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LIVRO - Fundamentos Juridicos

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FUNDAMENTOS 
JURÍDICOS
PROF. FLÁVIA CARRIJO NUNES
“A Faculdade Católica Paulista tem por missão exercer uma ação integrada de suas atividades educacionais, visando à 
geração, sistematização e disseminação do conhecimento, 
para formar profissionais empreendedores que promovam 
a transformação e o desenvolvimento social, econômico e 
cultural da comunidade em que está inserida.
Missão da Faculdade Católica Paulista
 Av. Cristo Rei, 305 - Banzato, CEP 17515-200 Marília - São Paulo.
 www.uca.edu.br
Nenhuma parte desta publicação poderá ser reproduzida por qualquer meio ou forma 
sem autorização. Todos os gráficos, tabelas e elementos são creditados à autoria, 
salvo quando indicada a referência, sendo de inteira responsabilidade da autoria a 
emissão de conceitos.
Diretor Geral | Valdir Carrenho Junior
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
PROF. FLÁVIA CARRIJO NUNES
SUMÁRIO
AULA 01
AULA 02
AULA 03
AULA 04
AULA 05
AULA 06
AULA 07
AULA 08
AULA 09
AULA 10
AULA 11
AULA 12
AULA 13
AULA 14
AULA 15
AULA 16
LICITAÇÃO - DISPOSIÇÕES GERAIS 
LICITAÇÃO - FINALIDADES 
LICITAÇÃO - MODALIDADES 
LICITAÇÃO - PREGÃO 
LICITAÇÃO - TIPOS DE LICITAÇÃO 
LICITAÇÃO - ESPÉCIES 
LICITAÇÃO - DISPENSADA, DISPENSÁVEL E 
INEXIGÍVEL 
DIREITO DO TRABALHO - REFORMA TRABALHISTA 
2017
DIREITO DO TRABALHO - EVOLUÇÃO HISTÓRICA
DIREITO DO TRABALHO - REQUISITOS
PERÍCIA - CONCEITO
PERÍCIA - DIREITOS
PERÍCIA - RESPONSABILIDADE DO PERITO
DIREITOS AUTORAIS - CONCEITO
DIREITOS AUTORAIS - PIRATARIA
DIREITOS AUTORAIS - ESPÉCIES
05
09
12
17
22
28
34
38
43
48
54
61
64
68
72
78
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
PROF. FLÁVIA CARRIJO NUNES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 4
INTRODUÇÃO
A matéria de Direito é um ramo jurídico que regula as relações da sociedade perante às 
leis, quais são os seus direitos e deveres. 
Seu estudo deve se iniciar pela apresentação das características essenciais sobre Licitação, 
permitindo a visualização de seus contornos e peculiaridades próprias e é o que será feito nos 
capítulos a seguir, onde serão estudados os tópicos como: definição, denominação, conteúdo 
e função da Licitação, sobre o novo projeto da Lei de Licitações que no caso do Direito 
Administrativo, que é o que mais nos interessa no momento, veremos suas características 
com mais precisão ao longo do estudo. 
Serão examinados os traços que envolvem a relação de emprego noramo do Direito do 
Trabalho, tratando-se de temas como: a evolução histórica do Direito do Trabalho, autonomia 
dele, seu posicionamento e os aspectos mais importantes e que se destacam no Direito do 
Trabalho.
De forma resumida, define-se o Direito do Trabalho como: um complexo de princípios, 
regras e institutos jurídicos que regulam a relação empregatícia de trabalho, além de outras 
relações laborais específicas.
Já com relação às perícias e os peritos pode ser definido como um complexo de princípios, 
regras e institutos jurídicos que regulam as relações de provas que constituem um processo 
judicial ou extrajudicial. Dessa forma, interessa-nos saber que no direito é regulado as 
responsabilidades dos peritos e, por conseguinte, as perícias por eles declaradas.
Com relaçãoaos Direitos Autorais, a composição do material tem por finalidade 
demonstrar que esta matéria tem uma proteção diferenciada e que é crime a utilização 
irregular das obras.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
PROF. FLÁVIA CARRIJO NUNES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 5
AULA 1
LICITAÇÃO - LEIS N.8.666/93
1.1 Disposições Gerais 
 
A chamada “Lei de licitações”, a Lei n. 8.666/93,contém as principais regras e procedimentos 
para as compras dos órgãos brasileiros à AdministraçãoPública.
O foco deste livro será as licitações para compras de bens e serviços pela administração 
pública no Brasil, aindaque boa parte da análise também se aplique às licitações para 
contratação de obras e contratos de concessão.
Licitação é o processo realizado pela Administração Pública, onde consiste na disputa de 
igualdade entre os interessados em celebrar contrato com ela, e para a escolha da melhor 
proposta. 
Esse processo administrativo é para escolher a proposta mais vantajosa para o Poder 
Público, porém isso não quer dizer que deva ser necessariamente a mais barata.
Esse tema responde por mais de 70% das assertivas na matéria referente à Administração 
Pública.
A matéria tem como base legislativa nas Leis n. 8.666/93 e na 10.520/02, portanto é 
importante destacar que o estudo desse tema deve se basear principalmente na fixação do 
texto legal.
Portanto, este é um procedimento administrativo formal que regra e se estabelece 
de forma prévia às contratações de serviços, aquisições de produtos ou até para 
registrar preços para contratações futuras pelos entes da Administração Pública.
Esta também pode ser considerada como um pré-contrato que tem como objetivo 
principal a obtenção das propostas mais vantajosas e justas. 
Fonte: ROGOSKI (2021). Disponível em:https://www.effecti.com.br/blog/o-que-
e-licitacao/#:~:text=%E2%80%9CLicita%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20
o%20procedimento%20administrativo,pr%C3%A9%2Dcontrato%2C%20que%20
tem%20como
a) Licitações no Brasil
O nosso ordenamento, a Constituição Federal de 1988 em seu art. 37, inciso XX, determinou 
a obrigatoriedade da licitação para todas as aquisições de bens e contratações de serviços 
https://www.effecti.com.br/blog/o-que-e-licitacao/#:~:text=%E2%80%9CLicita%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20o%20procedimento%20administrativo,pr%C3%A9%2Dcontrato%2C%20que%20tem%20como
https://www.effecti.com.br/blog/o-que-e-licitacao/#:~:text=%E2%80%9CLicita%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20o%20procedimento%20administrativo,pr%C3%A9%2Dcontrato%2C%20que%20tem%20como
https://www.effecti.com.br/blog/o-que-e-licitacao/#:~:text=%E2%80%9CLicita%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20o%20procedimento%20administrativo,pr%C3%A9%2Dcontrato%2C%20que%20tem%20como
https://www.effecti.com.br/blog/o-que-e-licitacao/#:~:text=%E2%80%9CLicita%C3%A7%C3%A3o%20%C3%A9%20o%20procedimento%20administrativo,pr%C3%A9%2Dcontrato%2C%20que%20tem%20como
Nayara Caroline Urbano
Palavra Junta.
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
PROF. FLÁVIA CARRIJO NUNES
FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 6
e obras, bem como para alienação de bens, realizados pela Administração no exercício de 
suas funções, tanto a Administração Direta como a Indireta deverão obedecer aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência, estes princípios estão 
disciplinados no artigo 37 e são considerados os princípios base da Administração: 
Vejamos o que diz o artigo mencionado:
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios 
de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, 
ao seguinte: 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, 
compras e alienações serão contratados mediante processo de licitação pública 
que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes, com cláusulas 
que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas 
da proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de 
qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do cumprimento 
das obrigações.
1.1.1 Nova Lei de Licitações aprovada e o fim das leis licitatórias
Em dezembro de 2020 o Senado aprovou o PL 4.253/2020 que, após a sanção presidencial, 
irá regular as licitações e contratos administrativos, ou seja, a lei mudará.
As mudanças na legislação modernizarão a gestão pública e vão desde a ampliação 
de prazo de contratos à elaboração de planos de compras anuais, sem falar que passam 
por muitos outros pontos importantes.Contudo, até o momento as leis para os processos 
licitatórios são as leis federais vigentes, ou seja, as leis 8.666/93 e 10.520/02.
O texto propõe um novo marco para o processo licitatório, sendo que a nova lei, se aprovada 
pelo Presidente da República,unifica as leis das licitações (Lei n. 8.666/93) a do Pregão (Lei n. 
10.520/20 e a lei do Regime Diferenciado de Contratações Públicas, o RDC (Lei n. 12.462/11).
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 7
Lei Aprovada. Fonte: https://www.effecti.com.br/blog/nova-lei-de-licitacoes-e-aprovada-pelo-senado//
1.1.2 Prazo de validade 
As leis que irão substituí-las contamcom um “prazo de validade” de 2 (dois) anos, ou seja, 
após a sanção presidencial, a nova lei de licitações terá validade simultânea com as leis que 
foram substituídas.
Cuidado, pois, após o Presidente do Brasil sancionar a nova lei, esta passará a valer junto 
com as que futuramente serão revogadas, isso em um prazo de 2 (dois) anos.
