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UNIPLAN CENTRO UNIVERSITÁRIO PLANALTO DO DISTRITO FEDERAL ANDRÉ LUIZ DE SOUSA MELO ELENA PINTO DO CARMO GLAUCIA GENEROSO SANTANA JOSEANE APARECIDA DE SOUZA RAMALHO VAL DOUGLAS MELLO DA SILVA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER: Cuidados para o Controle do Câncer de Mama no Brasil ALTAMIRA, PARÁ 2021 2 ANDRÉ LUIZ DE SOUSA MELO ELENA PINTO DO CARMO GLAUCIA GENEROSO SANTANA JOSEANE APARECIDA DE SOUZA RAMALHO VAL DOUGLAS MELLO DA SILVA ATENÇÃO INTEGRAL À SAÚDE DA MULHER: Cuidados para o Controle do Câncer de Mama no Brasil Projeto apresentado como requisito para obtenção parcial de nota na disciplina de Tese de Conclusão de Curso, pela Faculdade Centro Universitário do Planalto do Distrito Federal Uniplan-Polo Altamira para título de graduação em Enfermagem. Disciplina ministrada pelo docente Reginaldo Pereira de Oliveira. Orientador: Prof. Reginaldo Pereira de Oliveira. ALTAMIRA - PARÁ 2021 3 SUMÁRIO 1- INTRODUÇÃO ................................................................................................4 2-JUSTIFICATIVA...............................................................................................7 3-OBJETIVOS: 3.1-Objetivo geral ........................................................................................9 3.2-Objetivos específico...............................................................................9 4-REFERÊNCIAL TEÓRICO..............................................................................10 5-PROBLEMA E HIPÓTESES ..........................................................................14 6-METODOLOGIA .............................................................................................14 7-CRONOGRAMA DE ATIVIDADES .................................................................15 REFERÊNCIAS .................................................................................................16 4 1. INTRODUÇÃO O câncer de mama ocupa o segundo lugar no índice de mortalidade no mundo sendo superado apenas pelo câncer de pele, e representa a principal causa de morte por câncer em mulheres brasileiras, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA, 2018). De acordo com o INCA (2021), o câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. Há vários tipos de câncer de mama. Alguns têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem lentamente. A maioria dos casos, quando tratados adequadamente e em tempo oportuno, apresentam bom prognóstico. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença. (INCA, 2021). Acredita-se que o desenvolvimento do câncer de mama, segundo dados estatísticos divulgados pelo INCA (2018), é influenciado por fatores genéticos, endócrinos e ambientais, sendo a detecção precoce de nódulos mamários um recurso de controle deste tipo de câncer, aumentando as chances de cura. Quando este tipo de câncer é identificado em estágios avançados, apresenta caráter invasivo e destrutivo, responsável por uma grande parcela de mortalidade encontrada em mulheres. (INCA, 2018). Nos países de baixa e média rendas, o câncer de mama tem sido diagnosticado em estágios mais avançados da doença, o que aumenta a morbidez relativa ao tratamento, prejudicando a qualidade de vida e reduzindo a sobrevida dos pacientes. (INCA, 2021). O câncer de mama não tem somente uma causa. A idade é um dos mais importantes fatores de risco para a doença (cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem após os 50 anos). Dentre os vários fatores que influenciam no risco de se contrair câncer de mama, o INCA, em sua publicação de 2021 lista alguns como sendo os que podem potencializar o risco da doença como fatores ambientais e comportamentais, obesidade e sobrepeso, inatividade física, tabagismo e o consumo de bebidas alcoólicas. 