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211390062 - Lista 6 - Fisiologia Cardiovascular


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FILIPE DIAS RODRIGUES DOS SANTOS – 211390062 – 1° ANO - FMVA 
Lista 6 – Fisiologia Cardiovascular 
Eletrocardiograma e registros 
1. De que consiste um eletrocardiograma (ECG)? Como é possível registrar um ECG? 
O ECG é a interpretação gráfica da atividade elétrica do coração. O registro é feito a partir da captação dos potenciais 
gerados a partir da propagação de sinais elétricos na superfície do corpo, assim, se eletrólitos forem colocados sobre 
a pele, em lados opostos do coração, será possível registrar os potenciais elétricos gerados por essa corrente, sendo 
esse registro, então, conhecido como ECG. 
2. Qual a aplicação clínica do ECG? 
O ECG serve para avaliar o funcionamento cardíaco e assim constatar ou prever possíveis patologias no miocárdio 
3. Esquematize um ECG normal. A que fase do ciclo cardíaco corresponde cada onda do ECG? 
Onda P: despolarização dos átrios. 
Onda Q: início da despolarização ventricular no ramo penetrante. 
Onda R: despolarização ventricular no ápice do coração. 
Onda S: fim da despolarização ventricular até a base posterior do coração. 
Complexo QRS: despolarização dos ventrículos. 
Onda T: repolarização dos ventrículos. 
 
4. Nas fibras musculares abaixo, descreva o registro no aparelho quando a fibra muscular cardíaca estiver: 
a. totalmente polarizada 
Considerando um registro em derivação dois (D2) quando a fibra está totalmente polarizada o ECG não faz nenhum 
registro, pois não existe diferença de potenciais, e a projeção continua na linha de base. 
b. parcialmente despolarizada 
FILIPE DIAS RODRIGUES DOS SANTOS – 211390062 – 1° ANO - FMVA 
Quando a fibra ficar parcialmente despolarizada e o eletrodo negativo detectar cargas negativas e o eletrodo positivo 
ainda estiver detectando cargas positivas, pois estas ainda não foram despolarizadas, o registro é uma onda positiva, 
ou seja, dirigida para cima. 
c. totalmente despolarizada 
Quando a fibra ficar totalmente despolarizada, o aparelho para de registrar variações de potenciais e a projeção 
retorna a linha de base. 
d. parcialmente repolarizada 
Quando a fibra começar o processo de repolarização e o eletrodo negativo detectar cargas positivas e o eletrodo 
positivo detectar cargas negativas remanescentes, o registro é uma onda negativa, ou seja, dirigida para baixo. 
 
5. Explique a calibração da voltagem e do tempo no ECG. 
Todos os registros ECG são feitos com linhas de calibração apropriadas no papel de registro. As linhas de calibração 
horizontais do ECG padrão estão dispostas de tal modo que cada 10 linhas horizontais correspondem a 1 milivolt, cada 
5 correspondem a 0,5 milivolt e duas representam 0,2 milivolt, as linhas horizontais acima da linha de base indicam 
valores positivos, e as que estão abaixo da linha de base indicam valores negativos. As linhas verticais do ECG são as 
linhas de calibração do tempo. Um ECG típico tem velocidade de impressão de 25 milímetros por segundo. Portanto, 
cada 25 milímetros na direção horizontal correspondem a 1 segundo, e cada segmento de 5 milímetros indicado por 
linhas verticais escuras representa 0,20 segundo. Os intervalos de 0,20 segundo estão, por sua vez, divididos em cinco 
intervalos menores por linhas finas, e cada um desses intervalos menores corresponde a 0,04 segundo. 
 
 
6. Que tipo de aparelhos são utilizados para o registro do ECG? 
Com o passar dos anos a detecção dos sinais elétricos na pele por meio de uma adaptação de galvanômetro evolui para 
o que conhecemos hoje como eletrocardiograma. Os eletrocardiogramas hoje podem ser analógicos, que usam papel 
em tira de impressão, e até mesmo os digitais, devidos aos avanços tecnológicos, que podem ser visualizados por meio 
de computadores. 
 
