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MARIA EDUARDA TEIXEIRA | Antidepressivo 
 
 
 
 
A maioria dos fármacos antidepressivos úteis clinicamente potencializa, 
direta ou indiretamente, as ações da norepinefrina e/ou da serotonina (5-HT) 
no cérebro. Isso, juntamente com outras evidências, levou à teoria das aminas 
biogênicas, que propõe que a depressão se deve às deficiências das 
monoaminas, como norepinefrina e serotonina, em certos locais-chave do 
cérebro. 
Inibidores seletivos da captação de serotonina 
Os inibidores seletivos da captação de serotonina (ISCSs) são um grupo de 
fármacos antidepressivos que inibem especificamente a captação da 
serotonina, esse contrasta com tricíclicos (adts) e inibidores da captação de 
serotonina e norepinefrina (ICSN – escassa atividade bloqueadora em 
receptores muscarínicos, alfa adrenérgicos e H1- histamínicos). Portanto, os 
efeitos adversos comuns associados aos ADTs, como hipotensão ortostática, 
sedação, xerostomia e visão turva, não são observados comumente com os 
ISCSs. 
Incluem: fluoxetina, citalopram, fluvoxamina, paroxetina e sertralina. 
Os ISCSs bloqueiam a captação de serotonina, levando ao aumento da 
concentração do neurotransmissor na fenda sináptica, precisando de no 
mínimo 2 semanas para produzir melhora significativa. 
Embora se considere que os ISCSs tenham efeitos adversos menos graves do 
que os ADTs e os IMAOs, eles não são isentos de efeitos adversos, como 
cefaleia, sudoração, ansiedade e agitação, efeitos gastrintestinais (GI) 
(náuseas, êmese e diarreia), fraqueza e cansaço, disfunções sexuais, 
alterações de massa corporal, distúrbios do sono (insônia e sonolência). 
 Distúrbios do sono: A paroxetina e a fluvoxamina em geral são mais sedativas do que 
estimulantes e podem ser úteis em pacientes que têm dificuldade em dormir. Por outro 
lado, pacientes que se sentem cansados ou se queixam de sonolência excessiva podem se 
beneficiar de um dos antidepressivos ISCSs mais estimulantes, como a fluoxetina e a 
sertralina. 
 Disfunções sexuais: Disfunções sexuais, incluindo perda de libido, ejaculação retardada e 
anosgarmia, são comuns com os ISCSs. Uma opção para lidar com as disfunções sexuais 
induzidas pelos ISCSs é trocar o antidepressivo por outro com menos efeitos adversos 
sexuais, como a bupropiona ou a mirtazapina. Alternativamente, a dosagem pode ser 
diminuída. 
 Fluoxetina, sertralina e fluvoxamina estão aprovados para uso em crianças no tratamento 
do transtorno obsessivo-compulsivo; fluoxetina e escitalopram estão aprovados para 
tratar a depressão infantil. 
 Doses excessivas de ISCS em geral não causam arritmias cardíacas, com exceção do 
citalopram, que pode causar prolongamento do intervalo QT. Além de poder baixar o 
limiar convulsivo. Bem como, podem causar síndrome serotonínica (hipertemia, rigidez 
muscular, sudorese, mioclonia) 
 
MARIA EDUARDA TEIXEIRA | Antidepressivo 
 A fluoxetina tem o menor risco de causar a síndrome de interrupção ISCS, devido à sua meia-
vida mais longa e ao metabólito ativo. Os possíveis sinais e sintomas da síndrome de interrupção 
de ISCS incluem cefaleia, mal-estar e sintomas de gripe, agitação e irritabilidade, nervosismo e 
alterações no padrão de sono. 
Inibidores da captação de serotonina e norepinefrina (ICNS): 
Venlafaxina, desvenlafaxina, levomilnaciprana e duloxetina inibem a 
captação de serotonina e norepinefrina. 
Podem ser eficazes no tratamento de depressão em pacientes nos quais os 
ISCSs foram ineficazes. Além disso, a depressão com frequência é 
acompanhada de sintomas dolorosos crônicos, como dor lombar e dor 
muscular, contra os quais os ISCSs são relativamente ineficazes. Essas 
dores são, em parte, moduladas por vias de serotonina e norepinefrina no 
sistema nervoso central (SNC). Tanto os ICSNs como os ADTs, com sua 
inibição da captação de serotonina e de norepinefrina, são eficazes 
algumas vezes para aliviar a dor associada com a neuropatia diabética 
periférica, a neuralgia pós-herpética, a fibromialgia e a dor lombar. Os 
ICSNs, ao contrário dos ADTs, têm pouca atividade em receptores 
adrenérgicos α, muscarínicos ou histamínicos e, assim, têm menos efeitos 
adversos mediados por esses receptores do que os ADTs. 
 
 VENLAFAXINA E DESVENLAFAXINA: A venlafaxina é um potente inibidor da captação de 
serotonina e, em dosagens médias e altas, é inibidor da captação de norepinefrina. A venlafaxina 
produz inibição mínima das isoenzimas CYP450 e é substrato da isoenzima CYP2D6. A 
desvenlafaxina é o metabólito ativo, desmetilado da venlafaxina. Os efeitos adversos mais 
comuns da venlafaxina são náuseas, cefaleia, disfunções sexuais, tonturas, insônia, sedação e 
constipação. Em doses elevadas, pode ocorrer aumento da pressão arterial e da frequência 
cardíaca. 
 
