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Epidemiologia UNIP Nutrição - Unidades 1 e 2

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PANDEMIA
DEFINIÇÃO:
Uma pandemia ocorre quando aparece um subtipo completamente novo do vírus.
Nessa situação, como toda a população é suscetível, há uma disseminação rápida desse 
novo subtipo.
PÓS PANDEMIA:
Mesmo com o fim da pandemia, o subtipo do novo vírus pode continuar circulando no 
mundo inteiro, produzindo apenas surtos localizados, porque a maioria das pessoas já está
protegida contra ele, seja porque tiveram a infecção natural ou porque se vacinaram nas 
campanhas de vacinação.
HISTÓRIA DA 
EPIDEMIOLOGIA
ESTUDIOSOS QUE 
CONTRIBUIRAM PARA O 
DESENVOLVIMENTO DA 
EPIDEMIOLOGIA
Hipócrates:
conhecido como o fundador da bioestatística e um dos precursores da epidemiologia
realizou observações de que os fatores ambientais influenciavam a ocorrência de 
doenças
foi o primeiro a quantificar os padrões da natalidade, da mortalidade e da ocorrência 
de doenças, identificando a existência de diferenças entre os sexos, a distribuição 
urbano- rural, a elevada mortalidade infantil e as variações sazonais
realizou as primeiras estimativas de população e a elaboração de uma tábua de 
mortalidade
John Graunt:
leis da mortalidade: relatou as diferenças da mortalidade entre gêneros, regiões 
urbanas e rurais, grupos etários, estações do ano etc.;
construiu as primeiras tábuas de vida, com base na experiência de mortalidade da 
população de Londres
James Lind:
investigou as causas do escorbuto e sugeriu as potencialidades da análise 
cartesiana na elucidação causal
William Petty:
um dos pioneiros no estudo quantitativo dos fenômenos sociais, inclusive dos 
problemas sociais relacionando à saúde e doença, criando o que ele denominava de 
“aritmética política”
Daniel Bernouilli:
aperfeiçoou a construção das tábuas de vida de Graunt, utilizando 
conhecimentos matemáticos e estatísticos e o cálculo da esperança de vida para 
avaliar o impacto da vacinação antivariólica sobre a população
Johann Peter Frank:
propôs a criação de uma “polícia médica” para fazer cumprir legalmente a 
política de saúde. A vigilância foi reconhecida como parte integral do 
fornecimento de saúde para a população; essa proposta teve grande impacto 
nos países vizinhos à Alemanha
Louis Villermé:
realizou estudo sobre a mortalidade dos operários industriais e as condições de 
trabalho nas fábricas
Pierre Charles Alexandre Louis:
introduziu o método estatístico na investigação da doença para avaliar a eficácia 
de tratamento clínico e estudos de morbidade na Inglaterra
William Farr;
estabeleceu, na Inglaterra, a certificação médica universal de óbitos e fundou as 
bases para um sistema moderno de vigilância
Ignaz Philipp Semmelweiss:
sugeriu em seu livro A contagiosidade da febre puerperal que a febre puerperal 
fosse uma doença contagiosa transmitida pelas mãos e pelos aventais sujos dos 
médicos que atendiam os pacientes, ao afirmar
 “a febre puerperal é causada pela condução, à mulher grávida, de partículas 
pútridas, derivadas de organismos vivos, pela mediação dos dedos dos 
examinadores”
Lemuel Shattuch:
EUA recomendaram a execução de um censo decenal (padronização da 
nomenclatura de doenças e causas de morte e a coleta de dados de saúde por 
idade, sexo, ocupação, localidade e nível socioeconômico)
John Snow:
realizou estudo sobre o risco de contrair cólera em Londres, relacionando a 
doença ao consumo de água proveniente de determinada companhia.
Baseado nessa investigação, construiu a teoria sobre a transmissão das doenças 
infecciosas em geral e sugeriu que a cólera era disseminada por meio da água 
contaminada, propondo melhorias no suprimento de água, mesmo antes da 
descoberta do micro- organismo causador da doença.
Louis Pasteur:
descobriu as bactérias causadoras de doenças – estafilococos, estreptococos e 
pneumococos.
Alexander Langmuir:
promoveu o conceito moderno de vigilância, com ênfase no monitoramento das 
condições de saúde da população.
EPIDEMIOLOGIA
DEFINIÇÃO:
É o estudo das doenças e suas causas que inclui
a vigilância,
a observação,
o teste de hipóteses e
pesquisas analíticas e experimentais,
que analisa a distribuição quanto ao tempo, pessoas, lugares e grupos de indivíduos 
afetados, sobre os fatores determinantes do estado de saúde (biológicos, químicos, físicos, 
sociais, culturais, econômicos, genéticos e comportamentais).
Essa ciência trata de qualquer evento relacionado a saúde ou a doença da comunidade.
Os estados ou eventos de saúde estão relacionados com:
 as doenças, as causas de óbito,
os hábitos comportamentais,
os aspectos positivos em saúde,
as reações a medidas preventivas,
a utilização e
a oferta de serviços de saúde,
entre outros.
