Buscar

Tomografia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 21 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tomografia 
 
 
2 
 
 
 TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA - TC 
MODULO 1 
 
HISTÓRICO 
 Em 1961, o neurologista Willian H. Oldendorf abriu caminho para a TC descrevendo um 
sistema experimental que, em teoria, seria capaz de reproduzir as secções transversais de 
estruturas intracranianas de radiodensidades diferentes. 
 Do que se pode extrair da literatura, foi Oldendorf um dos grandes iniciadores teóricos 
da TC, cabendo, contudo, todo o mérito a Hounsfield que teve a felicidade de introduzir o 
computador ao sistema básico e promover sua aplicação prática. 
 Em 1967, o primeiro equipamento foi construído e o objeto a ser examinado constituía-
se de um conjunto de peças de plástico fixadas numa porção móvel que durante o teste girava 
a ângulos desejados. O processamento levou 9 dias para ser concluído, dada a baixa 
intensidade da fonte de irradiação. 
 Ainda em 1967, Hounsfield e Ambrose fizeram uma segunda experimentação, desta vez 
utilizando um tubo comercial de raio X para reprodução de uma peça cerebral retirada de um 
cadáver e colocada num recipiente de plástico. Havia um tumor no terceiro ventrículo que 
podia ser perfeitamente visualizado, após reconstrução computadorizada da imagem. 
 Em 1969, foi iniciada a construção do primeiro protótipo de um tomógrafo para 
utilização clínica. O primeiro aparelho ficou pronto e instalado em outubro de 1971. A primeira 
tomografia computadorizada foi realizada em um paciente do sexo feminino, de 41 anos, com 
suspeita de um tumor no lobo frontal esquerdo, e o exame mostrou com perfeição a 
localização e as reais dimensões do tumor. 
 Godfrey Hounsfield, inglês nascido em 1919 foi o inventor da tomografia 
computadorizada em 1972. 
 Em 1979, Cormack e Hounsfield ganharam Prêmio Nobel de Fisiologia e Medicina 
 
 O método foi bem recebido pela comunidade científica e de imediato passou a ser 
incorporado 
nos principais centros de radiologia no mundo. 
 Atualmente a tomografia ainda é objetivo de constantes pesquisas, todas voltadas para 
agilização na obtenção dos cortes tomográficos e no desenvolvimento de software gráficos 
para o processamento e manipulação das imagens. 
 
DEFINIÇÃO: TC é um exame radiológico que exibe imagens tomográficas do tecido corporal 
através do computador. 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
 O termo radiográfico tomografia deriva da palavra grega tomos, que significa "cortes". 
A TC proporciona imagens de cortes anatômicos nos planos axial, sagital ou coronal. As 
imagens são adquiridas no plano axial podendo ser reconstruídas nos planos coronal, sagital, 
oblíqua ou 3D. 
 
 PRINCÍPIOS FÍSICOS 
 
 A unidade de TC utiliza um tubo de raios-x de alta potência e um conjunto de detectores 
para capturar a informação anatômica do paciente. Essas informações são reconstruídas em 
uma imagem. 
 Cada estrutura do corpo humano tem uma capacidade de absorver a radiação. As 
estruturas mais densas absorvem mais radiação; os detectores são menos sensibilizados 
formando imagens claras. As estruturas menos densas absorvem pouca radiação; os 
detectores são mais sensibilizados, formando imagens escuras. 
 
FORMAÇÃO DA IMAGEM 
 O tubo de raios-x emite um feixe de radiação que atravessa o corpo do paciente; é 
captado pelos detectores dependendo da densidade, medindo essa densidade e atribuindo 
um valor para cada órgão; é enviado para o computador onde será transformado em imagem 
através de cálculo matemático. 
 
RECONSTRUÇÃO DA IMAGEM 
 As imagens da TC mostram uma variedade de tons de cinza. A radiação incidente é 
atenuada pelo paciente de forma diferente e a radiação restante é medida pelos detectores. 
As estruturas de baixa densidade ( pulmões, estruturas preenchidas com ar) atenuam pouco 
a radiação, apresentando imagens de tons de cinza claro e escuro, enquanto as estruturas de 
alta densidade (ossos, meio de contraste) absorve toda ou quase toda a radiação, 
apresentando imagens claras. Os valores de atenuação serão armazenados no computador. 
Através de equações matemáticas a imagem de cada fatia é reconstruída, e consiste em uma 
matriz de valores de atenuação demonstrados em tons de cinza. 
 
