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OPA_PROJETO DE VIDA 2º ANO 1º SEMESTRE

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Prévia do material em texto

2º ano/1º semestre 
 
 
 
 
Orientação para Planos 
de Aulas (OPA) 
 
Projeto de Vida 
 
Projeção de futuro e desenvolvimento juvenil 
em várias dimensões 
 
Uma parceria entre a SED/SC e 
o Instituto Ayrton Senna 
1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
S
u
m
á
ri
o
 
Introdução 
p. 2 
Por que trabalhar com projetos de vida? p. 3 
Metodologias e gestão de encontros p. 6 
Cardápio de atividades p. 11 
Mapa das atividades p. 16 
 
Uma parceria entre a SED e o 
Instituto Ayrton Senna 
 
2º ano/1º semestre 
OPA - Orientação para planos 
de aulas 
 
 
Projeto de Vida 
 
Projeção de futuro e desenvolvimento juvenil 
em várias dimensões 
2 
 
Introdução 
 
Caro(a) professor(a), 
O conjunto de orientações e reflexões que estruturam este material foi elaborado para 
servir de alicerce à sua ação como mediador dos encontros de Projeto de Vida do 1º 
semestre do 2º ano. 
Esse componente curricular tem como objetivo estimular a reflexão dos estudantes 
acerca de suas trajetórias e, em especial, potencializar a formação para a autonomia, o 
que, na perspectiva da educação integral, significa prepará-los para fazer escolhas no 
presente e para o futuro, na escola e na vida. Escolhas apoiadas em quem são (suas 
identidades e valores) e no que querem ser (seus sonhos e aspirações). 
As atividades serão desenvolvidas em encontros semanais com os alunos, abordando 
temáticas diversas, porém sempre conectadas, como a identidade, o cotidiano escolar, 
a rotina de estudos, o mundo do trabalho e os projetos de vida dos jovens. Para 
esclarecer as intencionalidades educativas que embasam cada aspecto desse 
componente curricular e formar a base da sua ação mediadora, esta Orientação para 
Plano de Aulas (OPA) está organizada em quatro seções: 
 
Por que trabalhar com projetos de vida? 
Seção que explica os eixos orientadores do componente curricular Projeto de 
Vida, seus princípios e objetivos. Nela, estão explicitados os “porquês” da 
importância de formar os jovens para a autonomia, assim como o papel da 
escola e do professor nesse processo. 
Metodologias e gestão de encontros 
São apresentadas orientações gerais para sua atuação nas situações 
educativas do componente curricular, apontando posturas que devem ser 
adotadas na sala de aula, aspectos relacionais da sua mediação e modos de 
envolver e mobilizar os estudantes para a concretização de uma atitude 
protagonista. 
Cardápio de atividades 
Dispõe sobre a organização das atividades de Projeto de Vida ao longo do 
semestre e sobre como os encontros devem ser planejados por você e seus 
colegas professores. 
Mapa das atividades 
Apresentação, resumo e descrição de cada uma das atividades de Projeto de 
Vida propostas para o semestre. 
3 
 
 
Mediar os encontros durante um semestre certamente será um trabalho desafiador. 
Compreender e compartilhar as intencionalidades por trás de cada etapa desse 
percurso – do planejamento das aulas até o último momento avaliativo – é muito 
importante para que os jovens construam sentido para as ações nas quais estarão 
engajados. Para isso, é fundamental que sua mediação seja sempre propositiva, 
embasada e planejada a partir das orientações desta OPA, que se oferece como um 
guia para que Projeto de Vida seja um componente com potencial transformador para 
você e para seu grupo de orientandos. 
 
 
Por que trabalhar com 
projetos de vida? 
 
Porque é preciso conectar a escola à juventude. Os altos índices de evasão e baixos 
índices de aprendizagem no Ensino Médio no Brasil provocam uma reflexão sobre a 
conexão entre a escola e o mundo juvenil. A falta de sentido dessa etapa da 
escolaridade é o principal motivo apontado pelos jovens para a desistência dos estudos. 
Essa “crise de sentido”, em boa parte, provém da falta de articulação entre as 
identidades e as aspirações juvenis e a escola, que muitas vezes não é percebida como 
uma parceira efetiva para os estudantes enfrentarem os desafios de suas existências e 
de seu tempo. 
O trabalho com projetos de vida se integra à proposta curricular como possibilidade para 
formar e potencializar a ação de jovens protagonistas, para que estes se sintam 
corresponsáveis pela sua educação e empoderados na construção dos rumos de suas 
vidas. Para isso, Projeto de Vida situa os jovens no centro do processo educativo, 
reconhecendo-os em suas identidades (tendo em vista especificidades as mais 
variadas, como raça, gênero, orientação sexual, contexto cultural e socioeconômico), 
singularidades e potencialidades, como sujeitos sociais e de direitos, capazes de serem 
gestores de sua própria aprendizagem e de seus projetos futuros. 
Desses aspectos derivam dois grandes objetivos buscados ao se trabalhar os projetos 
de vida dos alunos como parte do currículo escolar: 
- oferecer espaço, escuta e mediação do professor para que os jovens reflitam 
sobre suas experiências na trajetória de estudantes e na relação com os demais, 
identificando seus aprendizados pessoais, relacionais, cognitivos e produtivos, 
de modo a atribuírem valor e significado a si mesmos, ao outro e ao 
conhecimento; 
- oferecer apoio e ferramentas para que professores e gestores possam influir 
positivamente no processo de construção da identidade e dos projetos de vida 
de/pelos seus alunos, exercendo as premissas da presença pedagógica nas 
aulas de projetos de vida. 
4 
 
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O que é Projeto de Vida 
 
- Conjunto de encontros destinados à criação de situações educativas orientadas e 
ricas em intencionalidades, que contribuam para a formação de jovens autônomos e 
protagonistas. 
- Momento de estímulo à reflexão dos jovens sobre a trajetória escolar e sobre a 
conexão da experiência estudantil com seus sonhos e projetos para o presente e o 
futuro. 
- Constante avaliação da vivência e da rotina de estudos dos jovens, reconhecimento 
dos desafios que enfrentam e valorização de suas aprendizagens – tanto em Projeto 
de Vida quanto em outras disciplinas da estrutura curricular. 
- Exercício de desenvolvimento de um conjunto de competências fundamentais para 
viver no século 21, como: autoconhecimento, colaboração, abertura para o novo, 
responsabilidade, comunicação, pensamento crítico, resolução de problemas e 
criatividade. 
- Espaço para instigar os jovens a mapear e problematizar as questões sociais, 
políticas e culturais do mundo contemporâneo e o modo como elas se relacionam 
aos seus sonhos e projetos de vida. 
- Ambiente para reflexão sobre as relações estabelecidas pelos estudantes com 
outros jovens, com os adultos que os cercam, com o conhecimento e as práticas 
vivenciados na escola e fora dela. 
O que não é Projeto de Vida 
- Espaço destinado a conversas descompromissadas e desorganizadas sobre a vida 
dos jovens. 
- Componente desvinculado das demais disciplinas do currículo, da rotina de estudos 
dos jovens e das questões do mundo contemporâneo. 
- Espaço para a resolução de todos os desafios e problemas vivenciados pelos 
estudantes em outras disciplinas. 
- Momento para realizar um mergulho psicológico no universo interior de cada jovem, 
de suas angústias e problemas. 
 
As atividades de Projeto de Vida são formuladas e estruturadas para atender a três 
dimensões: pessoal, cidadã e profissional, incluída nesta última a dimensão do jovem 
como estudante. Por seu caráter complementar na formação dos alunos, tais dimensões 
devem ser trabalhadas constante e simultaneamente. Assim, na dimensão pessoal, as 
atividades convidam os jovens a se aproveitar de suas experiências na escola, na 
família e no tempo livre para que se conheçam melhor, reconheçam suas forças e se 
apoiem nelas, olhem para o futuro sem medo, identifiquem seus interesses e 
necessidades, estabeleçam significado às vivências na escola e fora dela, e usem a 
determinação parasuperar as dificuldades e orientar a busca da realização de seus 
5 
 
sonhos. Esse trabalho perpassa, essencialmente, o Ciclo de Desenvolvimento Pessoal 
demonstrado no esquema a seguir: 
 
A dimensão cidadã se constrói como um desafio lançado aos alunos, também por meio 
de atividades intencionais, para que eles conheçam e compreendam seus direitos e 
deveres, e, principalmente, reflitam e dialoguem sobre as maneiras que vivenciam o 
compromisso com o outro e o bem comum. As experiências cotidianas na escola, em 
especial aquelas que dizem respeito ao convívio e à atuação em times nos projetos e 
nas aulas, serão focos de significação pelos jovens. 
Já a dimensão profissional provoca que os alunos reflitam e dialoguem sobre seus 
interesses em relação à sua inserção no mundo do trabalho, tendo como ponto de 
partida os conhecimentos, as habilidades e as competências desenvolvidas ao longo de 
sua trajetória escolar, familiar e comunitária, assim como seus sonhos e aspirações. 
Trata-se, também, de possibilitar que os alunos avaliem e signifiquem as experiências 
que tiveram na escola, para que possam projetar os próximos passos de formação e/ou 
início de atuação profissional. 
Como forma de abarcar essas três dimensões em diferentes âmbitos do universo de 
vivências dos jovens, o componente curricular se desenrola ao longo do Ensino Médio 
a partir dos eixos Identidade, Projeção do Futuro e Mundo do Trabalho, estruturados de 
acordo com as seguintes propostas e objetivos: 
1º ano – Eixo Identidade - Promover oportunidades para que os jovens se 
reconheçam, tendo em vista suas identidades pessoais, familiares, escolares e 
comunitárias. Possibilitar que os alunos, ao se conhecerem, apoiem-se em suas 
forças, como condição prévia para planejar o futuro. Apresentar o currículo e 
6 
 
gerar apropriação dos estudos pelos alunos. Orientar os alunos no 
acompanhamento de sua vivência escolar, favorecendo a aprendizagem e o 
desenvolvimento de competências. 
2º ano – Eixo Projeção do Futuro - Promover oportunidades para que os jovens 
identifiquem seus interesses, sonhos e necessidades, aprendendo a planejar o 
futuro. Orientar os alunos no acompanhamento de sua vivência escolar, 
favorecendo a aprendizagem e o desenvolvimento de competências. 
3º ano - Eixo Mundo do Trabalho - Promover oportunidades para que os jovens 
conheçam aspectos diversos (características, possibilidades, dilemas etc.) que 
permeiam o mundo do trabalho e identifiquem, reflitam e dialoguem sobre seus 
interesses nesse contexto. Orientar os alunos no acompanhamento de sua 
vivência estudantil, favorecendo a aprendizagem e o desenvolvimento de 
competências para a vida escolar e para o mundo do trabalho. 
Esses eixos, ainda que fortalecidos em seus respectivos anos, são contemplados em 
atividades de todos os semestres do Ensino Médio, revelando uma forte conexão entre 
a identidade, as habilidades, os desejos e planos de futuro que os jovens traçam para 
si. 
 
