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APOSTILA DO MONITOR - CURSO DE VOLUNTÁRIOS 2022

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Rua João Nogueira dos Santos, 346 | Nogueirinha | Itaúna | MG 
CEP 35680-250 | (37) 3242-4225 | www.fbac.org.br 
“Ninguém é irrecuperável.” 
1 
 
 
 
 
 
 
 
Rua João Nogueira dos Santos, 346 | Nogueirinha | Itaúna | MG 
CEP 35680-250 | (37) 3242-4225 | www.fbac.org.br 
“Ninguém é irrecuperável.” 
2 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
 
 
Esta apostila destina-se aos monitores responsáveis pelo Curso de 
Formação de Voluntários do Método APAC. 
Neste ano de 2022, a FBAC apresenta sugestão de agenda tanto para 
o curso presencial, quanto para o curso online. Em todas as modalidades o curso 
deve estar composto de cerca 13 dias/aulas, a serem ministradas 
semanalmente, pelo período máximo de 3 (três) horas cada uma, com intervalo 
de 15 minutos. 
Como já afirmado anteriormente, para a aplicação de alguns temas 
específicos, será necessário contar com a colaboração de juízes, promotores, 
advogados, psicólogos, sacerdotes, pastores e outros voluntários, sendo que 
algumas aulas deverão ser ministradas especificamente, por pessoas que já 
tenham uma vivência na aplicação da metodologia e administração de Centro de 
Reintegração Social, além é claro, de já terem participado de outros eventos 
formativos propostos pela FBAC. 
Importante notar que o material de divulgação deverá ser preparado com 
antecedência, devendo o mesmo, ser publicado 30 dias antes do início do curso. 
Vale dizer, que a obra da APAC não tem o mesmo apelo social de outras obras 
cristãs, razão pela qual deverá ser feito um grande esforço para conquistar os 
novos cursistas. 
Devemos nos lembrar sempre, de que a obra “APAC” nasceu e está 
crescendo aos pés da cruz, e que tem a dimensão dos horizontes do coração de 
Jesus Cristo, portanto, façamos tudo com zelo e sem esperar nenhuma 
recompensa, como é do agrado do Senhor. 
 
Estamos juntos! 
 
 
 
 
Valdeci Antônio Ferreira 
Diretor-geral da FBAC 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Rua João Nogueira dos Santos, 346 | Nogueirinha | Itaúna | MG 
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“Ninguém é irrecuperável.” 
3 
Curso de Formação de Voluntários – Método APAC 
A g e n d a – 2022 
(Modelo: Tradicional/Online – 4 meses) 
Aula Data Tema Horários 
1ª 12/03 ➢ Apresentação e orientação geral 14:00 - 17:00 
 
2ª 
19/03 
➢ Como nasceu a APAC / Dupla função da Pena / Círculo vicioso 
/ Dupla finalidade da APAC / Filosofia e definição da APAC 
14:00 - 17:00 
3ª 26/03 ➢ Visita à APAC 14:00 - 17:00 
4ª 02/04 ➢ A importância do Planejamento 14:00 – 17:00 
 
5ª 
9/04 
➢ Os elementos fundamentais do método APAC 
➢ Participação da comunidade 
➢ O recuperando ajudando o recuperando (a. Representação 
de cela; b. C.S.S. - Conselho de Sinceridade e 
Solidariedade) 
➢ Assistência jurídica. 
 
14:00 - 17:00 
 
6ª 23/04 
➢ Assistência à saúde 
➢ O voluntário e o curso para a sua formação 
 a) Casais padrinhos? 
➢ Trabalho 
 
 
 
 
14:00 - 17:00 
 
7ª 
8ª 
30/04 
➢ Valorização Humana – a base do método APAC 
➢ A Espiritualidade e a importância de se fazer experiência de 
Deus / Fundamentos bíblicos da APAC 
 
 
14:00 - 17:00 
9ª 07/05 
➢ A família - Portaria das visitas 
➢ Escolta de Recuperandos 
➢ Inspetores de Segurança 
 
10ª 14/05 
➢ Mérito 
➢ C.R.S – Centro de Reintegração Social 
➢ Jornada de libertação com Cristo 
 
14:00 - 17:00 
 
11ª 
21/05 
➢ Decálogo e Adversários da APAC 
➢ Os adversários da APAC 
➢ Quem foi Dr. Mário Ottoboni 
➢ A vida e a obra de Franz de Castro 
 
14:00 - 17:00 
12ª 
13ª 
28/05 
➢ Liderança Cristã 
➢ Pena e prisão – os direitos e deveres dos presos 
➢ Sistema progressivo de cumprimento de pena e Regulamento 
do presídio 
14:00 - 17:00 
14ª 
15ª 
04/06 
➢ Psicologia do preso 
➢ Inter-relacionamento: voluntários – recuperandos e 
autoridades 
➢ Distinção entre fuga, evasão e abandono 
➢ Por que recuperando? 
 
14:00 - 17:00 
 
16ª 
11/06 
➢ Expansão do método APAC 
➢ Vantagens do método APAC 
➢ FBAC – Fraternidade Brasileira de Assistência aos 
Condenados 
➢ Avaliação do quadro – projeção do filme da APAC 
14:00 - 17:00 
17ª 18/06 
➢ Comunicação nas APACs 
➢ Pena de morte 
14:00 - 17:00 
18ª 25/06 
➢ Os chamados e os escolhidos 
➢ Organograma Administrativo e setores de trabalho 
14:00 - 17:00 
Coordenadores: Enc. Administrativo / __________________________ 
OBSERVAÇÃO: No dia 16/04 – não haverá aula (Motivo: FERIADO); 
 
 
 
 
 
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“Ninguém é irrecuperável.” 
4 
 
PROVIDÊNCIAS PRÉVIAS ANTES DE INICIAR O CURSO 
 
1 - DIVULGAÇÃO DO CURSO CONSISTINDO EM: 
 
a) Faixas e cartazes espalhados pela cidade; 
b) Divulgação nas Igrejas cristãs; 
c) Mídia (jornais, televisão, rádios, etc.); 
d) Cartas / Convites para: Casais cursilhistas, casais com Cristo, vicentinos, 
legionárias de Maria, grupos de jovens, grupos de oração e outros; 
e) Convites pessoais a serem entregues aos amigos, vizinhos e parentes 
dos Educadores sociais (voluntários e funcionários atuais da APAC; 
 
NOTAS: 
 
1. A divulgação deve ser a mais ampla e intensa possível, pois é grande 
o preconceito em relação ao preso, e somente uma grande divulgação 
poderá romper as barreiras do preconceito, trazendo candidatos para 
o Curso de voluntários. 
 
2. Por tratar-se de um Curso de longa duração, vai exigir grande 
perseverança dos candidatos e, face às dificuldades do apostolado, é 
normal uma evasão em torno de 60% dos participantes; ou seja, é 
preciso iniciar o Curso com um número razoável de candidatos para 
que, ao final, seja concluído com um mínimo possível de novos 
voluntários. 
 
3. Designar um Coordenador Geral do Curso, dois secretários, uma 
equipe de animação e uma equipe de acolhida. 
 
NOTAS: 
 
1. Caberá ao Coordenador Geral, superintender todos os trabalhos do 
Curso; 
2. Caberá ao Secretário Geral: 
a) Assistir o Coordenador em tudo o que for necessário; 
b) Fazer a entrega dos crachás; 
c) Anotar as faltas; 
d) Quando necessário, providenciar a confecção e colocação de 
placas indicativas para a sala de palestras, banheiros, etc.; 
e) Providenciar a divisão dos grupos quando as aulas o exigirem; 
f) Acompanhar o Coordenador Geral nas reuniões de grupo; 
g) Providenciar e distribuir os impressos a serem utilizados nas aulas; 
h) Confeccionar a relação de todos os participantes e o Certificado de 
conclusão a serem distribuídos no último dia do Curso; 
a) Verificar se existe alguém aniversariando e lembrar ao 
Coordenador Geral; 
b) Coordenar os trabalhos da secretaria. 
 
3. Caberá à equipe de animação: 
 
 
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“Ninguém é irrecuperável.” 
5 
a) Responsável pela animação e alegria do Curso; 
b) Acertar com o Coordenador, as músicas a serem cantadas durante 
o Curso. 
 
4. Caberá a equipe de acolhida: 
a) Acolher os cursistas; 
✓ Distribuir cadernos, blocos e canetas quando necessário; 
✓ Organizar o lanche no intervalo da aula; 
✓ Orientar sobre qualquer dúvida. 
 
2. FICHA DE INSCRIÇÃO COM NOME, ENDEREÇO, TELEFONE, 
CIDADE E DATA DE NASCIMENTO, CONFORME MODELO ANEXO; 
 
3. LOCAL ADEQUADO PARA REALIZAÇÃO DAS AULAS, COM 
CADEIRAS E QUADRO NEGRO; 
 
4. RELAÇÃO COMPLETA DOS CURSISTAS, EM ORDEM ALFABÉTICA, 
PARA ANOTAÇÃO DE PRESENÇA; 
 
5. CRACHÁS DE IDENTIFICAÇÃO; 
 
6. ORIENTAR PARA QUE A CADA SEMANA UM GRUPO DE CURSISTAS 
TRAGA O LANCHE A SER SERVIDO COMUNITARIAMENTE (TRÊS 
OU QUATRO PESSOAS);. 
 
7. CARTAZES COM AS MENSAGENS A SEREM UTILIZADOS NO 
CURSO;. 
 
8. CADERNOS, BLOCOS E CANETAS PARA OS CURSISTAS; 
 
9. FILTRO D’ÁGUA, CINZEIROS, GARRAFAS TÉRMICAS E COPOS 
PLÁSTICOS PARA CAFÉ. 
 
10. VIOLÕES, OUTROS INSTRUMENTOS E FOLHETOS DE MÚSICAS 
PARA ANIMAÇÃO; 
 
11. CARTOLINAS, PAPEL SULFITE, LÁPIS, CANETAS, PINCÉIS 
ATÔMICOS E MATERIAIS DE ESCRITÓRIO PARA A SECRETARIA DO 
CURSO;. 
 
12. REUNIÃO COM TODA A EQUIPEDE MONITORES, PARA A 
MONTAGEM DAS EQUIPES DE TRABALHO, E A POSTERIOR 
DISTRIBUIÇÃO DAS TAREFAS; 
 
13. SE POSSÍVEL, CONFECCIONAR CAMISETAS ALUSIVAS AO CURSO; 
 
14. PROVIDENCIAR CÓPIAS DE TODOS OS FORMULÁRIOS QUE 
SERÃO DISTRIBUÍDOS E ESTUDADOS DURANTE O CURSO OU 
APOSTILA COMPLETA. 
FICHA DE INSCRIÇÃO PARA O CURSISTA 
 
 
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NOME:................................................................................................................... 
 
