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resumo das diatomáceas

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Resumo do artigo: DIATOMÁCEAS, O QUE SÃO? 
 
As diatomáceas surgiram provavelmente no início do Triássico como 
resposta à disponibilização de diversos nichos ecológicos após a grande 
Extinção Permo-Triássica. Os primeiros fósseis de diatomáceas, que 
correspondem às primeiras formas silicificadas, surgem em depósitos do 
Jurássico e com grande diversificação ao longo do registo fóssil posterior. 
 Todas as diatomáceas pertencem à classe Bacillariophyta, embora 
alguns biólogos contestem sua classificação precisa. Como regra geral, 
elas são considerados protistas. 
 
Elas são algas eucarióticas unicelulares ou seja, fabricam seus próprios 
alimentos da mesma forma que as plantas, são microscópicas, 
unicelulares ou coloniais que podem ser encontrados em ambientes em 
água doce, úmidos e aquáticos ou até mesmo na superfície da pele de 
uma baleia, em qualquer lugar onde haja água. 
 
Diatomáceas têm fascinado as pessoas desde a invenção do microscópio. 
São denominadas geralmente como algas que vivem em ‘casinhas de 
vidro’. Os únicos organismos conhecidos na natureza dotados de paredes 
celulares transparentes compostas de sílica opalina. Na maioria dos 
casos a identificação de uma diatomácea é feita observando-se a face 
valvar por apresentar um maior número de feições morfológicas, no 
entanto em algumas espécies como Rhizosolenia e Chaetoceros, a 
observação da cintura oferece uma perspectiva mais proveitosa. 
 
Elas são um grupo importante de algas e formam uma das formas mais 
comuns de fitoplâncton e se juntam à miríade de organismos que flutuam 
nas correntes nas camadas superiores do oceano e lagos. Suportam 
grandes variações de temperatura, assim como diferentes valores de pH. 
O movimento nas diatomáceas ocorre principalmente de forma passiva 
como resultado das correntes de água induzidas pelas diferenças de 
temperatura e densidade e pelas correntes de turbulência induzidas pelo 
vento. No entanto, os gâmetas masculinos de diatomáceas cêntricas 
(Centrales) apresentam flagelos, permitindo movimentos activos na busca 
de gâmetas femininos. 
A principal característica morfológica das diatomáceas é a parede celular 
impregnada de sílica, envolvida por uma fina camada de matéria orgânica, 
conhecida como FRÚSTULA, sempre dividida em duas unidades 
chamadas TECAS, que se sobrepõem e se encaixam como as partes de 
uma placa de Petri. A teca maior (ou superior) é designada por epiteca 
(ou epivalva), a menor (ou inferior) é designada por hipoteca (ou 
hipovalva) . As valvas são localizadas nas extremidades da célula e se 
unem por várias unidades silíceas delicadas, as bandas do cíngulo. Cada 
valva é composta por superfície e manto. Uma variedade de estruturas e 
projeções ornamentam as frústulas, as quais são a base da taxonomia 
das diatomáceas. 
 A frústula pode possuir ornamentações diversas, entre as quais os 
poros, que estão arranjados em padrões diferentes entre as espécies, não 
contendo sílica nessas regiões. A frústula aparece delicadamente 
ornamentada com relevos que formam desenhos variados e 
perfeitamente simétricos, dando lugar a dois tipos de diatomáceas, as que 
apresentam simetria radial e a que apresentam de simetria lateral. De 
acordo com a simetria corporal, podem ser definidos dois grupos: as 
diatomáceas penadas (simetria bilateral ou Pennales) e as diatomáceas 
cêntricas (simetria radial ou Centrales). 
 
As frústulas das diatomáceas, por terem densidade superior, sedimentam 
em meio aquático (marinho e outros) por gravidade quando o organismo 
morre e a célula é digerida, dando origem, quando em grandes 
quantidades, a rochas sedimentares como as diatomites e moronites. 
Vistas ao microscópio, as diatomáceas mostram uma grande variedade 
de formas com muitos padrões interessantes e bonitos. Suas formas e 
estruturas são geralmente bastante regulares e simétricas, e esses 
recursos são usados para identificá-los e classificá-los. 
 
 Dois grandes grupos de diatomáceas podem ser reconhecidos pela sua 
simetria: Diatomáceas cêntricas: possuem simetria radial, cuja proporção 
superfície/volume é maior que as penadas e, por isso, flutuam com maior 
facilidade, se tornando abundantes em ambientes marinhos e lagos. 
 E o outro grupo são Diatomáceas penadas: possuem simetria bilateral. 
Algumas diatomáceas apresentam uma fenda longitudinal sobre a frústula 
designadas como rafes, que secretam mucilagem e servem para aderir a 
substratos. 
 