Metodologias e gestão de encontros 
 
Para a formação de jovens protagonistas, é fundamental que as práticas de ensino 
teçam uma abordagem colaborativa, problematizadora e conectada com a vida dos 
estudantes, de modo a desenvolver, de forma estruturada e intencional, as 
competências para o século 21. Para isso, é fundamental que os professores pratiquem, 
nos encontros de Projeto de Vida, a presença pedagógica, a problematização e o 
exercício da aprendizagem colaborativa: 
 
Presença pedagógica: metodologia que se fia na interação e na colaboração entre 
professores e estudantes, convocando e auxiliando o estudante em seu processo de 
desenvolvimento cognitivo e socioemocional; estabelecendo um vínculo de 
acolhimento, exigência e compromisso, sem perder o foco no conhecimento a ser 
construído e no desenvolvimento do aluno; utilizando-se de técnicas qualificadas de se 
fazer próximo do aluno pelo viés da ação educativa, dando atenção, reconhecendo as 
singularidades identitárias e os potenciais de cada jovem; estimulando a participação e 
promovendo a escuta atenta e a comunicação clara e respeitosa; envolvendo os 
estudantes em situações de aprendizagem que exijam responsabilidade e 
compromisso, ajudando-os a gerirem suas aprendizagens e incentivando-os a crescer. 
 
Problematização: trata-se de investir numa postura mediadora que busque despertar 
e convocar o estudante para participar ativamente da construção do conhecimento, 
criando desafios e questões para reflexão, em vez de oferecer respostas prontas; 
7 
 
aprofundar os conhecimentos a partir do diálogo; lançar os estudantes na estimulante 
vivência de criar, investigar e resolver problemas. 
 
Aprendizagem colaborativa: estímulo à aprendizagem em times (alunos agrupados 
em duplas, trios, quartetos etc.), ao diálogo constante, potencializando nos jovens a 
corresponsabilidade para aprenderem juntos, apoiando-se naqueles desafios grandes 
demais para resolverem sozinhos e desenvolvendo autonomia em relação ao professor, 
que passa a atuar na mediação do trabalho dos alunos e da sua aprendizagem. 
 
Essas metodologias norteiam a gestão dos encontros de Projeto de Vida. Elas se 
desdobram em várias outras posturas que se mostram importantes para balizar a sua 
mediação junto ao grupo de orientandos, trazendo à tona o seu jeito de trabalhar, mas 
dialogando com o material de referência de maneira bem próxima, sem descaracterizar 
a proposta. Para isso, é preciso se preparar com cuidado para os encontros de 
orientação, que devem oferecer condições para que essa complexa articulação se faça 
possível. Para isso, alguns procedimentos são fundamentais: 
 
 Preparação das aulas com foco na aprendizagem 
 
Ao planejar a aula, esteja atento a uma série de cuidados e detalhes que são 
decisivos à criação de um ambiente favorável ao desenvolvimento das atividades 
com foco, autonomia e cooperação. Para auxiliar nesse aspecto, nas atividades 
desta OPA há quadros que detalham e esclarecem as intencionalidades que 
embasam as formas de organização da turma, as especificidades metodológicas 
e o tempo destinado às etapas de todos os encontros. Essas orientações são 
importantes para o seu planejamento! 
 
 
 Organização do espaço da sala para traduzir as intenções educativas 
O diálogo, o debate e o trabalho colaborativo devem marcar os encontros de 
Projeto de Vida, e a organização da sala de aula (ou do espaço em que serão 
realizados os encontros) deve refletir essa escolha metodológica. Por isso, 
prepare a sala junto com os alunos, organizando as cadeiras e dispondo o 
mobiliário, os pertences de todos e os materiais necessários às atividades do dia 
de forma organizada. Lembre-se que um ambiente limpo e arrumado é elemento 
facilitador de um trabalho com foco e concentração. Já o contrário – um espaço 
“bagunçado” – é um convite à dispersão. 
Para a maioria das atividades recomendamos que, na conversa inicial e no 
“aquecimento” do encontro, a turma se organize em roda. Dessa forma, todos 
podem se enxergar e a interação é estimulada. Para as outras etapas das 
atividades, a turma se organiza conforme as indicações da OPA. 
 
 
 
 
8 
 
 Acolhida dos encontros e combinados com a turma 
 
A primeira meia hora de cada encontro é decisiva para “aquecer” ou “esfriar” os 
alunos para as atividades propostas. Acolher bem e propor um bom papo faz 
toda a diferença nesse momento. E um “bom papo”, aqui, vem carregado de 
intencionalidades educativas: é o momento de reforçar os combinados da turma, 
dialogar sobre os objetivos de cada atividade e explicitar que atuação se espera 
deles. Aqui vão algumas dicas: 
Avaliação em processo: logo no início dos encontros (10 a 30 minutos), todos 
devem ser convidados a falar de sua vivência na escola, de como está a 
frequência e a pontualidade nas atividades, bem como a participação e o 
aproveitamento nas aulas e nas experiências do núcleo. Deveser dado espaço, 
inclusive, para que os alunos apresentem e discutam seus planos semanais de 
estudo. À medida que as experiências e dificuldades são relatadas, sugira 
reflexões (individuais e coletivas), destaque conquistas e desafios e encoraje 
também as contribuições dos colegas. O essencial, nesse momento de abertura 
dos encontros, é sempre discutir com os alunos as escolhas que eles têm feito, 
pois é por meio de uma reflexão própria que eles ganham autonomia para gerir 
seus estudos, ações e atitudes. 
 
Propomos que, em vez de condenar de forma efusiva determinados 
comportamentos e práticas considerados inadequados, o professor convide o 
aluno a se envolver no processo, a construir uma crítica própria, avaliando suas 
ações à luz de seus objetivos de vida. Para que aconteça de forma efetiva, essa 
construção de sentido tem de ser fundamentalmente do aluno. Lembramos que 
é necessário empenho – do professor e do estudante – na superação, pelo 
jovem, da prática da disciplina exterior pela disciplina interior (autonomia, 
autodeterminação, autodisciplina); 
Pacto de trabalho: reapresente aos alunos os combinados – estabelecidos, de 
forma consensual, na primeira atividade do semestre – sobre como atuar 
individual e coletivamente; 
Apresentação da proposta de trabalho do dia: exponha de forma clara os 
objetivos da atividade do dia. Isso é essencial para que os alunos compreendam 
o sentido e se envolvam com o que está sendo proposto. Dialogar sobre as 
intenções de cada atividade é um aspecto central a ser observado a cada 
encontro com os alunos. 
 
 
 Acompanhamento da participação dos jovens e da sua mediação 
 
A atenção individualizada ao processo educativo de cada aluno é o fundamento 
da orientação de Projeto de Vida. Portanto, a participação de cada jovem nos 
encontros é de suma importância. Tal participação deve ser monitorada a cada 
aula e alguns instrumentos podem auxiliar nessa tarefa, como a lista de 
9 
 
presença. Para um monitoramento qualitativo, recomenda-se também realizar 
anotações com pontos de atenção relacionados tanto a cada um dos jovens 
quanto à turma, seus aprendizados e crescimentos. Com esses dados em mãos, 
você terá uma fonte segura para refletir sobre o andamento dos encontros, os 
principais desafios apresentados pelos jovens e também sobre o seu próprio 
trabalho de mediação. 
Para estimular esse exercício constante de monitoramento, ao final de cada 
atividade proposta na OPA há um quadro intitulado “Avaliação em processo". 
Nele são apresentadas algumas perguntas que irão contribuir para a avaliação 
dos encontros: os principais objetivos das atividades foram alcançados? A turma 
se envolveu no desenvolvimento das ações? Há evidências de que os 
estudantes conquistaram aprendizagens importantes para sua formação? Você 
atuou com presença pedagógica e com uma postura problematizadora? 
 
Ao final de cada bimestre há também uma atividade de feedback, quando você 
terá a oportunidade de dar uma devolutiva aos alunos, conversando 
individualmente com cada estudante sobre o percurso do semestre, 
apresentando sua avaliação sobre as posturas, aprendizados e competências 
de cada um. 
 
 Gestão cuidadosa do tempo e da atenção 
Cada encontro tem um objetivo claro e um conjunto de ações essenciais à 
consecução de tal objetivo. Por isso, é importante que, a cada atividade, seja 
cumprido o ciclo de trabalho proposto. Para que isso seja possível, é necessário 
que o tempo seja bem utilizado e que a dispersão seja evitada. Você deve criar, 
com os alunos, uma cultura de respeito aos horários de início e fim das atividades 
e cuidar para que os tempos de desenvolvimento previstos para cada uma delas 
sejam respeitados. Evidentemente, ao perceber que determinada atividade 
demandou mais tempo que o previsto, você pode rever o planejamento e fazer 
os ajustes necessários para que a qualidade do trabalho seja potencializada. 
Por isso, é preciso: explicar de forma clara o trajeto a ser percorrido no encontro, 
destacando os pontos que mereçam mais atenção do grupo de orientandos; 
informar o tempo previsto para cada atividade e propor um combinado em 
relação a como será feita a gestão desse tempo (se vai ficar a cargo dele ou de 
algum aluno, em que momentos e como serão feitos os avisos de que o tempo 
de cada atividade está se esgotando etc.); e detectar os momentos de dispersão, 
chamando a atenção para o foco da atividade, sempre que houver situações de 
falta ou perda de concentração. 
 