1.1.3 Principais alterações da nova lei de licitações
= criar uma nova modalidade de contratação;
= impedir a compra de artigos de luxo; 
= exigir o seguro - garantia para as obras de grande porte
A finalidade foi dar e trazer maior transparência eficácia e agilidade nas execuções dos 
contratos de licitações.
https://www.effecti.com.br/blog/nova-lei-de-licitacoes-e-aprovada-pelo-senado//
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Nova Lei. Fonte: https://www.contabeis.com.br/noticias/46368/nova-lei-de-licitacoes-segue-para-sancao-presidencial/
https://www.contabeis.com.br/noticias/46368/nova-lei-de-licitacoes-segue-para-sancao-presidencial/
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AULA 2
LICITAÇÃO 
2.1 Finalidades
O governo compra e negocia de tudoe a todo momento.Essas compras públicas contemplam 
as áreas da educação, saúde, segurança, energia, infraestrutura,prestação de serviços entre 
outros.
Em um universo muito lucrativo, portanto, a concorrência é inevitável e a depender do 
caso, poderá ser desleal.
Contudo, as compras públicas devem dar oportunidades iguais a qualquer interessado, 
seja ele fornecedor, prestador, usuário.
Finalidades dos certames licitatórios:
a) escolher a melhor proposta, o que não quer dizer a mais barata;
b) permitir igualdade de participação dos interessados, se preenchidos os requisitos 
exigidos pelo certame;
c) auxiliar na promoção do desenvolvimento nacional.
2.2 Princípios da Licitação
Princípios. Fonte:https://www.rcc.com.br/blog/quais-sao-os-principios-das-licitacoes/49&rlz=1C1PRFI_enBR871BR881&hl=pt-BR#imgrc=kQZEdkGpfozrVM
https://www.rcc.com.br/blog/quais-sao-os-principios-das-licitacoes/49&rlz=1C1PRFI_enBR871BR881&hl=pt-BR#imgrc=kQZEdkGpfozrVM
Nayara Caroline Urbano
Palavra Junta.
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Os princípios estão elencados no artigo 3º da Lei 8.666/93 estabelece: 
Art. 3º - A licitação destina-se a garantir a observância do princípio constitucional 
da isonomia, a seleção da proposta mais vantajosa para a administração e 
a promoção do desenvolvimento nacional sustentável e será processada e 
julgada em estrita conformidade com os princípios básicos da legalidade, da 
impessoalidade, da moralidade, da igualdade, da publicidade, da probidade 
administrativa, da vinculação ao instrumento convocatório, do julgamento 
objetivo e dos que lhes são correlatos.
Analisemos cada um:
= Legalidade.
O processo das licitações precisa ser previamente estabelecido em uma lei, no caso das 
licitações será a Lei 8.666/93, a Lei 10.520/02 e a 12.462/11. Este princípio objetiva garantir 
a observância do princípio constitucional da Isonomia e selecionar a proposta mais vantajosa 
para a Administração Pública, de maneira a assegurar a oportunidade igual a todos os 
interessados e possibilitando um número maior depossíveis concorrentes.
= Impessoalidade/Igualdade.
É o princípio que garante aos licitantes o mesmo tratamento, ou seja, a igualdade de 
oportunidades e condições.
= Moralidade.
É a honestidade das partes e dos interessados dentro de um processo licitatório.
= Publicidade.
Acima de tudo, todo e qualquer processo licitatório deverá ser público.Podendo qualquer 
pessoa ter acesso, principalmente, para fins de fiscalização do interesse da coletividade. O 
próprio artigo 37, caput, da Constituição Federal, diz que os cidadãos têm o direito de acesso 
às informações dos atos praticados pelo Poder Público. Sendo assim, a licitação não será 
sigilosa, salvo quanto ao conteúdo das propostas até a data de sua abertura.
 
FUNDAMENTOS JURÍDICOS
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FACULDADE CATÓLICA PAULISTA | 11
= Probidade Administrativa.
 
O dever de honestidade e fidelidade se estende tanto com relação ao Estado, quanto com 
a população para que haja uma integridade no desempenho de suas funções por parte da 
Administração Pública, este princípio possui contornos mais definidos do que a moralidade.
= Vinculação ao Instrumento Convocatório.
Tanto o edital como o convite vinculam os licitantes e também a Administração aos seus 
termos. Assim, ambos constituem uma lei interna de licitação, devendo as regras e requisitos 
serem observados e respeitados.
= Julgamento Objetivo.
Este princípio afasta a subjetividade, ou seja, afasta o que é pessoal, particular ou de 
alguma forma íntimo, busca o critério técnico e impessoal para escolher a proposta mais 
vantajosa, repetindo, é a mais vantajosa, mas nem sempre a mais barata.
Há também mais três princípios que podem ser aplicados à Licitação. São eles:
O Princípio da Competitividade - onde tornar a licitação muito mais atraente e com maior 
número de interessados possíveis.
O Princípio do Sigilo das propostas - esse princípio existe apenas sigilo até a data de 
sua regular abertura dos envelopes com as propostas. Após isso, o seu conteúdo passa a 
receber, como todo o restante do processo, o tratamento de publicidade ampla.
Princípio da Adjudicação ao vencedor - onde atribui-se o objeto licitado ao competidor 
vencedor.
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AULA 3
LICITAÇÃO 
3.1 Modalidades de Licitação
Um dos temas mais importantes da matéria sobre Licitações sãoas modalidades licitatórias.
As modalidades nada mais são do que as categorias de Licitação conforme o preço, tipo 
de serviço ou produto e também a depender da situação.
3.1.1 Concorrência 
Modalidade destinada OBRIGATORIAMENTE para as transações de MAIOR VULTO, isso 
para obras e serviços de engenharia ACIMA de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil 
reais) e para compras e demais serviços, acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta 
mil reais). 
Os prazos dos editais são de 30 dias, como regra geral é de 45 dias para os tipos de 
melhor técnica ou técnica e preço ou empreitada integral.
Quaisquer interessado que preencher os requisitos pode concorrer, ou seja, não há a 
necessidade que o interessado esteja previamente cadastrado na Administração, nesta 
modalidade vige o princípio da universalidade.
3.1.2 Tomada de preços 
 
É destinada para as transações de MÉDIO valor, isso para obras e serviços de engenharia 
ATÉ de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais) e para compras e demais serviços, 
ATÉ de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinquenta mil reais). 
Os prazos dos editais são de 15 dias, como regra geral é de 30 dias para os tipos de 
melhor técnica ou técnica e preço.
Contudo, diferente da concorrência, os interessados devem preencher o requisito de ter 
cadastro prévio na Administração, isso até o terceiro dia anterior à abertura das propostas.
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PROF. FLÁVIA CARRIJO NUNES
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Princípios da Licitação. Fonte: https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/artigos/401055684/modalidades-de-licitacao-concorrencia
3.1.3 Convite
Modalidade está destinada às contratações de BAIXO valor, isso para obras e serviços de 
engenharia ATÉ de R$ 150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) e para compras e demais 
serviços, ATÉ de R$ 80.000,00 (oitenta mil reais). 
Os prazos para apresentação das propostasé de 5 dias úteis.
Diferente das anteriores, no convite a Administração convocará pelo menos três interessados 
que sejam do ramo, sejam eles cadastrados ou não.
https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/artigos/401055684/modalidades-de-licitacao-concorrencia
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Licitação Convite. Fonte: https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/artigos/402375533/modalidades-de-licitacao-convite
3.1.4 Leilão 
Modalidade destinada à venda de:
a) bens móveis inservíveis para a Administração ou produtos legalmente apreendidos ou 
penhorados;
b) bens móveis adquiridos em processos judiciais ou dação em pagamento;
O prazo para o edital é de 15 dias e dispensa a habilitação prévia, sendo necessária 
apenas a avaliação.
https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/artigos/402375533/modalidades-de-licitacao-convite
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Licitação Venda de Bens. Fonte: https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/artigos/405740823/modalidades-de-licitacao-leilao
3.1.5 Concurso 
Destinado à disputa entre interessados para que se escolha o trabalho técnico, científico ou 
artístico, mediante um prêmio ou remuneração ao vencedor, tudo isso conforme os critérios 
do edital.
O prazo para o edital ser publicado na impressa oficial é de 45 dias.
Concurso de Pintura. Fonte: https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2020/07/10/concurso-nacional-seleciona-artistas-para-pintar-painel-de-graffiti-em-barra-mansa.
ghtml
https://triunfolegis.jusbrasil.com.br/artigos/405740823/modalidades-de-licitacao-leilao
https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2020/07/10/concurso-nacional-seleciona-artistas-para-pintar-painel-de-graffiti-em-barra-mansa.ghtml
https://g1.globo.com/rj/sul-do-rio-costa-verde/noticia/2020/07/10/concurso-nacional-seleciona-artistas-para-pintar-painel-de-graffiti-em-barra-mansa.ghtml
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3.1.6 Pregão 
Destina-se à aquisição de bens e serviços comuns, ou seja, são os definidos nos padrões 
de desempenho e qualidade no edital.
Há algumas peculiaridades referentes a essa modalidade de Licitação, quais sejam:
1- não há limite de valor;
2- há inversão da ordem procedimental;
3- adota o tipo de Licitação “menor preço”.
