Buscar

Leitura Complementar 01 - A interação entre as células hematológicas durante suas atividades Newslab, 2018

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 12 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

1 
 
A INTERAÇÃO ENTRE AS CÉLULAS HEMATOLÓGICAS DURANTE AS 
SUAS ATIVIDADES 
Artigo de Revisão 
Maria de Lourdes Pires Nascimento, MD 
Hematologista, Universidade Federal da Bahia (UFBA) 
RESUMO 
 As hemácias, leucócitos e plaquetas interagem durante as suas atuações no 
organismo. Estas células hematológicas possuem em suas membranas 
micropartículas (MPs) contendo fragmentos de DNA. Estas micropartículas são 
liberadas para a circulação sanguínea e participam das interações durante as 
atividades destas células sanguíneas. Nesta revisão levantamos a relação de alguns 
fatores que, se estiverem deficientes durante a hematopoiese, podem ter 
consequências nas relações entre hemácias, leucócitos e plaquetas. 
Palavras-Chaves: Hemácias, Leucócitos, Plaquetas, Micropartículas das Membranas 
ABSTRACT 
BLOOD CELL’S HEMATOLOGIC INTERACTIONS DURING THEIR 
HEMATOLOGIC ACTIVITIES 
Red cells, leukocytes and platelets during their actuation within one’s organism. 
These hematologic cells possess some membrane derived, microparticles (Mps), 
containing DNA fragments. These microparticles are released into blood circulation and 
participate in some interactions during those activities, performed by these blood cells. 
In this review, we are raising an hypothesis about the relationship between some 
factors which - when there is shortage of these cells during hematopoiesis – can bear 
consequences upon the relationship among red cells, leukocytes and platelets. 
Key Words: Red Cell, Leukocytes, Platelets, Membrane-derived Microparticles 
 
 Geralmente quando se pensa no sistema sanguíneo atuando no corpo 
humano, se “interpreta” as células deste sistema tendo atuações específicas e 
independentes, tais como: a) Hemácias fornecendo O2 e recebendo CO2; b) 
Leucócitos sendo responsáveis pelas defesas do organismo; c) Plaquetas 
desencadeando a formação do coágulo sanguíneo e facilitando o início da 
cicatrização; d) Plasma é o meio pelo qual as Hemácias, Leucócitos e Plaquetas 
circulam em todos os tecidos, e também é quem leva os nutrientes, fornecendo as 
substâncias necessárias para cada tecido e aquelas que irão ser eliminadas através 
da urina, fezes e suor. Entretanto diversos trabalhos científicos já referem que na 
circulação sanguínea, durante o exercício das atividades das células sanguíneas, 
existem interações entre as Hemácias, Leucócitos e Plaquetas (2, 8, 21, 32, 35, 52, 
54, 56). 
2 
 