 
 
10 
 
 Contextualização das atividades 
O aluno precisa perceber que as atividades que vivencia na escola têm sentido 
em sua vida, compreender que há intensa conexão entre os conhecimentos 
trabalhados na escola, a realidade social, o mundo do trabalho e sua vida prática 
– incluindo o caminho a ser trilhado para a concretização de seus objetivos e 
sonhos. 
Você tem o papel importantíssimo no processo de dar visibilidade a essa 
conexão. Sua tarefa é explicar, despertar a curiosidade, problematizar cada 
experiência relatada ou vivenciada no núcleo, relacionando-a com inquietações, 
anseios e elementos cotidianos da vida dos jovens. Por isso, você deve ter um 
cuidado permanente em dar significado às experiências vivenciadas nos 
encontros, relacionando-as todo o tempo com os interesses e projetos pessoais 
dos estudantes. 
 Articulação do processo à Matriz de Competências para o Século 21. 
É necessário que os alunos conheçam e compreendam o significado e a 
importância, para seu desenvolvimento pessoal, social e profissional, de cada 
uma das competências que integram tal Matriz. Também é crucial que os jovens 
percebam de que modo os aprendizados vividos na escola o ajudam a fortalecer 
tais habilidades e competências. Eles precisam saber, enfim, que um objetivo 
importante da escola é que desenvolvam essas competências, essenciais para 
uma vida plena. Também é necessário lembrá-los de que, de tempos em tempos, 
deverão se perguntar em que medida estão alcançando esse objetivo. 
Ao longo dos encontros de Projeto de Vida, seja nos momentos de execução ou 
avaliação das atividades, busque sempre problematizar a temática das 
competências socioemocionais com os jovens, principalmente no sentido de 
ajudá-los a reconhecer as competências mobilizadas no percurso de cada ação 
educativa. 
No quadro a seguir é apresentada a Matriz de Competências para o Século 21. 
 
Matriz de Competências para o Século 21 
 
Responsabilidade 
- Refere-se à perseverança e eficiência na busca de objetivos, mesmo 
em situações adversas. 
- Está relacionada ao quanto as pessoas são organizadas, dedicadas, 
persistentes, autônomas e determinadas. 
 
Pensamento 
crítico 
- Analisar ideias e fatos em profundidade, investigando os elementos 
que os constituem e as conexões entre eles, utilizando conhecimentos 
prévios e formulando sínteses. 
- Saber analisar e sintetizar ideias, fatos e situações, assumindo 
posicionamentos fundamentados. 
 - Mobilizar conhecimentos e estratégias para solucionar problemas da 
vida e aprender com o processo, aplicando as soluções em outros 
contextos. 
11 
 
Resolução de 
problemas 
- Saber identificar um problema, levantar hipóteses, estabelecer 
relações, gerar alternativas, organizar conhecimentos, arriscar-se a 
solucioná-lo, sem medo de errar. 
 
Abertura para o 
novo 
- Disposição para novas experiências (estéticas, culturais e 
intelectuais) e comportamentos de exploração. 
- Ter abertura para errar e aprender coisas novas. 
- Demonstrar atitude curiosa, inventiva e questionadora em relação à 
vida. 
 
Colaboração 
- Atuar em sinergia e responsabilidade compartilhada, respeitando 
diferenças e decisões comuns. 
- Inclui a habilidade de adaptar-se a diferentes situações sociais e a 
reconhecer-se como parte de um coletivo. 
- Disposição para contribuir e construir em conjunto, em grupos 
pequenos e grandes.Comunicação 
- Compreender e fazer-se compreender em situações diversas, 
respeitando os valores e atitudes envolvidos nas interações. 
- Saber ouvir e interagir com o outro. 
- Utilizar criticamente as habilidades de leitura e de produção textual. 
 
Criatividade 
- Ser capaz de fazer novas conexões a partir de conhecimentos 
prévios e outros já estruturados, trazendo contribuições de valor para 
si mesmo e para o mundo. 
- Propor novas abordagens e buscar novas soluções, gerenciando 
variáveis aparentemente desconexas. 
 
Autoconhecimento 
- Capacidade de usar o conhecimento de si, a estabilidade emocional 
e a habilidade de interagir nas tomadas de decisão, especialmente em 
situações de estresse, críticas ou provocações. 
- Reconhecimento das suas próprias qualidades, confiança em si 
mesmo para vencer desafios e capacidade para crescer nessas 
situações. 
Por meio dos procedimentos metodológicos e cuidados de gestão da aula apresentados 
aqui, é possível criar um bom clima de trabalho nos encontros de orientação – marcado, 
ao mesmo tempo, pelo envolvimento de todos e pela leveza. Leveza que nasce em um 
ambiente de diálogo aberto e sereno, de mobilização e cooperação a partir de sentidos 
compartilhados e de objetivos em comum. 
 
Cardápio de atividades 
 
Tendo dialogado sobre os princípios e metodologias que permeiam o componente 
curricular Projeto de Vida, é hora de planejar o 1º semestre de encontros da turma do 
2º ano. Delinear esse itinerário exige atenção e cuidado, pois é importante que ele seja 
repleto de sentido, tanto para você e seus colegas professores quanto para os jovens, 
e também que ele possa ser plenamente realizado. 
A OPA funciona como um “cardápio de atividades”. Isso significa que este material 
apresenta uma série de proposições que podem ser desenvolvidas com o seu grupo de 
orientandos nos encontros de Projeto de Vida. Ao todo, são 21 atividades que, somadas, 
totalizam 54 tempos. Mas nem todas elas deverão ser realizadas, afinal, não haverá 
tempo para isso! Como um semestre deste componente curricular tende a comportar de 
34 a 44 tempos (pode variar de um ano para o outro ou de uma escola para outra, tendo 
12 
 
em vista os acontecimentos cotidianos), é necessário adequar o planejamento e fazer o 
seu próprio roteiro. Isso significa que o Projeto de Vida de cada escola é singular, 
elaborado conforme a avaliação dos professores-orientadores. O importante é que 
todos os professores que orientam Projeto de Vida na sua escola trabalhem, de modo 
colaborativo, na definição das atividades que serão realizadas no semestre e 
compartilhem momentos de planejamento. O espaço da reunião pedagógica pode ser 
importante para que esse planejamento coletivo se efetive. 
 
O QUE DEVE SER LEVADO EM CONTA PARA A ELABORAÇÃO DO 
PLANEJAMENTO DO SEMESTRE? 
 Tempo 
O primeiro passo é consultar o calendário escolar e quantificar os tempos 
destinados a Projeto de Vida durante o semestre. Dessa forma, o semestre 
poderá ser planejado e incluir tanto as atividades “essenciais” quanto as 
“opcionais”. 
 Eixo 
As atividades são divididas em dois eixos. As do eixo estruturante são 
essenciais, por isso, têm o período exato em que devem acontecer já definido. 
As do eixo elegível, por sua vez, são intercambiáveis e podem ou não integrar o 
planejamento do semestre. 
Eixo estruturante: trata-se das atividades fundamentais para a realização de um 
percurso de Projeto de Vida que atenda a todos os princípios do componente 
curricular. São atividades essenciais e devem ser contempladas pelo seu 
planejamento impreterivelmente. As atividades desse eixo versam sobre a 
escolha do professor orientador, o acompanhamento sistemático da vivência 
escolar dos jovens e a avaliação final e individual do semestre. 
Eixo elegível: compreende as atividades que podem ou não integrar o seu 
planejamento e dos seus colegas professores. Para balizar a escolha da equipe 
docente, um critério importante é que elas estejam alinhadas à intencionalidade 
da trajetória proposta por vocês. 
 Etapa do semestre 
Cada atividade proposta no cardápio é indicada para um “momento” específico 
do semestre: início, meio ou fim. Essa divisão foi feita tendo em vista a 
organização por bimestres do calendário escolar, mas o seu planejamento 
também deve levar em conta alguns aspectos: 
- A escolha dos orientadores (atividade do eixo estruturante) é feita 
sempre no início do semestre. O orientador trabalha com os mesmos 
alunos durante todo o semestre. 
13 
 
- Há atividades de avaliação do percurso (também do eixo estruturante) 
alocadas no meio e no final do semestre. 
- É indicado que as atividades mais complexas ocorram no meio dos 
bimestres, para que não coincidam com as semanas de avaliação final 
das disciplinas ou de fechamento de notas. As semanas de encerramento 
dos bimestres são o momento ideal para atividades que promovem 
reflexão de maneira intensiva sobre o cotidiano escolar e a rotina de 
estudo dos jovens. 
 Adaptação à proposta curricular de Projeto de Vida 
O planejamento do semestre deve responder aos eixos norteadores de Projeto 
de Vida (Identidade, Projeção do Futuro e Mundo do Trabalho), de forma que a 
temática principal do ano seja contemplada. Mas é importante lembrar, também, 
que esses eixos se interpenetram, sendo importante que estejam contemplados 
no planejamento do semestre. 
Além disso, as atividades elencadas devem, em seu conjunto, contemplar as 
dimensões pessoais, cidadãs e profissionais do universo juvenil, assim como 
mobilizar variadas competências socioemocionais. Portanto, ter essa 
diversidade é importante. 
 Disponibilidade de materiais e demais recursos 
Ao selecionar as atividades, é importante garantir que os materiais básicos à sua 
realização estarão disponíveis – pode ser papel, canetinhas, computador com 
projetor, sistema de som, internet e assim por diante. Se julgar que alguma das 
atividades ficará defasada pela ausência de algum desses materiais, prefira 
outras em que os objetos estejam disponíveis ou pense em “plano b”, com 
materiais alternativos para a realização dessas atividades. 
 Alinhamento com outras turmas e com as atividades da escola 
É importante que você trabalhe de modo alinhado a outros professores que 
orientam times do 2º ano, de modo que seja adotado um percurso similar junto 
aos alunos. Mas, se julgarem importante, é possível haver uma ou outra 
atividade específica, tendo em vista o perfil dos estudantes e seus interesses. 
Esse arranjo pode funcionar de maneira estratégica, especialmente para 
aquelas atividades que demandam uma logística mais complexa, como visitas a 
espaços exteriores à escola. 
 
