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Unidade 1 – Princípios Básicos de Introdução à Economia Objeto de estudo da economia: é a questão da escassez, ou seja, como “economizar” recursos. Condição Fundamental: todas as sociedades, qualquer que seja seu tipo de organização econômica ou política, são obrigadas a fazer escolhas, uma vez que os recursos não são abundantes. 1 1.1 Questões Econômicas Fundamentais: Conceitos fundamentais para o entendimento do fenômeno econômico: • recursos (1) • escassez (1) • necessidades (2) • escolha (3) • produção (3) • distribuição (3) (1) Recursos são escassos e limitados (2) Necessidades humanas ilimitadas (3) Toda sociedade tem que escolher alternativas de produção e distribuição 2 Questões Econômicas Fundamentais. A partir da escassez de recursos, associada às necessidades ilimitadas do homem, originam-se as chamadas questões fundamentais. 3 • O que produzir? • Quanto produzir? • Como produzir? • Para quem produzir? Quadro-resumo: Necessidades humanas ilimitadas X Recursos produtivos escassos Escassez O que e quanto produzir Como produzir Para quem produzir Escolha 4 5 Como as sociedades resolvem os problemas e dilemas econômicos fundamentais – o que, quanto, como e para quem produzir? Através da forma de organização da sociedade, que pode ser: • Economia de mercado (ou descentralizada) • Economia planificada (ou centralizada) 1.2 Sistema Econômico: organização e funcionamento 6 FUNCIONAMENTO DE ECONOMIA DE MERCADO (Descentralizada) Dois sistemas de economia de mercado: • SEM interferência do governo • COM interferência do governo Sem interferência do governo DEFINIÇÃO: Os produtores e os consumidores têm competência para resolver os problemas econômicos fundamentais, ou seja, “guiados” pela mão invisível. Sem a interferência do governo. Isso é possível através do mecanismo de preços. 7 • Caso haja EXCESSO DE OFERTA: as empresas acumularão estoques e serão obrigadas a diminuir seus preços para reduzir esse estoque até o nível satisfatório do volume de estoque. Surgirá a concorrência. • Caso haja EXCESSO DE DEMANDA: os consumidores farão filas em busca dos bens disponíveis e escassos. O preço tenderá a aumentar até um nível de equilíbrio em que as filas acabarão. 8 Sistema de Concorrência Pura (= sem interferência do governo) 9 Mercado de bens e serviços – onde se formam os preços FAMÍLIAS EMPRESAS Mercado de fatores de produção – onde se formam os preços Como proprietário dos FP Como consumidores de bens e serviços Como vendedores de bens e serviços Como compradores dos FP Demanda de bens e serviços Oferta de Bens e serviços Oferta de Serviços dos FP Demanda de Serviços dos FP O que e quanto produzir Para quem produzir Como produzir 10 Com interferência do governo • No século XX os sindicatos e os monopólios e a intensidade do desenvolvimento do mercado de capitais e do comércio internacional tornou a economia mais complexa. • Nos anos 30 ocorreu a grande depressão, que mostrou que o mercado sozinho não opera no plenoemprego. Assim evidenciando a necessidade de atuação do setor Público na economia. 11 Atuação do Governo Objetivo: Eliminar distorções alocativas e distributivas. Operacionalidade: 1) Atuação sobre a formação de preços, minimizando a externalidade. Através: fixação do salário-mínimo, taxa de câmbio, tabelamento de preços. 2) Complemento da iniciativa privada, principalmente no investimento de infra-estrutura básica. 3) Fornecimento de serviço público. 4) Fornecimento de bens públicos, que são bens fornecidos pelo Estado e não vendidos no mercado. 5) Compra de bens e serviços do setor privado. 12 FUNCIONAMENTO DE ECONOMIA PLANIFICADA (Centralizada) Formas para resolver problemas econômicos: implementar Agências Nacionais, que são órgãos reguladores. Operacionalidade da economia centralizada: • O Estado é o proprietário dos recursos. • Os meios de sobrevivências pertencem às famílias • As agências estabelecem metas de planejamento 13 Curva (ou Fronteira) de Possibilidade de Produção Objetivo: - Ilustrar a questão da escassez de recursos - Apresentar as alternativas que a sociedade dispõe para resolver problemas econômicos fundamentais (o que, quanto, como e para quem produzir) Conceito teórico: - É a fronteira máxima que a economia pode produzir, dado os recursos produtivos limitados - Apresentar as alternativas de produção da sociedade, supondo todos os recursos plenamente empregados 14 Curva de Possibilidade de Produção • Suponhamos que a