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O Pensamento Histórico do Brasil

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Questão 1/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“Na década de 1920 o debate sobre a criação de universidades não se restringia mais a questões estritamente políticas (grau de controle estatal) como no passado, mas ao conceito de universidade e suas funções na sociedade. As funções definidas foram as de abrigar a ciência, os cientistas e promover a pesquisa.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARTINS, A. C. P. Ensino superior no Brasil: da descoberta aos dias atuais. Acta Cirúrgica Brasileira, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 4-6, jan./mar., 2002. p. 4.
Considerando a passagem de texto acima, e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o surgimento das primeiras universidades no Brasil, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB) pode ser considerado um modelo universitário pela sua inspiração no modelo universitário do século XIX.
	
	B
	D. Pedro II foi responsável por implantar no país um projeto de consolidação da pesquisa científica e universitária de ponta nos padrões dos Estados Unidos no século XIX.
	
	C
	As primeiras universidades brasileiras tinham como objetivo manter a centralidade do saber em cursos de prestígio, como Letras e Medicina, tirando o foco da pesquisa específica.
	
	D
	Sérgio Buarque de Holanda foi um grande crítico ao primeiro modelo universitário implantado no Brasil, já que, no campo da história, valorizava a teoria e descuidava do método científico de pesquisa.
	
	E
	Surgidas por volta de 1930, as primeiras universidades representaram um marco na produção do conhecimento brasileiro e, no campo historiográfico representam a especialização da pesquisa histórica.
Você acertou!
Comentário: Conforme o livro-base, O IHGB “[...] não se apropriou do modelo universitário que se impunha no século XIX” (livro-base, p. 184), ou seja, manteve-se fiel a um modelo europeu do século XVIII. Além disso, D. Pedro II reforçou o modelo das academias do século XVIII, já que”[...] essas organizações não constituíam locais de competição; eram, na realidade, espaços de eleitos e escolhidos com base em relações sociais que acabavam criando uma profunda marca elitista (livro-base, p. 184). De acordo com o livro-base, com o surgimento das universidades no Brasil, rompeu-se “[...] o ecletismo de formação que vigorava entre os membros do IHGB – que eram, em sua maioria, bacharéis de Direito, médicos [...]” (livro-base, p. 185). Holanda “[...] saudou a criação das primeiras universidades, considerando-as como um novo espaço que disciplinava os futuros historiadores na perseverança e inquirição metódica (livro-base, p. 185). Conforme destaca o livro-base, as primeiras universidades no Brasil surgiram por volta de 1930 para romper com “[...] a tradição bacharelesca do homem de letras [...] e preparar novos pesquisadores especializados” (livro-base, p. 184-185).
Questão 2/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia o fragmento de texto:
“Na realidade, os membros do IHGB ainda mantinham uma concepção de história como mestra da vida, tal como formulada na História da Guerra do Peloponeso, de Tucídides, e eternizada na expressão latina de Cícero, historia magistra vitae, em sua obra Do Orador.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, R.; LIMA, H.; LIMA, J. Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil. Curitiba: InterSaberes, 2018. p. 69. (grifo do autor).
Considerando o fragmento de texto  e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o papel histórico do IHGB é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	ocorreu um rompimento conceitual do IHGB com a perspectiva historiográfica da Antiguidade.
	
	B
	a história como mestra da vida tinha como função principal valorizar a cultura nacional em detrimento da política.
	
	C
	assim como na historiografia antiga, os membros do IHGB centralizaram seus esforços em retratar guerras.
	
	D
	a história era entendida pelo IHGB como uma série de experiências passadas que poderiam orientar o futuro.
Você acertou!
Comentário: Conforme aponta o elemento-base, os historiadores do IHGB vão manter vínculos com os historiadores da Antiguidade, especialmente Tucídides e Cícero, os dois citados. Além disso, conforme o livro-base “O instituto, então, colocava-se a serviço do Estado e intencionava oferecer conhecimentos precisos e úteis ao Estado” (livro-base, p. 69), o que deixa claro a prioridade política desses historiadores. Eles também valorizavam o passado e a história, na medida em que a consideravam “[...] bagagem fundamental para o homem de Estado” (livro-base, p. 69). A centralidade da pesquisa do IHGB girava em torno da construção da identidade nacional, não de guerras locais. “Para os intelectuais vinculados ao instituto, o conhecimento histórico tinha uma função esclarecedora, que devia apontar caminhos para os que se ocupavam da política. Esse conhecimento, portanto, era considerado uma bagagem fundamental para o homem de Estado. Entendia-se que a história era capaz de fornecer aos homens a prudência e a sabedoria necessárias tanto para evitar antigos erros quanto para repetir acertos do passado. A história era entendida pelos membros do IHGB como um repertório de experiências passadas que podia indicar como fazer as coisas no presente e no futuro (Guimarães, 2011)” (livro-base, p. 69).
	
