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PEI_TUT_M2 FINAL

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1
Tutoria
MÓDULO 2 
ATUAÇÃO DO TUTOR: IMPORTÂNCIA E CONTEXTOS
Apresentação do módulo
Cursista, seja bem-vindo ao Módulo 2 do curso de Tutoria!
No Módulo anterior, você pôde conhecer como a Metodologia da Tutoria se insere no Pro-
grama Ensino Integral, de forma a propiciar condições para o desenvolvimento do Proje-
to de Vida dos estudantes, tendo como objetivo potencializar as três dimensões: pessoal, 
acadêmica e profissional que colaboram com a formação integral dos estudantes.
Neste Módulo, vamos nos aprofundar um pouco mais na Tutoria e descobrir como o 
professor tutor pode auxiliar os estudantes, reconhecendo seu papel, e quais ações 
podem ajudá-los. Vamos abordar a dimensão pessoal da Tutoria com intenção de 
apoiar o tutor com atividades que fortaleçam sua prática. Para isso, estudaremos o 
tema Atuação do tutor: importância e contextos, pois é fundamental para a com-
preensão e o aprimoramento da sua atuação.
Por fim, você também conhecerá como criar uma relação de confiança entre tutor e 
tutorado por meio das competências socioemocionais. 
Objetivos de aprendizagem do Módulo
Os objetivos específicos do Módulo são:
Compreender as possibilidades de atuação no âmbito das relações pessoais.
Compreender o papel do tutor.
2
E o seu Diário de bordo? Como será que está ficando?
Como você sabe, o Diário de bordo é uma prática de estudo, por isso esperamos que 
você tenha separado um caderno, um bloco de notas ou até mesmo uma versão digi-
tal de registro e tenha anotado as informações que considera importantes ou que lhe 
chamaram a atenção. Nesse documento, você também pode incluir ideias e reflexões 
que tenham inspirado você, propondo adaptações, caso esteja atuando como tutor ou 
pretenda aplicar essa metodologia. 
Importante
3
Cursista, ao longo de nossas vidas interagimos com muitas pessoas e, possivelmente, 
algumas delas podem exercer influência em nosso modo de pensar e/ou agir. Às ve-
zes, essa influência não acontece de forma direta, mas por meio de um personagem 
marcante de livro ou filme que pode nos inspirar em diversos momentos.
O tutor é como um desses personagens que nos inspiram e nos ajudam a enxergar 
melhor alguma situação ou nos lembrar de detalhes importantes, para não perder-
mos o foco em nossos objetivos. Neste caso, o foco é o Projeto de Vida do estudante.
Mas, afinal, qual é o papel do tutor?
Vamos assistir ao vídeo da Vice-diretora Cristiane de Freitas Carvalho, da E. E. Prof. 
Sebastião Ferraz de Campos, da DER de Bragança Paulista, e conhecer mais sobre 
essa função: https://www.youtube.com/watch?v=SaGsjLvVRsA.
Ainda não ficou muito claro o papel do tutor? Não tem problema!
Vamos analisar um cenário para entendermos melhor como isso acontece na prática.
Unidade 1
O papel do tutor
https://www.youtube.com/watch?v=SaGsjLvVRsA
4
Cenário 1 – Virgílio, Daniel e o Projeto de Vida
Virgílio é professor de História e tutor de Daniel, um estudante do 7o ano que ainda 
não tem muita certeza sobre seu Projeto de Vida.
Virgílio, então, resolve preparar uma pequena atividade para realizar com Daniel no 
momento da Tutoria.
Uma atividade curta com apenas 4 questões sobre as preferências de Daniel e, ao fi-
nal, um desenho para colorir e um quadro de diálogo para preencher.
Veja a seguir como ficou a atividade que Virgílio preparou para Daniel:
Realizando esta atividade, Virgílio pôde colocar-se ao lado de Daniel e apoiá-lo na idea- 
lização de seu Projeto de Vida. Esse posicionamento lateral entre tutor e tutorado con-
duziu Daniel à reflexão, abordando os aspectos da sua vida acadêmica, profissional e 
pessoal.
5
1. Cursista, agora vamos exercitar sua habilidade como tutor frente a três possíveis res-
postas do tutorado Daniel no item 4 da atividade proposta por Virgílio.
 Avalie qual feedback é o mais adequado para Daniel em cada situação.
a) Qual feedback é o mais adequado?
I. Daniel, o que você acha que seu eu do futuro quis dizer com a expressão “ter um 
futuro melhor”?
II. Daniel, você terá que estudar mais se quiser ter um futuro melhor.
b) Qual feedback é o mais adequado?