Pregão. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/543880092491154107/
https://br.pinterest.com/pin/543880092491154107/
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AULA 4
LICITAÇÃO
4.1 Pregão Presencial e Eletrônico 
A) Pregão Presencial
No ano de 2002, promulgou-se a Lei 10.520/2002, lei esta que introduziu o pregão presencial, 
um procedimento administrativo com dois estágios.
No primeiro procedimento/estágio ocorre um leilão selado de primeiro preço em que 
os licitantes entregarão os envelopes lacrados contendo o lance de preço, assim como 
ocorrecom as três modalidades já citadas e descritas da Lei 8.666/93.
No segundo procedimento/estágio, adota-se um leilão que será aberto com parte dos 
licitantes do primeiro estágio, onde participarão deste o segundo estágio o autor da oferta 
de valor mais baixo e os autores das ofertas com preços até 10% (dez por cento) superiores 
àquela (inciso VIII, art. 4º da Lei 10.520/2002). 
Não havendo pelo menos 3 (três) ofertas dentro dos 10% de intervalo, poderão os autores 
das melhores propostas, até o máximo de 3 (três), participar do segundo procedimento e 
oferecer de forma oral novos e sucessivos no leilão descendente (inciso IX do art. 4º).
Os participantes que passaram para o segundo estágio fazem novos lances, sendo que 
estes lances serão a partir do menor valor da primeira fase. O segundo estágio de leilão 
oral aberto descendente define uma oportunidade para o certame com o primeiro estágio 
de leilão selado de primeiro preço que dificulta o comportamento cartelizado. 
Caso haja desdeo primeiro estágio poucos licitantes, digamos três ou dois, o primeiro 
estágio se torna dispensável, pois todos os participantes já estarão automaticamente 
“classificados” para o segundo estágio, independente do que façam no primeiro. 
A competição vai acontecer mesmo é no segundo estágio e o leilão na prática é oral 
eaberto. 
Outra importante inovação do pregão foi a inversão das fases da licitação. 
Pela Lei 8.666/93 todos licitantes devem se habilitar previamente ao certame. A verificação 
da habilitação ocorrerá apenas para o vencedor, o que reduz o custo operacional da licitação 
tanto para o Estado quanto para os licitantes (inciso XII do Art. 4, Lei 10.520/2002).
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Conforme explica Rezende (2011, p. 28), quando a habilitação é verificada antes do leilão
todos os licitantes têm potencial interesse de afastar da disputa seus adversários 
com base em impugnações dos documentos de habilitação. Assim, há espaço 
para se deflagrar uma guerra de todos contra todos, com multiplicação de 
recursos contra a habilitação de cada licitante. Esse quadro se modifica 
significativamente com a inversão de fases, pois, uma vez conhecido o autor 
da melhor proposta, os eventuais recursos serão dirigidos apenas contra ele, 
poupando à Administração e aos próprios licitantes tempo e recursos.
No entanto, Ceccato (2012) também mostra que a inversão de fases abre espaço para uma 
estratégia cartelizante quando associada ao mecanismo introduzido neste pregão presencial 
de filtragem de apenas três licitantes da fase de leilão selado para a de leilão aberto. 
B) Pregão Eletrônico
Já no ano de 2005, outra nova modalidade mais modernafoi introduzida aos procedimentos 
licitatórios, chamada de “pregão eletrônico”.
Esta modalidade foi criada pelo Decreto 5.450/2005 e sua principal característica é ser 
realizada a distância por meio eletrônico, o que reduz o custo de participação de vários 
licitantes no certame, e que hoje, em uma situação ímpar que foi e está sendo a pandemia 
Covid- 19 seria a modalidade mais viável aos órgãos da Administração Pública. 
Este procedimento é definido no art. 4º do Decreto citado que servepara as licitações para 
aquisição de bens e serviços será obrigatória a modalidade de pregão, sendo preferencial a 
utilização da sua forma eletrônica. 
O § 1º deste mesmo artigo define que o pregão só não será utilizado na forma eletrônica 
nos casos de comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente. 
Vejamos o quea Lei define: 
Art. 4º Nas licitações para aquisição de bens e serviços comuns será obrigatória 
a modalidade pregão, sendo preferencial a utilização da sua forma eletrônica.
§ 1º O pregão deve ser utilizado na forma eletrônica, salvo nos casos de 
comprovada inviabilidade, a ser justificada pela autoridade competente.
§ 2º Na hipótese de aquisições por dispensa de licitação, fundamentadas no 
inciso II do art. 24 da Lei nº 8.666, de 21 de junho de 1993, as unidades gestoras 
integrantes do SISG deverão adotar, preferencialmente, o sistema de cotação 
eletrônica, conforme disposto na legislação vigente.
O pregão eletrônico tornou-se uma das modalidades de licitação mais importantes no 
nossopaís. 
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Os dois estágios do pregão eletrônico funcionam de forma similar ao da modalidade de 
pregão presencial: no primeiro estágio cada licitante faz um lance com a sua proposta em 
um envelope fechado , onde conterá o respectivo valor. 
Após a abertura pelo pregoeiro dos envelopes lacrados com as devidaspropostas é iniciado 
o segundo estágio de leilão oral descendente. 
A diferença em relação ao pregão presencial é que esta segunda fase no pregão eletrônico 
não se restringe aos licitantes que estão dentro do intervalo de 10% acima do preço do lance 
mais baixo, como no pregão presencial, se estendendo para toda e qualquer proposta.
Nesse contexto, pode-sedizer que o pregão eletrônico funciona como um leilão oral 
descendente, ou seja, só o segundo estágio é realmente relevante no leilão.
Outra diferença essencial que pode ser citada, em relação ao pregão presencial é dada no 
§ 5º do art. 24 do Decreto n. 5.450/2005, onde apesar de os licitantes serem continuamente 
informados do valor do menor lance registrado, a identidade do licitante que fez este lance 
não pode ser realizada até que se encerre a fase de lances. 
Nesse caso, nem o pregoeiro sabe quem deu os lances, tanto no primeiro quanto no 
segundo estágios, o que diminui bastante a possível ocorrência de fraude.
Vejamos o que diz o artigo:
Art. 24. Classificadas as propostas, o pregoeiro dará início à fase competitiva, 
quando então os licitantes poderão encaminhar lances exclusivamente por meio 
do sistema eletrônico.
§ 5º Durante a sessão pública, os licitantes serão informados, em tempo real, 
do valor do menor lance registrado, vedada a identificação do licitante.
4.2 Consulta
Última modalidade de Licitação, porém para muitos essa modalidade de Licitação nem 
poderia ser considerada uma modalidade, mas ela está no rol. Vejamos, ela é reservada 
às Agências Reguladoras, por exemplo, são elas: ANATEL, ANAC, ANA etc., onde as Leis n. 
9.472/97 e 9.986/00 as regulamentam e servem para a contratação de bens e serviços não 
abrangidos pela modalidade pregão.
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Modalidade de Licitação. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/11955323/
4.3 Tipos de Licitação
Aparentemente há muitas semelhanças entre os termos modalidade de licitação e tipo 
de licitação, porém nesse caso eles possuem características distintas. 
Enquanto as modalidades (concorrência, leilão, concurso etc.) definem critérios para os 
procedimentos licitatórios, os tipos de Licitação definem critérios de escolha do vencedor, ou 
seja, os critérios de julgamento das propostas apresentadas pelos participantes interessados.
O tipo de Licitação mais usual/comum é o de menor preço que funciona como regra geral 
nas compras da Administração Pública.
É muito comum as pessoas confundirem essas duas características de Licitação, porque 
se prendem ao termo geral e não buscam entender a técnica do processo licitatório.
A Lei n. 8.666/93 define em seu artigo 45 os quatros tipos de licitação, definidos a partir 
do critério de julgamento que será adotado pela Administração Pública para que esta defina 
e escolha qual será a proposta mais vantajosa.
Art. 45. O julgamento das propostas será objetivo, devendo a Comissão de 
licitação ou o responsável pelo convite realizá-lo em conformidade com os tipos 
de licitação, os critérios previamente estabelecidos no ato convocatório e de 
acordo com os fatores exclusivamente nele referidos, de maneira a possibilitar 
sua aferição pelos licitantes e pelos órgãos de controle.
https://slideplayer.com.br/slide/11955323/
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§ 1o Para os efeitos deste artigo, constituem tipos de licitação, exceto na 
modalidade concurso: 
I - a de menor preço - quando o critério de seleção da proposta mais vantajosa 
para a Administração determinar que será vencedor o licitante que apresentar 
a proposta de acordo com as especificações do edital ou convite e ofertar o 
menor preço;
II - a de melhor técnica;
III - a de técnica e preço.
IV - a de maior lance ou oferta - nos casos de alienação de bens ou concessão 
de direito real de uso.
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AULA 5
LICITAÇÃO
5.1 Tipos de Licitação:
5.1.1 Menor Preço
Nesse tipo de Licitação que é a mais comum, prepondera a maior economia possível 
na contratação. O critério básico é de que: vence quem apresentar o menor preço entre os 
participantes.
Contudo, a Administração Pública deve estabelecer requisitos mínimos de qualidade quanto 
ao objeto a ser contratado. 