5 Em estatísticas, cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados com a adoção de hábitos saudáveis com a prática atividade física, o cuidado em manter o peso corporal adequado, amamentação etc. A amamentação pelo máximo de tempo possível é um fator positivo de proteção contra o câncer. (INCA, 2021). De posse do conhecimento sobre fatores de risco e como prevenir o câncer de mana, cabe mencionar a responsabilidade dos governos e suas respectivas ações previstas pelas políticas públicas na atenção primária à saúde (APS) para o controle de câncer de mama. (INCA, 2018). O Instituto Nacional de Combate ao Câncer estima que atualmente exista mais 59.700 novos casos de câncer de mama no Brasil, para cada ano do biênio 2018-2019, com um risco de 56,33 casos a cada 100 mil mulheres. Desconsiderando os tumores de pele não melanoma, esse câncer é também o primeiro mais constante nas mulheres nas regiões Sul (73,07/100 mil), Sudeste (69,50/100 mil), Centro-Oeste (51,96/100 mil) e Nordeste (40,36/100 mil). Só na região Norte não é o primeiro mais frequente (19,21/100 mil), sendo superado pelo de colo do útero (25,62/100 mil) (INCA, 2018). Os debates e discussões políticas sobre as condições de saúde da população brasileira têm-se mantido em destaque nas agendas de discussões governamentais, dado os dados alarmantes. (INCA, 2018). Neste sentido, destacam-se os Artigos 196 – 200, na Seção II que discorre sobre os direitos da Saúde brasileira, contudo, expressa no Artigo 196 que “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação” (BRASIL, 1988). E é por esse motivo que o assunto câncer de mama tem demonstrado, ao longo dos anos, sua necessidade de estar regularmente incluída na agenda de políticas públicas em saúde do nosso país. (INCA, 2021). Diante disso, o governo brasileiro ocupa-se em manter o controle do câncer de mama como uma das suas prioridades na agenda da Política Nacional de Saúde, buscando alternativas e mudanças para este cenário. Para tanto, o Ministério da Saúde, a partir da portaria que aprovou as “Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama no Brasil”, preconiza a identificação do https://www.inca.gov.br/causas-e-prevencao/prevencao-e-fatores-de-risco/atividade-fisica 6 câncer de mama em fases iniciais, permitindo um melhor prognóstico (INCA, 2018). A fim de assegurar as garantias de Saúde como direito universal, o Ministério da Saúde, que representa o poder do Estado também observa , através das ações planejadas e desenvolvidas, o Artigo 197, que diz ser de relevância pública as ações e serviços de saúde, cabendo ao Poder Público dispor, nos termos da lei, sobre sua regulamentação, fiscalização e controle, devendo sua execução ser feita diretamente ou através de terceiros e, também, por pessoa física ou jurídica de direito privado” (BRASIL, 2021). Portanto, destas ações e serviços públicos de saúde que devem fazer parte da rede integrada e hierárquica, destaca-se o atendimento integral dos usuários e das usuárias do Sistema Único de Saúde, considerando suas necessidades plurais como também singulares individuais, em vista as especificidades e peculiaridades que compõem a totalidade necessária para que seja ate Nesse contexto, segundo o INCA (2018), E neste cenário, surge o enfermeiro, o profissional da saúde que atua como peça fundamental no desenvolvimento e execução direta dessas competências e responsabilidades, junto as mulheres quebuscam orientação, prevenção e tratamento para o câncer de mama. É do profissional de enfermagem a incumbência de manter a autonomia nas suas práticas, contribuindo para o desenvolvimento de tais ações por intermédio de atividades diárias (BRASIL, 2018). Neste sentido, a reflexão emerge como ferramenta positiva sobre a conceituação do assistencialismo integralizado da Saúde da Mulher, como recomendado pelo Ministério da Saúde, o qual determina que as “ações de saúde dirigidas para o atendimento global das necessidades prioritárias desse grupo populacional e de aplicação ampla no sistema básico de assistência à saúde” (BRASIL, 1984, p. 6), com destaque nesta pesquisa para o controle do Câncer Mamário (INCA, 2021). Portanto, é necessária a atividade de conscientização, orientação e prática, desenvolvida pelo enfermeiro pois sua função exerce papel fundamental na detecção precoce do câncer de mama, bem como o desenvolvimento de atividades educativas com o objetivo de esclarecer a população sobre os sinais e sintomas do câncer de mama, fatores de risco e prevenção. 7 A atuação do enfermeiro na APS contribui para prevenção por meio de consultas, coletas de exame preventivo, atenção domiciliar e orientação para o autoexame. Por meio da visita domiciliar, o enfermeiro aborda fatores importantes para o desenvolvimento de ferramentas que visem a promoção da saúde, como qualidade de vida, contribuindo também no estudo do perfil epidemiológico dessa população. 