DATA DE NASC.: ........./........./............ 
 
ESTADO CIVIL: .................................................................................................... 
 
 
ENDEREÇO COMPLETO, COM PONTOS DE REFERÊNCIA PARA 
CONTATOS: 
............................................................................................................................. ..
............................................................................................................................. ..
...............................................................................................................................
............................................................................................................................. ..
...............................................................................................................................
............................................................................................................................. ..
............................................................................................................................... 
 
RELIGIÃO QUE PROFESSA:................................................................................ 
 
ESCOLARIDADE: ................................................................................................ 
 
PROFISSÃO: ........................................................................................................ 
 
COMO TOMOU CONHECIMENTO DO CURSO? ................................................ 
 
EXPECTATIVAS: 
............................................................................................................................. ..
...............................................................................................................................
............................................................................................................................. . 
 
NOTAS: 
 
1. A ficha de inscrição deverá ficar disponível em locais de fácil acesso 
(APAC, Fórum local, Secretarias Paroquiais, etc.), com pelo menos um 
mês de antecipação; 
 
2. Com base nas informações colhidas nas fichas de inscrição, deve se 
preparar um resumo que será entregue ao Coordenador Geral do 
Curso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ORAÇÃO DE UM APÓSTOLO... DOS PRESOS E CONDENADOS 
 
 
Senhor Jesus, 
Tu consideras como feito a Ti mesmo o que fizermos aos presos e condenados. 
Em cada um deles, transparece a tua imagem, embora, às vezes, desfigurada e 
triste. 
A fraternidade universal leva-nos a não excluir ninguém do teu amor. Acreditando 
na recuperação e na reintegração social daqueles irmãos infelizes, que 
sucumbiram à tentação do maligno, por atitudes que hoje deploram e detestam. 
O sentido comunitário, a responsabilidade pela Igreja toda, a fé numa vida e 
humanidade novas, levam-nos ao compromisso, com os irmãos presos e 
condenados. 
Amparar, proteger e assisti-los, é profissão manifesta de fé na igualdade do ser 
humano, no valor da fraternidade, na recuperação, no retorno ao nosso convívio 
social, desejado e sempre possível, a qualquer cidadão. 
Dá-nos Senhor, 
Um coração suficientemente aberto e generoso, para devotar-nos a essa causa 
que é também tua. 
Transforma a nossa vontade, atraindo-a ao bem. 
Ilumina a nossa mente, com a luz da tua verdade. Torna nossos sentimentos 
parecidos com os teus ensinamentos e sentimentos. 
Que nossa liberdade se consagre ao teu serviço, e ao serviço dos irmãos! 
Senhor, 
Após este peregrinar terreno 
Abre-nos de par em par, os portões da eterna felicidade! 
 
AMÉM! 
 
 
 
 
 
NOTAS: 
a) A oração do Apóstolo dos Presos e Condenados é de autoria do 
Arcebispo do Rio de Janeiro, D. Eusébio Oscar Sheid, na época, bispo 
de S.J. Campos-SP.; 
 
b) Esta oração deverá ser proclamada por todos os cursistas no início de 
cada aula, lembrando-os de que o mesmo deverá acontecer antes de 
todas as reuniões e nos momentos importantes vivenciados pelos 
voluntários da APAC. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1a AULA 
 
TEMA: APRESENTAÇÃO E ORIENTAÇÃO GERAL 
 
ORAÇÃO INICIAL 
 Cantos 
 Oração do Apóstolo dos presos e condenados 
 Pai Nosso 
 
APRESENTAÇÃO DO(S) MONITOR(ES) 
 
• Nome 
• Estado civil 
• Profissão 
• Tempo de apostolado 
• Cursos e congressos internacionais, etc. 
 
APRESENTAÇÃO DE OUTROS MEMBROS DA APAC PRESENTES NO 
CURSO 
 
APRESENTAÇÃO DOS CURSISTAS (Orientar para ser breve) 
 
Nome 
Estado Civil 
Endereço 
Como ficou sabendo do curso? 
Por quê vai fazer o curso? 
O que espera do curso? 
 
NOTAS: 
 
a) Crachás/pranchetas para anotações/cada um deve preparar uma pasta 
assiduidade para não perder a sequencia 
b) Designar cinco comentaristas para expor a oração de um apóstolo dos 
presos e condenados (a oração deverá ser dividida em cinco trechos), no 
inicio da 2º aula. 
 
 
LEMBRETES SOBRE O PLANEJAMENTO 
 
a) Cada cursista poderá faltar no máximo 03 (três) aulas, devendo, portanto 
planejar bem a sua agenda pessoal, de modo a não ficar prejudicado; 
b) Muitos candidatos não concluem o Curso por falta de planejamento; 
c) Ao final do Curso será entregue um certificado de conclusão para os 
cursistas que comprovarem assiduidade; 
d) O início e o término das aulas deverão acontecer pontualmente nos 
horários previamente definidos; 
 
NOTA: Importante salientar que o(s) monitor(es) deverá(ão) preparar a aula com 
antecedência, e chegar antes do horário previsto para o início da aula, evitando 
assim atropelos de última hora; 
 
 
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9 
 
O QUE É O CURSO DE VOLUNTÁRIOS E OS SEUS OBJETIVOS 
 
• Preparação de novos voluntários. O Papa João Paulo II afirmou com muita 
sabedoria: “Eu tenho medo do cansaço dos bons”; 
• Reciclagem de conhecimentos para aqueles que já são voluntários; 
• Divulgação do Método APAC; 
• Despertar a consciência para a seriedade da proposta e do trabalho a ser 
desenvolvido; 
• Conhecimento jurídico; 
• Aprofundamento espiritual; 
• Conhecimento pessoal e descoberta de novos valores; 
• Enriquecimento familiar; 
• Abertura ao outro e troca de experiências; 
• Descoberta de um precioso trabalho evangélico de grande alcance social e 
cristão; 
 
 
EXPOSIÇÃO E COMENTÁRIOS SOBRE OS CARTAZES QUE NORTEIAM O 
BOM DESEMPENHO DO CURSO: 
 
• “AS COISAS SÓ TEM SIGNIFICADO QUANDO NÓS AS CONHECEMOS”. 
 
 É importante notar a força desta sugestão e destacá-la aos Cursistas. 
Dar enfoques de que estamos habituados a julgar as coisas sem conhecê-las, 
motivo de grandes equívocos e injustiças. Ao final do Curso, com certeza, todos 
terão uma visão diferente da proposta apaqueana, e saberão defendê-la e 
explicá-la, revelando o seu valor e a sua importância na recuperação de cada 
condenado. 
 
 
• “NUNCA SABEMOS O SUFICIENTE, SEMPRE TEMOS UM ESPAÇO 
VAZIO PARA O APRENDIZADO”. 
 
 Se você pensa que já sabe tudo, está sintomaticamente dizendo que não 
sabe nada. Os grandes sábiosda humanidade, sempre foram pessoas abertas 
ao aprendizado, e por esta razão, se tornaram sábias. O homem nasce e morre 
aprendendo com seu semelhante. É a grande escola da vida. Há um conhecido 
ditado popular que diz: “Ninguém sabe o suficiente para desprezar novos 
ensinamentos; e ninguém é tão despreparado que não possua algum 
conhecimento para transmitir ao outro”. 
 Os orgulhosos, sempre se colocam na posição daqueles que conhecem 
tudo, por isto a sua ruína tem os dias marcados. Neste Curso, vamos aprender 
uns com os outros, afinal, somos todos iguais. 
 
 
 
 
 
 
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10 
• “VOCÊ RESERVOU ESTE ESPAÇO DE TEMPO DE SUA VIDA PARA 
ESTE CURSO. PROCURE PREENCHÊ-LO DA MELHOR MANEIRA 
POSSÍVEL”. 
 
 Se a você foi destinada a reserva do espaço de tempo para este estudo, 
seja inteligente, preenchendo-o da melhor forma possível. Com certeza, você, 
ao final do Curso, estará enriquecido com novos conhecimentos, com outra visão 
da proposta apaqueana e com maior disposição para se colocar a serviço do 
irmão. 
 Todos os momentos que vamos viver nestes meses, serão de extrema 
importância. Procure aproveitá-los com sabedoria, não perdendo e nem matando 
o tempo. Você corre o risco de nunca mais ter a oportunidade que está 
recebendo hoje. 
 
 
PENSAMENTOS QUE VÃO NORTEAR O CURSO 
 
• APURAR O CRIME E SUA GRAVIDADE É O MEIO E NÃO O FIM. O FIM 
CONSISTE NA LUTA PELA REDENÇÃO DO CONDENADO. 
 
• A ORIGEM DO CRIMINOSO É FUNDAMENTALMENTE DE ORDEM 
MORAL. AS INJUSTIÇAS SOCIAIS SÃO FATORES QUE ENCONTRAM 
FORÇAS PARA AGIR EXATAMENTE NA FRAGILIDADE MORAL DO 
HOMEM. 
 
• “A SOLUÇÃO DO CRIME E DA PENA NÃO ENCONTRAMOS EM LIVROS 
DE CIÊNCIA, MAS NOS LIVROS DA FÉ” (CARNELUTTI – JURISTA E 
FILÓSOFO ITALIANO). 
 
• O INSTINTO BÁSICO DO SER HUMANO É DE AUTO-AFIRMAÇÃO. 
AUTO-AFIRMAR-SE, MOSTRAR QUEM ELE É, FAZER-SE VALER. POR 
OUTRO LADO, A MOTIVAÇÃO FUNDAMENTAL DO HOMEM E DA 
MULHER, É SACIAR-SE DA FOME DE AMOR. 
 
• OS ESTABELECIMENTOS PENAIS DO BRASIL SÃO, POR 
EXCELÊNCIA, ESCOLAS DE CRIMINALIDADE. 
 
