, cuja fórmula química é C6H3 (OH) 2-CH2-CH2-NH2, e sua fórmula molecular C8H11NO2 é freqüentemente mencionada como a causa de sensações prazerosas e da sensação de relaxamento. No entanto, com a dopamina e o resto dos neurotransmissores, acontece algo que impede que essas situações sejam relacionadas a uma função muito específica: elas influenciam em maior ou menor extensão todo o funcionamento do cérebro em geral, em todos os aspectos emocionais, cognitivos e vitais. que são realizadas naquele momento. Isso significa que quando a dopamina ou qualquer outro neurotransmissor está ligado a estados emocionais ou processos mentais concretos, isso ocorre porque a aparência do último está relacionada a um aumento no nível de certos neurotransmissores em algumas áreas do cérebro ligadas a esse estado ou processo. em questão.
a ADRENALINA é o hormônio e o neurotransmissor das situações em que temos que estar alertas e ativados. Dito em outras palavras, a adrenalina nos predispõe a reagir rapidamente e nos prepara para tirar o máximo proveito de nossos músculos quando é necessário
Quando sentimos algum tipo de dor, as ENDORFINAS agem como um analgésico endógeno e nos ajudam a inibir a transmissão da dor ao cérebro. As endorfinas são produzidas por várias sensações, podem ser causadas por dor ou estresse, elas também influenciam nosso apetite, a liberação de hormônios sexuais e até mesmo tem a ver com o fortalecimento do nosso sistema imunológico.
ACETILCOLINA Em relação aos seus efeitos mais importantes, destaca a contração muscular, movimento, processos digestivos e neuroendócrinos, e a ativação de processos cognitivos, como atenção e excitação.
 Potencial de ação: Potencial de ação (PA) é a resposta da célula excitável à flutuação dos potenciais graduados de membrana. Para produzir um PA em uma célula é preciso alcançar um potencial limiar. A resposta do potencial de ação é binária, ou seja, tudo ou nada, 0 ou 1
•	A frequência de disparos do PA está diretamente relacionada com o grau ao qual o limiar é ultrapassado. Respeitados certos limites, quanto mais acima do limiar, maior a frequência de disparos do PA
•	O PA produz uma variação brusca do potencial da membrana celular, levando a uma inversão da polaridade da membrana, a qual é quase instantaneamente revertida
•	O PA tem seis fases: engatilhamento, disparo, despolarização, re- polarização, hiperpolarização pós-potencial (HPP) e restauração
•	Durante as fases de HPP e de restauração, a membrana celular está no chamado período refratário relativo, momento em que é mais difícil acontecer um potencial de ação, devido à hiper- polarização da membrana
	O PA é gerado por um potencial graduado (potencial gerador), que é o resultado da integração de todos os potenciais pós-si- nápticos que chegam a uma célula excitável
•	Codificações de sinais constituem o processo no qual a célula excitável transforma o valor de um potencial graduado em uma salva de PA
•	A propagação do PA é uma reação em cadeia, unidirecional
•	O potencial de ação no músculo cardíaco é diferente do que ocorre em nervos e músculos esqueléticos, pois apresenta mais uma fase, a fase de platô. Nesta fase o potencial da membrana se estabiliza transitoriamente a uma voltagem positiva, muito próxima do ponto máximo de amplitude do potencial de ação
•	Existem tecidos formados por células com automatismo, ou seja, que não precisam de ligante para retirá-las do potencial de repouso para que atinjam o limiar de disparo. 
5- Conceituar Hormônio e seu mecanismo biológico para ocorrência de respostas orgânicas
6- Classificar os tipos de receptores celulares e seus mecanismos de ação
Os receptores ionotrópicos são canais iônicos que se abrem quando se ligam a um neurotransmissor e deixam passar íons para dentro ou para fora do neurônio pós-sináptico. 
Quando um neurotransmissor se liga a um receptor metabotrópico, este libera proteínas chamadas de “proteínas G” no meio intracelular. As proteínas G se ligam a moléculas sinalizadoras – chamadas de segundos mensageiros – que desencadeiam uma sequência de eventos bioquímicos no interior do neurônio pós-sináptico. Essa sequência pode causar diversos fenômenos, como a abertura de canais iônicos, a alteração conformacional (sem a abertura de canais) de proteínas de membrana e de moléculas transportadoras e até alterações na expressão gênica. 