As diatomáceas são quase sempre autotróficas e possui em seu 
cloroplasto as clorofilas a e c o pigmento fucoxantina. Como nas algas 
douradas, o carboidrato de reserva das bacilariófitas é a crisolaminarina. 
Diatomáceas penadas possuem dois cloroplastos, enquanto que as 
cêntricas apresentam vários. A maioria das espécies é autótrofa, com 
algumas obrigatórias; existem aquelas heterótrofas que fagocitam 
material orgânico dissolvido. 
 
Além dos SITs, a morfologia das diatomáceas é controlada por diversas 
proteínas necessárias para a deposição de sílica: frustulinas, silafinas, 
silacidinas, pleuralinas e cingulinas, abrangendo moléculas que 
funcionam como suporte na formação da parede celular, como por 
exemplo, poliaminas de cadeia longa e também quitina. 
 
O ciclo de vida delas: 
Reprodução assexuada 
Ocorre por divisão celular (divisão binária) com separação das frústulas 
para as células-filhas que reduzem o tamanho e reconstitui a outra valva. 
Após uma série de divisões celulares, as diatomáceas podem reduzir o 
tamanho em níveis críticos e, então, pode ocorrer intervenção da 
reprodução sexuada com a formação do zigoto e o tamanho do organismo 
se reestabelece. Em outros casos a reprodução sexuada é influenciada 
por mudanças do ambiente físico. 
 
Reprodução sexuada 
Em diatomáceas cêntricas há fecundação oogâmica, onde um dos 
gametas é maior e imóvel e o outro menor e flagelado. Enquanto que em 
diatomáceas penadas podem ocorrer fecundação isogâmica, quando os 
gametas são iguais e neste caso ambos são flagelados. 
Na reprodução assexuada, as células adultas (2n) dividem-se, formando 
duas células-filhas. Cada uma destas herda da célula-mãe uma teca e a 
outra teca é formada durante o processo de divisão celular. A teca 
herdada da célula-mãe sempre será a epiteca, enquanto a teca formada 
no processo de divisão será a hipoteca. Consequentemente, a célula-filha 
que herdou a epiteca da célula-mãe possuirá o mesmo tamanho da 
original, mas a outra sofrerá redução de tamanho, em relação à primeira. 
 
Mortalidade delas: 
 
São as maiores contribuintes dos florescimentos do fitoplâncton 
considerando-se que sua razão de mortalidade é mais baixa dentre outros 
grupos com a mesma razão de crescimento, tornando-as peças centrais 
nos ecossistemas aquáticos, da mesma forma com relação ao ciclo do 
carbono global. Mas, quando há mortalidade delas, pode ser devido à 
ausência de flagelos. As diatomáceas apresentam uma motilidade que é 
produzida pela excreção de mucilagem, produzida no citoplasma e 
libertada através das ornamentações corporais. Motilidade é uma 
estratégia ecológica importante para as diatomáceas perifíticas que, com 
limitada dispersão, podem buscar microhabitats com melhores condições 
para o crescimento, especialmente de luz e de nutrientes. 
 
Rafe: ‘organela’ que promove a movimentação das diatomáceas penadas. 
Estudos histoquímicos e demicroscopia eletrônica de transmissão (MET) 
concluíram que os movimentos resultaram da secreção de 
mucopolissacarídeos por estruturas denominadas de processos labiais. 
No deslizamento normal sobre o substrato realizado por diatomáceas 
mono e birafídeas (em uma ou nas duas valvas respectivamente), a rafe 
age como um aparelho de motilidade associado um suposto motor 
constituido de actina/miosina. 
 
 As diatomáceas são importantes porque: 
 Elas fornecem a base da cadeia alimentar para microrganismosmarinhos, de água doce e larvas animais são uma importante fonte de 
oxigênio atmosférico responsável por 20-30% de toda a fixação de 
carbono no planeta, podem ser utilizadas para a determinação das 
condições ambientais (tanto do presente, como do passado), tendo uso 
nos estudos das mudanças climáticas. Também são utilizadas como 
indicador biológico para determinar a qualidade da água e como 
prevenção de pragas/ácaros e abrasivo leve. 
 Certamente, um melhor entendimento da ecologia e do ciclo de vida 
das diatomáceas tem ajudado na compreensão de sua utilização para 
diversos fins. Produzem diferentes tipos de lipídios, aminoácidos, 
polissacarídeos e vitaminas. Algumas liberam compostos 
farmacologicamente ativos, os quais demonstram atividade antibiótica 
além de toxicidade. 
 
A importância econômica das diatomáceas são os diatomitos, que são 
depósitos sedimentares de frústulas silicosas em bacias de lagos e mares. 
A coloração dos diatomitos pode variar, sendo que quanto maior a 
presença de substâncias orgânicas, mais escura é sua cor. No nosso país 
os diatomitos são encontrados principalmente na região nordeste, 
entretanto pode ser encontrado em outras regiões do território nacional. 
Na Califórnia(Lampoc), encontra-se um dos maiores depósitos 
comercialmente aproveitados. Podem ser utilizadas comercialmente nas 
industrias, como: filtro de líquidos, polidores, vernizes e produtos de papel, 
refinarias de açúcar (isolante térmico em caldeiras).

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