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Exercício de Doenças respiratorias, alergia

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UNINILTONLINS Profº Gabriel Oliveira de Souza 
 
Curso FARMÁCIA EXERCICÍOS DE FIXAÇÃO III 
Período: Turno: Turma: 
Disciplina: FARMACOLOGIA CLÍNICA E TERAPÊUTICA 
 
1. Diferencie gripe de resfriado, quanto a seus sinais e sintomas. 
Na gripe comum os sintomas são febre que não chega a 38°, dor de cabeça de baixa 
intensidade, calafrios esporádicos, cansaço moderado, dores musculares moderadas, dor ou 
ardor nos olhos leves, dor de garganta acentuado, tosse menos intensa e muco com 
congestão nasal. 
O resfriado raramente apresenta febre, dor de cabeça, sua tosse é irritativa, dores no corpo 
são leves e cansaço fraqueza e também leves, raramente há mal estar, nariz congestionado, 
coriza e dor de garganta são comuns, e as complicações são muito incomuns e quando 
acontecem vão de leves a moderadas. 
2. Existe tratamento especifico para gripe? Explique como deve ser o tratamento. 
Não, o manejo terapêutico é inespecífico. É comum o uso de analgésicos e antiinflamatórios 
não esteroidais para o alivio dos sintomas quando presentes, e alguns outros cuidados mais 
específicos no caso de comorbidades. Se acometido de influenza evitar complicações. 
3. Como deve ser a semiologia da tosse? 
Para se realizar a anamnese com pacientes com tosse, as seguintes perguntas podem 
facilitar a tomada de decisão do profissional: 
 A tosse é seca ou produtiva? 
 Tem expectoração? 
 Qual a cor e o aspecto? 
 Há quanto tempo a tosse ocorre? 
 Está relacionada com algum resfriado ou outra doença? 
 Costuma ter tosse? 
 Quais os fatores desencadeantes? 
 Tem hábitos tabágicos? 
 Tem alguma outra patologia? 
 Já tomou algum medicamento para a tosse? Qual? Que resultados obteve? Prescritos 
ou não? 
 Está tomando algum medicamento prescrito? Há quanto tempo? 
4. Descreva a fisiopatologia da asma. 
Ocorre a bronconstrição por contração dos músculos lisos, inflamação da parede brônquica 
e aumento da secreção; 
 A inflamação desencadeia hiper-reatividade das vias aéreas; Alérgenos, exercícios, estresse 
e infecções respiratórias 
5. Descreva como deve ser feito o manejo farmacológico do paciente asmático. 
Quando for asma intermitente - Utilizar b2 de curta duração por via inalatória para alívio dos 
sintomas. SALBUTAMOL (AEROLIN) e FENOTEROL (BEROTEC) 
Quando for asma persistente leve- Utilizar b2 de curta duração por via inalatória para alívio 
dos sintomas. Iniciar terapia anti-inflamatória de manutenção. A primeira escolha é 
corticosteróide inalatório, por exemplo, beclometasona (400 a 800mcg/dia em adultos e 200 a 
400mcg/dia em crianças) ou outro corticosteróide inalatório em doses equivalentes. 
Alternativas: anti leucotrienos para quem prefere a via oral ou cromoglicato dissódico, 
especialmente para crianças. 
Quando for asma persistente moderada- Utilizar b2 de curta duração por via inalatória para 
alívio dos sintomas. Manter as mesmas doses de corticosteróide inalatório da etapa II 
associando a b2 de longa duração ou duplicar a dose de corticosteróide inalatório. 
Quando os sintomas persistirem com os tratamentos anteriores, utilizar doses elevadas de 
corticosteróide inalatório, associado a b2 de longa duração com ou sem anti leucotrienos e/ou 
teofilina. 
6. Cite os fármacos que são considerados como alternativas terapêuticas na asma. 
Modificadores leucotrienos: A Zileutona é um inibidor seletivo e especifico da 5-Lipoxigenase, 
prevenindo a formação de LTB4 (leucotrienos, oriundos do metabolismo do ácido 
araquidônico e tem ação de atrair células inflamatórias) e cistenil-leucotrienos (promove a 
contração de musculo liso bronquiolares e aumentam a permeabilidade endotelial e promove 
a secreção de muco. O Zarfilucaste e Montelucaste são antagonistas seletivos do receptor 
cisteinil-leucotrienos-1, eles bloqueiam os receptores do cistenil leucotrienos. Os 3 fármacos 
são aprovados para prevenir sintomas da asma e não devem ser usados em casos de 
necessita de broncodilatação imediata. 
Cromolina: É um anti-inflamatório profilático que inibe a desgranulação e a liberação de 
histamina e dos mastócitos. É um tratamento alternativo contra asma persistente, contudo 
não é útil em casos agudos, pois não é um broncondilatador. É um fármaco de curta duração. 
Antagonistas colinérgicos: Bloqueiam a contração do musculo liso das vias aéreas e a 