As atividades desenvolvidas pela Epidemiologia podem ser assim agrupadas:
vigiar as tendências de mortalidade, morbidade e risco e monitorar a efetividade dos 
serviços de saúde;
identificar determinantes, fatores e grupos de risco na população;
priorizar problemas de saúde na população;
proporcionar evidências para a seleção racional de políticas, intervenções e serviços de 
saúde, bem como para a alocação eficiente de recursos;
avaliar medidas de controle e intervenções sanitárias e respaldar o
planejamento dos serviços de saúde
Características que associam fatores causais de doenças:
temporalidade - toda causa precede a seu efeito, o chamado princípio do 
determinismo causal);
força de associação;
consistência da observação; e
a especificidade da causa,
o gradiente biológico (efeito dose- resposta) e
a plausibilidade biológica.
A propagação de doenças depende da interação entre a exposição e a suscetibilidade dos 
indivíduos e grupos constituintes na população aos fatores determinantes da presença da 
doença
Fatores de risco:
referem- se aos aspectos de hábitos pessoais ou de exposição ambiental, que estão 
associados ao aumento da probabilidade de ocorrência de alguma doença.
Uma vez que os fatores de risco podem ser modificados, as medidas que os atenuem 
podem diminuir a ocorrência de doenças.
AGENTES INFECCIOSOS
AGENTES NÃO INFECCIOSOS
Dados de Morbidade podem ser mais 
úteis do que as taxas de mortalidade, 
viso que as doenças não infecciosas 
apresentam baixa letalidade.
QUÍMICOS
FÍSICOS
Fatores do hospedeiro que determinam a exposição de um indivíduo:
sua suscetibilidade e capacidade de resposta
suas características de idade,
grupo étnico,
constituição genética,
gênero,
situação socioeconômica e
estilo de vida.
Por último, os fatores ambientais englobam o ambiente social, físico e 
biológico
Fases históricas
ESTATÍSTICA SANITÁRIA/PARADIGMA MIASMÁTICO
epidemiologia das doenças infecciosas/paradigma microbiano
epidemiologia de doenças crônicas/paradigma dos fatores de risco)
A OMS, determinados pelas modificações socioeconômicas ocorridas 3 décadas após a 2a 
Guerra Mundial, promoveu, em 1978 a Conferência Internacional de Assistência 
Primária à Saúde. Foi determinada a necessidade da implantação urgente, por todos os 
povos, de cuidados primários de saúde, adaptados às condições econômicas, socioculturais 
e políticas de cada região, e que os países deveriam incluir pelo menos:
educação em saúde,
nutrição adequada,
saneamento básico,
cuidados materno- infantis,
planejamento familiar,
imunizações,
prevenção e controle de doenças endêmicas e de outros frequentes agravos à saúde, e
a provisão de medicamentos essenciais,
uma maior integração entre o setor da saúde e os demais setores sociais
SAÚDE
Constituição Federal de 1988, no artigo 196:
"A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas
sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros
agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para a
promoção, proteção e recuperação."
CONCEITO:
que surge é um conceito ampliado de saúde, que engloba todas as manifestações sociais. 
Dessa forma, a saúde não é a mera ausência da doença, e sim a garantia de acesso a 
serviços de saúde e condições dignas de vida, saúde é ter qualidade de vida, é ter uma vida 
digna e saudável.
DOENÇA
HISTÓRIA NATURAL DA DOENÇAPeríodo Pré- patogênico ou Pré- patogênese
fatores determinantes podem estar intrinsecamente relacionados com a probabilidade de 
risco do desenvolvimento de doenças ou agravos em saúde.
prevenção primária com medidas de promoção à saúde/proteção específica
Fase Inicial ou de Susceptibilidade
ainda não existe a doença,
podem estar presentes as condições que favorecem seu desenvolvimento.
Dependendo da existência de fatores de risco ou de proteção, alguns indivíduos estarão 
mais ou menos propensos a determinadas doenças do que outros.
Fase Patológica Pré- clínica
a doença não é evidente, mas já está instalada (com doença mas sem sintomas
Período Patogênico
corresponde ao desenvolvimento da doença.
prevenção secundária objetiva 
diagnosticar/instaurar tratamento 
precoce para limitar dano
prevenção terciária visa à reabilitação
Fase Clínica
ocorrem manifestações evidentes da doença.
Fase de Incapacidade Residual
se a doença não evoluir para a morte nem for curada, ocorrem as sequelas
Níveis de Prevenção
Prevenção primordial
evitar padrão de vida social, econômica e cultural que contribua para um 
elevado risco de doença.
Exemplo: No caso de doenças crônicas, deveria incluir políticas nacionais e 
programas sobre nutrição, envolvendo setores da agricultura, indústria 
alimentícia e de importação e exportação de alimentos, aliadas a programas 
de incentivo à prática regular de atividade física.
Prevenção primária
são medidas de proteção da saúde, em geral por meio de esforços 
pessoais e comunitários;
têm por objetivo limitar a incidência de doenças por meio do controle 
das causas específicas e dos fatores de risco.
Desenvolve- se a partir de atividades dirigidas a toda comunidade para 
reduzir o risco médio, conhecidas como estratégias de 
massa/populacional
podem ser adotadas medidas gerais de promoção à saúde e proteção 
específica, como saneamento básico e vacinas, respectivamente.
Vantagem: não há necessidade de identificar um grupo de risco.
Desvantagem: oferecimento de benefício pequeno a muitos indivíduos, visto 
que os riscos absolutos de doença são muito baixos.