2. JUSTIFICATIVA O câncer é uma enfermidade crônica, caracterizada pelo crescimento celular desordenado, o qual é resultante de alterações no código genético. Entre 5% a 10% das neoplasias são resultados diretos da herança de genes relacionados ao câncer, mas grande parte envolve danos ao material genético, de origem física, química ou biológica, que se acumulam ao longo da vida (BRASIL, 2018). Dentre as doenças existentes no mundo que acometem as mulheres, o câncer de mama é o tipo de câncer com maior incidência nas mulheres em todo o mundo, ocorrendo tanto em países em desenvolvimento quanto em países desenvolvidos. (INCA, 2018). No Brasil o INCA (2018) vem acompanhado as altas taxas de incidência e mortalidade de câncer de mama, excetuando o câncer de pele não melanoma, o de mama aparece em primeiro lugar Estimativa do Instituto Nacional do Câncer (INCA) já estimava que entre os anos de 2014 e 2015 haveria o surgimento de cerca de 580 mil casos novos de câncer, com um risco estimado de 56,09 casos a cada 100 mil mulheres. Entre as mulheres brasileiras o câncer de mama representa a principal causa de morte por câncer, sendo este o responsável pelo segundo tipo de câncer mais frequente no mundo e o mais comum entre as mulheres com incidência se alargando ao longo do tempo, concomitantemente ao aumento da industrialização e da urbanização. (INCA, 2018) Fatores de risco ligados à vida reprodutiva e características genéticas podem estar associados ao aumento de risco para o câncer de mama como a história familiar referente a parentes de primeiro grau; o aumento da idade; a menstruação precoce ocorrendo antes dos 12 anos; menopausa tardia que 8 ocorre após os 50 anos; a ocorrência da primeira gravidez após os 30 anos e a nuliparidade. (BRASIL, 2018) Outros fatores associados com o câncer de mama que podem aumentar os riscos são a ingestão regular de álcool; lactação; dieta rica em ácidos graxos; terapia de reposição hormonal; exposição à radioterapia e estresse. (INCA, 2018) A prevenção primária dessa neoplasia é uma ação de intervenções muito promissora que resulta a redução de incidência de mortes por esse tipo de câncer. Cerca de 30% dos casos de câncer de mama podem ser evitados por medidas como uma alimentação saudável, prática de atividade física regular e manutenção do peso ideal. Este percentual pode ser aumentado através do conhecimento e a compreensão acerca dos fatores de risco para o câncer de mama e de ações dirigidas pelo serviço público e privado sendo executado diretamente pelo profissional de enfermagem. (BRASIL, 2018). Outro fator a ser considerado no cenário do câncer de mama é a relação entre o nível de conhecimento das mulheres e a adesão às práticas de rastreamento e detecção precoce, esta relação irá influenciar diretamente no momento do diagnóstico da doença e seu prognóstico. (INCA, 2021) Neste sentido, com a finalidade de subsidiar a organicidade da rede de atenção para a detecção precoce do câncer de mama e a articulação integral das ações e serviços de atenção à saúde das usuárias, na atualidade, instituiu- se os Parâmetros Técnicos para o Rastreamento do Câncer de Mama no Brasil, dos quais sua construção foi balizada pelos dados do Sistema de Informação do Câncer que aferiu a necessidade de oferta real dos procedimentos necessários na rede de atenção assistencial do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2021). Pelos aspectos elencados manifesta-se a motivação para discorrer sobre a Atenção Integral à Saúde das Mulheres e os cuidados para o Controle do Câncer de Mama no Brasil, no período compreendido entre 2015 a 2021. Justifica-se o reconte temporal balizados nos lançamentos das novas Diretrizes Nacionais para a Detecção Precoce do Câncer de Mama e dos Parâmetros Técnicos para o Rastreamento do Câncer de Mama no Brasil (BRASIL, 2021). O interesse mencionado ocorre devido a jornada acadêmica do profissional de enfermagem ter proporcionado possibilidades do estudo sobre https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/diretrizes-para-deteccao-precoce-do-cancer-de-mama-no-brasil