Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Curso de Biomedicina Projeto Integrador - Saúde baseada em evidências I Prof. Fernanda Rocha da Trindade e Prof. Geórgia Muccillo Dexheimer Aluna: Bruna Milesi Descrição do Caso Clínico C.M., sexo feminino, 42 anos de idade, branca, casada, natural de Guaporé-RS, G5, P4 (2 partos normais 20 e 24 anos e 2 cesáreas 27 e 32 anos), A1 (19 anos). Fez ligadura tubária aos 32 anos e não faz uso de anticoncepcional desde então. Sem comorbidades e não faz uso de nenhuma medicação. Foi fumante por mais de 5 anos, mas não faz mais uso há 8 anos; consome bebidas alcoólicas socialmente, não controla a alimentação e relata sedentarismo. A menarca foi aos 12 anos e sexarca aos 16 anos de idade. Realiza o exame citopatológico cervicovaginal anualmente e nunca realizou o exame de mamografia. Tem histórico de mioma uterino, mas sem queixas atuais. O pai faleceu de câncer de esôfago aos 70 anos, a mãe com 66 anos, realiza rastreamento frequente devido a presença de pólipos uterinos a cerca de 5 anos, tem 3 irmãs sem queixas. Em agosto de 2019, compareceu a uma consulta médica na Unidade Básica de Saúde de Itapema/SC relatando dor no seio esquerdo, inchaço, secreção com característica de sangue e pus, febre esporádica. A paciente apresenta-se consciente e orientada. Com pressão 120 x 80 mmHg, altura 1,63, peso 65kg. No exame físico da mama esquerda, apresentava dor à palpação e inchaço. A mama direita aparentemente normal. Foi solicitado uma mamografia. O exame citopatológico cervicovaginal não foi solicitado, tendo em vista que a paciente o realizou 6 meses antes e não apresentou nenhuma alteração. Foi orientada a retornar quando tivesse em posse da mamografia. Resultados dos exames: Mamas com densidades fibroglandulares difusas, linfonodos intramamários no QSL de ambas as mamas. Ausência de nódulos dominantes, calcificações suspeitas ou alterações na pele e na vascularização. Linfonodos axilares de aspecto radiográfico habitual. Achados mamográficos benignos: BI-RADS 2 A paciente é orientada a realizar novo exame em 12 meses. Controle anual. Além de realizar suplementação com vitamina E e ômega 3. Quando sentir dor tomar anti- inflamatório. Devido ao mioma e posteriormente o achado mamográfico a paciente mudou seus hábitos alimentares e estilo de vida. Atualmente faz suplementação com Vitamina E e ômega 3 recomendados pelo médico, além de vitamina D, picnogenol, cálcio e zinco, faz musculação cinco vezes por semana, caminhadas e pedala. BI-RADS 2: Nenhuma característica maligna é encontrada e o risco para tais achados desenvolverem para lesões malignas é 0%. Alguns dos achados mais frequentes para esta categoria são: Linfonodos intramamários, calcificações vasculares, cutâneas, com centro lucente, de doença secretória, tipo “leite de cálcio”, redondas (> 1mm de diâmetro) não agrupadas e todas as calcificações benignas, nódulo calcificado (fibroadenoma típico), nódulo com densidade de gordura (lipoma, fibroadenolipoma), fios de sutura calcificados, alterações pós-cirúrgicas e/ou radioterapia, cistos oleosos (esteatonecrose) e cistos simples, lesões cutâneas. A conduta é realizar o rastreamento a cada 12 ou 24 meses, dependendo do achado e a idade da paciente. BRASIL. Ministério da Saúde. Instituto Nacional do Câncer (INCA). Atualização em mamografia. Brasília, DF, 2007. Disponível em:https://bvsms.saude.gov.br/bvs/ publicacoes/atualizacao_mamografia_tecnicos_radiologia_2ed_rev_autal.pdf. Acesso em: 30 mar. 2022.
Compartilhar