Prevenção secundária
objetivo é a redução das consequências mais graves da doença, por meio do 
diagnóstico precoce e do tratamento.
Estão incluídas medidas individuais e coletivas que permitem diagnóstico precoce e 
intervenção imediata e efetiva.
As ações são dirigidas ao período compreendido entre o início da doença e o momento 
em que normalmente seria feito o diagnóstico.
pode ser aplicada a doenças cuja história natural inclua um período inicial, em que 
possa ser facilmente identificada e tratada, de modo a interromper sua progressão.
Seu objetivo não é reduzir a incidência da enfermidade, e sim sua prevalência, 
gravidade e duração, complicações e a letalidade
Prevenção terciária
visa à redução do progresso e das sequelas da doença, mediante a adoção de medidas 
para minimizar sequelas, o sofrimento e facilitar a adaptação dos pacientes a seu 
ambiente, objetivando a manutenção da qualidade de vida e o retorno às atividades 
sociais.
Ex.: reabilitação de pessoas que sofreram acidente vascular encefálico e a cirurgia plástica 
reconstrutiva no caso do câncer de mama
Teorias explicativas do processo saúde‐doença
Mágico- religioso
Modelo da antiguidade
Nas diferentes culturas, o papel da cura estava entregue a 
indivíduos iniciados: os sacerdotes incas; os xamãs e pajés entre 
os índios brasileiros; as benzedeiras e os curandeiros na África. Os 
líderes espirituais mantinham contato com o universo 
sobrenatural e com as forças da natureza e eram encarregados 
de realizar a cura, erradicando o mal
Teoria miasmática
Entendia a saúde como homeostase (equilíbrio entre o homem e 
o ambiente) e a doença como um desequilíbrio dos quatro 
humores fundamentais do organismo: sangue, linfa, bile amarela 
e bile negra. A teoria dos miasmas explicava o surgimento das 
doenças a partir da emanação do ar de regiões insalubres.
A partir desses postulados, propôs medidas higiênicas e sanitárias 
para o controle das doenças
Hipócrates
Unicausalidade
o modelo unicausal de compreensão da doença estava baseado na existência de 
apenas uma causa para um agravo ou doença.
Louis Paster
Robert Koch conseguiu comprovar que um micro- organismo específico poderia ser a 
causa de determinada doença, a partir do desenvolvimento de meios de cultura e de 
coloração apropriados para o cultivo e estudos das bactérias, pois Pasteur não tinha 
ainda condições para comprovar a participação de bactérias específicas para cada 
doença, e os meios de cultura utilizados ainda não permitiam o isolamento
Essa concepção permitiu o sucesso na prevenção de diversas doenças infecciosas. 
Contudo, reduziu o processo saúde- doença à ação única de um agente específico
Modelo de multicausalidade
conceito desenvolvido na história natural da doença e seus níveis de prevenção 
abrangem a ocorrência das doenças em domínios:
o meio externo onde atuam determinantes e agentes exteriores (natureza física, 
biológica, política e sociocultural) e
o meio interno onde se desenvolve a doença (mudanças bioquímicas, fisiológicas e 
histológicas), e atuariam os fatores hereditários, congênitos, as alterações 
orgânicas consequentes.
Falha do modelo abaixo: embora tenha gerado avanços no conhecimento dos 
fatores condicionantes no processo saúde- doença, suas análises estabeleceram 
relações quantitativas entre os fatores causais, tratando todos os elementos da 
mesma forma, como se a dinâmica das relações entre o ambiente, o hospedeiro e 
o agente ocorresse de forma neutra no contexto social, sem nenhuma distinção 
hierárquica.
Modelo Diderichsen et al. – estratificação social e produção de doenças
Enfatiza a criação da estratificação social pelo contexto social, delega aos indivíduos 
posições sociais distintas, determina suas oportunidades de saúde.
As ações de políticas sobre os determinantes sociais de saúde:
alterar a estratificação social, para reduzir as desigualdades (poder, prestígio e riqueza) 
ligadas às posições socioeconômicas diferentes;
atuar para diminuir o diferencial de exposição a fatores de risco à saúde, diminuindo a 
vulnerabilidade das pessoas em desvantagem e a intervenção no sistema de saúde 
para reduzir o diferencial das consequências dos agravos de saúde.
Modelo de Mackenbach
inclui o ambiente na infância, os fatores culturais e psicológicos, demonstra os 
mecanismos que geram as desigualdades na saúde: seleção vs. causa, tanto como fator 
de seleção como causal.
Legenda:
 1 - processos de seleção dos efeitos dos problemas de saúde em idade adulta sobre a 
posição socioeconômica desses adultos e dos efeitos da saúde na infância sobre a 
posição socioeconômica dos adultos e sobre os problemas de saúde em idade adulta.
 2 - fatores relacionados aos mecanismos causais sobre os 3 grupos de fatores de
risco intermediários entre a posição socioeconômica e os problemas de saúde (estilo de 
vida, estruturais/ ambientais, psicológicos e relacionados ao estresse)
Modelo de Brunner, Marmot e Wilkinson – múltiplas influências no decorrer da vida
forma de ilustrar como as desigualdades socioeconômicas interferem na saúde, são 
consequência direta das diferenças de exposição ao risco ambiental, psicológico e 
comportamental no decorrer da vida
Relaciona o padrão social à saúde e à doença por caminhos materiais, psicossociais, 
comportamentais, fatores genéticos, de infância e culturais
Modelo de Dahlgren e Whitehead
modelo preconizado pelo Ministério da Saúde e utilizado no Brasil;
Os determinantes sociais da saúde estão dispostos em camadas concêntricas. 
