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Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays

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FARMACOTÉCNICA II 
Karolina Marques Rodrigues
Preparo e utilização de 
aerossóis, inalantes e sprays
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Caracterizar aerossóis, inalantes e sprays.
 � Identificar a aplicabilidade de aerossóis, inalantes e sprays.
 � Reconhecer os principais métodos de preparação de aerossóis, ina-
lantes e sprays.
Introdução
As formas farmacêuticas gasosas ainda são pouco utilizadas se compa-
rarmos com formas mais comuns, como a oral ou a parenteral; entretanto 
essas formas apresentam grandes vantagens e têm ganhando destaque 
nos últimos anos entre prescritores e usuários. Por exemplo, elas podem 
liberar o fármaco diretamente no trato respiratório, onde ele pode desem-
penhar uma ação local (spray nasal ou de garganta, broncodilatadores), 
ou sistêmica (novas insulinas inalantes). Sprays e aerossóis também são 
muito utilizados em aplicações tópicas e cosméticas, principalmente em 
analgésicos, anti-inflamatórios, fixadores de cabelo e maquiagem, entre 
outros produtos. Essas formas proporcionam uma fácil aplicação do 
produto no local desejado, uma vez que sua embalagem proporciona 
uma fina névoa que cobre o local de maneira rápida e uniforme.
Neste capítulo, você irá estudar as principais características e diferen-
ças dos aerossóis, sprays e inalantes. Também verá quais são suas principais 
aplicações e modos de uso.
Aerossóis, sprays e inalantes
Aerossóis
Os aerossóis, segundo a Farmacopeia Brasileira, são formas farmacêuticas 
envasadas em uma embalagem pressurizada com uma válvula que, quando 
acionada, emite uma fina dispersão que contém as substâncias ativas na forma 
gasosa (BRASIL, 2019). Eles se diferem da maioria das formas farmacêuticas 
por sua dependência da embalagem, da válvula e de seu principal adjuvante, 
o propelente, para que ocorra a liberação do medicamento na forma apropriada. 
Uma formulação de aerossol consiste em dois componentes: o concentrado 
do produto, formado pela substância ativa do aerossol combinada com adju-
vantes, como antioxidantes, tensoativos e solventes; e o propelente, definido 
de maneira geral como qualquer gás — liquefeito ou comprimido — que 
propulsiona o concentrado para fora da embalagem. 
Os principais propelentes utilizados são os chamados BIPs (butano, isobu-
tano e propano). Eles são os gases mais utilizados porque se dissolvem muito 
bem em álcool ou outros solventes, mas têm a desvantagem de serem muito 
inflamáveis e poluentes para o meio ambiente. Os CFCs (clorofluorcarbonetos) 
foram muito utilizados até o começo da década de 1980, pois apresentam baixa 
inflamabilidade e fácil mistura; entretanto, eles são extremamente prejudiciais 
ao meio ambiente e tiveram seu uso proibido. Os HFCs (hidrofluorcarbonetos) 
foram os substituintes dos CFCs; eles permitem formulações sem água e podem 
ser usados nas fórmulas de broncodilatadores. Alguns estudos, porém, mostram 
que eles apresentam riscos ao meio ambiente e, em alguns casos, estão tendo 
seu uso controlado. O DME (éter dimetil) é utilizado em preparações com 
menor custo, pois é miscível em água.
Segundo Loyd, Popovich e Ansel (2013), o termo embalagem pressuri-
zada pode ser usado como referência ao recipiente ou ao produto completo. 
É necessário aplicar certa pressão a esse sistema aerossol, por meio do uso de 
um ou mais propelentes; dessa maneira, com a ativação da válvula do aerossol, 
a pressão exercida pelo propelente força o conteúdo da embalagem a passar 
pela abertura da válvula. O conteúdo da embalagem do aerossol pode sair pela 
válvula na forma de uma fina neblina, uma dispersão grosseira úmida ou seca, 
um jato ou uma espuma estável ou que se desfaz rapidamente, dependendo 
do uso para o qual ele foi selecionado. Um aerossol para inalação, usado no 
tratamento da asma, por exemplo, deve apresentar partículas na forma de 
neblina líquida fina ou sólidas finamente divididas.
Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays2
Alguns propelentes são eliminados em certos produtos devido à sua reatividade com 
outros componentes da formulação ou com os componentes da embalagem. É o 
caso do tricloromonofluormetano, que, quando formulado em sistemas com água ou 
álcool, forma ácido clorídrico livre, que não somente afeta a eficácia do produto, mas 
também corrói alguns componentes da embalagem. O efeito fisiológico do propelente 
também deve ser considerado na formulação de um aerossol, pois, mesmo que uma 
substância não seja tóxica quando testada sozinha, sua combinação no aerossol pode 
produzir efeitos indesejáveis. Por exemplo, quando uma substância ativa normalmente 
usada em spray nasal ou oral é colocada em um sistema de aerossol de partículas finas, 
ela pode alcançar regiões mais profundas do trato respiratório do que o desejado e 
resultar em irritação.
Visualize na Figura 1 como funciona o sistema de operação de um aerossol 
padrão.
Figura 1. Sistema de operação de um aerossol padrão.
Fonte: Loyd, Popovich e Ansel (2013, p. 423).
3Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays
Para que o aerossol funcione é necessário o uso de certa pressão, que pode 
ser controlada pelo tipo de propelente e pela natureza do concentrado (subs-
tância ativa + adjuvantes) utilizado. Loyd, Popovich e Ansel (2013) mostram 
que, quando um gás propelente liquefeito é colocado em uma embalagem 
de aerossol com a solução de princípios ativos, o equilíbrio é rapidamente 
estabelecido entre a porção de propelente que permanece liquefeita e aquela 
que vaporiza e ocupa a parte superior da embalagem. A fase que vaporiza 
começa a exercer pressão por todas as direções, e é essa pressão que permite 
a passagem do líquido pelo tubo até o orifício após a ativação da válvula. 
Quando o propelente encontra o ar, expande-se e evapora devido à queda da 
pressão, formando finas gotículas ou partículas sólidas do concentrado do 
produto. Assim, cada formulação é única, e uma quantidade específica de 
propelente a ser empregada em produtos aerossóis não pode ser firmemente 
estabelecida, embora algumas regras gerais possam ser definidas. 
Sprays espaciais em geral contêm maior proporção de propelente do que os aerossóis 
destinados a cobrir superfícies, por isso são liberados com maior pressão, e as partículas 
resultantes são projetadas com mais violência da válvula. Esses sprays podem conter 
até 85% de propelente. Já os aerossóis de superfície contêm 30 a 70% de propelente. 
As espumas podem conter apenas de 6 a 10% de propelente, sendo muitas vezes con-
sideradas como emulsões, pois o propelente liquefeito está parcialmente emulsionado 
com o concentrado do produto, em vez de estar dissolvido nele.
Sprays
As formas farmacêuticas em spray podem ser soluções (aquosas ou oleaginosas) 
na forma de gotículas ou partículas sólidas para aplicação sobre a pele ou no 
trato nasofaríngeo. Para que uma solução possa ser borrifada, é necessário 
o uso de dispositivos mecânicos. O frasco de plástico, que é apertado para 
emitir um spray, é o mais conhecido, e ele costuma ser usado para a adminis-
tração de descongestionantes nasais e também de produtos cosméticos, como 
desodorantes. Recentemente, sprays dosificadores de uma única dose foram 
desenvolvidos para liberar o medicamento no nariz, evitando a contaminação 
do resto do frasco com os fluidos nasais.
Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays4
Para que ocorra o spray, também é necessário o uso de um atomizador, 
que consiste em um sistema com um bulbo de borracha no final do aparelho 
que, quando apertado, forma uma corrente de ar que é forçada para o interior 
do reservatório; isso faz o líquido subir por um tubo pequeno, promovendo sua 
passagem para fora do sistema pela abertura do sistema junto com a solução, 
em forma de jato, sendo o líquido então borrifado na forma de spray.