	E
	os historiadores do IHGB desprezavam o passado e valorizavam o presente, especialmente o campo político.
Questão 3/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“O clima do Brasil geralmente é temperado de bons, delicados e salutíferos ares, donde os homens vivem muito até 90, cento e mais anos [...] a terra é um tanto melancólica, regada de muitas águas, assim de rios caudais, como do céu, e chove muito nela, principalmente no inverno; é cheia de grandes arvoredos que todo o ano são verdes; é terra montuosa, principalmente nas fraldas do mar.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. Rio de Janeiro: J. Leite & Cia, 1925. p. 35.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que o padre Fernão Cardim, o autor do trecho acima:
Nota: 0.0
	
	A
	interpreta a natureza brasileira como um elemento divino e relaciona os nativos com os primeiros habitantes do Jardim do Éden.
	
	B
	elogia o clima, relacionando-o à longevidade da população local e destaca os verdes e a abundância de chuvas.
Comentário: De acordo com o livro-base “[...] A visão do padre (Cardim) constitui o modelo que Roma tinha sobre os índios, o que confirmaria o estereótipo e o lugar-comum do selvagem entre os colonos” (livro-base, p. 42). Assim, percebemos que o padre não considera a humanidade do indígena. Além disso, em momento nenhum o fragmento de texto considera a presença do nativo brasileiro. O fragmento de texto aborda apenas aspectos do clima e da natureza. Cardim elogia o clima, dizendo ser “temperado e de bons ares” e ao representar as características da natureza local destaca seus rios e verdes.
	
	C
	conduz uma leitura que reforça a beleza da natureza e a humanidade do indígena, retirando dele o estereótipo de selvagem.
	
	D
	exagera na sua representação da natureza brasileira, já que as mesmas características climáticas, de fauna e flora existiam na Europa.
	
	E
	Induz os leitores de sua obra a relacionarem a natureza brasileira com o inferno e o nativo com o bestial e selvagem.
Questão 4/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Atente para a citação:
“[Oliveira] Vianna via na ciência da eugenia um caminho para a construção de um tipo legitimamente brasileiro, que pudesse estar no caminho da evolução pela mistura das raças inferiores com as superiores. Vianna acreditavaque as raças inferiores poderiam ser aprimoradas com o cruzamento crescente com a raça ariana.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MAIA, S. K.; ZAMORA, M. H. O Brasil e a lógica racial: do branqueamento à produção de subjetividade do racismo. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 265-286, maio/ago., 2018. p. 278. 
Considerando a citação, que trata da produção de Oliveira Vianna, e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil, é correto afirmar que Vianna:
Nota: 10.0
	
	A
	defendia a segregação entre as raças para evitar a mestiçagem e os cruzamentos que poderiam deteriorar ainda mais a nação.
	
	B
	fundamentava sua historiografia em posições francamente racistas e eugênicas, relegando o negro a uma posição de inferioridade biológica.
Você acertou!
Comentário: Conforme o elemento-base, Vianna defendia o cruzamento entre raças com a finalidade de aprimorar as raças inferiores. De acordo com o livro-base, ele defendia a eugenia “[...] isto é, a teoria do embranquecimento da sociedade brasileira, uma vez que na visão do autor os demais elementos atravancavam o desenvolvimento do país [...]” (livro-base, p. 155), reduzindo assim o negro e o indígena e valorizando o branco europeu. Vianna construiu sua historiografia influenciado pelas teorias científicas do século XIX, nitidamente racistas e eugênicas. Sobre isso ler o livro-base, p. 152.
	
	C
	foi influenciado por uma corrente romântica da histórica, desvinculada de qualquer embasamento pretensamente científico.
	
	D
	discordava da ciência do século XIX, já que propunha um modelo democrático de organização da vida social.
	
	E
	ao defender a mistura das raças valorizava os elementos negros e indígenas, considerados superiores aos demais.
Questão 5/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Atente para a passagem de texto:
“Em Casa Grande & Senzala, o recurso à perversão sexual como fator de estabilidade da estrutura social tem como objetivo explicar a aproximação entre senhores e escravos, brancos e negros, dois grupos divididos por profundas diferenças sociais e culturais.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARCUSI, A. A. Mestiçagem e perversão sexual em Gilberto Freyre e Arthur de Gobineau. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 26, n. 52, p. 275-293, jul./dez., 2013. p. 284. 
Considerando a passagem de texto, que trata da produção de Gilberto Freyre, e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que Freyre:
Nota: 10.0
	
	A
	tem uma abordagem culturalista, inovando ao estudar relações entre senhores e escravos inclusive no âmbito da sexualidade.
Você acertou!
Comentário: Conforme o elemento-base, Freyre reconhece que a relação entre senhores e escravos, negros e brancos era marcada entre outros elementos pela perversão sexual, na qual muitos brancos relacionavam-se com negras e escravas surgindo daí mulatos e mestiços. A sexualidade era entendida também como um elemento que aproximava esses grupos sociais, distanciados pela realidade econômica e de trabalho. O elemento-base também reforça a ideia de Freyre em focar no universo do particular, já que aborda a sexualidade. A obra de Freyre, conforme aponta o livro-base “[...] é inovadora na abordagem culturalista, da vida privada e da sexualidade” (livro-base, p. 160).
	