Segundo o nível de abrangência, a camada proximal fica mais perto dos 
determinantes individuais, até a camada mais distal, onde estão os 
macrodeterminantes.
O modelo enfatiza as interações: estilos individuais envoltos (redes 
sociais/comunitárias/condições de vida/trabalho) relacionam- se com o ambiente 
amplo (econômico/cultural).
Opções políticas para intervenção nos diferentesníveis de determinação:
determinantes distais (macro/camada 5): implantar macropolíticas saudáveis 
(reduzir pobreza/ desigualdade/superar iniquidades de gênero, etnia/educação 
universal- inclusiva/preservação do meio ambiente);
determinantes intermediários (camada 4): visa às condições de 
vida/trabalho/acesso a serviços essenciais (educação/serviços sociais/habitação, 
saneamento/saúde). Intervenções para promover equidade em saúde (organização 
de projetos intersetoriais);
determinantes sociais (camada 3): são as redes de suporte social (para transferência 
de capital social acumulado). Implementação de sistemas de seguridade social 
inclusivos/ fortalecimento da participação social ampla no processo democrático/ 
equipamentos para interações sociais nas comunidades (promoção de trabalho 
coletivo nas prioridades de saúde), considerar minorias étnicas, pobres, mulheres, 
idosos, crianças;
determinantes proximais (camada 2): afastar barreiras estruturais de 
comportamentos saudáveis. Reforçar a necessidade de mudanças das condições de 
vida/trabalho com ações de educação em saúde em pequenos grupos para 
mudança de comportamentos não saudáveis (tabagismo, uso excessivo de álcool e 
outras drogas, alimentação inadequada, sobrepeso/obesidade, sexo não protegido, 
estresse);
determinantes individuais/não modificáveis (camada 1): ação dos serviços de saúde 
sobre fatores de risco biopsicológicos (hipertensão arterial, depressão, 
dislipidemias, intolerância à glicose) e/ou sobre condições de saúde 
estabelecidas/estratificadas de acordo com o grau de risco.
Diagnóstico de Saúde
indicadores de saúde são utilizados para analisar objetivamente a situação sanitária de 
uma população
Seu grau de excelência pode ser definido por sua validade (capacidade de medir o que se 
pretende) e confiabilidade (reproduzir os mesmos resultados quando aplicado em 
condições similares). E sua validade é determinada pela sensibilidade (capacidade de 
detectar o fenômeno analisado), necessita ser mensurável (baseado em dados 
disponíveis), deve ser relevante (responder a prioridades de saúde) e custo- efetivo 
–justificar o investimento de tempo e recursos.
INDICADORES DE SAÚDE
Esperança de vida/expectativa de vida: mede o estado geral de saúde de uma população, definida como 
o número médio de anos que se espera viver.
Mortalidade: representa o risco, a probabilidade ou a morte de qualquer pessoa na população, em 
decorrência de determinada doença, acidentes, tabagismo ou outras causas. Geralmente é apresentada 
por números absolutos, proporções ou taxas por idade, sexo e causas específicas.
Coeficiente/taxa de mortalidade geral: Representa a relação entre o total de óbitos de um determinado 
local pela população exposta ao risco de morrer e possibilita a comparação em uma série de anos para o 
mesmo local. Desvantagem: não levar em conta que o risco de morrer varia conforme o sexo, a idade, a 
raça, a classe social, entre outros fatores. Não se deve utilizar esse coeficiente para comparar diferentes 
períodos de tempo ou diferentes áreas geográficas.
  nº total de óbitos de residentes em 1 ano X 1.000
 População total residente na área
Mortalidade por causa: Relaciona o número de óbitos por uma determinada causa pela população 
exposta
  nº de óbitos por determinada doença no ano x 100.000
 População total
Letalidade/fatalidade/taxa de letalidade: Relaciona o número de óbitos por determinada causa e o 
número de pessoas que foram acometidas pela causa, fornece a gravidade do agravo e pode também 
informar sobre a qualidade da assistência em saúde ofertada à população.
Enquanto a mortalidade refere- se aos óbitos entre a população (sadia ou doente), a letalidade refere- se aos 
óbitos entre a população doente.
  nº de óbitos por determinada doença no ano X 100
 nº de casos da doença
Coeficiente/taxa de mortalidade infantil: No início da vida extrauterina (período neonatal), são mais 
relevantes como determinantes de óbitos as consequências de agressões sofridas intraútero, as condições 
de parto e de assistência ao recém- nato. Já no período pós- neonatal, predominam os determinantes 
ambientais e socioeconômicos. Dessa forma, sociedades com maior desenvolvimento humano apresentam 
taxas de mortalidade infantil baixas, predominando o componente neonatal.