Inalantes
Os medicamentos inalantes são aqueles fármacos que podem ser administrados 
pela via nasal ou pulmonar, podendo ser administradospara exercer ação 
local sobre a árvore brônquica ou para produzir efeitos sistêmicos por meio da 
absorção pelos pulmões. Para a substância ativa ou solução inalada alcançar 
a árvore brônquica, as partículas devem ter poucos micrômetros de tamanho. 
Os instrumentos mais usados para essa finalidade são os inaladores (diferentes 
dispositivos utilizados para administrar os medicamentos diretamente nos 
pulmões) ou nebulizadores (aparelhos que convertem soluções medicamentosas 
em aerossóis, que são inalados e absorvidos pelos pulmões).
As partículas geradas pelos inaladores ou nebulizadores se depositam de 
forma diferente ao longo da via respiratória, de acordo com o seu diâmetro, 
como demonstra a Figura 2. As partículas maiores do que 10 µm se depositam 
na boca e na orofaringe; aquelas entre 5 e 10 µm se encontram na zona de 
transição entre a orofaringe e as vias aérea inferiores; já os menores do que 
5 µm podem atingir os tecidos mais profundos do pulmão, chegando aos 
alvéolos — essas são as ideias para terapias inalatórias.
Existem diferentes dispositivos inalatórios no mercado, e cabe ao far-
macêutico, como agente promotor da saúde, orientar os pacientes na hora 
da dispensação sobre o correto funcionamento de cada um. Isso garante o 
sucesso terapêutico, uma vez que esses dispositivos só conseguem depositar 
o fármaco no lugar correto das vias aéreas para ser absorvido se forem usados 
corretamente. 
5Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays
Figura 2. Relação entre o tamanho das partículas e 
o tamanho das vias aéreas.
Fonte: Adaptada de Loyd, Popovich e Ansel (2013, p. 197).
Os inaladores mais prescritos são os chamados inaladores pressurizados 
de dose calibrada. São pequenos em tamanho e liberam uma dose fixa de 
fármacos e propelente através de uma válvula de dose calibrada. Podem ser 
usados diretamente ou com o auxílio de uma câmara expansiva, para facilitar 
a aplicação pelos pacientes que têm mais dificuldade. De modo a garantir o 
uso correto do aparelho, o farmacêutico deve instruir o paciente a seguir estes 
passos (AGUIAR et al., 2017):
1. Posicionar-se sentado ou em pé, para garantir total expansão da caixa 
torácica.
2. Retirar a tampa e agitar a embalagem na posição vertical.
3. Colocar a embalagem na vertical, em forma de L (indicador em cima 
e polegar em baixo).
4. Inclinar ligeiramente a cabeça para traz.
5. Efetuar uma expiração lenta.
6. Colocar o bocal na boca, fechando os lábios e mantendo a língua por 
baixo.
7. Começar a inspirar lentamente e ativar o dispositivo, continuar a inspirar 
lenta e profundamente até a capacidade pulmonar total e suspender a 
respiração por 10 segundos.
Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays6
Além do uso interno, sprays e aerossóis são comummente utilizados pela via 
tópica. Devido à grande quantidade de medicamentos ou cosméticos utilizados 
dessa forma, o farmacêutico deve orientar o paciente a tomar certos cuidados 
na hora da administração. Primeiro, o paciente deve sempre limpar e secar a 
área em que utilizará o produto; depois, deve apontar e segurar o produto a 
20 cm do local desejado e pressionar o botão para liberar o conteúdo em uma 
quantidade suficiente para cobrir a área afetada. Não é aconselhável cobrir a 
área com bandagens, o spray deve secar naturalmente. Também é necessário 
ter cuidado para evitar que o produto entre em contato com os olhos ou a boca. 
Se for necessário aplicar o medicamento no rosto, primeiro aplicar nas mãos 
e depois espalhar pela face.
Aplicabilidade e preparação
Alguns medicamentos em forma de pó podem ser administrados por inalação. 
