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Profa. Tais Fortes UNIDADE II Enfermagem Integrada Sistematização da Assistência de Enfermagem na Atenção Básica A Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é um método de prestação de cuidados da assistência de enfermagem para o alcance dos resultados propostos baseados cientificamente (TANNURE; PINHEIRO, 2013). Organiza a assistência de enfermagem: método, pessoal e instrumentos de trabalho. Instrumento eficaz de gestão do cuidado também em Unidades Básicas de Saúde (UBS). Assistência Primária à Saúde O Ministério da Saúde vem buscando estratégias para adequar os conhecimentos às novas propostas de estruturação da atenção primária. A Política Nacional de Humanização (PNH - HumanizaSUS), é uma proposta que atua a partir de orientações éticas, clínicas e políticas, que se traduzem em arranjos de trabalho. Dentre as estratégias que norteiam esta política, evidencia-se o acolhimento. O acolhimento considera toda a situação da atenção a partir da entrada do usuário no sistema, surgiu a partir das discussões sobre a reorientação da atenção à saúde, direcionando a modificação do modelo tecnoassistencial para além da recepção ao usuário. Política Nacional de Humanização O acolhimento implica uma relação cidadã e humanizada, de escuta qualificada. O desenvolvimento do acolhimento propõe a reorganização dos serviços e caracteriza-se como elemento-chave para promover a ampliação efetiva do acesso à Atenção Básica (AB) e aos demais níveis do sistema. Relaciona-se com o vínculo entre o usuário e o serviço de saúde, buscando a adequação do serviço às necessidades, ambiente e cultura dos usuários, respeitando sua privacidade, favorecendo a qualificação da assistência prestada e agindo positivamente no estado de saúde do indivíduo e da coletividade. Acolhimento A primeira dimensão tem relação com o diálogo, é imprescindível a disponibilidade para uma escuta ativa, qualificada e resolutiva, que acolha o outro e as referências que o orientam. A segunda dimensão do acolhimento se refere à postura, dar uma resposta à demanda do usuário, desde uma orientação verbal ao atendimento clínico propriamente. A terceira dimensão é da reorganização do serviço de saúde, organização interna, o acolhimento/reorganização é enfatizado a partir de um exercício de planejamento, sendo uma gestão colegiada ou uma gestão local autônoma, com apoio técnico-operacional dos níveis regional e central. Acolhimento Atualmente, o PSF (Programa de Saúde da Família) é definido como Estratégia Saúde da Família (ESF), ao invés de programa, visto que o termo programa aponta para uma atividade com início, desenvolvimento e finalização. A ESF é uma estratégia de reorganização da atenção primária e não prevê um tempo para finalizar esta reorganização. A ESF é um modelo que procura reorganizar a assistência de acordo com os preceitos do SUS e com o apoio do Núcleo de Assistência à Saúde da Família, NASF, com proposta de ampliar e aperfeiçoar a atenção e a gestão da saúde na ESF, privilegiando a construção de redes de atenção e cuidado. Estratégia de Saúde da Família Cada equipe de ESF deve ser constituída por no mínimo, médico generalista ou especialista em saúde da família ou médico de família e comunidade, enfermeiro generalista ou especialista em saúde da família, auxiliar ou técnico de enfermagem e agentes comunitários de saúde, podendo acrescentar a esta composição, como parte da equipe multiprofissional, os profissionais de saúde bucal. Estratégia de Saúde da Família O enfermeiro exerce privativamente a direção dos órgãos de enfermagem e integra a estrutura básica de instituições de saúde, pública ou privada, e a chefia de serviço de enfermagem e equipe de enfermagem, coordenando a atuação do auxiliar e do técnico. Atende a saúde dos indivíduos e famílias cadastradas, realizando consulta de enfermagem, procedimentos, atividades em grupo e, conforme protocolos, solicita exames complementares, prescreve medicações e gerencia insumos. Realiza atividades de educação permanente da equipe de enfermagem e população, acompanha as atividades da equipe, de maneira particular do agente comunitário de saúde (ACS). Estratégia de Saúde da Família - Enfermeiro É um conjunto de serviços e equipamentos de saúde, num determinado território geográfico, responsável pela oferta de serviços, acompanhamento de como estão se relacionando, assegurando dessa forma que a ampliação da cobertura em saúde seja acompanhada de uma ampliação da comunicação entre os serviços, para garantir a integralidade da atenção. Cada UBS localizada em grandes centros urbanos e