https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/diretrizes-para-deteccao-precoce-do-cancer-de-mama-no-brasil https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/parametros-tecnicos-para-o-rastreamento-do-cancer-de-mama https://www.inca.gov.br/publicacoes/livros/parametros-tecnicos-para-o-rastreamento-do-cancer-de-mama 9 diversificadas temáticas, incluindo o estudo sobre o os Cuidados para o Controle de Câncer de Mama no Brasil. Existe também interesse no campo pessoal, pois é parte significante em nossa atuação profissional no Sistema Único de Saúde que ao longo dos anos se percebeu que quase sempre os objetivos propostos nos programas, na área da saúde ficam longe da real necessidade demandas pela Atenção Integral à Saúde das Mulheres brasileiras, ainda que tenham aportes financeiros (incentivos e custeios), não se consegue chegar à totalidade do público alvo, muitas vezes por insipiências dialógicas do sistema com as usuárias as quais seriam partícipes das diretrizes e ações preconizadas pelas políticas de saúde. Sobretudo, é uma política de importância para a atenção à saúde da mulher que se faz necessárias análises ao considerar que é parte dos projetos e programas indicados como direitos sociais constituídos pelas políticas do Sistema Único de Saúde brasileiro. Portanto, com a projeção do objetivo geral e dos específicos anteriormente descritos, ajuíza-se que são necessários o conhecimento teórico e a atuação na prática pelo enfermeiro para se atingir metas que visem a redução dos índices de câncer de mama proveniente do conhecimento precoce e dos Cuidados para o Controle do Câncer de Mama no Brasil. 3. OBJETIVOS 3.1 Geral ▪ Estudo da literatura sobre atenção integral à saúde da mulher perante os cuidados para o controle do câncer de mama no Brasil 3.2 Específico ▪ Analisar a existência de fatores de risco associado ao câncer de mama entre mulheres ▪ Explicitar os aspetos epidemiológicos mais importantes da doença. ▪ Discutir a cerca das propostas de intervenção educativa realizada pelo enfermeiro como recurso para melhorar os conhecimentos sobre os fatores de risco associado ao câncer de mama. 10 4. REFERENCIAL TEÓRICO O câncer lidera as causas de morte no mundo e, entremulheres, o tumor de mama é o mais prevalente, inclusive no Brasil. É a maior causa de morte por câncer nas mulheres em todo o mundo, sendo a segunda causa de morte por câncer nos países desenvolvidos. (INCA, 2018) É sabido que a prevenção primária do câncer de mama está diretamente relacionada ao controle de fatores de risco, principalmente àqueles referentes ao estilo de vida e ao diagnóstico precoce através do rastreamento em mulheres com sinais e sintomas da doença. Quando identificado em estágios iniciais, o câncer de mama possui prognóstico mais favorável e elevado percentual de cura (BRASIL, 2018). A prevenção do câncer de mama pode ser dividida em prevenção primária e secundária. Na prevenção primária, encontram-se as medidas mais simples, relacionadas aos hábitos de vida, controle da obesidade, sedentarismo, alimentação gordurosa e ingestão alcoólica em excesso. Consiste também na orientação para que as mulheres realizem a autopalpação das mamas sempre que sentirem-se confortáveis, sem a utilização de técnicas mais específicas (BRASIL,2018). De acordo com o INCA (2018), a prevenção secundária constitui pela realização do Exame Clínico das Mamas (ECM) realizado por médicos ou enfermeiros treinados e no rastreamento realizado através da mamografia. Após os 40 anos de idade, toda mulher deve se submeter ao exame clínico das mamas anualmente. Mulheres classificadas com risco elevado devem realizar o ECM exame anual a partir dos 35 anos de idade. O câncer de mama na mulher jovem é, na grande maioria dos casos, diagnosticado tardiamente principalmente por sua dificuldade de diagnóstico e ausência de rastreamento, mas também por falta do exame das mamas nas consultas ginecológicas em razão de seu baixo índice de suspeição (BRASIL, 2018). Dessa forma, o câncer de mama tem significado um dos grandes desafios às políticas públicas de saúde que atinge grande parte da população brasileira, exigindo o desenvolvimento de programas e ações de promoção e prevenção da 11 saúde, de tratamento e controle da doença, bem como de uma rede de serviços adequados e integrados que conte