5.2 Melhor Técnica
Esse tipo de Licitação será possível licitar pelo critério de melhor técnica quando versar sobre 
a contratação de serviços de natureza preponderantemente intelectual, mais relacionado na 
elaboração de cálculos, fiscalização, projetos, supervisão e gerenciamento e de engenharia em 
geral e, em particular, para a elaboração de estudos técnicos e projetos básicos e executivos.
Inicialmente, a classificação das propostas se dá pelo quesito técnico.
As atividades contratadas por meio desse tipo de licitação envolvem conhecimentos de nível 
elevado e/ou o domínio de tecnologia avançada, podemos citar como exemplos de serviços 
de natureza eminentemente intelectual os de elaboração de projetos, cálculos entre outros.
Na melhor técnica, a Administração fixará no edital o preço máximo que poderá e se 
propõe a pagar.
É usado quando o serviço ou bem que será adquirido pelo Órgão Público é específico e 
não pode ser avaliado apenas pelo valor/preço que é o caso dos trabalhos intelectuais.
5.3 Técnica e Preço
Esse tipo de Licitação é utilizado para a contratação de serviços de natureza 
preponderantemente intelectual, mais relacionado na elaboração de cálculos, fiscalização, 
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projetos, supervisão e gerenciamento e de engenharia em geral e, em particular, para a 
elaboração de estudos técnicos e projetos básicos e executivos.
Na técnica e preço, o que o diferencia da melhor técnica é que a classificação dos 
proponentes se faz de acordo com a média das propostas técnicas e de preço, de acordo 
com o que foi preestabelecido no instrumento convocatório.
É o critério que alia os dois anteriores tipos de licitação, levando em conta a técnica 
(Melhor Técnica) e o preço (média de valores).
5.4 Maior Lance ou Oferta
Tipo de Licitação utilizado nos casos de alienação de bens ou em casos de concessão 
de direito real de uso. É cabível em licitações nas modalidades leilão e concorrência.
5.5 Quadro Comparativo 
Menor Preço Melhor Técnica Técnica e Preço Maior Lance/Oferta
Objet iva a maior 
economia possível 
para a Administração 
Pública.
Objetiva a contratação 
d e s e r v i ç o s d e 
natureza intelectual, 
m a s c o m p r e ç o 
máximo pré-fixado 
no edital.
Objetiva a contratação 
d e s e r v i ç o s d e 
natureza intelectual, 
mas com amédia das 
propostas técnicas e 
de preço pré-fixado no 
edital.
Utilizado nos casos 
de alienação de bens 
ou de concessão de 
direito real de uso.
Muito importantedeixar demonstrado a grande diferença entre as modalidades de Licitação 
e os tipos Licitatórios, como no quadro a seguir:
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Licitação. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/850195235886469014/
5.6 Licitação
Embora não tenham asnomenclaturas de espécies de Licitações, as Licitações Dispensadas, 
Dispensáveis e Inexigíveis tenham nomenclaturas muito parecidas, estas são completamente 
distintas umas das outras. 
E de forma mais objetiva esta parte da matéria pode ser considerada a mais exigida 
em provas e também a de dificuldade maisprecisa, pois as nomenclaturas utilizadas para 
diferenciá-las são muito parecidas e os artigos que onde elas se embasam são relativamente 
extensos.
E muitas vezes, senão observar as suas peculiaridades, fica difícil distingui-las.
Temos basicamente três espécies de Licitação, quais sejam:
1. Licitação Dispensada.
2. Licitação Dispensável.
3. Licitação Inexigível.
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Nayara Caroline Urbano
Palavra junta
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Hipóteses Legais. Fonte: https://slideplayer.com.br/slide/378498/
5.6.1 Licitação Dispensada 
As principais razões parauma Licitação ser DISPENSADA tem tudo a ver com valores. 
Sim, isso mesmo, valores!
Como já vimos, as modalidades de Licitação estabelecem valores. 
A dispensa de Licitaçãoocorre quando o objeto tem seu VALOR INFERIOR a determinada 
percentagem do estabelecido na modalidade, seja esta para serviço ou aquisição, compras, 
obras e serviços de engenharia.
Vamos ver um exemplo para ficar mais fácil de entender.
Caso um município de um determinado Estado tenha interesse em reformar uma quadra 
esportiva, neste caso ele terá que se submeter a realização de um processo licitatório (exemplo 
relacionado a obras e serviços de engenharia).
Mas se essa reforma/obra seja de até 10% do limite previsto na Lei de Licitações, a Lei 
n. 8.666/93 passa a ser uma Licitação dispensada ou pode-se optar pelo que se chama 
dispensa de licitação.
Podemos verificar o artigo 17 da Lei.
https://slideplayer.com.br/slide/378498/
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Art. 17. A alienação de bens da Administração Pública, subordinada à existência de interesse 
público devidamente justificado será precedida de avaliação e obedecerá às seguintes normas:
I - quando imóveis, dependerá de autorização legislativa para órgãos da administração 
direta e entidades autárquicas e fundacionais, e, para, inclusive as entidades paraestatais, 
dependerá de avaliação prévia e de licitação na modalidade de concorrência, dispensada 
esta nos seguintes casos:
a) dação em pagamento;
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, 
de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f e h; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, 
de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas “f”, “h” e “i”; 
b) doação, permitida exclusivamente para outro órgão ou entidade da administração pública, 
de qualquer esfera de governo, ressalvado o disposto nas alíneas f, h e i; 
c) permuta, por outro imóvel que atenda aos requisitos constantes do inciso X do art. 24 
desta Lei;
d) investidura;
e) venda a outro órgão ou entidade da administração pública, de qualquer esfera de governo; 
f) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis residenciais construídos, destinados ou efetivamente 
utilizados no âmbito de programas habitacionais ou de regularização fundiária de interesse 
social desenvolvidos por órgãos ou entidades da administração pública; 
g) procedimentos de legitimação de posse de que trata o art. 29 da Lei no 6.383, de 7 de 
dezembro de 1976, mediante iniciativa e deliberação dos órgãos da Administração Pública 
em cuja competência legal inclua-se tal atribuição; 
h) alienação gratuita ou onerosa, aforamento, concessão de direito real de uso, locação 
ou permissão de uso de bens imóveis de uso comercial de âmbito local com área de até 
250 m² (duzentos e cinqüenta metros quadrados) e inseridos no âmbito de programas 
de regularização fundiária de interesse social desenvolvidos por órgãos ou entidades da 
administração pública; 
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas 
rurais da União na Amazônia Legal onde incidam ocupações até o limite de 15 (quinze) 
módulos fiscais ou 1.500ha (mil e quinhentos hectares), para fins de regularização fundiária, 
atendidos os requisitos legais;
i) alienação e concessão de direito real de uso, gratuita ou onerosa, de terras públicas 
rurais da União e do Incra, onde incidam ocupações até o limite de que trata o § 1o do art. 
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6o da Lei no 11.952, de 25 de junho de 2009, para fins de regularização fundiária, atendidos 
os requisitos legais; e 
II - quando móveis, dependerá de avaliação prévia e delicitação, dispensada esta nos 
seguintes casos:
a) doação, permitida exclusivamente para fins e uso de interesse social, após avaliação de 
sua oportunidade e conveniência socioeconômica, relativamente à escolha de outra forma 
de alienação;
b) permuta, permitida exclusivamente entre órgãos ou entidades da Administração Pública;
c) venda de ações, que poderão ser negociadas em bolsa, observada a legislação específica;
d) venda de títulos, na forma da legislação pertinente;
e) venda de bens produzidos ou comercializados por órgãos ou entidades da Administração 
Pública, em virtude de suas finalidades;
f) venda de materiais e equipamentos para outros órgãos ou entidades da Administração 
Pública, sem utilização previsível por quem deles dispõe.
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AULA 6
LICITAÇÃO 
6.1 Continuação das Espécies de Licitação
Neste tópico há a necessidade de fazer a distinção entre as espécies de Licitação, tendo 
em vista que as três espécies: Dispensadas, Dispensáveis e Inexigíveis exigem do leitor uma 
atenção especial, pois seus artigos são extensos e cria muita confusão na sua diferenciação.
6.1.1 Licitação Dispensável 
Há outras situações excepcionais para Licitação ser dispensada
Esta é uma espécie de Licitação, que embora seja possível a sua realização, ela não é 
obrigatória. 
O extenso artigo 24, incisos I e II, dispensa a licitação por considerar que o valor da 
contratação não compensa os custos da Administração com todo o procedimento licitatório.
O artigo 24 em seus incisos trata dos casos em que a Licitação é dispensável. Destes, 
destacam-se aqueles que se referem à percentagem mínima da compra ou serviço, contudo, 
também há outras situações.
Mas o que interessa é, principalmente, os objetos cujos valores são inferiores ao estipulado 
nas modalidades de licitação.