 
 
 
NOTA: Tecer breves comentários acerca dos pensamentos acima elencados, 
destacando que o Curso de Formação de Voluntários irá seguir estas vias de 
pensamentos, ou seja, terá enfoques de ordem espiritual, psicológica, 
sociológica, jurídico, administrativo, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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11 
2a AULA 
 
 
TEMA: COMO NASCEU A APAC / DUPLA FUNÇÃO DA PENA / 
CÍRCULO VICIOSO / DUPLA FINALIDADE DA APAC / 
FILOSOFIA E DEFINIÇÃO DA APAC 
 
 
COMO NASCEU A APAC 
 
 
APAC - SÃO JOSÉ DOS CAMPOS 
 
 Historiar como nasceu a APAC – Mãe de São José dos Campos - SP, e, 
por conseguinte, como iniciou a APAC de sua cidade. Importante o testemunho 
das pessoas que colaboraram na fundação da APAC. As alegrias e as 
dificuldades encontradas ao longo do caminho. Segue breve histórico de apoio. 
 
NOTA: Dados mais completos sobre a história da APAC – Mãe de São José dos 
Campos – SP, se encontram na Obra: “Vamos Matar o Criminoso”, publicado 
pelas Edições Paulinas. 
 
 
HISTÓRICO: 
 
A história da “APAC mãe” de São José dos Campos/SP, remonta a 1969, quando um 
amigo do advogado e jornalista Mário Ottoboni o convidou para um retiro espiritual 
denominado “Cursilho de Cristandade”. Embora não quisesse participar desde o início, 
esse retiro foi o marco inicial de um novo projeto de vida. 
 
Como secretário administrativo do município, Mário Ottoboni convidou seus 
companheiros de trabalho mais próximos para lhes contar sobre sua conversão e 
mudança de vida. Mário entronizou a imagem do Cristo crucificado em seu escritório e 
convidou todos a se unirem a ele em oração diária em busca de proteção, saúde e o 
bom desenvolvimento dos trabalhos. Além disso, ele também os convidou para o 
Cursilho de Cristandade, do qual todos participaram. Logo, o ambiente de trabalho havia 
melhorado consideravelmente. 
 
No início e no fim de cada dia, Mário Ottoboni costumava rezar, sempre agradecendo a 
Deus e pedindo que lhe fosse indicado um ministério onde pudesse ser útil. Foram dois 
anos de orações até que numa sexta-feira quando agradecia pela semana abençoada, 
Deus lhe direcionou a um importante obra cristã: “Trabalhe com os prisioneiros”. 
 
Na semana seguinte, Mário Ottoboni foi à delegacia conversar com o Delegado 
responsável pela administração da prisão da cidade, denominada Humaitá. Com quase 
100 presos, era um lugar marcado por inúmeros problemas com drogas, violência, fugas 
e prestes a explodir. A comunidade não suportava mais as constantes fugas e o medo 
que permeava o dia a dia daquela cidade. 
 
Ottoboni explicou o seu interesse em trabalhar com a recuperação de presos. Muito 
atento, o Delegado o alertou para o perigoso e difícil desafio que havia pela frente, mas 
lhe permitiu visitar a prisão e falar com as pessoas ali privadas de liberdade. Ao adentrar 
 
 
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“Ninguém é irrecuperável.” 
12 
o espaço, ele encontrou basicamente um depósito humano com muito mau cheiro. O 
desafio era grande e o objetivo era melhorar a vida dos presidiários através da 
educação, do evangelho, do trabalho e do apoio emocional e psicológico além de evitar 
abusos e injustiças contra os detentos. 
 
No final da visita, o Delegado já aguardando uma resposta desanimada, perguntou-lhe 
sobre a visita e se ele ainda iria realizar o trabalho, a quem Mário Ottoboni respondeu 
com convicção: “Sim. Aqui está a obra que Cristo me indicou”. 
 
Em 18 de novembro de 1972, Mário Ottoboni, reuniu uma equipe composta de 15 
pessoas para realizar a primeira missa no presídio Humaitá e, a partir daí, começaram 
a visitar essa prisão para evangelizar e dar apoio moral aos presos. Logo, nascia o 
primeiro significado da sigla APAC: “Amando o Próximo Amarás a Cristo”. 
 
Entre os primeiros voluntários da associação, estava Franz de Castro Holzwarth, que 
foi convidado para evangelizar os presos e prepará-los para o sacramento da crisma, 
logo tornou-se o Vice-presidente da APAC, cuidando de acolher o preso, promover 
palestras no presídio aos domingos, de modo a iniciar a integração deles ao método 
APAC. 
 
O grupo, preocupado com os problemas carcerários, decidiu realizar pesquisas de 
campo nos presídios e nas faculdades da região. Inúmeras entrevistas foram realizadas 
com os presos para confrontar com o material colhido. Este trabalho deu a certeza de 
que era necessário um estudo mais profundo para se estabelecer uma metodologia 
consentânea com a realidade brasileira. 
 
Tudo era empírico e não havia parâmetro ou modelo a seguir, nenhuma experiência no 
mundo do crime, drogas ou prisões. Os membros se organizaram para estudar a 
execução penal, bem como realizar visitas às prisões da região a fim de interagir com 
os presos e compreender suas reais necessidades e aspirações. 
 
O trabalho se desenvolveu em busca de métodos mais adequados, pois foi concluída a 
inexistência de qualquer atividade estruturada na preparação da pessoa privada de 
liberdade para voltar ao convívio social. Tem-se então, junto ao início da APAC de São 
José dos Campos, também a criação de uma experiência revolucionária. 
 
Na ocasião, o trabalho começou com 100 presos. Desses, segundo Mário Ottoboni, 97% 
eram provenientes de famílias enfermas, 70% eram analfabetos ou semianalfabetos, 
60% tinham entre 18 e 28 anos, 98% de origem católica, 80% usuários de drogas, sendo 
que desses 60% praticaram crimes sob o efeito de drogas, e 75% eram reincidentes. 
 
O início desse trabalho foi marcado por dificuldades e reprovação por parte da 
comunidade. Os membros do grupo precisaram resistir a duras críticas e superá-las. E 
foi assimque, em 15 de junho de 1974, concluiu-se que apenas um grupo fortalecido 
por uma entidade legalmente organizada seria capaz de superar as dificuldades 
presentes no cotidiano daquela prisão, o que impossibilitava qualquer iniciativa 
específica. 
 
Foram oficializados os Estatutos Sociais na assembleia de fundação da entidade que 
levou o nome de “Associação de Proteção e Assistência aos Condenados”, tornando-
se, dessa forma, uma entidade civil de direito privado, não governamental e sem fins 
lucrativos, que daria todo o apoio e suporte para o bom desenvolvimento da APAC 
espiritual, com o objetivo de auxiliar a Justiça na execução da pena, recuperar o preso, 
proteger a sociedade, socorrer as vítimas e promover a Justiça Restaurativa. Ainda 
 
 
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“Ninguém é irrecuperável.” 
13 
nesse ano, a APAC foi reconhecida pela comunidade joseense como sendo de utilidade 
pública pela Lei Municipal nº 1.712 de 20 de setembro de 1974. 
 
No ano de 1975, em que aconteceu também a primeira Jornada de Libertação com 
Cristo, o Juiz Corregedor Sílvio Marques Neto, grande colaborador para fundação da 
APAC, editou o Provimento Judicial n.º 02 de 30 de setembro desse mesmo ano, pelo 
qual a APAC passa a ser oficialmente considerada como órgão auxiliar da Corregedoria 
dos Presídios. 
 
 
Sobre o apoio do referido Juiz, Mário Ottoboni relata: 
 
“Certa vez, alguém interessado em tumultuar o nosso trabalho, começou a agredir 
gratuitamente a equipe de voluntários da APAC, e nos lembramos como se fosse hoje, 
momento tão difícil da nossa vida de ideal, quando o Dr. Sílvio Marques Neto, 
resolutamente mandou uma carta para a imprensa local dizendo o seguinte: ‘O 
responsável por tudo isso sou eu; quem autorizou tudo foi o juiz corregedor dos 
presídios Sílvio Marques Neto. A equipe que trabalha na APAC, é equipe auxiliar do 
juiz’. Foi esse homem com esse pulso firme, decidido que nos ajudou a desenvolver 
essa experiência, para chegar onde nós chegamos hoje” 
 
Logo no início, os voluntários da APAC procuravam atender aos presos também por 
meio da assistência material. E, para evitar abusos nos pedidos, bem como organizá-
los, era escolhido um representante de cada cela – figura existente dentro da 
metodologia apaqueana ainda hoje e fundamental para seu bom funcionamento – quem 
fazia esse contato entre os presos e voluntários. 
 
Em seguida foi criado o Conselho de Sinceridade e Solidariedade – CSS, formado 
exclusivamente por recuperandos objetivando a organização, limpeza, distribuição de 
tarefas, e manutenção da segurança e disciplina. 
 
No início, o recuperando era acompanhado para possibilitar uma mudança de vida. No 
Estágio I, ele continua preso, mas usufruindo de alguns benefícios, dentre os quais o de 
ser escoltado por companheiros de prisão; No Estágio II, o recuperando ficava em 
regime de semiliberdade, desfrutando de bolsa de estudo para mão de obra 
especializada; O estágio III era um sistema de prisão albergue. Ottoboni aclara que os 
estágios I e inicial eram desenvolvidos com o recuperando preso (pavilhão I) e os 
demais (estágios II e III) no Centro de Reintegração (pavilhão II), edificado pela própria 
APAC. 
 
Em 1997, com a publicação do livro “Ninguém é Irrecuperável”, as pessoas privadas de 
liberdade que cumprem pena na APAC passaram a ser chamadas de “recuperandos”. 
E, com o advento da LEP 7.210/84, os estágios resultaram nos regimes fechado, 
semiaberto e aberto. Nota-se que 10 anos antes da legislação atual, a APAC já adotava 
o sistema progressivo de cumprimento de pena. 
 
No modelo apaqueano, toda pessoa privada de liberdade passa pelo processo de 
recuperação dividido em etapas, em que começa recuperando a autoestima perdida e 
desenvolvendo a responsabilidade, que as vezes nunca teve; depois inicia o processo 
de construção do caráter e a convivência social, ainda que somente com os outros 
recuperandos, voluntários e funcionários da APAC, e a aproximação com a família; até 
que, após passar cuidadosamente por essas etapas, esteja pronto para reintegrar e 
contribuir à sociedade. 
 
