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Exercícios dos Vestibulares da UERJ | História do Brasil Imperial

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LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
1 
 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2014 | 2º Exame de Qualificação | Questão 58: 
 
Assunto: A transição do trabalho escravo para o trabalho livre na sociedade brasileira 
Gabarito: Reposta Correta – Letra A – Crise monárquica – Exclusão Social 
Comentário da Questão: O movimento abolicionista correspondeu a uma das mais 
significativas manifestações sociopolíticas ocorridas na sociedade brasileira na 
década de 1880. Mobilizou letrados, escravos, forros, grupos médios urbanos e tantos 
outros segmentos sociais da época, estimulando debates que, em alguns casos, 
coincidiram com críticas à ordem monárquica então vigente, ampliando demandas por 
reformas variadas. Nesse aspecto, a abolição, para alguns de seus defensores, 
deveria representar uma transformação estrutural nas condições de trabalho e de 
cidadania da sociedade brasileira. Entende-se, nesse sentido, o significado das 
comemorações pelo fim da escravidão, com a assinatura da Lei Áurea, em 13 de maio 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
2 
 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
de 1888, como ilustra a fotografia. Todavia, as expectativas de mudanças estruturais, 
no que se refere à produção agrária, às condições de vida nas áreas rurais e ao 
acesso à propriedade fundiária, não se concretizaram, tendo sido preservados os 
interesses de grandes latifundiários e mantida a exclusão social dos que então se 
tornaram trabalhadores livres, aspecto identificado no texto da reportagem. 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
3 
 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2015 | 1º Exame de Qualificação | Questão 46: 
 
Assunto: Revolta do Vintém (1889-1890) 
Gabarito: Reposta Correta – Letra D – Enfraquecimento das instituições monárquicas 
Comentário da Questão: Após a Guerra do Paraguai (1864-1870), ampliaram-se as 
reivindicações e críticas de diversos grupos e segmentos sociais com relação ao 
governo monárquico brasileiro. As demandas por reformas políticas e sociais – fim da 
escravidão, federalismo, republicanismo, reforma eleitoral, por exemplo – defendiam 
mudanças sob a bandeira da modernização e da maior eficiência administrativa. O 
Rio de Janeiro, capital do Império, sofrera significativa expansão demográfica, o que 
se fez notar na proliferação de moradias coletivas e na ampliação da necessidade de 
serviços urbanos – iluminação das ruas, fornecimento de água, transportes, entre 
outros. Nesse contexto, a decisão do governo de cobrar a taxa de um vintém sobre a 
passagem de bondes puxados a burro desencadeou uma onda de protestos. A 
quantia, em termos absolutos, para os padrões da época era pequena; porém, no 
clima de insatisfação mais generalizada, no início da década de 1880, o aumento foi 
entendido como abusivo pelos usuários, gerando protestos e quebra-quebras. O 
governo revogou a taxa e a Revolta do Vintém, como veio a ser denominada, 
simbolizando a força das pressões de segmentos populares e favorecendo o clima de 
contestação contra a monarquia. 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
4 
 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2015 | 2º Exame de Qualificação | Questão 59: 
 
Assunto: Segundo Reinado 
Gabarito: Reposta Correta – Letra B – Difundir o pensamento liberal 
Comentário da Questão: Um dos principais desafios do governo imperial do século 
XIX foi a construção da identidade nacional brasileira, de forma a torná-la 
significativamente distinta daquela associada à herança portuguesa. Em uma 
sociedade iletrada, a iconografia tinha papel particularmente importante como meio 
de comunicação de ideias, tendo sido a pintura histórica utilizada com a finalidade, 
apontada no texto, de contribuir para a construção de um glorioso passado nacional 
em comum, de maneira a soldar o imaginário popular com os grandes eventos 
coletivos. A imagem das duas telas apresentadas constitui bons exemplos desse 
caráter utilitário da pintura histórica. Em “A fala do trono”, a figura imponente do 
imperador é instrumento dessa construção identitária, fundamental em um regime 
monárquico no qual o sentimento de pertencimento ao coletivo social é indissociável 
da condição de súdito. Já a obra “Batalha Naval do Riachuelo” exemplifica uma série 
de pinturas que representam esse passado épico nacional, associando-o a guerras e 
a heróis do país, destacados na historiografia brasileira da época. 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
5 
 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2015 | Exame Discursivo | Questão 06: 
 