secreção de muco imediata pelo vago. Por via de regra o ipatropio um derivado da tropina 
não é recomendado por ter inicio lento, mas em pacientes incapazes de tolerar BACAS é uma 
boa opção. 
Teofilina: Broncondialtador que promove alivio na obstrução das vias aéreas na asma crônica 
e diminuiu seus sintomas. Tem ação anti-inflamatório. Foi substituída devido sua estreita 
janela terapêutica, dosagens altas podem causar arritmias e convulsões fatais. 
Omalizumabe: É um anticorpo monoclonal derivado de DNA recombinante que se liga a IgE 
humana. Isso diminuiu a ligação de IgE com seu receptor na superfície do mastócito e 
basófilos. A diminuição da ligação limita a reação dos mediadores da resposta alérgica. É 
usado no tratamento de asma persistente moderada a grave. Seu custo é elevado e possui 
efeitos adversos raros como artralgias, urticária e algumas malignidades. 
7. Descreva o papel da histamina na reação alérgica. 
A histamina é o principal mediador da inflamação, liberada em resposta a certos estímulos 
exerce seus efeitos ligando-se a vários tipos de receptores específicos (H1, H2. H3. H4). A 
histamina promove vasodilatação dos pequenos vasos sanguíneos devido a liberação oxido 
nítrico pelo endotélio vascular além de aumentar a secreção e citocinas pro-inflamatórias em 
vários tipos de células e tecidos. 
8. Qual a diferença dos receptores H2 e H1? 
Os receptores H1 agem na excreção exócrina (aumento na produção de muco), musculatura 
lisa brônquica ( constrição dos bronquíolos) , musculatura lisa intestinal (constrição, cólicas 
intestinais e diarreia), e terminações nervosas sensoriais (causa prurido e dor). 
Os receptores H2 agem no sistema cardiovascular ( reduz a P.A.S), pele (aumento da 
permeabilidade dos capilares) e estomago (estimula a secreção gástrica de ácido clorídrico). 
9. Cite e diferencie quanto aos efeitos colaterais dos anti-histamínicos de 1º e 2º geração. 
Os fármacos de 1o causam mais sedação por penetrarem no SNC, além de tenderem a 
interação com outros receptores, produzindo efeitos indesejados. Os de 2o geração causam 
menos depressão do SNC. 
10. Cite os principais efeitos colaterais dessa classe de medicamentos. 
Sonolência, taquicardia, vertigem, aumento do apetite, retenção urinária, hipotensão e 
xerostomia. 
11. Um operador de máquinas pesadas, de 43 anos, chega a drogaria e queixa-se de alergia 
sazonal. Qual a diferença dele usar uma hidroxizina e a Fexofenadina? Explique. 
A hidroxizina é um anti-histamínico de 1° geração, tendo em vista a possibilidade de 
ocorrência de sonolência durante o uso de Cloridrato de Hidroxizina, os pacientes devem ser 
alertados quanto à condução de veículos, ao manuseio de máquinas perigosas e outros 
equipamentos que requeiram atenção. 
 A fexofenadina, assim como outros anti-histamínicos de segunda e terceira geração, não 
atravessa a barreira hematoencefálica, portanto, causa menos sonolência que os 
antagonistas dos receptores H1 histaminérgicos de primeira geração. Sua ação se dá pelo 
antagonismo dos receptores H1 da histamina. Por isso é uma melhor escolha para o 
paciente. 
12. Qual dos seguintes fármacos tem maior potencial para prejudicar significativamente a 
habilidade de dirigir um automóvel, Difenidramina ou Ranitidina? Explique. 
A Difenidramina possui sonolência e tontura como um sintoma de comum aparecimento, já a 
Ranitidina possui esses efeitos colaterais com incidência rara. Logo o fármaco com mais 
potencial é a Difenidramina. 
13. Porque no tratamento regular da ASMA, não se usa b2 agonistas para tratamentos 
prolongados? 
Os fármacos b2 Não tem efeito anti-inflamatório e nunca devem serusados como 
terapêutica única para pacientes com asma crônica. A monoterapia só é indicada com 
pacientes com asma intermitente, os fármacos b2 tem poucos efeitos indesejados, mas tem 
como efeitos adversos taquicardia, hiperglicemia, hipopotassemia, tremores e 
hipomagnesemia. Que são minimizados quando administrados por vias inalatórias a invés de 
sistêmico. 
14. Uma menina de 12 anos de idade com histórico de asma, queixa-se de tosse, dispneia e 
respiração ofegante após visitar um centro de equitação. Os sintomas evoluíram e tornaram- 
se tão graves que os pais a levaram ao pronto-socorro. Qual a melhor conduta para a criança? 
Utilizar b2 de curta duração por via inalatória para alívio dos sintomas.

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