	B
	entende o mundo colonial marcado pela presença de brancos e negros, dois polos extremos sem nenhuma possibilidade de contato cultural e social.
	
	C
	reconhece a sexualidade como um fator de afastamento cultural, ou seja, um fenômeno que distanciava brancos e negros.
	
	D
	centraliza sua preocupação em aspectos da vida pública, desconsiderando os aspectos da vida privada.
	
	E
	defende a lógica cristã que permeou a colonização enfatizando seu poder de evitar a perversão sexual.
Questão 6/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“A teoria da história tem por objetivo analisar o que sempre foi a base do pensamento histórico em sua versão científica e que, sem a explicitação e a explicação por ela oferecidas, nunca passaria de pressupostos e de fundamentos implícitos.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: os fundamentos da ciência histórica. Brasília: UnB, 2001. p. 14.
Conforme a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil, a historiografia brasileira apresenta algumas fases. Tendo em vista a consolidação da ciência histórica no Brasil, relacione os historiadores abaixo às suas obras e ideias:
1. Sérgio Buarque de Holanda
2. Fernand Braudel
3. Afonso Taunay
( ) Autor do ensaio Raízes do Brasil.
( ) Francês, foi professor da prestigiada École Pratique des Hautes Études.
( ) Autor de História do café no Brasil, obra de 15 volumes.
( ) Desenvolveu o conceito de homem cordial para compreender o comportamento nacional.
( ) Defendia a busca da totalidade histórica por parte da pesquisa historiográfica recorrendo a interdisciplinaridade.
Agora, assinale a alternativa que apresenta a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	1 – 2 – 3 – 1 – 2
Você acertou!
Comentário: A sequência correta é: 1 – 2 – 3 – 1 – 2. Segundo o livro-base: [1] Sérgio Buarque de Holanda: escreveu o “[...] ensaio histórico Raízes do Brasil” (livro-base, p. 162). Sua obra trata do “[...] homem cordial, a própria síntese do comportamento nacional, não necessariamente bondoso, mas passional” (livro-base, p. 163). [2] Fernand Braudel: “[...] Em 1937, ele se tornou professor da École Pratique des Hautes Études, em Paris” (livro-base, p. 192). Além disso, Braudel defendia que os historiadores “[...] precisariam buscar apreender a realidade histórica como um todo [...] o autor orientava os futuros pesquisadores brasileiros a recorrem à interdisciplinaridade” (livro-base, p. 193).  [3] Afonso Taunay: escreveu a obra “[...] entre 1939-1943, publicou também sua famosa obra História do café no Brasil, em 15 volumes” (livro-base, p. 198).
	
	B
	1 – 3 – 2 – 1 – 3
	
	C
	2 – 1 – 3 – 1 – 1
	
	D
	2 – 1 – 3 – 3 – 2
	
	E
	3 – 2 – 1 – 2 – 1
Questão 7/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Atente para a citação:
“Mas, as viagens científicas brasileiras também teriam monumentos para estudar: os obeliscos assentados no Pará, as construções e ruínas provenientes da presença holandesa no Brasil, e mesmo vestígios de civilização, como as estátuas indígenas descobertas na embocadura do rio Negro.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, L. M. Ciência nômade: O 1838 e as viagens científicas no Brasil imperial. História, Ciências, Saúde, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 271-292, abr./jun., 2006. p. 277.
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	o IHGB reconhecia como fontes unicamente documentos orais, desprezando os outros modelos.
	
	B
	a busca do IHGB pelos monumentos nacionais reforçava a perspectiva de história ligada também à prática da arqueologia.
Comentário: O IHGB nasceu buscando se adequar aos padrões da metodologia histórica ligada à escola alemã, quando, no século XIX, a história assumiu seu caráter científico (livro-base, p. 67). Nesse sentido, o documento escrito e registros arqueológicos serão considerados a base para a produção da cientificidade historiográfica (livro-base, p. 68). O IHGB tinha função de “[...] narrar o processo civilizador na formação nacional do Brasil, aproximando o país tropical dos padrões europeus” (livro-base, p. 67), reduzindo as demais culturas e etnias.
	
	C
	A descoberta de monumentos reforçaria os argumentos do IHGB que centralizavam a identidade nacional no indígena.
	
	D
	O IHGB vinculava-seà influência de escolas norte-americanas que exportavam seu modelo cientificista para o mundo.
	
	E
	O cientificismo do IHGB eximia-se de qualquer perspectiva que estivesse ligada a uma escala evolutiva civilizacional.
Questão 8/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia o seguinte fragmento de texto:
“A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de encobrir ou de mostrar suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Pero Vaz. A Carta. http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000292.pdf. Acesso em: 28 maio 2019.
Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre os primeiros documentos históricos do período colonial, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	Os cronistas do século XVI eram apenas portugueses que desembarcaram na costa litorânea do Brasil, como é o caso de Caminha.
	