Assunto: A Guerra do Paraguai 
Padrão de Resposta: Dois dos grupos abolicionistas: • irmandades religiosas • 
militares críticos do escravismo • políticos adeptos do republicanismo • políticos 
adeptos de reformas no regime monárquico • escravos e libertos promotores de ações 
antiescravistas • letrados e intelectuais, como por exemplo, Joaquim Nabuco, José do 
Patrocínio, André Rebouças, Machado de Assis, Luis Gama 
Um dos grupos contrários à abolição: • proprietários de escravos e terras • 
cafeicultores do Vale do Paraíba Fluminense 
Uma das razões: • resistência à abolição sem indenização • capitais mobilizados na 
mão de obra escrava• manutenção do status social da condição de proprietário de 
escravos 
Comentário da Questão: A Guerra do Paraguai, ou Guerra da Tríplice Aliança, 
continua provocando controvérsias mais de um século e meio depois de ocorrida. 
Algumas das versões tradicionais, construídas a partir da influência dos 
nacionalismos, tanto brasileiro quanto paraguaio, não resistiram à interpretação 
criteriosa de antigos documentos e à descoberta de novas fontes. Os principais 
motivos que explicam o conflito, segundo pesquisadores e historiadores hoje, estão 
associados a disputas políticas e territoriais regionais, principalmente entre Brasil e 
Argentina, os Estados mais fortes à época, pelo controle da navegação nos rios 
Paraguai, Paraná e Uruguai. Esse interesse levou a diplomacia brasileira, por 
exemplo, a criar entraves à formação de Estados nacionais fortes que pudessem 
unificar politicamente toda a região platina. O governante paraguaio Solano Lopes, 
por sua vez, buscava controlar o estuário do Prata, a fim de acessar o oceano Atlântico 
e, assim, conseguir uma saída marítima para seu país. Essa situação punha em risco 
o controle territorial por parte do império brasileiro de algumas de suas províncias, 
como Mato Grosso e Rio Grande do Sul. 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
6 
 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2016 | Exame Discursivo | Questão 05: 
 
Assunto: Expansão da malha ferroviária no Brasil 
Padrão de Resposta: Uma das respostas: • setor financeiro estrangeiro (banqueiros 
britânicos) • capitais privados do setor cafeeiro nacional (cafeicultores) 
Uma das transformações no Brasil: • integração de diferentes regiões • facilitação da 
circulação de pessoas • ampliação do transporte de mercadorias • agilização do 
escoamento da produção cafeeira • facilitação da exportação deprodutos primários 
Uma das transformações nos E.U.A.: • ocupação do Oeste • consolidação do 
capitalismo • integração de diferentes regiões• aumento do mercado consumidor • 
facilitação da circulação de pessoas • ampliação do transporte de mercadorias • 
facilitação da exportação de produtos primários e manufaturados 
Comentário da Questão: Ao longo do século XIX, o desenvolvimento capitalista 
esteve diretamente associado a um dos maiores símbolos do processo de 
industrialização iniciado com a Primeira Revolução Industrial: a construção de 
ferrovias. Desse modo, a extensão da malha ferroviária de um país, com seus ramais 
e redes interconectadas são dados que fornecem indicações consistentes sobre a 
natureza e os efeitos dos processos de modernização econômica ocorridos ao longo 
do século XIX. Os dados sobre a malha ferroviária no Brasil e nos E.U.A., durante os 
mesmos anos do século XIX, são o ponto de partida para identificar o papel de capitais 
privados do setor cafeeiro nacional (cafeicultores) ou do setor financeiro estrangeiro 
(banqueiros britânicos) no financiamento do empreendimento no Império do Brasil. 
Os ritmos diferenciados da expansão da malha ferroviária, que se distanciam ao longo 
do intervalo de tempo registrado na tabela, indicam efeitos econômicos no Brasil e 
nos E.U.A., decorrentes da construção de ferrovias na intensidade registrada como, 
por exemplo, a integração de diferentes regiões, a facilitação da circulação de pessoas 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
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 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
e a ampliação do transporte de mercadorias. Destacam-se ainda as transformações 
específicas ocorridas no Brasil como a exportação de produtos primários e também o 
escoamento da produção cafeeira. Quanto às transformações específicas nos E.U.A., 
os efeitos da significativa ampliação da malha ferroviária apresentam-se na ocupação 
do Oeste, no crescimento demográfico, na consolidação do capitalismo e no aumento 
do mercado consumidor daquele país. 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
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 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2016 | Exame Discursivo | Questão 06: 
 