Hemácias “estimulando” Plaquetas 
Em condições normais as Hemácias estimulam a ativação das Plaquetas, 
promovendo a liberação dos grânulos intracelulares das Plaquetas, que induzem ao 
recrutamento adicional de outras Plaquetas para a formação dos trombos. Esta 
ativação das Hemácias sobre as Plaquetas ocorre quando as Hemácias liberam ADP, 
sendo este um forte ativador Plaquetário. Nas condições em que surgem hemólises 
intravasculares também existe maior propensão para a formação de coágulos 
sanguíneos. Este é um dos motivos porque nas anemias hemolíticas existe 
hipercoagulabilidade e maior propensão para as complicações trombóticas (4, 22, 25, 
60. Entretanto, qualquer modificação na morfologia das Hemácias circulantes, mesmo 
que estas alterações sejam consideradas “discretas” (ex.: anisocitose, hipocromia, 
microcitose, macrocitose, pecilocitose, hemácias em alvo, micrócitos), comprometem 
as atividades das Plaquetas, porque hemácias morfologicamente modificadas também 
interferem bioquimicamente na capacidade de resposta das Plaquetas, principalmente 
depois que as Plaquetas já estão ativadas (1, 51). Em pacientes com anemias 
nutricionais, se existir a diminuição do número de Plaquetas (Trombocitopenias) 
também haverá menor número de Plaquetas com capacidade de aderir às superfícies, 
consequentemente menor formação de Coágulos Plaquetários e maior propensão 
para sangramentos. Quando as Hemácias ativam as Plaquetas também interferem 
bioquimicamente, na capacidade das Plaquetas de regular a Hemóstase (1, 24, 51, 57, 
58). 
Leucócitos “estimulando” Plaquetas 
No início de qualquer tipo de Reação de Defesa, os Leucócitos e as Plaquetas 
se relacionam porque, as membranas dos Leucócitos dos tipos Monócitos/Macrófagos, 
Neutrófilos e Basófilos, liberam um mediador químico – o Fator Ativador das 
Plaquetas (PAF) – que é uma fosfolípida endógena, sendo um fator que estimula a 
Agregação das Plaquetas (19, 47, 48, 50, 55). 
Relação das Plaquetas com os Leucócitos 
Além das suas atuações na Hemóstase, as Plaquetas também tem Funções 
Imunológicas, interagindo com os Patógenos durante as Defesas do Hospedeiro (52). 
Os Agregados Plaquetários que surgirem após a interação das Plaquetas com os 
Leucócitos, facilitam para que várias moléculas receptoras das Plaquetas sejam 
capazes de sensibilizar os Patógenos, surgindo um intenso intercâmbio, facilitando o 
inicio da apresentação de Antígenos dos Patógenos para que as respostas da 
Imunidade Adaptativa aconteçam. As Plaquetas tem “ligação preferencial” pelos 
Monócitos, vindo a seguir com os Neutrófilos (2). Entretanto estas respostas 
imunológicas em consequencia dos estímulos das Plaquetas são atividades que 
atuam nos seguintes Leucócitos: Monócitos/Macrófagos, Neutrófilos, Linfócitos B e T . 
Existem diversas evidências da associação entre as reações da Infecção / Inflamação 
e a Trombose (36, 47, 55). Alguns autores referem que em relação as interações das 
Plaquetas com os Leucócitos nos Processos Inflamatórios existe a possibilidade da 
presença do Trombo Plaquetário também servir como um foco de infecção, porque a 
lesão vascular além de promover ativação dos Leucócitos, das Plaquetas e da 
3 
 
Formação do Trombo, tem componentes que podem facilitar a aderência de Bactérias 
nas paredes dos vasos (2, 11, 21, 35). 
No Quadro 1 temos uma Síntese das Participações entre as Células 
Sanguíneas. 
 
 
Biomarcadores e as Interações Hematológicas 
Diversos trabalhos tem identificado no plasma a existência de micropartículas 
(MPs), contendo fragmentos de DNA, que são liberadas na circulação sanguínea, 
sendo originadas das membranas dos Leucócitos (L-MPs), das Hemácias (R-MPs), 
das Plaquetas (P-MPs), das células endoteliais e células de outros tecidos. A liberação 
destas micropartículas é um processo altamente controlado. Estas micropartículas 
apesar de terem origens e efeitos diferentes, tem sido consideradas Biomarcadores 
Universais de ativação celular, por lesão e ou apoptose, estando presentes em muitos 
processos fisiológicos e ou patológicos. As MPs devem ser formadas através de vários 
processos que determinam seus diferentes perfis e atividades biológicas, sendo que a 
maior atividade destas micropartículas é a comunicação, que ocorre através do 
contato direto entre as células ou através de substancias solúveis, nas quais as 
células reagem. As MPs liberadas pelas células influenciam outras células, surgindo 
um novo conceito para o mecanismo de liberação de uma mensagem, sendo este um 
modo altamente concentrado (17, 18, 23, 27). 
As MPs exercem seus efeitos via estimulação da célula alvo através da 
interação com o receptor ou diretamente transferindo o seu conteúdo que pode estar 
incluído nas proteínas e lípidas das membranas, componentes citoplasmáticos 
semelhantes aos das células ou RNA. As MPs podem facilitar as interações 
4 
 