 GERAÇÕES DE EQUIPAMENTOS DA TC 
 A partir do início dos anos de 1970, os sistemas evoluíram quatro gerações. A diferença 
entre as gerações está relacionada primeiramente com o número e forma de arranjo dos 
detectores. 
Primeira geração (1971): usavam um feixe de raios-x e um detector. Translação em toda a 
extensão. Precisava de 4,5 minutos de tempo de exposição para pegar informações para um 
corte de 180° de rotação do tubo e do detector; a qualidade da imagem era muito ruim. Só 
eram capazes de fazer TC de crânio. 
 
 
 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
(1975): os tomógrafos de segunda geração foram melhorados com o feixe de raios-x em forma 
de leque com 30 ou mais detectores; com um tempo de exposição de 15 segundos por corte, 
ou 10 minutos para um exame de 40 cortes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Terceira geração: feixe largo do tamanho do objeto, não necessitando de translação. Inclui 
um conjunto de até 960 detectores opostos ao tubo de raios-X, que giram juntos em torno do 
paciente em um ciclo completo de 360° para demonstrar uma fatia do tecido, reduzindo o 
tempo de exposição para três a dez segundos. Esses aparelhos trouxeram uma melhora na 
qualidade da imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quarta geração: desenvolvidos durante os anos de 1980, possui um anel fixo de 4800 
detectores ou mais cobrindo totalmente um círculo completo no gantry. Um tubo de raio-x 
gira em um arco de 360° durante a coleta de dados, emitindo curtos feixes de radiação com 
um tempo de corte de um minuto para todo um exame. 
 
 
5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TOMÓGRAFOS HELICOIDAIS 
 Nos primeiros tomógrafos o movimento do tubo de raio-x foi limitado por cabos de alta 
tensão. O tubo de raio-x girava 360° em uma direção para obter um corte; a mesa avançava, 
depois o tubo giraria 360° na direção oposta para obter outro corte. 
 No sistema convencional, ainda, os dados são transmitidos aos computadores através de 
cabos fixos conectados aos detectores, sendo os outros cabos ligados ao tubo de raios-X. Esta 
tecnologia, por mais veloz que seja, limita a velocidade dos exames, face ao reposicionamento 
constante das partes que constituem o sistema e das limitações dos cabos. As paradas 
periódicas, mudanças de direção do movimento e reposicionamento do tubo e detectores 
dentro do Gantry produzem uma demora de 5 a 10 segundos entre os cortes. 
 A tecnologia slip ring, anéis deslizantes, descoberta em 1990 substituiu os cabos de alta 
tensão e permitiu a rotação contínua do tubo de raios-X, combinando ao movimento do 
paciente no gantry, ou seja, enquanto o tubo está rodando, a mesa do paciente também se 
move continuamente para o interior do gantry e um grande volume de tecido pode ser 
irradiado, com tempos mais curtos, a partir de uma única exposição, adquirindo informações 
de modo espiral ou helicoidal. 
 Os dados de atenuação dos raios-X que chegam ao detectores de um equipamento de TC 
helicoidal emitem um sinal analógico que, convertido em digital, podem sem reformatados 
pelo computador, fornecendo as imagens axiais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
TOMÓGRAFOS MULTISLICE 
 
 Os tomógrafos de terceira e quarta gerações desenvolvidos antes de 1992 faziam um 
corte de cada vez. No final de 1998 os novos tomógrafos multislice possuem mais de uma 
fileira de detectores, ou seja, possuem várias linhas ativas de detectores associadas à alta 
velocidade de rotação do sistema tubo-detetor. Assim, para cadavolta completa do tubo de 
raios-x em torno do paciente, quatro cortes são gerados simultaneamente, sendo quatro 
imagens por rotação do tubo de raios-X. Possibilitam a aquisição de imagens de um grande 
volume de tecido em tempo muito curto. Porém, há um potencial aumento da dose para o 
paciente. Foram progredindo rapidamente e atualmente fazem até 64 cortes por rotação. 
 
 
 
 
 
 
Tipos de Tomógrafos 
 
 
 Três tipos de TC, (A) convencional; (B) helicoidal e (C) helicoidal multi-cortes. 
 
