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OPA PROJETO DE VIDA_ 3Ano 2Sem (1)

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Prévia do material em texto

1 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 
 
3º ANO 
2º semestre 
PROJETO 
DE 
VIDA 
 
 
 
 
 
2 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 
 
 
Projeto de Vida 
 
 
Redes e competências para o mundo do trabalho 
 
Introdução 
Caro professor, 
O conjunto de orientações e reflexões que estruturam este material foi elaborado para servir de 
alicerce à sua ação como mediador dos encontros de Projeto de Vida do 2º semestre do 3º ano. 
Esse componente curricular tem como objetivo estimular a reflexão dos estudantes acerca de suas 
trajetórias e, em especial, potencializar a formação para a autonomia, o que, na perspectiva da 
educação integral, significa prepará-los para fazer escolhas no presente e para o futuro, na escola 
e na vida. Escolhas apoiadas em quem são (suas identidades e valores) e no que querem ser (seus 
sonhos e aspirações). 
As atividades serão desenvolvidas em encontros semanais com os alunos, abordando temáticas 
diversas, porém sempre conectadas, como a identidade, o cotidiano escolar, a rotina de estudos, o 
mundo do trabalho e os projetos de vida dos jovens. 
Mediar os encontros durante um semestre certamente será um trabalho desafiador. Compreender 
e compartilhar as intencionalidades por trás de cada etapa desse percurso – do planejamento das 
aulas até o último momento avaliativo – é muito importante para que os jovens construam sentido 
para as ações nas quais estarão engajados. Para isso, é fundamental que sua mediação seja 
sempre propositiva, embasada e planejada a partir das orientações desta OPA, que se oferece 
como um guia para que Projeto de Vida seja um componente com potencial transformador para 
você e para seu grupo de orientandos. 
Expediente: 
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente - Ana Maia – Diretora da Área de Educação || Simone André –Gerente Executiva Mônica 
Pellegrini | Rita Carmona | Cynthia Sanches – Gerentes de Projeto - Andreza Adami – Analista de Projetos - Bruna de Sousa Assistente 
Administrativa 
Consultoria em Projeto de Vida: Cynthia Sanches - Paulo Emílio de Castro Andrade - Samuel Andrade 
Elaboração das atividades: Cynthia Sanches - Paulo Emílio de Castro Andrade - Samuel Andrade 
Coordenação de Agentes Técnicos: Alexandra Santos - Francis Wilker - Renata Monaco 
O Projeto de Intervenção é uma adaptação do “Guia de Projetos - Nós e as Redes do Mundo do Trabalho”. 
Instituto Ayrton Senna: Viviane Senna – Presidente - Ana Maia – Diretora da Área de Educação || Simone André –Gerente Executiva Mônica 
Pellegrini | Helena Faro | Cynthia Sanches – Gerentes de Projeto - Andreza Adami – Paula Faria - Analistas de Projetos 
Guia de Projetos - Nós e as Redes do Mundo do Trabalho 
Coordenação - Cynthia Sanches - Helena Faro – Jéssica Kunii - Paulo Emílio de Castro Andrade 
Concepção- Rafaela Lima - Ronei Sampaio– Samuel Andrade – Simone André – Victor Guimarães 
Texto- Paulo Emílio de Castro Andrade – Victor Guimarães 
 Edição e revisão - Lélia Maria Chacon do Amaral Lyra 
Projeto gráfico e diagramação - AMI Comunicação & Design 
 
 
 
 
 
3 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 
 
 
Mapa das atividades 
 
Nome Resumo 
Duração 
prevista 
Página 
 
Atividade 
1 
 
Apresentação do 
semestre 
Apresentação e explicação das atividades que 
compõem o semestre. Introdução à temática das 
redes de trabalho, que definem o eixo do projeto de 
intervenção do semestre. 
 
1 tempos 
 
p. 4 
Atividade 
2 
 
Projeto de 
Intervenção: 
mobilização 
Tem início a primeira etapa do projeto de intervenção, 
em que os jovens se aprofundam na temática das 
redes do mundo do trabalho e formam grupos de 
trabalho de acordo com suas redes de interesse. 
 
5 tempos 
 
p. 9 
 
Atividade 
3 
 
Projeto de 
Intervenção: 
iniciativa 
Nesta etapa do projeto de intervenção, os times 
aprofundam seus conhecimentos sobre as redes do 
mundo do trabalho, de modo que possam definir as 
principais ações de seus projetos e elaborar um 
resumo executivo. 
 
10 
tempos 
 
p. 15 
 
Atividade 
4 
 
Reta final para o 
Enem 
Os alunos fazem um diagnóstico de sua rotina de 
estudos a partir de um cruzamento entre o 
desempenho nos componentes curriculares e a 
preparação para o Enem. 
 
2 tempos 
 
p. 17 
 
Atividade 
5 
 
Projeto de 
Intervenção: 
planejamento 
Os jovens definem os detalhes das ações que 
realizarão no âmbito do projeto de intervenção – 
como cronogramas, responsáveis, ações e produtos 
parciais do processo -, e redigem um documento 
robusto de planejamento. 
 
6 tempos 
 
p. 19 
 
Atividade 
6 
 
Competências e 
mundo do 
trabalho I 
Os jovens elaboram um Currículo de Competências 
no qual avaliam e reconhecem as próprias 
habilidades. 
 
3 tempos 
 
p. 22 
 
Atividade 
7 
 
Competências e 
mundo do 
trabalho II 
A partir da realização de entrevistas, os estudantes 
exploram suas competências para o mundo do 
trabalho. 
 
3 tempos 
 
p. 25 
 
Atividade 
8 
 
Projeto de 
Intervenção: 
execução 
Os times colocam em prática os projetos de 
intervenção construídos ao longo das últimas 
semanas, cuidando para que todas as ações 
propostas sejam executadas, superando os desafios 
encontrados e se avaliando constantemente. 
 
12 
tempos 
 
p. 27 
 
Atividade 
9 
 
Projeto de 
Intervenção: 
avaliação 
Os jovens realizam uma avaliação que engloba todo o 
processo dos últimos meses que culminou na 
realização dos projetos de intervenção. Além disso, 
discutem sobre a possibilidade de perpetuarem, fora 
da escola, as redes e aprendizados desse processo. 
 
4 tempos 
 
p. 29 
 
Atividade 
10 
 
Projeto de 
Intervenção: 
apropriação de 
resultados 
Os jovens são convocados a refletir sobre as 
vivências do processo de realização dos projetos de 
intervenção. Comemoram suas conquistas, 
reconhecem impactos da experiência na própria 
formação e projetam, no futuro, formas de 
apropriação das competências desenvolvidas. 
 
2 tempos 
 
p. 31 
 
Atividade 
11 
 
Constelação de 
um futuro 
possível 
Cada jovem confecciona um álbum representativo de 
suas possibilidades de atuação num futuro próximo, 
nos seguintes contextos: “Mundo do trabalho”, 
“Família e comunidade”, “Identidade”, “Sonhos” e 
“Competências e conhecimentos”. 
 
4 tempos 
 
p. 33 
 
 
 
 
 
4 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 
 
 
Apresentação do semestre 
 
Resumo Apresentação e explicação das atividades que compõem o semestre. 
Introdução à temática das redes de trabalho, que definem o eixo do 
projeto de intervenção do semestre. 
Objetivos 
Permitir que os estudantes tenham uma visão global das atividades do 
semestre e que apresentem suas expectativas para os próximos meses. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com 
momentos em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho 
em quartetos. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
- Anexo 1. 
Competências para 
o século 21 
Colaboração, abertura para o novo e comunicação. 
Duração Prevista 1 tempo. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
Esta atividade apresenta as primeiras orientações para você mediar a realização do projeto de 
intervenção Nós e as Redes de Trabalho com os alunos do 3º ano – ação que permeará grande 
parte dos tempos destinados a Projeto de Vida neste semestre. É essencial, para essa 
mediação, que você tome conhecimento das atividades propostas no Caderno do 
Estudante dos jovens, preparando-se para apoiá-los nos diversos aspectos da 
experiência, cujo objetivo maior é torná-los protagonistas em relação às suas escolhas e 
vivências no mundo do trabalho. Essa observação é muito importante, especialmente 
neste semestre, em que o projeto de intervenção se caracterizapelo forte estímulo à 
autonomia dos jovens, que trabalharão em times. A maior parte das orientações para o 
desenvolvimento do projeto de intervenção está no Caderno do Estudante, ou seja, os 
jovens serão responsáveis por: administrar os tempos das atividades, cuidar da 
organização dos times, gerenciar o tempo de cada etapa e incentivar uns aos outros a se 
engajarem no processo. 
 
O que os jovens do século 21 aprendem ao desenvolver projetos? 
 
Bem, no contexto escolar, um projeto nada mais é que uma situação de aprendizagem ou, nas 
palavras do professor Antonio Carlos Gomes da Costa, um “acontecimento estruturante que 
exerce influência construtiva sobre as maneiras de ver, entender, sentir, decidir e agir dos 
educandos”. Dito de outra forma, o percurso de desenvolvimento de um projeto possibilita que 
os jovens exercitem um tipo de participação que parte de seus interesses e de um olhar sobre 
o bem comum, gera transformações positivas no seu contexto e permite aprendizagens 
significativas. 
 
Todo projeto tem uma estrutura, adota um método. No nosso caso, os projetos são 
desenvolvidos num percurso estruturado, composto de seis etapas. Quais são elas? 
 
- Mobilização. 
Atividade 1 
 
 
 
 
 
5 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
- Iniciativa. 
- Planejamento. 
- Execução 
- Avaliação. 
- Apropriação de resultados. 
 