célula/célula e transferir sinais para receptores entre diferentes tipos de células, 
induzindo sinalizações e respostas em células distantes. As MPs representam nos 
dias atuais um novo mecanismo de comunicação intracelular mediando respostas 
inflamatórias e imunológicas (3, 17, 18, 23, 31, 34). 
Outros Fatores e as Interações das Células Hematológicas 
A capacidade das interações funcionais das Hemácias, Leucócitos e Plaquetas 
podem ser consequência da atuação de diversos fatores que durante a Hematopoiese 
a partir de uma célula – Stem Cell Hematopoiética ou Célula Tronco Hematológica – 
dá origem as três células hematológicas.Além dos comandos genéticos, diversos 
fatores são comuns e necessários para que no final surjam as três células 
hematológicas com aspectos e principais funções diferenciadas. Entre estes fatores 
que são comuns e necessários para a geração das 3 células sanguíneas, destacamos: 
alguns Nutrientes durante a Hematopoiese, Atividades que são Comuns a Mais de 
uma Célula Sanguínea e os Setores do Organismo que anatomicamente estão fora da 
medula óssea, mas que participam da Hematopoiese. 
Hematopoiese e Alguns Nutrientes 
Hemácias, Plaquetas e Leucócitos tem origem na Stem Cell que está na 
Medula Óssea, e através de uma sequência de divisões celulares específicas – a 
Hematopoiese – surgem as células que são os Progenitores Mielóide e Linfóide, que 
no final de suas divisões e modificações geram as Hemácias, Plaquetas e Leucócitos. 
A Stem Cell também dá origem a outra família de células que irão se localizar em 
diversas partes do corpo (pele, linfonodos, mucosa do nariz, cérebro, pulmões, 
estomago, intestino, baço) são denominadas de Células Dendríticas, são células que 
junto com os Leucócitos atuam na Imunidade Inata (14). 
No Quadro 2 temos uma Síntese da Hematopoiese. 
 
5 
 
Qualquer fator que comprometa a Hematopoiese, principalmente nas etapas 
iniciais – Progenitores Mielóide e Linfóide – irão ter como consequências alterações 
funcionais nas células que estarão no sangue circulante. 
Entre as deficiências nutricionais destacaremos: Ferro, Acido Fólico, Vitamina 
B12 e Proteicocalóricas. 
No mundo existem mais de cinco bilhões de pessoas que são portadoras da 
Deficiência de Ferro, ressaltando-se que metade delas apresentam Anemias, cuja 
principal evidencia Laboratorial e a “mais conhecida” é a presença de Hemácias 
com Microcitose e Hipocromia, que são aquelas que apresentam alterações 
morfológicas, consequentemente as Plaquetas estarão sendo menos ativadas por 
estas Hemácias (1, 24, 51, 63, 65). 
Nas Anemias Ferroprivas existe a presença de Trombocitopenias e ou de 
Trombocitoses Reativas que é diminuição e ou aumento do número de Plaquetas na 
circulação sanguínea. Isto significa que a Deficiência de Ferro além de comprometer a 
Eritropoiese, também compromete a Plaquetopoiese (33, 44). 
 Na Deficiência de Ferro os Leucócitos tem diminuição das enzimas que 
participam das atividades bactericidas e imunológicas (humoral e celular), existindo 
alterações funcionais em Neutrófilos, Monócitos/Macrófagos e Linfócitos. Os 
Leucócitos estarão com a capacidade diminuída para identificar e destruir certos tipos 
de agentes patológicos (bactérias, vírus, etc.). A Deficiência de Ferro favorece o 
desenvolvimento de agentes infecciosos. O Leucograma pode até apresentar valores 
numéricos (Leucócitos / mm3) dentro dos limites normais, as vezes com presença de 
Linfocitose Atípica, porém na Deficiência de Ferro os comprometimentos dos 
Leucócitos serão principalmente qualitativos e nem sempre são alterações numéricas 
(6, 9. 15, 42, 43). 
A Deficiência de Acido Fólico e ou da Vitamina B12 resultam na inibição da 
síntese de DNA, que é necessária para que aconteçam as divisões celulares. Quando 
uma destas deficiências acontece surge Anemia Megaloblástica ou Macrocítica, 
aparecendo: Hemácias grandes (megaloblásticas) imaturas e disfuncionais, Neutrófilos 
grandes com núcleo hipersegmentado, Plaquetas com presença de Trombocitopenia 
(41). 
 Na Deficiência Proteicocalórica são ingeridas quantidades insuficientes de 
alimentos ricos em proteínas e energéticos, tendo como consequência a falta de 
suprimentos para as necessidades do organismo, isto é a Desnutrição. Entre as 
insuficiências proteicocalóricas destacaremos as deficiências de Arginina e 
Nucleotídeos, porque comprometem Hemácias, Leucócitos e Plaquetas. Arginina é o 
precursor de um aminoácido básico o óxido nítrico que funciona como um protetor que 
modula e regula várias funções. As deficiências de Arginina comprometem as 
respostas imunológicas dos Leucócitos, inibe a adesão e agregação das Plaquetas, 
interfere na deformabilidade das Hemácias e na relação delas com as Plaquetas. Os 
Nucleotídeos são compostos que carregam muita energia e que auxiliam nos 
processos metabólicos, em especial nas biossínteses em grande parte das células. 
Em bioquímica os Nucleotídeos são os blocos construtores dos ácidos nucléicos ou 
seja o DNA e o RNA (7, 10, 12, 16, 30, 37, 45, 49). 
6 
 
A interferência nas Atividades Imunológicas das deficiências de Arginina e 
Nucleotídeos estão sinteticamente esquematizadas no Quadro 3. 
 