 
 
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14 
Em carta escrita no dia 03 de janeiro de 1977 ao Dr. Mário Ottoboni, então presidente 
da APAC, por Ubirajara Afonso Rabello, um dos primeiros ex-recuperandos da APAC, 
ele ressalta que: 
Venho, por meio desta dizer-lhe que me sinto muito feliz por ser um novo homem. Como 
o senhor sabe, já estou aqui em liberdade há 1 ano e 9 meses, participando desta família 
sagrada, que é a APAC. Nesses meses que convivo nessa família, posso dizer que 
nunca, em toda minha vida, vivi tão feliz. Nunca pensava que poderia abandonar aquela 
vida cheia de maldades e de desventura, que é o crime. Era um jovem completamente 
revoltado, só vivia fazendo coisas erradas, só dava desgosto à minha família. Minha 
querida mãe, já bem idosa, com os cabelos completamente grisalhos de tanto 
sofrimento por minha causa, já não tinha mais esperança de me ver novamente num 
caminho honesto. 
 
No início, a metodologia era constituída tão somente de três elementos: trabalho, 
religião e valorização humana, e posteriormente foram sendo agregados outros 
elementos até chegar à atual condição de 12 elementos. 
 
Algum tempo depois, sem oferecer condições de segurança para manter a prisão em 
funcionamento, infelizmente, ela foi interditada e fechada por prazo indeterminado pelo 
Poder Público, impossibilitando, portanto, a continuidade do trabalho da APAC. 
 
Contudo, o grupo da APAC liderado pelo Mário Ottoboni, mais uma vez, sem perder de 
vista o objetivo inicial de recuperar o preso e humanizar o cumprimento da pena, 
dedicou-se totalmente a motivar a sociedade de São José dos Campos para reformar o 
estabelecimento penal. 
 
Devido ao grande esforço de todos, após dois anos de trabalho, a prisão Humaitá foi 
totalmente transformada, com novas estruturas que agora favoreciam a recuperação e 
a reintegração social de pessoas privadas de liberdade: salas decentes, auditório, 
refeitório, capela, oficinas de artesanato, setor odontológico e médico, farmácia e um 
espaço de trabalho para a equipe administrativa. 
 
Com as campanhas de arrecadação da associação, foi possível a construção de um 
pavilhão para albergados administrado pela APAC e, com ele, a experiência do regime 
semiaberto, antes mesmo desse ser reconhecido pela legislação brasileira, que na 
época considerava apenas o regime fechado. 
 
Em 1984, após a conclusão das reformas, os representantes das Polícias Civis e 
Militares da cidade e Mário Ottoboni, Presidente da APAC, foram convidados pelo Juiz 
Sílvio Marques Neto e pelo Promotor de Justiça a uma reunião para decidir sobre a 
reabertura da prisão. Porém, tanto os Delegados quanto o comando da Polícia Militar, 
não concordaram com a reabertura da prisão e, portanto, rejeitaram a proposta de 
imediato, sob a justificativa de que a unidade ainda não oferecia segurança necessária. 
 
Considerando o papel de liderança na reforma e a excelência no trabalho de assistência 
promovido pela APAC por tantos anos, as autoridades perguntaram ao Presidente da 
entidade se sua equipe teria interesse em administrar a prisão sem o concurso da 
polícia. Mário Ottoboni pediu uma semana para consultar sua equipe, a que todos 
aceitaram o desafio prontamente. 
 
Por meio da Portaria nº 03, de 20 de março de 1984, a APAC assumiu a administração 
total do presídio Humaitá em cooperação com o Poder Judiciário. Surgiu assim, a 
primeira prisão no Brasil e no mundo, administrada por uma organização da sociedade 
civil com o apoio das próprias pessoas privadas de liberdade. Aberta com cerca de 30 
 
 
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15recuperandos, logo alcançou gradualmente sua capacidade total de 175 pessoas em 
regimes fechado e semiaberto. 
 
A gestão da APAC de São José dos Campos e a aplicação correta da metodologia levou 
à redução significativa da reincidência, tornando-a um estabelecimento modelo e 
despertando interesse de autoridades do Brasil e do exterior. 
 
Em 1986, a APAC foi contatada por uma entidade internacional, a Prison Fellowship 
International (PFI), que queria conhecer esse modelo revolucionário. Quando visitou a 
APAC de São José dos Campos, o fundador da PFI, Charles Colson, deixou ali a 
seguinte mensagem: “Esta é a única prisão da qual não tive vontade de sair. A APAC é 
um milagre”. Isso fez com que o Método fosse divulgado por mais de cem países e os 
voluntários da APAC frequentassem congressos e seminários internacionais para 
apresentar a metodologia, bem como receber delegações do mundo todo. 
 
 
II Congresso Nacional das APACs. 
Com esse reconhecimento internacional, em 1990, ocorreu a Conferência Latino-
americana, na cidade de São José dos Campos, na qual participaram 21 países 
interessados no trabalho da APAC. Em 1991, foi realizada uma pesquisa científica 
acerca da eficácia da metodologia APAC, publicado posteriormente nos Estados Unidos 
afirmando que o método poderia ser aplicado em qualquer país do mundo. Em 1993, a 
BBC (British Broadcasting Corporation) de Londres produziu um documentário, 
distribuindo-o em diversos países da Europa e da Ásia. Enquanto isso no Brasil, pouco 
a pouco, iam surgindo dezenas de APACs. 
 
A APAC de São José dos Campos apesar de não ter recebido recursos financeiros do 
Poder Público, funcionou com excelência durante 25 anos com o apoio de inúmeros 
voluntários, servindo de modelo e referência para expansão da metodologia no Brasil e 
no exterior, tendo encerrado suas atividades no dia 20 de outubro de 1999 por razões 
diversas. 
 
Felizmente, antes de seu encerramento, várias de suas sementes germinaram em 
inúmeras cidades ao redor do mundo, tendo encontrado terreno fértil no estado de Minas 
Gerais, graças aos fundadores da APAC de Itaúna e do apoio do Tribunal de Justiça do 
referido estado 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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DUPLA FUNÇÃO DA PENA 
 
 
 A pena apresenta uma dupla função ética: Punir e recuperar. Somente a 
punição, como aplicada no Sistema Penitenciário, é o mesmo que jogar o infrator 
numa escola de violência e bandidagem. Tanto isto é verdade, que no Brasil, o 
índice de reincidência é elevadíssimo, atingindo a marca de 85%, e o mundo 
convive com 70% em média, de retorno à vida do crime. 
 Trata-se, convenhamos de uma situação insustentável e profundamente 
preocupadora. O principal, do cumprimento da pena é recuperar o criminoso, 
para devolvê-lo à sociedade em condições ideais. Observar que na segunda 
etapa, que trata da Execução da Pena, de trabalhar com o homem cumprindo 
pena atrás das grades, o Estado se contenta em dar algum trabalho ao 
condenado, quando o faz, e nada mais. 
 Completar a informação com o esquema abaixo, e a exposição contida no 
livro: “Vamos Matar o Criminoso”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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CÍRCULO VICIOSO 
 
 
 O círculo vicioso do Sistema Penal Brasileiro apresentado no gráfico 
abaixo revela de modo incontestável a situação difícil que estamos vivendo. 
 É preciso romper este círculo do prende e solta cada vez pior, e isto será 
possível com a ajuda dos recuperandos, daqueles que cumprem pena, dando 
novo testemunho de vida. É preciso lembrar sempre, que quem faz a estatística 
da APAC são os recuperandos, boa ou ruim. 
 Maiores comentários acerca desta matéria encontram-se no Livro: 
“Vamos matar o Criminoso” 
 
 
PRENDE E SOLTA CADA VEZ PIOR 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O E 
 
 
 
 
 
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FILOSOFIA DA APAC 
 
 A APAC apresenta como filosofia, MATAR O CRIMINOSO E SALVAR O 
HOMEM. Nada, pois de matar o homem a título de querer matar o criminoso. 
 As execuções a esmo que temos testemunhado pelo Brasil afora, não 
passam de crimes bárbaros praticados oficialmente por autoridades 
encarregadas de preservarem a vida e oferecerem segurança à população. A 
proposta apaqueana tem por objetivo único e exclusivo de matar o criminoso que 
existe no infrator, salvando o homem, imagem e semelhança de Deus. 
 
 
DUPLA FINALIDADE DA APAC 
 
 A APAC possui uma dupla finalidade: jurídica e espiritual. Uma 
sustentando a outra. A jurídica surgiu exatamente em função das dificuldades 
que o grupo que tratava apenas da Pastoral Penitenciária, de enfrentar os 
obstáculos criados pelo Sistema Prisional. A grande equipe que compõe a APAC 
é a espiritual, exatamente aquela que cuida de aplicar o Método. 
 O esquema que apresentamos abaixo ajudará melhor na compreensão 
dessa dupla finalidade, além de outras informações presentes no Livro: “Vamos 
Matar o Criminoso?”. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FINALIDADE 
RECUPERAR O PRESO, PROTEGER A SOCIEDADE, SOCORRER A 
VÍTIMA E PROMOVER A USTIÇA RESTAURATIVA.
ÓRGÃO PARCEIRO DA USTIÇA NA E ECUÇÃO PENAL
FILOSOFIA 
MATAR O CRIMINOSO E SALVAR O HOMEM
MÉTODO BASEADO NO AMOR, NA CONFIANÇA E DISCIPLINA
APAC 
 URÍDICA
A 
CONVÊNIOS
APAC 
ESPIRITUAL
P 
P 
APAC URÍDICA S P 
APAC
DUPLA FINALIDADE
 
 
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NOTAS IMPORTANTES: 
1. Preparar material expositivo em Datashow 
 
2. Distribuir cópias dos seguintes materiais: 
a. Círculo Vicioso 
b. Dupla função da pena 
c. Dupla finalidade da APAC 
 
3. Distribuir cópias do impresso: “Notas e informações da APAC 
 
 
 
 
 
 
 
DEFINIÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IMPRESSO: NOTAS E INFORMAÇÕES DA APAC 
 
1. A APAC é uma Entidade Civil com personalidade jurídica própria, nos termos das Leis do 
País, fundada em 15/06/1974 em São José dos Campos/SP. 
2. Finalidade: Recuperar os condenados, proteger a sociedade, promover a Justiça e socorrer 
às vítimas. 
3. Filosofia: Matar o criminoso e salvar o homem. 
4. Método: O amor como fator básico de recuperação. 
5. Entidade legalmente constituída, amparada constitucionalmente para atuar nos presídios, 
podendo, em caso de haver obstáculos, usar o remédio jurídico adequado parar fazer 
prevalecer esse direito. Dessa forma, a APAC reúne condições para amparar e proteger a 
atuação dos grupos cristãos (Pastoral Penitenciária), que almejam ajudar aos recuperandos, 
dentro do programa previamente estabelecido para este fim. 
6. A APAC vive de convênios / parcerias junto ao Poder Público, contribuições mensais de seus 
sócios e de algumas doações de empresas e admiradores. 
7. A transferência do preso para uma APAC depende sempre de autorização judicial. O Juiz da 
Execução Penal e Corregedoria controlam as vagas dos RegimesFechado, Semiaberto e 
Aberto. 
8. A APAC nada cobra para receber ou ajudar aos condenados. Tudo é gratuito. 
9. A base do Método APAC é a valorização humana. 
10. A APAC de São José dos Campos foi a primeira do mundo, e hoje, seu Método é adotado 
em mais de 60 comarcas, atingindo 14 Estados brasileiros. No exterior, o método APAC já 
está sendo difundido em mais de 12 países, como Alemanha, Itália, Costa Rica, Colômbia, 
Chile, Bolívia, Paraguai e EUA. 
11. A APAC de Itaúna-MG, desde 1996, é a segunda do mundo a administrar um presídio sem 
o concurso da Polícia. 
12. Como a família é a base de tudo, do sucesso e do fracasso da sociedade, importante 
destacar a preocupação da APAC em manter-se como família e trabalhar para a família. 
13. Hoje, a reincidência média nas APACs é de 13,90%, enquanto que o Sistema Prisional 
Comum, no Brasil, é de 80%, e a média mundial é de 70%. 
14. A dispensa de “revista” a quem visita um parente, depende de 02 questões: disciplina do 
recuperando e constância desses visitantes nos atos socializadores da APAC. 
15. O Método APAC nasceu e se aperfeiçoa com a contribuição dos recuperandos, que discutem 
os problemas suscitados por eles próprios, ou pela Diretoria da Entidade, nas reuniões 
semanais de valorização humana. 
16. São promovidos Cursos de Formação e Valorização Humana com os familiares e com os 
recuperandos dos Regimes Semiaberto e Aberto. 
17. Uma vez por ano a APAC realiza, no regime fechado, a Jornada de Libertação Com Cristo e 
o Curso de Aperfeiçoamento do Método APAC, com a presença dos recuperandos de todos 
os Regimes de cumprimento de pena. 
18. No Regime Fechado, a APAC cuida especificamente da recuperação do condenado, 
promovendo a melhoria da autoimagem e fazendo aflorar os valores intrínsecos do ser 
humano. Nesta fase, o recuperando realiza trabalhos laborterápicos e outros serviços 
necessários ao funcionamento do Método. No Semiaberto, cuida-se da formação de mão de 
obra especializada, respeitando-se a aptidão de cada um. 
19. O princípio do Método “O Recuperando Ajudando o Recuperando”, desenvolve em cada um 
o sentimento de solidariedade e ensina a conviver comunitariamente. 
20. A recuperação exige cuidados com a saúde, ensino, espiritualidade, mão de obra 
especializada, devendo ser evitada a ociosidade a todo custo. 
21. A APAC adota em seu Método, a participação de Voluntários e de casais padrinhos, que 
também são voluntários e que juntos ajudam a assistir e amparar os recuperandos. 
22. Os recuperandos do Regime Fechado da APAC de Itaúna-MG, representando todos os 
recuperandos das APACs do Brasil e do mundo, apontaram 88 (oitenta e oito) vantagens do 
Método APAC, em relação ao que se faz convencionalmente em outra prisão qualquer. 
23. O Programa Novos Rumos na Execução Penal, implantado pelo Tribunal de Justiça de Minas 
Gerais, consiste na adoção do Método APAC como Política Pública em todo o estado 
24. A Fraternidade Brasileira de Assistência aos Condenados – FBAC – Congrega todas as 
APACs do Brasil, e presta assessoria as APACs do exterior. Esta é filiada à Prison Fellowship 
International, órgão consultivo da ONU para assuntos penitenciários. 
 
 
 
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21 
3a AULA 
 
TEMA: VISITA À APAC 
 
 
CARTAZ: “O PROBLEMA PENITENCIÁRIO É DE TRATAMENTO DOS 
PRESOS. AMONTOÁ-LOS NOS PRESÍDIOS, É O MESMO QUE 
RECEITAR VIOLÊNCIA MAIOR CONTRA A SOCIEDADE, POIS AO 
FINAL DA PENA IMPOSTA, INEVITAVELMENTE, POR IMPERATIVO 
LEGAL, O PRESO VOLTARÁ AO CONVÍVIO SOCIAL.”. 
 
LOCAIS A SEREM VISITADOS 
 
1 – SETOR ADMINISTRATIVO 
Presidência / Jurídico / Tesouraria / Saúde / Assistencial (Vitimas/ recuperandos 
– Psicológico e assistência Social), Secretaria administrativa. 
 
 
2 – REGIME SEMIABERTO AUTORIZADO AO TRABALHO EXTERNO / 
ABERTO 
Dormitórios 
 
3 – REGIME SEMIABERTO INTRAMUROS 
Oficinas diversas tais como: Marcenaria / Fabrica de blocos / Horta / Serralheria 
/ Fábrica de bolas /Padaria, além de Refeitório / CSS / Cozinha / Dormitórios. 
 
 
4 – REGIME FECHADO 
 
4.1 – LABORTERAPIA 
• Objetivo básico: estimular a emenda; 
• Artesanato diversificado; 
• Consome o tempo, levando o recuperando a fazer o melhor, o que 
agrada mais, etc.; 
• Desperta o senso artístico, estético e criativo; 
• O lucro das peças vendidas reverte em benefício do recuperando; 
• Estabelece um clima agradável de convivência; 
• Desenvolve a mente para as coisas positivas; 
• Estabelece elos afetivos com aqueles que irão receber as peças, etc.; 
• Com a escolha do trabalho laborterápico, poderão ser identificados 
problemas sentimentais e emocionais do autor. 
 
4.2 – SALA DE AULA 
• Exposição acerca do Conselho de Sinceridade e Solidariedade; 
• Utilização destes espaços; 
 
 
 
 
 
 
 
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22 
CARTAZ: “A PRISÃO EXISTE COMO CASTIGO E NÃO PARA CASTIGAR”. 
 
• A importância do CSS no Método – Valoriza as pessoas; 
• Cada regime possui um Conselho; 
• Direito de defesa nas faltas – (Art. 49 e 59 da LEP); 
• Quase sempre o recuperando faltoso é quem estabelece o castigo; 
• O CSS é órgão auxiliar da Diretoria da APAC, sem poder de decisão; 
• O Presidente do CSS é da livre escolha da Diretoria da APAC, o qual, 
por sua vez, escolhe os seus pares; 
• Colabora com a disciplina, segurança, divisão das tarefas, etc. 
 
4.3 – VISITA À CELA 
• Histórico de como era antes na cadeia; 
• Comparação com o sistema tradicional; 
• Reuniões semanais; 
• Representação de cela; 
• Regulamento de cela; 
• Fiscalização diária/Premiação da cela mais limpa 
• Constitui uma comunidade; 
• Horários em que as celas são fechadas. 
 
 
4.4 – QUADRO DE AVALIAÇÃO DISCIPLINAR 
• Explicar como funcionam os pontos, qual a sua importância no método 
e como são aplicados; 
• Explicar o quadro de celas, os representantes e suas funções, horários 
escala de serviços. Falar sobre Ordens Internas e Portarias que por 
ventura estiverem no Quadro; 
• Qual a finalidade da pontuação; 
• Falar sobre a disciplina alcançada no mês. Premiação do 
Recuperando Modelo/Termo de Elogio; Voluntário do Mês, Amigo do 
Mês; 
• Relação dos aniversariantes do mês. 
 
 
4.5 – COPA / REFEITÓRIO 
 
 CRITÉRIO: “NÃO BASTA DEIXAR DE FAZER O MAL, É PRECISO 
FAZER O BEM”. 
• Importância da copa e refeitório e seu significado no Método 
• Dignidade/Respeito humano e cristão; 
• Orações antes das refeições; 
• Alimentação especial para recuperandos doentes /chás /café 
/vitaminas /aquecimento dos alimentos, etc. 
 
4.6 - CAPELA 
• Expor como funciona uma cela forte nos presídios comuns; 
• Explicar como funciona a capela. Dar testemunho e falar sobre a sua 
importância para os recuperandos da APAC; 
 
 
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23 
• O uso da capela é espontâneo; 
• Importância de se ter um espaço de silêncio par o recuperando 
encontrar-se consigo mesmo e com Deus; 
• Utilizada para atendimentos individuais. 
 
4.7 – CANTINA 
• Falar como funciona e porque foi criada; 
• Explicar sobre os lucros, para que são destinados e qual sua 
importância. 
 
4.8 – SECRETARIA INTERNA/SETOR DE REMIÇÃO 
Secretaria interna - CSS 
• Explicar como funciona a secretaria, quais os trabalhos realizados e 
sua importância no Método; 
• Mostrar e explicar os requerimentos e formulários utilizados; 
• Como funciona a TV. e o uso do telefone; 
• Explicar o uso da biblioteca; 
• Explicar o uso dos computadores; 
• Entregar revistas e divulgar os materiais da FBAC; 
• Recolher a ficha de visitante e tomar depoimento em Livro Próprio. 
 
Remição 
• Explicar o que é remição de pena; 
• Explicar o funcionamento detalhado da remição; 
• Fichário/pastas/trabalhosdesenvolvidos; 
• Dar exemplos e falar sobre a rapidez do trabalho, sua responsabilidade 
e importância para os recuperandos da APAC; 
• Apresentar pastas de remição já executadas e mostrar planilha de 
trabalho. 
 
4.9 – AMBULATÓRIO MÉDICO 
• Exemplificar como funciona; 
• Mostrar pastas, medicamentos utilizados, etc.; 
• Como funciona a escolta; 
• Quais os tipos de atendimentos realizados; 
• Horário de atendimentos de emergência; 
• Expor acerca da importância deste trabalho e como se sente ajudando 
os demais companheiros. 
 
4.10 – AUDITÓRIO 
• Cânticos; 
• Bênção; e, 
• Testemunhos. 
 
NOTA: Cada APAC deverá preparar o seu roteiro, de acordo com a realidade 
estrutural de sua unidade e de conformidade com as regras de execução de sua 
Comarca. 
 