economia produza somente dois bens (canhão e manteiga), sendo que são empregados os recursos (mão-de-obra, capital, terra, recurso natural, matéria-prima) • As alternativas de produção são: manteiga canhão Alternativas de produção A B C D E F 0 3 6 8 9 10 15 14 12 10 7 0 15 manteiga canhões A B C D EF Curva de Possibilidade de Produção 16 Conclusão: - É o limite máximo de produção, com os recursos que a sociedade dispõe, num dado momento - Dada a escassez de recursos, a sociedade deve decidir qual ponto da curva escolherá: A, B, C, D, E ou F. Exemplo: em A todos os recursos estão na produção de canhão. -Pontos além da CPP não poderão ser atingidos com os recursos disponíveis. -Pontos internos à CPP são situações que a economia não está empregando todos os Recursos de que dispõe. 17 Custo de Oportunidade Conceito: - É a transferência dos fatores de produção do bem X para produzir um outro bem Y. Ou seja, é o sacrifício de deixar de produzir parte do bem X para produzir mais do bem Y. 18 Mudança na CPP O conceito de CPP refere-se aos recursos disponíveis num dado momento do tempo. Mas se houver aumento da disponibilidade de recursos produtivos (ou desenvolvimento tecnológico), a curva se deslocará para direita. 19 Unidade 2 – Demanda e Oferta de Bens e Serviços Conceito básico de DEMANDA: É a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período, dado seu salário, seus gastos. Desse modo, representa um DESEJO. 20 Fundamentos da Teoria da Demanda: 1) UTILIDADE - Os fundamentos da demanda são baseados na UTILIDADE. - A UTILIDADE representa o grau de satisfação ou bem-estar que os consumidores atribuem aos bens que adquirem no mercado. - A UTILIDADE TOTAL tende a aumentar quanto maior a quantidade consumida de bem ou serviço. (Curva crescente) - A UTLIDADE MARGINAL é a satisfação adicional obtida pelo consumo de mais uma unidade do bem. É decrescente porque o consumidor vai saturando-se do bem, quanto mais o consome. (Curva decrescente) 21 2) CURVA DE INDIFERENÇA E RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA Ideia básica da Teoria da Demanda: - A Teoria da Demanda é desenvolvida tendo como hipótese o consumidor que quer alcançar o máximo de sua utilidade (ou bem-estar), limitado pelo nível de renda e pelos preços dos bens (e serviços) que pretende adquirir. Para isso, usamos a CURVA DE INDIFERENÇA E RESTRIÇÃO ORÇAMENTÁRIA. 22 Curva de Indiferença É um instrumento gráfico que serve para ilustrar as preferências do consumidor. Os pontos da curva de indiferença representam diferentes combinações de bens que dão ap consumidor o mesmo nível de utilidade. Assim analisamos diferentes cestas de bens do consumidor, dado nível de utilidade e bem-estar. Carne (kg) Batata (kg) Uo 8 5 3 2 3 5 A B C 23 Característica da Curva de Indiferença Inclinação negativa: para manter o mesmo nível de bem-estar, devemos aumentar o consumo de determinado bem e reduzir o consumo do outro bem, substituindo. Mapa de Indiferença: Quanto mais alta a curva de indiferença, maior a satisfação que o consumidor pode obter no consumo de dois bens. 24 Restrição Orçamentária É o montante de renda disponível do consumidor, em um dado período de tempo. Ou seja, limita as possibilidades de consumo, condicionando o quanto pode gastar. ROBatata (kg) Carne (kg) • Abaixo da reta, o consumidor gasta abaixo do que poderia gastar; • Acima da RO, não tem condições de adquirir os bens com a renda que dispõe 25 Equilíbrio do consumidor Carne (kg) Batata (kg) Uo 8 5 3 2 3 5 A B C Equilíbrio do Consumidor 26 Observação: (página 37) 1) Supondo que o consumidor sempre busque situações que maximizem sua satisfação, dada sua renda e os preços dos bens e serviços que deseja adquirir. Variáveis (fatores) que afetam a DEMANDA: - Riqueza (e sua distribuição) - Renda (e sua distribuição) - Preços dos outros bens - Fatores climáticos e sazonais - Propaganda - Hábitos, preferências dos consumidores - Expectativas sobre futuro - Facilidades de crédito (taxa de juros, prazos) 27 A demanda é dependente de algumas variáveis (considerando O mercado de bens e serviços). São elas: - Quantidade procurada do bem, num dado período - Preço do bem - Preços dos bens substitutos - Preços dos bens complementares - Renda do consumidor - Gostos, hábitos, preferências Observação: 1) Para estudar o efeito individual de cada uma dessas variáveis sobre a procura de determinado bem ou serviço, recorremos ao ceteris paribus (todas as demais variáveis permanecem constantes) 28 Relação entre Quantidade Demandada e o Preço do Próprio Bem: A quantidade demandada de um bem ou serviço varia na relação inversa de seu preço. Porque existe essa relação inversa entre preços e quantidades? 