	B
	Caminha ao escrever sobre as indígenas é movido por uma lógica cristã, representando assim seu assombro com os nativos e o desconhecido.
Comentário: Além de Caminha, outros cronistas de origens variadas como Jean de Léry e Hans Staden escreveram sobre as terras brasileiras (livro-base, p. 30). Caminha faz parte da geração que manteve os primeiros contatos com os nativos, representando assim “[...] o assombro e até certa repugnância para com aquela humanidade que o europeu desconhecia” (livro-base, p. 29). Com representações de “[...] caráter moralizante” (livro-base, p. 29), fica claro que Caminha não está preocupado em entender o universo cultural nativo, mas sim inseri-lo num eixo ideológico cristão e católico.
	
	C
	Caminha apresenta em seu texto uma preocupação em entender a realidade cultural e social dos indígenas locais.
	
	D
	A nudez, apesar de despertar a atenção de Caminha, ganha uma posição secundária, já que seu ambiente de produção era marcadamente antirreligioso.
	
	E
	Caminha reconhece a superioridade racial dos indígenas frente aos portugueses ao descrevê-los como “bem feitos”.
Questão 9/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“Martius deixa claro que seu trabalho não se resume a um mero estudo etnográfico sobre povos exóticos, mas se reveste de séria importância para o futuro de um nascente império. Mescla de naturalista, etnógrafo e historiador (e, desta forma, autorizado profeta), ele pensa que a população autóctone faz parte de uma raça que desaparecerá.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ODA, A. M. Da enfermidade chamada banzo: excertos de Sigaud e de von Martius (1844). Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 762-778, dez., 2008. p. 767. 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre a construção historiográfica no século XIX e as ideias de Von Martius, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Sua perspectiva científica desvincula-se das matrizes europeias, sendo von Martius um pesquisador independente.
	
	B
	Von Martius, estudioso de caráter multidisciplinar, priorizava o estudo das três principais raças brasileiras.
Você acertou!
COMENTÁRIO: De acordo com o livro-base, von Martius acreditava que “[...] a história do Brasil deveria ser escrita a partir do exame da confluência das três principais raças que formavam a população brasileira” (livro-base, p. 71). O elemento-base da questão aponta para o caráter multidisciplinar de von Martius ao destacar seu papel de naturalista, etnógrafo e historiador, não se restringindo à botânica. Além disso, ele “[...] compartilhava uma série de ideias comuns da ciência daquela época” (livro-base, p. 71), vinculando-se ao cientificismo europeu. Von Martius também fez incursões pelo interior do Brasil, junto com outros cientistas alemães. Além disso, considerava o português e não o indígena como alavanca da civilização brasileira (livro-base, p. 72).
	
	C
	As proposições de von Martius apresentam limitações práticas, já que suas pesquisas ficaram restritas ao litoral.
	
	D
	Von Martius considerava o elemento indígena a alavanca necessária para o desenvolvimento histórico nacional.
	
	E
	Ao limitar-se em estudar botânica, a contribuição de von Martius restringiu-se apenas ao campo da flora e fauna.
Questão 10/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Considere a seguinte citação:
“[...] o conhecimento histórico brasileiro se produziu e se produz em diferentes suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, monografias, teses, artigos, aulas, conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos de fazer e funções sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo do tempo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, R.; LIMA, H.; LIMA, J. Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil. Curitiba: InterSaberes, 2018. p. 14.
Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o contexto da produção do conhecimento histórico brasileiro, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A produção historiográfica brasileira limita-se ao conhecimento produzido no âmbito acadêmico e universitário.
	
	B
	A função social do conhecimento histórico brasileiro restringe-se à manutenção do poder político, sem questioná-lo.
	
	C
	Crônicas e romances do período colonial não são fontes históricas nem são consideradas produções de conhecimento histórico.
	
	D
	O conhecimento histórico produzido no Brasil vincula-se exclusivamente aos períodos colonial e imperial.
	
	E
	O conhecimento histórico brasileiro abriga uma série de documentos, variando de acordo com os contextos históricos e os modos de produzir e escrever história.
Você acertou!
Comentário: A citação considera uma gama de fontes como conhecimento histórico brasileiro, desde o período colonial até a contemporaneidade. “Além disso, o conhecimento histórico brasileiro se produziu e se produz em diferentes suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, monografias, teses, artigos, aulas, conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos de fazer e funções sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo do tempo. Considerando, portanto, a necessária seletividade e a inevitável parcialidade de escolhas, caminhos e abordagens, apresentar uma breve história da historiografia brasileira é um grande desafio, porém, como já mencionamos, gratificante, na medida em que nos coloca — professores, estudantes e interessados — em contato com os principais historiadores e com uma grande riqueza de concepções, métodos e abordagens, que mostram a pluralidade de interpretações possíveis”. (livro-base, p. 14).
Questão 1/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia o fragmento de texto:
“E por que Vossa Alteza sabe quanto serviço de Deus e de d’el-Rei nosso senhor seja esta denunciação, determinei coligi-la com deliberação de a oferecer a Vossa Alteza a quem humildemente peço me receba, e com tamanha mercê ficarei satisfeito rogando a nosso Senhor lhe dê prósperos e larguíssimos anos de vida, e deixe permanecer seu real estado em perpétua felicidade. Amém”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GANDAVO, P.M. Tratado da Terra do Brasil: a história da província Santa Cruz, a que vulgarmente chamamos Brasil. Brasília: Editora do Senado Federal, 2008. p. 28.
Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que o autor do trecho acima, Gandavo:
Nota: 10.0
	