Cada uma dessas etapas aponta um desafio aos estudantes: desenvolver competências e 
habilidades, aprender e ampliar conhecimentos. São o que chamamos de atitudes estratégicas, 
que os jovens têm a oportunidade de desenvolver ao longo do percurso do projeto. Quais são 
elas? 
 
- Na etapa de Mobilização, o que se deseja é que os jovens descubram suas motivações para 
aprender e agir em seu contexto. É o momento do projeto em que eles são chamados a 
identificar suas forças e aspirações, a ganhar consciência do que já sabem e fizeram, a trazer à 
tona seus interesses e pontos de vista e a envolver-se proativamente com as questões da escola 
e do entorno. 
 
- Na etapa de Iniciativa, o desafio é que os jovens consigam configurar um problema como 
algo que lhes diz respeito e que precisa de sua participação para ser solucionado. Para isso, 
terão a oportunidade de dizer o que pensam, aprofundar conhecimentos, argumentar, negociar, 
estabelecer interesses comuns e tomar decisões conjuntas sobre o que irão fazer no projeto. 
Tudo isso de maneira colaborativa e com a mediação do professor. 
 
- Na etapa de Planejamento, espera-se algo muitas vezes difícil para os jovens: pensar antes 
de agir, controlando-se diante da impulsividade ou do imediatismo em relação ao projeto. Os 
estudantes veem-se diante da necessidade de antecipar problemas, organizar logicamente as 
tarefas, pensar sobre o que sabem ou não a respeito da situação, acessar conhecimentos e 
projetar-se no futuro, para que seus planos se concretizem. 
 
- Na etapa de Execução, está em jogo a concretização dos planos. É o momento em que os 
jovens passam pelo crivo da experiência, determinam-se diante de um objetivo, enfrentam 
obstáculos, lidam com frustrações, crescem com as adversidades, arriscam-se, acertam, erram 
e aprendem com tudo isso. 
 
- Na etapa de Avaliação, que acontece simultaneamente à de Execução, os jovens avaliam e 
atribuem sentido às experiências, aprendendo com acertos e erros, identificando novos 
desafios, verificando resultados, refletindo sobre a participação de cada um e reorganizando as 
ações seguintes. 
 
- Na etapa de Apropriação de resultados, por fim, os jovens têm a chance de se reconhecer 
no trabalho realizado, consolidar aprendizados e atitudes e, principalmente, fazer 
generalizações, identificando como esses aprendizados podem lhes ser úteis em outras 
dimensões da vida. 
 
O que é preciso para que os jovens desenvolvam essas atitudes estratégicas? 
 
São necessárias, basicamente, duas coisas. A primeira é que a aprendizagem seja colaborativa 
e a segunda, que os professores atuem com presença pedagógica. 
 
Explicando melhor: 
 
- A aprendizagem colaborativa se concretiza na atuação dos jovens em times. Assim, eles 
podem enfrentar desafios mais complexos e desenvolver competências importantes, como o 
 
 
 
 
 
6 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
pensamento crítico, a problematização, a colaboração, a comunicação. Juntos, eles aprendem 
a aprender, conviver e produzir de forma colaborativa. 
 
Ou seja, nos times, cada jovem é: 
 
- responsável pela própria aprendizagem e a dos colegas; 
 
- comprometido com a solução de seus próprios problemas de aprendizagem; 
 
- desafiado à participação, falando, ouvindo, estudando, compartilhando conhecimentos; 
 
- chamado a agir com iniciativa, a planejar e a persistir diante dos obstáculos; 
 
- convocado a lidar com problemas de convívio, disciplina, colaboração e organização; 
 
- solicitado ao exercício da liderança, em rodízio. 
 
- A presença pedagógica é o modo como se dá a colaboração do professor com os estudantes. 
O professor deve estar sempre atento a uma dupla transformação que precisa ocorrer no jovem 
em sua atuação: 
 
- uma externa, relacionada à situação-problema que ele pretende enfrentar: realizar a 
pesquisa ou a intervenção; e 
 
- outra interna, da relação do jovem consigo mesmo, com os outros e com a 
aprendizagem na escola e na vida. 
 
O trabalho do professor, portanto, envolve corpo, mente, sentimento e ação, convocando o 
educando em sua inteireza e complexidade. 
 
Ou seja, é papel do professor: 
 
- escutar os jovens, instigá-los, detectar e objetivar seus interesses, colaborar na 
definição do “problema a ser enfrentado”, seja ele relacionado a uma pesquisa ou a uma 
intervenção; 
 
- contribuir com os jovens no mapeamento e ampliação de seus saberes acerca de um 
problema; 
 
- promover relações entre as atividades do projeto e os conhecimentos trabalhados nas 
outras ações da escola; 
 
- apoiar a formação, organização e dinâmica dos times, inclusive orientando a construção 
de regras de convivência e pautas de trabalho; 
 
- colaborar com a avaliação, em sua estrutura e procedimentos, bem como com a 
apropriação dos resultados pelos estudantes; e 
 
- espelhar os conhecimentos, competências, habilidades, valores e atitudes que os 
jovens estão aprendendo e desenvolvendo. 
 
Em síntese, por meio do desenvolvimento de projetos, os jovens do século 21 aprendem: 
 
 
 
 
 
 
7 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
- a ser corresponsáveis pela própria aprendizagem e pela escola; 
 
- a acessar, produzir e compartilhar conhecimentos; 
 
- a aprender fazendo; e 
 
- a desenvolver atitudes estratégicas (conhecer suas motivações, forças, interesses e 
aspirações; aprender a configurar um problema; (re)construir conhecimentos e 
transformar a realidade; organizar as tarefas e projetar-se no futuro; avaliar as vivências, 
intervindo nelas; e generalizar aprendizados). 
 
Para finalizar, é importante salientar que a vivência de um projeto possibilita que os jovens 
desenvolvam competências cognitivas e socioemocionais essenciais para quem vive, convive, 
aprende e trabalha na contemporaneidade, tais como: pensamento crítico, resolução de 
problemas, colaboração, comunicação, criatividade, responsabilidade, abertura para o novo e 
autoconhecimento. 
 
Desenvolvimento 
1. Dê as boas-vindas aos estudantes. Conte que, neste semestre, a maior parte das atividades 
girará em torno de um projeto de intervenção que será desenvolvido (desde as primeiras 
ideias, passando pelo planejamento, execução e avaliação) de forma colaborativa pela 
turma. 
2. Peça que os estudantes se organizem livremente em quartetos e leiam a Ficha 1 do Caderno 
do Estudante. Ela inicia apresentando alguns aspectos relacionados à relação entre os 
jovens e o trabalho. Trata-se de uma contextualizaçãomais geral, importante para trazer os 
estudantes para a proposta de intervenção do 3° ano do Ensino Médio. É essencial os 
estudantes discutirem as relações entre os jovens e o trabalho. O texto “Ligados nas redes” 
traz uma pílula sobre esse universo. 
3. Após a leitura, inicie uma conversa com toda a turma. Solicite o posicionamento deles sobre 
o conteúdo, ampliando essas reflexões com os seus conhecimentos sobre o tema – para 
saber mais sobre o assunto, enriquecendo seu próprio repertório, leia o texto “Projetos de 
vida, escola e trabalho”1. 
4. Apresente aos alunos a proposta dos projetos de intervenção de 3° ano. Ajude-os na 
compreensão do que vai acontecer nos próximos meses, apresentando as linhas gerais do 
trabalho que está iniciando-se. Estabeleça conexões entre os projetos de 3° ano e o 
momento que estão vivendo, de finalização do Ensino Médio e de início de uma trajetória 
profissional, que inclui a continuidade dos estudos e concomitante ou posterior atuação 
profissional. 
 
Para apoiá-lo na apresentação da proposta aos alunos, professor, utilize o 
infográfico disponibilizado no Anexo 1, que sintetiza o percurso que os alunos irão 
viver nos próximos meses. Também não deixe de ler as atividades deste material, 
para era uma visão detalhada dessas etapas. 
 
 
1 O texto está nas páginas 31 a 39 de O Jovem como sujeito do Ensino Médio, publicação do 
MEC no contexto do Pacto Nacional pelo Fortalecimento do Ensino Médio, e pode ser acessado 
pelo link: http://bit.ly/jovemsujeitoem 
http://bit.ly/jovemsujeitoem
 
 
 
 
 
8 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
5. Em seguida, oriente que os jovens conversem em seus quartetos sobre as expectativas 
criadas pelo projeto de intervenção a partir das seguintes perguntas: 
 
 
 
 Quais as principais expectativas para esse semestre que se inicia? 
 Como acredito que o projeto de intervenção poderá contribuir para o meu 
aprendizado? 
 Quais parecem ser os maiores desafios para a execução do projeto de intervenção? 
 
 
6. Novamente em uma roda de conversas, ouça as respostas dos jovens para as perguntas 
anteriores. Busque estabelecer um diálogo, contribuindo para alinhar as expectativas deles 
ao percurso que trilharão durante o semestre. Não deixe de comentar também sobre as 
atividades do semestre que não integram o projeto de intervenção, mas que dão 
continuidade à temática do mundo do trabalho e à autogestão para os estudos. 
7. Finalize dizendo aos jovens que, já no próximo encontro, terá início o projeto de intervenção. 
 