 
 
 
 
 
7 
 
 VANTAGENS EM RELAÇÃO À RADIOGRAFIA CONVENCIONAL 
 
1- As informações tridimensionais são apresentadas na forma de cortes finos de estruturas 
interna. 
2- Não há sobreposição de estruturas porque o feixe de raios-x é colimado para cada corte; a 
imagem não é degradada pela radiação secundária. 
3- A TC detecta melhor a diferença de densidade entre dois tecidos. A radiografia 
convencional pode mostrar tecido com pelo menos 10% de diferença de densidade, 
enquanto a TC detecta diferenças de densidade de 1% ou menos, auxiliando no diagnóstico 
das doenças. Ex.: uma massa sólida pode ser diferenciada de um cisto. 
 
4- MPR - Reconstrução Multiplanar: A informação adquirida pode ser reconstruída e vista em 
vários planos sem uso de exposição adicional para o paciente. 
5- Manipulação dos dados de atenuação: as informações coletadas pelos detectores podem 
ser manipuladas (ajustando o brilho e contraste com melhor resolução de imagem). As lesões 
vistas na imagem podem ser medidas e os valores numéricos (números de TC) podem ser 
analisados quanto a sua composição (gordura, cálcio, água, etc.) 
 
 ESCALA DE HOUNSFIELD 
 É uma representação numérica das densidades das estruturas em TC. Nessa escala as 
unidades assumem valores pré estabelecidos à partir da atribuição do valor zero, 
correspondente a água, ou seja, as análises de densidade começam à partir da água na escala, 
pois a água é estrutura intermediária. Tecidos com densidade maior que a água assumem 
valores positivos e os tecidos com densidade menor que a água, assumem valores negativos; 
numa escala entre -1000 (ar) até 1000 (osso). 
 
1000 0 -1000 
osso água ar 
 
 REPRESENTAÇÃO NUMÉRICA DAS DENSIDADES DAS ESTRUTURAS EM TC 
 
Tecido Unidades Hounsfield Tom de cinza 
Osso 1000 branco 
Fígado 60 Cinza claro 
Pâncreas 50 Cinza claro 
Parênquima Cerebral 35 Cinza claro 
Músculo 20 Cinza claro 
Água 0 Cinza escuro 
Gordura 20-80 Cinza escuro 
Pulmão 500-800 Cinza muito escuro 
Ar -1000 preto 
 
 
 
8 
 
TOMÓGRAFO 
 O tomógrafo é composto por um conjunto de sistemas: 
- Sistema gerador de raios-x: responsável pela geração do feixe e emissão da radiação. 
- Sistema eletroeletrônico: composto pelo bloco de alimentação do aparelho e dispositivo que 
controla o movimento da mesa, do gantry, do arco detector, etc. 
- Sistema Mecânico: responsável pela parte externa do aparelho, dispositivos pneumáticos, 
engrenagens, etc. 
- Sistema de Informática: aquisição dos dados, geração, apresentação, armazenamento e 
impressão das imagens. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
COMPONENTES DA TC 
 
 Gantry, mesa de exame, gerador (tubo de raios-x), mesa de comando, computador 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GANTRY 
 É um dispositivo em formato de rosca. Em seu interior encontram-se o tubo de raios-x, 
os detectores, os colimadores, o sistema de refrigeração do tubo de raios-x e os motores para 
angulação do conjunto. pode ser angulado entre -30º e +30º em relação ao eixo vertical. O 
gantry possui uma abertura central com um diâmetro entre 60 e 70 cm que envolve o 
paciente; ele permanece dentro dessa abertura durante o exame. Na parte frontal do gantry 
há um painel de comandos manuais que possibilita a movimentação da mesa, a angulação do 
gantry, o deslocamento da mesa, a regulagem da altura da mesa, além de um botão para 
desconexão de emergência. 
 Existem, também, marcadores digitais que informam a angulação em graus e, a partir 
do ponto zero, a posição em que se encontra a mesa com o paciente (em milímetros). 
 O posicionamento do paciente é realizado com o auxílio de eixos luminosos vertical e 
horizontal com os quais se pode situar o paciente de acordo com a exploração desejada. Um 
sistema de megafonia permite ao operador se comunicar com o paciente durante o exame. 
 