 
 
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4a AULA 
 
TEMA: A IMPORTÂNCIA DO PLANEJAMENTO 
 
 
PERGUNTAR PARA A PLATÉIA: 
 
Como agir para somar pontos positivos em nossa vida? 
a) Planejamento é uma coesão. 
b) Planejar tudo com antecedência. 
c) Desperdícios no lar e no tempo por falta de planejamento – Dar exemplos. 
d) Estudar a melhor maneira de pedir e fazer as coisas. 
e) Estabelecer agenda de trabalho, diária, semanal, mensal e anual. 
f) Evitar qualquer tipo de improviso. 
g) Buscar soluções em equipe. 
h) Ter objetivos claros. 
i) Plano de organização – visão e propósitos. 
 
CARTAZ: “SEM PLANEJAMENTO, O QUE É FÁCIL TORNA-SE DIFÍCIL, COM 
PLANEJAMENTO, O DIFÍCIL TORNA-SE FÁCIL”. 
 
i) A palavra de Deus deve estar no centro de nossas atividades e baseados nela 
é que iremos trabalhar. 
• Gn 1, 01- 27. 
• Lc 14, 25 –33. 
• Eclesiastes 5,3: 3, 1-8 
 
NOTA: Ler e tecer comentários acerca das leituras 
 
a) Relação íntima com Deus. Obediência e confiança no Senhor que nos 
permite ordenar tudo corretamente. 
b) Responsabilidade e vontade de servir cumprindo a vontade de servir 
cumprindo a vontade de Deus. 
c) Meios não justificam os fins. Deus quer tudo corretamente. 
d) Fazer com Deus, parando para meditar sobre a obra que estamos 
realizando. Enxergar o positivo, percebendo os sinais do Cristo vivo e não 
somente as falhas porventura existentes. 
e) Um homem que planeja suas atividades, normalmente é bem sucedido. 
Por quê? 
• Economiza tempo; 
• Economiza dinheiro; 
• Ganha eficácia. 
o) Ninguém é bem sucedido, quando não acredita naquilo que faz. 
a) Precisamos aperfeiçoar o nosso trabalho sob a égide de Deus, para continuar 
a obra, ganhando outros adeptos, ao mesmo tempo em que melhoramos o 
mundo. 
b) A avaliação: É normal acomodar-se no contexto e acabar não vendo os erros. 
Condicionados, necessitamos, examinar em conjunto sempre que possível, 
para eliminar os defeitos e melhorar o plano. 
 
 
 
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• Aspecto forte 
• Debilidade (rejeições ao planejamento) 
• Áreas atingidas que não constam do plano original (novas oportunidades 
surgidas) 
• Imprevistos (perigos e ameaças, novidades benéficas) 
• Reuniões periódicas para rever o plano e corrigir a rota . 
 
NOTAS: 
 
a) Distribuir o impresso: “Organize-se” – para estudo em grupo. 
b) Fazer um planejamento (treino) em grupos: Sugestões: campanha de 
sócios contribuintes, planejamento de suas atividades para a realização 
do curso, de modo a tudo a conciliar (família, trabalho, lazer, etc.), um 
jantar beneficente, etc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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5a AULA 
 
TEMAS: 
OS ELEMENTOS FUNDAMENTAIS DO MÉTODO APAC 
I- PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE 
II- ASSISTÊNCIA JURÍDICA 
III- O RECUPERANDO AJUDANDO O RECUPERANDO (a. 
Representação de Cela; b. C.S.S. – Conselho de 
Sinceridade e Solidariedade) 
 
NOTA INICIAL: Preparar um cartaz com os doze elementos fundamentais do 
Método fazendo uma pequena exposição de como chegou nos 12 e a 
importância igualitária de todos, destacando aqueles que serão abordados nesta 
5a aula. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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I. PARTICIPAÇÃO DA COMUNIDADE 
 
CARTAZ “QUANDO A SOCIEDADE NÃO ASSUME, A CIDADE TAMBÉM 
SE PRENDE” 
 
a) Sem as influências maléficas do sistema tradicional; 
b) Nesta casa, ninguém confia em ninguém (caso de fortaleza); 
c) Autenticidade, sem interesses econômicos – tudo por amor; 
d) Prende por determinada infração, que na prisão se repete oficialmente. 
Exemplos: preso porque furtava, traficava etc.; 
e) O preso é muito sensível, confunde-lhe a cabeça esta postura oficial; 
f) A presença da comunidade desmascara o sistema vigente – uso da 
verdade. 
Ghandi – “A verdade é Deus” – Cristianismo, religião do amor. 
Pascal – “Se o amor é a afirmação da revelação cristã, o cristianismo se 
coloca como uma exigência da verdade”; 
 
g) “Se conheceres a verdade, a verdade vos libertará” (Jo. 8, 32); 
h) Alguém passa a confiar no preso, e este, por sua vez, a confiar em 
alguém; 
i) Acaba com o código de honra; 
j) Convocar toda a sociedade – motivar especialmente os cristãos; 
k) Usar os meios de comunicação social (cartazes, programas de rádio, TV); 
l) Promover seminários e encontros de conscientização da comunidade 
sobre o problema prisional. Romper as barreiras do preconceito. 
 
 
II- ASSISTÊNCIA JURÍDICA 
 
a) A maior preocupação do condenado se relaciona com a sua situação 
processual. 
b) 95% da população prisional, não podem contratar advogado particular. 
c) O profissional do direito, precisa ter sensibilidade para perceber a situação 
daquele que cumpre pena (ansiedade, medo, etc.), atendendo-o, sem jamais 
lhe tirar a esperança – o direito é dinâmico. 
d) A assistência jurídica deve restringir-se aos condenados engajados na 
proposta da APAC, e confirmadamente pobres, levando sempre em 
consideração o mérito; 
e) Explicar quem são os responsáveis pelo atendimento jurídico da APAC, e 
como é feito este atendimento; 
f) Concluir com testemunho pessoal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III- O RECUPERANDO AJUDANDO O RECUPERANDO 
 
CARTAZ: “A PRISÃO EXISTE COMO CASTIGO, E NÃO PARA CASTIGAR”. 
 
a) O recuperando tem valores, que precisam ser despertados; 
b) Despertar o recuperando para os valores da vida em comunidade; 
c) Ajudá-lo a perceber que a raiz do bem e do mal, está no coração do 
homem; 
d) Não basta deixar de fazer o mal, é preciso fazer o bem; 
e) O recuperando ajudando o recuperando: 
• Substitui a polícia; 
• Acaba com a violência; 
• Respeito mútuo; 
• Trabalha na faxina, portaria, copa, cantina, farmácia, etc.; 
f) Representação de cela: 
• Disciplina o atendimento; 
• Acaba com a violência e disputa de poder; 
• Colabora com a limpeza e higiene pessoal e da cela; 
• Treinamento de líderes; 
• Acentua o rompimento do “código de honra”, onde os mais fortes 
dominam os mais fracos; 
g) CSS – Conselho de Sinceridade e Solidariedade: 
• Cada regime possui um Conselho; 
• É órgão auxiliar da administração da APAC; 
• O presidente do CSS é de livre escolha do presidente da APAC, que por 
sua vez escolhe seus pares; 
• O mandato do presidente do CSS é por tempo indeterminado; 
• O CSS, não tem poder de decisão; 
• Direito de defesa nas faltas; 
• Colabora em todas as atividades: opinando a cerca da disciplina, 
segurança, distribuição de tarefas, realização de reformas, promoção de 
festas, celebrações,farmácia, etc. 
• Reúne-se entre si, semanalmente; 
• Reúne com a população prisional semanalmente; 
• Concluir com testemunho pessoal. 
 
NOTAS: 
 
a) Para a preparação desta aula, consultar o livro “Vamos matar o criminoso?” 
b) Distribuir impresso: regulamento de cela (para reunião de grupo) 
c) Distribuir impresso: o ideal está morrendo (para leitura em grupo) 
d) Distribuir impresso: somos inovadores (para leitura em grupo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IMPRESSO - REGULAMENTO DAS CELAS / DORMITÓRIOS 
 
Art. 1º. Os alojamentos do regime fechado serão denominados celas, do regime semiaberto 
trabalho intramuros e semiaberto autorizado ao trabalho externo, dormitórios. 
 
Parágrafo Único. Caberá ao CSS de cada regime a designação das celas e dormitórios a serem 
ocupadas pelos recuperandos, mantendo obediência às seguintes normas: 
I. Não é permitido mudar de cama, cela ou dormitório sem ordem expressa do encarregado 
de segurança da entidade. 
II. O representante da cela ou dormitório será indicado pelo Conselho de Sinceridade e 
Solidariedade (CSS) e referendado pelo encarregado de segurança da APAC. 
III. As celas e dormitórios manter-se-ão trancados, podendo permanecer em seu interior, 
somente os recuperandos que estiverem comprovadamente doentes ou de castigo; 
 
Art. 2º. Cabe ao representante: 
I. Manter a disciplina geral da cela ou dormitório; 
II. Reunir os recuperandos sob a sua responsabilidade, ao menos uma vez por semana, 
consultando anseios e reivindicações, apresentando relatórios ao Conselho de 
Sinceridade e Solidariedade para opinar, e este, após, se necessário, remeterá ao 
encarregado de segurança da APAC. 
III. Manter o horário de silêncio (22h) e da alvorada (6h); 
IV. Explicar aos recuperandos novos, sempre que houver necessidade, o Regul. da APAC; 
V. Escalar o faxina do dia; 
VI. Fiscalizar a limpeza e organização; 
VII. Manter com rigor os preceitos de higiene pessoal, inclusive, barba preferencialmente 
raspada, e quando for o caso, devidamente aparada, e os cabelos cortados, roupas limpas, 
etc.; 
VIII. Fiscalizar o uso do armário e mantê-lo em absoluta ordem, não permitir varais, "come 
quietos" ou secagem de roupa nos alojamentos; 
IX. Não acender incensos ou similares; 
X. Não permitir jogos com apostas e negócios entre recuperandos; 
XI. Manter as instalações elétricas e hidráulicas em ordem; 
XII. Não permitir ferramentas de trabalho nos alojamentos; 
XIII. Não permitir medicamentos de qualquer espécie, e/ou desodorantes e perfumes; 
XIV. Não permitir fumar na cela, salvo quando houver autorização fundamentada da direção da 
APAC; 
XV. Não permitir a entrada de revistas e publicações pornográficas, conversas imorais, sobre 
crimes e violência; 
XVI. Não permitir a permanência de objetos sobre as camas; 
XVII. Visar os pedidos de compras, censurando o que julgar inconveniente e prejudicial à APAC; 
XVIII. Ser exemplar em sua conduta, participando de todos os atos programados pela APAC e 
concitar os demais companheiros a agir do mesmo modo. 
XIX. Inadmissível, constituindo-se falta disciplinar, a prática de ato libidinoso ou conjunção 
carnal com pessoas do mesmo ou de outro sexo; 
XX. Inadmissível, constituindo-se falta disciplinar, o uso de bebidas alcoólicas ou drogas de 
qualquer espécie; 
XXI. Inadmissível, constituindo-se falta disciplinar, a posse e/ou uso de celulares e notebook; 
XXII. Inadmissível, constituindo-se falta disciplinar, introduzir e/ou manter em qualquer dos 
regimes de cumprimento de pena na APAC, pen drive e/ou cartão de memória, que 
contenham vídeos e/ou fotos pornográficos, bem como, quaisquer conteúdos de apologia 
ao crime. 
 