 
 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
1. Como foi a recepção dos jovens à apresentação do percurso que será trilhado por eles no 
segundo semestre? Se mostraram empolgados e dispostos a realizar o projeto de intervenção? 
2. Houve alguma dificuldade de compreensão do conteúdo apresentado? Se sim, como você 
contribuiu para esclarecer o percurso do semestre para os estudantes? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Intervenção: mobilização 
 
Resumo Tem início a primeira etapa do projeto de intervenção, em que os 
jovens se aprofundam na temática das redes do mundo do trabalho e 
formam grupos de trabalho de acordo com suas redes de interesse. 
Objetivos 
Possibilitar que os alunos descubram a existência de redes de trabalho, 
identifiquem as redes às quais já estão conectados e se aproximem de 
uma delas, tendo em vista seus interesses e motivações. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com 
momentos em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho 
em times. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
- Suporte de registro dos estudantes (pode ser um caderno, agenda, 
diário de bordo do projeto ou o Álbum de Cartografia Pessoal) 
Competências para o 
século 21 
Abertura para o novo, criatividade, comunicação e colaboração. 
Duração Prevista 5 tempos. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
 
As redes e o mundo do trabalho 
 
Na atualidade, a palavra rede tornou-se uma forma corriqueira de descrever as formas de 
organização que conectam pessoas e aglutinam ideias nos mais diversos âmbitos da vida social. 
Rede pública de ensino, rede de atenção à saúde, redes sociais digitais como o Facebook e o 
Instagram, redes de proteção à infância e à juventude... Seja no cotidiano, na prática política ou 
no mundo do trabalho, cada vez mais nos relacionamos uns com os outros através das redes. 
Mas será que todos entendemos a mesma coisa quando pronunciamos essa palavra? 
As definições de rede são inúmeras. Podemos começar por uma bem simples, elaborada pelo 
especialista em gestão de redes Cássio Martinho2: rede é um “padrão de organização 
constituído, necessariamente, de agentes autônomos que, interligados, cooperam entre si” . As 
redes são formadas por um conjunto de pessoas ou instituições dispersas que, em nome de um 
objetivo comum, decidem se interligar e atuar de forma colaborativa. No entanto, como destaca 
um verbete do Kit Educativo Trocando Ideia, elaborado pela Associação Imagem Comunitária, 
“uma rede não é apenas aquilo que nomeia um conjunto de pontos interligados. Ela é também 
 
2 MARTINHO, Cássio. “Redes Síntese”. Disponível em: 
http://www.redescomunitarias.org.br/images/Biblioteca/Redes.pdf. Acesso em 12 de julho de 
2015. 
Atividade 2 
 
 
 
 
 
10 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
uma proposta de organização, constituída por pessoas autônomas, que cooperam entre si de 
forma horizontal”3 . 
Essas duas características – autonomia e horizontalidade – distinguem as redes que buscamos 
trabalhar com os alunos de outras inseridas em contexto comercial, cujas características refletem 
muitas vezes uma organização hierárquica e centralizada, como as matriciais ou em cadeia (uma 
rede de supermercado, por exemplo, com várias filiais subordinadas a uma matriz). Embora 
também referidas como redes, essas estruturas organizacionais não são outra coisa que um 
modelo de pirâmide, com uma hierarquia bem definida e um centro de poder claro, enquanto 
uma verdadeira rede pressupõe uma organização aberta e democrática, que aposta na 
autonomia e na colaboração livre entre seus membros. 
Essas distinções são muito importantes, pois, como aponta Cássio Martinho, “quando tudo é 
rede, estruturas velhas e novas, modos convencionais e modos inovadores de fazer, estratégias 
de opressão e estratégias de libertação confundem-se sob uma pretensa mesma aparência. Se 
não puder estabelecer algumas distinções, o conceito de rede deixa de ter sentido e passa a não 
servir para nada” (MARTINHO, 2003, p.9) . 
No mundo do trabalho extremamente complexo e dinâmico com o qual nos deparamos hoje, há 
espaço para verdadeiras redes, horizontais e colaborativas. Essa nova modalidade de 
organização é tributária de uma transformação histórica, assim descrita por Martinho: “Se antes, 
na sociedade industrial, os processos de trabalho eram bem representados pela metáfora da 
máquina (ou do mecanismo), agora o desenho da rede passa a ocupar lugar preponderante no 
imaginário da sociedade pós-industrial” (MARTINHO, 2003, p. 8). Atualmente, milhões de 
trabalhadores das mais variadas profissões se organizam em rede. Desde as cooperativas 
agropecuárias locais até as redes globais de trabalho online, inúmeros sujeitos se interligam, de 
forma colaborativa, para alcançar objetivos comuns. 
Se, por um lado, o mundo do trabalho contemporâneo é extremamente fragmentado e 
especializado, por outro, os trabalhadores estão cada vez mais conectados em redes. Um 
profissional não vive sem o outro, e está necessariamenteintegrado a várias pessoas e 
instituições com as quais dialoga cotidianamente. Pensemos num cirurgião, que está ligado ao 
anestesista, ao enfermeiro, ao gestor do hospital, ao plano de saúde, ao paciente, ao motorista 
da ambulância... Ou num artista, que se conecta com outros artistas, com o produtor, com o 
empresário, com a casa de shows, com o público... 
Cada vez mais, trabalhar no mundo contemporâneo significa ocupar um espaço em uma grande 
rede. E o desafio não é pequeno. É preciso estar interligado a pessoas, instituições e contextos 
muito diversos, que demandam conhecimentos de várias áreas: o artista precisa ter noções de 
marketing, da mesma forma que o médico deve ter algum conhecimento da área de gestão 
pública. As competências demandadas por esse novo ambiente de trabalho são igualmente 
variadas: trabalhar em equipe, ser flexível, mediar conflitos, saber liderar e ser liderado são 
habilidades necessárias para quase todos os campos de trabalho atualmente. Para um jovem 
prestes a ingressar no mundo do trabalho hoje, reconhecer o tamanho e a complexidade desses 
desafios é fundamental. E o professor tem um papel crucial nisso, como mediador e provocador 
constante. 
Ser protagonista nas redes do mundo do trabalho não é apenas se preparar bem para ocupar 
esses espaços, mas desenvolver competências para intervir na própria dinâmica das redes. O 
guia Trocando Ideia nos recorda que “as redes estão em constante mudança de tamanho e 
formato”, e que “é preciso ter foco na criação de dinâmicas de trabalho colaborativo e horizontal, 
as quais impulsionam a atividade nesses espaços”. Para que uma rede exista de fato, é 
necessário ativá-la, impulsioná-la cotidianamente. E a intervenção dos jovens pode ser crucial 
nesse processo. 
 
3 ASSOCIAÇÃO IMAGEM COMUNITÁRIA. Trocando ideia: kit educativo sobre direito à 
comunicação. Belo Horizonte, AIC, 2011. 
 
 
 
 
 
11 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
Os alunos do 3º ano receberam o Caderno do Estudante para orientá-los no percurso das seis 
etapas da ação protagonista necessárias à elaboração e ao desenvolvimento de seus projetos. 
A seguir, compartilhamos algumas indicações para apoiá-los e orientá-los. 
1. Planejamento da mediação da participação dos jovens 
Para que você possa, de fato, apoiar os alunos na vivência do projeto, é essencial que conheça 
profundamente o que está sendo proposto a eles no Caderno do Estudante, acompanhando de 
perto o andamento do trabalho do time. Mais do que isso, é importante que você antecipe 
possíveis problemas que os jovens poderão enfrentar, identificando maneiras de apoiá-los na 
busca por soluções criativas. Portanto, a mediação da participação dos jovens precisa ser 
planejada! 
2. Formação dos times 
O processo de trabalhar em times consiste em um aprendizado de uma habilidade complexa. 
Você já sabe que existem diferenças entre o trabalho em times e o trabalho convencional entre 
pares (ou grupos). No primeiro, a colaboração é a base do trabalho. Já no segundo, o 
envolvimento dos integrantes tende a ser desigual, sendo frequente que as responsabilidades 
do trabalho sejam assumidas por apenas alguns integrantes. O estabelecimento de um ritmo de 
trabalho colaborativo em times é uma conquista diária. 
Planeje meios de incentivar a participação de todos os membros do time, identificando o que 
cada um já tem a contribuir e desafiando-os a aprenderem com os colegas e com você. 
Na etapa de Mobilização, os times se organizarão por afinidades ou curiosidade de trabalhar 
junto. Esse primeiro agrupamento será importante para que eles construam uma compreensão 
do que são as redes e identifiquem aquelas às quais já estão, de algum modo, conectados. Mais 
à frente, eles serão convidados a repensar essas escolhas a partir de seus interesses de trabalho 
nos projetos. Assim, é importante esclarecer para os times que eles poderão mudar sua 
constituição nas próximas aulas. 
Respeite as escolhas dos jovens nos processos de formação de times: não interfira, mesmo que 
as “panelinhas” aconteçam. Apenas garanta que eles cumpram o número mínimo e máximo para 
a formação dos times, atuando sempre com presença pedagógica. E, aos poucos, identifique se 
existem alunos que parecem “deslocados” em seus times, apoiando-os na integração com os 
colegas. 
3. Rodízio dos alunos na liderança dos times 
No trabalho em times, é importante que os alunos experimentem liderar os colegas e ser 
liderados por eles. Liderar o time é disponibilizar seus conhecimentos, atuar como um 
incentivador da participação dos colegas, fazer a gestão do tempo e ter foco no trabalho que 
precisa ser feito naquele dia. Além disso, o líder tem um importante papel de organização das 
atividades e mediação de conflitos de convivência ou discordância sobre o andamento das 
ações. Isso todo aluno pode fazer, desde que assuma a responsabilidade, tenha o apoio dos 
colegas e do professor e seja comprometido com o projeto e dedicado. O Caderno do Estudante 
orienta que seja feito rodízio na liderança. É essencial que você os ajude a compreender o que 
é ser líder e como exercer a liderança. Avalie com eles essa experiência, para que possam 
compreender, progressivamente, as suas dimensões e aprendizados. 
4. Acompanhamento do trabalho dos times 
Acompanhe as discussões dos times, estando sempre à disposição para auxiliá-los nas dúvidas 
que surgirem. Siga de perto a forma como cada time efetua a leitura do passo a passo da 
atividade e como seus integrantes estão interagindo. Em todas as atividades, a colaboração entre 
os jovens será cada vez mais requerida. 
É imprescindível que você conheça previamente o conteúdo das atividades propostas aos alunos 
em cada etapa, a fim de orientá-los com maior segurança e providenciar as condições para que 
eles trabalhem. 
5. Momentos de reflexão e debate 
Conduza os momentos de reflexão e debate propostos nas etapas atuando como um mediador: 
explique como será o funcionamento, acordando desde o início algumas regras, a começar pelo 
tempo disponível destinado ao debate. De tempos em tempos, ajude a organizar a conversa, 
 