Para isso é necessário o uso de um inalador de pó seco, que libera as partículas 
do remédio na dose correta. Esta forma de administração é muito usada no 
tratamento da asma ou outras condições que necessitam que o fármaco penetre 
profundamente no pulmão, atingindo os alvéolos ou até mesmo a corrente 
sanguínea (para isso as partículas não podem ser maiores do que 6 µm de 
diâmetro). Com relação aos agentes terapêuticos utilizados, Loyd, Popovich 
e Ansel (2013) apontam que esses produtos contêm propelentes inertes e 
diluentes farmacêuticos, como a alfa-lactose mono-hidratada cristalina, para 
auxiliar nas propriedades de fluxo da formulação e na uniformidade da dose, 
além de proteger o pó contra a umidade. 
Os aerossóis para uso tópico incluem os agentes anti-infecciosos, como 
povidona iodada, tolnaftato e tiomersal; os esteroides adrenocorticoides, 
como dipropionato e valerato de betametasona, dexametasona e triancinolona 
acetonida; e o anestésico local, cloridrato de dibucaína. O uso de aerossóis 
tópicos é muito bem aceito pelos pacientes, pois proporciona uma maneira 
mais fácil, rápida e eficiente de aplicar o medicamento na superfície desejada.
A preparação de aerossóis ocorre, na maioria das vezes, em grande escala 
(em indústria), por conta dos equipamentos necessários e pelo fato de que as 
preparações de aerossol de uso interno precisam ser estéreis, sendo manipu-
ladas apenas se não houver uma opção comercial disponível. O envase dos 
aerossóis segue os seguintes passos, descritos por Antal György Almásy, em 
sua palestra sobre o novo cenário para propelentes em sistema aerossol, e 
ilustrados na Figura 3:
7Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays
1. Envase do líquido. 
2. Colocação e recrave da válvula. 
3. Injeção do propelente. 
4. Teste de vazamento. 
5. Colocação do atuador. 
6. Colocação da tampa.
Figura 3. Sistema de envase de aerossóis.
Fonte: Adaptada de Almásy ([201-?]).
Existem no mercado muitos sprays utilizados pela via nasal para aliviar 
a congestão ou combater infecções, uma vez que contêm substancias anti-
-histamínicas, simpatomiméticas ou antibióticas em sua formulação. Essa via 
de administração é considerada não invasiva e possui uma rápida resposta de 
ação terapêutica, o que a torna interessante para a administração de outros 
agentes, como é o caso do glucagon em spray nasal, capaz de aliviar os sintomas 
da hipoglicemia em poucos minutos.
Além da via nasal, outros sprays muito utilizados são os para queimaduras, 
pois contêm anestésicos locais, antissépticos, protetores e antipuriginosos, 
além daqueles utilizados nas inflamações de garganta, contendo antissépticos, 
desodorizantes e flavorizantes. Os sprays também podem conter antifúngicos 
ou até mesmo preparações cosméticas.
Para a preparação dos sprays é possível seguir os mesmos passos utiliza-
dos nos aerossóis, apenas a embalagem é diferente. Os sprays de uso interno 
devem, ainda, ser estéreis.
Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays8
Solução para irrigação nasal
 � Glicerina 4%
 � Álcool 70% 5,6%
 � Cloreto de sódio 0,9% qsp 60 ml
Ponha os seguintes itens na capela: álcool 70%; glicerina; frasco de água estéril para 
injeção; frasco de cloreto de sódio (NaCl); seringas de 3, 5 e 60 ml; agulhas comuns; 
unidade filtrante de membrana; papel indicador de pH; frasco estéril para spray nasal. 
Usando uma seringa de 5 ml, retire 3,5 ml de álcool USP, então, colete água estéril 
para injeção nessa seringa até a marca de 4,8 ml. Puxe o êmbolo de uma seringa de 
60 ml e transfira a solução de álcool para ela pela ponta. Meça 2,4 ml de glicerina 
com uma seringa de 3 ml e coloque na seringa de 60 ml com a solução de álcool. 
Agite para misturar. 
Coloque uma agulha nova na seringa de 60 ml e, com ela para cima, retire todo o ar. 