I. Daniel, como você acha que deveria ser esse treino para se tornar o melhor joga-
dor do mundo?
II. Daniel, você já falou com o professor de Educação Física? Quem sabe ele pode 
treiná-lo ou até mesmo te indicar para uma escola de futebol!
c) Qual feedback é o mais adequado?
I. O que é que você anda fazendo que o fará tão realizado daqui a 15 anos?
II. Você considera todas as suas ações e atitudes adequadas para sentir-se feliz e 
realizado daqui a 15 anos?
6
Você percebeu como uma atividade simples e personalizada pode abrir possibilidades 
para as tutorias? Pois então, este é o papel do tutor: auxiliar seus tutorados a desenvol-
verem suas potencialidades e orientá-los a buscarem soluções para os desafios que en-
contrarem na execução do Projeto de Vida.
Tome nota
7
Até aqui, compreendemos que a Tutoria abarca três dimensões da vida dos estudan-
tes: a acadêmica, a profissional e a pessoal. Contudo, sabemos que os problemas e 
conflitos sociais podem existir em todos os lugares, e o tutor deve estar atento quan-
do abordar as questões pessoais dos tutorados, pois o foco é auxiliá-los a encontrar as 
respostas para seus desafios e dificuldades, e não opinar sobre questões particulares.
Agora, vamos analisar situações para entender melhor como acontece a Tutoria como 
apoio pedagógico e acadêmico na prática com o Ensino Fundamental – Anos Finais e 
o Ensino Médio.
Unidade 1.1
A Tutoria como apoio pedagógico-acadêmico
Não se esqueça de fazer anotações sobre suas impressões em seu Diário de bordo nem 
de desenhar propostas e adaptações para sua realidade escolar.
Diário de bordo
8
Cenário 1 – Anos Finais: Professora Malu e sua tutorada
Malu é professora dos Anos Finais do Ensino Fundamental em uma escola PEI. Uma 
de suas tutoradas, bem extrovertida, vem relatando que está com dificuldades de 
entender alguns conteúdos de Matemática. Contudo, Malu ministra aulas do compo-
nente Arte e se considera pouco preparada para auxiliar sua tutorada com cálculos, 
por isso procura a professora de Matemática.
A professora de Matemática informa a Malu que está trabalhando ângulos e polígo-
nos regulares com a turma da tutorada e também que um dos colegas de turma tem 
muita facilidade com esse objeto de conhecimento.
Durante a Tutoria, Malu conversa com sua tutorada e verifica o caderno da estudante, pe-
dindo para que ela aponte as atividades em que tem maior dificuldade para solucionar.
No intervalo, Malu procura o estudante citado pela professora de Matemática e per-
gunta se ele poderia auxiliar sua tutorada com alguns exercícios.
A partir desse cenário, vamos analisar algumas hipóteses do que pode acontecer.
2. Assinale como Malu deve proceder em cada situação.
a) Situação 1: O estudante concorda em auxiliar a colega com as atividades de Ma-
temática e a tutorada acha uma excelente ideia.
I. Malu conversa com sua tutorada e com o estudante e pergunta como ambos 
poderiam se ajudar, auxiliando-os a construir um plano de estudo.
II. Malu combina e organiza um momento durante a Tutoria para ambos os estu-
dantes se encontrarem e realizarem os exercícios de Matemática.
9
b) Situação 2: O estudante não se sente muito à vontade em ajudar e diz que depois 
conversa com a colega para ver do que ela precisa. 
I. Malu conversa com o tutor do estudante e descobre que ele tem dificuldades 
em História, componente em que a tutorada de Malu tem muita facilidade, en-
tão organiza um encontro entre estudantes para combinar como eles poderiam 
se ajudar.
II. Malu conversa com sua tutorada e diz a ela para procurar o colega durante as aulas 
de Matemática e pedir para ele ajudá-la, sem informar ao garoto antecipadamente.
c) Situação 3: O estudante afirma que não tem muita afinidade com a colega e não 
tem interesse em ajudá-la.
I. Malu respeita o posicionamento do estudante e não o procura mais. Conversa 
com sua tutorada e diz que, infelizmente,não pode ajudá-la.
II. Malu respeita o posicionamento do estudante e recomenda que ele crie uma 
rede para compartilhar seus conhecimentos com sua turma, até que o auxílio 
chegue a sua tutorada. Além disso, Malu sugere a ela uma videoaula sobre a 
construção de ângulos utilizando folhas de papel e prepara uma pequena folha 
com figuras de polígonos regulares para a tutorada colorir e nomear.
