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Recurso de Apelação

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AO JUÍZO DE DIREITO DA 1ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE RIO BRANCO DO ESTADO DO ACRE 
Autos n°: 0000000-00.00000.0.00.0000
Autora: Mariana
Réu: Eletrônicos S/A
MARIANA, menor impúbere, representada por sua genitora MARIA, ambas já qualificada nos autos do processo em epígrafe, por seu advogado ao final assinado, com endereço profissional digital situado no rodapé, onde recebe avisos e intimações em geral, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência, com fundamento no art.1.009 e seguintes, interpor
RECURSO DE APELAÇÃO 
Em face da sentença encartada nos autos às fls.00/00, requerendo, desde logo, seja autuado, recebido e processado, com as razões anexas, ao que, após oferecidas as contrarrazões pela parte adversa, requer seja este conhecido e provido, a fim de se determinar o pagamento da indenização por danos morais e estéticos. 
I - DO PREPARO
O requisito de admissibilidade referente ás custas do feito está preenchido, compulsando os anexos vê-se a guia de recolhimento do preparo. 
II - DA TEMPESTIVIDADE 
No que tange ao prazo de propositura, salienta-se que a sentença em juízo singular foi publicada no dia 00/00 do ano que flui. O prazo para interposição de apelação é de 15 (quinze) dias, conforme disposto no art. 508 do CPC/2015. Portanto, tempestivo. 
	Termos em que, pede deferimento.
	Rio Branco/AC, 14 de julho de 2021.
Advogado OAB/AC nº 0.000
RAZÕES DE APELAÇÃO 
Autos n°: 0000000-00.00000.0.00.0000 
Autora: Maria 
Réu: Eletrônicos S/A
Colenda Turma,
Ínclitos julgadores.
Em que pese o notório saber jurídico do juízo sentenciante, merece reforma integral a sentença proferida às fls. 00/00, pelos motivos a seguir.
I – DO RELATÓRIO
Trata-se de ação de indenização por danos morais e estéticos em desfavor de Eletrônicos S/A, em razão de acidente de consumo. 
Em síntese, a recorrente é portadora de deficiência visual resultado de acidente doméstico, em virtude de aparelho de TV defeituoso. 
	Desde a inicial, e durante o curso do procedimento a parte autora afirmou que era deficiente e que a condição surgiu como consequência do fatídico episódio indicando com fato bojo probatório a veracidade das alegações na peça vestibular do feito. 
	Às fls. 00/00, correspondem à contestação, onde o reclamado buscou apartar-se de qualquer responsabilidade, sob alegação de que o acidente ocorreu única e exclusivamente devido ao uso inadequado da TV. 
	A sentença, quando proferida, se apoiou completamente na defesa da parte adversa e concluiu que a recorrente não tem direito ao recebimento da indenização, pois tinha sido ela irresponsável no que tange ao uso, in verbis.
(...) Assim, nos autos não vislumbro a existência de culpa ou responsabilidade para o deferimento da indenização em favor da reclamante, haja vista utilização relapsa e demasiada do bem. 
É em face desta decisão que se interpõe o presente recurso, pois o juízo incorreu em erro, posto que a recorrente tem direito ao recebimento da indenização, senão vejamos.
II – DO DIREITO
· Da Aplicabilidade do CDC 
 Primeiramente é mister destacar a aplicação do CDC para o caso em tela, tendo em vista, o que estabelece o art. 2º, ao apontar o que seria consumidor, vejamos:
Art. 2º CDC - Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final
O que basta para afastar a improcedência, apontada pelo juízo de primeiro piso, posto isto, denota-se ainda mais clara a vulnerabilidade entre os litigantes, o que reforça ainda mais o caráter escorreito na pretensão da apelante, 
· Da Prescrição 
Não é demais, salientar que não ocorre prescrição contra absolutamente incapaz, assim reza o art. 198, §1º do CC, anulando assim, outro fundamento disposto na sentença. é necessário ainda, informar que a apelante é no momento da interposição deste, plenamente capaz de figurar no polo ativo.
Nesse diapasão, a prescrição carece do lapso temporal necessário para prevalecer frente a demanda , conforme o disposto pelo art. 27 do mesmo diploma citado acima. 
· Do Dano Moral e Estético
	O cerne da presente demanda está na seguinte indagação: O reclamado realmente está isento
de responsabilidade?
Evidentemente, deve a parte adversa ser responsabilizada, posto que, resta devidamente comprovada por meio de laudos técnicos que demonstraram, defeito de fábrica preexistente ao dia do acidente. 
Assim sendo, vejamos o que dispõe o diploma legal, acerca do tema: 
Art. 186. - Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.
Já no que diz respeito ao dano estético, linhas doutrinárias o pontuam como uma espécie de dano que se caracteriza na violação de atributos externos do ser humano, estando ligado à beleza e harmônia de traços fisícos. 
Para endosso, não custa relembrar que a apelante sofre de maneira imensurável pela perda abrupta e permanente de parte do seu campo de visão (laudos, receituários, exames fotografias em anexo). 
O bojo probatório produzido pela cliente fala por si só, de modo que proceder na confecção desta´peça apenas a torna maçante e repetitiva, a improcedencia certamente se deu por ausência de cautela na análise da gama probatória
IV– DO PEDIDO
	Ante o exposto, requer em favor de MARIANA, seja autuado, recebido e processado, ao que, após oferecidas as contrarrazões pela parte adversa, requer seja este conhecido e provido, a fim de se determinar pagamento correspondente aos danos matériais e estéticos à requerente. 
Termos em que, pede deferimento.
	Rio Branco/AC, 10 de janeiro de 2022.
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