MESA DE EXAME 
 
 É o local onde o paciente é posicionado para a realização do exame. É regulável em altura 
e profundidade em relação ao gantry, com altura de 38 a 93 cm do solo. Para cada imagem 
gerada, há um pequeno deslocamento da mesa, o sentido de deslocamento será pré-fixado 
de acordo com a programação dos planos de corte definidos para o estudo desejado. 
 A mesa permite a utilização de acessórios, como suporte para exames do crânio, 
extensão e prolongamento da mesa para alguns exames, dispositivos de contenção do 
paciente. O material de confecção deve apresentar pouca absorção dos raios-x ou 
radiotransparente para não interferir na reconstrução da imagem nem gerar artefatos. A mesa 
possui um tampo deslizante, sistema de elevação do tampo e suporta até 180 kg. 
 
 
10 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TUBO DE RAIOS-X 
 É semelhante ao tubo utilizado nos aparelhos radiológicos convencionais, porém 
existem modificações de modelo para garantir que o tubo seja capaz de suportar o calor 
adicional provocado pelo aumento dos tempos de exposição. Os aparelhos de TC necessitam 
de um sistema de refrigeração que utilize líquido refrigerante com circulação forçada, além 
de um sistema de radiador para a transferência do calor retirado pelo líquido do tubo para o 
meio externo. Os tubos apresentam anodos giratórios com rotações acima de 10.000rpm para 
auxiliar na dissipação de calor. 
 
DETECTORES 
 
 Dispositivos posicionados ao lado oposto da fonte de raios-x, dispostos em arco em 
torno da circunferência da abertura. Eles convertem os fótons de raios-x em sinais elétricos 
que são enviados para o computador e transformados em imagem. Quanto maior o número 
de detectores, maior a resolução. 
 Os detectores nos equipamentos de tomografia são tão importantes quanto o tubo de 
raios-x. Suas principais características estão relacionadas com o custo, eficiência, estabilidade 
e velocidade. 
 Os aparelhos de TC apresentam dois tipos de detectores de radiação: os detectores de 
câmara de ionização e os detectores de cristais de cintilação. 
 Os detectores de câmara de ionização são formados por tubos que possuem gás nobre 
(xenônio) em seu interior. Quando a radiação atinge os detectores, esse gás em contato com 
a radiação sofre uma ionização, formando uma corrente elétrica que levará a informação ao 
computador. 
 Os detectores de cristais de cintilação são formados a partir de cristais de Iodeto de 
Sódio. 
 A radiação vai atingir os cristais que emitirá uma luz na mesma proporção que a radiação 
incidente, e será transformada em corrente elétrica pelos fotomultiplicadores. Em seguida é 
levada ao computador, vai formar a imagem. 
 
 
 
 
11 
 
MESA DE COMANDO (CONSOLE) 
 
 Permite o comando do aparelho de TC. Através do teclado, introduzem-se os dados. O 
monitor permite visualizar o planejamento dos exames, protocolo de exame e também as 
imagens obtidas. O mouse ou trackball facilita o trabalho com as imagens.DESCRIÇÃO DO MÉTODO 
 
 O tubo de raios-x é posto em movimento em trilho circular (gantry) sobre uma mesa de 
exame móvel. 
 O feixe de raios-x é colimado para um fino leque que atravessa o paciente e interage 
com os detectores dispostos em espaços próximos montados no trilho, para acompanhar o 
movimento circular do tubo. 
 Após completar um "corte", a mesa móvel desloca-se para frente ou para trás, dando 
início a outro "corte". 
 Nos equipamentos de terceira geração os tubos apresentam uma vida média de 80.000 
cortes. 
 Nos equipamentos helicoidais e nos Multislice, os tubos são projetados para uma vida 
média de 500.000 cortes 
 
 DADOS TÉCNICOS SOBRE A TC 
 
 Para que possamos realizar um exame de TC é preciso trabalhar alguns parâmetros que os 
equipamentos nos oferece. Com esses parâmetros conseguimos retirar o máximo de 
informação, levando em conta que cada marca e tipo de aparelho varia em nome e variedade 
de seus parâmetros. 
 