1º) Efeito SUBSTITUIÇÃO: o bem fica mais barato relativamente aos Concorrentes, com o que a quantidade demandada aumenta 2º) Efeito RENDA: com a queda de preço, o poder aquisitivo do consumidor aumenta, e a quantidade demandada do bem tende, normalmente, a aumentar. Isto é, ao cair o preço de um bem, mesmo que sua renda não variando, o consumi- dor pode comprar mais mercadorias. ASSIM, A CURVA DE DEMANDA É NEGATIVAMEMTE INCLINADA. 29 Relação entre Demanda de um Bem e Renda do Consumidor: 1º) Bem NORMAL: aumentos da renda levam ao aumento da demanda do bem. 2º) Bem INFERIOR: aumentos da renda levam à queda de demanda do bem. Exemplo: carne de segunda. 3º) Bem NEUTRO: se aumentar a renda do consumidor, não aumentará a demanda do bem. São os casos de alimentos básicos, como açúcar, sal, arroz. 30 E L A S T I C I D A D E S (página 63) Elasticidade é a sensibilidade, a resposta, a reação de uma variável, em face de mudanças em outras variáveis. - Elasticidade-preço da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. - Elasticidade-renda da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada uma variação percentual na renda, coeteris paribus. - Elasticidade-preço cruzada da demanda: é a variação percentual na quantidade demandada, dada a variação percentual no preço de outro bem, coeteris paribus. - Elasticidade-preço de oferta: é a variação percentual na quantidade ofertada, dada a variação percentual no preço do bem, coeteris paribus. 31 P R O D U Ç Ã O (página 109) 1) Por que escolhemos o processo de produção? Porque a produção é a principal etapa de industrialização da firma. Ou seja, é o processo pelo qual uma firma transforma os fatores de produção adquiridos em produtos ou serviços para a venda no mercado. 2) Desse modo, a firma é intermediária. A firma compra insumos e combina com os processos de produção escolhidos e posteriormente vende. 32 Processo de Produção Insumos Mão-de-obra Capital Terra Matéria-prima Processo de Produção Produto 33 Produto Total: é a quantidade total produzida, em determinado período de tempo. Produtividade Média: é a relação entre o nível do produto e a quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. Exemplos: 1) Produtividade média da mão-de-obra: produto mão-de-obra 2) Produtividade média do capital: produto capital Etc. C O N C E I T O S 34 Produtividade Marginal: é a variação do produto, dada uma variação de uma unidade na quantidade do fator de produção, em determinado período de tempo. Ou seja, representa a contribuição adicional de cada fator de produção. 35 Isoquantas de Produção Conceito da Isoquanta: - Igual quantidade de produto; -São processos produtivos igualmente eficientes, determinados pela tecnologia disponível, e capazes de produzir a mesma qualidade do bem ou serviço final. Características da Isoquanta: -Inclinação negativa que representa a taxa de intercâmbio de um fator pelo outro que mantém o mesmo nível de produção; -Convexa em relação à origem. 36 Custos Contábeis e Custo de Oportunidade -C. Contábeis: envolve dispêndio monetário -C. de Oportunidade: são custos implícitos e sem desembolso. São os valores dos insumos que pertencem à empresa e são usados no processo Produtivo, mas poderiam não ter sido usado, e esse capital poderia estar aplicado no mercado financeiro. Custo de Produção 37 Exemplos: 1)Capital mantido em caixa na empresa: o custo de oportunidade é o que a empresa poderia estar ganhando, aplicando, por exemplo, no mercado financeiro. 2) Quando a empresa tem um prédio próprio, ela deve imputar um custo de oportunidade, correspondente ao que ela receberia se alugasse o prédio. 3) O estudante: o custo de oportunidade de estudar é representado pelo que ele está deixando de ganhar, se trabalhasse. 38 Custo Total, Custo Variável e Custo Fixo Custo Variável Total: parcela do custo que Varia quando a produção varia. Custo Fixo Total: parcela do custo que se mantém fixa, quando a produção varia, ou seja, são os gastos com fatores fixos de produção. Aluguel. Custo Total: é a soma do custo variável total com custo fixo total. 38 Custo a Longo Prazo O longo prazo é um período de tempo no qual todos os insumos são variáveis. O longo prazo é um horizonte de planejamento e não o que está sendo efetivamente realizado. 