 
 
 
 
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retomando os principais argumentos e pontos de vista expostos e provocando quem ainda não 
se posicionou a dizer o que pensa ou a analisar o que já foi dito. 
Procure perguntar aos alunos, também, como eles avaliam a atuação em time, trabalhando 
juntos: Todos colaboraram entre si? O tempo disponível foi bem aproveitado ou perderam tempo 
com questões que não tinham ligação com a discussão? 
6. Articulação de conhecimentos das áreas no núcleo 
Uma das marcas importantes da Proposta Curricular é a integração dos conhecimentos 
trabalhados nas disciplinas e no núcleo. Ao longo da realização do projeto Nós e as Redes de 
Trabalho, será perceptível a demanda dos jovens por conhecimentos relacionados às disciplinas. 
Está aí uma oportunidade de ampliar os conhecimentos que os alunos têm, de maneira 
contextualizada. Ajude-os a perceberem as ligações entre o que eles aprendem nas aulas e as 
ações vivenciadas no núcleo, e não se furte de aportar conhecimentos específicos que se 
mostrem importantes ao desenvolvimento do projeto. Por outro lado, incentive-os, 
permanentemente, a buscarem conhecimentos por conta própria, a não se sentirem satisfeitos 
com abordagens superficiais das questões que permeiam o projeto. 
7. Apoio aos jovens na gestão do tempo e dos resultados 
O Caderno do Estudante não estipula um tempo para os jovens desenvolverem cada 
componente das atividades. Isso se deve ao fato de que a iniciativa construída por eles pode 
variar em termos de complexidade e aprofundamento. Além disso, cada time possui 
características próprias e cria um ritmo singular. Mas há uma delimitação temporal para cada 
uma das etapas(mobilização, iniciativa, planejamento, execução, avaliação e apropriação de 
resultados), e cabe a você apresentar aos times uma proposta de tempo para cada uma das 
etapas. Por isso, os times não podem deixar de fazer a gestão do tempo com muita seriedade. 
Afinal, os alunos não terão todo o tempo do mundo para passar por essa experiência. 
Nesse aspecto, ajude-os inicialmente a criar parâmetros de tempo para cada atividade. Uma 
dica: sempre que perceber que os alunos estão dispersos em relação ao tempo, chame a 
atenção para isso e incentive-os a fazer estimativas das horas/dias necessários para darem 
conta das atividades previstas. 
8. Clareza da comunicação entre os jovens 
Um dos pontos centrais da constituição de um time é a qualidade da comunicação entre seus 
membros. Quando mais os alunos dialogarem sobre as questões do projeto, expondo ideias, 
receios, pontos de vista, interesses etc., mais o time se fortalecerá. 
O diálogo precisa ser aberto e respeitoso, orientado sempre pelos interesses comuns – do time 
e da escola. Isso, muitas vezes, não ocorre naturalmente. Há jovens que com muita facilidade 
se posicionam sobre as coisas e dão o ritmo do projeto, enquanto outros tendem a não se 
posicionar com a mesma frequência e articulação de ideias. 
Apresenta-se em situações como essas a oportunidade de uma outra contribuição que você pode 
dar: orientar o líder da atividade a criar espaço para que todos do time possam compartilhar suas 
visões, trazendo sugestões para o encaminhamento das questões da equipe. Além disso, 
procure dar suporte à clareza da comunicação entre eles, problematizando a questão em foco 
com perguntas. Essa é sempre uma boa maneira de esmiuçar o pensamento exposto, tornando 
mais precisa a comunicação. 
9. Registro das decisões e ações 
O Caderno do Estudante traz, reiteradas vezes, orientações quanto à importância do registro das 
discussões, decisões e das ações realizadas. Sabemos que esse é um hábito que se constrói 
ao longo do tempo e, portanto, pede um esforço permanente – dos jovens, no sentido de 
experimentarem essa prática, e do professor, na orientação e acompanhamento de seus alunos. 
Uma boa estratégia é sugerir aos jovens que reservem um suporte fixo para esses 
registros. Pode ser um caderno, agenda, diário de bordo do projeto ou no Álbum de 
Cartografia Pessoal. 
10. Foco nas atividades do projeto 
Há dias em que, com facilidade, os alunos se organizam em torno do projeto: identificam em que 
ponto estão, analisam os próximos passos, dão início às ações. Em outros momentos, percebe-
 
 
 
 
 
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se que tudo isso está mais difícil: os jovens perdem o foco em relação ao que estão fazendo. 
Nesses momentos, atue como uma referência organizadora, trazendo questões que os 
esclareçam na identificação da etapa ou atividade em que estão e orientando-os na definição 
dos próximos passos a seguir. 
 
 
Desenvolvimento 
 
MOBILIZAÇÃO: VOCÊS FAZEM AS REDES! 
 
1. O objetivo da etapa de Mobilização é possibilitar que os alunos descubram a existência de 
redes de trabalho, identifiquem as redes às quais já estão conectados e se aproximem de 
uma delas, tendo em vista seus interesses e motivações. A etapa começa na turma maior, 
já que os jovens ainda não se dividiram nos times dos projetos. Para iniciá-la, peça que os 
jovens promovam a leitura do texto Etapa de Mobilização: vocês fazem as redes (Ficha 
2), que pode ser coletiva, realizada em grupos menores ou, até mesmo, individual com 
momentos de reflexão coletiva. 
 
2. As ações seguintes da etapa de Mobilização acontecem seguindo as orientações do 
Caderno do Estudante, que estarão resumidas abaixo e acompanhadas de algumas 
orientações para a sua presença pedagógica. 
O que está em jogo nos primeiros momentos da etapa de Mobilização é a compreensão dos 
estudantes de que o mundo do trabalho se estrutura em redes e que elas já atuam, 
possibilitando contatos, trocas, relações, colaboração, oportunidades etc. aos seus 
membros. 
 
 “De olho nas redes”: nessa, que é a parte central da etapa de Mobilização, os alunos são 
convidados a: 
- realizar um brainstorming de identificação de profissionais e instituições com os 
quais mantêm contato. Esse é um modo coletivo de gerar ideias, adotado no 
mundo do trabalho em diversas profissões e em tipos distintos de instituição e 
contextos profissionais. Do brainstorming sairá uma lista inicial; 
- categorizar as redes às quais as pessoas e instituições listadas estão 
conectadas. Está aqui um importante passo na formação dos estudantes: 
aprender a agrupar informações, tipificando-as, ordenando-as, organizando-as; 
- ligar cada pessoa e instituição listada às redes categorizadas, aprendendo a 
estabelecer relações; 
- construir um registro que explicite as redes trabalhadas. O registro em forma de 
esquema ajuda a visualizar a rede, evidenciando quem é parte dela, quem está 
ligado a quem etc.; 
- compartilhar as redes identificadas. Aqui, o foco do trabalho está na 
comunicação entre os times. O resultado esperado é que todos percebam as 
várias redes às quais já estão ligados e identifiquem aquelas que se entrecruzam 
(nesse caso, é essencial consolidar as informações de duas redes “comuns” em 
apenas uma, maior, mais complexa); 
- identificar a rede que mais dialoga com os projetos do aluno para o futuro. Cada 
estudante deve questionar-se: Qual rede tem a ver com o que sou e o que quero 
para mim? À medida que os alunos responderem a essa questão, estarão 
agrupando-se em times. Cada time estará ligado a uma das redes (e é possível 
 
 
 
 
 
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que haja mais de um time conectado a uma mesma rede, assim como, no mundo 
do trabalho, há concentração de interesse em uma área temática ou profissão, 
por exemplo). 
 