Se você se interessou pela técnica de construir ângulos utilizando folhas de papel, 
régua, canetas e lápis coloridos assista ao vídeo “Ângulos construídos com papel”, da 
Khan Academy Brasil, e replique este conhecimento: https://www.youtube.com/watch? 
v=WvzFvB8HfPQ.
Saiba mais
Cursistas, vamos observar como a Tutoria pode acontecer no Ensino Médio?
https://www.youtube.com/watch?v=WvzFvB8HfPQ
https://www.youtube.com/watch?v=WvzFvB8HfPQ
10
Cenário 2 – Ensino Médio: Fofoca e fake news – que vírus contagioso!
Ai, ai, ai... Imaginem se essa conversa se espalha entre nós, cursistas? Que confusão 
essa fake news iria gerar?! E depois... Como desfazer tudo isso? A fofoca é algo muito 
comum entre nós, pois a ideia de saber de fatos que envolvem as pessoas à nossa 
volta, sejam familiares, amigos, colegas de trabalho, sejam políticos, estimula nossa 
curiosidade. E, quanto mais secreto parece ser o fato, mais interessante ele se torna. 
Na escola, então...
“Geente, vocês sabiam que vão sortear um carro pra quem tirar 10 em todas as ativida-
des do Curso?”
Ouça o podcast e perceba só o tamanho do problema: https://midiasefape.educacao.
sp.gov.br/ava/pei/041_PEI_0052_Podcast_Fofoca.mp3.
Podcast
Agora que você ouviu o podcast, apresentamos a atividade proposta pelo tutor Luigi, 
a fim de auxiliar sua tutorada.
https://midiasefape.educacao.sp.gov.br/ava/pei/041_PEI_0052_Podcast_Fofoca.mp3
https://midiasefape.educacao.sp.gov.br/ava/pei/041_PEI_0052_Podcast_Fofoca.mp3
11
Bem, cursistas, nem é preciso dizer que o 17o estudante, ou seja, o último a reproduzir 
a mímica, o fez completamente diferente daquela encenada pelo tutor Luigi.
Na sua mímica, o professor simula alguém que está viajando de ônibus, fecha os olhos 
para dormir, coloca fones nos ouvidos e, de repente, tem um pesadelo e, nisso, mexe 
com as mãos e com um dos fones, caindo no sono novamente. Já o último estudante 
que faz a encenação simula que usa o fone para conversar com alguém e, no final da 
conversa, fica muito nervoso e tem um desmaio.
A atividade proposta pelo tutor, ainda que de resultado imprevisível, atingiu seu ob-
jetivo: os estudantes ficaram surpresos com a encenação do colega e muito curiosos 
para ver a do professor. Depois de assistirem à mímica do professor, o alvoroço foi total, 
manifestando-se em comentários, como: “Nossa, nada a ver com o que eu tinha en-
tendido... Meu Deus, que confusão... O cara passou mal e desmaiou... O professor não 
fez nada disso!” e “Nossa, que perigo... Um detalhe mal-entendido vira um problema!”
Ao término da dinâmica, o tutor Luigi falou:
— Vamos lá, fica todo mundo em pé e virado de costas, menos o Theo. Vou fazer uma 
mímica e só ele vai presenciar. Depois, ele faz a mímica a que assistiu ao próximo colega, 
enquanto todos continuam de costas, e assim por diante, até chegar no último. Ao final, 
o último faz a mímica para todos avaliarem se está igual à original, feita por mim.
— Meninos, vocês sabem que o imperador Marco Antônio se suicidou depois de receber 
a notícia que sua amada Cleópatra estava morta; ao ferir-se com sua espada, já agoni-
zando no chão, outro mensageiro chega dizendo que Cleópatra estava viva, escondida 
em um aposento do castelo.
Gente, a disseminação de mentiras é um perigo, pode tirar vidas! Por isso, ouvir faz toda 
diferença e, a partir daí, você pode decidir fazer uma fofoca ou não repetir tais informa-
ções que você sequer sabe se são reais.
Por isso, gostaria muito que vocês pensassem no assunto, a fofoca e seus prejuízos, du-
rante a semana, e se colocassem no lugar de alguém que, num primeiro momento, foi 
só fazer uma viagem de ônibus e acabou passando mal e desmaiando, provavelmente 
por causa de uma mensagem distorcida sobre ele.