 Descrevemos abaixo alguns dados em que todos se assemelham: 
 
Espessura de Corte: a espessura de corte ou colimação do feixe está relacionado com o 
tamanho dos cortes. Assim, uma colimação de 5mm implica a geração de um corte de 5mm 
 
 
12 
 
de espessura de tecido irradiados pelo feixe primário. A escolha de uma espessura de feixe 
maior pode fazer com que pequenas alterações no tecido não sejam percebidas na imagem, 
e espessuras muito pequenas exige um maior número de imagens; isso implicará aumento no 
tempo de exame.O uso de pequenas espessuras é fundamental para a qualidade da imagem, 
porém, aumenta a dose de radiação no paciente. Assim, é de grande importância a escolha da 
espessura do feixe. 
Os aparelhos mais modernos permitem uma colimação de até 0,5mm, sendo comuns 
espessuras de 1 mm a 10mm. 
Incremento ou Index: é o espaço entre os cortes, onde a mesa se desloca após um corte, 
variando entre 0,5mm a 20 mm. A escolha das distâncias dos eixos de corte e espessura do 
feixe estão relacionadas por um fator denominado pitch, que é a relação entre o 
deslocamento da mesa e a espessura do corte. Quanto maior a relação, menor tempo de 
exame, menos exposição aos raios-x e menor qualidade de imagem. 
Recomenda-se que uma seqüência de cortes apresente um valor de pitch maior que um. Neste 
caso o deslocamento da mesa é maior que a espessura do corte, e menor dose de radiação 
para o 
paciente. Porém, se o valor do pitch for muito maior que um, significa que áreas entre os eixos 
de corte não estão sendo irradiadas e, alterações nessas áreas não poderão ser apresentadas 
nas imagens. 
A alta-tensão ( KV): significa penetrabilidade.Quanto maior o valor do KV, mais elétrons serão 
acelerados e o feixe de raios-x será mais penetrante,fazendo com que chegue um maior 
número de fótons nos detectores. O KV varia de 80 a 100. 
 
MA: quantidade de elétrons produzidos no filamento do catodo, variando de 150, 200, 300. 
Serve para detalhar as estruturas. 
MAs: quantidade de elétrons passando pelo tubo num determinado tempo; quantidade de 
radiação produzida para formar uma imagem. 
 
F.O.V. (Field of View) - campo de visão: é o diâmetro de apresentação das imagens 
adquiridas. Refere-se à área examinada pela tomografia. Normalmente o FOV é definido em 
centímetros. Assim, é normal estabelecer um FOV de 22 cm para o estudo tomográfico do 
crânio. Quanto maior o tamanho, mais estruturas visualizadas, porém em tamanho menor. 
 
ZOOM: aumento da imagem a partir de dados de aquisição de imagem. 
ROI: dispositivo que serve para medir a densidade. 
PIXEL: é a unidade da matriz, elemento de área que forma a matriz. Quanto mais pixels, maior 
a matriz. Cada unidade de matriz corresponde a um valor numérico binário que entra no 
sistema de processamento, indicando o valor de atenuação do feixe de raios X correspondente 
a igual volume de tecido no crânio do paciente. 
MATRIZ: arranjo de linhas sobre colunas composta de pixels dispostos em colunas e linhas. É 
responsável pela formação da imagem. Quanto maior a matriz, menor pixel e melhor 
qualidade de imagem. Os aparelhos de TC apresentam matrizes padronizadas em diversos 
 
 
13 
 
tamanhos, porém, as mais utilidazadas são as de 340 x 340 e 512 x 512. 
VOXEL: elemento de volume tridimensional da imagem. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Imagem matricial: 
pixel (elemento de imagem) e voxel (volume de imagem) 
 
 
 
 
AJUSTES DE JANELAS: são ajustes que nos permite melhorar e evidenciar alguma estrutura 
desejada, ou seja, através da janela a imagem vai ser manipulada, ajustando brilho, contraste, 
nitidez, granulação. 
 