que não adota a ESF deve acolher no máximo 18 mil habitantes. Àquelas com ESF recomenda-se, no máximo, 12 mil habitantes, em que cada equipe deve ser responsável por, no máximo, 4 mil pessoas, sendo a média recomendada de 3 mil pessoas ou menos, quanto maior o grau de vulnerabilidade. Rede de Atenção à Saúde (RAS) Deve ter articulação com outras do território, como a Unidade Básica de Saúde, o núcleo de apoio à Saúde da Família, os Centros de Atenção Psicossocial à Rede de Urgência e outras instituições ligadas ao Sistema Único de Assistência Social (SUAS). Naqueles municípios ou áreas, sem consultórios de rua, o cuidado integral das pessoas nessa situação deve ser de responsabilidade das equipes da UBS e dos NASF do território onde elas estão concentradas. Equipe de Consultório de Rua ESFR: com atividades desenvolvidas em Unidades de Saúde em localidades que a comunidade pertence à área adscrita e o acesso se dá por meio fluvial. ESFF: Para regiões fluviais há as equipes que desenvolvem sua atividade laboral em Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF). A composição de ambas é semelhante à estrutura já discutida anteriormente, sendo que as Equipes de Saúde da Família Ribeirinhas devem contar ainda com um microscopista, para as regiões endêmicas. As Equipes de Saúde da Família Fluviais devem ter um técnico de laboratório e/ou bioquímico, além dos profissionais de saúde bucal. Equipe de Saúde da Família Ribeirinha (ESFR), Equipes de Saúde da Família Fluviais (ESFF) e Unidades Básicas de Saúde Fluviais (UBSF) O Apoio Matricial busca mudar o padrão dominante de responsabilidade nas organizações, tem por objetivo responsabilizar pessoas por pessoas e não por processos, constitui-se na proposta do NASF que se complementa com o processo de trabalho em “equipes de referência” (equipe SF), caracterizada pelas tecnologias leves. Clínica Ampliada se aplica a todos os profissionais que fazem clínica. Amplia a clínica significando ajustar as teorias de cada profissão às necessidades dos usuários. Como o Apoio Matricial, propõe a discussão em equipe de casos clínicos, especialmente os mais complexos, como recurso clínico e gerencial. Apoio Matricial e Clínica Ampliada Tem por objetivo a atenção integral à saúde de crianças, adolescentes e jovens do ensino público básico, nas escolas e Unidades Básicas de Saúde, aplicadas pelas equipes de saúde da Atenção Básica e educação de forma integrada. A avaliação clínica e psicossocial, a promoção e a prevenção, são a primeira parte da promoção da saúde ambiental e do desenvolvimento sustentável, prevenção das violências, da alimentação saudável e de práticas corporais e atividades físicas nas escolas. Propostas de educação para a saúde sexual e reprodutiva, a prevenção ao uso de álcool, tabaco e outras drogas são práticas aplicadas por este programa refeito. Programa Saúde na Escola - PSE Há vários modelos de atenção à saúde. Dentro da proposta do SUS de políticas voltadas às necessidades de cada população. São exemplos de modelos de atenção: a) Equipe de saúde à pessoa carente. b) Equipe de atenção à pessoa sem vínculo. c) Equipe de atenção à saúde animal.d) Equipe de saúde da família. e) Equipe de saúde à comunidade florestal. Interatividade A visita domiciliar (VD) é uma oportunidade diferente de cuidado, visando à promoção da saúde da comunidade com suporte técnico-científico, com ação que se desenvolve em um espaço fora da unidade de saúde. Na prática, o que se observa com maior frequência é a realização da VD para intervir ou minimizar o processo saúde-doença. Permite o cuidado à saúde de forma mais humana, acolhedora, possibilitando o estabelecimento de laços de confiança entre os profissionais e os usuários, a família e a comunidade, ampliando o acesso da população às ações da Saúde no domicílio. Visita domiciliar Em todas as esferas do SUS há possibilidade de implantação das PNH, na atenção básica, com a elaboração de projetos de saúde individuais e coletivos para usuários e sua rede social, considerando as políticas intersetoriais e as necessidades de saúde; incentivando práticas promocionais de saúde; estabelecendo formas de acolhimento e inclusão do usuário que promovam a otimização dos serviços, o fim das filas, a hierarquização de riscos e o acesso aos demais níveis do sistema e ainda o comprometimento com o trabalho em equipe, de modo a aumentar o grau de corresponsabilidade, e com a rede de apoio profissional, visando a maior eficácia na atenção em saúde. Política Nacional de Humanização - PNH A Humanização, como um conjunto de estratégias para alcançar a qualificação da atenção e da gestão em