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Programa Agricultura de Precisão Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos Este curso tem 17 horas 3Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Olá, seja bem-vindo ao Curso Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos! Fonte: John Deere <http://blog.machinefinder.com>. A Agricultura de Precisão é composta por uma série de técnicas que podem ser empregadas em todas as etapas do processo produtivo de grãos. Mesmo com tantas técnicas disponíveis, ainda assim alguns pesquisadores apontam que é somente a partir da colheita que se podem realizar trabalhos com alto nível tecnológico. O que você acha disso? De fato, as máquinas colhedoras fabricadas atualmente possuem modernos dispositivos capa- zes de elaborar mapas de produtividade em tempo real, que permitem realizar estudos mais Introdução ao curso 4Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » detalhados sobre a variabilidade espacial e temporal da área. Quando analisados em conjunto com mapas de fertilidade, pragas, doenças ou plantas daninhas, essa tecnologia proporciona uma precisa interpretação da produtividade em cada subárea de cultivo. Conjunto Neste caso, considera-se a sobreposição e compara- ção dos mapas. Os mapas de produtividade elaborados em tempo real, em geral, são finalizados após os dados serem armazenados no monitor de colheita durante o deslocamento da colhedora, e processa- dos por softwares específicos. Para a coleta desses dados, a colhedora deve ser equipada com sensores devidamente regula- dos e calibrados, visando realizar o monitoramento de todos os mecanismos que a compõem. Mas por que isso é importante? Regulagem A regulagem dos sensores antecede a calibração e busca deixá-los em perfeitas condições de uso. Calibração Já a calibração visa ajustar sensores de modo que eles realizem a leitura do fenômeno analisado apresentando um valor o mais próximo possível do real. As colhedoras de grãos são máquinas complexas e que funcionam com grande sincronia entre suas partes constituintes. Dentre os mecanismos da colhedora, destacam-se os de: • corte; • alimentação; • trilha; • separação; • limpeza. 5Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Todos esses mecanismos devem operar em perfeita sincronia para proporcionar a boa trilha- gem dos grãos e reduzir as perdas, que é um dos grandes desafios da colheita mecanizada. Trilhagem Ato de separar os grãos com o trilho. Em função da alta mecanização, os cuidados com a segurança relacionados às colhedoras devem ser uma tarefa contínua e de responsabilidade de to- dos os profissionais envolvidos na operação. É fundamental realizar treina- mentos e atualizar os conhecimentos dos participantes do processo cons- tantemente, sobretudo quando você estiver utilizando novas tecnologias. Uma propriedade que busca um bom padrão de qualidade tanto nos seus produtos quanto nos serviços deve seguir normas regulamentadoras específicas, por exemplo, a Norma Regulamen- tadora 31 (NR 31), que estabelece critérios de segurança no meio rural. Pois bem, a partir de agora, você vai começar a construir conhecimentos sobre os seguintes conteúdos: • Ferramentas de Agricultura de Precisão, existentes no mercado de máquinas agrícolas, que equipam as colhedoras de grãos. • Eficiência das colhedoras de campo e como elas podem reduzir perdas durante a colheita. • Informações de segurança e normas sobre a correta utilização desses equipamentos. 6Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Programa Agricultura de Precisão Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Módulo 1: Mapas de variabilidade na colheita de grãos 7Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Módulo 1 » Mapas de variabilidade na colheita de grãos Fonte: Farm Works Office <www.farmworks.com>. A Agricultura de Precisão é um processo cíclico de levantamento de informações sobre a área cultivada, interpretação e análise dos dados e tomada de decisão técnica, visando realizar os tratos de acordo com as variabilidades existentes. O conhecimento das variabilidades espaciais e temporais é essencial para a tomada de decisão mais acertada, a otimização no uso dos insumos e o aumento da eficiência produtiva. Um dos mapas de variabilidade mais importantes dentro da agricultura de precisão é o mapa de produtividade, elaborado na colheita, pois ele de- termina o rendimento final da cultura e, dessa forma, indica as áreas com baixa produtividade que devem ser manejadas adequadamente nas safras seguintes. Atenção! Sempre que finalizar a leitura do conteúdo de um módulo, você deve retornar ao Am- biente de Estudos para realizar a atividade de aprendizagem. Siga em frente e faça bom proveito! 8Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Aula 1 A importância do mapa de produtividade O avanço no desenvolvimento de máquinas agrícolas possibilitou os seguintes avanços: • o cultivo de grandes áreas; • o aumento da eficiência produtiva; • uma maior segurança e bem estar para o trabalhador. Grandes avanços podem ser observados desde o tempo em que as colheitas eram feitas ma- nualmente, passando pelo surgimento das primeiras colhedoras, até o desenvolvimento das colhedoras atuais (com maior eficiência, maior conforto e com várias tecnologias embarcadas). É com essas tecnologias que gerenciamos hoje todos os passos da colheita. Mas como isso é feito? Formas de gerenciar a colheita Por meio de: • sistema de orientação via satélite; • piloto automático; e • sensores de colheita. A operação de colheita tornou-se mais fácil, pois, além do maior conforto proporcionado ao trabalhador, através de sensores e controladores é possível visualizar as passadas da máquina e através dos dados gerados pelos sensores instalados na máquina podem-se acompanhar as informações da colheita. Isto proporciona benefícios tais como: • maior bem estar para o operador; • melhor aproveitamento da máquina; • melhor avaliação das etapas da colheita; 9Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » • possibilidade de corrigir eventuais falhas que possam ter ocorrido ainda durante a mesma operação. Portanto, espera-se que ao final desta aula você possa reconhecer a importância dos mapas de produtividade para a análise da produção de grãos. Tópico 1 Conceito de mapa de produtividade O mapa de produtividade de um talhão é um conjunto de muitos pontos no decorrer da área, sendo cada ponto representado por uma porção da lavoura. Este ponto produz informações de- talhadas da produtividade do talhão, e dá parâmetros para diagnosticar e corrigir as causas de baixas produtividades em algumas de suas áreas. Talhão Terreno cultivado ou próprio para cultura. Esses parâmetros são expressos em kg ha-1 ou t ha-1 e são gerados pela localização na área de- terminada pelo receptor GPS. Além disso, têm-se também as informações disponibilizadas pelos sensores instalados nas colhedoras, por exemplo, os sensores de produtividade e de umidade, que são gravadas e apresentadas na forma de mapas. Como se pode ver, o mapa da produtivida- de é a informação mais completa para se visualizar a variabilidade espacial das lavouras. Fonte: Farm Works Office <www.farmworks.com>. 10Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Várias outras ferramentas têm sido propostas para se identificar as manchas existentes em um talhão. Dentre elas, as fotografias aéreas, as imagens de satélite e a videografia. Todas têm seu potencial e podem acrescentar informações para análise e tomada de decisão mais acertada mas, ainda assim, o mapa de produtividade materializa a resposta da cultura com a melhor exa- tidão possível, se comparado às tecnologias existentes de mensuração da produtividade. Os dados gerados durante a colheita não poderão ser utilizados para análi- se e tomada de decisão tentando corrigir um problema ainda no atual ciclo da cultura. Porém, contêm informações imprescindíveis para interpre- tação e tomada de decisões futuras, visando melhorar o desempenhodas próximas culturas na mesma área, utilizando as técnicas de agricultura de precisão. Tópico 2 Importância dos mapas de produtividade Os mapas de produtividade são de grande importância porque mostram qual abordagem se- ria mais correta para definir a recomendação de adubação do ciclo seguinte, além de informar também a variabilidade das lavouras. Esta abordagem leva em consideração a produtividade da cultura anterior para fazer a reposição dos nutrientes extraídos. Isso significa que a amostragem georreferenciada não é suficiente. É necessária uma estratégia que possibilite a construção de um consistente conjunto de dados, na qual a solução mais acertada deverá considerar também a variabilidade da produtividade da lavoura, além do con- teúdo de nutrientes no solo. Para entender como esta análise funciona, acompanhe os possíveis motivos que justificam a baixa produtividade no talhão. Eles podem ser divididos entre aqueles que persistem de um ano para o outro, ou seja, se perpetuam se não forem corrigidos, e aqueles que são pontuais, ou seja, não persistem de um ano para outro. Georreferenciada Determinação das coordenadas do ponto de coleta de amostras, através do sistema de localização por satélites 11Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Persistentes (se repetem quando não corrigidos) • solo com baixa fertilidade; • baixo teor de matéria orgânica; • baixa capacidade de retenção de água (o que demanda um ma- nejo específico a médio prazo, podendo impactar na produtivi- dade das próximas lavouras). Não persistentes (pontuais) • um erro de densidade de semeadura; • falta de sobreposição na distribuição de fertilizantes; • ataque localizado de lagartas desfolhadoras (fator que com- promete apenas a produção de um ciclo da cultura). Lembrando que a identificação dos fatores responsáveis por limitar a produtividade em deter- minadas áreas e a investigação para se determinar uma forma de manejo ideal são alguns dos principais desafios dos mapas de produtividade. Um maior conhecimento da área é adquirido no decorrer do tempo, a par- tir de análises de safras seguidas. É isso que aumenta o nível de informa- ções geradas para tomada de decisão do produtor ao longo dos anos. É preciso atenção especial para identificar os fatores limitantes da produção, bem como a viabili- dade da correção para os próximos ciclos. Portanto, a análise do mapa de variabilidade espacial da produtividade torna-se uma importante ferramenta para a análise de dados e planejamento da próxima safra. Saiba Mais É importante interpretar e analisar o mapa de variabilidade temporal da produtividade, ou seja, do comportamento da produtividade no decorrer dos anos em determinada área, pois fornece informações auxiliares para a interpretação dos dados de forma geral. 12Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Recapitulando O mapa de produtividade de uma área cultivada tem grande importância no sistema de agricul- tura de precisão, pois determina de forma detalhada a condição final da lavoura, expressa pela produtividade ao longo da área. Sua amostragem é feita de forma automática por colhedoras equipadas, em uma quantidade de pontos infinitamente maior do que em outros sistemas de amostragem, tornando os dados bastante confiáveis para análise e tomada de decisões. A aná- lise dos mapas de variabilidade espacial e temporal da produtividade de uma área torna-se o ponto de partida para planejamento do próximo cultivo, pois através dela podem-se identificar áreas de baixa produtividade, o que demandará análises posteriores e um estudo dos fatores responsáveis por esta limitação. Desta forma, analisando o mapa de produtividade em conjunto com outros mapas de variabilidade, aumenta-se o nível de conhecimento da área deixando a tomada de decisão mais acertada. Aula 2 Formas de coleta de dados para elaboração do mapa de produtividade Na aula anterior, você viu como a elaboração de mapas de produtividade de uma lavoura é uma prática básica no sistema de agricultura de precisão. A partir do mapa gerado, é possível analisar as informações e realizar o planejamento das próximas safras. Em colhedoras de grãos equipa- das, a coleta dos dados de produtividade é feita de forma automatizada, porém é preciso ficar atento, pois ainda assim podem ocorrer alguns erros de leitura intrínsecos à operação. Desta forma, alguns cuidados devem ser tomados na coleta e no tratamento dos dados, para gerar mapas de alta confiabilidade. Dessa forma, espera-se que ao final desta aula você esteja apto a: • definir métodos de determinação do número de amostras necessário à coleta de dados; e • identificar procedimentos técnicos necessários à coleta de dados confiáveis. 13Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Tópico 1 Formas de medição As colhedoras equipadas com tecnologia para a agricultura de precisão podem realizar a pe- sagem dos grãos colhidos de diversas formas, a depender do tipo de equipamento utilizado, conforme veremos a seguir: Sensor de velocidade do fluxo da massa Sistema baseado na medição da velocidade do fluxo da massa de grãos que atravessa um tubo de dimensões conhecidas. Nes- te caso, mede-se a velocidade do fluxo por meio de micro-ondas, e calcula-se a densidade média da massa de grãos. Esse sistema tem a vantagem de não interferir na velocidade do fluxo da mas- sa, e ter bom tempo de resposta. Porém, pode ser acometido por variações na inclinação da colhedora durante o deslocamento no campo – portanto, é preciso um sensor de inclinação para corrigir esse erro. Sensor de placa de impacto Outro sistema utilizado pelas empresas para a medição da pro- dutividade nas colhedoras é a placa de impacto. Ela intercepta a quantidade do fluxo de grãos e, quanto maior o impacto ou des- locamento da placa, maior é a produtividade no local colhido. A placa deve passar por constantes limpezas a fim evitar acúmulo de sujeira e consequentemente erros na coleta de informações. Sensor de unidade Para que o mapa de produtividade represente a produtividade com base no peso dos grãos no estado seco, é necessário medir a umidade em que estão sendo colhidos. Para tanto, utiliza-se um sensor de umidade, normalmente localizado entre o meio e a saí- da do elevador. 14Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Todas as informações sobre colheita e umidade, entre outras, são monitoradas pelo operador através de um monitor na cabi- ne de comando. O monitor é ligado a um computador de bordo que coordena as informações captadas pelos sensores. Tópico 2 Mapa de produtividade e amostragem Como visto na aula anterior, o mapa de produtividade de um talhão é elaborado através de um conjunto de muitos pontos em que cada ponto representa uma amostra da lavoura. A área de cada amostra é definida pela largura da plataforma da colhedora e pelo comprimento da distância percorrida pela máquina durante um período de tempo predeterminado, entre uma medição e outra (normalmente de um a três segundos). Em uma área de 1 hectare podem ser coletadas até mil amostras ou mais, dependendo da fre- quência das medições. A posição do ponto é obtida por meio de um receptor de GPS que dá os posicionamentos corretos da latitude e da longitude da máquina. Os dados do mapa são ins- Fonte: <http://www.agleader.com/ products/yield-monitoring/>. Saiba Mais Essas informações organizadas podem ser armazenadas em cartões de memória ou, ainda, transmitidas por redes de comunicação sem fio. Muitas fazendas hoje já dispõem destas redes, que transmitem dados em tempo real, de forma que o produtor acompanhe o anda- mento e os dados da colheita por meio de computador, celular ou qualquer aparelho com acesso à internet. 15Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » tantaneamente armazenados ou transmitidos, e a forma dos arquivos gerados é particular para cada fabricante. A montagem do mapa refl ete o gráfi co que contém cada um dos pontos amostraisnum plano cartesiano, em que o eixo “x” é a longitude, e o eixo “y” é a latitude. y 6 5 4 3 2 1 1 2 3 4 5 6 B (6,5) D (0,0)-5 X -6 -4 -3 -2 -1 -1 -2 -3 -4 -5 -6 A (-5,3) C (4,5;-3,5) Fonte: Wikimedia Commons Cartesiano Chama-se Sistema de Coordenadas no Plano Carte- siano, ou simplesmente Plano Cartesiano, a um es- quema reticulado baseado nas retas x e y utilizado para especifi car pontos num determinado espaço. Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos Para identifi car os diferentes valores de produtividade, basta escalonar os pontos em diferentes cores ou tons. Estas cores pontilhadas vão se tornar linhas de “isoprodutividade”, ou seja, isolinhas que delimitam regiões com produtividades dentro de um mesmo intervalo de valores, representadas no mapa pela mesma cor. Fonte: <http://precisaoap.com.br/?menu=- servicos&id=3#!prettyPhoto>. 16Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Fonte: <http://precisaoap.com.br/?menu=servicos&i- d=3#!prettyPhoto>. Para obter esse tipo de mapa é ne- cessário manipular algumas fun- ções específicas do software que acompanha o monitor ou a colhe- dora. O software executa um um método de interpolação entre os pontos, e de atenuação das peque- nas variações locais. A elaboração do mapa é feita de forma automática por máquinas devidamente equipadas, o que torna o processo mais rápido, barato e também bastante confiável, devido à quantidade de amostras coletadas na área. Porém, é necessário que os dados coletados sejam devidamente processados a fim de se eliminar certos erros sistemáticos normalmente associados a essa co- leta. Confira alguns deles: • variações na velocidade de deslocamento; • retardamento no início do fluxo de grãos nas cabeceiras do talhão; • verificação incorreta da largura de corte; • falha no funcionamento do interruptor da plataforma de corte; • falha na determinação do posicionamento pelo GPS; • grandes variações na umidade dos grãos ao longo da jornada de trabalho; • falta de treinamento do operador, entre outros. 17Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Alguns dos erros mencionados são inerentes ao processo de coleta de da- dos durante a colheita. Outros podem ser minimizados ou evitados atra- vés de alguns cuidados antes e durante a operação. Desta forma, mais uma vez torna-se necessário que o operador seja capacitado para realizar tal operação. Uma boa forma de minimizar erros é manter a velocidade de deslocamento constante e dentro dos limites estabelecidos para a operação. Além disso, a colhedora, bem como seus equipa- mentos e sensores, devem ser regulados e calibrados periodicamente, com base nas funções elementares do equipamento. Veja a seguir quais são essas funções: • altura de corte da plataforma; • rotação do molinete; • identificação da largura de corte; • velocidade de deslocamento; • rotação do cilindro de trilha e do ventilador; • abertura das peneiras etc. Tópico 3 Amostragem e confiabilidade de dados A densidade amostral na colheita proporciona uma quantidade de amostras muito grande, muito maior do que aquela coletada em sistemas de amostragem de solo, o que proporciona grande confiabilidade aos dados coletados. Porém, essas informações devem passar por algum tipo de tratamento antes da interpretação do mapa para tomada de decisão. Os limites do sistema e no processamento automático dos dados podem gerar erros, que não devem ser motivo para descrédito, apenas para precaução. Além disso, a manipulação de alguns parâmetros é bem-vinda para uma melhor visualização e confiabilidade do mapa. Sendo assim, podem-se ter dois cenários: 18Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Cenário 1 Se forem considerados todos os dados brutos na elaboração do mapa, podem-se gerar valores de produtividade incoerentes com a realidade. Cenário 2 Se forem excluídos valores de intervalos de produtividades sem muito critério podem-se perder informações importantes de man- chas da lavoura. Todos os programas de visualização de mapas permitem alguma forma de manipulação desses parâmetros. Basicamente, leituras com dados de produtividade nulos ou com valores excessivamente altos são descartados através de um filtro do programa. Os demais dados são analisados através de uma série de comparações entre dados vizinhos para interpolá-los gerando um mapa confiável. Após o tratamento dos dados brutos obtidos durante a colheita, estes podem ser submetidos a análises estatísticas em softwares específicos para a geração de informações mais confiáveis. Ferramentas como a geoestatística e a interpolação por krigagem contribuem para a obtenção de mapas de alta confiabilidade, porém são mais trabalhosas e exigem conhecimentos específi- cos. Geoestatística Ramo da Estatística Espacial que permite fazer infe- rências e predições a partir de amostras. Krigagem Método de aplicação da geoestatística. 19Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Recapitulando A coleta de dados de produtividade de uma lavoura é feita de forma automatizada por uma co- lhedora equipada com determinados equipamentos, tais como sensores de produção, de umida- de, de velocidade de deslocamento da máquina e de altura da plataforma de corte; receptor de GPS, monitor de colheita, entre outros. Os dados gerados são gravados em uma memória externa ou transferidos em tempo real para um computador, podendo ser coletados em intervalos de um a três segundos, gerando boa densidade amostral. Alguns erros na coleta dos dados podem ser gerados durante a colheita, especialmente devido ao fluxo dos grãos no interior da máquina nas cabeceiras dos talhões, à variação na velocidade de deslocamento da máquina, à falta de interrupção de leitura durante as manobras, ao erro na determinação da largura da plataforma, à falta de conhecimento do opera- dor, entre outros. Desta forma, alguns programas de geração de mapas ou softwares específicos devem ser utilizados para corrigir os erros e gerar mapas mais confiáveis para análise e tomada de decisões. Aula 3 Interpretação dos mapas de produtividade Nas aulas anteriores você estudou que a elaboração de mapas de produtividade confiáveis re- presenta a base do sistema de agricultura de precisão. A interpretação dos resultados e dos fatores que interferem na produtividade, por sua vez, permite o melhor e mais eficiente plane- jamento dos próximos cultivos. Mas para que isso ocorra, é necessário conhecimento técnico dos profissionais para interpretar os dados dos mapas. Somente assim será possível elaborar as recomendações técnicas e tomar as decisões mais acertadas. Portanto, ao final desta aula espera-se que você possa: • visualizar a variabilidade da produtividade de grãos por meio do agrupamento de faixas de produção; e • relacionar a variabilidade da produtividade com os fatores de produção de grãos. 20Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Tópico 1 Características da interpretação O mapeamento da produtividade não se resume simplesmente à compra de máquinas de última geração, ao uso de implementos sofisticados ou de eletrônica embarcada. Esses elementos pre- cisam ser analisados em conjunto com a aplicação de conhecimentos agronômicos detalhados nas propriedades rurais, em que se considera a variabilidade espacial dos fatores que interferem na produtividade. Somente assim é possível deixar de trabalhar pelo sistema de médias e aplicar o gerenciamento localizado. Fonte: Brasil, 2013. Para obter informações precisas sobre a produção é imprescindível filtrar os dados gerados pelo equi- pamento, interpolá-los e gerar o mapa de produtividade. O mapa é apresentado na forma de isoli- nhas, que são faixas de produtivi- dade dentro do mesmo intervalo de valores, representadas no mapa pela mesma cor. De acordo com a legenda que acompanha o mapa, é possível observar os valores de produtividade que cada isolinha e, consequentemente, cada área do talhão representam. Para auxiliarna análise dos mapas de produtividade, os dados podem ser apresentados de ou- tras formas, como em um histograma ou tabela. Acompanhe! 21Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Histograma 3000 2500 2000 1500 1000 500 0 2000 3000 4000 5000 6000 7000 8000 9000 10000 11000 Produtividade (Kg/ha) N ú m er o d e ob se rv aç õe s Fonte: Brasil, 2013 No histograma dos valores da produtividade, representa-se, em forma gráfica, o número de amostras observadas dentro de cada nível de produtividade. 22Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Dados estatísticos da produtividade de milho Nestas representações gráficas, também podem ser observados alguns dados estatísticos referentes à produtividade da área, tais como produtividades máxima, média e mínima e coeficiente de variação. Desta forma, é possível analisar o nível de variabilidade da produti- vidade no talhão e a produtividade potencial, dentro das condições edafoclimáticas da área. Fonte: Brasil, 2013 23Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Tópico 2 Como interpretar as isolinhas As isolinhas de baixa produtividade são indicativas de áreas com algum fator limitante para a produção. Estes fatores podem ser: • de curta persistência na área, impactando somente na produtividade da última safra; • ou de longa persistência, com potencial de interferência em safras futuras. Isolinhas Os mapas de isolinhas são representações de linhas que delimitam regiões do mapa com dados dentro de um mesmo intervalo de valor para cada característica analisada. As isolinhas utilizam métodos de interpo- lação entre os pontos com atenuação de pequenas variações locais. Os fatores de menor persistência podem ter-se estabelecido somente na última safra, podendo não se manifestar novamente na mesma área nas safras futuras. Confira alguns exemplos: • faixa sem aplicação de fertilizantes; • área com intoxicação por herbicida; • área com ocorrência de geada; • área com ataque de lagartas desfolhadoras; • área com falhas durante a operação de semeadura entre outros. 24Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Estes problemas podem ser identificados através da ajuda do produtor ou de um fun- cionário que conheça a realidade do cultivo, durante a interpretação do mapa. Uma vez identificados, é possível realizar um planeja- mento para a próxima safra de forma a evi- tar a repetição destes tipos de problemas. 4.5 - 6.0 6.0 - 7.5 7.5 - 9.0 9.0 - 10.5 10.5 - 12.0 12.0 - 13.5 13.5 - 15.0 15.0 - 16.5 16.5 - 18.0 No data Mapa de produtividade final t/ha 1 2 N 40 0 40 80 120 Meters Fonte: Coelho; Silva, 2009. Para auxiliar na análise do mapa de pro- dutividade, pode-se analisar também o mapa de umidade dos grãos, os quais apresentam diferentes isolinhas devido à variabilidade no desenvolvimento da cultura e, consequentemente, proporcio- nam pontos de colheita diferentes. As isolinhas de baixa produtividade estão correlacionadas com as isolinhas de alta umidade da massa de grãos, reforçando a confiabilidade dos dados de produção. 13.5 - 15.5 15.5 - 17.5 17.5 - 19.5 19.5 - 21.5 21.5 - 23.5 23.5 - 25.5 25.5 - 27.5 27.5 - 29.5 29.5 - 31.5 31.5 - 33.5 Mapa da umidade do grão (%) N 40 0 40 80 120 Meters Fonte: Coelho; Silva, 2009. Numa análise mais ampla, é possível gerar um mapa da variabilidade espacial da mar- gem bruta na área cultivada. Isso é possível através da gestão dos custos de produção, levando em consideração as doses de insu- mos aplicadas em cada local do talhão e do mapa de produtividade. Regiões de baixa produtividade têm relação direta com a mar- gem bruta baixa ou negativa, representando baixa eficiência econômica nestas áreas, e necessidade de melhorar o manejo localiza- do e aumentar a produtividade para as pró- ximas safras. -350 - -150 -150 - 0 0 - 150 150 - 450 450 - 750 750 - 1050 1050 - 1350 1350 - 1650 1187. 595 - 1375.759 No Data Margem bruta R$/ha N 40 0 40 80 120 Meters Fonte: Coelho; Silva, 2009. 25Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Por outro lado, isolinhas de baixa produtividade que não são justificadas pela interferência de algum fator limitante da produção na safra corrente devem ser analisadas mais detalhadamente. Para tanto, deve-se analisar o mapa de variabilidade temporal da produtividade, e verificar se esta área vem apresentando produtividade baixa em várias safras consecutivas. Se a resposta for sim, pode existir a presença de um fator limitante da produção de longa persistência nesta área, ou seja, um fator que pouco ou nada se altera no decorrer dos anos. 0 - 4 4 - 8 8 - 12 12 - 16 16 - 20 20 - 24 Sem dados (t/ha)2002 2003 2004 200 0 200 0 200 0 200 Fonte: Coelho; Silva, 2009 Confira alguns exemplos desse tipo de fator: • textura do solo; • baixa capacidade de armazenamento de água; • presença de mancha de cascalho; • solo pouco profundo; • existência de nematoides em reboleiras; • compactação do solo entre outros. Neste caso, será necessária uma amostragem de solo com maior densidade na área que apre- sentou baixa produtividade. Assim, podem-se identificar os fatores responsáveis por tal situação. Neste caso, o mapa de produtividade serve como uma orientação para lidar com áreas-problema, que devem receber determinado manejo para aumentar a produtividade a médio/longo prazo. Saiba Mais Em alguns casos, o problema em determinada região do talhão é tão grande e de difícil controle que se torna mais viável deixar de cultivar esta área. A insistência em continuar cultivando esses locais pode gerar sucessivos prejuízos, por exemplo, áreas de cascalho. 26Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Os mapas de produtividade podem ser mais bem utilizados quando analisados juntamente com outros mapas, como os mapas de fertilidade do solo. Assim, é possível analisar de forma inte- grada os fatores que podem estar mais relacionados com o nível de produtividade da área, de forma a prestar maior atenção e realizar o manejo com mais eficiência. Programas e softwares específicos podem ser utilizados para realizar análises de vários fatores de forma integrada, de maneira precisa e eficiente. Recapitulando Os dados de produtividade da área devem ser tratados para elaboração de um mapa de pro- dutividade confiável. Este mapa é apresentado na forma de isolinhas, em que cada isolinha é representada por uma cor, e compreende determinado intervalo de valores de produtividade. As áreas identificadas com baixa produtividade podem ter sido afetadas por fatores negativos pouco persistentes na área, prejudicando apenas a safra em questão, ou muito persistentes, afetando a produtividade de consecutivos cultivos, sofrendo pouco ou nenhuma alteração no decorrer do tempo. Neste último caso é necessária uma amostragem de solo detalhada destas áreas a fim de identi- ficar o problema e traçar estratégias de manejo para aumento da produtividade. Caso o proble- ma não tenha uma solução pode-se, em último caso, deixar de plantar em determinada área. A tomada de decisão é mais confiável quando se analisam diferentes mapas de variabilidade em conjunto com o mapa de produtividade. Atividade de aprendizagem Você chegou ao final do Módulo 1 do Curso Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos. A seguir, você realizará algumas atividades relacionadas ao conteúdo estudado neste módulo. Lembre-se que as repostas devem ser registradas no Ambiente de Estudos, onde você também terá um feedback, ou seja, uma explicação para cada questão. 1. Sobre a importância dos mapas de produtividade das lavouras, analise as seguintes afirma- ções e marque a alternativa correta. a) O mapa de produtividade é um dos principais mapas de variabilidade utilizados na agricul- tura de precisão, pois determina a condição final da lavoura. b) O mapa de produtividade determina o nível de adubação necessária em cada área do talhão. 27Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » c)O mapa de variabilidade espacial da produtividade pode mostrar áreas com fatores con- sistentes que limitam a produção. d) As áreas de baixa produtividade no mapa de colheita sempre coincidem com as áreas de baixa fertilidade do solo. 2. Sobre as formas de coleta de dados para elaboração do mapa de produtividade, analise as seguintes afirmações e marque a alternativa correta. a) Para a elaboração do mapa de produtividade coleta-se menor número de amostras se comparado com aquelas coletadas para elaboração do mapa de fertilidade do solo. b) Com maior atenção do operador, a coleta de dados de produtividade pode ser realizada sem apresentar erros. c) A gravação dos dados é feita no monitor através de um mapa de colheita, e só pode ser visualizado no próprio monitor ou através de impressão. d) Os dados brutos coletados devem passar por um processamento em programa ou softwa- re específico para proporcionarem a elaboração de um mapa de colheita mais confiável. 3. Sobre as formas de interpretação dos mapas de produtividade, marque a afirmativa correta. a) As isolinhas de baixa produtividade sempre são relacionadas a um erro de manejo da cultura. b) Problemas de baixa persistência na área podem inviabilizar o cultivo da lavoura em deter- minada região do talhão em cultivos subsequentes. c) Para se conhecer os problemas muito persistentes que afetam a produtividade, deve-se fazer uma análise detalhada nas áreas de baixa produtividade do mapa de variabilidade temporal. d) A análise de outros mapas de variabilidade não é necessária quando se tem o mapa de produtividade em mãos. 3Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Módulo 2 » Como funcionam as colhedoras de grãos Fonte: Case IH <http://www.caseih.com>. Você sabe dizer quais são as atividades realizadas por uma colhedora? Pois bem, as colhedoras são máquinas responsáveis por: • cortar; • conduzir o material colhido para o interior da colhedora; • separar a planta dos grãos; • realizar a limpeza; • posicionar o grão em um tanque graneleiro e ensacá-lo. 4Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Para tanto, ela é formada por vários mecanismos que realizam cada etapa de forma sincroniza- da, e que são configurados de acordo com a característica morfológica de cada tipo de lavoura a ser colhida. Atualmente, todos os mecanismos das colhedoras são passíveis de adaptação, ou seja, é possível instalar sensores para monitorar o seu funcionamento e reduzir as perdas que, em geral, acabam sendo elevadas. Assim, é muito importante dominar o conhecimento técnico sobre o funcionamento da colhedora para que você possa identificar possíveis boas adaptações para a Agricultura de Precisão. Lembre-se de que para os momentos em que você não pode estar conectado à internet, dis- ponibilizamos um arquivo com o conteúdo deste módulo. Mas atenção: você deve retornar ao Ambiente de Estudos para realizar as atividades. Siga em frente e bons estudos! Característica Morfológica Do termo “morfologia”, que estuda as formas que uma matéria pode tomar. Neste caso, se refere aos diferentes portes de plantas, bem como a forma de produção de grãos (espiga, vagem, panícula etc.). 5Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Aula 1 Sensores e mecanismos da colheita de grãos A colheita mecanizada de grãos se destaca como uma importante operação para manter a qua- lidade dos alimentos produzidos no campo. Entre as vantagens desta tecnologia, destacam-se: • rápida retirada do produto a ser colhido do campo, evitando que ele fique exposto ao ataque de pragas, doenças, plantas daninhas e intempéries, o que certamente reduziria a qualidade dos grãos colhidos; • liberação da área mais cedo para início de uma nova lavoura, permitindo o estabelecimento de mais safras na mesma área por ano; • rapidez na comercialização do produto final, o que assegura retorno financeiro mais rápido para o produtor; • menor custo de produção, uma vez que, comparativamente à colheita manual, a colheita me- canizada possui uma eficiência muito superior, garantindo menor custo por hectare colhido. Assim, os objetivos específicos desta aula são: • reconhecer as vantagens dos sensores que equipam as colhedoras de grãos.; e • visualizar as principais aplicações dos sensores nas colhedoras de grãos. Tópico 1 Funcionamento de uma colhedora A colheita mecanizada de grãos deve ser realizada adotando-se critérios técnicos para evitar perdas e prejuízos ao produtor. Estima-se que para a colheita de grãos mecanizada, perdas na faixa de 3 a 5% são aceitáveis. Mas, não raro, essas perdas podem ultrapassar cifras de 20%, considerando-se apenas a operação realizada no campo. 6Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Se somarmos essas perdas àquelas que ocorrem no transporte, armaze- namento e comercialização, estima-se que quase a metade dos alimentos produzidos no mundo é desperdiçada. Este índice contribui para elevação dos custos ao consumidor final, restringindo o acesso ao alimento às clas- ses sociais economicamente menos favorecidas. Diante desse cenário, o papel de produtores, engenheiros, técnicos e operadores responsáveis pela realização da colheita adquire um caráter socioeconômico, devendo a colheita ser realizada com o mínimo de perdas possíveis. Para tanto, os profissionais devem conhecer adequadamente o funcionamento da máquina e estar atualizados quanto às novas tecnologias que estão dispo- níveis para o aprimoramento da operação. Dentre essas tecnologias, destacam-se aquelas desenvolvidas com os aprimoramentos propor- cionados pela Agricultura de Precisão, que podem ser adotadas em diversas partes das colhe- doras em geral. O funcionamento de uma colhedora de cerais é bastante complexo e dinâmico, pois todos os mecanismos constituintes da máquina operam em sintonia com o objetivo de entregar um grão limpo, inteiro e, às vezes, ensacado. Em alguns desses mecanismos podem ser instalados senso- res para desempenhar importantes funções no monitoramento da colheita. Navegue pelo infográfico para explorar algumas partes da colhedora, e veja, nas abas logo abaixo, detalhes sobre o funcionamento da máquina e também sobre sensores específicos para cada função. 7Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Mecanismo de Corte e alimentação Mecanismo de Trilha Mecanismo de limpeza e separação Elevador de grãos Esteira de Alimentação Fonte: <http://www.agrolink.com.br/sementes/TecnologiaSementes/Colheita.aspx>. 1. Mecanismo de corte O mecanismo de corte tem a função de cortar a planta sem deixar o grão cair no solo. Para tal, as colhedoras são dotadas de plata- formas de cortes com diferentes tipos de configuração, de acordo com as características morfológicas da lavoura a ser colhida. Em geral, essas plataformas são intercambiáveis, ou seja, uma mesma colhedora pode operar plataformas para diferentes cultu- ras, como soja, milho, feijão, arroz e trigo. Na colheita, as vagens (soja) ou espigas (milho) colhidas são di- recionadas para o centro da plataforma por meio de uma rosca sem-fim e depois enviadas para a esteira de alimentação. 2. Esteira de alimentação O mecanismo de alimentação é constituído por uma esteira con- dutora ou rolo alimentador que conduz o material colhido para as partes internas da colhedora. Em geral, é uma parte que gera pou- cas perdas. 8Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » 3. Menismo de trilha O mecanismo de trilha é o “coração” da colhedora de grãos. Ele tem a importante função de separar os grãos da parte da planta no qual estão inseridos, realizando, portanto, a trilha ou debulha. Ele é formado por cilindro de trilha, côncavo e batedor. Primeiramente, a maior parte dos grãos soltos (80%) passa pelo côncavo, uma estrutura perfurada que recobre o cilindro em uma angulação de aproximadamente 120°. Em seguida, os grãos são direcionados para a peneira inferior dos mecanismos de separação e limpeza. O batedor tem a finalidade de retiraro material trilhado do mecanismo de trilha e direcioná-lo para a peneira superior do mecanismo de separação e limpeza. Ele gira no mesmo sentido do cilindro de trilha, forçando a saída do material do cilindro. 