 
 
 
 Escolha das redes de trabalho: a etapa de Mobilização não termina até que todos os alunos 
estejam conectados a uma rede, em times. Caso aconteça de apenas um ou dois alunos se 
interessarem em desenvolver projeto relacionado a uma das redes, é importante discutir com 
eles se isso é adequado, tendo em vista a complexidade que o projeto pode e precisa ganhar. 
Identifique se há possibilidade de rever o modo de agrupar os estudantes, englobando áreas 
de interesse que possuem aproximações. 
 Consolidação do time: ela parte da escolha feita por um grupo de alunos de se engajar em 
uma rede de trabalho já existente, para aprender com essa rede e estimulá-la. Com essa 
finalidade, esses alunos constituem um time, o que é um grande desafio, para eles e para 
você. Traga toda a sua experiência em relação à formação do time (os desafios que poderão 
enfrentar e os aprendizados que podem conquistar), contribuindo para que eles, de fato, 
aprendam de maneira colaborativa. Não há um número definido de integrantes para cada 
time, mas recomendamos que eles sejam compostos por um número entre nove e doze 
alunos, de modo que as tarefas possam ser bem distribuídas entre eles e as ações realizadas 
de forma responsável e criativa. 
 Avaliação do processo e das aprendizagens: Antes de passar à etapa de Iniciativa, os 
jovens devem refletir sobre o que viveram e aprenderam na etapa que se conclui e também 
conhecer a sua percepção do processo, das aprendizagens conquistadas e competências 
desenvolvidas. O Caderno do Estudante aponta uma série de questões para essa avaliação, 
e elas podem ser ampliadas por você. Perceba o potencial formativo desse momento: ao 
desafiar os estudantes a analisarem criticamente o caminho percorrido e ao oferecer a eles, 
como confirmação ou contraponto, a sua visão do processo, você os fortalece, estimulando 
que se aperfeiçoem ou avancem ainda mais nas próximas etapas. Por isso conduza a 
avaliação com postura acolhedora e uso cuidadoso de palavras, mas sem abrir mão deapontar pontos de melhoria. 
 
 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
Na etapa em foco, examine suas contribuições para que os jovens conseguissem: 
 
. compreender o modo como o mundo do trabalho se organiza. Ajudou os estudantes no 
entendimento de que eles estão conectados a redes de trabalho já existentes? 
. identificar as redes de trabalho. O diálogo com os jovens possibilitou a identificação de pessoas 
e instituições às quais estão ligados? Eles categorizaram as redes? Registraram as informações? 
Compartilharam com os demais times? 
. escolher uma rede para se engajar. Orientou os alunos nessa escolha, tendo em vista quem 
são e o que querem para o futuro em termos de continuidade dos estudos e inserção profissional? 
. avaliar de processo. Realizou avaliação da etapa de Mobilização? Estimulou os jovens a se 
autoavaliarem? Compartilhou com eles sua visão? Considera que essa devolutiva contribuirá para 
o aprimoramento do trabalho nas próximas etapas? 
 
 
 
 
 
 
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Desenvolvimento 
 
INICIATIVA: CONHECER E PROJETAR 
 
1. O principal objetivo da etapa de Iniciativa é possibilitar que os alunos aprofundem suas 
percepções e conhecimentos acerca das redes de trabalho às quais estão conectados, e, 
principalmente, construam o projeto que será desenvolvido. Oriente que os times formados 
no encontro anterior se reúnam e sigam as orientações do Caderno do Estudante. 
2. As ações seguintes da etapa de Iniciativa acontecem seguindo as orientações da Ficha 3 
do Caderno do Estudante, que estarão resumidas abaixo e acompanhadas de algumas 
orientações para a sua presença pedagógica. 
 
Projeto de Intervenção: iniciativa 
 
Resumo 
Nesta etapa do projeto de intervenção, os times aprofundam seus 
conhecimentos sobre as redes do mundo do trabalho, de modo que 
possam definir as principais ações de seus projetos e elaborar um 
resumo executivo. 
Objetivos 
Possibilitar que os alunos aprofundem suas percepções e 
conhecimentos acerca das redes de trabalho às quais estão 
conectados, e, principalmente, construam o projeto que será 
desenvolvido. 
Organização da 
turma 
A atividade se desenvolve com os jovens organizados em times. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
- Suporte de registro dos estudantes (pode ser um caderno, agenda, 
diário de bordo do projeto ou o Álbum de Cartografia Pessoal) 
- Computadores conectados à internet para que os times realizem 
buscas de informações. 
Competências para o 
século 21 
Abertura para o novo, criatividade, colaboração, comunicação e 
resolução de problemas. 
Duração Prevista 10 tempos. 
 Atividade 3 
 
 
 
 
 
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 Escolha do líder: provoque a indicação de um líder pelo time, a cada rodada ou etapa. 
Destaque as funções do líder (em especial a organização das tarefas, circulação da palavra 
e gestão do tempo), valorizando assim a importância de todos terem essa experiência ao 
longo do projeto. Durante as atividades, ajude o líder a praticar suas funções com dicas 
simples e, ao final, avalie com ele a experiência, perguntando como se sentiu, o que 
aprendeu de novo, o que foi ou não difícil. Ofereça acolhimento caso a experiência tenha 
sido excessivamente desafiadora, dizendo que todos estão aprendendo e que, a cada 
liderança, o time sai fortalecido. Crie um espaço para que os colegas valorizem o empenho 
e a contribuição do líder. 
 Aprofundamento dos conhecimentos sobre a rede: esse processo inclui a leitura e 
análise de textos (ou outros materiais, como vídeo, músicas etc.) e a elaboração de um 
esquema, um quadro comparativo e um texto próprio baseado nas ideias importantes dos 
textos de referência estudados. Além disso, os times serão estimulados a entrevistar 
profissionais que atuam na área temática da rede. Ou seja, é proposto um caminho 
estruturado para que os jovens aprendam mais sobre os temas relacionados à rede. Lembre-
se da importância de provocar o posicionamento dos alunos a respeito das questões que 
surgirem e o compartilhamento do que já sabem (ativar conhecimento prévio). Não hesite 
em dividir seus conhecimentos com eles ou sugerir que busquem novas referências em livros 
e na Internet, por exemplo. Valorize as produções deles e indique em quais pontos podem 
aprimorá-las. Estimule que compartilhem o trabalho feito com outros times, o que favorecerá 
o aprendizado de todos e se configurará como mais um espaço de troca entre os estudantes. 
 Escolha do padrinho ou da madrinha do projeto: esse profissional, que deve ser 
escolhido com critério e convidado com todo o cuidado e atenção possível, terá um papel 
chave ao longo do processo. Como uma espécie de conselheiro, ele compartilhará 
experiências, trará orientações, apontará caminhos e possibilidades. Ajude os alunos a 
manterem contato regular com a pessoa escolhida, seja para solicitar apoio ou relatar o 
andamento das ações. 
 Definição das ações centrais: escolhido o padrinho ou a madrinha, o time se subdivide em 
trios ou grupos de trabalho (GTs) para chegar à definição das ações que pretende realizar 
no projeto. Cada GT lista possíveis ações a serem implementadas, submetendo-as, em 
seguida, à análise do time. A versão composta deve ser compartilhada com o 
padrinho/madrinha para receber contribuições e, por fim, o time define que ações 
desenvolver e quais descartar. A organização em GTs é bastante usual no mundo do 
trabalho para o enfrentamento de problemas. Você terá o relevante papel de acompanhar e 
estimular o trabalho de cada GT, pois as escolhas que resultarem desse processo são 
importantes, não podem ser aleatórias. 
 Elaboração do Resumo Executivo do projeto: trata-se de um esforço coletivo para 
documentar a proposta do time em forma de uma síntese. Estimule os alunos a investirem 
esforço e tempo na elaboração do documento, apresente sugestões de melhoria e oriente-
os a acionar o padrinho/madrinha para mais contribuições. 
 Avaliação do processo e das aprendizagens: mais um momento de aprender com o 
percurso feito. Promova a autoavaliação dos alunos, ajudando-os no aprofundamento e 
qualificação de suas trajetórias. Compartilhe sua visão do processo, partindo das questões 
apresentadas no Caderno do Estudante e ampliando para outros aspectos que julgue 
relevantes. O importante é que a experiência seja geradora de aprendizagem. 
 
 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
Ao longo da etapa de Iniciativa, avalie as contribuições trazidas por você para que os jovens 
conseguissem: 
 
 
 
 
 
 
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 Atividade 4 
. mobilizar conhecimentos prévios e acessar novos conhecimentos sobre a área temática 
da rede. Você ajudou o time a valorizar os conhecimentos que já possuía? Desafiou os jovens 
a aprofundá-los e ampliá-los por meio da elaboração do esquema, do quadro comparativo, do 
texto com paráfrases e da entrevista com profissionais? 
. escolher um padrinho/madrinha. Você considera que o profissional escolhido trará 
contribuições importantes ao time? A escolha foi criteriosa? O convite foi feito com o cuidado e 
atenção necessários? 
. construção e definição das ações. Você conseguiu ajudar os GTs no levantamento de ações 
para o projeto? A seleção posterior de ações foi feita de modo participativo, levando em conta o 
melhor para o projeto? O processo ocorreu de maneira organizada? 
. elaboração do resumo executivo. Você colaborou para que a produção do time atingisse a 
qualidade necessária e expressasse as principais ideias e propostas? 
 
 
 
 
 
Reta final para o Enem 
 
Resumo Os alunos fazem um diagnóstico de sua rotina de estudos a partir de um 
cruzamento entre o desempenho nos componentes curriculares e a 
preparaçãopara o Enem. 
Objetivos 
A partir de um cruzamento entre o desempenho dos jovens nos 
componentes curriculares e na preparação para o Enem, eles 
aprimoram suas estratégias de estudos nessa reta final. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com 
momentos em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho 
em quartetos. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante 
- Álbum de Cartografia Pessoal 
Competências para o 
século 21 
Pensamento crítico e responsabilidade. 
Duração Prevista 2 tempos. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
Para o componente Projeto de Vida, é importante que não se perca de vista dois focos: 
•a prática de avaliação dos percursos e aprendizagens; e 
•o Enem. 
 