 
 
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IMPRESSO - SOMOS INOVADORES 
 
 
 Para o inovador, a responsabilidade aumenta ou diminui? Quando algo 
não está funcionando bem, não basta arrumar um culpado, é preciso humildade, 
Ter uma visão de conjunto e corrigir na base. Dificilmente um erro é o fruto 
isolado da atuação do homem. Somos corresponsáveis. Há sempre fatores 
ocultos que precisamos levantar. Normalmente, vamos coletando imagens de 
ocorrências erradas e, o subconsciente que tudo registra, de repente projeta, no 
consciente, a soma dessas imagens e acabamos agindo, com base nesse 
modelo deformado e, aquilo que executamos, nos parece absolutamente certo. 
 É a ação inconsciente. Falar do que realizamos discutir ações, pedir 
opiniões, ajuda a todos nós a melhorar, corrigindo e aperfeiçoando nosso 
projeto. Se isto não acontecer, pouco tempo depois voltaremos a cometer os 
mesmos erros. Isto ocorre porque via de regra, nossas correções são 
superficiais, permanecendo inalterados os fatores de base, a fonte geradora. 
Não meditamos ou nos julgamos imperfeitos. É dever de todos avaliar sempre o 
que está fazendo, porque este é o melhor remédio para quem tem o propósito 
de melhorar e vencer. 
 
 
Como ensina Pe. Viera: 
 
 
“Quem não pergunta não quer saber 
quem não quer saber quer errar” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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IMPRESSO - O IDEAL ESTÁ MORRENDO 
 
 Para vencermos na vida, é indispensável que sejamos idealistas e determinados. 
 A determinação é uma grande virtude, própria das pessoas corajosas, destemidas, que 
acreditam, no êxito do que estão realizando e lutam com firmeza, superando barreiras, 
suplantando os céticos e não se deixando abater pela língua ferina daqueles que se alimentam 
da inveja e da calúnia. Idealistas sinceros são aquelas pessoas sequiosas pela preservação da 
dignidade e preocupadas em minorar o sofrimento do ser humano, diminuindo as injustiças. Por 
essa razão são vitoriosas. 
Aos que acreditam na força transformadora do amor e na misericórdia divina, resta 
apenas o consolo de saber que são vilipendiados e difamados por pessoas que nada fazem para 
si e muito menos para o outro, porque são dotadas de egoísmo tanto, capaz de transformá-las 
em indigentes espirituais, cegos em relação ao seu semelhante e à sua própria existência. 
 Infelizmente, estamos vivendo numa época onde poucos se preocupam em construir 
uma sociedade moralmente sadia. 
 Os pais idealistas que sonharam com filhos e famílias decentes sentem-se frustrados, 
pois seus ensinamentos se diluem no convívio pernicioso com o mundo desmotivado para a 
prática do bem e do correto. 
 Os meios de comunicação, em sua grande maioria, constroem uma imagem satânica e 
jogam esse material deteriorado dentro dos lares para consumo de nossa juventude. Preferem 
divulgar o preservativo, incentivar o sexo, a permissividade, sem revelar uma única pista 
favorável à autoestima e à dignidade. 
 A AIDS é fruto desta última geração, que elegeu o sexo e a droga como binômio favorito 
e mais importante da vida. E as autoridades atuam unilateralmente esclarecendo só um aspecto 
da questão, apoiando e incentivando essa pobre gente sem ideal, oferecendo seringas e 
preservativos para evitar a transmissão da doença fatal. 
 Enfim, o uso de drogas e o abuso sexual não constituem erro; o erro está na ausência 
de medidas preventivas e de cuidados especiais para a realização do ato! Há, quanto a tais 
questões, uma evidente inversão de valores. 
 Hoje, quando os filhos saem para os passeios e diversões, recebem de muitos pais 
preservativos, em vez de serem aconselhados ao uso da prudência, do respeito ao semelhante 
e da probidade. Qual deve ser a atitude correta? 
 A família se decompõe visivelmente em face deste cruel incentivo, à mercê do desmando 
destruidor dos valores éticos e morais porparte da mídia. E o governo permanece indiferente a 
esse quadro desolador. 
 Estamos, evidentemente, diante de mais um erro de diagnóstico: combate-se o efeito e 
esquece-se das causas. Nossos políticos agem assim premeditadamente, porque nas causas 
eles se encontram pela omissão ou como agente. 
 As incontáveis parturientes solteiras, entre 14 e 18 anos, cujos filhos sem identidade 
completa, virão a compor parcialmente, a geração deste novo século e com certeza revelarão a 
todos a falha imperdoável que estamos cometendo. 
 Asfixiamos, a cada dia; com maior intensidade, através da omissão, o ideal cristão, único 
meio capaz de que dispomos para reverter este quadro melancólico e devorador da família e da 
juventude. Parte dos idealistas está perdendo o estímulo e muitos, desanimados, deixam-se 
levar pela onda voraz dos nocivos costumes e caem vencidos em meio à luta. Eles acabam 
esquecendo que o desânimo é o pior de todos os fracassos. 
 Estamos à beira do abismo, em cujo fundo residem, definitivamente, os insensatos sem 
ideal, boa parte vítimas, diga-se de passagem, pelo fato de não terem tido a oportunidade de 
conviver com idealistas determinados. 
 Essa falsa participação do governo e de alguns seguimentos da sociedade em relação à 
juventude, que é instigada por eles a fazer sexo, a usar drogas, sempre tomando medidas 
cautelares é, no mínimo, atitude própria de imprudentes, preocupados tão somente em 
desmotivar o correto e o justo. É tapar o sol com a peneira. Cuidam do acessório, pouco se 
importando com o principal: a dignidade. 
 Precisamos, sem demora, socorrer o ideal, porque ele está morrendo por falta de 
idealistas. 
 Corramos logo, antes que seja tarde demais! 
 
 
 
 
 
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6a AULA 
 
TEMAS: 
I- ASSISTÊNCIA A SAÚDE 
II- O VOLUNTÁRIO E O CURSO PARA A SUA FORMAÇÃO (a. 
Casais Padrinhos) 
III- TRABALHO 
 
 
I- ASSISTÊNCIA À SAÚDE (ODONTOLÓGICA, MÉDICA, 
PSICOLÓGICA, DEPENDÊNCIA QUÍMICA, ETC.). 
 
A assistência à saúde é indispensável para a eficácia do Método, pois, assim 
como a assistência jurídica, é praticamente impossível aplicar os outros 
elementos e fazer com que o recuperando se comprometa à proposta 
apaqueana, sem que receba o mínimo atendimento médico, odontológico, 
farmacêutico e psicológico. 
 
Essas necessidades mais prementes precisam ser prontamente atendidas, 
reservando, portanto, em primeiro plano o cuidado à saúde. Logo, o ambiente se 
torna propício para o trabalho integral que o Método se propõe a realizar. 
Importante ressaltar que: 
a) O preso, via de regra, é um doente. 
b) É preciso atrair à equipe, médicos, psicólogos, enfermeiro, dentistas, 
terapeutas. 
c) Na medida do possível, os atendimentos devem ocorrer no próprio 
estabelecimento penal para evitar as escoltas – sempre difíceis e 
humilhantes. 
 
Quanto ao tema da dependência química, um dos maiores 
desafios no processo de recuperação de pessoas privadas de 
liberdade, sugerimos a leitura da cartilha: “Dependência 
Química: Caminhos do Cuidado”, o qual poderá ser adquirida 
no site www.fbac.org.br. 
 
Essa cartilha norteia o trabalho coordenado pela FBAC e 
realizado nas APACs, assim denominado: 
 
O Programa consiste em despertar 
os recuperandos e recuperandas 
das APACs, para a problemática 
da dependência do álcool e das 
drogas. Apresentar a vida em 
sobriedade e os caminhos 
disponíveis para alcançá-la, 
durante a execução da pena e 
após a permanência na APAC. 
 
 
 
 
 
 
http://www.fbac.org.br/
 
 
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II- O VOLUNTÁRIO E O CURSO PARA A SUA FORMAÇÃO 
 
O voluntário é essencial e dá vida à APAC, pois, conjuntamente com uma 
pequena equipe administrativa e com os próprios recuperandos, promoverão a 
plena aplicabilidade do Método. 
 
Contudo, considerando que o trabalho prisional não admite amadorismo, 
tampouco o improviso, todo e qualquer voluntário deve ser devidamente 
capacitado para bem executar suas atividades. 
 
Deste modo, é realizado anualmente em cada Centro de Reintegração Social, o 
Curso de Capacitação de Voluntários, no qual o futuro voluntário aprenderá 
sobre a história, finalidades, regulamentos, psicologia do preso, bem como se 
aprofundará no conhecimento dos 12 elementos fundamentais que regem a 
metodologia e permitem a eficaz recuperação da pessoa privada de liberdade. 
 
Para participar, o interessado deve buscar a APAC mais próxima a fim de 
verificar quando será realizada a próxima formação. 
São pressupostos importantes nos trabalhos desenvolvidos na APAC: 
a) Amor gratuito, constante e incondicional. 
b) Distinção entre funcionários e voluntários 
c) A remuneração deve restringir-se apenas às pessoas destacadas a 
trabalhar no setor administrativo. 
d) O desvirtuamento da proposta cria dificuldades à recuperação – o 
recuperando, via de regra, não acredita em quem vem ao presídio por 
dinheiro. 
e) A solução não está em “terceirizar” serviços. 
f) O Método APAC foi inspirado no sacrifício da cruz – na doação total. 
 