7. Descreva o fluxo de corrente durante o ciclo cardíaco. 
O impulso é gerado no nodo Sinoatrial(auto ritmicidade) que então despolariza primeiramente os átrios e corre em 
direção aos ventrículos. Contudo, antes de chegar aos ventrículos, o impulso elétrico sofre um retardo no nodo AV e no 
feixe de His; passado por esse dois, o sinal continua a se propagar em direção ao ápice ventricular pelo ramo esquerdo 
e direito de Hiss. Esses ramos se dispersam lateralmente (fibras de purkinje) em torno de cada câmera ventricular e 
retornam em direção a base do coração, despolarizando, assim, os ventrículos como um todo. 
 
FILIPE DIAS RODRIGUES DOS SANTOS – 211390062 – 1° ANO - FMVA 
8. Com relação ao triângulo de Einthoven, descreva o fluxo de corrente em torno do coração durante o ciclo 
cardíaco em DI, DII e DIII. 
Em DI, DII e DIII o fluxo de corrente pelo coração segue o mesmo trajeto, o que muda são apenas os registros, por cada 
uma das derivações. Assim, o fluxo se propaga pelos dois átrios, segue pelo o septo ventricular em direção aos 
ventrículos, chega ao ápice ventricular, corre em direção a base dos ventrículos e finalmente quando o ventrículo inicia 
o processo de repolarização (do ápice em direção a base) tem-se o último registro elétrico. 
9. Com relação às derivações eletrocardiográficas, como é obtida (registrada) uma derivação "bipolar"? 
A obtenção dos registros eletrocardiográficos das chamadas derivações bipolares padrão (ou standard) dos membros 
é obtida por dois eletródios posicionados em lados diferentes do coração — nesse caso, nos membros. O termo “bipolar” 
é justamente por conta do uso de dois eletrodos. Assim, uma “derivação” não é um só fio conectado ao corpo, mas a 
combinação de dois fios e seus eletródios para formar um circuito completo entre o corpo e o eletrocardiógrafo. 
10. Com relação às derivações bipolares clássicas dos membros, defina as posições dos eletrodos em DI, DII e 
 DIII. 
Derivação I: No registro da derivação I dos membros, o terminal negativo do eletrocardiógrafo é conectado ao braço 
direito, e o terminal positivo, ao braço esquerdo. Portanto, quando a área direita registra valores eletronegativos em 
relação a área esquerda que registra valores eletropositivos, o eletrocardiógrafo registra valor positivo, isto é, a 
projeção está situada acima da linha de voltagem base do ECG. Quando ocorre o oposto, o eletrocardiógrafo registra 
valor situado abaixo da linha. 
Derivação II: Para registrar a derivação II dos membros, o terminal negativo do eletrocardiógrafo é conectado ao braço 
direito, e o terminal positivo, à perna esquerda. Portanto, quando o braço direito está negativo em relação à perna 
esquerda, o eletrocardiógrafo exibe registro positivo. 
Derivação III: Para registrar a derivação III dos membros, o terminal negativo do eletrocardiógrafo é conectado ao 
braço esquerdo, e o terminal positivo, à perna esquerda. Essa configuração significa que o eletrocardiógrafo 
apresentará registro positivo quando o braço esquerdo estiver negativo em relação à perna esquerda. 
 