FILTRO: proporciona o estudo específico dos tecidos, dando-lhes maiores características de 
evidência nas imagens. São utilizados para partes moles e partes ósseas. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
MODULO 2 
 
TERMINOLOGIA 
 
- Aquisição de dados: os detectores captam a radiação dependendo das densidades das 
estruturas. 
- Varredura: está relacionada com o tempo de aquisição da imagem. 
- Feet First: (pés primeiro) indica que os pés estão posicionados primeiro em relação ao gantry. 
- Head First: (cabeça primeiro) indica que o paciente está posicionado com a cabeça em 
direção ao gantry. 
- Disque drive: disco que armazena as imagens dentro do computador. 
- Disco Óptico: disco de leitura das imagens. 
- Reconstrução Multiplanar: é a reconstrução da imagem em outros planos como: coronais, 
sagitais, oblíquos. 
- Reconstrução em tempo real: é a reconstrução da imagem ao mesmo tempo em que os 
cortes estão sendo feitos. 
-TC de alta resolução: são TC capazes de gerar 300 imagens por segundo com alta resolução, 
de acordo com o protocolo aplicado. 
- Ruído: está relacionado com a variação dos números de TC. Pode ser gerado de acordo com 
a espessura do corte, tamanho de objeto e detectores. 
- Artefatos: representações na imagem que não se originam das estruturas do corpo do 
paciente, são causados pelo movimento do paciente, meios de contraste, falta de calibração 
do equipamento, objetos metálicos, entre outros. 
- Calibração: É a mensuração da intensidade do feixe e ajuste dos detectores. 
- Escanograma ou Scout: imagem digital radiológica que serve para realizar o planejamento 
dos cortes. Pode ser de frente ou perfil, também chamada de imagem piloto. 
- Magazine: Dispositivo com capacidade para 100 filmes, utilizado para o transporte dos filmes 
para a câmera escura, onde serão revelados. 
- Fator Pitch: relação entre o deslocamento da mesa e a espessura de corte. 
- Delay: É o tempo de espera para iniciar aquisição de imagens após o início da injeção do MC 
venoso. 
- Bomba Injetora: Equipamento que realiza a injeção do MC por via arterial ou venosa, (sendo 
a venosa habitual para TC). Por meio de punção venosa é ligada por um cateter a uma seringa 
com contraste, que conectada ao equipamento em que está planejada a velocidade, 
quantidade e delay para esta injeção. 
 
 
 
15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MEIOS DE CONTRASTE 
 
 Antes do exame é necessária a realização da anamnese que é uma entrevista onde o 
paciente é informado da finalidade do exame e sobre o uso dos meios de contraste; riscos e 
efeitos adversos desses produtos. Os riscos inerentes ao uso do iodo vão desde simples 
desconfortos a choques anafiláticos e parada cárdio- respiratória. 
 Os serviços de tomografia utilizam questionários para rastrear antecedentes alérgicos 
ao uso do iodo, obtendo autorização formal mediante assinatura em formulário próprio. 
 Os meios de contraste mais utilizadossão os compostos à base de iodo, aplicados na 
grande maioria dos exames. Eventualmente, contrastes positivos de compostos de bário 
podem ser aplicados em estudos do trato digestório, e meios negativos, como ar e a água, no 
trato digestório, em vísceras ocas. São grandes contribuintes no estudo de níveis líquidos e 
aéreos nas TCs de tórax, abdome entre outras. 
 A dose recomendada pelos laboratórios é de 1 a 2 ml de iodo por kg de peso e, no caso 
do sulfato de bário, a dose é de 1g/ml 
 
 REAÇÕES ADVERSAS AO MEIO DE CONTRASTE 
 As reações adversas são raras; a maioria aparece durante os primeiros 30 minutos, 70% 
dos casos ocorrem dentro dos primeiros 5 minutos depois da injeção do MC. Somente 
pacientes de alto risco precisam ser supervisionados por mais do que 30 minutos. Como tais 
pacientes podem geralmente ser reconhecidos por meio de uma anamnese adequada, eles 
podem ser pré-medicados. 
 
 
 
 
 
 
 
16 
 
 PREPARO DO PACIENTE 
 
- Pacientes que se submetem ao exame sem meio de contraste não necessitam de preparo 
- Pacientes que se submetem ao exame com contraste iodado devem fazer jejum de no 
mínimo quatro horas. O jejum é necessário porque os meios de contraste à base de iodo 
podem provocar náuseas e vômitos. 
- Orientar o paciente para que se mantenha imóvel durante a aquisição das imagens. 
- Remover objetos metálicos. 
- Explicar ao paciente sobre o procedimento do exame e a importância de sua colaboração. 
- Esclarecer dúvidas. 
- Orientá-lo sobre a posição do tomógrafo e a provável injeção de contraste. 
- Realizar anamnese em relação ao contraste e o motivo do exame. 
 