COMO SÃO ESTRUTURADAS AS ATIVIDADES? 
Cada atividade apresenta o passo a passo de seu desenvolvimento, com indicações 
detalhadas para fomentar a sua mediação durante os encontros. Elas se iniciam com 
um quadro que apresenta um resumo, seus objetivos, o modo como a turma se 
organiza, o eixo e a etapa do semestre à qual a atividade pertence, as competências 
14 
 
para o século 21 que ela mobiliza, sua duração prevista e dicas para a sua mediação e 
para a sua presença pedagógica. 
Além disso, há outros elementos que compõem a OPA e merecem destaque: 
 Temporização das atividades: Além de detalhadas passo a passo, as 
atividades são temporizadas, ou seja, é sugerido um tempo para cada uma de 
suas etapas. 80 minutos é a duração total de cada atividade de dois tempos – 
isso porque, é importante lembrar, ao início de cada encontro deve ser reservado 
um tempo para fazer a avaliação em processo dos alunos, conforme indicado na 
seção “Acolhida dos encontros e combinados com a turma” deste material. 
Como professor orientador, você tem autonomia para rearranjar os tempos 
previstos para cada etapa, conforme o decorrer das ações. Mas é sempre 
importante lembrar que, mesmo após os rearranjos, todas asetapas devem ser 
vivenciadas, para que os objetivos sejam alcançados. Vale ressaltar também 
que, excepcionalmente, algumas atividades não são temporizadas, de modo que 
você e o grupo de orientandos possam tomar as rédeas da gestão do tempo do 
encontro. 
 Quadros com dicas metodológicas: permeando o passo a passo, há caixas 
de texto para orientações de mediação ao longo da atividade e para outras 
informações que mereçam destaque. 
 Quadro “Avaliação em processo”: localizado ao final de cada atividade, 
apresenta questões para estimular a sua avaliação do desenvolvimento da 
atividade, tanto no que se refere à atuação dos jovens quanto à sua própria 
mediação. 
 Anexos: Algumas atividades orientam para a leitura de seus anexos 
correspondentes. Localizados ao final desta OPA, os anexos são, em sua 
maioria, textos complementares para fomentar a sua mediação. Há também 
peças que devem ser impressas ou copiadas à mão em outras folhas para a 
realização da atividade. 
 Caderno do Estudante: O Caderno do Estudante é um material destinado aos 
jovens e deve ser entregue a eles logo no início do semestre, um por aluno. O 
caderno apresenta Fichas que são complementares à OPA e que dispõem textos 
e orientações que estimulam o desenvolvimento da autonomia dos estudantes 
durante os encontros. Não deixe de reforçar com os jovens a importância de eles 
terem sempre em mãos o Caderno do Estudante durante os encontros de Projeto 
de Vida. 
 Álbum de Cartografia Pessoal: Instrumento que servirá como base de registro 
para os alunos ao longo dos três anos de Projeto de Vida no Ensino Médio. Esse 
material será construído e customizado pelos jovens em uma das atividades 
propostas para o semestre. 
15 
 
 
Seguindo essas orientações, o percurso planejado para os encontros de Projeto de Vida 
do semestre tem tudo para funcionar com sucesso. Mas não deixe de ter em conta que, 
apesar de essenciais para a sua mediação, o cardápio de atividades e o seu 
planejamento devem ser tomados como ferramenta flexível e adaptável, passível de 
mudanças. Se, em algum momento do itinerário pensado para o semestre você julgar 
que outras atividades do cardápio podem se adequar melhor às dinâmicas da sua turma 
de orientandos, ou se os estudantes não estiverem mobilizados pelas atividades 
escolhidas, o percurso pode e deve ser replanejado, por meio do diálogo com os 
demais professores e com a equipe gestora da escola, tendo sempre em conta os 
pontos discutidos aqui. 
 
16 
 
Mapa das Atividades 
Nome 
 
Resumo 
 
Duração 
prevista 
Página 
 
Atividade 
1 
 
Escolha do 
professor 
orientador 
Conversa sobre escolhas que fazemos ao 
longo da vida, diálogo sobre o processo de 
escolha do professor orientador, com uma 
reflexão sobre os diversos aspectos a 
serem considerados em tal escolha. 
Apresentação de informações sobre o 
funcionamento do processo de escolha e 
levantamento, por cada aluno, de três 
nomes de professores que gostariam de 
ter como orientadores. 
 
2 aulas 
 
p. 19 
 
Atividade 
2 
Trote Protagonista Recepção da turma e ideação de um trote 
protagonista para recepcionar e acolher os 
estudantes do 1º ano do Ensino Médio. 
 
2 aulas 
 
p. 22 
 
Atividade 
3 
 
Álbum de 
cartografia pessoal 
Início da elaboração desse instrumento de 
registro que será utilizado durante este e o 
próximo ano. 
 
2 aulas 
 
p. 26 
 
Atividade 
4 
 
Não posso mais 
viver sem mim 
Reflexão e trabalho sobre a autoestima, 
elemento fundamental à construção de um 
projeto de vida, que resulta na produção de 
refrões musicais compostos pelos alunos. 
 
2 aulas 
 
p. 30 
 
Atividade 
5 
 
Família é Isso Aí! 
Por outro lado... 
Debate e jogo sobre a pluralidade de 
sentidos que a palavra “família” assumiu 
nos dias atuais, bem como sobre a 
importância de que o jovem não se prenda 
a um modelo ideal em sua reflexão sobre 
a própria família. 
 
2 aulas 
 
p. 33 
 
Atividade 
6 
 
Aprendendo e 
Estudando juntos 
Vivência de estudo conjunto entre os 
estudantes, incentivando-os a analisar as 
possibilidades e desafios de se aprender 
com os colegas. 
 
2 aulas 
 
p. 36 
 
Atividade 
7 
 
Bumerangue da 
Gentileza 
 
Sensibilização sobre a importância da 
gentileza no cotidiano, sobre como hábitos 
simples no dia a dia, motivados pela 
atitude de se importar com o outro e com a 
coletividade, podem tornar a vida das 
pessoas melhor. 
 
2 aulas 
 
p. 38 
 
Atividade 
8 
 
Semana da 
Gentileza na Escola 
Exercício de levantamento de demandas e 
de planejamento de uma semana de 
fomento a atitudes de gentileza no colégio. 
 
2 aulas 
 
p. 41 
17 
 
 
Atividade 
9 
 
Competências para 
o Mundo do 
Trabalho 
Identificação dos componentes da Matriz 
de Competências para o Século 21 e sua 
relação com as possibilidades de inserção 
qualificada no mundo do trabalho. 
 
2 aulas 
 
p. 43 
 
Atividade 
10 
 
Feedback O orientador dá feedback a cada aluno a 
respeito do desenvolvimento do jovem, a 
partir da troca de informações com 
professores, de autoavaliações 
elaboradas pelos jovens e da análise do 
desempenho nas áreas/disciplinas e no 
núcleo. 
 
4 aulas 
 
p. 45 
 
Atividade 
11 
 
Rolé Cultural I Planejar a realização de visitas a 
equipamentos culturais da cidade e do 
estado. 
 
4 aulas 
 
p. 47 
 
Atividade 
12 
 
Rolé Cultural II Preparação, realização e avaliação da 
primeira visita a equipamentos culturais da 
cidade e do estado. 
 
4 aulas 
 
p. 52 
 
Atividade 
13 
Enfrentando a Lei 
de Murphy 
 
Dinâmica com as máximas da “Lei de 
Murphy”, para os jovens pensarem nas 
atitudes necessárias ao enfrentamento 
das adversidades, sem desistir de suas 
metas. 
 
2 aulas 
 
p. 56 
 
Atividade 
14 
 
O que é o trabalho? 
 
Discussão sobre o que é o trabalho, 
apresentando entendimentos e 
perspectivas plurais sobre o tema, de 
modo que os jovens possam relacioná-los 
aos seus projetos de vida. 
 
2 aulas 
 
p. 58 
 
Atividade 
15 
 
Palavras-chave 
para o 
desenvolvimento 
pessoal 
 
Discussão sobre aspectos importantes 
para a vida e elaboração de um glossário 
de atributos necessários a um projeto de 
futuro bem-sucedido. 
 
2 aulas 
 
p. 61 
 
Atividade 
16 
 
Quem a mídia 
representa? 
Reflexão sobre os padrões produzidos e 
veiculados pela mídia, para que os 
estudantes identifiquem, listem e 
descrevam estereótipos. 
 
2 aulas 
 
p. 64 
 
Atividade 
17 
 
A sua imagem na 
rede: selfie! 
Os jovens refletem sobre os selfies 
(imagens bastante atuais que são 
autorretratos que carregam inúmeros 
discursos sobre as identidades) e também 
produzem uma dessas imagens. 
 
2 aulas 
 
p. 67 
 
Atividade 
18 
 
Mais respeito! 
 
Debate envolvendo imagens e a produção 
de uma minipublicação sobre o respeito 
aos direitos humanos no dia a dia. 
 
2 aulas 
 
p. 71 
 
Atividade 
Projetos de Vida 
conectados 
Produção coletiva de um painel com os 
perfis dos alunos, conectando aspectos 
 
2 aulas 
 
p. 73 
18 
 
 
 
 
19 
 
variados de suas vidas. O ponto de partida 
é a coleta de dados. Em duplas, um aluno 
entrevista o outro e depois cada um 
apresenta o perfil do colega para a turma. 
 
Atividade 
20 
 
Ataque de 
nanomensagens 
Promover a divulgação dos aprendizados 
obtidos para toda a comunidade escolar, 
por meio de uma ação protagonista 
criativa, o ataque de nanomensagens! 
 