No dia de sua Tutoria coletiva, Luigi chama sua turma, para tomarem um suco no 
jardim, debaixo de uma árvore. Reúne os estudantes, entre eles a Luna, e propõe 
uma brincadeira:
12
Ao final do dia, alguns estudantes procuraram o tutor Luigi, dizendo que fizeram 
uma brincadeira com a colega Luna e estavam arrependidos, pois a atividade os le-
vou a refletir sobre suas ações. Disseram que o vídeo foi deletado e que pediriam 
desculpas a Luna.
A intencionalidade do tutor foi levar os tutorados a refletirem a partir de um problema 
pontual que ocorre, comumente, entre os estudantes. Por meio de uma dinâmica sim-
ples, ele os envolveu na situação e propiciou o desenvolvimento de competências socio-
emocionais como a empatia e a confiança.
Ao ouvir sua tutorada com respeito e atenção, ele pôde criar uma dinâmica para intervir 
e mediar a situação com assertividade, levando os estudantes a refletirem sobre a situa-
ção, e, assim, transformarem suas atitudes. 
Reflexão
Vocês já perceberam o quão desafiador é orientar os estudantes durante a Tutoria? 
Temas dos mais diversificados e imprevistos podem surgir, desde questões pessoais, 
até assuntos que nos parecem alheios, mas que, na verdade, podem interferir no am-
biente escolar.
Vejam só o que aconteceu em uma escola e como o problema foi resolvido.
13
Cenário 3 – Ensino Médio: O meio ambiente e o lixo
O cheiro já estava ficando insuportável e a porta da entrada da escola estava ficando 
impedida pelo entulho que se avolumava ali: lixo! Lixo jogado por moradores do entor-
no e até por alguns estudantes... E o que era para ser um espaço gramado e cultivado 
com flores, estava se tornando um depósito de sujeira!
Incomodado com a situação, o Vice-diretor, Luiz, viu a necessidade urgente de fazer 
alguma coisa, pois, além do odor e da poluição visual e ambiental, a presença da-
quele lixo, composto por resíduos e restos de alimentos, poderia ser tóxica e atrair 
insetos e roedores.
Diante dessa situação, decidiu reunir alguns professores tutores, pensando nos se-
guintes perfis: os das áreas de Ciências e Biologia ou aqueles que tutoravam estu-
dantes cujos Projetos de Vida se relacionavam às profissões dedicadas às questões 
ambientais e de saúde. Sua ideia se concretizou em ações e, enfim, um encontro 
entre ele e quatro tutores foi marcado.
Veja só quanta coisa isso rendeu!
14
15
A partir de um problema comum a toda a comunidade intra e extraescolar, o Vice-
-diretor viabilizou o desenvolvimento prático do Projeto de Vida daqueles estudantes 
que se dedicavam a questões ambientais e de saúde. Nessa ação, ele envolveu todos 
os tutores da escola, promovendo o Protagonismo Sênior, o Protagonismo Juvenil e 
a Corresponsabilidade.
Um dos papéis do tutor é atentar-se às oportunidades disponíveis aos tutorados para 
que possam colocar em prática o Projeto de Vida.
Reflexão
3. A partir das reflexões trazidas nos cenários sobre o papel do tutor, analise as expres-
sões a seguir e relacione-as à dimensão pessoal da Tutoria.
 I. Oportunizar o desenvolvimento do Projeto de vida.
 II. Promover o Protagonismo Juvenil.
 III. Trabalhar as Competências Socioemocionais.
 IV. Valorização dos Vínculos Emocionais.
( ) Selecionou estudantes interessados em questões ambientais.
( ) Preparou uma dinâmica que levou os estudantes à reflexão.
( ) Estudantes decidem se desculpar com a colega devido à brincadeira que fizeram.
( ) Os estudantes elaboraram ações de conscientização.
16
Caro Cursista, a realização da Tutoria tem peculiaridades que o tutor irá conhecendo no 
convívio cotidiano com seus tutorados. Com certeza, o tutor irá se deparar com situa-
ções em que precisará exercitar as próprias habilidades socioemocionais, demonstrando 
equilíbrio emocional, empatia, escuta ativa, para fortalecer os laços de confiança que 
levem os tutoradosa construírem e desenvolverem seus Projetos de Vida.
No entanto, há algumas situações em que o tutor vai encontrar alguns limites à sua 
atuação. Nesses casos, é necessário acionar uma rede de proteção para dar suporte à 
sua atuação e auxiliar os tutorados a transporem suas fragilidades, sendo assistidos 
por um corpo técnico que dispõe de equipamentos sociais adequados às peculiarida-
des de cada caso.
A seguir, propomos uma reflexão por meio da análise de dois cenários que represen-
tam situações comuns nas escolas.