7- Caracterizar o funcionamento HPA e sua relação com estresse e síndrome de burnout
A atividade do eixo HPA é governada pela secreção de HLC e vasopressina (AVP) pelo hipotálamo, os quais, por sua vez, ativam a secreção do hormônio adrenocorticotrópico (ACTH) pela pituitária, que finalmente estimula a secreção de glicocorticóides pelo córtex adrenal.2 Os glicocorticóides, então, interagem com seus receptores em múltiplos tecidos-alvo, incluindo o eixo HPA, onde são responsáveis pela inibição negativa por feedback da secreção do ACTH pela pituitária e do HLC a partir do hipotálamo. Embora os glicocorticóides regulem a função de quase todos os tecidos do corpo, o efeito fisiológico mais conhecido desses hormônios é a regulação do metabolismo energético. Os efeitos antiinflamatórios e imunossupressores dos glicocorticóides são evidentes em doses farmacológicas, ao passo que, fisiologicamente, esses hormônios possuem um importante papel regulatório no sistema imunológico
A hiperatividade do eixo HPA na depressão maior é um dos achados mais consistentes em psiquiatria. Um percentual significativo de pacientes com depressão maior apresenta concentrações aumentadas de cortisol (o glicocorticóide endógeno nos seres humanos) no plasma, na urina e no fluido cerebrospinal (LCR); resposta exagerada de cortisol após estimulação com hormônio adrenocortitrópico (ACTH); e aumento tanto da pituitária como das glândulas adrenais.2,3,6,14-15 Hipertrofia da adrenal tem sido encontrada em pacientes deprimidos e esse achado provavelmente explica porque a resposta do cortisol ao HLC é similar em indivíduos deprimidos e em controles, já que a glândula adrenal aumentada é capaz de compensar a resposta achatada de ACTH ao HLC, geralmente observada em pacientes deprimidos.2 Também foi observado volume pituitário aumentado nesses pacientes, o que pode ser considerado um marcador da ativação excessiva do eixo HPA.16 Em um recente estudo, o primeiro episódio de psicose foi associado ao volume aumentado da pituitária, sugerindo que isso se deva à hiperativação do eixo HPA. Menor volume pituitário em indivíduos com psicose estabelecida pode também ser conseqüência de repetidos episódios de hiperatividade do eixo HPA.
8- Citar os fármacos que agem no SNC e destacar a ação dos sedativos. Riscos do uso excessivo 
Antidepressivos: 
Inibidores da monoamino-oxidase (IMAO)
O efeito farmacológico dos IMAO está relacionado com o aumento da capacidade de armazenamento e liberação dos neurotransmissores 5-HT (serotonina) e NA (noradrenalina) pelos neurônios no SNC.
Antidepressivos tricíclicos (ADT)
Os ADT têm sido utilizados para tratar outras complicações além da depressão, como dor neuropática, enxaqueca, transtorno obsessivo compulsivo, transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, vômitos, insônia, etc. O mecanismo pelo qual os ADT melhoram o quadro depressivo está relacionado ao aumento da concentração da 5-HT e NA nas fendas sinápticas do SNC, já que inibem a recaptação desses neurotransmissores pelos neurônios pré-sinápticos.
Inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS)
Os ISRS, namaioria dos casos são a primeira escolha para no tratamento da depressão maior, principalmente pela melhora na margem de segurança quando se compara com os ADT e IMAO.
Outras indicações também ocorrem para os ISRS, incluindo o tratamento da ansiedade generalizada, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo e desordens alimentares.
Como esses fármacos não bloqueiam os receptores H1, α1-adrenérgico e muscarínicos, os efeitos indesejados são menos intensos e favorecem a adesão do paciente.
Antipsicóticos:
Típicos: mais fortes
Atipicos; mais fracos
Estabilizadores de Humor
Ansiolíticos, sedativos e hipnóticos
A sedação refere-se a uma redução do nível de atividade do paciente, partindo de um estado mínimo, quando o paciente responde a comando verbal e estimulação tátil leve, a um profundo sem resposta a comando verbal.
Os principais fármacos utilizados com esses propósitos são os benzodiazepícos, barbitúricos e compostos “Z”, todos atuando em nível do receptor GABAA.
O ácido γ-aminobutírico (GABA) é o principal neurotransmissor inibitório do SNC, atuando em nível de três receptores, sendo o GABAA o mais abundante.
A ativação desse receptor pelo GABA promove a abertura do poro de um canal para Cl-, induzindo um influxo desse íon para os neurônios com consequente redução da excitabilidade por hiperpolarização da membrana neuronal.
O receptor GABAA é formado por três subunidades diferentes, α, β e γ, sendo que a presença de todas essas subunidades e o subtipo da subunidade α que determinam o perfil de ação dos benzodiazepínicos, barbitúricos e compostos “Z”.

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