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REVOLTAS NATIVISTAS Séculos XVII e XVIII As REVOLTAS NATIVISTAS são assim chamadas peso caráter local que assumiram e porque não desejavam a separa ao do Brasil de Portugal! ALGUNS FATORES IMPORTANTES: A união ibérica e o endividamento com a Inglaterra → Intensificação da exploração metropolitana na colônia; Aumento da tributação e o aprofundamento da fiscalização → Surgimento de movimentos locais/nativistas de cunho reivindicatório, porém não esboçavam qualquer sentimento separatista; SÃO EXEMPLOS DESSE TIPO DE MOVIMENTO: Aclamação de Amador Bueno (1641), Revolta da Cachaça (1660-1661), Conjuração de "Nosso Pai“ (1666), Revolta dos Beckman (1684-1685), Guerra dos Emboabas (1708-1709), Revolta do Sal (1710), Guerra dos Mascates (1710-1711), Motins do Maneta (1711), Revolta de Filipe dos Santos (1720). REVOLTA DA CACHAÇA: 1660-1661 • O país sofria com a crise do açúcar, motivada pela expulsão dos holandeses das terras brasileiras, em 1654. • Alternativa para aumentar os ganhos: como a intensificação da exploração do produto e aumento do número das plantações. • Os portugueses, que tinham a sua própria bebida conhecida como bagaceira, feita a partir do bagaço da uva, proibiram oi proibido então o consumo da caninha, em 1635. • Sem controle de todo o território ou os principais estados produtores, como o Rio de Janeiro, Pernambuco e Bahia, muitos moradores ignoraram as leis. • Doze anos depois, os lusitanos criaram a Companhia Geral do Comércio, acreditando que esta seria uma solução ao problema. Mesmo assim, a cachaça vinha prosperando e no mesmo ano passou a ser contrabandeada para a Angola. • Proibição da Fabricação da Aguardente e do funcionamento de alambiques. • No RJ, Salvador Correia de Sá e Benevides, governador, liberou o consumo e a fabricação, mas com altas taxações. • Moradores da região de São Gonçalo do Amarante, organizaram um motim e liderados por um importante fazendeiro, Jerônimo Barbalho, deram inicio a revolução. • Salvador de Sá que acompanhava tudo a distância, pediu reforços e chegando de surpresa ao Rio de Janeiro, retomou ao poder. Montou uma corte marcial, executou revoltosos e concedeu a pena de morte para Jerônimo Barbalho. Através de uma carta, a Coroa portuguesa soube de toda a revolta e do enforcamento do líder, não gostaram da violência e afastaram Salvador do cargo. • A fabricação da cachaça foi permitida, os alambiques foram reabertos. REVOLTA DE BECKMAN – MARANHÃO – (1684) ❖ Manuel e Tomás Beckman; ❖ Divergências entre proprietários de terras, a Companhia de Comércio e a Missão jesuíta na região; ❖ Companhia de Comércio: comprava produtos locais a baixos preços e vendia artigos importados a altos preços; Fornecia, precariamente, mão de obra escrava a região (era responsável pelo abastecimento); Obrigava latifundiários a explorar mão de obra indígena; Gerava conflito entre fazendeiros e jesuítas; ❖ Os revoltosos foram presos e condenados a forca, logo após Portugal enviar um novo governador para colocar ordem na região; ❖ Portugal em 1685 reconheceu a incompetência da Cia de Comércio e a aboliu. GUERRA DOS EMBOABAS – SÃO PAULO/MG – (1707 – 1709) ❖ Paulistas (liderados pelo bandeirante Borba Gato) X Forasteiros (liderados por Nunes Viana) → disputa pela riqueza mineral da região das minas gerais; ❖ Como descobridores da região, os paulistas exigiam a prioridade de exploração; ❖ Consequências: Separação das capitanias de Minas Gerais e São Paulo, facilitando o controle e a administração metropolitana; Regulamentação da distribuição de Lavras e da cobrança do quinto; Muitos bandeirantes migraram para o interior da região, fugindo das