6 aulas 
 
p. 75 
 
Atividade 
21 
 
Um projeto para 
chamar de meu 
Criação de um fluxograma que identifica 
possíveis percursos de futuro profissional 
para os próximos cinco anos 
 
2 aulas 
 
p. 78 
 
Atividade 
22 
 
Feedback O orientador dá feedback a cada aluno a 
respeito do desenvolvimento do jovem, a 
partir da troca de informações com 
professores, de autoavaliações 
elaboradas pelos jovens e da análise do 
desempenhonas áreas/disciplinas e no 
núcleo. 
 
4 aulas 
 
p. 80 
 
Anexos 
- - - p. 82 
19 
 
 
Atividade 1 
 
Escolhendo o professor orientador 
Resumo Conversa sobre escolhas que fazemos ao longo da vida, diálogo sobre o 
processo de escolha do professor orientador, com uma reflexão sobre os 
diversos aspectos a serem considerados em tal escolha. Apresentação de 
informações sobre o funcionamento do processo de escolha e levantamento, 
por cada aluno, de três nomes de professores que gostariam de ter como 
orientadores. 
Objetivos 
Promover a escolha dos professores orientadores pelos alunos do 2º ano. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho individual. 
Recursos e 
providências 
- Anexo 1. 
- Caderno do Estudante. 
Eixo 
Eixo estruturante. 
Etapa do semestre 
Início do semestre (1º encontro do ano). 
Competências para o 
século 21 
Comunicação e autoconhecimento. 
Duração Prevista 2 aulas. 
 
Desenvolvimento 
 
1. Organize os alunos em um grande círculo e dê as boas-vindas a eles. Caso a turma 
conte como novos estudantes, vindos de outras escolas, faça uma apresentação 
resumida sobre o componente curricular Projeto de Vida. (5 minutos) 
 
2. Para “aquecer” a conversa, peça que os jovens se revezem na leitura, em voz alta, 
do texto presente na Ficha 1 do Caderno do Estudante, que versa sobre a relação 
“orientador – aluno”. (15 minutos) 
 
Ao longo da leitura, busque responder a possíveis dúvidas dos alunos. 
Contribua também para a complementação do texto a partir de observações e 
relatos pessoais baseados em sua experiência como orientador. 
 
3. Em seguida, peça aos alunos que deem sua própria opinião sobre o significado da 
relação orientador-orientando no contexto da orientação de seus projetos de vida na 
escola. (15 minutos) 
 
4. Convide-os a falar sobre como foram suas duas experiências (1º e 2º semestres) de 
ser orientados no 1º ano do Ensino Médio. (15 minutos) 
20 
 
Levante questões como: 
 Houve diferenças entre um semestre e outro? 
 Vocês acham que aprenderam alguma coisa que vai facilitar a escolha 
de orientador, agora, no 2º ano? 
 Se sim, o que aprenderam que pode ser útil? 
 
5. Após a conversa, fale do desafio para o encontro: a escolha do professor que atuará 
como orientador de Projeto de Vida durante este 1º semestre. Problematize com eles 
a necessidade de, nesse segundo ano de experiência, fazerem uma escolha ainda 
mais consciente. (10 minutos) 
 
Lembre aos jovens de que, tendo em vista que sua principal tarefa nas 
atividades de Projeto de Vida, ao longo do ano, será pensar de forma mais 
intensa sobre seu projeto de futuro e como dar os passos para construí-lo, eles 
devem buscar um professor no qual percebam a potencialidade para uma 
relação de efetiva parceria. Uma relação sem dependência, com 
corresponsabilidade e com um bom canal de diálogo, que permita ao professor 
e ao aluno trazerem questões e construírem juntos boas estratégias para o 
aluno lidar com os desafios do dia a dia. 
 
6. Informe quais são os professores que irão orientar os estudantes de 2º ano, já que 
parte dos docentes orientará alunos de outras séries. Explique que o procedimento 
de escolha do orientador deve ser definido e validado pela direção e pelas equipes 
pedagógica e docente da escola e que, por isso, o aluno deverá indicar, no formulário 
presente no Anexo 1, três professores que gostaria de ter como orientador no 1º 
semestre deste ano, em ordem de preferência. (10 minutos) 
 
O formulário presente no Anexo 1 pode ser impresso e distribuído aos jovens 
ou, se for mais conveniente, cada jovem pode copiá-lo e preenchê-lo em uma 
folha avulsa e entregá-lo a você ao final do encontro. 
 
7. Recolha todos os formulários e encerre o encontro. Informe aos alunos que o material 
será encaminhado ao Coordenador Pedagógico e ao Orientador Educacional, para 
que seja feito um cruzamento dos dados, tentando conciliar o desejo de todos. 
Esclareça que, no caso de algum aluno não conseguir ser orientado por nenhum dos 
três professores indicados, ele poderá indicar um novo e, no semestre seguinte, terá 
prioridade na escolha em relação aos colegas. (5 minutos) 
8. Encerre a atividade esclarecendo possíveis dúvidas e passando confiança aos 
alunos sobre o processo de escolha do orientador. (5 minutos) 
 
 
 
 
 
1. O momento de escolha do professor orientador pode mobilizar diversos sentimentos nos 
alunos. É o momento de apontar escolhas que vão atuar diretamente sobre os trabalhos e os 
afetos dos alunos. Os alunos se mostraram maduros nesse processo de escolha? 
Conseguiram lançar um olhar crítico e avaliativo sobre a experiência de orientação no 1º ano? 
2. Foi possível levar a cabo uma conversa frutífera, em que a temática da parceria entre 
professores e alunos no processo de orientação se destacou? 
3. Como foi mediar o primeiro encontro do semestre? Como você avalia o sentimento dos 
alunos em relação ao componente curricular Projetos de Vida: estão animados para os 
encontros? Têm uma boa avaliação da experiência do ano anterior? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação em 
processo 
 
21 
 
Atividade 2 
 
Trote Protagonista 
Resumo Acolhimento da turma e elaboração de um trote protagonista para 
recepcionar os estudantes do 1º ano do Ensino Médio. 
Objetivos 
Fortalecer os vínculos entre os jovens e o sentimento de pertencimento à 
escola; possibilitar uma vinculação positiva com os novos estudantes da 
escola, de maneira responsável e protagonista, a fim de influir no clima 
escolar. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversa envolvendo a turma toda e de trabalho em trios ou 
quartetos. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante 
- Caderno ou papel branco para registros diversos. 
- Computadores com acesso à internet para que os jovens possam realizar 
uma pesquisa. Caso os computadores não estejam disponíveis na escola, 
os alunos poderão utilizar seus smartphones para realizar tal ação. 
Eixo 
Eixo estruturante. 
Etapa do semestre 
Início do semestre (segundo encontro do semestre). 
Competências para o 
século 21 
Criatividade, colaboração e comunicação. 
Duração Prevista 2 aulas. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
Sua turma vem percorrendo, desde o ano anterior, um itinerário formativo que tem como objetivo 
desenvolver um conjunto de competências cognitivas e socioemocionais importantes para se viver 
no século 21. Essa proposição pedagógica acontece no componente Projeto de Vida em atividades 
que, intencionalmente, provocam os jovens a uma redescoberta de si mesmos e do valor da escola 
em suas vidas, e ao planejamento de seus projetos de futuro. 
O 2º ano do itinerário formativo de Projeto de Vida dá continuidade a esse desenvolvimento 
protagonista e traz a oportunidade para os estudantes exercitarem ainda mais as competências 
conquistadas a partir de situações-problema reais. Por meio do desenvolvimento de projetos de 
intervenção na escola, os jovens vivenciarão habilidades, sentimentos e resolverão problemas num 
processo de aprender fazendo. 
Esta atividade inicial convoca os estudantes a planejar e executar uma ação protagonista 
diferenciada: um trote para acolher e recepcionar os estudantes do 1º ano do Ensino Médio. 
Lembre-se de que envolver diferentes estudantes e ter interesse pelos conhecimentos prévios deles, 
conduzindo a discussão, em diálogo com o que eles trouxerem, são formas de tornar a aula um 
“campo de interação” fundamental para a construção de novos conhecimentos. 
 
 
 
22 
 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
1. Receba os estudantes com entusiasmo, com a sala organizada em roda de conversa. 
Retome o que foi realizado nas aulas do componente Projeto de Vida no ano anterior, 
perguntando aos jovens sobre o que consideram quemais aprenderam. Promova, 
também, o levantamento das expectativas que trazem para este ano. Procure 
organizar esse espaço de fala, dando oportunidades para que vários jovens possam 
manifestar-se. É desejável que você tome nota das expectativas, compondo no 
quadro um mapeamento. (10 minutos) 
A organização da sala em roda não é apenas uma formalidade. Mesmo que 
você “perca” alguns minutos com essa organização, o investimento é valioso, 
pois possibilita uma qualidade de interação mais qualificada, estimulando a 
capacidade de atenção, de participação e de envolvimento dos estudantes. 
Observe que o modelo de organização da sala de aula tradicional, com as 
carteiras em fileiras, acentua comportamentos mais “territorialistas” e 
individualistas (cada um ocupando apenas o seu espaço), enquanto o modelo 
da roda de conversa potencializa modos de ser e estar na sala de aula mais 
participativos e protagonistas. Além disso, cria-se um ambiente mais propício 
para o estabelecimento de vínculos positivos da turma com o professor e para 
o desenvolvimento gradual de habilidades comunicativas importantes, como 
falar e ouvir. Em muitos momentos das atividades do componente Projeto de 
Vida a turma será organizada em roda de conversa. 
Se você está iniciando o trabalho com Projeto de Vida este ano, é importante 
que converse com a equipe de gestão para conhecer o que foi realizado no 
ano anterior e também aproveite bem esse momento inicial da aula para 
investigar junto aos estudantes o que realizaram e o que aprenderam. 
 