 
 
 PROCEDIMENTO 
 
- Posicionar o paciente de acordo com o tipo de exame. 
- Registrar os dados do paciente ( nome, idade, sexo e exame que será realizado). 
- Escolher o protocolo do exame que encontram-se gravados no sistema. 
- Realizar uma radiografia digital (scout) para o planejamento dos cortes. 
- Injetar o meio de contraste, se necessário. 
- Iniciar a aquisição das imagens. 
 
 PROCESSAMENTO E DOCUMENTAÇÃO DAS IMAGENS 
 
 
 Após a formação da imagem, as mesmas serão janeladas e fotografadas. Em seguida vão 
para a câmara laser onde será impressas no filme ou arquivadas em mídias, como CDs, DVDs, 
discos ópticos, fitas magnéticas. 
 A documentação dos exames é muito importante para o diagnóstico. As imagens 
precisam ser documentadas levando-se em consideração o tecido de interesse e o contraste 
da imagem. 
 O valor “nível“ ( WL – Width Level ) está associado a densidade do tecido e representa o 
brilho da imagem. 
 O contraste da imagem é representado pelo valor “janela” ( WW – Width Window ) que 
está relacionado com a escala de cinzas que comporá a imagem. 
 
 
 
 
 
17 
 
 ASPECTOS DE SEGURANÇA 
 
 O equipamento de tomografia opera com raios-X e por isso requer os cuidados comuns 
de proteção radiológica previstos na Portaria 453, de 02/06/98, da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (ANVISA). 
 
 Para prolongar a vida útil, o tubo de raios-X deve ser aquecido após duas horas de 
inatividade. 
 
 Após o aquecimento do tubo, é conveniente, pelo menos uma vez ao dia fazer a 
calibração dos detectores. Este procedimento evita o aparecimento de artefatos na imagem, 
especialmente os do tipo anelar. 
 Nos equipamentos dotados de lâmpadas laser, para posicionamento do paciente, deve-
se tomar o cuidado para não direcionar o feixe luminoso nos olhos do paciente. 
 O limite de peso estipulado pelo fabricante deve ser respeitado, evitando-se assim, 
danos à mesa de exames e problemas no seu deslocamento durante o procedimento. 
 Alguns equipamentos são dotados de mecanismos de segurança especiais que permitem 
interromper a alimentação elétrica do conjunto gantry/mesa. Estes mecanismos são particula 
rmente importantes quando se observa a presença de fumaça, fogo ou faíscas nestes 
componentes. 
 Equipamentos que eventualmente apresentem problemas de desempenho do software 
necessitam ser totalmente desligados. Após algum tempo, levanta-se o sistema (startup) e 
observa-se se o problema foi solucionado. Não se obtendo resultado satisfatório, contrata-se 
o fabricante. 
 Cuidado especial deve ser dado às angulações do gantry durante exames. Alguns 
pacientes podem ter parte do corpo pressionada pelo equipamento ou, até mesmo, 
apresentar fobia apor causa da proximidade do equipamento. Alguns fabricantes obrigam os 
operadores a fazer angulações somente no painel do gantry. 
 
 PROTOCOLOS DE EXAMES DA TC 
 Os protocolos e planejamentos são aplicados às características do equipamento e rotina 
do serviço. 
 
 PROTOCOLO TC ABDOME 
PRINCÍPIOS GERAIS: 
- PREPARO: 
- jejum absoluto 6 horas 
- Esvaziar a bexiga antes de iniciar o preparo V.O, não urinar mais. 
 
 PREPARO V.O. 
- Abdome- 1 Hora. 
- Abdome + Pelve 2 Horas. 
 
 
18 
 
 
VOLUME DE CONTRASTE V.O. 
 
- Abdome 1 L 
- Abdome + Pelve 1 L 
- Administrar 1 copo(150 ml) de 10 em 10 minutos + 1 copo na mesa de exame. 
- Utilizar contraste iodado iônico á 3%(30 ml em 1 litro de água. 
 
 
CONTRASTE E.V. 
 
- Usar Bomba Injetora sempre que possível 
-Volume: 2ml Kg(60% ou 76%) até 100 Kg. 
- Velocidade da Injeção: 
. Portal- 3ml p/ seg. 
. Arterial 4/5 ml p/seg. 
- Utilizar gelco nº 18-22 
- Usar somente contraste não iõnico em bomba injetora. 
 