 
 
CASAIS PADRINHOS 
 
g) 98% dos recuperandos são provenientes de uma família desestruturada. 
h) As imagens que plasmam a personalidade. 
i) Rejeição / aceitação. 
j) Refazer a imagens dos pais. 
k) Afinidade entre recuperandos e padrinhos. 
l) Confidente – aceitá-lo como tal. 
m)Ponto de referência e apoio para quando sair em liberdade. 
n) Aconselhamento e ajuda na solução dos problemas. 
o) Contato com a família. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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III- O TRABALHO 
 
a) O trabalho tão somente, não recupera o homem. 
b) O trabalho deve fazer parte do contexto. 
c) Caso do José Cândido da Penitenciária que tinha vários diplomas e 
continuava ladrão. 
d) O trabalho no regime fechado: 
• A tarefa mais difícil do ser humano é separar o material do espiritual; 
• O regime fechado é o momento propício para a reflexão dos próprios 
valores; 
• Importância da laborterapia diversificada nesta etapa; 
• Cursos (cabeleireiro, música, eletricista, etc.), que tenham utilidade no 
próprio presídio; 
• Evitar o trabalho massificante, padronizado, mecânico, industrializado, 
etc. 
 
e) O trabalho no regime semiaberto intramuros: 
• Se o recuperando não tem profissão definida este é o momento oportuno 
para tê-la; 
• Cursos profissionalizantes; 
• Bolsas de estudos para mão de obra especializada ( sapataria, padaria, 
etc.); 
• O cumprimento do regime semiaberto deve ser na Comarca de origem, 
próximo do núcleo afetivo. 
 
f) O trabalho no regime semiaberto autorizado ao trablho externo / aberto 
(Prisão Albergue): 
• Inserção na sociedade; 
• Somente se promove ao regime aberto, o recuperando que tenha uma 
profissão definida e uma promessa de trabalho devidamente comprovada. 
 
g) Trabalho com ex-recuperandos: 
• Reuniões bimensais 
• Assistência social e psicológica 
 
 
NOTAS: 
a) O monitor deverá consultar o livro: vamos matar o criminoso? para a 
preparação desta aula, e orientações da FBAC 
b) Distribuir impresso: o trabalho no regime fechado (para estudo em grupo) 
c) Distribuir impresso: a visão cristã do método APAC (para estudo em 
grupo) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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35 
IMPRESSO: O TRABALHO NO REGIME FECHADO 
 
A tarefa mais difícil do ser humano é separar o material do espiritual. 
 
É preciso, portanto, que ensinemos, uns aos outros, o tempo todo, o perigo que 
representa a predominância dos bens materiais sobre os espirituais, e a nossa 
consciência acabe,consequentemente, perdendo a vontade de nos fazer conhecer 
melhor, de rever a condição de nossa filiação divina e, por fim, encontrar a dimensão 
infinita dos próprios valores, que não são terrenos. 
 Qualquer procedimento que tenha por objetivo ajudar o outro a se levantar, 
obrigatoriamente, deve começar pelo conhecimento de si mesmo, para melhorar a 
autoimagem, valorizando-se como ser humano, transformando o seu coração, tornando-
o acolhedor, tolerante e pacífico, capaz de perdoar e, em condições de, com perfeição, 
filtrar, rejeitando as mensagens negativas da mente. 
 O regime fechado é o momento propício para essa reflexão de descoberta dos 
próprios valores dos recuperandos, de contato com a dimensão ilimitada da bondade 
de Deus, e da possibilidade sempre presente de cada um recomeçar uma vida nova, 
feliz e plena de amor. 
 O Método APAC, recomenda os trabalhos laborterápicos ( artesanatos) para o 
regime fechado. Entretanto, quando falamos em artesanato, a interpretação deve ser 
extensiva, não podendo se limitar apenas às atividades comezinhas que todos estão 
habituados a ver nos presídios. É preciso uma visão ampla de maior dimensão, 
inclusive em vista da comercialização dos produtos. É necessário, por esta razão, que 
cada APAC pense no setor da laborterapia, como um setor curativo, de emenda do 
recuperando, abrindo-lhe todas as oportunidades para o desempenho da atividade 
artesanal, tais como: tapeçaria, pintura de quadros à óleo, pintura de azulejos, grafite, 
técnicas em cerâmica, confecção de redes, toalhas de mesa, cortinas, trabalhos em 
madeira, argila, silk screen, pintura de faixas, e tudo o mais que permita ao recuperando 
a criatividade, a reflexão sobre o que está fazendo. 
 Acrescente-se ainda, que a nossa experiência recomenda que, no regime 
fechado, se desenvolva quando possível algum trabalho diferente da laborterapia, tais 
como: cabeleireiro, auxiliar de enfermagem, garçom, música, monitores de 
alfabetização, etc., além da realização de pequenos cursos como: violão, eletricista, 
encanador, e outros, cuja mão de obra poderá ser utilizada dentro do próprio presídio. 
 É necessário, pois, evitar a todo custo que o trabalho massificante, padronizado, 
industrializado, faça parte do contexto da proposta apaqueana, nessa fase do 
cumprimento da pena. Terceirizar serviços ou transformar o estabelecimento penal em 
pequena indústria, deve ser evitado, pois se trata de tarefa reservada ao regime 
semiaberto, exatamente quando o recuperando já reciclou os seus valores, melhorou a 
autoimagem, e está consciente de seu papel na sociedade. Cometer esse equívoco de 
que apenas o trabalho recupera o preso não faz mais sentido. O trabalho não deixa de 
ser importantíssimo em qualquer proposta socializadora. Entretanto, nunca 
isoladamente, como muitos pensam. Se a APAC adotar essa estratégia enganosa de 
instituir, no regime fechado, serviços autômatos de produção em série, que propiciem 
ganhos financeiros, especialmente, por produção, será o mesmo que tomar o leito do 
rio cujas águas vão, inevitavelmente, desembocar no mar do sistema penitenciário. 
Somente pensamos em ter mudado e nada mais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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“Ninguém é irrecuperável.” 
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IMPRESSO: A VISÃO CRISTÃ DO MÉTODO APAC 
 
 Com relação aos voluntários, é preciso enfatizar que o trabalho apaqueano é baseado na 
gratuidade, no serviço ao próximo. O voluntário deve estar preocupado com a sorte do seu semelhante que 
tropeçou nos escombros dos caminhos da vida, caiu e precisa de uma mão amiga para levantar-se. 
 Para esse trabalho, o voluntário, verdadeiro apóstolo dos condenados, cumpram eles a pena na 
prisão ou na comunidade, precisa estar bem preparado. Sua espiritualidade deve ser exemplar, seja pela 
confiança que o recuperando nele deposita, seja pelas atribuições que lhes são confiadas, cabendo-lhes 
desempenhá-las com fidelidade e convicção. Quem tem uma boa espiritualidade, não vacila diante dos 
obstáculos que surgem. É necessário que seja correto em sua vida particular, tenha conduta exemplar na 
família, evite qualquer tipo de privilégios e seja amigo de todos. 
 No Método APAC, o amor há de ser gratuito, constante e incondicional, e por isso, a graça de 
Deus passa a ser a recompensa. O valor de um trabalho gratuito é incomensurável, pois é realizado por 
gestos concretos de doação, amor e convicção cristã. 
 A remuneração deve restringir-se apenas e prudentemente às pessoas destacadas a trabalhar no 
setor administrativo, cuja característica principal foge da marca do voluntariado. Além dessas pessoas, o 
voluntário, que presta serviço direto com os condenados, no que diz respeito a ele mesmo, como Inspetor, 
psicólogo, assistente social, médico, catequista, professor (de artes, alfabetização, suplência, enfermagem, 
música), pastor, advogado, dentista, sacerdote, se for remunerado, descaracteriza-se a proposta de 
trabalho com a participação da comunidade e, certamente, no momento em que a Entidade não tiver mais 
condições de dar continuidade a esse pagamento, ou as dificuldades começarem a surgir, tais como: fugas, 
rebeliões, perseguições, etc., ela deixará de existir, porque despertou o interesse material, que assumiu o 
lugar da doação, do serviço gratuito. Essa inversão passa a ter caráter irreversível, sabor de morte. 
 É de se destacar, ainda, acerca desse aspecto em questão, que poderá facilmente com esse 
desvirtuamento da proposta, aguçar-se a presença da corrupção, já que o interesse passa a ter uma 
conotação material e acumulativa nesse contexto. É inquestionável que, em se sabendo que o prestador 
de serviços é remunerado, a oferta de propinas fica muito mais viável de ser levada a efeito, especialmente 
no ambiente prisional, onde quase tudo tem seu preço. 
Convém realçar também, que as inúmeras dificuldades que a APAC encontra para sobreviver, 
inclusive de ordem financeira, desperta o sentimento de seus adeptos para a luta, visando superá-las, 
revelando tratar-se de uma verdadeira obra de Deus. Por outro lado, não se pode olvidar que o que chega 
fácil, com a mesma facilidade poderá deixar de existir, por não haver o comprometimento do cristão. 
 O recuperando que é muito sensível, percebe facilmente quando se trata de alguém que vem 
acudi-lo com amor, estende-lhe a mão sem interesse algum, garantindo assim, a eficácia do Método. Para 
que haja verdadeira emenda, reformulação dos seus valores e profunda conversão deve haver o 
testemunho, o exemplo, a renúncia, a praxes. Por outro lado, é evidente que se percebe quem comparece 
à prisão para executar determinada tarefa, em troca de uma remuneração, um pró-labore, por menor que 
seja, o que é deletério para a sinceridade indispensável à emenda e à reintegração do condenado no 
convívio social. 
 Por fim, temos de convir, que a sociedade globalmente precisa e deve ser motivada, convocada 
para esse trabalho gratuito que visa protegê-la. A APAC necessita sensibilizá-la o tempo todo, quer por 
meio de campanhas de arrecadação de fundos ( destinados, em regra, a despesas imprescindíveis em 
favor dos próprios recuperandos), quer na ampliação de seu quadro social, da conquista de novos 
doadores. Tudo isso é que tem garantido o sucesso da APAC, que a tem tornado permanente e vencedora. 
O respaldo da própria sociedade, evitando que haja dependência de um único órgão que a faça existir, 
subvencionando-a com exclusividade, empresta-lhe eficácia e sentido de durabilidade e serenidade. 
 A solução não está em “terceirizar” esse serviço, mas em conquistar segmentos da sociedade que 
passam a cooperar com espírito cristão e com a consciência do elevado valor social da obra, hoje, amanhã 
e sempre, certa de que a receptividade encontrada é recompensadora. Isso não impede, entretanto, que 
se firme convênios, que se receba ajuda oficial, desde que a aplicação desses recursos tenha destinação 
que

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