Assunto: Abolicionismo, O Brasil da monarquia à república 
Padrão de Resposta: Dois dos grupos abolicionistas:• irmandades religiosas • 
militares críticos do escravismo • políticos adeptos do republicanismo • políticos 
adeptos de reformas no regime monárquico • escravos e libertos promotores de ações 
antiescravistas • letrados e intelectuais, como por exemplo, Joaquim Nabuco, José do 
Patrocínio, André Rebouças, Machado de Assis, Luis Gama 
Um dos grupos contrários à abolição: • proprietários de escravos e terras• 
cafeicultores do Vale do Paraíba Fluminense 
Uma das razões: • resistência à abolição sem indenização • capitais mobilizados na 
mão de obra escrava • manutenção do status social da condição de proprietário de 
escravos 
Comentário da Questão: A foto da missa campal em ação de graças pela abolição 
da escravidão, em maio de 1888, é um dos poucos registros fotográficos que simboliza 
o quanto tal questão veio a mobilizar a sociedade brasileira nas décadas finais do 
século XIX. O debate sobre o fim da escravidão se desenrolou ao longo do século 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
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 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
XIX, inserindo-se nos conflitos políticos e sociais que condicionaram as ações do 
Estado Imperial. No decorrer da primeira metade do século XIX, esteve associado às 
propostas sobre a extinção do tráfico intercontinental de escravos africanos. Com a 
ilegalidade desse tráfico decretada em 1850, o fim da escravidão ocupou cada vez 
mais a pauta das reformas políticas a serem enfrentadas pelo governo monárquico, o 
que se acentuou por ocasião das demandas e problemas ocasionados pela Guerra 
da Tríplice Aliança (1864-1870), ou Guerra do Paraguai. Especialmente na década 
de 1880, organizou-se o movimento abolicionista, envolvendo segmentos sociais 
diversos, tais como: letrados (Joaquim Nabuco, Luis Gama, André Rebouças, José 
do Patrocínio, Machado de Assis, entre outros); lideranças políticas, magistrados, 
militares e proprietários rurais, parte deles adeptos do republicanismo, outros 
defensores da imigração subvencionada pelo poder estatal; irmandades religiosas; 
libertos e escravos partidários de ações rebeldes para a conquista da liberdade. Mas 
houve também significativa oposição ao fim da escravidão, sobretudo por parte de 
proprietários rurais que, mesmo com a ilegalidade do tráfico intercontinental decretada 
em 1850, valeram-se de estratégias variadas para manter e ampliar seus plantéis de 
escravos. O caso mais notório desse posicionamento foi dos cafeicultores da região 
do Vale do Paraíba fluminense, críticos do abolicionismo e das propostas de fim da 
escravidão sem a indenização de antigos proprietários, proposta vitoriosa com a 
assinatura da Lei Áurea. 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
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 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2018 | Exame Discursivo | Questão 06: 
 
Assunto: crise da escravidão e a imigração no Império do Brasil 
Padrão de Resposta: Atividade econômica: cafeicultura. 
Uma das razões: • expansão da cafeicultura no Sudeste • crise do modelo dos 
engenhos centrais • declínio da atividade açucareira nos engenhos • aumento do 
preço do escravo após o fim do tráfico Atlântico • tráfico interno de mão de obra 
escrava para o sudeste cafeeiro 
Comentário da Questão: O censo demográfico de 1872, primeiro realizado pelo 
Brasil, reuniu dados importantes sobre a composição da população do Império, tais 
como, a quantidade de pessoas livres e escravizadas distribuídas nas províncias e no 
município neutro, denominação da cidade do Rio de Janeiro, que foi sede da corte até 
a proclamação da República. A concentração de população cativa numa província é 
um indicador importante das atividades econômicas nela desenvolvidas. Assim, a 
partir dos dados expostos na tabela é possível identificar que as províncias com maior 
população escrava se dedicavam à agricultura de exportação, na plantation cafeeira. 
Por outro lado, a menor concentração de população cativa nas províncias que hoje 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
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 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
integram a região nordeste do Brasil indica a importância econômica reduzida do 
trabalho escravo. Diversos fatores explicam isso: a expansão da cafeicultura no 
Sudeste, que intensificou o tráfico interno de escravos, sobretudo com o aumento dos 
preços dos escravos após a implementação da Lei Eusébio de Queiroz, que proibiu o 
tráfico transatlântico de escravos. Além disso, a proporção entre livres e cativos na 
região indica, ainda, o resultado do fracasso do modelo dos engenhos centrais, 
plantations voltadas à exportação, por meio do declínio da atividade açucareira 
ocorrido ao longo do século XIX. 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
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Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2020 | Exame Discursivo | Questão 07: 
 