4. Mecanismo de limpeza e separação O mecanismo de limpeza é constituído por peneiras superiores (inclinadas), inferiores (horizontais) e um ventilador. O ventilador faz a limpeza basicamente empurrando a produção nas peneiras superiores, de forma que o material mais leve (palhas) seja lança- do pra fora da colhedora, enquanto o mais pesado (grãos ainda presos a sabugos) é direcionado para as peneiras inferiores. As peneiras inferiores têm abertura ajustável e fazem a limpeza fina do material trilhado, permitindo a passagem de grãos even- tualmente ainda misturados com a palha. O ajuste dessa abertura constitui uma importante fonte de perdas, sendo necessário co- nhecer bem a morfologia do grão a ser colhido para ajustá-la ade- quadamente. No final desse mecanismo fica o picador de palha, constituído por lâminas móveis que têm a função de triturar a palhada que sai da colhedora e é depositada no solo. Isso traz várias vantagens para o solo, pois o material se espalha de forma mais homogênea, pos- sibilitando melhor cobertura da área, conservando a umidade e dificultando o surgimento de plantas daninhas. 5. Elevador de grãos Ao passar pela peneira, os grãos limpos caem em uma espécie de cocho contendo uma rosca sem-fim que direciona os grãos para uma estrutura conhecida como elevador de canecos ou conchas. O elevador é responsável por conduzir os grãos para o tanque gra- neleiro ou para um tubo de saída direcionado para uma carreta tracionada por um trator que se desloca em paralelo à colhedora. 9Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Mecanismo de corte Plataformas utilizadas para colher soja, ar- roz e trigo, por exemplo, são dotadas de uma barra de corte que trabalha rente ao solo, e de um molinete. Fonte: New Holland/blog.mfrural.com.br/ Já as plataformas utilizadas para colher milho possuem um rolo espigador e uma placa de bloqueio que operam em conjunto para separar a espiga do corpo da planta. Fonte: John Deere Uma questão muito importante a ser observada quanto às plataformas de corte é a altura em que elas cortam a planta, principalmente para culturas mais baixas, como a soja e o feijão. Nesse caso, o uso de sensores adquire ainda mais importância porque possibilita também monitorar as irregularidades que podem existir no solo, mantendo sempre a mesma distân- cia para o corte das plantas. Uma variação na distância pode resultar em perdas se a plata- forma cortar a planta em uma altura superior ao ponto de inserção da primeira vagem nas lavouras de soja e de feijão. Sensores podem ser utilizados para monitorar e ajustar automaticamente a velocidade de rotação dos molinetes responsáveis pela condução da parte aérea das plantas até a barra de corte. Velocidades muito elevadas podem empurrar a parte aérea das plantas, causando tombamento e impedindo que a máquina as recolha. Outra importante informação que deve ser obtida na plataforma de corte é a sua largura de ataque, com a qual, juntamente com informações obtidas por sensores de velocidade, pode- -se determinar uma distância percorrida e, assim, calcular a área colhida pela colhedora. A área colhida será empregada posteriormente para cálculo da produtividade. 10Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Mecanismo de Trilha O cilindro de trilha é formado por uma es- trutura cilíndrica dotada de barras ou dentes que impactam o material pressionando-o contra o côncavo, realizando a trilha. Eles podem se localizar paralelamente à máqui- na ou perpendicularmente a ela, sendo de- nominados cilindros axiais (de eixo) ou ra- diais (de raio), respectivamente. Fonte: <http://www.vidarural.pt/news.aspx?- menuid=8&eid=7731>. Dois fatores são fundamentais para o bom funcionamento do mecanismo de trilha: a veloci- dade de rotação do cilindro e a abertura entre o cilindro e o côncavo. A rotação deve ser ajustada de acordo com a umidade dos grãos no momento da colheita. Grãos mais úmidos requerem maiores rotações para serem trilhados. Se a velocidade do ci- lindro não for adequada para o grau de umidade em que os grãos se encontram, há perda de grãos da lavoura. Nesse contexto, os sensores podem ser muito úteis para monitorar a umi- dade dos grãos na trilha, e realizar o ajuste automático da rotação do cilindro. Eles podem ser instalados no mecanismo de alimentação ou próximos à plataforma de corte. Já a abertura existente entre o cilindro de trilha e o côncavo é ajustável de acordo com a espécie vegetal colhida. Para o milho, ela deve ser compatível com o diâmetro das espigas sob pena ou de aumentar as perdas por quebra caso o espaço seja reduzido, ou de não per- correr a trilha, caso o espaço seja muito grande. Esse ajuste deve ser feito antes do início da operação. No caso da colheita da soja, os sensores podem detectar a quantidade de material que se desloca pela esteira de alimentação e ajustar a abertura entre cilindro e côncavo para uma trilha mais adequada. 11Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Mecanismo de Limpeza Fonte: <http://www.agrolink.com.br/sementes/ TecnologiaSementes/Colheita.aspx>. O ventilador fica posicionado na parte de baixo da peneira inferior e sopra a palha para fora da colhedora. Entretanto, quan- do mal regulado, o aparelho pode produzir uma corrente de ar muito forte e desper- diçar grãos limpos lançando-os para fora, causando perdas na produção. O ventila- dor, portanto, deve ser ajustado de acordo com o fluxo de massa trilhado e com a den- sidade dos grãos colhidos. É possível instalar sensores na parte mais alta da peneira, próximos da saída da má- quina, a fim de monitorar essas perdas. Separação/elevador de grãos As colhedoras de grãos podem ter um tan- que graneleiro próprio ou descarregar a produção simultaneamente em um veícu- lo-tanque que se locomove paralelamente. Fonte: <http://titanoutletstore.com/worldwide- -crop-yields-where-does-the-u-s-rank/>. No tubo de elevação dos grãos limpos, as colhedoras mais sofisticadas possuem um importante sensor que é responsável pelo monitoramento da quantidade de mas- sa de grãos que passa por ali. Essa infor- mação é associada à informação da área colhida, assim, pode-se calcular a produti- vidade (kg ha-1) do local por onde a colhe- dora se deslocou. Ao final, é possível gerar um mapa de variabilidade da produtivida- de da lavoura. 12Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Axiais Algumas empresas estão investindo em colhedoras com cilindros axiais duplos, pelo fato de permitirem colher com velocidades mais elevadas e proporciona- rem melhor trilhagem (já que o material permanece em contato com o sistema de trilha por mais tempo). Umidade A umidade também pode variar de acordo com as condições climáticas entre dias consecutivos ou ain- da em um mesmo dia. É comum ocorrerem alterações entre os turnos da manhã, quando há maior presença de umidade, e à tarde, quando normalmente a umi- dade do ar reduz. Diâmetro das espigas Com os grandes avanços de melhoria genética, atual- mente as espigas têm tamanhos padronizados para um mesmo cultivo, dispensando muitos ajustes para a mesma lavoura. Sensores Estes sensores de perda de produção permitem ao operador ajustar outros mecanismos da colhedora de acordo com as informações coletadas, portanto, contribuem com a qualidade da colheita de grãos como um todo. 13Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Portanto, as colhedoras dotadas de sensores para monitoramento dos seus mecanismos possi- bilitam reduzir consideravelmente as perdas observadas nas colhedoras convencionais. Os sensores são conectados a um monitor que apresenta ao operador todos os dados coleta- dos, permitindo a tomada de decisão sobre ajustes necessários em outras partes da máquina. Em sistemasmais sofisticados, esses ajustes são realizados automaticamente sem a intervenção do operador. Recapitulando As colhedoras de grãos são constituídas por mecanismos complexos que atuam de forma sin- cronizada. Os principais mecanismos existentes nelas são: mecanismo de corte, de alimentação, de trilha, de separação e limpeza. O mecanismo de corte é formado por plataformas intercam- biáveis que podem ser dotadas de sensores para monitorar a altura de corte e evitar as perdas. O mecanismo de trilha é a parte mais importante da colhedora e necessita ser ajustado quanto à velocidade de rotação e à abertura entre o cilindro e o côncavo. Essas informações podem ser obtidas por sensores de umidade dos grãos e enviadas para ajustes do mecanismo de trilha. O mecanismo de separação e limpeza pode ser dotado de sensores para monitoramento das per- das e consequente ajuste nos demais mecanismos. Saiba Mais Que tal visualizar uma animação com o funcionamento dos mecanismos internos de uma colhedora de grãos? Dividimos por marca e modelo para você conhecer diferentes opções de colhedora. Massey Ferguson: https://www.youtube.com/watch?v=RMU0goBWRjY ou <https://goo.gl/Jokuvk>. New Holland Claas Lexion 600: https://www.youtube.com/watch?v=QpMsuXxPt1Y ou <https://goo.gl/H1bSFw>. New Holland Claas Lexion 780: https://www.youtube.com/watch?v=5gw13IDdQA4 ou < http://goo.gl/KkJPYe>. 14Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Aula 2 Tipos de sensores mais utilizados nas colhedoras de grãos Você já estudou que as colhedoras de grãos são máquinas passíveis de serem monitoradas em diversas partes, tendo em vista principalmente a sua complexidade de funcionamento. Assim, muitos modelos já saem de fábrica com diversos sensores embarcados. Mas pode acontecer também de alguns desses sensores serem adaptados em máquinas já em utilização. Mas para que isso ocorra da melhor forma possível, é bem importante que as máquinas estejam em bom estado de conservação, sob pena de comprometer seu funcionamento geral. De modo geral, apesar de existirem diversos sensores nas colhedoras, eles são utilizados para monitorar a produtividade e evitar perdas, devendo ser ajustados para apresentarem dados con- fiáveis. Portanto, ao final desta aula, espera-se que você tenha alcançado os seguintes objetivos: • reconhecer os principais sensores utilizados nas colhedoras de grãos; e • identificar as formas de utilização dos sensores nas diferentes partes constituintes das colhe- doras de grãos. 15Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Tópico 1 Visão geral de sensores Tendo em vista as inúmeras vantagens oferecidas pelos avanços da Agricultura de Precisão na operação de colheita de grãos, muito produtores têm optado por adquirir máquinas que já ve- nham com um pacote completo de recursos informatizados para monitorar os mecanismos que compõem a máquina. De todo modo, o mercado também oferece diversos recursos que podem ser adaptados a colhe- doras convencionais. Fonte: Plantium <http://www.plantium.com.br/images/KIT-COLHEITA.png> Como já dito, é muito importante ressaltar a necessidade de a colhedora apresentar bom es- tado de conservação para não comprometer o funcionamento geral de todo o sistema de monitoramento. Atualmente, tem-se observado que alguns produtores, empolgados com os diversos disposi- tivos ofertados pela Agricultura de Precisão, realizam certas adaptações em suas máquinas e acabam por comprometer seriamente a qualidade da operação. Para que isso não ocorra, toda adaptação deve ser acompanhada por um técnico qualificado e experiente. O princípio básico de funcionamento dos sensores se baseia na detecção da alteração na forma de algum corpo, como acontece nas balanças ou na leitura da assinatura espectral de um objeto, que é baseada na detecção das ondas eletromagnéticas emitidas por esse objeto. 16Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Os sensores podem ser classificados de duas formas: De contato É um sensor de contato direto entre as partes envolvidas, por exemplo, uma placa que pesa a quantidade de grãos colhidos. Remoto O segundo tipo é o sensor remoto, utilizado, quando não há con- tato entre as partes envolvidas na medição. É o caso dos sensores magnéticos. A seguir serão descritas algumas características dos principais sensores utilizados nas colhedo- ras de grãos. Sensorde umidade Monitor de colheita Seletor de largura da plataforma Sensor de levante de plataforma Sensor de velocidade Sensor de inclinação (inclinômetro) Sensor de fluxo de massa 17Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Fonte: adaptada de Shiratsuchi, 2004. Tópico 2 Sensor de altura da plataforma de corte Os sensores de altura têm a finalidade de copiar a superfície do solo, evitar impactos devidos aos desníveis no terreno e proporcionar o corte da planta sempre a uma mesma altura. Eles podem ser constituídos por sensores remotos que emitem sinais ultrassônicos em direção ao solo e, ao receberem novamente essas ondas, detectam a variação na superfície do terreno e enviam uma mensagem para os cilindros hidráulicos suspenderem ou abaixarem a plataforma. Fonte: SLC Comercial/John Deere <http://www.slccomercial.com.br>. Outros tipos de sensores são utilizados diretamente em hastes que tocam e acompanham a su- perfície do solo, fazendo um registro por contato direto. Fonte: SLC Comercial/John Deere <http://www.slccomercial.com.br>. 18Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » A depender do tamanho da plataforma, ela pode ser equipada com vários sensores ao longo da sua extensão. Nesse caso, a variação do perfil do solo pode afetar negativamente a colheita pela variação da distância entre o molinete e a barra de corte. Dessa forma, é importante que o equipamento, além de copiar a superfície do solo e ajustar a altura em relação ao ponto de corte da planta, ajuste simultaneamente também a distância entre o molinete e a barra de corte. Esses sensores também desempenham importante papel na elaboração de mapas de produtivi- dade, pois toda vez que a plataforma é suspensa, interrompe-se a coleta de dados. Dessa forma, quando a máquina estiver realizando manobras de cabeceira, não ocorre registro de dados. Fonte: Shiratsuchi, 2004 É comum visualizar mapas que apresentam baixas produti- vidades próximas a essas áreas. Muitas vezes, isso ocorre pelo fato de o operador realizar a manobra com a platafor- ma abaixada, o que é incorreto. Saiba Mais Os ajustes da barra de corte podem ser visualizados facilmente no comercial da parceria en- tre as empresas GTS do Brasil e MacDon. Assista ao vídeo da plataforma colhedora FlexDra- per: <https://www.youtube.com/watch?v=QS74KBxiA64> ou <https://goo.gl/hKT9AM>. 19Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Algumas plataformas utilizadas em colhedoras de milho são dotadas de sensores que fazem a leitura da posição das linhas de plantio e que mantêm a colhedora alinhada de acordo com esse posicionamento. Tópico 3 Sensores de detecção de metais e de velocidade Os detectores de metais são importantes para a detecção de objetos metálicos que eventual- mente sejam coletados pela plataforma de corte e passem pelo mecanismo de alimentação. Caso esses objetos cheguem até o mecanismo de trilha, eles podem causar grandes estragos no cilindro, no côncavo e no batedor, resultando em grandes prejuízos financeiros e em perda de tempo na operação de colheita com a manutenção da máquina. Fonte: New Holland <http://agriculture. newholland.com/ir/en/Products/Forage/ PullType/Pages/Metalert_III_System_and_ Croppro_Crop_Processor_details.aspx>. Eles são posicionados abaixo do mecanismo de alimentação. No momento em que o ob- jeto é detectado, a informação é processada por uma central que aciona o sistema de tra- vamento da alimentação. O sistema consiste na existência de um sensor e de um ímã lo- calizado acima e abaixo de partes inoxidá- veis do mecanismo de alimentação. Sobreos sensores utilizados para monitoramento da velocidade, eles também desempenham importante papel na elaboração dos mapas de produtividade, pois registram a distância percor- rida considerando-se a largura da plataforma de corte. Assim, pode-se determinar a área colhida por unidade de tempo ou a capacidade operacional da colheita. Saiba Mais Quando um objeto metálico passa entre o sensor e o imã, um sinal é enviado para um so- lenoide que libera uma mola e trava o mecanismo de alimentação. Em geral, o intervalo de tempo entre a detecção e o travamento dura menos de um segundo, evitando que o metal entre na máquina. 20Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Algumas colhedoras possuem sensores capazes de realizar medidas da largura útil da platafor- ma de corte. De posse do valor da área colhida, pode-se realizar um melhor gerenciamento da frota mecanizada na propriedade, uma vez que é possível estimar o tempo em que cada opera- ção será realizada. Sensores de velocidade tradicionalmente trabalham com tecnologias de três tipos – magnética, por radar e por GNSS. Confira as características de cada uma delas. Sensores magnéticos no eixo das rodas motrizes Com os sensores magnéticos instalados no eixo da roda motriz, mede-se a velocidade registrando o número de giros do eixo da roda motriz na transmissão da colhedora. A velocidade de saída do eixo da transmissão está relacionada com a rotação das rodas. Entretanto, esse método está sujeito a erros, devido ao problema de patinagem dos rodados. Nesse caso, o rodado gira sem propor- cionar deslocamento pela perda de atrito com o solo, ainda assim, o sensor irá registrar pulsos “entendendo”, erroneamente, que a colhedora está em deslocamento. Além disso, a deflexão do pneu devido à carga que o depósito da colhedora vai recebendo, duran- te a colheita, reduz o raio de rolamento das rodas motrizes. 21Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Sensores magnéticos instalados nos rodados Os sensores magnéticos, também chamados de sensores de pul- sos, são constituídos por magnetos instalados diretamente nos ro- dados, e registram a velocidade por meio do pulso gerado quando o magneto passa próximo ao sensor. Dessa forma, quanto maior for o número de magnetos instalados na roda, maior será a quanti- dade de pulsos gerada, consequentemente, maior será a acurácia da medição da velocidade. Recomenda-se que sejam instalados sensores nas duas rodas do mesmo eixo para fins de compensação da diferença de velocidade quando o pulverizador realizar uma curva, momento em que a roda mais externa tende a se deslocar a uma maior velocidade pelo fato de ter que percorrer maior distância. Fonte: Baio; Antuniassi, 2011. Acurácia Termo técnico usado para definir a proximidade en- tre a medida apresentada pelo aparelho e o valor verdadeiro da medição. Não raro, verifica-se certa confusão entre os termos precisão e acurácia quan- do se referem à agricultura de precisão, no entanto, o termo acurácia, por ser conceituado de forma mais completa, deve prevalecer na maioria das situações. 22Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Sensores de radar Os radares ficam posicionados em direção ao solo e emitem on- das eletromagnéticas de forma contínua e constante, semelhantes às ondas de rádio, em direção ao solo. As ondas podem ser do tipo micro-ondas ou ultrassônicas. Elas são refletidas e novamente interceptadas pelos sensores do radar em uma frequência maior em relação às frequências emitidas. A diferença entre a frequência emitida e a refletida é convertida em sinais elétricos e decodifica- da no radar como um valor de velocidade. Quanto maior a diferen- ça, maior será a velocidade da colhedora. Fonte: <http://www.dickey-john.com/product/radar-ii/>. Sensor com tecnologia GNSS A medição da velocidade empregando tecnologia de GNSS se ba- seia nos mesmos princípios de determinação de posicionamento, ou seja, o receptor mede o tempo em que o sinal percorre a dis- tância entre o satélite e a antena da colhedora. Com esse dado, calcula-se a distância entre a colhedora e cada satélite e, com a distância e o tempo em cada posição, calcula-se a velocidade de trabalho da colhedora. Tópico 4 Sensores para medição do fluxo de grãos e do elevador Os sensores para monitoramento do fluxo de grãos também são conhecidos como sensores de produtividade pelo fato de monitorarem a massa de grãos que passa pelo elevador de cane- cos. Eles podem ser de diferentes tipos, entretanto, a maioria é montada na trajetória do fluxo de grãos limpos, sendo o local mais comum o topo do elevador das canecas de grãos limpos. 23Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Os tipos de sensores mais utilizados para esse fi m são: Volumétrico Sensor Fonte de luz Fonte: Moore, 1998. Os sensores volumétricos, tam- bém chamados sensores óticos, consistem em um emissor e num receptor de raios infravermelhos posicionados no elevador de cane- cos. A radiação gerada pela ener- gia do sensor é captada por um fotossensor e convertida em sinais elétricos para estimar a taxa de fl u- xo de volume de grãos presentes nos canecos do elevador. Radiométrico Fonte: Moore, 1998. Os sensores radiométricos pos- suem uma fonte radioativa de Americium 214 posicionada na saída do elevador de canecos. No lado oposto, existe um anteparo que mede a radiação absorvida pela massa de grãos e converte esse valor para a quantidade de grãos colhidos. Placas de impacto Fonte: Moore, 1998. Os sensores de placa de impacto são instalados no topo do eleva- dor de canecos e registram da- dos pela força com que a massa de grãos é arremessada contra uma placa metálica. Os impactos são transformados em sinais elé- tricos e convertidos em quantida- de de grãos colhidos em determi- nada área por onde a máquina se deslocou. 24Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Fonte: Senar, 2012. Já os sensores de velocidade do elevador de grãos são utilizados nas colhedoras que monitoram a produtividade com sensores tipo placa de impacto. Eles têm a finalidade de apresentar informações sobre a movimentação do elevador para corrigir o sinal da produtividade. Tópico 5 Sensores para monitorar inclinação do terreno, perdas e umidade dos grãos Os sensores utilizados para monitorar a inclinação do terreno são importantes para evitar maiores erros no monitoramento da quantidade de grãos colhidos. Também proporcionam uma compensação da movimentação que ocorre no fluxo de massa no interior da colhedora em fun- ção dos desníveis do terreno. Nesse caso, eles ajustam a velocidade do ventilador de acordo com o ângulo de inclinação do terreno, compensando a força necessária para separar o grão da palha. Saiba Mais Os sensores de impacto podem ser divididos em dois tipos: aqueles que medem a força com um potenciômetro, e os que medem forças com células de cargas ou balanças. Assista aos vídeos da New Holland e conheça o funcionamento de sensores de impacto e tipo ba- lança ou célula de carga. Vídeo 1 <https://www.youtube.com/watch?v=cTU4ytOZIY4> ou <https://goo.gl/E7xx1K>. Vídeo 2 <https://www.youtube.com/watch?v=ZEZNzUtatdc> ou <https://goo.gl/6FAYqQ>. 25Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Fonte: Senar, 2012. Quando os grãos são armazenados no tanque graneleiro, câmeras de vídeos podem auxiliar o operador no monitoramento da quantidade de produto armazenado. Essa informação também pode ser apresentada na forma de uma barra de luzes no monitor de colheita. Fonte: Senar, 2012. O sensor utilizado para determinar a umidade dos grãos é geralmente co- locado no sistema de transporte dos grãos, dentro do elevador de canecas de grãos limpos, próximo ao sensor que mede o fluxo de massa. Em algu- mas máquinas, também pode ser ins- talado próximo ao picador de palha. O sensor do tipo capacitância é o mais comumente usado para medir o teor de umidade dos grãos. Quanto maior seu teor de umidade, maior éa constante dielétrica. Saiba Mais No link a seguir você poderá visualizar uma animação de atuação do sensor de inclinação de uma máquina New Holland. <https://www.youtube.com/watch?v=MVxb-L_OH4Y> ou <https://goo.gl/VcDu3l>. 26Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Constante dielétrica Relativa à isolabilidade do material, ou seja, à capa- cidade de impedir a passagem de corrente elétrica. À medida que a colhedora se desloca, ocorre o registro pontual da umidade da lavoura e o local é georreferenciado de acordo com intervalos de tempo predeterminados. Essa informa- ção é muito importante para realizar ajustes na velocidade de rotação do cilindro de trilha. Em geral, a presença de maior umidade requer maior energia, ou rotação do cilindro, para que os grãos se desprendam do sabugo (no caso da colheita de milho), ou da vagem (no caso da colheita da soja). A presença de menores teores de umidade faz com que os grãos sejam mais facilmente trilha- dos, podendo-se reduzir a rotação do cilindro. Esse ajuste é muito importante para proporcionar uma boa trilhagem do material e evitar a quebra dos grãos. Quanto aos sensores de perdas, eles são instalados na parte mais alta das peneiras superiores do mecanismo de separação e limpeza, e permitem ao operador avaliar a necessidade de ajustes em algum dos mecanismos da colhedora. Eles emitem ondas eletromagnéticas em direção à palhada, possibilitando detectar a presença eventual de grãos. 27Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » + - Perda de Grãos O indicador de perda de grãos LH 765 é um siste- ma fácil de usar que indica a perda de grãos das peneiras inferiores e do saca-palhas, em dois indicadores grandes e fáceis de visualizar. Fonte: <http://www.teejet.com/media/7d56f571-75e3-4dba-b857-fb0764319b05-144_CAT50_PORT_LR.pdf>. Saiba Mais No site da Kafmotores você encontra um simulador de monitoramento de perdas em uma colhedora de grãos. Acesse! <http://kafmonitores.com.br/index.php?link=simulador> ou <http://goo.gl/MP2TmD>. Já no site da Lohr você encontrará uma série de tipos de sensores utilizados em colhedoras e também em outras aplicações na agricultura. Confira! <http://www.lohr.com.br/index.php?link=produtos&idFamilia=19&idAplicacao=Agr%ED- cola> ou <http://goo.gl/NvZyYt>. 28Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Recapitulando Nesta aula, você pôde verificar que as colhedoras são monitoradas por diversos sensores exis- tentes em seus mecanismos. Dentre os principais sensores, temos: o sensor de altura utilizado na plataforma de corte, o sensor de metais utilizado no mecanismo de alimentação, o sensor de fluxo ou de produtividade instalado no elevador de canecos, o sensor de velocidade, o sensor de velocidade do elevador de canecos e o sensor de perdas instalado na saída das peneiras supe- riores. De modo geral, todos eles operam de forma sincronizada e são capazes de se comunicar entre si e realizar ajustes de forma automática. Aula 3 Configurações dos sensores utilizados nas colhedoras de grãos A configuração dos sensores utilizados nas colhedoras deve ser feita com base em critérios téc- nicos relacionados aos conhecimentos agronômicos sobre a cultura e sobre o próprio monitor de colheita. É através do monitor que são realizadas todas as ações para ajustes dos sensores, e cada fabri- cante estabelece uma rotina de procedimentos distinta. Desta forma, o operador deve ler aten- tamente o manual e solicitar treinamento adequado para uso correto do equipamento. Dessa forma, espera-se que ao final da aula você esteja apto a: • executar procedimentos de configuração dos sensores utilizados em colhedoras de grãos; e • regular os mecanismos da colhedora de grãos de acordo com os sensores existentes na máquina. Tópico 1 Importância da configuração Como temos visto ao longo das aulas, as colhedoras de grãos têm um papel muito relevante para o ciclo da Agricultura de Precisão, pois verificam a variabilidade da produtividade das lavouras. Des- sa forma, de posse das manchas de maiores e menores produções na área, é possível tomar uma 29Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » série de decisões sobre o manejo localizado da lavoura (lembrando que essa informação sempre deve ser associada a outros mapas para que a tomada de decisão seja mais confiável e segura). Em alguns casos, os produtores iniciam o processo de Agricultura de Precisão pelo mapa de va- riabilidade da produtividade, que é indicativo da variabilidade da fertilidade da área, auxiliando no planejamento dos pontos de amostragem do solo. Assim, é possível reduzir gastos pela otimização no uso dos recursos de produção, uma vez que áreas mais férteis e mais produtivas receberão menos insumos, que serão destinados àquelas áreas com menor fertilidade. Por ser uma máquina complexa e de funcionamento dinâmico, a possibilidade do uso de siste- mas de sensoriamento nos mecanismos da colhedora é grande. Relembrando Por que o sensoriamento é importante? Para evitar perdas e gerar mapas de variabilidade da produtividade, propiciando o gerencia- mento localizado. Para as colhedoras que tiveram os sensores instalados posteriormente à compra, a configura- ção deve ser condizente com o modelo da máquina. Esse fator é muito importante, pois muitas colhedoras antigas em operação foram inicialmente projetadas para trabalhar em lavouras de produtividades inferiores às produtividades observadas atualmente. Dessa forma, não se pode exigir que elas operem a velocidades mais altas, sob pena de causarem elevadas perdas. As máquinas fabricadas há mais de 20 anos eram feitas para atender a uma produtividade de milho na casa de 60-70 sacos/ha. Hoje, a produti- vidade dobrou, e as máquinas modernas