 
FASES DA AQUISIÇÃO: 
 
- Arterial: 25 seg. após a injeção E.V. do contraste 
- Portal: 60 seg. após a injeção e.v. do contraste 
- Equilíbrio: 3-5 minutos, após o início da injeção E.V. do contraste. 
- Fases tardias: 15 Min. Após o início da injeção E.V. do contraste. 
 
INDICAÇÕES DO CONTRASTE E.R ENDO RETAL: 
 
- Diverticulite Aguda 
- Apendicite aguda 
- Neoplasia Neoretal 
- Tumores pélvicos. 
 
 
MÉTODO DE INTRODUÇÃO DO CONTRASTE ENDORETAL: 
 
- Utilizar contraste iodado iônico, diluído á 5%(50 ml em 1000 ml de soro). 
- Passar sonda uretral 16 ou 18 por via retal ou sonda retal nº 10 
- Deixar correr todo o soro antes de iniciar o exame. 
 
 
 
 
19 
 
ESPESSURA DO CORTE. 
 
- Cortes contíguos de 5/7 mm de espessura 
- Cortes finos contíguos de 3mm 
 
EXTENSÃO DO EXAME 
 
- ABDOME: 
- Cúpula diafragmática até crista ilíaca ou pólo inferior dos rins. 
- Crista ilíaca até sínfise púbica 
 
- ABDOME + PELVE: 
- Cúpula Diafragmática até a sínfise púbica 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PROTOCOLO TC CRÂNIO 
POSICIONAMENTO 
- Paciente posiciondo em decúbito dorsal, com a cabeça encaixada ao suporte de crânio. A 
cabeça deve estar bem posicionada para haver simetria dos lados e não ocasionar imagens 
duvidosas. 
SINTOMATOLOGIA E ANAMNESE 
-Sintomas Apresentados ( tonturas, enjôos, distúrbios visuais, dormências em membros, 
desmaios, convulsões, enxaqueca, sinusite, teve trauma). 
EXTENSÃO DO EXAME 
 
- Início: linha supra-orbitomeatal e base do crânio 
- Término: vértice 
 
 
 
20 
 
MÉTODO DE INTRODUÇÃO DO CONTRASTE 
- Contraste: Via venosa 
- Quantidade: 1 a 1,5ml/Kg de peso 
- Injeção: manual 
- Escanograma: perfil 
- Espessura de corte: 3-5mm/7-10mm 
- Incremento: 5mm/10mm 
- Nº de cortes: 9 fossa posterior/ 12 supra-tentorial 
- KV: 120; mAs: 150; FOV: 25cm; Filtro: partes moles; Pitch: aquisiçãosequencial 
 
PÓS-PROCESSAMENTO 
- WL (nível): 38 
- WW (amplitude): 200-80 
 
 
 
 
 PROTOCOLO TC TÓRAX 
POSICIONAMENTO 
- Paciente posicionado em decúbito dorsal com os MMSS para cima, junto ao crânio. 
SINTOMATOLOGIA E ANAMNESE 
- Quais sintomas vêm apresentando? Tosse, dores no peito,dores nas costas, escarros (cor), 
falta de ar, cansaço. Se fumante: pneumonia, tuberculose. Trabalha com excesso de poeira? 
Ha quanto tempo apresenta os sintomas? 
EXTENSÃO DO EXAME 
 
- Início: ápice de Tórax 
- Término: região supre-renal 
 
 
 
 
21 
 
 
 
MÉTODO DE INTRODUÇÃO DO CONTRASTE 
- Contraste: Via venosa 
- Quantidade:1,5ml/Kg de peso 
- Injeção: 2,5 a 3ml/seg 
- Escanograma: frente 
- Espessura de corte: 7mm a 10mm 
- KV: 120; mAs: 150; FOV: 35cm; Filtro:partes moles e pulmão; Pitch:1 a 1,5; delay:25seg. 
 
 
PÓS-PROCESSAMENTO (JANELAMENTO) 
 Mediastino 
- WL (nível): 20 
- WW (amplitude): 300 
 
 
Pulmão 
- WL (nível): 800 
- WW (amplitude): 1.800

Outros materiais