Mede a proporção de crianças que morrem antes de completar o primeiro ano de vida em relação aos nascidos 
vivos, em determinada área e período
  nº de óbitos em < de 1 ano em 1 ano X 1.000
 Total de nascidos vivos do ano
Coeficiente de mortalidade neonatal precoce: Número de óbitos de 0 a 6 dias de vida, por 1000 nascidos 
vivos, na população residente em determinado espaço geográfico, no ano considerado.
Estima o risco de um nascido vivo morrer durante a 1ª semana de vida, reflete as condições socioeconômicas e 
de saúde da mãe, bem como a assistência pré- natal e ao parto e do recém- nascido.
  nº de óbitos de residentes de 0 a 6 dias de idade X 1.000
 nº de nascidos vivos de mães residentes
Coeficiente de mortalidade neonatal tardia: Número de óbitos de 7 a 27 dias de vida completos, por 
1000 nascidos vivos, na população residente em determinado espaço geográfico.
Estima o risco de um nascido vivo morrer dos 7 aos 27 dias de vida, reflete, de maneira geral, as condições 
socioeconômicas e de saúde da mãe, bem como a assistência pré‐natal e ao parto do recém- nascido.
  nº de óbitos de residentes de 7 a 27 dias de idade X 1.000
 nº de nascidos vivos de mães residentes
Taxa de mortalidade para menores de 5 anos: Refere- se a óbitos ocorridos entre crianças com idades 
entre 1 e 5 anos, para cada 1000 nascidos vivos, também é utilizada como um indicador básico de saúde.
Acidentes, desnutrição e doenças infecciosas são causas comuns de óbito nessa faixa etária.
  nº de óbitos de residentes < de 5 anos X 1.000
 Total de nascidos vivos de mães residentes
Taxa de mortalidade materna: Refere- se ao risco de morte materna em decorrência de causas associadas 
a complicações durante a gestação, ao parto e ao puerpério em até um ano após o parto.
Essa importante estatística é frequentemente negligenciada devido à dificuldade para calculá- la de forma 
precisa.
  nº de óbitos maternos relacionados a gestação, parto, puerpério em 1 ano X 1.000
 Total de nascidos vivos durante o mesmo ano
Taxa de mortalidade entre adultos: Forma de avaliar as diferenças no nível de saúde entre países na 
faixa etária de 15 a 60 anos, que é a de maior atividade econômica da população economicamente ativa. A 
probabilidade de morte na vida adulta é maior entre homens na quase totalidade dos países
  nº de óbitos de indivíduos de determinado sexo/idade no ano x 1.000
 População total do mesmo sexo e idade
Curva de Nelson Moraes: é uma representação gráfica da mortalidade proporcional por idade.
 Curva em N Invertido – condições de vida e saúde muito baixas
 Curva em L ou J invertido – condições de vida e saúde baixas
 Curva em V ou U – condições de vida e saúde regulares
 Curva em J – condições de vida e saúde elevada
Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP): anos de vida perdidos em decorrência de morte prematura 
(antes de uma idade arbitrariamente determinada).
 (nº de mortes de cada idade) x (expectativa de vida global padronizada por idade em que a morte ocorreu)
Anos de Vida Perdidos Ajustados por Incapacidade (AVAIs): 1 ano saudável de vida perdido.
(estado atual de saúde da população) - (estado de uma situação ideal, em que todos vivem até uma idade 
avançada e livres de incapacidade)
 O AVAI foi designado para orientar as políticas de investimento do Banco Mundialno setor saúde e para 
informar prioridades globais em pesquisa e programas internacionais em saúde.
Dados de Morbidade: Os indicadores de morbidade medem a frequência de problemas de saúde 
específicos frequentemente estudados segundo quatro indicadores básicos: incidência, prevalência, taxa de 
ataque e distribuição proporcional.
Coeficiente de incidência denota a intensidade com que acontece uma doença numa população e mede a 
frequência ou probabilidade de ocorrência de casos novos dela na população.
  Nº de casos novos em um determinado período X Constante
 Nº de pessoas expostas ao risco no mesmo período
Coeficiente de prevalência mede a proporção da população que apresenta a doença, por isso representa 
o estoque de casos, e também depende diretamente da incidência (casos novos). E também aumenta com 
os casos novos e decresce com o número de cura e óbitos.
  Nº de casos existentes em uma população X Constante
 População exposta ao risco
Morbidade: termo genérico usado para designar o conjunto de casos de uma doença ou 
agravos à saúde que atingem um grupo de indivíduos, em um intervalo de tempo, em uma 
comunidade específica, de forma a indicar o comportamento das doenças e dos agravos à 
saúde na população.
EPIDEMIA
DEFINIÇÃO:
epidemia é a situação em que o nº de casos de uma doença supera o nº de casos esperado. 
Para caracterizar uma epidemia é importante especificar o período (dias, semanas ou 
meses), a região geográfica e outras particularidades da população em que os casos 
ocorreram.
OBSERVAÇÃO:É a mesma coisa dizer surto ou epidemia. Na mente do público, no entanto, 
epidemia tem uma conotação muito mais grave do que surto. Por essa razão, surto é 
frequentemente usado para evitar sensacionalismo.