com profissionais competentes que possam atuar nas diferentes regiões do país (BRASIL, 2018). No Brasil, historicamente, a saúde da mulher esteve ligada às políticas nacionais de saúde a partir das primeiras décadas do século XX. Os programas de saúde da época enalteciam as ações materno-infantis, pois crianças e gestantes eram o grupo da população mais vulnerável. Esses programas não possuíam conexão com outros do governo federal e não eram específicos às necessidades de cada região do país (INCA,2018). Os cuidados para com o controle do câncer de mama no Brasil tiveram início, em meados da década de 1980, com a inclusão no Programa de Assistência Integral à Saúde da Mulher, que impetrava cuidados amplificados para a atenção ao período da gestação e pós-gestação (BRASIL, 2021). As ações voltadas para a prevenção e tratamento de câncer de mama tiveram seu inicio no ano de 1986 com a implementação do Programa de Oncologia do Instituto Nacional de Câncer, por intermédio do Ministério da Saúde como estrutura técnico-administrativa. Sobretudo, foi nas décadas de 1990 a 2000, que se efetivaram os programas da Coordenação de Controle de Câncer e o programa Viva Mulher, que teve em sua iniciação ações que visavam à formulação das diretrizes e à planificação estrutural da rede assistencial responsável pela detecção precoce do câncer de mama. Entretanto, foi somente no ano 2000, que a formatação do Documento de Consenso, tornou-se realidade contendo as propostas das Diretrizes Técnicas para Controlar o Câncer de Mama no Brasil (BRASIL, 2021). Em meados da década 2000, especificamente em 2005, lançou-se a Política Nacional de Atenção Oncológica, que visava controlar os cânceres do colo do útero e de mama com destaque fundamentado para as planificações nos estados e nos municípios na área de saúde. Para isso, se elaborou o Plano de Ação para o Controle dos Cânceres de Colo do Útero e de Mama com período compreendido entre 2005 e 2007 (BRASIL, 2021). Ainda em julho de 2009, se implantou o Sistema de Informação do Câncer de Mama que estimulou o avanço da oferta de mamografias pelo Ministério da Saúde com a Mais Saúde no período compreendido entre 2008 a 2011, que incentivaram dispositivos para as ações de controle e monitoramento. Contudo, 12 foi em 2010 e 2011, que se lançaram as recomendações para a redução da mortalidade do câncer de mama no Brasil (BRASIL, 2021). Para tanto, no mês de março de 2011, se reafirmaram a prioridade em controlar o câncer de mama, planificando nacionalmente com o fortalecimento da rede preventiva, diagnosticando e tratando o câncer com apoio presidencial, com investimentos tanto técnico, como de financiamento que intensificaram as atuações de controle nos estados e municípios (BRASIL, 2021). Neste sentido, assinalam a necessidade de garantia das ações amplificadas para a promoção com acesso e terapêutica para o tratamento do câncer qualificando os serviços de saúde em consonância com a Política Nacional de Atenção Oncológica. Portanto, as proposições da referida política constituir-se-iam ao arcabouço do Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil no período compreendido entre 2011 a 2022 (BRASIL, 2021). Entretanto, no mês de maio de 2013, a Política Nacional de Atenção Oncológica foi reformulada com a constituição da Política Nacional para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde, instituiu-se também o Sistema de Informação de Câncer planificado na web unificando os Sistemas de Informação do Câncer do Colo do Útero e o Câncer de Mama (BRASIL, 2021). Para a implementação das diretrizes e ações dos serviços de saúde para os cuidados e controle do Câncer de Mama no Brasil, em 2015, se constituem inovadoras Diretrizes para a Detecção Precoce do Câncer de Mama junto ao Sistema Único de Saúde, as quais foram fundantes para a organicidade batizantes para prestar atenções preventivas contra o câncer de mama, como também amparar os profissionais de saúde em suas metodologias clínicas e as usuárias em suas opções diante das distintas intervenções sanitárias (BRASIL, 2020). Em se tratando sobre os serviços ofertados as mulheres de todo o Brasil, ressaltamos que nesse breve histórico do surgimento e consolidação das politicas públicas que permitem atualmente o acesso aos cuidados e