A prática de avaliações promove a autonomia e o protagonismo dos estudantes, capazes de 
repensar as próprias atitudes e tomar decisões. E o Enem, afinal de contas, integra os planos 
profissionais de boa parte dos jovens. 
Esta atividade busca conciliar, de forma simples, esses dois elementos que estiveram presentes ao 
longo de todo o ano, de modo a não deixar escapar uma rotina de acompanhamento da autogestão 
dos jovens para os estudos. 
 
 
 
 
 
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Desenvolvimento 
1. Para iniciar o encontro, comente sobre a importância de se manter uma rotina de estudos 
consistente, com objetivos e desafios bem delimitados. Explique que a atividade do dia é 
mais uma forma de estimular o exercício da autogestão, apontando caminhos e soluções 
para aprimorar a rotina de estudos de cada um. 
 
2. Peça que, com o Caderno do Estudante em mãos e aberto na Ficha 4, os jovens realizem 
a proposta apresentada com responsabilidade. Destaque que o diagnóstico sugerido ali 
é uma forte possibilidade de autoavaliação, momento em que os estudantes podem lançar 
um olhar crítico para si mesmos e buscar formas de superar suas dificuldades. Durante a 
execução da tarefa, circule pela sala, observando o desenvolvimento da atividade e 
atendendo a possíveis solicitações e perguntas dos alunos. 
 
3. Com as células preenchidas, reforce a necessidade de que os alunos voltem ao Álbum 
de Cartografia Pessoal e atualizem a tabela de planejamento para o Enem. 
 
4. Finalize a aula com uma breve roda de conversa, em que os estudantes possam indicar 
suas dificuldades e, quem sabe, formar (novos) grupos de estudos. Destaque a riqueza 
da experiência de formar grupos de estudo com os colegas e incentive-os a fazê-lo. 
 
 
 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
1. Como foi o decorrer da atividade? 
2. Os alunos apresentaram dúvidas quanto ao preenchimento das tabelas? 
3. Na sua avaliação, os jovens consideram a autogestão uma competência importante? Por quê? 
4. Durante a roda de conversas houve a possibilidade de formação de grupos de estudo? Você 
os apoiou nesse sentido? 
5. O que a turma tem aprendido de mais significativo nas atividades de autogestão? 
6. Em que medida as orientações que você tem dado contribuem para que eles conquistem tais 
aprendizados? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ao longo do encontro, busque relacionar a atividade de autoavaliação com a importância de 
competências, como o autoconhecimento e a autogestão para o mundo do trabalho. 
 
 
 
 
 
 
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 Atividade 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Intervenção: planejamento 
 
Resumo Os jovens definem os detalhes das ações que realizarão no âmbito do 
projeto de intervenção – como cronogramas, responsáveis, ações e 
produtos parciais do processo –, e redigem um documento robusto de 
planejamento. 
Objetivos 
Preparar os alunos para detalhar e ordenar as ações: tarefas prioritárias 
e secundárias, sua organização, recursos humanos e materiais 
necessários e estratégias para resolver problemas previsíveis. 
Organização da 
turma 
A atividade se desenvolve com os jovens organizados em times. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
- Suporte de registro dos estudantes (pode ser um caderno, agenda, 
diário de bordo do projeto ou o Álbum de Cartografia Pessoal) 
- Folhas A4 para que os times construam o planejamento. 
Competências para o 
século 21 
Responsabilidade, comunicação e colaboração. 
Duração Prevista 6 tempos. 
 
 
 
 
 
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Desenvolvimento 
 
PLANEJAMENTO: ANTES DE AGIR, PLANEJAR 
 
1. O principal objetivo da etapa de Planejamento é preparar os alunos para detalhar e ordenar 
as ações: tarefas prioritárias e secundárias, sua organização, recursos humanos e materiais 
necessários e estratégias para resolver problemas previsíveis. 
2. As ações seguintes da etapa de Planejamento acontecem seguindo as orientações da Ficha 
5 do Caderno do Estudante, que estarão resumidas abaixo e acompanhadas de algumas 
orientações para a sua presença pedagógica. 
 Importância do planejamento: O planejamento é um hábito difícil de ser incorporado pela 
maior parte dos estudantes. Muitos acham essa prática sem sentido e chata. É possível que 
esse cenário esteja mudando, tendo em vista que os alunos de 3° ano viveram processos 
de planejamento diversas vezes e já devem compreender a sua relevância. De todo modo, 
retome com eles o valor dessa prática, identificando seus ganhos com exemplos, para que 
os jovens visualizem a diferença que um bom planejamento pode fazer em um projeto. Não 
os deixe esmorecer durante essa etapa e crie estratégias para afastar a preguiça, caso ela 
apareça... Aposte com eles que, mais à frente, reconhecerão o quanto a dedicação de agora 
valeu à pena! E busque, junto com eles, solucionar as dificuldades enfrentadas no caminho. 
 Planejamento envolve tomada de decisões: Uma das principais motivações dos 
estudantes na etapa de planejamento é o fato de serem chamados a escolher os caminhos 
a seguir. Nesse momento, oriente-os para um olhar crítico diante das possibilidades que têm 
à frente. Quanto mais decidirem de modo colaborativo, como fruto de análise aprofundada 
entre os membros do time, melhor. 
 Uma série de reuniões: O Caderno do Estudante propõe que o trabalho de planejamento 
se concretize por meio de reuniões entre os membros do time. Reuniões estruturadas, com 
pautas construídas por eles, com um membro responsável pela mediação e outro pela 
relatoria, tempo para a abordagem dos temas pautados, definição de encaminhamentos e 
construção de uma ata com a síntese do trabalho. Desse modo, ao final da série de reuniões, 
o projeto estará elaborado, e, ao mesmo tempo, os alunos terão experimentado um “ritual” 
típico do mundo do trabalho. 
 Ao final, um projeto: O planejamento é um mapa do que será executado. Os alunos o 
desenvolverão na forma de um projeto, descrito no papel de maneira organizada. Para isso, 
precisam apoiar-se nos registros das ideias, decisões e estratégias construídas. Ajude-os 
nisso. Sem o devido registro, tudo tende a ficar perdido na hora da execução. Aos poucos, 
nas reuniões, o time vai dar estrutura ao projeto (objetivos, ações, produtos parciais, 
responsáveis, cronograma e estrutura necessária). É importante que o documento seja 
robusto, trazendo coerência entre os itens e clareza na descrição. 
 Help do padrinho ou madrinha: Na elaboração do documento, a experiência do 
profissional que está apadrinhando o projeto pode contar muito. Por isso, ajude os alunos 
no estabelecimento de diálogos com ele, de modo que essa experiência e conhecimentos 
específicos favoreçam o planejamento do projeto. 
 Compartilhamento dos projetos: Cada time apresenta seu projeto, fruto do esforço de 
planejamento, paraos outros times da turma, recebendo comentários, sugestões e 
recomendações. Os alunos precisam entender a importância desse momento, em que seus 
colegas analisarão o projeto que estão se propondo a realizar. Cuide do agendamento da 
rodada de apresentações, definindo uma data e o tempo que cada time terá para realizar 
sua apresentação e receber os comentários dos colegas. 
 Avaliação de processo e das aprendizagens: Mais uma rodada de autoavaliação dos 
alunos e devolutivas do professor. Cuide para que esse momento seja capaz de “fazer as 
fichas caírem”, ou seja, que os jovens compreendam o sentido e o significado daquilo que 
acabaram de viver para suas vidas, no presente e no futuro. 
 
 
 
 
 
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Avaliando durante o processo 
 
1. Os estudantes já possuíam uma noção prévia do que era a Lei de Murphy? Como foi o Ao 
longo da etapa de Planejamento, avalie as contribuições trazidas por você para que os jovens 
conseguissem: 
 
. perceber o planejamento como um aliado do time. Você contribuiu para motivar o time, 
ajudando-o na percepção de que um bom planejamento amplia as possibilidades de 
concretização de um projeto? Eles assimilaram bem essa conexão? 
. conhecer e praticar os valores e atitudes necessários ao trabalho de planejamento 
(dedicação, organização, respeito às ideias de todos, tomada de decisões e registro). Você 
colaborou para que o time praticasse esses valores e atitudes? Dialogou sobre isso, sempre 
que julgou importante para o time? 
. compreender os itens que compõem o planejamento. Você apoiou os alunos no 
entendimento do passo a passo de construção do planejamento? Conseguiu motivá-los a 
realizar os itens propostos? Ofereceu explicações ao verificar equívocos em relação à 
compreensão dos itens sugeridos? 
. realizar reuniões a partir de um caminho estruturado. Você conseguiu construir, com os 
alunos, reuniões com início, meio e fim, com responsáveis pela mediação e pelo registro, 
com participação de todos, com encaminhamentos claros e registro em ata? Eles se 
apropriaram desse caminho, podendo vivenciá-lo em outros contextos? 
. organizar e formalizar as informações e escolhas. Você orientou adequadamente o time 
quanto à formalização das ideias e escolhas em um documento, o projeto? 
. preparar-se para apresentar o projeto para os outros times da turma. Você dialogou 
com os jovens para que eles compreendessem o que é essa etapa de compartilhamento? 
Apoiou o preparo da apresentação? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 Atividade 6 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
1. Receba a turma e esclareça que esta é a primeira etapa da atividade “Competências e 
mundo do trabalho”, que tem como objetivo estimulá-los a avaliar e identificar as próprias 
competências socioemocionais, relacionando-as a algumas demandas do mundo do 
trabalho. 
Explique que, em suas duas etapas, a atividade buscará simular o processo de 
contratação de funcionários realizado em parte significativa das organizações do 
Brasil, que se constitui, basicamente, na análise de currículo e na realização de 
entrevistas. Ressalte que o objetivo é que eles avaliem e reflitam sobre suas 
 
Competências para o mundo do trabalho I 
 
Resumo Os jovens elaboram um Currículo de Competências no qual avaliam e 
reconhecem as próprias habilidades. 
Objetivos 
Estimular os estudantes, por meio da elaboração de um Currículo de 
Competências, a identificarem suas competências socioemocionais e como 
elas podem fazer a diferença para o ingresso no mundo do trabalho. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho trios. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
 
Competências para o 
século 21 
Autoconhecimento, comunicação e pensamento crítico. 
Duração Prevista 3 tempos. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
Autoimagem x A imagem que fazem de nós. 
 