Unidade 1.2
Tutor: como agir
17
Cenário 1 – Cida e Maria
A professora Cida é tutora da estudante Maria, do 8o ano do EFAF. Cida cumpre seu 
papel de tutora com bastante responsabilidade, criando momentos para se aproximar 
e conquistar a confiança de Maria. No entanto, apesar de ter escolhido essa professora 
como sua tutora, a estudante, que é bastante introvertida, não se sente muito à von-
tade durante os encontros de Tutoria. Também não a procura espontaneamente para 
solicitar ajuda ou opiniões.
Cida, então, conversou com a Vice-diretora Selma para se informar sobre as poten-
cialidades e fragilidades de Maria. Selma buscou o prontuário da estudante e, ao ler 
as informações ali contidas, percebeu que há observações muito frequentes sobre 
introversão, falta de participação e rendimento escolar mediano, ressaltando bastan-
te dificuldade em se relacionar, expressar-se oralmente e por escrito. Constataram 
18
também que a estudante não tem sonhos bem definidos para traçar seu projeto de 
vida, demostrando pouca consciência de suas preferências e objeções, conhecendo 
pouco de si mesma.
Depois dessa conversa com a Vice-diretora, a professora Cida traçou estratégias para 
que a estudante criasse compromisso com os momentos de Tutoria, adquirindo a 
confiança necessária para tratarem de assuntos que a impedem de sonhar e ampliar 
horizontes com o objetivo de auxiliar Maria a criar seu Projeto de Vida. Para isso, Cida 
indicou um documentário a Maria, recomendou que prestasse atenção enquanto as-
sistia e anotasse situações e falas que fossem significativas para ela e agendou um 
momento para que conversassem a respeito das percepções da tutorada.
19
A professora Cida também criou um roteiro para organizar as estratégias e anotações 
de seus encontros com os tutorados.
20
Dessa maneira, a tutora conquistou a confiança da estudante e encaminhou novas 
ações para que Maria se posicionasse melhor frente aos problemas que enfrentava e 
planejasse seu futuro com base em perspectivas reais, sem deixar que suas insegu-
ranças fossem entraves aos seus sonhos e à construção de seu Projeto de Vida. 
A professora Cida se preocupou com a fala de Maria sobre preconceitos e racismo, 
mas ficou pensando que uma ação efetiva neste sentido não poderia ser realizada 
somente por meio da Tutoria. Assim, um trabalho mais abrangente precisaria ser ar-
ticulado para atingir toda a turma. Nesse momento de reflexão, a tutora encontrou 
um limite à sua atuação e resolveu conversar novamente com a Vice-diretora Selma 
para encontrarem juntas a melhor maneira de agir e dar o suporte à tutorada Maria, 
para traçarem uma estratégia de ação e desconstruírem a visão preconceituosa e 
racista de sua turma.
21
Selma sugeriu que conversassem com o PCG Flávio para verificar se já havia alguma 
ação interdisciplinar prevista para abordar essa temática na turma de Maria. Também 
disse que realizaria uma roda de conversa com os colegas de classe de Maria, uma vez 
que sua função como Mediadora de Conflitos na escola permitia tal ação. Assim, con-
seguiria mais dados e informações importantes para que a tutora de Maria pudesse 
auxiliá-la a transpor as barreiras para seu desenvolvimento pessoal e acadêmico.
A Vice-diretora também elogiou a atuação da professora Cida como tutora de Maria. 
Disse que ela já conseguiu avanços significativos quanto à introversão da estudante 
por meio da estratégia que criou e que isso é um grande passo para a construção do 
Projeto de Vida da estudante. Afirmou que colocaria essa estratégia como sugestão 
de boas práticas para compartilhar com os demais tutores da escola.
Se você, Cursista, considerar que o roteiro da professora Cida (página 19) pode ajudar 
você no exercício da Tutoria, fique à vontade para copiar, reproduzir e melhorar a suges-
tão da tutora, adaptando-a às suas necessidades.
Dica
22
Cenário 2 – Edson e Júlio
Assista ao vídeo “Tutoria: como agir – Parte 1”: https://youtu.be/w9Dca28zK3o.
Em um de seus momentos de estudo do Currículo Paulista, Edson se depara com o 
seguinte texto:
4. Agora vamos analisar a atividade proposta pela professora Cida para sua tutorada Maria? 
Leia as ações descritas abaixo e organize-as para mostrar o passo a passo seguido.