 
Atividades que são Comuns a Mais de uma Célula Sanguínea 
A absorção de elementos estranhos as células sanguíneas se processam 
através da Fagocitose e da Endocitose, ou seja são comuns em mais de um tipo de 
célula hematológica: Neutrófilos, Monócitos/Macrófagos e Plaquetas. 
Fagocitose consiste no englobamento de partículas sólidas, relativamente 
grandes, que são estranhas ao organismo humano, é um processo que se realiza 
através do auxílio de pseudópodos. 
Endocitose é uma forma específica de Fagocitose, sendo um processo ativo 
pelo qual algumas células, através da sua membrana envolve uma substância, 
formando uma bolsa, que se projeta para o interior da célula. Através deste processo 
podem ser absorvidos ativamente materiais tais como bactérias, determinadas 
moléculas, pedaços de detritos de outras células. Existem várias referencias científicas 
informando que em relação as Plaquetas humanas, quando elas estão ativadas, na 
presença de bactérias e de algumas substâncias, aparecem alterações morfológicas, 
semelhante a pseudópodos, que envolvem bactérias e as internalizam em um vacúolo 
(através de um espaço extracelular), sendo este um processo diferente da Endocitose. 
Diversos autores denominam este tipo de mecanismo das Plaquetas de Covercitose 
que é semelhante, mas não é exatamente como a Fagocitose e a Endocitose (5, 20, 
32, 38, 39, 40, 46, 61, 62, 64). 
 
7 
 
Setores do Organismo Participantes da Hematopoiese 
Em condições normais, diversos setores do organismo participam, durante a 
Hematopoiese, da qualidade e ou da quantidade das Hemácias, Plaquetas e 
Leucócitos que estão no sangue circulante. Isto significa que o comprometimento de 
um destes setores pode interferir nos Resultados dos Exames do Hemograma. Em 
síntese pode-se destacar os seguintes setores: 
- Aparelho Digestivo: através da mastigação os alimentos são quebrados em 
partes menores. No estômago o suco gástrico digere proteínas absorve Vitamina B12. 
No intestino delgado os alimentos demoram cerca de 3 a 10 horas, para que aconteça 
a maior parte da digestão e absorção das gorduras, colesterol, carboidratos, proteínas, 
agua, vitaminas (A, C, E, D, K e complexo B), minerais (ferro, cálcio magnésio, zinco, 
cloro). No intestino grosso existem determinadas bactérias da flora intestinal que 
ajudam na produção das vitaminas K, B12, tiamina e riboflavina, sendo também nesta 
parte que são absorvidos principalmente água, biotina, sódio e algumas gorduras. As 
Infecções Parasitárias são as principais causas que comprometem a absorção e a 
síntese de vários nutrientes que dependem das atividades do Aparelho Digestivo. 
- Fígado gera um hormônio (também produzido pelos Rins) a Trombopoietina, 
que regula a produção das Plaquetas na Medula Óssea. O Fígado recebe 
aproximadamente 25% do débito sanguíneo cardíaco, e realiza numerosas funções 
vitais, entre estas algumas estão ligadas diretamente as células hematológicas: 
síntese de proteínas imunológicas e das lípidas, armazenamento de Ferro e de 
diversas Proteínas (28). 
- Rim é o principal produtor do hormônio Eritropoietina que atua na medula 
óssea, controlando a produção dos precursores das células que irão gerar as 
Hemácias ou seja a Eritropoiese. A Eritropoietina também desempenha outras ações 
tais como a resposta do cérebro à lesão neuronal, estando também envolvida no 
processo de cicatrização de feridas (26, 53,66). 
- Tireóide produz hormônios vitais – T3 e T4 – que lançados na circulação 
sanguínea, regulam o metabolismo em todas as células do corpo, controlando a 
intensidade que as células terão para transformar oxigênio, glicose e calorias em 
energia. O aumento da produção de T3 e T4 acelera o metabolismo, a diminuição de 
T3 e T4 o metabolismo fica mais lento. 
- Timo, a principal função desta glândula é a transformação dos Linfócitos em 
Linfócitos T, que é um leucócito essencial nas atividades das defesas imunológicas. 
- Aparelho Circulatório (coração, artérias, veias, arteríolas e vênulas) é através 
deste sistema que existe a circulação continua do sangue, sendo transportado para 
todo o organismo. Os processos vitais da espécie humana exigem constantes 
suprimentos dos alimentos que estão no sangue (oxigênio, agua, proteínas, açucares, 
lípidas) e eliminações regulares dos resíduos através da pele, intestino e urina 
(suores, fezes, urinas). 
- Baço, a parte denominada Polpa Vermelha controla as hemácias, 
“identificando” aquelas que não funcionam adequadamente, destruindo as que são 
8 
 