11. Desenvolva o raciocínio de um registro em DI, definindo em cada onda o fluxo de corrente elétrica. Desta 
forma, explique o porquê da deflexão ser positiva ou negativa. 
Em DI, o primeiro registro se da pela onda P, ele representa a despolarização dos átrios e é de deflexão positiva, pois o 
eletrodo direito (negativo) detecta cargas negativas e o eletrodo esquerdo (positivo) detecta cargas positivas. O 
registro seguinte, onda Q, representa a despolarização no septo ventricular, é e de deflexão negativa, pois a disposição 
das nessa região é diferente fibras e muda ou “inverte” a posição do vetor resultante, assim, o eletrodo positivo detecta 
cargas negativas e o eletrodo negativo detecta cargas positivas. O fluxo continua seu trajeto em direção aos ventrículos 
e gera a onda R, que é de deflexão positiva – pelos motivos discutidos antes – e representa a despolarização desde o 
septo ventricular até o ápice ventricular. Por fim, a última onda de despolarização é a onda S, e representa o fluxo 
desde o ápice até a base dos ventrículos; ela é de deflexão negativa, pois a projeção do vetor resultante mostra que o 
eletrodo positivo detectacargas negativas e o eletrodo negativo detecta cargas positivas. A última onda do ECG, onda 
T, representa a repolarização dos ventrículos, e apesar do vetor resultante ser similar ao vetor da onda S e se tratando 
FILIPE DIAS RODRIGUES DOS SANTOS – 211390062 – 1° ANO - FMVA 
de uma onda de despolarização, a projeção deveria ser negativa , porém como ela começa a repolarizar no sentido 
contrário ao da despolarização, a deflexão acaba sendo positiva , assim , o eletrodo positivo no lado esquerdo detecta 
cargas positivas e o eletrodo negativo no lado direito detecta cargas negativas. 
12. Analise comparativamente os registros em DI, DII e DIII. 
Os ECG, obtidos por essas três derivações, são semelhantes entre si, porque todos eles registram ondas P e T positivas, 
e a parte principal do complexo QRS também é positiva. Quando se analisam os três ECG, é possível mostrar, por meio 
de medidas cuidadosas e da observação adequada das polaridades, que, em dado momento, a soma dos potenciais nas 
derivações I e III é igual ao potencial na derivação II, demonstrando assim a validade da lei de Einthoven (A lei de 
Einthoven afirma que se os ECGs forem registrados simultaneamente nas três derivações dos membros, a soma dos 
potenciais registrados nas derivações I e III é igual ao potencial da derivação II). 
13. Quais são as derivações precordiais no homem e no cão? Como os eletrodos são fixados nestas posições? 
No homem são 6 derivações precordiais, sendo elas, V1, V2, V3, V4, V5 e V6; no cão são 4 derivações precordiais, sendo 
elas, CV10, CV5RL, CV5LL E CV5LU. Os eletrodos, no homem, são fixados nos dois braços e na perna esquerda, sendo que 
estes são negativos e com mesma resistência; já o único eletrodo positivo, denominado eletrodo cordial, é colocado na 
superfície anterior do tórax, diretamente sobre o coração. Assim, são totalizados 4 eletrodos. Nos cães, são também 
utilizados 4 eletrodos, 3 nos membros e 1 no tórax, da mesma forma que em humanos. Quanto ao posicionamento dos 
eletrodos em humanos, V1 se da na borda esternal do quarto espaço intercostal direito; V2 na borda esternal do quarto 
espaço intercostal esquerdo; V3 entre V2 e V4; V4 no 5ª espaço intercostal esquerdo, na linha hemiclavicular; V5 no 
mesmo nível de V4 na linha axilar anterior e V6 no mesmo nível de V5, na linha axilar média. E em cães, o posicionamento 
dos vetores ocorre no 5ª espaço intercostal direito próximo a crista do esterno em CV5RL; no 6ª espaço intercostal 
esquerdo no caso próxima a crista do esterno em CV6LL; no 6ª par intercostal esquerdo na junção costocondral em 
CV6LU; e sobre o processo espinhoso dorsal da sétima vertebra torácica em CV10. 
14. Quais são as derivações unipolares aumentadas dos membros? Como os eletrodos são fixados nestas 
posições? 
Nesse tipo de registro, dois dos membros são conectados ao terminal negativo do eletrocardiógrafo por meio de 
resistências elétricas, e o terceiro membro é conectado ao terminal positivo. Quando o terminal positivo está no braço 
direito, a derivação é denominada aVR; quando está no braço esquerdo, aVL; e quando está na perna esquerda, aVF. 
15. Analise comparativamente os registros em aVR, aVL e aVF. 
Comparando os três registros, o mais diferenciado entre os três é o aVR, que se destaca por ser invertido em relação 
aos outros. Essa inversão ocorre devida a disposição dos terminais, pois o eletrodo positivo é posicionado no braço 
direito e os eletrodos negativos no braço e na perna esquerda, assim, quando feita a representação vetorial, percebe-
se que o lado direito despolariza antes do lado esquerdo, ficando eletronegativo em relação a este, ou seja, o eletrodo 
positivo detecta cargas negativas e o eletrodo negativo detecta cargas negativas. Sendo assim, a da onda é 
representada por uma deflexão negativa. Apesar dessa inversão em aVR, os outros registros são semelhantes aos 
registros das derivações padrões.