40 Equilíbrio do Produtor O equilíbrio do produtor é o ponto no qual a empresa seja eficiente do ponto de vista econômico e também estará maximizando o lucro. A maximização do lucro ocorre a partir da maximização da produção (com o máximo da receita total) e da minimização dos custos (combinação ótima dos fatores de produção com menor custo). 41 Definição de Mercado: São os mercados de produtos finais, serviços, ou, então, de fatores de produção que serão comercializados e negociados entre dois agentes conflitantes – consumidores e empresas. E nessa relação buscam o PREÇO. Estruturas de mercado - DEFINIÇÃO 42 43 Estruturas de mercado - CONTEXTUALIZAÇÃO Ideias Fundamentais para Entendimento dos Mercados: 1) O mercado é caracterizado pela ideia de um espaço econômico, descarta-se possibilidade de delimitação de uma área particular. 2) Nos mercados temos qualquer tipo de intercâmbio, ou seja, pode ser uma troca direta ou indireta. 3) As negociações são voluntárias 4) Não é necessária a presença explícita das partes envolvidas no processo de compra e venda 5) As negociações podem ser feitas em mercados atacadistas ou varejistas. 44 Estruturas de mercado - DETERMINANTES DAS ESTRUTURAS 1) Mercado atomizado: são mercados com uma grande quantidade de agentes e as decisões de cada um desses agentes não são captadas pelos outros agentes. Isso deixa de acarretar alteração no comportamento do concorrente. Exemplo: os agentes são os tomadores dos preços, ISOLADAMENTE, e jamais pressionarão para que os preços possam ser ditados pelo mercado. 2) Mercado Não-atomizado: poucos agentes estão presentes. As alterações comportamentais de qualquer um dos agentes será captada pelos demais. São exemplos de mercados não-concorrencial. 45 Estruturas de mercado – NATUREZA DOS PRODUTOS 1) Mercado puro: existe quando há a homogeneidade entre os bens negociados. Desse modo, os bens são idênticos, ou seja, qualquer um deles pode ser substituído pelo outro. Exemplo: água mineralsem gás, flores, cimento. 2) Mercado imperfeito: são as negociações de produtos não-homogêneos quanto à origem, condição de comercialização e qualidade. Não são produtos facilmente substituíveis. 46 Estruturas de mercado – CONCORRÊNCIA PURA CARACTERÍSTICAS: atomização de mercado; homogeneidade de produtos; livre mobilidade dos agentes; transparência nas informações. EXEMPLO: comercialização de melancia. Para o consumidor é indiferente Adquirir o produto de um vendedor ou de outro. É um produto homogêneo. Os produtores se contém com o preço que o mercado estabelece. NA PRÁTICA: os empresários (comerciantes) precisam entrar precocemente em mercados emergentes antecipando a competição. Essa entrada deve ser rápida para obter ganhos extraordinários da alta demanda. Não devem mostrar despreparo para enfrentar a concorrência potencial, nem estar preocupados com os ganhos e vantagens. Devem competir pela eficiência em custos. 47 Estruturas de mercado – MONOPÓLIO CARACTERÍSTICAS: único produtor e é responsável por toda a produção industrial. Esses agentes são os ditadores dos preços. Não tem produto final substituto. Os governos evitam esse tipo de mercado. Os empresários auferem lucros exorbitantes, pois nenhum outro agente entra nesse mercado. BARREIRAS AOS MONOPOLISTAS: tecnológicas; legais e institucionais. VANTAGENS: produção em larga escala com redução dos custos. DESVANTAGENS: falta de estímulo à melhoria dos métodos produtivos; consumidor pode perder o interesse pelo produto. 48 C o m é r c i o E x t e r n o – p. 355 As relações econômicas vão além dos limites territoriais de um país. As economias são interligadas por operações econômicas, financeiras e políticas. Todas essas relações internacionais fazem com que o desempenho econômico de um país dependa não apenas do que acontece internamente, mas também dos acontecimentos externos. Exemplos: as crises financeiras dos anos 90 nos países emergentes México, Rússia, Brasil e Ásia. Falar em globalização significa dizer intensificar as relações econômicas internacionais sob o aspecto comercial, produtivo e financeiro. Não é um fenômeno novo mas se confunde com o próprio desenvolvimento das sociedades modernas. 