2. Depois desse aquecimento inicial, peça aos estudantes que se reúnam em trios ou 
quartetos. Promova a leitura da Ficha 2 do Caderno do Estudante, pedindo para 
alguns jovens lerem em voz alta os parágrafos iniciais do texto ("Estamos no 2º ano 
do Ensino Médio!") e faça interrupções se sentir necessidade, para ouvir o que alguns 
deles pensam a respeito. (5 minutos) 
3. A seguir, converse com a turma sobre o significado de realizar na escola um trote 
protagonista. Para embasar a conversa, oriente que eles pesquisem na internet (nos 
computadores ou em seus smartphones) sobre trotes solidários ou protagonistas, 
buscando exemplos dessas ações e as motivações por trás delas. (20 minutos) 
 
 Conforme MARTINS, João Carlos. Vygotsky e o Papel das 
Interações Sociais na Sala de Aula: Reconhecer e Desvendar 
o Mundo (Fragmento). Disponível em: bit.ly/mediacaosala). 
Acesso em: out. 2017. 
23 
 
Após a pesquisa, sugira que os jovens discutam em seus quartetos ou trios a 
partir das seguintes questões: 
- Como o trote protagonista pode fortalecer a escola e fazer dela um local de 
aprendizagem mais prazeroso para todos os jovens? 
- O que é importante comunicar no trote protagonista? 
- Como podemos mobilizar os novos alunos da escola e recepcioná-los de 
forma generosa, acolhedora e criativa? 
 
4. Seguindo a leitura do Caderno do Estudante, os times discutem e escrevem algumas 
ideias para a realização do trote protagonista. Distribua e eles papel branco ou peça 
que eles anotem as propostas em seus cadernos. (30 minutos) Antes, porém, 
explique a eles como será o processo de realização do trote. 
Explique que as outras turmas de 2º ano estão realizando esta mesma atividade e 
que acontecerá um único trote protagonista. Para planejá-lo e executá-lo, as turmas 
deverão seguir os seguintes passos: 
 Cada turma elege a proposta de um único time para ser realizada. 
 Junto à escolha da proposta, deve indicar também um líder para representar 
a turma em um encontro com os líderes das outras turmas de 2º ano e a 
equipe de gestão da escola. 
 Nesse encontro, será escolhida a proposta mais viável, ou, ainda, será 
planejado um jeito de mesclar as propostas, para que elas ocorram em um 
único momento. 
 O líder de cada turma será o responsável por levar aos seus colegas as 
resoluções do encontro e por ajudar na organização do trote protagonista. 
 A partir daí, é só marcar a data de realização do trote e, posteriormente, 
avaliar os resultados obtidos junto a sua turma. 
Durante esse momento, circule pelos quartetos para ouvir as propostas e 
esclarecer dúvidas. Não rejeite nenhuma ideia, pois elas serão, depois, discutidas 
no coletivo da turma para as tomadas de decisão. 
Cada time deve eleger um líder que vai cuidar da gestão do tempo e de apresentar 
para o restante da turma as ideias levantadas por seu time. 
Lembre-se também de que a realização do trote vai demandar de você e dos outros 
orientadores de Projeto de Vida um envolvimento no encontro com a equipe de 
gestão da escola, assim como o acompanhamento do trote protagonista. Agendem 
um horário para que os jovens possam apresentar suas propostas e para que 
24 
 
vocês possam eleger, em conjunto, qual delas é a mais afinada com os objetivos 
da atividade, desde que também esteja adequada ao contexto da escola. 
 
5. Reúna a turma novamente em roda para cada time compartilhar as ideias surgidas. 
Atue como um mediador, dando a palavra para que os líderes possam trazer as 
sugestões de seus quartetos e provocando a discussão sobre aqueles pontos nos 
quais você avalia que necessita de aprofundamento. (10 minutos) 
6. Prossiga com a eleição do trote protagonista que representará a turma, assim como 
do líder. Para finalizar, ressalte que a ação ocorrerá por iniciativa dos jovens e que 
eles devem se responsabilizar por seu planejamento! (5 minutos) 
 
Um dos resultados a serem alcançados com o trote protagonista é a interação 
qualificada dos estudantes “veteranos” com os “novatos”. Iniciativas como 
essa são importantes para recolocar os jovens no papel central da ação 
pedagógica e torná-los corresponsáveis pelo bom convívio na escola. Após a 
execução do trote, investigue com sua turma se as interações foram positivas, 
se houve um olhar e atitudes contra situações de bullying, se sabem o que os 
“novatos” acharam da experiência etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1. Os estudantes demonstraram boa relação com você e colegas? Foram 
participativos durante a roda de conversa, opinando e respeitando as 
opiniões alheias? 
2. Como foi o planejamento, execução e avaliação do trote protagonista? 
Os jovens trouxeram boas ideias e trabalharam de maneira colaborativa 
e responsável? 
3. Como você avalia a qualidade de sua mediação durante a roda de 
conversa? Permitiu espaços de fala aos jovens? Ouviu com atenção? 
Construiu boas ligações entre as diversas opiniões? Exercitou sua 
presença pedagógica, buscando chamar os estudantes pelo nome e 
mostrando postura respeitosa e interessada em conhecê-los e em saber 
o que pensam? 
 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação em 
processo 
 
25 
 
Atividade 3 
 
Álbum de 
Cartografia Pessoal 
Resumo Início da elaboração do Álbum de Cartografia Pessoal dos estudantes, que 
será o principal instrumento de registo utilizado no componente curricular 
Projeto de Vida durante os anos do Ensino Médio. Será um caderno 
customizado pelos jovens. 
Objetivos 
Dialogar com os estudantes sobre a importância do registro, para que 
possam acompanhar permanentemente os passos dados ao longo do 
processo formativo que vivenciarão nos próximos anos. Promover a 
customização do Álbum. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversa envolvendo a turma toda e de trabalho em dupla. 
Recursos e 
providências 
- Projetor e computador ligado à internet ou computadores para que os 
alunos trabalhem em duplas. Caso esses itens não estejam disponíveis na 
escola, os alunos poderão utilizar seus smartphones para a realização de 
pesquisa na internet. 
- Caderno comum (um por estudante). O caderno pode ser providenciado 
pela escola ou pelos próprios alunos. O ideal é que tenha pelo menos 100 
folhas, pois será utilizado ao longo dos anos do ensino médio. 
- Materiais diversos de uso artesanal, tais como papéis coloridos, linhase 
barbante, retalhos de pano, revistas usadas, botões, cola, tesoura etc. 
- Pedir aos orientandos, no encontro anterior, que tragam para este encontro 
uma fotografia de um momento marcante de suas vidas para que ela seja 
integrada à customização do Álbum. 
- Caderno do Estudante. 
Eixo 
Eixo estruturante. 
Etapa do semestre 
Início do semestre (terceiro encontro). 
Competências para o 
século 21 
Colaboração e comunicação. 
Duração Prevista 2 aulas. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
Lembre-se da importância de estimular, permanentemente, os jovens a registrarem as principais 
marcas do percurso que vivenciarão nas atividades de Projeto de Vida. Esse registro é essencial 
para que possam acompanhar os desafios enfrentados, os avanços alcançados e manter a memória 
do que viveram. Um estímulo importante, nesse sentido, é que o Álbum de cada um expresse 
aspectos da sua identidade, além de seus gostos e experiências. Por isso, durante a atividade, 
26 
 
 
 
Desenvolvimento 
 
 
1. Receba os estudantes com entusiasmo, com a sala organizada em roda de 
conversa. Conte sobre o objetivo da atividade, motivando-os para participarem 
ativamente. (5 minutos) 
 
2. Proponha uma conversa sobre a importância do registro e incremente essa 
conversa pedindo para um jovem ler, em voz alta, o texto de introdução da Ficha 
3 do Caderno do Estudante (“Colhendo rastros”). (15 minutos) 
 
Nesse momento, traga questões para ampliar os elementos do texto, 
entre elas: 
 
O que registrar? Devemos registrar tudo o que vivemos e 
conhecemos? 
Acreditamos ser importante que os jovens adotem um olhar atento e 
crítico sobre aquilo que estão vivendo e descobrindo e que aprendam, 
aos poucos, a selecionar aquilo que tem mais relevância para eles. 
 
Como registrar? 
Acreditamos que cada pessoa deve desenvolver uma maneira própria 
de fazer os registros, mas é importante orientar os estudantes a, nesse 
processo, cuidar da coerência e da clareza das anotações. Elas serão 
importantes no futuro, e, por isso, precisam ser facilmente acessíveis 
e decifráveis. 
 
Onde registrar? 
Várias são as possibilidades e suportes de registro, entre eles, o velho 
e bom caderno, bloco de anotações, além de blogs e redes sociais. 
Vale uma reflexão sobre o melhor suporte para cada natureza de 
registro. Mas, é claro, o Álbum de Cartografia Pessoal será o 
companheiro dos alunos para os registros nas atividades de Projeto de 
Vida. 
 
Devemos compartilhar 
Tudo o que se registra deve ser compartilhado? Consideramos que 
nem tudo. Há aquilo que será compartilhado com professores, colegas 
e familiares e outros itens que podem ser do interesse apenas de cada 
aluno. Esse pode ser um aspecto interessante para o diálogo. 
 
 
estimule que os estudantes se dediquem à customização do material e problematize com eles as 
escolhas feitas durante o trabalho. 
27 
 
 
3. Oriente os estudantes na realização da pesquisa exploratória sobre os livros de 
artista, conforme indicado no Caderno do Estudante. Lembre-os de que se trata 
de um momento para conhecerem esse tipo de objeto e para se inspirarem 
apenas, já que a intenção não é que eles criem livros de artista. Se não houver 
computador para todos, é possível utilizar um único computador ligado a um 
projetor, ou os celulares disponíveis entre os estudantes. (15 minutos) 
 
Ao trazer os livros de artista como referência para que os estudantes 
façam a customização de seus Álbuns de Cartografia Pessoal, a ideia 
é que eles não caiam na “armadilha” da reprodução da imagem-clichê. 
Muitas vezes, quando provocados a realizar esse tipo de atividade, 
eles escolhem fotografias de ídolos do esporte ou da música, bem 
como marcas de roupas ou outros objetos, para representá-los. 
Problematize, junto aos jovens, o quanto esses ícones de fato dizem 
sobre eles, provocando-os a pensar em outras formas de se 
expressarem criativamente. Afinal, por ser um álbum que carregará 
registros e outras marcas pessoais, é interessante ter a “cara” do dono! 
 