Analisemos o extenso artigo 24:
Art. 24. É dispensável a licitação:
I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto 
na alínea “a”, do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma 
mesma obra ou serviço ou ainda para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo 
local que possam ser realizadas conjunta e concomitantemente;
I - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na 
alínea “a”, do inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, 
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desde que não se refiram a parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior 
vulto que possa ser realizada de uma só vez; 
III - nos casos de guerra ou grave perturbação da ordem;
IV - nos casos de emergência ou de calamidade pública, quando caracterizada urgência 
de atendimento de situação que possa ocasionar prejuízo ou comprometer a segurança de 
pessoas, obras, serviços, equipamentos e outros bens, públicos ou particulares, e somente 
para os bens necessários ao atendimento da situação emergencial ou calamitosa e para as 
parcelas de obras e serviços que possam ser concluídas no prazo máximo de 180 (cento 
e oitenta) dias consecutivos e ininterruptos, contados da ocorrência da emergência ou 
calamidade, vedada a prorrogação dos respectivos contratos;
V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder 
ser repetida sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições 
preestabelecidas;
VI - quando a União tiver que intervir no domínio econômico para regular preços ou 
normalizar o abastecimento;
VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores 
aos praticados no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos 
oficiais competentes, casos em que, observado o parágrafo único do art. 48 desta Lei e, 
persistindo a situação, será admitida a adjudicação direta dos bens ou serviços, por valor 
não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços; 
VIII - para a aquisição, por pessoa jurídica de direito público interno, de bens produzidos 
ou serviços prestados por órgão ou entidade que integre a Administração Pública e que 
tenha sidocriado para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde que 
o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado; 
IX - quando houver possibilidade de comprometimento da segurança nacional, nos casos 
estabelecidos em decreto do Presidente da República, ouvido o Conselho de Defesa Nacional;
X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas 
da administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, 
desde que o preço seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia;
XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência 
de rescisão contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e 
aceitas as mesmas condições oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, 
devidamente corrigido;
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XII - nas compras de hortifrutigranjeiros, pão e outros gêneros perecíveis, no tempo 
necessário para a realização dos processos licitatórios correspondentes, realizadas diretamente 
com base no preço do dia;
XIII - na contratação de instituição brasileira incumbida regimental ou estatutariamente 
da pesquisa, do ensino ou do desenvolvimento institucional, ou de instituição dedicada à 
recuperação social do preso, desde que a contratada detenha inquestionável reputação 
ético-profissional e não tenha fins lucrativos;
XIV - para a aquisição de bens ou serviços nos termos de acordo internacional específico 
aprovado pelo Congresso Nacional, quando as condições ofertadas forem manifestamente 
vantajosas para o Poder Público; 
XV - para a aquisição ou restauração de obras de arte e objetos históricos, de autenticidade 
certificada, desde que compatíveis ou inerentes às finalidades do órgão ou entidade.
XVI - para a impressão dos diários oficiais, de formulários padronizados de uso da 
administração, e de edições técnicas oficiais, bem como para prestação de serviços de 
informática a pessoa jurídica de direito público interno, por órgãos ou entidades que integrem 
a Administração Pública, criados para esse fim específico; 
XVII - para a aquisição de componentes ou peças de origem nacional ou estrangeira, 
necessários à manutenção de equipamentos durante o período de garantia técnica, junto 
ao fornecedor original desses equipamentos, quando tal condição de exclusividade for 
indispensável para a vigência da garantia; 
XVIII - nas compras ou contratações de serviços para o abastecimento de navios, 
embarcações, unidades aéreas ou tropas e seus meios de deslocamento quando em estada 
eventual de curta duração em portos, aeroportos ou localidades diferentes de suas sedes, por 
motivo de movimentação operacional ou de adestramento, quando a exiguidade dos prazos 
legais puder comprometer a normalidade e os propósitos das operações e desde que seu 
valor não exceda ao limite previsto na alínea “a” do inciso II do art. 23 desta Lei: 
XIX - para as compras de material de uso pelas Forças Armadas, com exceção de materiais 
de uso pessoal e administrativo, quando houver necessidade de manter a padronização 
requerida pela estrutura de apoio logístico dos meios navais, aéreos e terrestres, mediante 
parecer de comissão instituída por decreto; 
XX - na contratação de associação de portadores de deficiência física, sem fins lucrativos 
e de comprovada idoneidade, por órgãos ou entidades da Admininistração Pública, para a 
prestação de serviços ou fornecimento de mão-de-obra, desde que o preço contratado seja 
compatível com o praticado no mercado. 
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XXI - para a aquisição de bens e insumos destinados exclusivamente à pesquisa científica 
e tecnológica com recursos concedidos pela Capes, pela Finep, pelo CNPq ou por outras 
instituições de fomento a pesquisa credenciadas pelo CNPq para esse fim específico; 
XXI - para a aquisição ou contratação de produto para pesquisa e desenvolvimento, limitada, 
no caso de obras e serviços de engenharia, a 20% (vinte por cento) do valor de que trata a 
alínea “b” do inciso I do caput do art. 23;
XXII - na contratação de fornecimento ou suprimento de energia elétrica e gás natural com 
concessionário, permissionário ou autorizado, segundo as normas da legislação específica; 
XXIII - na contratação realizada por empresa pública ou sociedade de economia mista 
com suas subsidiárias e controladas, para a aquisição ou alienação de bens, prestação ou 
obtenção de serviços, desde que o preço contratado seja compatível com o praticado no 
mercado. 
XXIV - para a celebração de contratos de prestação de serviços com as organizações sociais, 
qualificadas no âmbito das respectivas esferas de governo, para atividades contempladas 
no contrato de gestão. 
XXV - na contratação realizada por Instituição Científica e Tecnológica - ICT ou por agência 
de fomento para a transferência de tecnologia e para o licenciamento de direito de uso ou 
de exploração de criação protegida. 
XXVI – na celebração de contrato de programa com ente da Federação ou com entidade 
de sua administração indireta, para a prestação de serviços públicos de forma associada 
nos termos do autorizado em contrato de consórcio público ou em convênio de cooperação.
XXVII - na contratação da coleta, processamento e comercialização de resíduos sólidos 
urbanos recicláveis ou reutilizáveis, em áreas com sistema de coleta seletiva de lixo, efetuados 
por associações ou cooperativas formadas exclusivamente por pessoas físicas de baixa 
renda reconhecidas pelo poder público como catadores de materiais recicláveis, com o uso 
de equipamentos compatíveis com as normas técnicas, ambientais e de saúde pública.
XXVIII – para o fornecimento de bens e serviços, produzidos ou prestados no País, que 
envolvam, cumulativamente, alta complexidade tecnológica e defesa nacional, mediante 
parecer de comissão especialmente designada pela autoridade máxima do órgão. 
XXIX – na aquisição de bens e contratação de serviços para atender aos contingentes 
militares das Forças Singulares brasileiras empregadas em operações de paz no exterior, 
necessariamente justificadas quanto ao preço e à escolha do fornecedor ou executante e 
ratificadas pelo Comandante da Força. 
XXX - na contratação de instituição ou organização, pública ou privada, com ou sem fins 
lucrativos, para a prestação de serviços de assistência técnica e extensão rural no âmbito 
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do Programa Nacional de Assistência Técnica e Extensão Rural na Agricultura Familiar e na 
Reforma Agrária, instituído por lei federal. 
XXXI - nas contratações visando ao cumprimento do disposto nos arts. 3º, 4º, 5º e 20 da 
Lei no 10.973, de 2 de dezembro de 2004, observados os princípios gerais de contratação 
dela constantes. (Incluído pela Lei nº 12.349, de 2010).
XXXII - na contratação em que houver transferência de tecnologia de produtos estratégicos 
para o Sistema Único de Saúde - SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, 
conforme elencados em ato da direção nacional do SUS, inclusive por ocasião da aquisição 
destes produtos durante as etapas de absorção tecnológica.
XXXIII - na contratação de entidades privadas sem fins lucrativos, para a implementação de 
cisternas ou outras tecnologias sociais de acesso à água para consumo humano e produção 
de alimentos, para beneficiar as famílias rurais de baixa renda atingidas pela seca ou falta 
regular de água. (Incluído pela Lei nº 12.873, de 2013).
XXXIV - para a aquisição por pessoa jurídica de direito público interno de insumos estratégicos 
para a saúde produzidos ou distribuídos por fundação que, regimental ou estatutariamente, 
tenha por finalidade apoiar órgão da administração pública direta, sua autarquia ou fundação em 
projetos de ensino, pesquisa, extensão, desenvolvimentoinstitucional, científico e tecnológico 
e estímulo à inovação, inclusive na gestão administrativa e financeira necessária à execução 
desses projetos, ou em parcerias que envolvam transferência de tecnologia de produtos 
estratégicos para o Sistema Único de Saúde – SUS, nos termos do inciso XXXII deste artigo, 
e que tenha sido criada para esse fim específico em data anterior à vigência desta Lei, desde 
que o preço contratado seja compatível com o praticado no mercado. (Incluído pela Lei nº 
13.204, de 2015).
XXXV - para a construção, a ampliação, a reforma e o aprimoramento de estabelecimentos 
penais, desde que configurada situação de grave e iminente risco à segurança pública.
§ 1º Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte por 
cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de 
economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, 
como Agências Executivas. (Incluído pela Lei nº 12.715, de 2012).
§ 2º O limite temporal de criação do órgão ou entidade que integre a administração pública 
estabelecido no inciso VIII do caput deste artigo não se aplica aos órgãos ou entidades que 
produzem produtos estratégicos para o SUS, no âmbito da Lei no 8.080, de 19 de setembro 
de 1990, conforme elencados em ato da direção nacional do SUS. 