Assunto:Particularidades sócio-históricas do processo de constituição e 
consolidação do Império do Brasil, processo de emancipação política no Brasil em 
1822, movimentos de crítica ao governo republicano no Brasil, por ocasião das 
comemorações do centenário da independência, na década de 1920 
Padrão de Resposta: Uma das características: • D. Pedro como protagonista do “grito 
de independência ou morte”, no sete de setembro de 1822; • D. Pedro como aliado do 
Partido Brasileiro na formalização do rompimento com as Cortes de Lisboa; • D. Pedro 
como liderança que aclamou e negociou a independência. 
Dois dos acontecimentos / movimentos: • Semana de Arte Moderna; • criação do 
Partido Comunista; • protestos do movimento operário fabril; • dissidências entre as 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
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Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
oligarquias governantes; • revoltas de jovens oficiais (tenentes) do Exército; • críticas 
de intelectuais às contradições da modernidade no Brasil. 
Comentário da Questão: As comemorações de datas cívicas são ocasiões em que 
o evento a ser celebrado é utilizado também como motivação para enaltecer e/ou 
criticar situações do tempo presente no local em que se realiza a comemoração. 
Assim ocorreu nas comemorações do centenário da independência do Brasil em 1922. 
O governo republicano, na pessoa do então presidente Epitácio Pessoa, não mediu 
esforços para celebrar tanto a independência quanto os feitos de seu governo. Foi 
então organizada exposição internacional, a primeira após a Primeira Guerra Mundial, 
inaugurada pelo presidente, simbolizando, anseios de renovação e progresso. Houve 
a cunhagem de moedas comemorativas. A imagem de uma delas, reproduzida no 
enunciado da questão, apresenta numa face os perfis de D. Pedro I e do Presidente 
Epitácio Pessoa, e na outra, os símbolos superpostos da monarquia e da república 
brasileiras. Tais representações não só buscavam apresentar uma continuidade entre 
os regimes políticos brasileiros no que se referia à conquista e preservação da 
soberania nacional, como também indicavam igualmente a valorização das lideranças 
políticas de D. Pedro I e de Epitácio Pessoa. No caso do primeiro, seu protagonismo 
na realização da independência é enaltecido, reiterando, assim, a versão de seu 
protagonismo no grito “independência ou morte”, estando como aliado do Partido 
Brasileiro no processo pacífico do rompimento com Portugal. 
Tal versão valorizadora do protagonismo de D. Pedro I, por outro lado, não 
apresentava a dimensão conflituosa da emancipação, aspecto importante para a 
conjuntura da década de 1920 na sociedade brasileira, marcada por um conjunto de 
movimentos políticos e sociais que desestabilizaram os governos vigentes. Entre 
esses movimentos e acontecimentos, destacaram-se: os protestos e greves do 
movimento operário fabril; a criação do Partido Comunista; as dissidências entre as 
oligarquias governantes; as revoltas de jovens oficiais do Exército (tenentes); a 
realização da Semana de Arte Moderna; as críticas de intelectuais às contradições da 
modernidade no Brasil. 
 
 
LISTA DE EXERCÍCIOS DE HISTÓRIA 
VESTIBULARES DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO 
(UERJ) 
HISTÓRIA DO BRASIL IMPERIAL (1822 – 1889) 
 
14 
 Organizado por: @InstitutoMedida
Fonte: revista.vestibular.uerj.br 
Vestibular Estadual 2021 | CBMERJ | Questão 48: 
 
Assunto: Contradições da sociedade escravista brasileira agravadas pelo contexto 
da Guerra da Tríplice Aliança (1864-70) 
Gabarito: Reposta Correta – Letra A – Insuficiência de cidadãos para integrar tropas 
Comentário da Questão: A Guerra da Tríplice Aliança (1864-1870), mais conhecida 
como Guerra do Paraguai, em função, entre outros aspectos, da derrota sofrida por 
esse país, foi um dos conflitos mais longos e sangrentos ocorridos no século XIX. No 
caso do Império do Brasil, a guerra acarretou perdas humanas e materiais 
significativas, tendo interferido, por seus desdobramentos, no contexto de crise que 
afetou o governo monárquico ao longo da década de 1880. 
Na sociedade escravista brasileira da época, nos termos da Constituição do Império 
do Brasil, a liberdade era critério para o direito de cidadania, o que privava os 
escravizados da condição de cidadão e, consequentemente, da possibilidade de se 
alistar como soldado. A eclosão da Guerra da Tríplice Aliança demandou grandes 
contingentes de tropas, contribuindo assim para explicitar contradições da sociedade 
escravista brasileira, onde havia muitos escravizados privados de cidadania. 
A charge constante do enunciado da questão, publicada na Revista Ilustrada em 1866, 
em momento inicial da guerra, ilustra e ironiza a atitude de um grande negociante no 
sentido de colaborar para prover “homens e dinheiro” para a guerra; o que realizou ao 
comprar e alforriar um escravo, encaminhando-o para lutar como soldado. Ao libertar 
o escravo, o negociante contribuiu para ampliar o número de cidadãos, direcionando-
o para integrar tropas.

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