 
4. Peça que formem as duplas de trabalho do dia e leiam o restante do texto da 
atividade no Caderno do Estudante. Auxilie-os durante a customização dos 
Álbuns, por exemplo, trazendo perguntas que os façam refletir sobre suas ideias 
e ajudando-os na escolha dos materiais. É essencial que tenham uma 
quantidade boa de papéis, pois serão úteis para a maior parte dos esforços de 
registro ao longo dos anos. (20 minutos) 
 
Acompanhe mais de perto os jovens que demonstrarem dificuldade na 
realização da tarefa, incentivando-os, valorizando suas ideias e 
sugerindo que os colegas ajudem, sempre que julgar necessário. 
 
5. Com o Álbum customizado, proponha aos estudantes que escolham um lugar 
para inserir a fotografia de um momento marcante de suas vidas que trouxeram. 
Pode ser na capa ou no miolo do Álbum. E, para inaugurá-lo, sugira que eles 
escrevam, nas primeiras páginas, o plano de curso de Projeto de Vida, o 
itinerário que será feito ao longo do semestre, suas impressões sobre o 
componente curricular e suas expectativas para os próximos meses. (15 
minutos) 
 
6. Forme uma roda com os estudantes e dialogue com eles sobre a aula. Peça 
que eles mostrem o resultado do trabalho aos colegas. Retome a importância do 
registro constante e os combinados em relação aos cuidados com os Álbuns, 
para que não os percam ou danifiquem. Esses materiais devem estar sempre 
por perto, para que sejam utilizados toda vez que tiverem necessidade, seja na 
escola, em casa ou em outros espaços. (10 minutos) 
 
28 
 
 
 
 
 
1. Os jovens compreenderam a importância de um instrumento de 
monitoramento e registro das atividades de Projeto de Vida? Quais foram 
suas principais dúvidas e sugestões durante o processo? 
2. Os jovens se dedicaram à confecção do Álbum de Cartografia Pessoal 
com cuidado e esmero? Ou foi preciso algum tipo de esforço extra para 
mobilizá-los para a atividade? 
3. Como você avalia o resultado final dos Álbuns e a sua mediação neste 
encontro? 
 
 
Avaliação em 
processo 
 
29 
 
Desenvolvimento 
 
 
1. Abra o encontro dando boas-vindas aos jovens e falando da importância das 
experiências do núcleo para que sejam protagonistas na construção de 
competências fundamentais à participação crítica, ativa e positiva na escola, na 
sociedade, nos diversos círculos de convívio e no mundo do trabalho. Coloque-se 
como parceiro dos estudantes nessa empreitada. (5 minutos) 
Atividade 4 
 
Não posso mais viver sem mim 
Resumo Reflexão e trabalho sobre a autoestima, elemento fundamental à construção 
de um projeto de vida. 
Objetivos 
A partir de um quiz e da criação de um refrão de música, a atividade visa a 
refletir sobre a autoestima como elemento fundamental à construção de 
projetos de vida. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho em duplas. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante. 
- Anexo 2. 
- Álbum de Cartografia Pessoal. 
- Computadores ligados à internet e caixas de som para tocar uma música. 
Caso esses itens não estejam disponíveis na escola, os alunos poderão 
utilizar seus smartphones para realizar a ação. 
Eixo 
Eixo elegível. 
Etapa do semestre 
Início do semestre. 
Competências para o 
século 21 
Autoconhecimento, colaboração e criatividade. 
Duração Prevista 2 aulas. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
É importante estar atento aos materiais e equipamentos que os encontros demandam e que estão 
dispostos no quadro de apresentação de cada atividade. 
Em alguns casos, será necessário xerocar ou fazer cópias de cartelas, filipetas ou variados formatos 
impressos. Em outros, materiais como pincéis atômicos, canetas e papel kraft serão fundamentais 
na concretização das atividades propostas. E para que elas possam fluir sem que seja necessário,ao longo do tempo, buscar materiais faltosos, não se esqueça de conferir, no início do encontro, se 
eles já estão separados e prontos para uso. 
Nessa atividade, por exemplo, a canção “Eu me amo”, da banda Ultraje a Rigor, será apresentada. 
Como equipamentos eletrônicos às vezes falham, não deixe de conferir, antes do início do encontro, 
se o equipamento utilizado para tocar a música (caixa de som, computador, TV etc.) está funcionando 
normalmente. 
30 
 
 
2. Chame a atenção para a importância de todos agirem de forma corresponsável, para 
que as atividades fluam bem. Lembre-os dos dias, horários e local dos encontros e 
ressalte que a pontualidade, a frequência e a participação efetiva e compromissada 
são essenciais para o sucesso da proposta do componente curricular Projeto de Vida. 
Nesse momento, é produtivo que você também faça um apanhado dos princípios e 
combinados referentes à aprendizagem colaborativa. (10 minutos) 
 
O Anexo 2 apresenta um texto intitulado “Princípios e combinados para o 
trabalho em times”, que pode fomentar e complementar sua fala. Não deixe 
de lê-lo durante a sua preparação para a aula. 
 
Nessa etapa, aproveite também para estimular que os jovens compartilhem 
suas expectativas e desejos em relação ao núcleo no 2º ano, em um diálogo 
leve e aberto para as perspectivas dos alunos. 
 
3. Inicie, então, a atividade do dia: uma reflexão relacionada à autoestima. Pergunte se 
eles gostam de si próprios e ouça algumas respostas. Em seguida, faça uma leitura 
coletiva, em voz alta, do texto de abertura da Ficha 4 do Caderno do Estudante, 
intitulado “Eu me amo!”, que trata das bandas de rock nacional que estouraram na 
década de 1980. Pode ser que os estudantes se interessem em saber mais sobre 
elas e sobre BRock, como esse momento da música brasileira ficou conhecido. 
Oriente-os a fazer essa busca em outro momento. (10 minutos) 
 
Essa reflexão pode abrir os encontros de Projeto de Vida do 2º ano porque a 
autoestima, definida como a capacidade da pessoa de apreciar a si mesma, 
está vinculada à autoconfiança e ao autoconceito da pessoa. Trata-se de 
aspectos essenciais para que os estudantes possam exercitar o autorrespeito, 
enfrentar desafios e se realizar. O período de adolescência e juventude é 
particularmente importante para o reconhecimento desses aspectos e de 
como lidamos com nossas dificuldades de aceitação e praticamos atitudes de 
autocuidado. Em seu grupo de orientação, existirão jovens que possuem uma 
boa autoimagem, enquanto outros terão mais dificuldade em conhecer-se para 
aceitar-se. Uma visão positiva de si, de seus potenciais e forças os ajudará a 
enxergar o futuro com confiança e se projetar nele, fazendo planos e projetos 
consistentes. 
 
4. Providencie para que eles possam ouvir a música “Eu me amo”, da banda Ultraje a 
Rigor, e em seguida refletir individualmente sobre a questão “Essa música tem 
alguma coisa a ver com você? Se sim, o que ela diz sobre a maneira como você se 
vê?”. (10 minutos) 
 
5. Depois, divida os estudantes em duplas, para que realizem as demais etapas da 
atividade. Eles farão o Quiz da Autoconfiança (também na Ficha 4 do Caderno do 
Estudante), respondendo a perguntas relacionadas ao respeito e à confiança que 
têm em relação à própria maneira de ser e pensar, às atitudes, aos conhecimentos. 
31 
 
Incentive que eles façam o registro do quiz no Álbum de Cartografia Pessoal. (10 
minutos) 
 
6. Após a atividade do Quiz e o diálogo sobre as respostas dadas, as duplas 
transformarão essas respostas em uma história, mesclando realidade e ficção, para 
que possam, em seguida, criar um refrão para uma possível música (conforme 
orientado na Ficha 4 do Caderno do Estudante). Estimule os estudantes a partir das 
percepções e conceitos que têm de si mesmos para caracterizar os personagens da 
história da música. (15 minutos) 
 
É preciso lembrar de que essa etapa da atividade propõe um processo livre 
de criação do refrão de uma possível música. Não se trata de um trabalho 
estruturado de fazer artístico, que considera os aspectos formais da criação 
de uma obra musical. É um exercício de improvisação, em que os alunos dão 
forma musical ao repertório que têm sobre o tema trabalhado. 
 
7. Organize os estudantes em uma roda para que possam, brevemente, contar sobre a 
atividade e para que as duplas improvisem seus refrões. Crie um ambiente leve, de 
trocas, mas explicite a importância da temática da atividade, retomando os objetivos 
a que ela se propôs. (15 minutos) 
 
8. Encerre a aula, estimulando que escrevam livremente, em seus Álbuns de 
Cartografia Pessoal, seus pensamentos sobre o que estão vivenciando e discutindo. 
(5 minutos) 
Lembre-se: a relação de respeito e confiança que você estabelece com os 
estudantes abre espaço para que eles se sintam seguros para o trabalho de 
questões importantes. A escola, em geral, não permite espaços curriculares 
instituídos para que esse tipo de discussão aconteça, estando pouco atenta à 
compreensão e aos sentimentos que os jovens têm de si mesmos. Trazer esse 
tema para a pauta de trabalho e desafiar os estudantes a encará-lo é um passo 
essencial nessa trajetória de construção dos projetos de vida. 
 
 
 
1. Na atividade, a autoestima é tomada como importante aspecto na 
consolidação de uma boa autoimagem e na superação de desafios. 
Como você relaciona a autoestima a posturas que integram a Matriz de 
Competências Socioemocionais para o Século 21 (como 
autoconhecimento e criatividade)? Acredita que a atividade contribuiu 
para que os alunos aprimorassem essas competências? Como? 
2. Esse encontro propôs etapas bastante variadas dentro de uma mesma 
atividade: leitura coletiva e discussão; resposta de questionários e 
elaboração criativa de refrãos musicais. Foi possível articular todas as 
etapas de maneira coerente, de modo que a atividade tenha acontecido 
com fluidez e dentro do tempo previsto? Ou, em algum momento, perdeu-
se o fio da meada? 
 