	A
	serve à monarquia, exaltando pessoas e eventosmarcantes, no caso o rei português e a conquista do território brasileiro.
Você acertou!
Comentário: Gandavo escreve no século XVI quando “[...] buscava legitimar a autoridade, o senhorio e o direito à propriedade sobre as terras, rios, animais, vegetais [...] como louvor da cristandade portuguesa” (livro-base, p. 34), ou seja, valorizava o catolicismo e a autoridade da monarquia. Além disso, ao usar uma linguagem com honrarias ao rei de Portugal, Gandavo se preocupa em exaltar “[...] pessoas, elevando-as em caráter, em honras e, em eventos marcantes, sobretudo a fama do monarca, dos homens de armas e de seus vassalos” (livro-base, p. 33,34). Isso pressupunha considerar os índios “sem pudores e loucos” (livro-base, p. 34).
	
	B
	usa sua escrita para defender os nativos que viviam no território e critica as ações da Coroa portuguesa no século XVI.
	
	C
	desvirtua-se da perspectiva católica e mantém uma escrita com função exclusivamente colonizadora.
	
	D
	escreve com preocupações científicas e apresenta soluções para problemas que a Coroa enfrentava no século XIX.
	
	E
	confirma a supremacia da monarquia portuguesa sobre o território brasileiro, excluindo os elementos religiosos e católicos.
Questão 2/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Atente para a citação:
“[Oliveira] Vianna via na ciência da eugenia um caminho para a construção de um tipo legitimamente brasileiro, que pudesse estar no caminho da evolução pela mistura das raças inferiores com as superiores. Vianna acreditava que as raças inferiores poderiam ser aprimoradas com o cruzamento crescente com a raça ariana.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MAIA, S. K.; ZAMORA, M. H. O Brasil e a lógica racial: do branqueamento à produção de subjetividade do racismo. Psicologia Clínica, Rio de Janeiro, v. 30, n. 2, p. 265-286, maio/ago., 2018. p. 278. 
Considerando a citação, que trata da produção de Oliveira Vianna, e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil, é correto afirmar que Vianna:
Nota: 10.0
	
	A
	defendia a segregação entre as raças para evitar a mestiçagem e os cruzamentos que poderiam deteriorar ainda mais a nação.
	
	B
	fundamentava sua historiografia em posições francamente racistas e eugênicas, relegando o negro a uma posição de inferioridade biológica.
Você acertou!
Comentário: Conforme o elemento-base, Vianna defendia o cruzamento entre raças com a finalidade de aprimorar as raças inferiores. De acordo com o livro-base, ele defendia a eugenia “[...] isto é, a teoria do embranquecimento da sociedade brasileira, uma vez que na visão do autor os demais elementos atravancavam o desenvolvimento do país [...]” (livro-base, p. 155), reduzindo assim o negro e o indígena e valorizando o branco europeu. Vianna construiu sua historiografia influenciado pelas teorias científicas do século XIX, nitidamente racistas e eugênicas. Sobre isso ler o livro-base, p. 152.
	
	C
	foi influenciado por uma corrente romântica da histórica, desvinculada de qualquer embasamento pretensamente científico.
	
	D
	discordava da ciência do século XIX, já que propunha um modelo democrático de organização da vida social.
	
	E
	ao defender a mistura das raças valorizava os elementos negros e indígenas, considerados superiores aos demais.
Questão 3/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Atente para a citação:
“Mas, as viagens científicas brasileiras também teriam monumentos para estudar: os obeliscos assentados no Pará, as construções e ruínas provenientes da presença holandesa no Brasil, e mesmo vestígios de civilização, como as estátuas indígenas descobertas na embocadura do rio Negro.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, L. M. Ciência nômade: O IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial. História, Ciências, Saúde, Rio de Janeiro, v. 13, n. 2, p. 271-292, abr./jun., 2006. p. 277.
Considerando a citação e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	o IHGB reconhecia como fontes unicamente documentos orais, desprezando os outros modelos.
	
	B
	a busca do IHGB pelos monumentos nacionais reforçava a perspectiva de história ligada também à prática da arqueologia.
Você acertou!
Comentário: O IHGB nasceu buscando se adequar aos padrões da metodologia histórica ligada à escola alemã, quando, no século XIX, a história assumiu seu caráter científico (livro-base, p. 67). Nesse sentido, o documento escrito e registros arqueológicos serão considerados a base para a produção da cientificidade historiográfica (livro-base, p. 68). O IHGB tinha função de “[...] narrar o processo civilizador na formação nacional do Brasil, aproximando o país tropical dos padrões europeus” (livro-base, p. 67), reduzindo as demais culturas e etnias.
	
	C
	A descoberta de monumentos reforçaria os argumentos do IHGB que centralizavam a identidade nacional no indígena.
	