zonas de conflito, favorecendo o desbravamento da colônia; O enriquecimento paulista, apesar da derrota, facilitou o investimento na produção agrícola e no transporte de mercadorias. GUERRA DOS MASCATES – PERNAMBUCO – (1710 – 1711) ❖ Proprietários de terras de Olinda X Comerciantes do Recife (de maioria portuguesa, denominados Mascates); ❖ Olinda era o centro político e Recife um povoado subordinado à Olinda; ❖ Durante o período holandês na região, Recife se desenvolveu bastante e após a expulsão dos holandeses, manteve um ritmo de crescimento em várias áreas, ganhando notoriedade; ❖ Senhores de engenho, por conta da crise açucareira pós invasão holandesa, contraíram empréstimos com comerciantes de Recife, que passava por um momento de grande crescimento econômico e demográfico; ❖ Recife passou a pressionar o governo pela sua elevação a condição de Vila para sair do julgo de Olinda, que era contra a separação pois perderia a arrecadação tributária; GUERRA DOS MASCATES – PERNAMBUCO – (1710 – 1711) ❖ Por controlarem a Câmara municipal de Olinda, os grandes latifundiários de Olinda resolveram sabotar as tentativas de emancipação do Recife com o uso da força; ❖ A Carta Régia que deu autonomia a Recife foi o estopim dos conflitos armados; ❖ Em 1711 foi enviado um novo governador para Pernambuco, com a missão de solucionar o conflito; ❖ O novo governador decidiu transferir semestralmente a administração para cada uma das cidades. Dessa maneira, não haveria razões para que uma cidade fosse politicamente favorecida, desta forma, Recife foi equiparada a Olinda e assim terminou a Guerra dos Mascates; ❖ Em 1714 o rei D. João V, resolveu anistiar todos os envolvidos nessa disputa, manteve as prerrogativas político- administrativas de Recife e promoveu a cidade ao posto de capital do Pernambuco; REVOLTA DE VILA RICA / REVOLTA DE FELIPE DOS SANTOS – ATUAL OURO PRETO – 1720 ❖ O líder, Felipe dos Santos, era um rico fazendeiro e tropeiro da região, que conseguiu atrair a atenção de camadas populares e médias da vila para lutarem contra as imposições de Portugal; ❖ Contrários às altas tributações, à construção das casas de fundição e a proibição da circulação do ouro em pó; ❖ Queriam acabar com o monopólio sobre o comércio de fumo, sal, aguardente e gado; ❖ A punição, com a morte, de Felipe dos Santos, líder do movimento, serviu de exemplo para demonstrar os castigos para aqueles que se opusessem à coroa portuguesa. REVOLTA DO SAL (SÃO PAULO E MINAS GERAIS - 1710) • Instituição do Monopólio do Sal, criado em 1631 pela Coroa Portuguesa para que esta tivesse o controle da produção de sal transportado através do porto de Santos. • O problema com o monopólio imposto pela Coroa e a escassez artificial era que os compradores internos eram prejudicados, pois o preço sofria constantes reajustes e o produto não se encontrava facilmente • Insatisfeitos os consumidores, até que, em 1710, Bartolomeu Fernandes de Faria, proprietário de terras paulista reúne um grupo de cerca de 200 índios e escravos, e após armá-los fortemente, incita-os a invadir o porto de Santos, saquear o sal e distribuí-lo para os consumidores que necessitavam do produto, ficando o episódio conhecido como Revolta do Sal. • A partir desse momento, Bartolomeu se tornara o alvo mais cobiçado da coroa. Em abril de 1711, D. João V enviou uma carta ao juiz Antônio de Cunha Souto Maior ordenando com urgência a prisão de Bartolomeu, resultando em uma das maiores perseguições no período Brasil colônia. • em 1719, aos 80 anos, Bartolomeu Fernandes de Faria foi vítima da varíola e faleceu acometido pelo desânimo e pela miséria.
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