Investigação e controle, deve- se realizar:
Investigação
identificação e notificação dos casos
coleta e análise dos dados
manejo e controle
DOENÇA 
ENDÊMICA
DEFINIÇÃO:
doenças transmissíveis tidas como endêmicas são aquelas que apresentam um padrão de 
ocorrência relativamente estável, com elevada incidência ou prevalência em uma mesma 
área geográfica ou grupo populacional, podem se tornar epidêmicas se houver mudanças 
nas condições do hospedeiro, do agente ou do ambiente.
O estímulo à doença infecciosa pode ser estabelecido por:
Infecção: consiste na penetração e multiplicação de um agente, no 
organismo do homem e do animal;
Infestação: alojamento, com ou sem desenvolvimento, e 
reprodução de artrópodes na superfície do corpo ou nas vestes;
Absorção: refere- se aos casos em que não ocorre por infecção, mas 
pelas toxinas produzidas fora do hospedeiro.
DEFINIÇÕES:
Infecção: processo biológico comum, que pode ou não resultar em uma doença infecciosa, 
aparente ou inaparente.
Apenas a presença de microrganismos, mesmo que potenciais causadores de doenças, em 
roupas, objetos e em superfície do corpo, não deve ser denominada de infecção, mas, sim, de 
contaminação. Portanto, devemos dizer que a água é contaminada ao invés de infectada.
Agente infeccioso ou Patógeno: possui variado grau de complexidade, podendo
ser vírus, bactéria, fungo, protozoário, helminto ou rickéttsia. E, de acordo com as diferentes 
formas que esses agentes assumem no ciclo reprodutivo, como larva, esporo, cisto etc. e a 
penetração em outro ser vivo, podem se desenvolver e/ou multiplicar‐se, de acordo com a 
predisposição do hospedeiro ou dos seus fatores intrínsecos, gerando ou não um estado 
patológico denominado por doença infecciosa
Doença transmissível: É qualquer doença causada por um agente infeccioso específico, ou 
seus produtos tóxicos, de uma pessoa ou animal infectados ou de um reservatório a um 
hospedeiro suscetível, direta ou indiretamente, por meio de um hospedeiro intermediário, de 
natureza vegetal ou animal, de um vetor ou do meio ambiente inanimado.
Doença contagiosa: é aquela transmissível, já que o doente a transmite para outra pessoa; 
entretanto, esse termo é utilizado nos casos em que a doença é transmitida pelo contato direto. 
Portanto, toda doença contagiosa é infecciosa, mas nem toda doença infecciosa é contagiosa.
Reservatório: corresponde ao hábitat onde o agente infeccioso vive, cresce e multiplica- se, e 
difere da fonte de infecção, tendo como principal característica o fato de ser indispensável para 
a perpetuação do agente.
Para que ocorra uma doença infecciosa, é necessário:
a existência de um agente infeccioso em número 
suficiente;
via de acesso ao hospedeiro;
porta de entrada;
hospedeiro suscetível.
Há situações em que não há necessidade da 
introdução do agente no interior do organismo para 
que a pessoa adoeça, pois alguns micro organismos 
produzem substâncias tóxicas (exotoxinas) em algum 
meio que, se ingeridas por indivíduos suscetíveis, 
podem posteriormente causar doenças.
Período de incubação: intervalo de tempo entre a exposição ao agente infeccioso e o 
aparecimento dos sinais e sintomas da doença. Nesse período, os sinais clínicos e os sintomas 
da doença ainda são inespecíficos.
Período de transmissibilidade:  período em que o agente etiológico pode ser transferido ou 
eliminado de um indivíduo infectado ou de um animal a outro indivíduo ou animal, de forma 
direta ou indireta. Em algumas doenças, ele pode iniciar já no período de incubação; em outras, 
só se inicia no período prodrômico.
Período prodrômico: Período em que o indivíduo apresenta sinais e sintomas inespecíficos da 
doença, e muitas vezes ele antecede o período em que há manifestação dos sinais e sintomas 
característicos da doença em curso.
Doença infecciosa: corresponde a qualquer enfermidade causada por um agente 
infeccioso específico, ou seus produtos tóxicos, que se manifesta pela transmissão deste 
agente ou de seus produtos.
Portadores ou não doentes: são aqueles que não apresentam sinais e sintomas da 
doença, mas podem transmitir o agente, representam uma fonte de infecção em potencial.
Incubação: não estão doentes, mas estão em período de incubação e 
manifestarão a doença após esse período.
Convalescentes: não estão doentes, mas já tiveram a doença. Esses portadores 
podem ainda ser classificados como temporários e crônicos (ou permanentes).
Formas de manifestação:
Doença manifesta: é aquela que apresenta todas as características típicas de uma doença;
Fulminante: é aquela que se apresenta de forma grave e com alto índice de letalidade;
Inaparente ou Subclínica: é quando o hospedeiro não apresenta sinais ou sintomas da 
doença. Essa situação é preocupante, já que são pessoas sadias, infectadas, mas que podem 
transmitir o agente a outros suscetíveis, os quais poderão ou não manifestar a doença.
Sãos: aqueles que nunca estiveram e nunca estarão doentes.
Vias de eliminação:
Secreções Nasobucofaríngeas: algumas infecções das mucosas que revestem as vias 
respiratórias ocasionam o aumento da umidade do local, facilitando a eliminação de 
partículas, por meio da tosse ou espirro que transportam pelas gotículas, ou da 
expiração (aerossóis) dos agentes infecciosos que se encontram na mucosa de 
revestimento.