anormais, “velhas demais” ou que estão lesadas. A diminuição de hemácias não 
adequadas é um estímulo para que surja a produção de novas hemácias. No Baço 
também existem depósitos de Leucócitos e Plaquetas. O Baço também tem importante 
função imunológica na produção de anticorpos e proliferação de Linfócitos ativados, 
protegendo contra infecções. 
No Quadro 4 temos uma Síntese das principais atuações dos Setores do 
Organismo que participam da Hematopoiese e que interferem nos resultados do 
Hemograma. 
 
 
 
Conclusões sobre as Micropartículas 
 Em relação as micropartículas (MPs), inicialmente pensava-se que eram 
produtos que existiam em sangues estocados para as transfusões sanguíneas, por 
este motivo diversos trabalhos referiam que a presença de MPs eram encontradas em 
pessoas que tinham sido transfundidas. Posteriormente passaram a ser observadas 
MPs em condições patológicas de casos que não tinham tido transfusões sanguíneas 
mas que tinham processos trombóticos e inflamatórios. Entretanto algumas 
observações vem sugerindo que o aumento de MPs tipo P-MPs derivadas de plasma 
pobre em Plaquetas, possuem outras atividades além das atividades pró-coagulantes, 
estando envolvidas na cascata da coagulação, na inflamação e na modulação da 
imunidade. Algumas observações também sugerem que o aumento de condições 
clínicas adversas estão associadas ao maior número de unidades de transfusões 
sanguíneas, existindo o risco para infecções, falências renais, respiratórias, de 
múltiplos órgãos e mortes (13, 29, 31, 59). 
9 
 
Questões sobre as MPs e o Hemograma 
O Hemograma é um exame muito solicitado na área de saúde, e as alterações 
laboratoriais (quantitativas e ou qualitativas) das Hemácias, Leucócitos e Plaquetas 
não são raras. É importante lembrar que as células analisadas no Hemograma – 
Hemácias, Leucócitos e Plaquetas – por causa de suas atividades serem integradas, 
quando existe um resultado fora do normal para uma das 3 células, poderá estar 
interferindo nas atuações das outras duas células sanguíneas, cujos resultados 
laboratoriais – no Hemograma – podem não estar apresentando (“ainda”) alterações e 
ou sintomatologias clínicas, ex.: propensão para infecções, pequenos sangramentos 
com mais facilidade, etc. 
1- As modificações numéricas e ou morfológicas nas Hemácias, Leucócitos e 
Plaquetas, podem criar condições que modifiquem a liberação de 
micropartículas das Hemácias, Leucócitos e ou das Plaquetas (R-MPs, L-
MPs e ou P-MPs) comprometendo ou facilitando a interação entre estas 
células ? 
2- Os Leucócitos que estão com valores acima do normal, através das L-MPs 
liberam mais Ativadores de Plaquetas (PAF), ficando as Plaquetas mais 
estimuladas e propensas a se agregarem e aumentarem a interação com os 
Patógenos facilitando as respostas da Imunidade Adaptativa? 
3- Em que condições um Trombo Plaquetário, associado a lesão vascular, 
“facilita” a aderência das bactérias e se “transforma” em foco de infecção? 
Referencias 
1) Aarts PA, Heethaer RM, Sixma JJ. Red blood Cell deformability influences platelets-
vessel wall interaction in flowing blood. Blood, 64 (6): 1228-1233, 1984. 
2) Ahn KC, Jun AJ, Pawar P, et al. preferential binding of platelets to monocytes over 
neutrophils under flow. Biochem Biophys Res Commun. 329 (1): 345-355, 2005. 
3) Angelillo-Scherrer A. Leukocyte-derived microparticles in vascular homeostasis. Circ 
Res. 110: 356-369, 2012. 
4) Ataga KI. Hypercoagulability and thrombotic complications in hemolytic anemias. 
Hematologica. 94 (11): 1481-1484, 2009. 
5) Aurich K, Spoerl MC, Feurll B, Sietmann R, Greinacher A, Hosten N, Weitschies W, 
Development of a method for magnetic labeling of platelets. 47 Molecular Optical 
Coherence Tomography Contrast Enhancement and Imaging 1453. Nanomedicine: 
Nanotechnol. Biol. Med. 8, 537–544: 2012. 
6) Brock JH. The physiology of lactoferrin. Biochemistry and Cell Biology. 80: 1-6, 2002. 
7) Brunini TM, Moss MB, Suqueira MA, et al. Nitric oxide, malnutrition and chronic renal 
failure. Cardiovasc Hematol Agents Med Chem. 5 (2): 155-161, 2007. 
8) Cerletti C, Gaetano G, Lorenzet R. Platelet – Leukpcyte interactions: multiple links 
between inflammation, blood coagulation and vascular risk. Mediterr J Hematol Infect 
Dis. 2 (3): e2010023, 2010. 
9) Chandra RK. Reduced bactericidal capacity of polymorphs in iron deficiency. Arch Dis 
Child. 48: 864-866, 1973. 
10) Chen LY, Mehta JL. Evidence for the Presence of L-Arginine-Nitric Oxide Pathway in 
Human Red Blood Cells: Relevance in the Effects of Red Blood Cells on Platelet 
Function. J of Card. Pharm. 32 (1): 57-61, 1998. 
11) Chiara C, Giovanni G, Lorenzet R. Platelet-Leukocyte Interactions: Multiple links 
between inflammation, blood coagulation and vascular risk. Mediterr J Hematol Infect 
Dis. 2 (3): e2010023, 2010. 
10 
 