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§ 3º A hipótese de dispensa prevista no inciso XXI do caput, quando aplicada a obras 
e serviços de engenharia, seguirá procedimentos especiais instituídos em regulamentação 
específica. 
§ 4º Não se aplica a vedação prevista no inciso I do caput do art. 9o à hipótese prevista 
no inciso XXI do caput.
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AULA 7
LICITAÇÃO 
7.1 Espécies de Licitação
7.1.1 Licitação Inexigível 
No caso dessa espécie de Licitação não há possibilidade jurídica de concorrência, cujo 
motivo pode ser a existência de um único fornecedor e/ou objeto, ou seja, quando há a 
impossibilidade de competição, sendo inviável a sua realização.
O artigo 25 da Lei de Licitações elenca o rol de casos em que é inexigível a Licitação.
As nomenclaturas de Licitação Dispensada, Dispensável e Inexigível podem em seus 
conceitos serem muito semelhantes, porém há uma distinção grande, não só nos conceitos, 
mas nos procedimentos também.
Vejamos o que diz o artigo 25 da Lei:
I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos 
por produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, 
devendo a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão 
de registro do comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo 
Sindicato, Federação ou Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes;
II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza 
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade 
para serviços de publicidade e divulgação;
III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através 
de empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião 
pública.
§ 1º Considera-se de notória especialização o profissional ou empresa cujo conceito no 
campo de sua especialidade, decorrente de desempenho anterior, estudos, experiências, 
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publicações, organização, aparelhamento, equipe técnica, ou de outros requisitos relacionados 
com suas atividades, permita inferir que o seu trabalho é essencial e indiscutivelmente o 
mais adequado à plena satisfação do objeto do contrato.
§ 2º Na hipótese deste artigo e em qualquer dos casos respondem solidariamente pelo de 
dispensa, se comprovado superfaturamento, dano causado à Fazenda Pública o fornecedor 
ou o prestador de serviços e o agente público responsável, sem prejuízo de outras sanções 
legais cabíveis.
Em relação ao inciso I só poderá haver um produtor do serviço ou produto em todo o 
território nacional para que possa falar em Licitação Inexigível, e com relação ao comerciante, 
ele deverá ser o único na localidade, no registro cadastral ou no País.
Agora com relação ao inciso II, este faz referência aos serviços técnicos do artigo 13, 
onde analisaremos a seguir:
Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais 
especializados os trabalhos relativos a:
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos;
II - pareceres, perícias e avaliações em geral;
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias;
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços;
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas;
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal;
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico.
O rol de casos elencados no artigo 25 da Lei em questão é um rol meramente exemplificativo, 
ou seja, portanto, poderá surgir outras inexigibilidades.
A inexigibilidade tem como requisito principal a inviabilidade de competição. Já no caso 
da dispensa, a competição é viável, contudo, realizar tal disputa traz prejuízos para o Órgão 
Público.
Para sabermos se há ou não viabilidade de competição, deve-se analisar a presença de 
dois requisitos.
O primeiro requisito é de natureza objetiva que vem a ser a natureza singular do serviço 
que será prestado, por exemplo, uma simples manutenção de eletricidade, ou seja, serviços 
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rotineiros e que podem ser prestados por um número razoavelmente grande de pessoas 
não requerem a contratação de um especialista, sendo disponível no mercado uma grande 
quantidade de profissional minimamente qualificado e capacitado. 
Portanto, serviços passíveis de critérios de ordem objetiva são sujeitos à licitação pública.
Veja-se que a singularidade recai sobre o objeto, ou seja, sobre um serviço técnico singular/
diferenciado, não sobre o prestador é o que dispõe a Súmula nº 264/2011 - TCU:
A inexigibilidade de licitação para a contratação de serviços técnicos com pessoas físicas 
ou jurídicas de notória especialização somente é cabível quando se tratar de serviço de 
natureza singular, capaz de exigir, na seleção do executor de con fiança, grau de subjetividade 
insuscetível de ser medido pelos critérios objetivos de quali ficação inerentes ao processo 
de licitação, nos termos do art. 25, inciso II, da Lei nº 8.666/93.
O que seria então um serviço singular? O inciso II diz que:
São serviços técnicos profissionais especializados e que não podem ser licitados, sendo 
contratados por inexigibilidade, sendo aqueles em que: 
a) em virtude de suas peculiaridades especiais, faz com que o grau de subjetividade em 
relação à sua avaliação, impeça a adoção de critérios objetivos para adequadas mensuração 
e avaliação;
b) o objeto, em face das suas peculiaridades especiais, não permite fixar um critério 
objetivo de julgamento para a escolha do futuro contratado.
A licitação do tipo técnica e preço não seria aplicável à contratação de tal tipo de serviço 
de natureza singular, porque este tipo de licitação tem como pressuposto necessário a 
existência de critérios objetivos de julgamento e os serviços singulares não podem ser 
reduzidos a um padrão objetivo de julgamento.
O pressuposto básico da licitação é a possibilidade de dispensar tratamento igualitário aos 
competidores, foi exatamente em razão de tal impossibilidade que o legislador determinou 
que os serviços singulares fossem contratados por inexigibilidade.
Os atributos singulares não podem ser mensurados objetivamente o que torna impossível 
a realização da licitação para a seleção de profissionalou empresa para executar serviço 
considerado singular.
O segundo requisito é de ordem subjetiva que é atinente à qualidade do profissional apto 
a realizar o serviço.
Deve o contratado ser notório especialista e essa notoriedade recai sobre a especialização 
do profissional, não sendo necessário que seja este famoso ou amplamente conhecido. 
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Ainda que existam várias pessoas notoriamente especializadas isto é plenamente possível, 
não se pode fixar critério objetivo de escolha para definir entre uma e outra. Só há um tipo 
de escolha, a subjetiva.
A inviabilidade de competição significa a impossibilidade de assegurar os pressupostos 
da licitação, sendo o principal deles a igualdade de tratamento aos licitantes no julgamento 
de suas propostas.
Licitação. Fonte: https://br.pinterest.com/pin/565201821984963720/
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AULA 8
DIREITO DO TRABALHO
8.1 Reforma Trabalhista 
A expressão reformar é aprimorar, modificar, alterar o que implicaria em consideráveis 
mudanças, em tese, uma reforma deve vir para melhorar e não piorar uma situação anterior, 
esperando que fique melhor do que era antes.
A Reforma Trabalhista de 2017 foi uma transformação significativa na Consolidação das 
Leis do Trabalho, a CLT, sendo que um dos seus objetivos foi combater o desemprego e a 
crise econômica no Brasil que teve início no ano de 2014.
Algumas das mudanças foram: contribuição sindical, banco de horas, férias, gravidez, 
descanso entre outras.
Com a nova redação e o seu novo sentido, a Consolidação das Leis Trabalhistas, a CLT, 
entrou em vigor 120 dias depois de publicada no Diário Oficial, conforme o artigo 6º, mas 
a sua publicação foi no dia 14 de julho de 2.017, entrando em vigor mesmo no dia 11 de 
novembro de 2.017.
Em razão das constantes mudanças na sociedade, sem dúvidas, a legislação trabalhista 
necessitava de uma reforma, sendo que o Direito em si evolui a cada momento.
Infelizmente não é possível prever todas as situações possíveis e imagináveis a respeito 
de cada artigo alterado pela reforma. Essa previsão será feita ao longo dos anos, inclusive 
à medida que forem submetidos à apreciação do Poder Judiciário.
Houve várias críticas à Reforma Trabalhista com aalegação de que ela violaria a Constituição 
Federal e as Convenções Internacionais assinadas pelo Brasil, afirmando a ideia de que a 
reforma seria um “retrocesso social”.
Os que se manifestaram favoráveis a reforma defendiam que ela seria uma forma de 
regularizar as contas públicas, estimular a economia e criar empregos.
Contudo, mais de um ano após a sua aprovação, verificou-se que a queda de desemprego 
foi mínima e que ao mesmo tempo houve um aumento do trabalho autônomo, intermitente, 
temporário e terceirizado e que a redução de ações trabalhista foi consideravelmente baixa, 
o que era um dos fundamentos e objetivos dessa reforma.
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Alguns dos fundamentos da Reforma:
a) reduzir o número de ações trabalhistas;
b) considerar o empregado uma pessoa capaz de direitos e obrigações e não hipossuficiente;
c) prestigiar as negociações coletivas;
d) incentivar o diálogo entre empregado e empregador, prestigiando a negociação coletiva;
e) permitir que os sindicatos negociem e que isso tenha validade, mas não possa ser 
alterado pela Justiça do Trabalho;
f) utilização de meios alternativos de solução de conflitos.
Agora com relação de quem se beneficia mais há controvérsias se seriam os trabalhadores 
ou os empregadores. As alterações mais significativas foram: compensação da jornada 
de trabalho, trabalho remoto ou home office, férias, mudanças no acordo sindical e essas 
mudanças ainda geram diversas discussões. 
Mas afinal, a Reforma Trabalhista beneficia os trabalhadores? A interpretação é bastante 
polêmica, pois há quem diga que não e há quem diga que sim.