Pode haver diferenças entre a autoimagem de uma pessoa e as características que os outros 
atribuem a ela. Para ficar apenas em um exemplo, podemos citar os casos daqueles que se 
consideram muito tímidas, mas que, contraditoriamente, têm desenvoltura para falar em público e 
para se relacionar no cotidiano. Embora os currículos sejam individuais, a formação dos trios poderá 
contribuir para que, ao longo da execução do trabalho, os jovens se ajudem, conversando sobre as 
competências e comparando a autoimagem que têm de si às imagens que os colegas fazem uns 
dos outros. Não deixe de incentivar que os estudantes tirem bom proveito dessa formação em trio 
para desenvolver a atividade. 
 
 
 
 
 
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© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
competências socioemocionais e o modo como elas podem se relacionar ao mundo 
do trabalho. Portanto, não se trata, como ocorreria em uma situação real de seleção 
de candidatos a uma vaga, de averiguar quem estaria mais ou menos apto a 
determinado trabalho. Deixe isso claro para a turma, ressaltando como o processo 
pode ser rico para que eles avaliem o próprio aprendizado, e incentive que todos se 
engajem no processo. 
 
2. Oriente os estudantes a se organizarem em trios. O critério de agrupamento deverá ser o de 
proximidade e amizade – por se conhecerem bem, os jovens poderão ajudar uns aos outros 
na identificação das competências e nas demais demandas da atividade. 
3. Peça que os jovens tenham em mãos o Caderno do Estudante aberto na Ficha 6 e indique 
que façam a leitura do tópico “O que eles esperam de nós?”, que apresenta depoimentos 
sobre as características que algumas grandes empresas buscam em seus funcionários. 
Oriente os grupos a estabelecerem, entre seus integrantes, um revezamento na leitura. 
4. Estimule a problematização da leitura nos grupos, a partir das seguintes questões: 
• Quais as semelhanças entre os vários depoimentos e o que elas indicam sobre o mundo 
do trabalho? 
• Quais as diferenças entre os depoimentos e o que elas revelam sobre as expectativas de 
cada empresa? 
• Quais das competências citadas nos depoimentos vocês reconhecem em si próprios, a 
partir da vivência escolar? 
 
Várias atividades de Projeto de Vida tangenciaram a relação explicitada aqui entre 
as competências socioemocionais e o mundo do trabalho. Ressalte para os alunos 
a importância de eles recorrerem a toda a bagagem adquirida ao longo desse 
percurso, relembrando os aprendizados em que puderam ter um “gostinho” desse 
conhecimento (como foi o exemplo do bate-papo com profissionais e da visita à 
universidade). Isso será importante para que eles complementem o conteúdo do 
Caderno do Estudante e possam construir um Currículo de Competências. 
 
5. Oriente os grupos a seguirem os passos do “como fazer” na Ficha 6 para a construção do 
Currículo de Competências. 
6. Promova uma roda de conversa para a turma trocar ideias sobre o processo vivenciado no 
encontro. Estimule o debate com as seguintes questões: 
 Quais foram os principais desafios para identificar e descrever suas competências? 
 Como a formação em trio auxiliou na construção dos currículos? 
 Como vocês imaginam que as competências elencadas por vocês podem ser importantes 
para que consigam se inserir no mundo do trabalho? 
 
7. Agradeça aos alunos pela presença, destacando os pontos positivos do encontro. Ressalte 
a importância de guardarem seus currículos, pois ele será importante para a segunda etapa 
da atividade, no próximo encontro. 
 
 
 
 
 
 
 
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© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
1. Se você pudesse avaliar o encontro em uma palavra,qual seria ela? 
2. Os alunos souberam relacionar a proposta da atividade a outras vivências realizadas no 
primeiro semestre do 3° ano? Como? 
2. A relação entre as competências socioemocionais e o mundo do trabalho ficou clara para 
os alunos? Se não, como você pode ajudá-los a esclarecer esse vínculo? 
3. Como você avalia os currículos construídos pelos alunos? Eles foram feitos a partir de 
uma visão autoavaliativa? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Competências para o mundo do trabalho II 
 
Resumo A partir da realização de entrevistas, os estudantes exploram suas 
competências para o mundo do trabalho. 
Objetivos 
Os estudantes simulam “entrevistas de emprego” em que o foco das 
questões está relacionado às competências socioemocionais 
trabalhadas no componente curricular Projeto de Vida. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com 
momentos em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho 
em trios. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
Competências para o 
século 21 
Autoconhecimento, comunicação e pensamento crítico. 
Duração Prevista 3 tempos. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
Observações que vão além do conteúdo da fala. 
 
Na Ficha 7 do Caderno do Estudante há o espaço “Observações”, para os estudantes anotarem 
aspectos da experiência da entrevista, no papel de entrevistadores ou entrevistados. Incentive-os a 
descreverem suas impressões sobre o processo, avaliando a própria performance e a dos colegas. 
Além de contribuir para a avaliação final da atividade, essas observações permitem que os jovens 
“estudem” a si mesmos e a seus colegas de trio em relação a dimensões não ditas, mas que se 
expressam na fala. Ajude-os com perguntas, tais como: 
 
- Qual foi o sentimento durante a entrevista: ânimo, nervosismo, segurança, incerteza? 
- As falas dos entrevistados foram claras, coesas e pareceram verdadeiras? 
- O que elas revelaram sobre eles? O que a expressão corporal dos entrevistados dizia sobre eles? 
 Atividade 7 
 
 
 
 
 
27 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
Desenvolvimento 
1. Receba a turma e apresente um breve panorama do encontro. Nesta segunda etapa da 
atividade “Competências e Mundo do Trabalho”, os jovens simularão uma entrevista de 
emprego voltada à avaliação de suas competências socioemocionais. Nessa dinâmica, os 
estudantes se alternam entre dois papéis: o de recrutadores (ou entrevistadores) e o de 
entrevistados. 
2. Peça para a turma organizar-se nos mesmos trios do encontro anterior. Lembre-os de terem 
em mãos o Currículo de Competências. Esse documento servirá de suporte à atividade de 
entrevista. 
3. Indique que façam circular seus currículos em seus trios, de modo que cada um tenha tempo 
de ler os documentos de seus colegas. Explique que esse passo é importante para a 
entrevista que se segue. 
4. Peça que os jovens tenham em mãos o Caderno do Estudante aberto na Ficha 7, que 
apresenta orientações para a realização da entrevista. 
Lembre os trios de repetirem o revezamento entre seus membros na leitura das 
orientações para a dinâmica de entrevistas. 
 
5. Estabeleça uma duração para a dinâmica proposta no Caderno do Estudante e informe que 
os trios serão responsáveis por gerir o próprio tempo, de modo que todos possam participar 
da roda de conversas final. Observe o desenvolvimento do trabalho e mostre-se disponível 
para ajudá-los na resolução de qualquer dúvida. 
6. Nos minutos finais, promova uma roda de conversa. Todos devem ter em mãos as 
observações feitas durante a dinâmica de entrevistas. Faça a mediação de um debate em 
que os estudantes avaliem a atividade e o próprio desempenho. As seguintes questões 
podem ser o ponto de partida: 
 Quais as principais competências demandadas para a realização das entrevistas? 
 Do ponto de vista do papel de recrutador, o que vocês acreditam que as entrevistas revelam 
sobre os entrevistados? 
 Do ponto de vista do papel de entrevistado, como avaliam o próprio desempenho? 
 
 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
1. Os vínculos deste encontro com o anterior ficaram claros para os alunos? Como você avalia 
o aprendizado da turma quanto a competências e mundo do trabalho? 
 
2. Os trios geriram bem o tempo de realização das entrevistas? Houve imprevistos? 
 
3. Durante a roda de conversa, os estudantes conseguiram avaliar a atividade e o próprio 
desempenho de maneira crítica? 
 
4. Como você avalia a qualidade da sua mediação na atividade? Que mudanças faria, nesse 
sentido, numa próxima orientação? 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 Atividade 8 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
EXECUÇÃO: AGIR EM REDE! 
 
1. O principal objetivo da etapa de Execução é possibilitar que os alunos coloquem em prática 
as ações planejadas, exercitem a determinação diante de seus objetivos, enfrentem 
obstáculos sem se paralisar, aprendam a lidar com a frustração, cresçam com as 
adversidades, arrisquem, acertem, errem, experimentem, aprendendo por meio do fazer. 
2. As ações seguintes da etapa de Execução acontecem seguindo as orientações da Ficha 8 
do Caderno do Estudante, que estarão resumidas abaixo e acompanhadas de algumas 
orientações para a sua presença pedagógica. 
 