 DULOXETINA: A duloxetina inibe a captação de serotonina e norepinefrina em todas as 
dosagens. Ela é extensamente biotransformada no fígado em metabólitos inativos e deve ser 
evitada em pacientes com disfunção hepática. EfA: náuseas, xerostomia e constipação. Insônia, 
tonturas, sonolência, sudoração e disfunção sexual também são observadas. Ela é um inibidor 
moderado da isoenzima CYP2D6. 
 
Antidepressivos tricíclicos (ADTs): 
Os ADTs bloqueiam a captação de norepinefrina e serotonina no neurônio pré-sináptico. 
Os ADTs incluem as aminas terciárias imipramina, amitriptilina, clomipramina, doxepina e 
trimipramina, e as aminas secundárias desipramina e nortriptilina (o metabólito N-desmetilado da 
imipramina e amitriptilina, respectivamente) e protriptilina. Maprotilina e amoxapina são 
antidepressivos “tetracíclicos”. 
Inibição de neurotransmissor: Os ADTs e a amoxapina são inibidores potentes da captação neuronal 
de norepinefrina e serotonina no terminal nervoso pré-sináptico. Maprotilina e desipramina são 
inibidores relativamente seletivos da captação de norepinefrina. 
Bloqueio de receptores: Os ADTs também bloqueiam os receptores serotoninérgicos, α-
adrenérgicos, histamínicos e muscarínicos. Contudo, as ações nesses receptores provavelmente são 
 
MARIA EDUARDA TEIXEIRA | Antidepressivo 
responsáveis por muitos dos seus efeitos adversos. A amoxapina também bloqueia os 
receptores 5-HT2 e dopamina D2. 
Os ADTs, particularmente a amitriptilina, têm sido usados para auxiliar a prevenção da 
enxaqueca e tratar síndromes de dor crônica (p. ex., dor neuropática), em inúmeras 
condições em que a causa da dor é desconhecida. 
O bloqueio dos receptores muscarínicos leva a visão turva, xerostomia, retenção urinária, 
taquicardia sinusal, constipação e agravamento do glaucoma de ângulo fechado. Esses 
fármacos afetam a condução cardíaca e podem causar arritmias que ameaçam a vida em 
situação de dose excessiva. 
Os ADTs também bloqueiam os receptores α-adrenérgicos, causando hipotensão 
ortostática, tonturas e taquicardia reflexa. A imipramina é a mais provável, e a 
nortriptilina é a menos provável, de causar hipotensão ortostática. A sedação pode ser 
significativa, especialmente durante as primeiras semanas do tratamento, e está 
relacionada com a capacidade que esses fármacos têm de bloquear os receptores H1 
histamínicos. O aumento de massa corporal é um dos efeitos adversos dos ADTs. 
Disfunção sexual ocorre em uma minoria de pacientes, e a incidência é menor do que a 
associada com o ISCS. 
 
Inibidores da monoaminoxidase: 
A monoaminoxidase (MAO) é uma enzima mitocondrial encontrada em nervos e outros 
tecidos, como fígado e intestino. No neurônio, a MAO funciona como “válvula de 
segurança”, desaminando oxidativamente e inativando qualquer excesso de 
neurotransmissor (norepinefrina, dopamina e serotonina) que possa vazar das vesículas 
sinápticas quando o neurônio está em repouso. O IMAO pode inativar reversível ou 
irreversivelmente a enzima, permitindo que as moléculas do neurotransmissor fujam da 
degradação e, assim, se acumulem dentro do neurônio pré-sináptico e vazem para o 
espaço sináptico.Os quatro IMAOs disponíveis atualmente para o tratamento da depressão incluem 
fenelzina, tranilcipromina, isocarboxazida e selegilina. (Nota: a selegilina é usada 
também no tratamento da doença de Parkinson) 
Mecanismo de ação: A maioria dos IMAOs, como a fenelzina, forma complexos estáveis 
com a enzima, causando inativação irreversível. Isso resulta em aumento dos estoques de 
norepinefrina, serotonina e dopamina no interior dos neurônios e subsequente difusão do 
excesso de neurotransmissor para a fenda sináptica. Esses fármacos inibem a MAO não 
só no cérebro, mas também no fígado e no intestino, onde catalisam desaminações 
oxidativas de fármacos e substâncias potencialmente tóxicas, como a tiramina, que é encontrada em 
certos alimentos. Por isso, os IMAOs mostram elevada incidência de interações com fármacos e com 
alimentos. 
Embora a MAO esteja completamente inibida após alguns dias de tratamento, a ação antidepressiva 
dos IMAOs, como a dos ISCSs, ICSNs e ADTs, é retardada em várias semanas. A selegilina e a 
tranilcipromina apresentam efeito estimulante tipo anfetamina, o qual pode causar agitação e insônia. 
A regeneração de enzima, quando é inativada irreversivelmente, varia, mas em geral ocorre várias 
semanas depois de terminar a administração do fármaco. Assim, quando houver troca de 
antidepressivos, deve haver um intervalo mínimo de 2 semanas após o fim do tratamento com IMAO 
e o início de outro antidepressivo de qualquer outra classe. Os IMAOs são biotransformados no 
fígado e excretados rapidamente na urina. 
 
MARIA EDUARDA TEIXEIRA | Antidepressivo 
Efeitos adversos: IMAO são incapazes de degradar a tiramina 
presente na dieta. A tiramina causa liberação de grande 
quantidade de catecolaminas armazenadas nos terminais nervosos, 
resultando em “crise hipertensiva” com sinais e sintomas como 
cefaleia occipital, rigidez no pescoço, taquicardia, náuseas, 
hipertensão, arritmias cardíacas, convulsões e possivelmente 
colapso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARIA EDUARDA TEIXEIRA | Antidepressivo 
 
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