orientações precoce ou mesmo tardio do câncer de mama, houve e ainda pode ser encontrado um certo grau de desigualdade na oferta de exames diagnósticos por imagem, como a mamografia. A desigualdade na oferta do exame de para o https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_acoes_enfrent_dcnt_2011.pdf 13 rastreamento do câncer de mama também foi justificada pela má distribuição de mamógrafos nas regiões (TOMAZELLI; SILVA, 2017). Nesse sentido pode-se verificar que existem atualmente regiões brasileiras que não possuem coberturas adequadas de exames de mamografia, e isso pode sim influenciar no adequado controle do câncer de mama, comprometendo a efetividade das políticas públicas voltadas para isso. Migowski et al (2018) expuseram as dificuldades na implementação das novas diretrizes para a detecção precoce do câncer de mama no Brasil do Ministério da Saúde, destacando a necessidade de mudanças nas prioridades na prática clínica e de gestão do SUS. Mesmo bem embasadas, essas novas recomendações sofrem grande resistência Dentre os projetos e programas preconizados pelo Sistema Único de Saúde,suas diretrizes, ações e serviços para à saúde da população brasileira destaca-se nesta pesquisa a Atenção Integral à Saúde da Mulher e os Cuidados para o Controle do Câncer de Mama no Brasil (BRASIL, 2021). O diagnóstico antecipado trabalha com a conscientização da população quanto aos sinais e sintomas prévios do câncer, de modo a auxiliar no diagnóstico e tratamento precoce. (WHO, 2018). As ações de cuidados preventivos e paliativos são importantes no aumento da qualidade de vida das mulheres diagnosticadas com câncer mamário, ainda que não impactem na mortalidade da doença (SILVA, 2017). Apesar de existir uma política pública para o rastreamento e detecção precoce do câncer de mama no Brasil, nota-se que o governo brasileiro tem encontrado dificuldade na adesão das mulheres brasileiras pelas práticas preventivas, indicando que os programas de rastreamento estão aquém do que se é preconizado, indicando também a escassez de recursos destinados à saúde. (CAPOROSI, 2019) Ressalta-se a necessidade da estimulação dos governos e do uso dos profissionais de enfermagem para propiciar o aumento do autocuidado e do autoconhecimento da população feminina devendo ser incrementado principalmente em regiões onde há difícil acesso a outros métodos mais abrangentes e eficazes para o diagnóstico do câncer de mama (BRASIL,2018). O caráter oportunístico dos cuidados de prevenção ao câncer de mama prevalece, quando a pessoa procura o serviço de saúde por algum outro motivo 14 e o profissional de saúde aproveita o momento para rastrear alguma doença ou fator de risco. Deste modo, acreditamos que a integralização e os cuidados para o câncer de mama devem ser realizados no contexto de um programa preventivo de forma sistematizada, com atenção especial ao planejamento e treinamento dos profissionais de saúde, identificação e convite da população- -alvo na periodicidade preconizada pelo programa, além da gestão multidisciplinar das lesões detectadas, através de coordenação, acompanhamento e avaliação das ações propostas (INCA, 2020). 5. PROBLEMA E HIPÓTESE Correlacionando a temática da atenção integral à saúde da mulher com os Cuidados para o Controle do Câncer de Mama no Brasil com as políticas públicas e programas existentes, observa-se que a incidência de câncer de mama nas mulheres do mundo e brasileiras são a segunda maior causa de morte atualmente (INCA,2018). Contudo existem estratégias de prevenção primaria e secundária para a detecção precoce que associadas as politicas publicas desenvolvidas e aplicadas corretamente pelo profissional de enfermagem, podem resultar numa redução considerável no numero de mulheres com câncer de mana, como também na prevenção do mesmo (INCA,2020). 6. METODOLOGIA Este estudo trata-se de uma revisão integrativa da literatura sobre os cuidados para o controle do câncer de mama no Brasil. A revisão integrativa consiste numa análise de pesquisas relevantes, possibilitando a síntese do conhecimento em um determinado assunto, além de mostrar as lacunas que devem ser preenchidas com a realização de novos estudos (BRASIL,2018). Para a realização deste estudo, seguiram-se as seguintes etapas: escolha do tema, estabelecimento dos critérios para a inclusão e exclusão de estudos, categorização dos estudos, análise dos estudos, interpretação dos resultados e apresentação (INCA, 2017). 