( ) Após verificar os entraves ao desenvolvimento acadêmico e pessoal da tutorada, 
reportar ao responsável pela mediação escolar para que ele tome as providências 
cabíveis e mobilize a rede de proteção social, ampliando a possibilidade de avan-
ços na construção do seu Projeto de Vida.
( ) Prática da escuta ativa durante o momento de Tutoria, diagnóstico dos avanços 
e registro para mobilizar as informações quando necessário, além de reportar à 
Vice-Diretora da escola. 
( ) Identificação da fragilidade da tutorada por meio de conversa com a Vice-Direto-
ra e análise de informações disponíveis sobre o seu Projeto de Vida.
( ) Indicação de filme para análise e reflexão de problemáticas cênicas, promovendo 
o distanciamento da própria situação e criando um ambiente propício à tomada 
de consciência e instauração de diálogo em momentos de Tutoria.
Que tal consultar os documentos orientadores e fazer suas reflexões, tomando nota das 
conclusões em seu Diário de bordo? Acesse: https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinoin 
tegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf.
“Atualmente, na sociedade, ouve-se música digitalizada, manuseiam-se computadores 
que operam com semicondutores, dados são transmitidos por meio de ondas eletro-
magnéticas nos smartphones, a medicina dispõe de aparelhos de raios x e ressonância 
magnética, e o laser revolucionou as técnicas médicas e odontológicas.
Os aceleradores de partículas de altíssimas energias estabelecem uma abertura para o 
entendimento das estruturas microscópicas do espaço-tempo, permitindo, assim, de-
cifrar as leis fundamentais que regem o comportamento da matéria, possibilitando o 
entendimento da origem do Universo e desvendar fenômenos físicos.
Diário de bordo
https://youtu.be/w9Dca28zK3o
https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf
https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf
23
Agora, assista ao vídeo “Tutoria: como agir – Parte 2”: https://youtu.be/PxFE2ksdT4Y.
Reveja o passo a passo de ações que o professor Edson seguiu junto ao seu tutorado Júlio.
A Física se torna um importante componente no desenvolvimento das tecnologias digitais 
de informação e comunicação (TDICs), do letramento digital e pensamento computacional, 
eixos estruturantes do componente curricular de Tecnologia e Inovação.
Nesse contexto, a tecnologia colabora para o diagnóstico, a formação integral e a 
avaliação do estudante. Portanto, a aprendizagem no componente de Física indica a 
compreensão e a utilização dos conhecimentos científicos, para analisar e explicar o 
funcionamento do mundo e para propor ações de intervenção de modo sustentável, 
com o auxílio das tecnologias. Assim, a Física se mostra um importante componente 
da área para explicar o mundo tecnológico atual.”
(SÃO PAULO (Estado). Secretaria da Educação. Currículo Paulista: etapa Ensino Médio. 
2020. p. 146. Disponível em: https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-con 
tent/uploads/2020/08/CURR%C3%8DCULO%20PAULISTA%20etapa%20Ensino%20M% 
C3%A9dio.pdf. Acesso em: 27 set. 2021.)
Após rever essasequência de ações, se quiser, consulte os documentos orientadores e 
faça suas reflexões, tomando nota das conclusões em seu Diário de bordo: https://efape.
educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_
2021-diagramado.pdf.
Diário de bordo
https://youtu.be/PxFE2ksdT4Y
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2020/08/CURR%C3%8DCULO%20PAULISTA%20etapa%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2020/08/CURR%C3%8DCULO%20PAULISTA%20etapa%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf
https://efape.educacao.sp.gov.br/curriculopaulista/wp-content/uploads/2020/08/CURR%C3%8DCULO%20PAULISTA%20etapa%20Ensino%20M%C3%A9dio.pdf
https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf
https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf
https://efape.educacao.sp.gov.br/ensinointegral/wp-content/uploads/2021/03/PEI_GE_TT_VOL-UN_2021-diagramado.pdf
24
Nas ações de Tutoria é importante que o tutor preste muita atenção às falas dos seus 
tutorados, pois elas podem revelar situações de vulnerabilidade das quais o estudante 
não consegue se esquivar sem auxílio de outras pessoas. É comum que o tutor detec-
te situações como as descritas no diagrama abaixo:
Unidade 1.3
Entendendo os limites do papel de tutor
25
Caso você, cursista, se depare com uma dessas graves situações, deve comunicá-la ao 
Vice-diretor, uma vez que ele também exerce a função de mediador de conflitos nas es-
colas do PEI. Dessa forma, ele poderá acionar a rede de proteção social adequada para 
solucionar a questão que impede seu tutorado de alcançar o desempenho desejado.