precisam colher acima de 150 sacos/ha. Por isso, a velocidade de trabalho e sua regulagem devem ser diferenciadas. Em geral, as informações coletadas pelos sensores mais sofisticados são confiáveis quando con- figurados corretamente. Entretanto, o processo de utilização dessa informação passa pela apre- sentação visual dos dados, que pode ser ajustada para diferentes formas de apresentação, sejam elas mapas ou gráficos. Para configurar adequadamente os sensores, deve-se ter conhecimento agronômico para com- preender os dados apresentados, além de ter o domínio dos procedimentos requeridos pelo 30Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » modelo de monitor disponível. É importante que técnicas confiáveis sejam adotadas para não haver distorções nas informações coletadas. Como é o monitor desses sensores? O monitor é uma central localizada na cabine que “entende” as informações geradas pelos sensores, e permite controlar todas as ações necessárias para o correto funcionamento dos mecanismos que compõem a colhedora. É através dele que se realiza a configuração de to- dos os sensores da máquina. Como se dá a correta configuração do sistema? A correta configuração do sistema de monitoramento pelo monitor visa eliminar ou reduzir alguns erros comumente conhecidos durante a operação de colheita, dentre eles, podemos citar: erros referentes a posicionamento, causados por falhas no receptor GNSS; erros por falha do operador ao abaixar a plataforma fora da área de colheita com o monitor ligado; a coleta de dados em pontos com produtividade e umidade nula; e a coleta de dados em locais que apresentem grandes distorções nos valores observados. Como se registram os dados? Os monitores possuem entradas para inserção de cartões de memória ou pen-drive a fim de registrar os dados coletados visando à geração dos mapas de produtividade. Cada tipo de monitor possui uma estrutura de hardware e software para gravação dos dados. Atualmente, os monitores mais sofisticados se comunicam com antenas instaladas em pontos estratégi- cos da propriedade que retransmitem os dados coletados em tempo real para o escritório, um sistema conhecido como telemetria. 31Agricultura de Precisão na Colheitade Grãos » Esses erros, quando não corrigidos, podem gerar mapas com dados de pro- dutividade com variação de até 20%, o que certamente compromete a qua- lidade da tomada de decisão no gerenciamento do manejo localizado. Tópico 2 Configuração de tempo de retardo Um dado importante de ser analisado para configuração do sistema de monitoramento da co- lheita de grãos é o tempo de retardo. Mas o que é isso? Tempo de retardo Trata-se do intervalo entre o instante que a máqui- na começa a colher até o instante em que está fun- cionando em plenitude, ou seja, quando estabiliza o fluxo de massa colhida que passa pelo sensor de produtividade. Esse dado deve ser inserido no monitor de colheita de modo que o registro inicial de dados se inicie apenas após o tempo de retardo. Esse procedimento tem por finalidade evitar registros de produtividade errôneos, pois quando a colhedora começa a colher, o fluxo de grãos que passa pelo sensor ainda não se estabilizou. Esperar determinado intervalo de tempo até a estabili- zação é necessário porque o fluxo precisa fazer todo o percurso da plataforma de corte até o elevador de canecos, local onde o sensor está instalado. Caso contrário, pode gerar muitas dis- crepâncias nos valores gerais da área. Discrepâncias Diferenças, erros. O tempo de retardo varia conforme os seguintes critérios: Velocidade de trabalho Quanto maior a velocidade, menor o tempo de retardo e vice-versa. 32Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Características da lavoura Lavouras com maior produtividade e mais uniformes têm menor tempo de retardo em rela- ção àquelas com menor produtividade e desuniformes. Em geral, as colhedoras necessitam se deslocar a uma distância de 20 a 40 m para estabilizar o fluxo de grãos limpos colhidos, sendo que o tempo de retardo pode variar de 20 a 30 segundos. Fonte: Senar, 2012. Durante a operação, é importante o operador estar atento a possíveis fatores que podem inter- ferir nos dados coletados, como: • reboleira de plantas daninhas; • manchas causadas pelo ataque de pragas ou doenças, ou então presença de pedras; • tocos; • formigueiros; • falhas no plantio; • buracos etc. 33Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Essas informações devem ser inseridas na tela do monitor, e o local precisa ser georreferen- ciado, visando a uma análise mais detalhada das manchas de produtividade encontradas nos mapas de variabilidade. A seguir, estão descritos os principais procedimentos e informações que devem ser inseridas nos monitores de colheita visando à configuração do sistema de monitoramento durante o processo de colheita. Tópico 3 Exemplo prático de configuração Nesta aula, tomaremos como exemplo o monitor de colheita Harvest Doc GreenStar fabricado pela John Deere. A tela de configuração (setup) do monitor apresenta as informações iniciais de configuração. Saiba Mais Vale destacar que não existe uma rotina de procedimentos padronizados para configurar os monitores de colheita. Essa rotina dependerá do modelo e do fabricante do equipamento, por isso, é muito importante realizar uma leitura atenta do manual e sempre solicitar uma entrega técnica do revendedor. Nessa entrega, serão explicados, no local onde o equipa- mento será utilizado, todos os detalhes e especificações sobre o funcionamento do monitor. 34Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » SETUP Tracking Harvest Doc KeyCard Antena StarFire PAGE 1 Mon. rendimento Config. do sistema Aperte n para usar o monitor ¨ 7 4 1 0 5 2 9 6 3 . 8 CLR PAGE SETUP INFO RUN A B C D E F G Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>. Rastreio (Tracking) Essa opção está relacionada ao monitoramento da máquina de acordo com o seu deslocamento, e necessita de programação específica para o tipo de cartão de memória utilizado. Harvest Doc Apresentação dos dados da colheita. Permite ajustar configurações da plataforma, de rendimen- to e umidade. A partir daqui detalharemos as funcionalidades do monitor de colheita. Keycard Trata da configuração do software do cartão utilizado. Antena StarFire Trata da configuração de comunicação com a antena de receptores de sinais GNSS. Monitoramento de rendimento (yield mapping) 35Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » Permite configurar as formas de coleta de dados para a elaboração dos mapas de produtividade. Configuração do sistema Permite que o usuário realize a configuração da apresentação das informações na tela, por exem- plo, é possível selecionar o código do país, o idioma, a unidade de medida (inglesa ou métrica), a data, a hora e o formato numérico desejado pelo operador. Cada uma dessas configurações pode ser ajustada em grupo (utilizando o código do país) ou individualmente. O monitor de colheita é configurado a partir do caminho SETUP – HARVEST DOC – PAGE 1 e em seguida SETUP >> HARVEST MONITOR. Na sequência, acompanhe como realizar as configurações iniciais, a da plataforma, a de rendi- mento e de umidade. SETUP PAGE 1 7 4 1 0 5 2 9 6 3 . 8 CLR PAGE SETUP INFO RUN A B C D E F G Harv Mon Fazenda: Conf. no Harvest Doc Campo: Conf. no Harvest Doc Cultura: Conf. no Harvest Doc Tipo de Plataforma: Plataforma Calibração Rendimento Umidade Configuração SETUP Alt. Parada Armaz. 50.0% Salv. Em geral, os monitores oferecem a opção e a criação de um novo trabalho antes do início de uma nova jornada, possibili- tando a caracterização dessa atividade. Nesse momento, podem ser inseridas informações como nomes do operador, do trabalho e da fazenda, identificação do talhão e da cultura, tipo de operação e largura da plataforma. O monitor Harvest Doc GreenStar permite que o operador configure os seguintes itens: cliente, fazenda, campo, tarefa, operação, operador, má- quina, plataforma, largura e novos limites. Configurações iniciais Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>. 36Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » SETUP PAGE 1 7 4 1 0 5 2 9 6 3 . 8 CLR PAGE SETUP INFO RUN A B C D E F G Harv Mon Caso o novo trabalho seja idêntico a algum trabalho que já tenha sido salvo na memória do monitor, basta acessá-lo e rei- niciá-lo. Assim, as configurações iniciais são importantes para a caracterização do trabalho a ser realizado. Para acessar a tela onde será realizada essa configuração, clique em SETUP – HARVEST DOC – PAGE 1 e pressione SETUP >> HARVEST DOC. Configurações iniciais Cliente: Fazenda: Campo: Tarefa: Demo JDOffice Sample West Field Corn Harvest Operações Novo Limite Setup Oper: Maq: Plat: Larg: John Deere JD 9650 STS JD 893 6,5 m) SETUP Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf> 37Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » SETUP 7 4 1 0 5 2 9 6 3 . 8 CLR PAGE SETUP INFO RUN A B C D E F G Tipo de Plataforma Para configurar a plataforma de corte, acesse a tela CONFIGU- RAÇÃO – PLATAFORMA e pressione SETUP >> HARVEST MONITOR >> TIPO DE PLATAFORMA. É preciso certificar-se quanto ao tipo de plataforma correto ao alterar a seleção de uma para outra. A seleção da plataforma errada resultará em informações imprecisas. Quando se tratar de uma cultura de milho, nessa tela devem ser inseridos os valores do número de linhas. Nas culturas de soja, arroz, trigo ou feijão, insere-se o valor de largura da plataforma. Configuração da plataforma SETUP Tipo de Plataforma PLATAFORMA Largura Plat. (ft) Alteração Larg. (ft) Harvest Mon 21 5 Fonte: <https://stellarsupport.deere.com/pt_BR/Support/pdf/ompc20513_54_mapa_de_produtividade.pdf>. 38Agricultura de Precisão na Colheita de Grãos » SETUP 7 4 1 0 5 2 9 6 3 . 8 CLR PAGE SETUP INFO RUN A B C D E F G Tipo de Plataforma Uma eventual,
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