12) Chiarla C, Giovannini I, Siegel JH. Plasma arginine and correlations in trauma and 
sepsis. Amino Acids. 30 (1): 81-86, 2006. 
13) Connor DE, Exner T, Ma DD, Joseph JE. The majority of circulating platelet-derived 
microparticles fail to bind annexin V, lack phospholipid-dependent procoagulant activity 
and demonstrate greater expression of glycoprotein Ib. Thromb Haemost. 103: 1044-
1052, 2010. 
14) Conti BJ, Santiago KB, Sforcin JM . Células Dendríticas: mini-revisão. Biosaúde, 
Londrina, 16 (1): 28-33, 2014. 
15) Contreras I, Guadarrama MA, Muñoz ME, Estrada J. Leukocyte proliferation in iron-
deficient conditions. The FASEB Journal. 29 (1) Supplement, 2015. 
16) Couto LIM, Wuicik WL, Kuhn I, et al. Efeitos sa suplementação nutricional com L-
arginina no reparo de lesões por estiramento muscular. Estudo experimental em ratos. 
Rev Bras Ort. 50 (4): 455-461, 2015. 
17) De Maio A. Extracellular Heat shock proteins, cellular export besicules, and the Stress 
Observation System: a formo f communication during injury, infection, and cell damage. 
It is never known how far a controversial finding will go! Dedicated to Ferruccio Ritossa. 
Cell Stress Chaperones. 16 (3): 235-249, 2011. 
18) Diehl P, Fricke A, Sander I, et al. Microparticles: major transport vehicles for distinct 
microRNAs in circulation. Cardiovasc Res. 93: 633-644, 2012. 
19) Espinosa PS, Elva S, Velazquez MMR, et al. Factor activador de plaquetas. 
Generalidades y associación com enfermidades alérgicas. Alergia e Inmunol. Pediatr. 7 
(5): 153-158, 1998. 
20) Everts PAM et al. Platelet-rich plasma and platelet gel: a review. Journal of 
Extracorporeal Technology, Bloomsburg. 38 (2): 174-187, 2006. 
21) Fernandes LS, Conde ID, Wayne SC, et al. Platelet-monocyte complex formation: effect 
of blocking PSGL-1 alone, and in combination with alphallbbeta and alphaMbeta2, in 
coronary stenting. Thromb Res. 111 (3): 171-177, 2003. 
22) Gaarder A, Jonsen J, Laland S, et al. Adenosine diphosphate in red cells as a factorin 
the adhesiveness of human blood platelets. Nature. 11: 531-532, 1961. 
23) Gyorgy B, Szabo TG, Pasztoi M, et al. membrane vesicles, current state-of-the-art: 
emerging role of extracellular vesicles. Cell Mol Life Sci. 68: 2667-2688, 2011. 
24) Hellem AJ et al. The role of Red Cells in Haemostasis, Bleeding Time and Platelet 
Adgesiveness. Btit J Haemat. 7 : 42-50, 1961. 
25) Helms CC, Marvel M, Zhao W, et al. Mechanisms of hemolysis-associated platelet 
activation. J Thromb Haemost. 11: 2148-2154, 2013. 
26) Jelkmann, W. Erythropoietin after a century of research: younger than ever . Eur J 
Haematol. 78 (3): 183–205, 2007. 
27) Jin M, Drwal G, Bourgeois T, et al. Distinct proteome features of plasma microparticles. 
Proteomics. 5: 1940-1952, 2005. 
28) Kaushansky K.. Lineage-specific hematopoietic growth factors . N. Engl. J. 
Med. 354 (19): 2034–2045, 2006. 
29) Koch CG, Li L, Sessler DI, et al. Duration of red-cell storage and complications after 
cardiac surgery. N Engl J Med. 359: 1229-1239, 2008. 
30) Korbut R, Gryglewski RJ. Nitric oxide polymorphonuclear leukocytes modulates red 
blood cell deformability in vitro. Eur J Pharm. 234 (1): 17-22, 1993. 
31) Kriebardis A, Antonelou M, Stamoulis K, et al. Cell-derived microparticles in stored 
blood products: innocent-bystanders or effective mediators of post-transfusion 
reactions? Blood Transfus 10 (Suppl 2): s21-s34, 2012. 
32) Lam FW, Vijayan KV, Rumbaut RE. Platelets and their interactions with other immune 
cells. Compr Physiol. 5 (3): 1265-1280, 2015. 
33) Matos JF et al. O papel do RDW, da morfología eritrocitária e de parámetros 
plaquetários na diferenciação entre anemias microcíticas e hipocrômicas. Rev Bras. de 
Hematologia e Hemoterapia, 30 (6): 463-469, 2008. 
34) Mause SF, Weber C. Microparticles protagonists of a novel communication network for 
intercelular information Exchange. Circ Res. 107: 1947-1057, 2010. 
11 
 