	D
	O IHGB vinculava-se à influência de escolas norte-americanas que exportavam seu modelo cientificista para o mundo.
	
	E
	O cientificismo do IHGB eximia-se de qualquer perspectiva que estivesse ligada a uma escala evolutiva civilizacional.
Questão 4/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“O Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB) nasceu, em 1838, da aspiração de uma entidade que refletisse a nação brasileira que, não muito antes, conquistara a sua Independência. [...] Contou com o patronato do imperador D. Pedro II, a quem foi dado o título de Protetor, o qual incentivou e financiou pesquisas, fez doações valiosas, cedeu sala no Paço Imperial para sede do Instituto, em seus passos iniciais [...].”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: IHGB. Histórico. https://www.ihgb.org.br/ihgb/historico.html. Acesso em: 28 maio 2019.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o IHGB, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	boa parte dos fundadores do IHGB fazia oposição ao regime imperial, criticando principalmente a figura do imperador.
	
	B
	o conhecimento histórico construído pelo IHGB comprometeu-se com um modelo republicano de poder.
	
	C
	a historiografia nacional vinculada ao IHGB emergiu num contexto histórico de criação da identidade nacional.
Você acertou!
Comentário: De acordo com o livro-base a criação do IHGB foi uma das medidas para “[...] consolidar a união e a autonomia do império brasileiro” (livro-base, p. 65). Com isso, é nítido os vínculos do Instituto com o Estado brasileiro. Além disso, a grande maioria dos membros do IHGB eram fiéis a “casa de Bragança” (livro-base, p. 66) o que reforça o modelo monárquico de poder defendido pelos primeiros historiadores. O contexto histórico da primeira metade do século XIX foi marcado por uma série de conflitos regionais, especialmente durante o período regencial: “ Dessa forma, os membros do IHGB faziam parte de uma elite política a serviço do imperador. Para eles, princípios como o fortalecimento do Estado e a unidade nacional constituíam valores políticos fundamentais. A formação de um instituto histórico e geográfico era, portanto, entendida como um ato de patriotismo. A veneração da nação era o leitmotiv da criação do IHGB, e a história era vista como a principal ferramenta para destacar as virtudes e honras da pátria brasileira. O objetivo primordial do instituto era ajudar a fortalecer o Estado monarquista e constitucional naquele momento de intensas” (livro-base, p. 66-67).
	
	D
	o contexto histórico de emergência do IHGB foi marcado pela pacificação política, econômica e social.
	
	E
	apesar das contribuições do imperador D. Pedro II, o IHGB não construiu vínculos com o Estado em formação.
Questão 5/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:“Os projetos de colonização do interior, até então, esbarravam, no IHGB, no consenso axiomático de que o indígena era um ente degenerado. Como fundar um contrato social com seres degenerados, como interiorizar a civilização contornando-se as ‘ruínas de povos’, como trazer à ‘comunhão brasileira’ tantos ‘inimigos internos’?”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FERREIRA, L. M. Ciência nômade: O IHGB e as viagens científicas no Brasil imperial. História, Ciências, Saúde, Manguinhos, v. 13, n. 2, p. 271-292, abr./jun., 2006. p. 282.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o trabalho coletivo do IHGB, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	incorporou o nativo como símbolo da nação, no contexto de construção da identidade nacional.
	
	B
	reconheceu a inferioridade do indígena e condenou a consolidação do projeto europeu de civilização.
	
	C
	considerou o indígena como mais uma etnia digna de cidadania, junto com escravos africanos e imigrantes europeus.
	
	D
	defendeu etnias do interior e condenou etnias do litoral, respeitando, contudo, suas particularidades religiosas.
	
	E
	construiu um discurso histórico de redução da humanidade indígena e, paralelamente, exaltação dos padrões europeus.
Você acertou!
Comentário: De acordo com o livro-base o IHGB tinha função de “[...] narrar o processo civilizador na formação nacional do Brasil, aproximando o país tropical dos padrões europeus” (livro-base, p. 67). O trecho do texto citado no elemento-base afirma que o IHGB considera o indígena como um empecilho (“seres degenerados”) para esse processo civilizatório, portanto, não podendo ser símbolo da nação. Ainda de acordo com o livro-base, o IHGB interpretava que “[...] a história era a principal ferramenta para destacar as virtudes e honras da pátria brasileira” (livro-base, p. 66), excluindo-se desse processo grupos que não fossem ligados a elite monárquica, incluindo escravos, indígenas e imigrantes.
Questão 6/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Considere a seguinte citação:
“[...] o conhecimento histórico brasileiro se produziu e se produz em diferentes suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, monografias, teses, artigos, aulas, conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos de fazer e funções sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo do tempo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARVALHO, R.; LIMA, H.; LIMA, J. Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil. Curitiba: InterSaberes, 2018. p. 14.
Considerando estas informações e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o contexto da produção do conhecimento histórico brasileiro, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	A produção historiográfica brasileira limita-se ao conhecimento produzido no âmbito acadêmico e universitário.
	
	B
	A função social do conhecimento histórico brasileiro restringe-se à manutenção do poder político, sem questioná-lo.
	