Contudo, em relação a nossa matéria, o que mais nos interessa, por enquanto, são as 
alterações com relação aos sindicatos e os acordos sindicais, onde essas matérias são 
fruto de discussões há anos, deixando a cobrança sindical de ser obrigatória com a Reforma 
Trabalhista.
Reforma Trabalhista. Fonte: http://www.nagliatemelo.com.br/artigos-detalhe.asp?cod_artigo=67
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8.2 Aspectos Gerais
A expressão trabalho tinha como ideia a escravidão, sofrimento e castigo. Esse tipo de 
trabalho, se é que podemos chamar de trabalho, existe desde os tempos remotos, no Brasil 
ele está relacionado a uma herança cultural, a impunidade e a desigualdade de classes e/
ou gêneros. 
Muitos trabalhadores abandonam suas origens e aceitam propostas, muitas delas 
sedutoras,no intuito de suprir algumas de suas necessidades básicas, submetendo-se à 
escravidão ou até mesmo a práticas análogas à escravidão.
A Constituição Federal Brasileira dita princípios protetivos com relação à situação de 
vulnerabilidade e busca a igualdade e dignidade do trabalho, a fim de suprir o que o Estado 
deveria lhe fornecer.
Diversas medidas com o intuito de erradicar o trabalho escravo estão sendo tomadas 
pelo Estado, pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e pela sociedade.
No artigo 1º, o princípio da dignidade da pessoa humana está elencado como fundamento 
do Estado Democrático deDireito Brasileiro, invocando em vários dispositivos legais e tem 
por objetivo a garantia da vida digna ao ser humano.
Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos 
Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado democrático 
de direito e tem como fundamentos:
I -a soberania;
II -a cidadania;
III -a dignidade da pessoa humana;
IV -os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa;
V -o pluralismo político.
Parágrafo único. Todo o poder emana do povo, que o exerce por meio de 
representantes eleitos ou diretamente, nos termos desta Constituição.
Mesmo tendo um aspecto abrangente, este princípio constitucional é integrado às diferentes 
legislações com aspectos próprios de cada área do Direito, por exemplo, a dignidade da 
pessoahumana no Direito do Consumidor, que terá como foco as questões relacionados a 
riscos de vida; questões de hipossuficiência do consumidor em relação às grandes empresas. 
Já no Direito Penal está relacionado às garantias dos investigados/réus/condenados.
Nayara Caroline Urbano
Palavra juntas.
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Direitos Humanos. Fonte: https://ogirassol.com.br/opiniao/a-curatela-como-garantidor-da-dignidade-humana
Atualmente, o trabalho passou a designar toda forma de dispêndio de energia pelo homem, 
seja ela intelectual e/ou física, com o objetivo de produzir, fornecer ou executar um trabalho.
Pode-se conceituar Direito do Trabalho como um ramo que estuda as relações entre 
empregados e empregadores.
Historicamente o Direito do Trabalho teve a sua origem a partir da Revolução Industrial, 
com o intuito de reduzir as desigualdades existentes entre empregador e empregados, nesse 
contexto que se pode extrair a característica principal do Direito do Trabalho: a proteção ao 
trabalhador.
Os ramos do Direito do Trabalho, seja o individual ou coletivo visam à proteção do empregado 
ou dos empregadores, estabelecendo vantagens jurídicas aos trabalhadores como forma 
de reequilibrar a relação.
https://ogirassol.com.br/opiniao/a-curatela-como-garantidor-da-dignidade-humana
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Revolução Industrial. Fonte: https://economiadeservicos.com/tag/revolucao-industrial/
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AULA 9
DIREITO DO TRABALHO
9.1 Evolução Histórica do Direito do Trabalho 
Durante a escravidão não havia nenhum tipo de proteção à dignidade do ser humano, 
principalmente relacionado ao empregado. Nessa época predominava que o trabalhador 
era simplesmente uma coisa, sem possibilidade sequer de se equiparar a sujeito de direito.
Foi a partir do século XIX que se deram os principais movimentos operários visando à 
melhoria das condições de trabalho, limitação da jornada de trabalho, proteção ao trabalho, 
entre outras reivindicações afins.
Em 1988 no Brasil, foi promulgada a Constituição da República Federativa do Brasil onde 
constitui um importantíssimo instrumento garantidor dos direitos mínimos do trabalhador, 
o chamado mínimo existencial, norteado pelo princípio da dignidade humana.
O princípio da dignidade humana, em que pese ser o princípio geral do direito, e mais, 
princípio maior da Constituição da República, define-se como sendo uma noção de que 
o ser humano é um fim em si mesmo não podendo ser utilizado como meio para atingir 
determinado objetivo vedando-se assim, a coisificação do homem trabalhador, e, no caso, 
específico o direito laboral, como ocorreu na época da escravidão.
Lumosjuridico. Fonte: http://www.lumosjuridico.com.br/2018/05/22/trabalho-escravo/
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Em outras palavras, o homem trabalhador não deve ser usado como mero instrumento 
na busca incessante do lucro e pelos interesses do capitalismo.
Esse princípio se irradia em todas as relações trabalhistas, seja para impor limites ao poder 
do empregador, seja vedando à discriminação de raças, sexos, religião ou outra característica, 
por exemplo, na limitação das revistas pessoais e/ou íntimas.
Vale ressaltar que esse princípio foi um marco divisor da constitucionalização do direito e 
do reconhecimento da força normativa dos princípios. Esse movimento teve como estopim as 
barbaridades ocorridas ao longo de toda a história, por exemplo, a segunda guerra mundial, 
os movimentos liderados por Hitler e seus seguidores, surgindo dessa forma, a necessidade 
de agregar valores à figura do ser humano.
Há também outros princípios que também são relevantes, tais como:
- Valores sociais do trabalho.
- Liberdade profissional, liberdade de crença, liberdade de associação, liberdade de reunião.
- Inviolabilidade da intimidade e da privacidade; entre outros.
9.1.1 Autonomia do Direito do Trabalho 
A matéria de Direito do Trabalho é uma matéria independente e autônoma das demais 
matérias do ramo da ciência jurídica.
O papel principal do Direito do Trabalho, seja na forma individual, seja na forma coletiva, 
é revelar a importância do Direito do Trabalho nas diversas atividades que têm dado maior 
abrangência a esse ramo do Direito, a fim de solucionar conflitos existentes na órbita das 
leis trabalhistas.
A finalidade precípua do Direito do Trabalho é a proteção do trabalhador para universalizar 
os princípios de justiça social e promover a cooperação, com a intenção de melhorar as 
condições de vida deste.
Contudo, o Direito do Trabalho é subdividido em Direito do Trabalho Individual e Direito 
do Trabalho Coletivo.
Onde o Direito do Trabalho Individual trata das relações entre empregado e empregador 
consideradas individualmente, ao passo que, o Direito do Trabalho Coletivo trata das relações 
de um determinado grupo, classe ou categoria, que se reúne basicamente através dos 
sindicatos.
A base principiológica do Direito do Trabalho está diretamente relacionada a princípios, 
pelo dicionário Aurélio podemos definir os princípios como um fundamento usado para 
embasar algo; uma razão; dar uma bússola.
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Os princípios têm um papel importantíssimo na prática, pois é a partir deles que se dará 
um norte ao caso concreto, servindo eles como uma verdadeira bússola.
Dentre vários, vejamos os principais:
- Princípio da proteção = os princípios são o alicerce de todo o ordenamento jurídico. 
Para ressaltar a importância da visão principiológica na aplicação do direito e das garantias 
dos direitos fundamentais destaca que esse princípio é o guardião de todos os princípios 
fundamentais dos trabalhadores é ele que dá direção e que norteia todo o sentido da criação 
do Direito do Trabalho, no sentido de proteger a parte mais frágil na relação jurídica – o 
trabalhador.
- Princípio da boa fé = a boa fé é um princípio de grande alcance e, portanto, aplica-se em 
vários ramos do direito. Encontramos sua aplicação no direito civil, empresarial, trabalhista 
e outros. A boa-fé pressupõe que todos se comportem de acordo com um padrão ético, 
moral, de confiança e lealdade que se espera do homem comum.
Assim, num contrato, as partes devem perseguir esse tipo de comportamento, mesmo 
que esse padrão não esteja previsto na lei ou no contrato. Trata-se de uma espécie de norma 
de conduta que determina como as partes devem agir quando se firma um contrato.
- Princípio da razoabilidade = este princípio é comum a todos os ramos do direito e se 
dirige não só ao empregado e empregador, mas, sobretudo, ao legislador e aos magistrados 
(juízes), cada um no seu âmbito de atuação, sugerindo-lhes que atuem sempre pautados 
no bom senso e coerência. 
 
9.2 Modalidades de Relação de Trabalho 
As relações de trabalho são estabelecidas de diversas formas, das quais destacam-seas 
espécies a seguir mencionadas.
São as seguintes modalidades:
- Relação de trabalho autônomo.
- Relação de trabalho eventual.
- Relação de trabalho avulso.
- Relação de trabalho voluntário.
- Relação de trabalho de estágio.
- Relação de trabalho institucional.
- Relação de trabalho cooperativo.
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Cada uma dessas modalidades apresenta uma característica singular, que as diferenciam 
das demais.