 
Avaliação em 
processo 
 
32 
 
 
Desenvolvimento 
 
1. Organize os alunos em círculo e peça que eles se revezem na leitura da matéria 
“Jovens de Família”, da revista Onda Jovem, presente na Ficha 5 do Caderno do 
Estudante. (30 minutos) 
 
Por se tratar de uma matéria longa e complexa, cuide para que a turma não 
se disperse nem se “perca” no texto. Para isso, contribua para a significação 
dos temas e questões levantados ao longo do texto, fazendo comentários e 
respondendo a possíveis dúvidas dos alunos. Para consolidar o gesto 
interpretativo, ao final desta etapa promova um breve diálogo, instigando os 
jovens a se posicionarem quanto à pluralidade de sentidos que a família 
assume nos dias de hoje. 
 
Atividade 5 
 
Família é isso aí! Por outro lado... 
Resumo Debate sobre a pluralidade de sentidos que a palavra “família” assumiu nos 
dias atuais, bem como sobre a importância de que o jovem não se prenda a 
um modelo ideal em sua reflexão sobre a própria família. 
Objetivos 
Promover uma discussão sobre o relacionamento dos jovens com suas 
famílias, destacando a necessidade de que desenvolvam um olhar plural e 
aberto à diversidade, sem se prender a um modelo de “família ideal”. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com momentos 
em roda de conversas envolvendo a turma toda e trabalho em duplas. 
Recursos e 
providências 
- Preparação (impressão e recorte) das cartelas presentes no Anexo 3. 
- Uma régua, para fazer as vezes de uma roleta. 
- Caderno do Estudante. 
Eixo 
Eixo elegível. 
Etapa do semestre 
Início do semestre. 
Competências para o 
século 21 
Comunicação e pensamento crítico. 
Duração Prevista 2 aulas. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
Levar a cabo uma discussão sobre a família e o papel da instituição familiar nos dias de hoje pode 
não ser uma tarefa muito fácil. Uma das razões que tornam esse tipode atividade um desafio é o fato 
de que todos os estudantes estão envolvidos, de diferentes maneiras, com suas próprias famílias – 
um tipo de relação na qual, na maioria das vezes, convergem sentimentos de afeto e conflito. 
Se, por um lado, é de extrema importância que reflexões como essa tenham espaço em sala de aula, 
também é necessário que, ao longo do encontro, a discussão sobre a família não seja levada para o 
lado pessoal, pois isso pode expor problemas pessoais dos alunos e criar situações delicadas na 
relação orientador x alunos e alunos x alunos. Por isso, é importante ter cautela na condução da 
atividade e focar no passo a passo proposto! 
33 
 
2. Em seguida, proponha e realize o jogo “É isso aí!” X “Por outro lado...”. (35 minutos) 
 
Preparação de materiais para o encontro 
Não se esqueça de preparar os materiais para o jogo antes da aula começar! 
Previamente, recorte as cartelas e retângulos apresentados no Anexo 3, que 
serão utilizadas no jogo. Há dois tipos de cartelas: as grandes e pequenas 
com depoimentos; os retângulos com os posicionamentos “É isso aí!” e “Por 
outro lado...”; e uma régua que será utilizada para definir a posição a ser 
defendida pelos alunos. 
Cartelas com depoimentos1: As maiores devem ser apenas recortadas, 
pois, no jogo, serão coladas no quadro ou em uma parede. As menores 
deverão ser recortadas e dobradas, pois serão sorteadas. 
A régua, por sua vez, deve ser preparada da seguinte forma: recorte os 
retângulos com as expressões “É isso aí” e “Por outro lado”. Logo após, cole-
os, separadamente, nos dois polos da régua. 
 
A regra do jogo é simples: 
 
 Cole as cartelas grandes com depoimentos no quadro ou parede. Elas 
auxiliarão os alunos a visualizar, com mais facilidade, os textos inscritos 
nelas e a refletir a respeito do tema da atividade. 
 Forme duplas de alunos. Sorteie entre elas uma cartela pequena de 
depoimento. 
 Gire a régua, o que definirá a posição a ser defendida por cada um dos 
estudantes da dupla: “É isso aí!” (a favor do depoimento) ou “Por outro lado” 
(contra o depoimento). 
 Distribuídas as tarefas, dê um minuto aos estudantes para que eles possam 
preparar o argumento a ser defendido. 
 Feito isso, as duplas apresentam seus argumentos para o grupo. Cada 
aluno terá um minuto para realizar essa tarefa. 
 Ao término das rodadas, para a escolha da melhor argumentação, o 
orientador pede palmas para cada um da dupla. Aquele que receber 
aplausos em maior intensidade é o vencedor. 
3. Finalize a atividade pedindo a todos que comentem se, com ela, mudou alguma coisa 
no seu conceito de família. Peça que falem resumidamente sobre que significados 
atribuem à palavra “família”, após a atividade. Promova uma discussão a partir das 
contribuições trazidas pelos jovens. (10 minutos) 
 
1 Depoimentos extraídos da matéria “Jovens de Família” da revista Onda Jovem, ano 4, n. 10, mar.-mai. 
2008. Disponível em: http://bit.ly/jovensdefamilia. Acesso em: nov.2017. 
http://bit.ly/jovensdefamilia
34 
 
 
4. Para encerrar, converse com eles sobre a importância de se dedicarem a fazer valer 
seu plano de estudos, cumprindo as atividades a que se propuseram. Lembre-os de 
que, no começo, incorporar novas atitudes e tarefas ao dia a dia pode parecer difícil. 
Contudo, se mantiverem o foco nos objetivos de vida e nos benefícios dos estudos 
para o desenvolvimento pessoal, rapidamente as novas atividades viram rotina e 
podem até mesmo se revelar prazerosas. (5 minutos) 
 
 
 
 
 
 
 
1. Como exposto no quadro anterior, a atividade girou em torno de uma 
temática de extrema importância na vida dos alunos, mas que também 
pode ser um tanto delicada. No decorrer do encontro, foi necessário lidar 
com alguma situação delicada, como a exposição, por parte de algum dos 
alunos, de acontecimentos familiares problemáticos? Você conseguiu 
contornar bem a situação, retomando as rédeas do percurso proposto 
pela atividade? 
2. A turma conseguiu estabelecer uma ponte entre as discussões sobre 
a família e seus projetos de vida? Como você avalia essa atividade dentro 
dos objetivos propostos pelo componente curricular Projeto de Vida? 
 
 
Avaliação em 
processo 
 
35 
 
 
Desenvolvimento 
 
1. Receba os estudantes na roda de conversa. Comece o diálogo perguntando como 
cada um gosta de estudar e de que jeito eles mais aprendem. Questione se possuem 
o hábito de estudar sozinhos ou se também costumam estudar com os colegas. (5 
minutos) 
2. Em seguida, diga que a proposta do encontro é que eles aprendam as vantagens e 
os desafios de estudar juntos. Conte a eles que, em vez de ficar só no discurso, 
exercitarão o estudo coletivo. Proponha, nesse momento, a leitura do texto da Ficha 
6 do Caderno do Estudante: “Aprendendo e estudando juntos”. (5 minutos) 
Atividade 6 
 
Aprendendo e estudando juntos 
Resumo Os jovens se dividem de diferentes formas (duplas, trios e quartetos) e 
experimentam formas diversas de estudo colaborativo. 
Objetivos 
Promover a vivência de estudo conjunto entre os estudantes, instigando-os 
a analisar as possibilidades e desafios de aprender com os colegas. 
Organização da 
turma 
Ao longo da atividade são propostas diferentes formações, com duplas, trios 
e quartetos e momentos em roda de conversas envolvendo a turma. 
Recursos e 
providências 
- Caderno do Estudante 
- Cadernos de estudos e livros didáticos dos jovens. 
Eixo 
Eixo elegível. 
Etapa do semestre 
Início do semestre. 
Competências para o 
século 21 
Comunicação e colaboração. 
Duração Prevista 2 aulas. 
Para a sua mediação e presença pedagógica: 
A colaboração é tida hoje como uma das competências socioemocionais mais importantes para os 
jovens de hoje. Um primeiro sentido de colaboração é o de trabalhar em conjunto com outras pessoas, 
mas isso se desdobra em aspectos também muito importantes, como a habilidade de lidar com 
pequenos e grandes grupos, entendendo as necessidades, motivações e sentimentos das pessoas 
que os compõem; de encontrar saídas em conjunto para possíveis conflitos e de demonstrar respeito 
pelos outros. 
 
Várias das atividades aqui dispostas demandam algum tipo de colaboração. Sempre que possível e 
oportuno, é importante destacar o aspecto colaborativo durante os momentos de discussão e 
avaliação das atividades. Nesse caso, por exemplo, colaborar não é apenas compartilhar com os 
outros um tempo de estudos, mas também compartilhar o próprio conhecimento e estar disposto a 
aprender e ensinar nesse processo. 
36 
 
A proposta do encontro é dar aos estudantes a oportunidade de se envolverem 
em um exercício fundamental: aprender com o outro, compartilhando 
conhecimentos, dúvidas, perspectivas etc. O que se pretende, como pano de 
fundo, não é criar um momento de estudo, mas possibilitar que os jovens 
descubram que estudar com os colegas pode ser uma estratégia importante 
em seus processos de aprendizagem. Identificar as vantagens e os desafios 
de aprender com o outro é um passo importante para que eles transformem 
essa estratégia em hábito. A ideia é orientá-los nesse sentido, trazendo a 
discussão à tona. 
 
3. Proceda com a divisão dos jovens em duplas, trios ou quartetos, para que possam 
estudar. A divisão será por disciplina. Para isso, liste todas elas em uma folha de 
papel ou no quadro e pergunte quem gostaria de estudar o quê. Eles podem escolher 
uma disciplina em que estão muito bem (e, portanto, gostariam de ajudar os colegas 
que estão demonstrando dificuldades) ou as que precisam ter os estudos 
intensificados (recebendo o apoio dos colegas para isso). (10 minutos) 
É essencial que haja ao menos uma dupla, um trio e um quarteto, para que 
seja possível verificar a existência de diferenças, vantagens e desvantagens 
entre esses três agrupamentos. Por esse arranjo, pode acontecer de algum 
estudante ficar sozinho

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