saúde no SUS, com a avaliação dos serviços oferecidos, foi possível identificar prioridades na Política Nacional de Humanização e estabelecer focos que são: Redução de filas e do tempo de espera, com ampliação do acesso; Atendimento acolhedor e resolutivo baseado em critérios de risco; Implantação de modelo de atenção com responsabilização e vínculo; Garantia dos direitos dos usuários; Valorização do trabalho na saúde; Gestão participativa nos serviços. Humanização e Acolhimento Na Urgência e Emergência, no pronto-socorro, no pronto atendimento, na Assistência Pré-Hospitalar e outros para acolher a demanda por meio de critérios de avaliação de risco, garantindo o acesso referenciado aos demais níveis de assistência; Comprometer-se com a referência e a contrarreferência, aumentando a resolução da urgência e emergência; Prover o acesso à estrutura hospitalar e a transferência segura, conforme a necessidade dos usuários; e Definir protocolos clínicos, garantindo a eliminação de intervenções desnecessárias e respeitando as diferenças e as necessidades do sujeito. Acolhimento em urgência e emergência Significa a inclusão de novos atores nos processos de gestão exercida por um conjunto mais ampliado de sujeitos que compõem a organização, assumindo-se que todos são gestores de seus processos de trabalho. A PNH distingue arranjos de cogestão em dois grupos: O primeiro grupo diz respeito à organização do espaço coletivo de gestão com princípio que permita o acordo entre necessidades e interesses de usuários, trabalhadores e gestores; O segundo grupo refere-se aos mecanismos que garantem a participação ativa de usuários e familiares no cotidiano das unidades de saúde, acompanhando o atendimento das prioridades estabelecidas. Gestão Participativa e cogestão Dá visibilidade à experiência dos trabalhadores e estimula sua participação na tomada de decisão, entende que o trabalhador é quem detém mais informação sobre suas necessidade e acreditando na sua capacidade de analisar, definir e qualificar os processos de trabalho. O Programa de Formação em Saúde e Trabalho e a Comunidade Ampliada de Pesquisa segue a proposta da clínica ampliada e oferece possibilidades que tornam possível o diálogo, intervenção e análise do que gera sofrimento e adoecimento, do que fortalece o grupo de trabalhadores e do que propicia os acordos de como agir no serviço de saúde. Valorização do trabalhador A atenção básica caracteriza-se por um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de desenvolver uma atenção integral que impacte na situação de saúde e autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades. A atenção básica ou atenção primária em saúde é conhecida como a "porta de entrada" dos usuários nos sistemas de saúde. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças, diagnóstico precoce, solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de atendimento de maior complexidade. Atenção Básica Pode-se dizer sobre acolhimento que tem o objetivo de: a) Fazer o que o paciente pede. b) Ouvir o paciente passivamente. c) Resolver os problemas do cliente. d) Ouvir o trabalhador e suas queixas. e) Fazer escuta ativa, buscando resolver os problemas apresentados. Interatividade Entre as Políticas propostas, podemos apontar o Hiperdia (Sistema de Gestão Clínica de Hipertensão Arterial e Diabetes Mellitus da Atenção Básica) que se destina ao cadastramento e acompanhamento de portadores de hipertensão arterial e/ou diabetes mellitus atendidos na rede ambulatorial do Sistema Único de Saúde (SUS). Este programa permite gerar informação para aquisição, dispensação e distribuição de medicamentos e insumos de forma regular e sistemática a todos os pacientes cadastrados. Programa de Saúde – Hipertensão e diabetes O Impacto epidemiológico causado pela hipertensão arterial sistêmica (HAS) e o diabetes mellitus (DM), doenças crônicas, apresentam elevado custo para o serviço de saúde e grande repercussão na morbimortalidade, sendo alvo de grandes estudos, investimentos científicos e medidas de adesão ao tratamento. O termo “diabetes mellitus” (DM) refere-se a um transtorno metabólico de etiologias heterogêneas, caracterizado por hiperglicemia e distúrbios no metabolismo de carboidratos, proteínas e gorduras, resultantes de defeitos da secreção e/ou da ação da insulina. Programa de Saúde – Hipertensão e diabetes A falta de adesão ao tratamento e poucas ações de saúde voltadas para o controle da hipertensão arterial são fatores para o aparecimento de complicações em órgãos ricamente vascularizados, denominadas lesões de órgão-alvo. Tanto para HAS e DM, a promoção e prevenção são