 Exercitar as dicas de ouro: Os alunos receberam, no Caderno do Estudante, 12 “dicas de 
ouro” para que a execução do projeto seja uma experiência positiva. Trabalhe 
cuidadosamente cada uma dessas dicas antes de eles “colocarem a mão na massa”. Discuta 
a diferença que elas podem fazer para que a execução das ações transcorra bem e gere 
resultados positivos. Retome essas dicas com os jovens sempre que perceber que eles 
 
Projeto de Intervenção: execução 
 
Resumo Os times colocam em prática os projetos de intervenção construídos ao 
longo das últimas semanas, cuidando para que todas as ações 
propostas sejam executadas, superando os desafios encontrados e se 
avaliando constantemente. 
Objetivos 
Possibilitar que os alunos coloquem em prática as ações planejadas, 
exercitem a determinação diante de seus objetivos, enfrentem 
obstáculos sem se paralisar, aprendam a lidar com a frustração, 
cresçam com as adversidades, arrisquem, acertem, errem, 
experimentem, aprendendo por meio do fazer. 
Organização da 
turma 
A atividade se desenvolve com os jovens organizados em times. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
- Suporte de registro dos estudantes (pode ser um caderno, agenda, 
diário de bordo do projeto ou o Álbum de Cartografia Pessoal) 
Competências para o 
século 21 
Comunicação, colaboração, responsabilidade e resolução de 
problemas. 
Duração Prevista 12 tempos 
 
 
 
 
 
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© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
estão cometendo deslizes quanto a relacionamento no time, dedicação ao projeto, 
manutenção do foco nos objetivos, gestão do tempo, divisão de responsabilidades, 
acompanhamento e replanejamento das ações, comunicação das ações, avaliação em 
processo e registro. 
 
 Antes, durante e depois de cada ação: Os jovens são orientados, no Caderno do Estudante, 
a algumas tarefas que precisam realizar antes, durante e depois de cada ação. Cuide para 
que experimentem essa prática de acompanhamento e se beneficiem dela. Uma dica é, a 
cada passo, olhar para as três listas de itens que não podem ser esquecidos. Uma olhada 
rápida, mas importante. 
 
 Avaliar cada ação logo após sua execução, replanejando as que virão: Conferir o andamento 
das ações, a participação do time, o alcance dos objetivos previstos e a repercussão na vida 
da escola é essencial.Mas adianta muito pouco avaliar apenas depois que o projeto tiver 
sido finalizado. Ajude os alunos a compreenderem a avaliação como prática cotidiana, que 
permite manter ou corrigir rumos, qualificando o projeto durante sua execução. Invista 
constantemente na autoavaliação deles e, claro, nas suas devolutivas! 
 
 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
Ao longo da etapa de Execução, avalie as contribuições trazidas por você para que os jovens 
conseguissem: 
. fortalecer a noção de time. Que contribuições você deu para que os jovens aprofundassem 
a noção de time, contribuindo para transformar as ideias em realidade? Quais foram os 
principais desafios para isso? 
. colocar em prática as 12 dicas de ouro. Você dialogou com o time sobre as dicas, ajudando-
o na compreensão do sentido de cada uma delas? Percebeu a necessidade de retomá-las ao 
longo da execução? Qual foi mais difícil de ser vivenciada pelos jovens? De que estratégias 
você lançou mão para superar tais desafios? 
. atuar com foco no planejamento. Você conseguiu que os jovens tomassem o planejamento 
feito como um guia para a atuação do time? Ajudou o time a perceber a relevância do 
planejamento no momento de execução? 
. ter abertura para alterar o planejamento, sempre que necessário. Você orientou 
adequadamente o time na avaliação das ações realizadas? Conseguiu ajudar os alunos a 
analisarem, permanentemente, se o que foi planejado se mostrou adequado no momento da 
execução e a não se frustrarem com a necessidade de mudança de rotas? Orientou-os a 
voltarem aos objetivos do projeto nos momentos de análise? Se foi preciso rever o 
planejamento, deu-lhes apoio nessa decisão? 
. cuidar do tempo. Os alunos conseguiram realizar as ações previstas no tempo disponível? 
Você deu as orientações e o apoio necessários para que eles fizessem uma boa gestão do 
tempo? E, assim como nas etapas anteriores, emitiu um alerta sempre que percebeu que eles 
estavam descuidando desse planejamento? 
 
 
 
 
 
 
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© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 Atividade 9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
AVALIAÇÃO: O QUE FIZEMOS COM NOSSAS REDES 
 
1. O principal objetivo da etapa de Avaliação é possibilitar que os alunos reflitam sobre os 
resultados conquistados, aprendendo com acertos e erros, adotando olhar crítico sobre o 
trabalho desenvolvido e identificando o que aprenderam com ele. 
 
2. As ações seguintes da etapa de Execução acontecem seguindo as orientações da Ficha 9 
do Caderno do Estudante, que estarão resumidas abaixo e acompanhadas de algumas 
orientações para a sua presença pedagógica. 
 
 
 Olhar sobre os resultados: a avaliação de resultados contempla dois aspectos: (1) as 
ações planejadas e (2) as aprendizagens e competências conquistadas e desenvolvidas – 
ou seja, a formação dos alunos. As ações previstas foram executadas? Deram certo? Que 
 
Projeto de Intervenção: avaliação 
 
Resumo Os jovens realizam uma avaliação que engloba todo o processo dos 
últimos meses que culminou na realização dos projetos de intervenção. 
Além disso, discutem sobre a possibilidade de perpetuarem, fora da 
escola, as redes e aprendizados desse processo. 
Objetivos 
Possibilitar que os alunos reflitam sobre os resultados conquistados, 
aprendendo com acertos e erros, adotando olhar crítico sobre o trabalho 
desenvolvido e identificando o que aprenderam com ele. 
Organização da 
turma 
A atividade se desenvolve com os jovens organizados em times. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
- Suporte de registro dos estudantes (pode ser um caderno, agenda, 
diário de bordo do projeto ou o Álbum de Cartografia Pessoal) 
Competências para o 
século 21 
Comunicação, pensamento crítico e autoconhecimento. 
Duração Prevista 4 tempos. 
 
 
 
 
 
31 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
importância tiveram? Que conhecimentos eles aprenderam com o projeto? Que 
competências cognitivas e socioemocionais desenvolveram? Um percurso sugerido no guia 
dos alunos ajudará na condução dessas análises. 
 
 Novo exercício de projeção: a avaliação final abre também uma discussão para o futuro a 
partir do interesse e das possibilidades de os alunos darem continuidade ao projeto fora da 
escola. O objetivo é que eles percebam a importância das redes para alimentar suas 
trajetórias de estudo e trabalho. Há interesses específicos em prosseguir com alguma ação 
ou desejo de viver experiências diferentes? Essa e outras questões podem orientar a 
discussão e motivar um novo ciclo de projetos. 
 
 
 
 
 
Avaliando durante o processo 
 
Ao longo da etapa de Avaliação, analise as contribuições trazidas por você para que os jovens 
conseguissem: 
. compreender o sentido de avaliação que estamos adotando no projeto. Você os ajudou a 
entender a avaliação como um processo crítico em relação ao que realizaram? Eles tomaram 
consciência do que aprenderam por meio do projeto? 
. identificar o que aprenderam e as competências que desenvolveram por meio do projeto. 
Você os ajudou a perceber o que aprenderam ao longo do projeto? Conseguiu que 
compreendessem e identificassem as competências cognitivas e socioemocionais (Matriz de 
Competências para o Século 21) que desenvolveram no percurso? 
. refletir sobre o interesse em continuar o projeto. Você conseguiu apoiar os alunos na 
análise das possibilidades que a continuidade do projeto pode trazer em suas trajetórias de 
estudo e trabalho, no futuro? Ajudou o time a pensar em novas ações para realizar? 
 
 
 
 
 
 
 
 
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© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
 Atividade 10 
 
 
 
 
 
 
 
Projeto de Intervenção: apropriação de 
resultados 
 
Resumo Os jovens são convocados a refletir sobre as vivências do processo de 
realização dos projetos de intervenção. Comemoram suas conquistas, 
reconhecem impactos da experiência na própria formação e projetam, 
no futuro, formas de apropriação das competências desenvolvidas. 
Objetivos 1. Possibilitar que os jovens reconheçam e comemorem as conquistas 
alcançadas com o projeto, valorizem as contribuições de cada membro 
do time e, principalmente, pensem em que a experiência vivenciada 
poderá inspirá-los no futuro próximo e distante. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com 
momentos em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho 
individual. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
 
Competências para o 
século 21 
Autoconhecimento, pensamento crítico e comunicação. 
Duração Prevista 2 tempos. 
 
Desenvolvimento 
APROPRIAÇÃO DE RESULTADOS: ENREDANDO O FUTURO 
 
1. O principal objetivo da etapa de Apropriação de Resultados é possibilitar que os jovens 
reconheçam e comemorem as conquistas alcançadas com o projeto, valorizem as 
contribuições de cada membro do time e, principalmente, pensem em que a experiência 
vivenciada poderá inspirá-los no futuro próximo e distante. 
2. As ações seguintes da etapa de Execução acontecem seguindo as orientações da Ficha 10 
do Caderno do Estudante, que estarão resumidas abaixo e acompanhadas de algumas 
orientações para a sua presença pedagógica. 
 Significação da vivência no projeto: A atividade proposta aos alunos pretende ajudá-los 
a, individualmente, significar a experiência no projeto. Vai além da avaliação, pois requer 
que eles reflitam sobre o sentido de tudo o que viveram para suas vidas. Mais que isso, é 
 
 
 
 
 
33 
© Instituto Ayrton Senna Projeto de Vida 3º ano /2º semestre 
hora de provocá-los a pensar na importância dos aprendizados conquistados para outras 
oportunidades, na vida como um todo. 
 Compreensão do sentido de praticar “rituais” próprios do mundo do trabalho: Os 
alunos realizaram brainstormings, reuniões

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