Insira a agulha em um frasco de NaCl 0,9% para injeção e retire essa solução até a marca 
de 60 ml da seringa. Agite para misturar. Coloque uma unidade filtrante de membrana 
de 0,2 mm na ponta da seringa de 60 ml. Com a seringa na vertical (ponta da unidade 
filtrante para cima), molhe e preencha a unidade. Com a ponta da seringa para baixo, 
coloque uma gota da solução na fita de papel indicador de pH e então transfira toda 
a solução final para um recipiente de spray nasal estéril de 60 ml. Rotule e dispense.
Os fármacos inalantes possuemuma alta pressão de vapor, que permite 
que eles possam ser transportados pela corrente de ar para a via respiratória, 
onde exercem sua função. Alguns descongestionantes nasais são encontrados 
na forma de inalantes, como a mistura de mentol e cânfora em forma de 
bastão do Vick. 
O uso de descongestionantes deve ser feito com cuidado, pois seu uso frequente ou 
excessivo pode resultar em edema nasal e aumentar a congestão em vez de diminuí-la.
9Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays
Vantagens do uso de aerossóis e sprays 
(estéreis) 
Os medicamentos na forma de aerossol ou spray apresentam certas vantagens 
em relação a outras formas farmacêuticas mais tradicionalmente usadas, que 
podem agradar e conquistar pacientes e prescritores. Essas vantagens são 
descritas por Loyd, Popovich e Ansel (2013) da seguinte maneira:
 � Uma porção do medicamento pode ser facilmente removida da emba-
lagem sem contaminação do restante. 
 � Certas características da embalagem, como opacidade e vácuo, protegem 
as substâncias ativas de serem degradadas pelo oxigênio e pela luz; essa 
proteção persiste durante toda a vida útil do produto.
 � Medicamentos tópicos podem ser aplicados na pele com uma camada 
fina e uniforme, sem que a área afetada seja tocada. Esse método de 
aplicação pode reduzir a irritação que. algumas vezes. acompanha a 
aplicação mecânica (ponta do dedo) de preparações tópicas. Além disso, 
a rápida volatilização do propelente proporciona um efeito refrescante. 
 � Por meio do uso de formulação e válvula adequadas, a forma física e 
o tamanho de partícula do produto emitido podem ser controlados, o 
que contribui para a eficácia do medicamento, como, por exemplo, na 
obtenção de fina dispersão de um aerossol para inalação. Por meio do uso 
de válvulas dosificadoras, a dose do medicamento pode ser controlada. 
 � A aplicação de aerossol é um processo limpo, pois requer pouca ou 
nenhuma lavagem pelo usuário.
AGUIAR, R. et al. Terapêutica inalatória: técnicas de inalação e dispositivos inalatórios. 
Revista Portuguesa de Imunoalergologia, v. 25, n. 1, p. 9−26, 2017. Disponível em: http://
www.scielo.mec.pt/pdf/imu/v25n1/25n1a02.pdf. Acesso em: 2 dez. 2019.
ALMÁSY, A. G. Novo cenário para propelentes em Sistema Aerossol. [S. l., 201-?]. Disponível 
em: https://www.crq4.org.br/sms/files/file/novo_cenario_para_%20propelentes.pdf
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Farmacopeia brasileira. 6. ed. Brasília, 
DF: Ministério da Saúde, 2019. v. 1 e 2. Disponível em: http://portal.anvisa.gov.br/
farmacopeia-brasileira. Acesso em: 2 dez. 2019.
Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays10
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cionamento foi comprovado no momento da publicação do material. No entanto, a 
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local e conteúdo. Assim, os editores declaram não ter qualquer responsabilidade 
sobre qualidade, precisão ou integralidade das informações referidas em tais links.
LOYD, V. A.; POPOVICH, N. G.; ANSEL, H. C. Formas farmacêuticas e sistemas de liberação 
de fármacos. 9. ed. Porto Alegre: Artmed, 2013.
Leitura recomendada
THOMPSON, J. E. A prática farmacêutica na manipulação de medicamentos. 3. ed. Porto 
Alegre: Artmed, 2013.
11Preparo e utilização de aerossóis, inalantes e sprays

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