Veja abaixo algumas atitudes que você pode tomar em caso de detectar situações de 
vulnerabilidade de seu tutorado.
Vulnerabilidade verificada: Bullying e agressões verbais 
• Posturas mais adequadas para a Escuta Ativa: Focar o que é falado pelo tutorado e adotar 
uma posição afirmativa, mostrando respeito e compreensão, promover estudos de caso e 
rodas de conversa com demais estudantes para análise e reflexões sobre situações seme-
lhantes visando mudanças de comportamento. 
• Corresponsabilidade: Vice-diretor, PCG e professores.
Vulnerabilidade verificada: Agressões físicas e violência doméstica
• Posturas mais adequadas para a Escuta Ativa: Atentar-se à comunicação verbal e não 
verbal, acolher e buscar compreender, manter sigilo, registrar e comentar apenas com o 
responsável pela mediação de conflitos.
• Corresponsabilidade: Vice-diretor.
Vulnerabilidade verificada: Racismo 
• Posturas mais adequadas para a Escuta Ativa: Exercer a empatia, colocando-se no lugar 
do estudante, ouvir com atenção suas falas, pensar estratégias interdisciplinares para tra-
zer informações e promover reflexões sobre o tema, visando esclarecer sobre tais práticas 
discriminatórias e ilegais. 
• Corresponsabilidade: Vice-diretor, PCG e professores.
Vulnerabilidade verificada: Assédio sexual
• Posturas mais adequadas para a Escuta Ativa: Evitar juízos de valor, críticas e domínio 
da conversa numa perspectiva imparcial, atentar-se à comunicação verbal e não verbal, 
manter sigilo e encaminhar a situação constatada ao responsável pela mediação de con-
flitos na escola.
• Corresponsabilidade: Vice-diretor e Diretor.
26
Com relação às situações de vulnerabilidade dos tutorados, é importante frisar as se-
guintes competências dos tutores como Protagonistas Seniores para que possam au-
xiliá-los a superarem esses graves entraves ao seu desenvolvimento socioemocional:
Conheça mais a respeito de Vulnerabilidade, assistindo aos vídeos no site Childhood: 
https://www.childhood.org.br/informe-se-e-saiba-como-agir.
Saiba mais
https://www.childhood.org.br/informe-se-e-saiba-como-agir?gclid=CjwKCAjwj8eJBhA5EiwAg3z0m4BK-jdTqdUY6c5U1Xj35mm2Efqp0a_EjOv38m0J7_9HI9sLHletqhoCIKgQAvD_BwE
27
Cursista, após abordarmos o papel do tutor, vamos percorrer alguns pontos importan-
tes sobre como estabelecer uma relação de ajuda entre o tutor e o tutorado.
A Escuta Ativa é uma das ações da Tutoria que ocorre continuamente e permite o 
desenvolvimento das relações de ajuda. Saber escutar requer um envolvimento ver-
dadeiro em que nos colocamos no lugar do outro.
Esse envolvimento da Escuta Ativa possibilita ampliar a compreensão a respeito do tu-
torado, por meio de informações que ajudem a identificar suas habilidades e as áreas 
que pode desenvolver para realizar o seu Projeto de Vida. 
Mas de que forma podemos exercer a Escuta Ativa? O que ela exige de cada um 
de nós?
Para exercer a Escuta Ativa, devemos estar atentos a algumas atitudes:
Ter paciência.
Estar aberto(a) às informações recebidas.
Evitar ao máximo os prejulgamentos.
Ter sensibilidade para fazer encaminhamentos assertivos.
Unidade 2
Como se desenvolvem as relações de ajuda
28
Essas atitudes são essenciais, mas ficar de olho no que pode dificultar a Escuta Ativa 
é tão importante quanto desenvolvê-la e aprimorá-la.
Vamos observar alguns aspectos que a impedem, pois, dessa forma, o tutor pode re-
fletir sobre como trabalhar para diminuir seus impactos.
Aspectos pessoais
• Opiniões e expectativas opostas.
• Estilos de aprendizagem.
• Pressa ao ouvir o outro, sem deixar que ele conclua os seus pensamentos – falta de aten-
ção e de foco.
• Ignorar quem fala e o que é dito nas entrelinhas, impondo o que acha importante na sua 
opinião.
• Prender-se a receitas prontas de como lidar com adversidades e perder oportunidades de 
interlocução e de apoio ao tutorado.
Aspectos externos
• A duração dos encontros de Tutoria (curta).
• Intervalos grandes entre os encontros.
• Locais muito barulhentos e pessoas transitando o tempo todo.