49 Fundamentos do Comércio Internacional: A teoria das vantagens comparativas O que leva os países a comercializarem entre si? É a diversidade de condições de produção ou a possibilidade de redução de custos (chamada obtenção de economia de escala) na produção de determinado bem vendido para um mercado global. Na prática o PRINCIPIO DAS VANATAGENS COMPARATIVAS sugere que cada país especialize-se na mercadoria cuja a produção é mais eficiente e que tenha um custo relativamente menor. Essa será a mercadoria a ser exportada. Esse mesmo país importará os bens cuja produção implicará um custo relativamente maior e que seja relativamente menos eficiente. DESSE MODO, explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes, a partir da qual se concretiza o processo de troca entre eles. 50 Taxa de Câmbio e Política Cambial Quando falamos do comércio entre países levamos em conta que eles apresentam moedas diferentes. Daí surge a TAXA DE CÂMBIO que é a medida de conversão da moeda nacional em moeda de outros países. DETERMINAÇÃO DA TAXA DE CÂMBIO pode acontecer de dois modos: -Institucional: quando as autoridades monetárias decidem sobre a fixação periódica da taxa de câmbio. São as chamadas TAXAS FIXAS DE CÂMBIO -Através do Mercado: quando as taxas flutuam automaticamente, em função das pressões de oferta e de demanda por moedas estrangeiras. São as chamadas TAXAS FLUTUANTES DE CÂMBIO. Na prática está relacionada com os preços dos produtos exportados e importados, consequentemente com o resultado da balança comercial e do balanço de pagamentos do país. 51 Regime Cambial -CÂMBIO FIXO: O Banco Central fixa antecipadamente a taxa de câmbio com a qual o mercado vai operar. Ou seja, o Banco Central é obrigado a comprar e vender à taxa preestabelecida. -CÂMBIO FLUTUANTE: A taxa é determinada pelo mercado, por meio de oferta e demanda de moeda estrangeira. A oferta é suprida pelos exportadores e por todos aqueles que trazem divisas do exterior. Já a demanda é formada pelos importadores e por todos aqueles que necessitam de divisas para enviar ao exterior. 52 Câmbio e Inflação Existe uma relação direta entre taxa de câmbio, importação e exportação. Os movimentos das taxas de câmbio tendem a ter impactos reais sobre o comércio internacional. As implicações de uma desvalorização ou valorização cambial vão muito além do comércio. Elas impactam sobre a inflação. Quando ocorre uma DESVALORIZAÇÃO CAMBIAL o preço dos bens importados tende a cair. O residentes do país passam a importar mais e aumentam a competição do produto importado em ralação aos nacionais. A VALORIZAÇÃO CAMBIAL permite “ANCORAR” os preços internos e reduzir a taxa de inflação. A isso chamamos âncora cambial. Políticas Comerciais Os mecanismos das políticas comerciais interferem no fluxo de mercadorias entre residentes e não-residentes no país. As três principais políticas comerciais são: tarifas de importação, cotas de importação e subsídios às exportações. 53 54 S E T O R P Ú B L I C O - P. 392 A atuação econômica do setor público (do governo) justifica-se ao fato do mercado não conseguir cumprir adequadamente algumas funções ou tarefas. Logo a presença do Estado é necessária . 55 Funções Econômicas do Setor Público -FUNÇÃO ALOCATIVA: o governo fornece bens e serviços que não são oferecidos adequadamente pelo sistema de mercado. Exemplo: são bens públicos de consumo Coletivo que tem como principal característica a impossibilidade de excluir alguns indivíduos de seu consumo. Não é um bem disputável. Poste de iluminação pública com energia elétrica da rua. -FUNÇÃO DISTRIBUTIVA: o governo funciona como um agente redistribuidor de renda à medida que, por meio de tributação, retira recursos da parcela rica da sociedade e transfere aos menos favorecidos. Exemplo: alterar a estrutura tributária. Colocar impostos progressivos, ou seja, os indivíduos mais ricos pagam uma alíquota maior de imposto. 56 -FUNÇÃO ESTABILIZADORA: é relacionada com a intervenção do Estado na Economia de modo a alterar e controlar o comportamento do nível de preços e emprego. 57 -PRINCÍPIO DA NEUTRALIDADE: a neutralidade dos tributos é obtida quando o aumentos desses não é repassado ao preço final dos produtos. -PRINCÍPIO DA EQUIDADE: o imposto deve distribuir seu ônus de maneira justa entre os indivíduos. Divide-se em – princípio DO BENEFÍCIO e princípio DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO. vPRINCÍPIO DO BENEFÍCIO: é um tributo justo que cada contribuinte paga ao Estado um montante diretamente relacionado com os benefícios que recebe do governo. vPRINCÍPIO DA CAPACIDADE DE PAGAMENTO: as famílias, as empresas deveriam contribuir com impostos de acordo com a sua capacidade de pagamento. Exemplo: Renda, consumo e patrimônio. Estrutura Tributária
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