	C
	Crônicas e romances do período colonial não são fontes históricas nem são consideradas produções de conhecimento histórico.
	
	D
	O conhecimento histórico produzido no Brasil vincula-se exclusivamente aos períodos colonial e imperial.
	
	E
	O conhecimento histórico brasileiro abriga uma série de documentos, variando de acordo com os contextos históricos e os modos de produzir e escrever história.
Você acertou!
Comentário: A citação considera uma gama de fontes como conhecimento histórico brasileiro, desde o período colonial até a contemporaneidade. “Além disso, o conhecimento histórico brasileiro se produziu e se produz em diferentes suportes: crônicas, tratados, romances, ensaios, monografias, teses, artigos, aulas, conferências etc., atravessando diferentes paradigmas, modos de fazer e funções sociais, que se alteram em função dos diversos contextos surgidos ao longo do tempo. Considerando, portanto, a necessária seletividade e a inevitável parcialidade de escolhas, caminhos e abordagens, apresentar uma breve história da historiografia brasileira é um grande desafio, porém, como já mencionamos, gratificante, na medida em que nos coloca — professores, estudantes e interessados — em contato com os principais historiadores e com uma grande riqueza de concepções, métodos e abordagens, que mostram a pluralidade de interpretações possíveis”. (livro-base, p. 14).
Questão 7/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“Na década de 1920 o debate sobre a criação de universidades não se restringia mais a questões estritamente políticas (grau de controle estatal) como no passado, mas ao conceito de universidade e suas funções na sociedade. As funções definidas foram as de abrigar a ciência, os cientistas e promover a pesquisa.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARTINS, A. C. P. Ensino superior no Brasil: da descoberta aos dias atuais. Acta Cirúrgica Brasileira, São Paulo, v. 17, n. 3, p. 4-6, jan./mar., 2002. p. 4.
Considerando a passagem de texto acima, e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre o surgimento das primeiras universidades no Brasil, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	O Instituto Histórico e Geográfico do Brasil (IHGB) pode ser considerado um modelo universitário pela sua inspiração no modelo universitário do século XIX.
	
	B
	D. Pedro II foi responsável por implantar no país um projeto de consolidação da pesquisa científica e universitária de ponta nos padrões dos Estados Unidos no século XIX.
	
	C
	As primeiras universidades brasileiras tinham como objetivo manter a centralidade do saber em cursos de prestígio, como Letras e Medicina, tirando o foco da pesquisa específica.
	
	D
	Sérgio Buarque de Holanda foi um grande crítico ao primeiro modelo universitário implantado no Brasil, já que, no campo da história, valorizava a teoria e descuidava do método científico de pesquisa.
	
	E
	Surgidas por volta de 1930, as primeiras universidades representaram um marco na produção do conhecimento brasileiro e, no campo historiográfico representam a especialização da pesquisa histórica.
Você acertou!
Comentário: Conforme o livro-base, O IHGB “[...] não se apropriou do modelo universitário que se impunha no século XIX” (livro-base, p. 184), ou seja, manteve-se fiel a um modelo europeu do século XVIII. Além disso, D. Pedro II reforçou o modelo das academias do século XVIII, já que”[...] essas organizações não constituíam locais de competição; eram, na realidade, espaços de eleitos e escolhidos com base em relações sociais que acabavam criando uma profunda marca elitista (livro-base, p. 184). De acordo com o livro-base, com o surgimento das universidades no Brasil, rompeu-se “[...] o ecletismo de formação que vigorava entre os membros do IHGB – que eram, em sua maioria, bacharéis de Direito, médicos [...]” (livro-base, p. 185). Holanda “[...] saudou a criação das primeiras universidades, considerando-as como um novo espaço que disciplinava os futuros historiadores na perseverança e inquirição metódica (livro-base, p. 185). Conforme destaca o livro-base, as primeiras universidades no Brasil surgiram por volta de 1930 para romper com “[...] a tradição bacharelesca do homem de letras [...] e preparar novos pesquisadores especializados” (livro-base, p. 184-185).
Questão 8/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“Martius deixa claro que seu trabalho não se resume a um mero estudo etnográfico sobre povos exóticos, mas se reveste de séria importância para o futuro de um nascente império. Mescla de naturalista, etnógrafo e historiador (e, desta forma, autorizado profeta), ele pensa que a população autóctone faz parte de uma raça que desaparecerá.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente,ele está disponível em: ODA, A. M. Da enfermidade chamada banzo: excertos de Sigaud e de von Martius (1844). Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, São Paulo, v. 11, n. 4, p. 762-778, dez., 2008. p. 767. 
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil sobre a construção historiográfica no século XIX e as ideias de Von Martius, assinale a alternativa correta:
Nota: 10.0
	
	A
	Sua perspectiva científica desvincula-se das matrizes europeias, sendo von Martius um pesquisador independente.
	