A Relação de Trabalho consiste na prestação de um serviço, de forma remunerada ou 
não, ou mesmo com ou sem contrato de trabalho firmado entre as partes. 
Nesse sentido, como vimos, existem diversos tipos de relação de trabalho, vejamos os 
mais usados por profissionais e empresas:
- Relação de trabalho autônomo = neste modelo de trabalho, o que existe é a prestação 
de serviços onde o trabalhador vende o seu trabalho e também o entrega ao contratante, 
exemplos: serviços de limpeza; chaveiro; jardineiro.
- Relação de trabalho eventual = prestado de forma esporádica a um empregador, ou 
seja, não há uma rotina no seu serviço, realizando-o uma vez ou outra, um exemplo desse 
tipo de trabalhador, um eletricista que vai arrumar um problema na fiação, somente realizou 
o trabalho e nesse modelo de trabalho não configura o vínculo empregatício, visto que 
este não preencheu os requisitos necessários para caracterizar a relação permanente entre 
empregado e empregador.
- Relação de trabalho avulso = o trabalhador avulso é facilmente confundido com o 
trabalhador eventual, porém essa modalidade de relação empregatícia é diferente, o trabalhador 
avulso também presta serviço de forma esporádica, mas presta a vários empregadores ou 
empresas e também não possui nenhum vínculo empregatício, sendo contratado por órgãos 
ou sindicatos e não são considerados empregados destes, pois não exerce atividade lucrativa 
e não recebem remuneração direta desses órgãos ou sindicatos, exemplos dessa modalidade 
são os: carregadores.
Desta maneira é possível observar que ambos os trabalhadores, eventual e avulso, não 
possuem vínculo empregatício.
- Relação de trabalho voluntário = a Lei 9.608/98 estabeleceu que esse tipo de trabalho 
não gera vínculo empregatício, dessa modalidade de trabalho, a atividade não pode ser 
remunerada; o que não entra como vínculo empregatício; prestada porpessoa física a entidade 
pública ou privada sem fins lucrativos, com os seguintes objetivos: culturais, educacionais, 
cívicos, científicos, recreativos ou de assistência social.
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Trabalhador. Fonte: https://br.freepik.com/vetores-premium/trabalhador-com-equipamento-de-protecao_712614.htm
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AULA 10
DIREITO DO TRABALHO
10.1 Requisitos caracterizadores da Relação Empregado x 
Empregador 
Conforme o artigo 3º da CLT, Consolidação das Leis Trabalhistas, que é um dos artigos 
mais importantes do mencionado diploma para definir o que é ou não um empregador.
Os requisitos para a caracterização da relação entre empregado e empregador são:
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de natureza não 
eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à condição de 
trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Vejamos agora de forma separada cada definição dos requisitos acima delimitados:
Art. 3º - Considera-se empregado toda pessoa física que prestar serviços de 
natureza não eventual a empregador, sob a dependência deste e mediante 
salário.
Parágrafo único - Não haverá distinções relativas à espécie de emprego e à 
condição de trabalhador, nem entre o trabalho intelectual, técnico e manual.
Empregado Empregador. Fonte: https://ideias.avancadas.info/index.php?option=com_content&view=article&id=2103:o-que-e-vinculo-empregaticio&catid=8&lang=pt&Itemid=101
https://ideias.avancadas.info/index.php?option=com_content&view=article&id=2103:o-que-e-vinculo-empregaticio&catid=8&lang=pt&Itemid=101
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Desmembrado o artigo 3º da CLT 
Pessoa Física- a primeira característica é a existência de exploração lícita e permitida 
da energia do trabalho humano, ou seja, de uma pessoa física. Em outras palavras só uma 
pessoa humana poderá ser empregada.
Pessoalidade - o empregador contrata uma determinada pessoa para que execute 
determinado serviço pessoalmente, sendo vedado ao empregado se fazer substituir por 
outro, exceto mediante autorização do empregador.
Não Eventualidade -o trabalhador não eventual é aquele que executa seu trabalho de 
forma repetida não havendo a eventualidade na prestação do serviço.
Contudo, isso não quer dizer que o trabalhador precisa trabalhar de forma contínua, ou 
seja, todos os dias, mas deve a atividade se repetir naturalmente junto ao tomador dos 
serviços para que possa ser considerada não eventual, por exemplo, todas as segundas, 
quartas e sextas-feiras.
Onerosidade - Isso quer dizer que, se de um lado tem a obrigação principal do empregado 
em oferecer sua força de trabalho, do outro, tem a obrigação principal do empregador de 
remunerar o empregado pelos serviços prestados.
Esquematicamente:
Emprego >>>>>>PRESTAÇÃO DE SERVIÇO >>>>>> Empregador
 Emprego <<<<<< $$$ REMUNERAÇÃO $$$ <<<<< Empregador
Subordinação - A subordinação é o requisito mais importante para a caracterização de 
uma relação de emprego, onde está fixa o vínculo jurídico empregatício. É o grande elemento 
diferenciador entre a relação de emprego e as demais relações de trabalho.
Esta se caracteriza pelo estado em que o indivíduo empregado não tenha a liberdade 
para tomar suas próprias decisões, mas esta não se confunde jamais com a expressão 
escravidão, embora o trabalho escravo seja também subordinado. 
Vale lembrar que a história do trabalho subordinado iniciou-se com a escravidão, persistindo 
nos dias atuais com a relação de emprego.
Serão considerados empregados quaisquer pessoas que utilizem de sua força de 
trabalho, seja essa força física e/ou intelectual, executando-o para outrem, mediante uma 
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contraprestação, que terá natureza retributiva diante da prestação desempenhada. Portanto, 
será empregado qualquer pessoa que receba valores em troca do serviço prestado.
Contudo, nem todos os trabalhadores serão abrangidos pela CLT (Consolidação das Leis 
Trabalhistas), mas somente aqueles que se enquadrarem no conceito de empregado que 
acima foi desmembrado, onde estes terão garantidos todos os direitos conferidos nesta Lei, 
como férias, insalubridade, horas extras, periculosidade etc.
Empregado será todo trabalhador que, de forma cumulativa, preencha os requisitos: 
o pessoa física, 
o pessoalidade, 
o subordinação, 
o habitualidade e
o onerosidade. 
Esses são os pressupostos caracterizadores do vínculo empregatíciosem os quais não 
poderá ser considerado empregado, não sendo abrangido pela legislação trabalhista,a CLT. 
Algumas são as derivações do vínculo de emprego, tais como: conceder férias, registrar/
assinar a CTPS (Carteira de Trabalho e Previdência Social), pagar as horas extras, adicional 
noturno etc.
Todos os trabalhadores poderão ajuizar uma ação trabalhista perante à Justiça do Trabalho, 
onde esta será competente para dirimir lesões ou ameaças aos direitos trabalhistas.
Agora falaremos um pouco do conceito de empregador. 
Conforme o artigo 2º CLT, o empregador é a empresa individual ou coletiva, que assumindo 
os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a prestação pessoal de serviços.
Vejamos o artigo mencionado:
Art. 2º - Considera-se empregador a empresa, individual ou coletiva, que, 
assumindo os riscos da atividade econômica, admite, assalaria e dirige a 
prestação pessoal de serviço.
§ 1º - Equiparam-se ao empregador, para os efeitos exclusivos da relação de 
emprego, os profissionais liberais, as instituições de beneficência, as associações 
recreativas ou outras instituições sem fins lucrativos, que admitirem trabalhadores 
como empregados.
§ 2oSempre que uma ou mais empresas, tendo, embora, cada uma delas, 
personalidade jurídica própria, estiverem sob a direção, controle ou administração 
de outra, ou ainda quando, mesmo guardando cada uma sua autonomia, 
integrem grupo econômico, serão responsáveis solidariamente pelas obrigações 
decorrentes da relação de emprego. 
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§ 3o Não caracteriza grupo econômico a mera identidade de sócios, sendo 
necessárias, para a configuração do grupo, a demonstração do interesse 
integrado, a efetiva comunhão de interesses e a atuação conjunta das empresas 
dele integrantes.
 Características do empregador:
• Admitir/contratar pessoas qualificadas para executarem os serviços.
• Assalariar: pagar o salário respectivo ao empregado pelos serviços prestados.
• Dirigir: o empregador deve controlar e administrar a prestação de serviços dos 
empregados.
O empregador têm alguns poderes são eles:
• Poder de direção - é a faculdade determinar o modo como a atividade será executada 
pelo empregado.
• Poder de organização: cabe ao empregador organizar e determinar as metas, porém 
o empregador não pode exigir atividades que possam constranger seus empregados.
• Poder de fiscalização: é uma faculdade legal de fiscalizar as atividades desempenhadas, 
podemos citar, por exemplo, instalar cartão de ponto, fazer revista no fim do expediente 
nos funcionários, instalar câmeras de vídeo etc.
• Poder disciplinar: é o direito de impor sanções disciplinares aos seus empregados. 
O empregador pode punir o empregado pelas faltas graves cometidas por ele, por 
exemplo, pode despedir o empregado que não usa proteção adequada para executar 
determinadas tarefas. (CIPA – controle interno a proteção de acidentes).
Há tipos de punições impostas ao empregado pelo empregador, essas punições são meios 
pelos quais o empregador se utiliza para punir de alguma forma

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