Fezes
Genitourinária: diversos agentes de infecções urogenitais são eliminados pela urina.
Sangue
Secreções, Exsudatos e Descamações do tecido epitelial: nesse grupo, existe uma 
variedade de condições, como as secreções oculares, uretral e de mucosas, e as lesões 
superficiais abertas
Leite
Placenta: o agente é transmitido ao feto por meio da placenta, que em geral é uma 
barreira efetiva de proteção do feto contra infecções congênitas.
Pele
A figura a seguir resume os principais fatores de risco para as doenças não transmissíveis e 
os níveis de prevenção:
Relação agente etiológico x hospedeiro:
Infectividade: capacidade do agente etiológico de penetrar, desenvolver- se ou
multiplicar- se no hospedeiro, ocasionando a infecção.
Fungos, em geral, têm baixa infectividade, pois, mesmo presentes no ambiente, dificilmente
levam a um quadroinfeccioso. Já o vírus da gripe, é tido como altamente infeccioso.
Patogenicidade: capacidade do patógeno de, quando instalado no organismo do hospedeiro, 
homem ou animal, produzir sintomas em maior ou menor intensidade. O vírus do sarampo é 
tido como altamente patogênico, porque frequentemente irá ocasionará sinais e sintomas 
específicos. Já o vírus da pólio, tem uma baixa patogenicidade, e muitas pessoas infectadas 
por esse agente não apresentam sinais nem sintomas.
Virulência: capacidade de o agente etiológico provocar casos graves ou fatais de infecção, e 
está relacionada a algumas características do agente, como a capacidade de produzir toxinas e 
multiplicar- se no organismo do hospedeiro.
Vírus do sarampo tenha alta patogenicidade e infectividade, é de baixa virulência, já que raramente 
causa quadro grave da doença. Em contrapartida, o botulismo é uma doença altamente virulenta.
Imunogenicidade (ou poder imunogênico): representa a capacidade de o agente induzir o 
hospedeiro à imunidade.
Vírus da rubéola, do sarampo, da caxumba e da varicelatem alta imunogenicidade. Alguns, ao 
infectar o hospedeiro, induzem à imunidade permanente, outros, conferem apenas imunidade 
temporária ao hospedeiro, como o vírus da gripe e da dengue
Modo de transmissão
(transferência de um agente etiológico do 
reservatório ou fonte de
infecção para um novo hospedeiro suscetível):
Transmissão Direta
(Via de transmissão em que a permanência 
do agente no meio externo é curta ou nula)
Transmissão Indireta
(quando exige exposição mais 
prolongada do agente no meio exterior)
Contágio imediato: o tempo de exposição do agente ao meio externo é nulo, como nos 
casos de transferência do agente por meio de relações sexuais, do beijo na boca, nas 
infecções congênitas e na mordedura.
Contágio mediato: o tempo de exposição do agente ao meio externo é relativamente 
curto, o que assegura sua sobrevida. As formas de contágio mediato ocorrem por:
Gotículas: a eliminação do agente pela fonte ocorre pela fala, pela tosse ou pelo 
espirro; podem manter- se em suspensão no ambiente conforme seu tamanho e peso.
Fômites: são representados por objetos, como talheres, copos, brinquedos, etc.
Por meio das mãos/boca: ocorre por meio das mãos do novo hospedeiro, 
contaminadas com material infectante recentemente eliminado pela fonte de infecção.
Transmissão por vetores 
(vetor se relaciona a artrópodes que participam 
da transmissão de agentes infecciosos.)
Vetor biológico: é aquele vetor essencial, ou obrigatório, na disseminação da doença. 
Portanto, se erradicarmos o vetor biológico, a doença que ele transmite desaparecerá.
Vetor mecânico: é um vetor acidental e representa mais uma modalidade de transmissão
do agente etiológico.
Sua erradicação retira apenas um dos componentes da transmissão da doença.
Transmissão indireta por fômites.
Transmissão por alimentos.
Transmissão pelo solo.
Transmissão com hospedeiro invertebrado “intercalado”.
Aspectos estruturais e funcionais na prevenção e na exposição às doenças
Pele e Membranas mucosas: proporcionam ao corpo uma barreira de proteção contra muitos 
parasitas vivos e agentes químicos. As membranas mucosas são mais permeáveis do que a 
pele intacta, o que muitas vezes acaba servindo de porta de entrada a vários patógenos.
Reflexos: a tosse e o espirro, por exemplo, representam uma tentativa de limpar as vias 
respiratórias de substâncias nocivas. As secreções mucosas, como as lágrimas e a saliva, 
possuem uma ação limpante e também podem conter anticorpos específicos contra micro- 
organismos patogênicos.
Secreções gástricas (acidez gástrica), o Peristaltismo e os Anticorpos inespecíficos: os
micro‐organismos, ao invadirem o corpo, enfrentam uma série de mecanismos de defesa 
imunológica, tanto do tipo celular (linfócitos T, macrófagos e outras células que apresentam 
antígenos) como do tipo humoral (linfócitos B, anticorpos e outras substâncias). A 
inflamação que ocorre no lugar da invasão é devida ao estímulo dos micro- organismos 
extracelulares, sendo que os anticorpos produzidos pela infecção natural ou vacinação 
poderiam prevenir ou limitar a invasão do hospedeiro (memória imunológica).