35) McGregor L, Martin J, McGregor JL. Platelet-leukocyte aggregates and derived 
microparticles in inflammation; vascular remodeling and thrombosis. Front Biosci. 11: 
830-837, 2006. 
36) Michelson AD, Barnard MR, Krueger LA, Valeri CR, Furman MI. Circulating monocyte-
platelet aggregates are a more sensitive marker of in vivo platelet activation than 
platelet surface P-selectin: studies in baboons, human coronary intervention, and 
human acute myocardial infarction. Circulation 104 (13): 1533-1537, 2001. 
37) Nascimento MLP. Infancia Eutrófica com Microcitose: Eritrograma, Reticulócitos e 
Leucograma. Nutrição em Pauta. XI (61): 17-24, 2003. 
38) Oldenburg AL, Blackmon RL, Sierchio JM. Magnetic and plasmonic contrast agents of 
optical coherence tomography. IEEE Journal of Selected Topics in Quantum 
Electronics. 22 (4): july / august, 2016. 
39) Oldenburg AL, Wu G, Spivak D, Tsui F, Wolberg AS, Fischer TH. Imaging and 
elastometry of blood clots using magnetomotive optical coherence tomography and 
labeled platelets. Sel Top Quant Electron. IEEE J. 18: 1100–1109, 2012. 
40) Oldenburg AL, Gallippi CM, Tsui F, Nichols TC, Beicker KN, Chhetri RK, Spivak D, 
Richardson A, Fischer TH. Magnetic and contrast properties of labeled platelets for 
magnetomotive optical coherence tomography. Biophys. J. 99, 2374–2383, 2010. 
41) Oliveira EAS. Anemia Ferropriva, Anemias Megaloblasticas, Anemia Aplásica, 2009. 
www.easo.com.br Consulta em 18 / 04 / 2016. 
42) Onabanjo OO, Jerling JC, Covic N, et al. Association between iron status and white 
blood cell counts in African schoolchildren of the North-West Province, South Africa. J 
Epidemiol Glob Health. 2 (3): 103-110, 2012. 
43) Oppenheimer SJ. Iron and its relation to immunity and infectious disease. J Nutr. 131 
(Suppl): 616-635, 2001. 
44) Perdigão, DK. Avaliação de Plaquetometria em pacientes com eficiência de ferro. 
Monografia de Pós-Graduação Lato Senso em Hematologia Laboratorial. Academia de 
Ciência e Tecnologia. São José do Rio Preto, 2003. 
45) Pereira NR. A via L-Arginina – Óxido Nítrico em Plaquetas e Hemácias e pacientes 
com Anorexis Nervosa. Tese de mestrado. CAPES e UERJ / Fisiopatologia Clínica e 
Experimental. 2009. 
46) Read MS, Reddick RL, Bode AP, Bellinger DA, Nichols TC, Taylor K, Smith SV, 
McMahon DK, Griggs TR, Brinkhous KM. Preservation of hemostatic and structural 
properties of rehydrated lyophilized platelets: potential for long-term storage of dried 
platelets for transfusion. Proc. Natl. Acad. Sci. U. S. A. 92: 397–401, 1995. 
47) Reissner H. Lesão Morte e Envelhecimento Celular. Cap. 2, pg. 53. Inflamação Aguda: 
Fase Vascular da Inflamação, Plaquetas. Editora McGraw Brasil, 2015. 
48) Rojrbach MS, Wheatley CL, Slifman NR, Gleich GJ. Activation of platelets by eosinophil 
granule proteins. J Exp Med. 172 (4): 1271-1274, 1980. 
49) Romero JR, Suzuka SM, Nagel RL, Fabry ME. Arginine supplementation of sickle 
transgenic mice reduces red cell density and Gardos channel activity. Blood, 99 (4): 
1103-1108, 2002. 
50) Rosam AC, Wallace JL, Whittle BJ. Potent ulcerogenic: actions of platelet-activating 
factor on the stomach. Nature. 319 (6048): 54-56, 1986. 
51) Santos MT, Valles J, Marcus AJ, et al. Enhancement of Platelet reactivity and 
modulation of eicosanoid production by intact erythrocytes. A new approach to platelet 
activation and recruitment. J Clin Invest. 87 (2): 571-580, 1991. 
52) Semple JW, Italiano JE, Freedman J. Platelets and the immune continuum. Nature 
Reviews Immunology. 11: 264-274, April 2011. 
53) Siren AL, Fratelli M, Brines M, et al. Erythropoietin prevents neuronal apoptosis after 
cerebral ischemia and metabolic stress. Proc Natl Acad Sci USA. 98 (7): 4044-4049, 
2001. 
12 
 