fundamentais, tendo como alvo as medidas de controle dos fatores ambientais (excesso de peso, sedentarismo, dislipidemia, hipertensão, glicemia prévia alterada). A realização de exercício físico regular e a alimentação saudável são medidas práticas que, mesmo com componente genético, reduzem o aparecimento e as complicações das DCNT (Doenças Crônicas Não Transmissíveis). Programa de Saúde – Hipertensão e diabetes O Hiperdia tem como propostas fundamentais a realização de promoção de saúde, tratamento, educação em saúde, diagnóstico precoce, prevenção e rastreamento das complicações, e comorbidades e estímulo da adesão ao tratamento. Mesmo acompanhado pelo Hiperdia o usuário não tem garantia de manter níveis pressóricos adequados, reforçando a necessidade de um programa articulado com outros serviços de saúde e sociais, e no caso dos portadores de hipertensão e diabetes não é somente distribuindo medicamentos que se garante um controle da doença. Programa de Saúde – Hipertensão e diabetes O cuidado dos pés de diabéticos é complexo, exige colaboração de pacientes e profissionais da saúde, para que se possa identificar precocemente os problemas, e assim evitar o desenvolvimento de complicações. Ressalta-se a importância de ações voltadas para as pessoas portadoras de DM, para a identificação precoce e prevenção das complicações. As feridas em extremidade de membros inferioresconstituem uma complicação frequente e interferem de forma significativa na qualidade de vida do portador. Programa de Saúde – Hipertensão e diabetes Programa Nacional de Controle da Tuberculose A tuberculose ainda se configura como um problema de saúde pública. No mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que em 2014 ocorreram cerca de 9,6 milhões de casos da doença. Desse total, 80% estão concentrados em 22 países, sendo que o Brasil ocupa a 18ª posição nessa classificação. A associação da tuberculose com a infecção pelo HIV e a propagação de cepas resistentes representam desafios adicionais em escala mundial. Programa de Saúde – Tuberculose A OMS declarou a TB uma emergência mundial e passou a recomendar a estratégia DOTS, sigla em inglês que significa Tratamento Diretamente Observado de Curta Duração, como resposta global para o controle da doença. Esta estratégia fundamenta-se em cinco componentes. Diagnosticar e tratar correta e prontamente os casos de TB pulmonar são as principais medidas para o controle da doença, encontrar precocemente o paciente e oferecer o tratamento adequado, interrompendo a cadeia de transmissão da doença. Programa de Saúde – Tuberculose Entre as estratégias, a busca ativa de Sintomáticos Respiratórios – SR como atividade de saúde pública orientada a identificar precocemente pessoas com tosse por tempo igual ou superior a três semanas, consideradas com suspeita de tuberculose pulmonar, visando à descoberta dos casos bacilíferos. A busca ativa do SR deve ser realizada permanentemente por todos os serviços de saúde (níveis primário, secundário e terciário). A vacina BCG é prioritariamente indicada para crianças de 0 a 4 anos, com obrigatoriedade para menores de 1 ano, como dispõe a Portaria nº 452, de 6 de dezembro de 1976, do Ministério da Saúde, e a Portaria nº 3.030, de 28 de outubro de 2010, que institui em todo território nacional os calendários de vacinação do Ministério da Saúde. Programa de Saúde – Tuberculose Relacionados à biossegurança, medidas de proteção individual como o uso de máscaras para atendimento de SR ou pacientes com tuberculose diagnosticada, deve ser feito em locais para a utilização correta, como barreiras físicas que identifiquem a partir de onde as máscaras devem ser usadas e descartadas adequadamente. É necessário treinamento especial para uso das máscaras PFF2 ou N95, uma vez que devem ser perfeitamente adaptadas ao rosto do funcionário. Programa de Saúde – Tuberculose Para os pacientes com tuberculose pulmonar ou SR com potencial de transmissão, o uso de máscaras cirúrgicas é recomendado em áreas onde haja falta de estrutura de ventilação adequada como salas de espera e emergências enquanto aguarda definição do caso, ou deslocamento de pacientes do isolamento para exames ou procedimentos. Programa de Saúde – Tuberculose A resolução do Cofen nº 0567/2018 regulamenta a competência da equipe de enfermagem no cuidado das feridas. De acordo com essa resolução cabe ao enfermeiro capacitado a avaliação e prescrição de coberturas para tratamento das feridas crônicas. Esta resolução determina que cabe ao enfermeiro avaliar, prescrever e executar curativos em todos os tipos de feridas em pacientes sob seus cuidados, além