Idade: Crianças pequenas apresentam maior risco de adquirir a infecção e desenvolver a 
doença, devido a sua alta suscetibilidade (pela ausência de memória imunológica) e alto 
grau de exposição.
Entre as doenças que acometem os adultos com mais frequência, estão a tuberculose e a 
esquistossomose.
Na velhice, predominam as degenerativas, como o câncer, e as doenças cardiovasculares, 
como hipertensão, diabetes e cardiopatias.
Gênero: essas diferenças relacionadas intrinsecamente ao sexo são mais difíceis de 
demonstrar. As variações na ocorrência da doença entre homens e mulheres refletem os 
diferentes graus de exposição a riscos, devido a outros aspectos e diferentes estilos de vida.
Nas mulheres, além da gravidez, que predispõe à infecção das vias urinárias, também são 
mais comuns a ocorrência de algumas doenças crônicas, como tirotoxicose, diabete mellitus, 
colecistite, colelitíase, obesidade, artrite e psiconeurose.
Nos homens a ocorrência de úlcera péptica, câncer de pulmão, hérnia inguinal, acidentes, 
suicídio e cardiopatia arterioesclerótica.
Etnia e Grupo familiar: Esse fato se deve às características genéticas que compartilham. 
Além das características físicas (o fenótipo), também pode ocorrer um aumento na 
suscetibilidade ou na resistência aos agentes específicos da doença. Devemos também 
considerar a associação dos fatores ambientais e socioeconômicos. Esses padrões étnicos 
determinam o estilo de vida e as percepções específicas da realidade, o que influencia 
diretamente nas suas condutas frente ao risco e, portanto, no seu potencial de exposição a 
fatores causais de doença
Imunidade: estado de resistência conferida pelo sistema imune, que geralmente está 
associada à presença de anticorpos com ação específica sobre os micro- organismos 
patogênicos ou suas toxinas.
Resistência: conjunto de mecanismos que serve de defesa contra a invasão ou 
multiplicação de agentes infecciosos, ou contra os efeitos nocivos de seus produtos tóxicos.
Imunidade inata: determinada geneticamente, está presente desde o nascimento (pele, 
secreções, mucosas e cílios), sem especificidade; é a primeira linha de defesa contra 
antígenos.
Humoral: principal função das células B e dos plasmócitos, que secretam anticorpos na 
corrente circulatória e em outros líquidos corpóreos, resultando em efeitos protetores. Os 
anticorpos são moléculas agrupadas em uma classe de substâncias denominadas 
imunoglobulinas (IgA, IgD, IgE, IgG e IgM). A resposta humoral conduz à destruição dos 
micro- organismos extracelulares e seus produtos nocivos ao ser humano.
Celular: linfócitos T, macrófagos, neutrófilos, eosinófilos, mastócitos e células NK. Diferente 
das imunoglobulinas e não são secretados, precisam migrar até as áreas de lesão para 
exercer seus efeitos protetores, por meio do contato direto com a célula- alvo ou para 
influenciar as atividades de outras células do sistema imune.
Imunidade adquirida (específica ou adaptativa): está ausente 
no nascimento, é decorrente da exposição a antígenos 
específicos, o que pode aumentar sua intensidade.
Ativa
tem ação, em geral, duradoura; pode ser adquirida naturalmente como 
consequência de uma infecção clínica ou subclínica ou artificialmente por 
inoculação de frações ou produtos de um agente infeccioso ou do mesmo 
agente, morto, atenuado ou recombinado a partir de técnicas laboratoriais 
específicas (como a engenharia genética) – vacinas.
Passiva
tem efeito de curta duração (alguns dias a vários meses) é obtida 
naturalmente por transmissão materna (via transplacentária/vertical) ou 
artificialmente, por inoculação de anticorpos protetores específicos 
prontos (soro antitetânico e antidiftérico, gamaglobulina etc.).
Ex.: mãe/filho – anticorpos produzidos por ela passam para o feto por 
meio da placenta,que evita que o RN tenha o tétano neonatal.
Natural (doença)
Artificial (vacina)
Natural (transplacentária)
Artificial (soros)
Em massa/rebanho: imunização de grande parcela da população, fazendo com que o
agente etiológico infeccioso tenha menor probabilidade de disseminação no ambiente.
Tendências das doenças transmissíveis no Brasil
Doenças transmissíveis com tendência descendente
Difteria
Coqueluche
Tétano
Poliomielite (paralisia infantil)
Sarampo
Rubéola
Raiva humana
Doença de Chagas
Hanseníase
Doenças transmissíveis com quadro de persistência
Tuberculose
Hepatites virais, especialmente as B e C
Leptospirose (alta letalidade)
Meningites
leishmanioses (visceral e tegumentar)
Esquistossomose
Malária
Febre amarela silvestre
Doenças transmissíveis emergentes e reemergentes (surgiram, ou foram
identificadas, em período recente ou aquelas que assumiram novas condições de 
transmissão)
Aids
Cólera
Dengue
COVID-19
Hantaviroses
Áreas de atuação da Vigilância Epidemiológica
Tipos:
Vigilância Sanitária
Epidemiologia Molecular
Epidemiologia Clínica
Epidemiologia Ambiental e Saúde Ocupacional

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