54) Souza AI, Filho MB, Ferreira LOC. Alterações hematológicas e gravidez. Rev Bras 
Hematol. Hemoter. 24 (1): 19-36, 2002. 
55) Speth C, Loffer J, Krappmann S, et al. Platelets as immune cells in infectious disease. 
Future Microbiol. 8 (11): 1431-1451, 2013. 
56) Turitto VT, Weiss HJ. Red blood cells: their dual rolw in thrombus formation. Science. 
207 (4430): 541-443, 1980. 
57) Valles J, Santos MT, Marcus AJ, et al. Downregulation of human platelet reactivity by 
neutrophils: participation of lipoxygenase derivatives and adhesive proteins. J Clin 
Invest. 92:1357–1365, 1993. 
58) Valles J, Santos MT, Aznar J, et al. Erythrocytes metabolically enhance 
collageninduced platelet responsiveness via increased thromboxane production, ADP 
release, and recruitment. Blood. 78: 154–162, 1991. 
59) Vandromme MJ, McGwin G Jr, Marques MB, et al. Transfusion and pneumonia in the 
trauma intensive care unit na examination of the temporal relationship. J Trauma. 67: 
97-101, 2009. 
60) Villagra J, Shiva S, Hunter LA, et al. Platelet activation in patients with Sickle disease, 
hemolysis-associated pulmonar hypertension, and nitric oxide scavenging by cell-free 
hemoglobina. Blood. 110: 2166-2172, 2007. 
61) White JG. Why human platelets fail to kill bacteria. Platelets 17 (3): 191-200, 2006. 
62) White JG. Platelets are covercytes, not phagocytes: uptake of bacteria involves 
channels of the open canalicular system. Platelets. 16: 121–131, 2005. 
63) WHO. World Health Organization. Iron deficiency anemia: assessment, prevention, and 
control. A guide for programme managers. Geneve; WHO; 2001. 
64) Yeaman MR. Platelets: at the nexus of antimicrobial defence. Nature Reviews 
Microbiology. 12, 426-437, 2014 
65) Yip R, Dallman PR. Hierro. In: Organización Panamericana de la Salud. International 
Life Sciences Institute. Conocimentos actuals sobre nutrición. 7th ed. Washington (DC): 
1997 (OPS – Publicación Cientifica, 565). 
66) Za Amin K, Jiang X, Arcasoy MO. A novel role for erythropoietin during fibrin-induced 
wound-healing response. Am J Pathol. 163 (3): 993-1000, 2003.

Continue navegando