de coordenar e supervisionar a equipe de enfermagem na prevenção e cuidado de pessoas com feridas. Prevenção e tratamento de feridas Entende-se por ferida a interrupção da continuidade de um tecido corpóreo, em maior ou em menor extensão, causada por qualquer tipo de trauma físico, químico ou mecânico. Prevenção e tratamento de feridas A cicatrização é um processo sistêmico, isso significa que depende do organismo como um todo, seu estado nutricional, emocional, psicossocial e ambiental evitando focar-se apenas na ferida, realizando controle rigoroso de doenças de base como HAS e DM. O enfermeiro, ao realizar a avaliação da ferida, deve avaliar todo seu aspecto a fim de decidir qual o melhor tratamento a ser seguido. Considera a área de abrangência e extensão da lesão através de medidas de largura e comprimento para realização de comparação e evolução da ferida. Prevenção e tratamento de feridas Os critérios de eleição de cobertura seguem os princípios de hidratação da ferida, manutenção da integridade da borda da ferida, limpeza da ferida e estimulação dos processos de regeneração seguindo as fases fisiológicas: limpeza da ferida deve ser feita com soro fisiológico 0,9% na temperatura da pele; avaliar se a técnica deve ser estéril ou limpa; manter o leito da ferida úmido; utilizar coberturas que favorecem a cicatrização, mantendo meio úmido; preencher cavidades evitando o acúmulo de líquidos e exsudatos; Prevenção e tratamento de feridas Proteger as bordas da ferida; Ocluir com material hipoalérgico; Desbridar quando necessário, indicando se autolítico ou mecânico; Utilizar cobertura conforme a apresentação do estágio de cicatrização do tecido; Registrar em prontuário o procedimento realizado e a evolução da ferida, com as características da mesma. Tendo como opções de coberturas especiais: Ácidos Graxos Essenciais (AGE), Alginato de Cálcio e Sódio, Carvão ativado com Prata, Colagenase, Hidrogel, Papaína, Placa de Hidro coloide e Bota de Unna. Prevenção e tratamento de feridas São objetivos dos programas de saúde como Hiperdia: a) Reduzir o agravamento da doença. b) Curar a diabetes. c) Curar a hipertensão. d) Diagnosticar a necrose de MMII. e) Fazer os curativos de lesões dos pés de diabéticos. Interatividade O Aedes aegypti é um mosquito diminuto de apenas 7 milímetros, de patas e corpo rajados, mas é capaz de transmitir doenças diferentes, entre elas se destacam a dengue, o zika vírus, a febre amarela e a chikungunya. A doença que se desenvolve depende do vírus que o mosquito carrega. Evidentemente, nem todos os mosquitos dessa espécie estão infectados. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela O mosquito se reproduz velozmente, principalmente nos dias de verão. O ovo é depositado pela fêmea do mosquito nas paredes dos criadouros, próximo à superfície da água. Dos ovos, nascem as larvas e daí para a proliferação é um voo. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela Fonte: https://www.acritica.com/channels/cotidiano/news/especialistas-alertam-que-o-aedes- aegypti-passou-a-ser-uma-ameaca-o-ano-inteiro O vírus da dengue é um arbovírus da família Flaviviridae, gênero Flavivírus, que inclui quatro tipos imunológicos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. O vírus Zika recebeu a mesma denominação do local de origem de sua identificação em 1947, após detecção em macacos sentinelas para monitoramento da febre amarela, na floresta Zika, em Uganda. O arbovírus Chikungunya (CHIKV) recebeu este nome pelo significado "aqueles que se dobram" em swahili, um dos idiomas da Tanzânia. O Vírus da febre amarela é o principal exemplo da família dos flavivírus, e o responsável por seu nome (flavus é amarelo em latim). Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela – Vírus Zika Cerca de 80% das pessoas infectadas pelo vírus Zika não desenvolvem manifestações clínicas. Os principais sintomas são dor de cabeça, febre baixa, dores leves nas articulações, manchas vermelhas na pele, coceira e vermelhidão nos olhos. Sintomas menos frequentes são edema generalizado no corpo, dor de garganta, tosse e vômitos. No geral, a evolução da doença é benigna e os sintomas desaparecem espontaneamente após 3 a 7 dias. A dor nas articulações pode persistir por aproximadamente um mês. Formas graves e atípicas são raras, mas quando ocorrem podem, excepcionalmente, evoluir para óbito. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela – Manifestações Clínicas Chikungunya Os principais sintomas são febre alta de início rápido, dores intensas nas articulações dos pés e mãos, dedos, tornozelos e pulsos. Pode ocorrer ainda dor de cabeça, dores nos músculos e manchas vermelhas na pele. Não é possível ter chikungunya mais de uma vez. Os sintomas iniciam entre dois e doze dias após a picada do mosquito. O mosquito adquire o vírus CHIKV ao picar uma pessoa infectada, durante o período em que o vírus está presente no organismo infectado. Cerca de 30% dos casos não apresentam sintomas. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela – Manifestações Clínicas Dengue Pode ser assintomática, leve ou causar doença grave, levando à morte. Normalmente, a primeira manifestação da dengue é a febre alta (39° a 40°C), de início abrupto, que geralmente dura de 2 a 7 dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira na pele. Perda de peso, náuseas e vômitos são comuns. A forma grave da doença inclui dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, sangramento de mucosas, entre outros sintomas. A imunidade se dá por vírus, ou seja, pode ser adquirida novamente, se o vírus for de outro subtipo. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela – Manifestações Clínicas Febre Amarela Os sintomas incluem o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas, dores no corpo em geral, náuseas e vômitos, fadiga e fraqueza. A maioria das pessoas melhora após estes sintomas iniciais. Cerca de 15% dos pacientes apresentam um breve período de horas a um dia sem sintomas e, então, desenvolvem uma forma mais grave da doença. Em casos graves, a pessoa pode desenvolver febre alta, icterícia, hemorragia (especialmente do trato gastrointestinal) e, eventualmente, choque e insuficiência de múltiplos órgãos. Cerca de 20% a 50% das pessoas que desenvolvem doença grave podem morrer. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela – Manifestações Clínicas Tanto na febre amarela como na dengue, não há transmissão para outra pessoa pelo contato direto ou com suas secreções, nem através da água e nem dos alimentos. O período de incubação após a picada pelo inseto varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias. Em todos os tipos de manifestação é indicada a procura do serviço de saúde para identificar a gravidade das manifestações e minimizar risco de complicações e contágio. A notificação é importante para levantamento epidemiológico e providências relacionadas às medidas de vigilância e prevenção. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela Não existe tratamento específico para dengue, Chikungunya, infecção pelo vírus Zika ou Febre amarela. Os sintomas são tratados com medicação para a febre acetominofen (paracetamol) e as dores articulares (anti-inflamatórios). Não é recomendado usar o ácido acetilsalicílico (AAS) devido ao risco de hemorragia. Recomenda‐se repouso absoluto ao paciente, que deve beber líquidos em abundância. Nas formas graves, o paciente pode ser atendido em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), para reduzir as complicações e o risco de óbito. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela – Tratamento Ainda não existe vacina ou medicamentos contra dengue, zika ou Chikungunya. Portanto, a única forma de prevenção é acabar com o mosquito, mantendo o domicílio sempre limpo, eliminando os possíveis criadouros. Roupas que diminuam a exposição da pele durante o dia, quando os mosquitos são mais ativos, oferecem proteção às picadas e podem ser adotadas principalmente durante surtos. Repelentes e inseticidas também podem ser usados, seguindo as instruções do rótulo. Mosquiteiros proporcionam boa proteção pra aqueles que dormem durante o dia (por exemplo: bebês, pessoas acamadas e trabalhadores noturnos). Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela Contra a febre amarela, o Sistema Único de Saúde oferta vacina para a população. Desde abril de 2017, o Brasil adota o esquema vacinal de uma dose durante toda a vida, seguindo as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS). Toda pessoa que reside em Áreas com Recomendação da Vacina contra febre amarela e pessoas que vão viajar para essas áreas devem se imunizar. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela A constatação de que a infecção pelo vírus durante a gravidez tem relação direta com outra epidemia, a de casos de microcefalia, entre outros comprometimentos da zika congênita. Políticas de combate à dengue, zika, chikungunya e febre amarela As doenças transmitidas pelo Aedes aegypti dependem dos vírus carregados pelo mosquito. a) Dengue pelo arbovírus. b) Zika pelo flavovírus. c) Febre amarela pelo D1 ou D2. d) Chikungunya pelo CHIKV. e) Todas estão corretas. Interatividade ATÉ A PRÓXIMA!
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