	B
	Von Martius, estudioso de caráter multidisciplinar, priorizava o estudo das três principais raças brasileiras.
Você acertou!
COMENTÁRIO: De acordo com o livro-base, von Martius acreditava que “[...] a história do Brasil deveria ser escrita a partir do exame da confluência das três principais raças que formavam a população brasileira” (livro-base, p. 71). O elemento-base da questão aponta para o caráter multidisciplinar de von Martius ao destacar seu papel de naturalista, etnógrafo e historiador, não se restringindo à botânica. Além disso, ele “[...] compartilhava uma série de ideias comuns da ciência daquela época” (livro-base, p. 71), vinculando-se ao cientificismo europeu. Von Martius também fez incursões pelo interior do Brasil, junto com outros cientistas alemães. Além disso, considerava o português e não o indígena como alavanca da civilização brasileira (livro-base, p. 72).
	
	C
	As proposições de von Martius apresentam limitações práticas, já que suas pesquisas ficaram restritas ao litoral.
	
	D
	Von Martius considerava o elemento indígena a alavanca necessária para o desenvolvimento histórico nacional.
	
	E
	Ao limitar-se em estudar botânica, a contribuição de von Martius restringiu-se apenas ao campo da flora e fauna.
Questão 9/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Leia a passagem de texto:
“O clima do Brasil geralmente é temperado de bons, delicados e salutíferos ares, donde os homens vivem muito até 90, cento e mais anos [...] a terra é um tanto melancólica, regada de muitas águas, assim de rios caudais, como do céu, e chove muito nela, principalmente no inverno; é cheia de grandes arvoredos que todo o ano são verdes; é terra montuosa, principalmente nas fraldas do mar.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARDIM, Fernão. Tratados da terra e gente do Brasil. Rio de Janeiro: J. Leite & Cia, 1925. p. 35.
Considerando a passagem de texto e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que o padre Fernão Cardim, o autor do trecho acima:
Nota: 10.0
	
	A
	interpreta a natureza brasileira como um elemento divino e relaciona os nativos com os primeiros habitantes do Jardim do Éden.
	
	B
	elogia o clima, relacionando-o à longevidade da população local e destaca os verdes e a abundância de chuvas.
Você acertou!
Comentário: De acordo com o livro-base “[...] A visão do padre (Cardim) constitui o modelo que Roma tinha sobre os índios, o que confirmaria o estereótipo e o lugar-comum do selvagem entre os colonos” (livro-base, p. 42). Assim, percebemos que o padre não considera a humanidade do indígena. Além disso, em momento nenhum o fragmento de texto considera a presença do nativo brasileiro. O fragmento de texto aborda apenas aspectos do clima e da natureza. Cardim elogia o clima, dizendo ser “temperado e de bons ares” e ao representar as características da natureza local destaca seus rios e verdes.
	
	C
	conduz uma leitura que reforça a beleza da natureza e a humanidade do indígena, retirando dele o estereótipo de selvagem.
	
	D
	exagera na sua representação da natureza brasileira, já que as mesmas características climáticas, de fauna e flora existiam na Europa.
	
	E
	Induz os leitores de sua obra a relacionarem a natureza brasileira com o inferno e o nativo com o bestial e selvagem.
Questão 10/10 - O Pensamento Histórico do Brasil
Atente para a passagem de texto:
“Em Casa Grande & Senzala, o recurso à perversão sexual como fator de estabilidade da estrutura social tem como objetivo explicar a aproximação entre senhores e escravos, brancos e negros, dois grupos divididos por profundas diferenças sociais e culturais.”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MARCUSI, A. A. Mestiçagem e perversão sexual em Gilberto Freyre e Arthur de Gobineau. Estudos Históricos, Rio de Janeiro, v. 26, n. 52, p. 275-293, jul./dez., 2013. p. 284. 
Considerando a passagem de texto, que trata da produção de Gilberto Freyre, e os conteúdos do livro-base Historiografia brasileira: uma breve história da história no Brasil é correto afirmar que Freyre:
Nota: 10.0
	
	A
	tem uma abordagem culturalista, inovando ao estudar relações entre senhores e escravos inclusive no âmbito da sexualidade.
Você acertou!
Comentário: Conforme o elemento-base, Freyre reconhece que a relação entre senhores e escravos, negros e brancos era marcada entre outros elementos pela perversão sexual, na qual muitos brancos relacionavam-se com negras e escravas surgindo daí mulatos e mestiços. A sexualidade era entendida também como um elemento que aproximava esses grupos sociais, distanciados pela realidade econômica e de trabalho. O elemento-base também reforça a ideia de Freyre em focar no universo do particular, já que aborda a sexualidade. A obra de Freyre, conforme aponta o livro-base “[...] é inovadora na abordagem culturalista, da vida privada e da sexualidade” (livro-base, p. 160).
	
	B
	entende o mundo colonial marcado pela presença de brancos e negros, dois polos extremos sem nenhuma possibilidade de contato cultural e social.
	
	C
	reconhece a sexualidade como um fator de afastamento cultural, ou seja, um fenômeno que distanciava brancos e negros.
	
	D
	centraliza sua preocupação em aspectos da vida pública, desconsiderando os aspectos da vida privada.
	
	E
	defende a lógica cristã que permeou a colonização enfatizando seu poder de evitar a perversão sexual.

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