15 A escolha do tema foi motivada a partir da prática realizada durante a graduação em enfermagem, quando foi observada a alta incidência de morbimortalidade de mulheres vítimas de câncer de mama. Foram consultadas as seguintes bases de dados: MEDLINE (Medical Literature Analysis and Retrieval System on-line), LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde) e busca de publicações científicas através do SciELO (Scientific Electronic Library Online), BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) e Google Acadêmico. Os critérios estabelecidos para seleção dos artigos foram: artigos publicados em língua portuguesa e inglesa durante o período de janeiro de 2017 a dezembro de 2021. Para a busca ativa, foram utilizados os descritores Câncer de Mama, Atenção Primária à Saúde, Detecção Precoce de Câncer. A presente revisão reuniu e sintetizou sete (7) artigos científicos com ações públicas direcionadas para o controle do câncer de mama. Para responder ao que se pretende nesta pesquisa e a problemática proposta anteriormente objetiva-se a analisar a efetividade e continuidade das diretrizes e ações de Atenção à Saúde da Mulher para o controle e enfrentamento do Câncer de Mama no Brasil, ocorridas, no período de 2017 a 2021, sendo este o direcionamento mais amplificado. Ainda desdobrando em ações necessárias para abordar o objetivo geral traçado anteriormente, almeja-se especificamente: Identificar as diretrizes preconizadas para Atenção Integral à Saúde da Mulher brasileira; Investigar o histórico do Câncer de Mama no Brasil; Constatar as ações brasileiras para Detecção Precoce do Câncer de Mama e analisar a execução da Política Nacional de Atenção Oncológica para o Controle do Câncer de Mama das brasileiras. 7. CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO DESCRIÇÃO 2021 MÊS Setembro Outubro Novembro Dezembro Elaboração do Projeto Revisão Bibliográfica. 16 Coleta de dados eletrônicos. Organização e categorização dos dados. Construção e formatação do texto. Formatação da redação final para defesa. Revisão final para entregar à instituição. 8. REFERÊNCIAS BRASIL. Assistência Integral á Saúde da Mulher: bases de ação programática. Ministério da Saúde. Brasília, Centro de Documentação do Ministério da Saúde, 1984. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_integral_saude_mulher .pdf. Acessado: 02/11/2021. BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF: Senado, 1988. BRASIL. Lei nº 8.080, Lei Orgânica da Saúde. Brasília, DF: Senado, 1990. BRASIL. Lei nº 8.142, Participação da comunidade na gestão do Sistema Único de Saúde. Brasília, DF: Senado, 1990. BRASIL. Histórico das ações do controle de Câncer de Mama no Brasil. Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde, 2021b. Disponível em: https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/historico-das-acoes. Acessado: 01/ dez 2021. BRASIL. Tipos de câncer. Instituto Nacional de Câncer/Ministério da Saúde, 2021c. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer. Acessado: 02 dez 2021. BRASIL. Política nacional de atenção integral à saúde da mulher: plano de ação 2004-2007. Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. Brasília: Ministério da Saúde, 2018. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_integral_saude_mulher .pdf. Acessado: 02/11/2021. BRASIL. Portaria nº 2.439/, de 08 de dezembro de 2005, que institui a Política Nacional de Atenção Oncológica: Promoção, Prevenção, Diagnóstico, https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_integral_saude_mulher.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_integral_saude_mulher.pdf https://www.inca.gov.br/controle-do-cancer-de-mama/historico-das-acoes https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_integral_saude_mulher.pdf https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/assistencia_integral_saude_mulher.pdf 17 Tratamento, Reabilitação e Cuidados Paliativos, a ser implantada em todas as unidades federadas, respeitadas as competências das três esferas de gestão do SUS. Mistério da saúde. 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