Existem muitos aspectos a considerar para que as relações de ajuda sejam efetivas, 
pois cada ser é único, cada situação acontece de uma forma, exigindo desfechos di-
ferentes, de acordo com o bom senso e a realidade dos contextos. A Escuta Ativa é 
uma habilidade e pode ser desenvolvida; portanto, é um processo contínuo em que o 
tutor aprende a incentivar o tutorado por meio do diálogo e da reflexão, elaborando 
devolutivas que promovam o desenvolvimento das dimensões pessoal, acadêmica e 
profissional.
Agora que vimos alguns pontos importantes para o desenvolvimento das relações 
pessoais na Tutoria, vamos conferir como isso pode acontecer na prática.
29
Para fortalecer as ações da Escuta Ativa, fazer boas perguntas para orientar o diálogo 
faz toda diferença. Apresentamos formas de levantar questões norteadoras para con-
duzir a Escuta Ativa. Veja a seguir as sugestões de frases e as situações que contem-
plam essas formas.
Parafrasear
Essa forma de intervenção permite que o tutor ganhe tempo para refletir sobre o que 
o tutorado está relatando e fique atento às ideias. Nesse caso, parafrasear consiste em 
repetir o que entendeu para confirmação do que está sendo relatado.
Frases que podem ajudar nessa forma de intervenção:
“Então [...]”
“Deixa eu ver se eu entendi, então [...]”
“Em outras palavras [...]”
Unidade 2.1
Práticas de Escuta Ativa
30
Cenário 1 – Parte 1
Ana Cláudia é tutorada da professora de Biologia, Luciene. Na Tutoria, a professora 
tem percebido que Ana anda muito calada e responde apenas sim ou concordo, sem 
objeções. Logo Ana procura a professora e diz que precisa lhe falar. A professora sinali-
za que podem conversar um pouco mais no almoço e pede que ela se programe para 
a conversa.
Ana chega agitada:
31
Note que, no diálogo, a professora não deixa de interagir e apenas reforça as informa-
ções que a estudante vai relatando. Para dar continuidade à conversa, pode-se usar 
outra forma de intervenção para a Escuta Ativa, Esclarecer.
Esclarecer
Essa forma de intervenção permite descobrir outras informações para orientar o tu-
torado e buscar informações ocultas que não foram declaradas. Esclarecer tem o pro-
pósito de auxiliaro tutor a entender a situação do tutorado, sem que ele faça leituras 
antecipadas e conclusões precipitadas.
Frases que podem ajudar nessa forma de intervenção:
“Você pode me contar um pouco mais sobre [...]?” ou “Eu fiquei interessado em ouvir 
um pouco mais sobre [...].”
“Você pode me explicar o que quer dizer quando fala em [...]?”
“O que você observou pra chegar a essa conclusão?”
32
Cenário 1 – Parte 2
33
Note que, nessa etapa da conversa, a professora ouviu atentamente o que a estudante 
lhe contava, fazendo questionamentos que trouxessem mais informações a respeito 
da situação.
A Escuta Ativa também inclui o apoio à reflexão. Para dar continuidade à conversa, 
vamos observar como essa etapa pode ser conduzida.
Refletir
Nessa forma da Escuta Ativa, o tutor leva o tutorado a refletir sobre a situação sem dar 
uma resposta simples, tal qual sim ou não. São encaminhamentos que apoiam o tuto-
rado a levantar hipóteses, a imaginar suposições e a pensar em como agir.
Os questionamentos que serão propostos não são sugestões, são perguntas que in-
duzem o tutorado a refletir e a elaborar conclusões assertivas. Vale lembrar: não são 
perguntas que apontem respostas desejadas, por exemplo: “Você não acha que dessa 
forma seria melhor? E não seria importante fazer da seguinte forma?”
Frases que podem ajudar nessa forma de intervenção:
“O que você espera conseguir como resultado dessa estratégia?”
“Você identifica outras estratégias que poderiam ser úteis para [...]?”
“E por que será que [...]?”
“O que você acha que aconteceria se [...]?”
“Essa situação é parecida com algo que você já viveu antes?”
34
Cenário 1 – Parte 3
35
Note que, nesse cenário, a tutora teve sensibilidade para conduzir o diálogo, fortale-
cendo a escuta de forma a não se envolver pessoalmente com conselhos ou prejul-
gamentos. No entanto, se aprofundou na conversa e não desistiu de levar a tutorada 
a uma reflexão que evidenciasse uma possível decisão para permanecer na escola e 
desenvolver seu Projeto de Vida.
Em todo o Cenário, vimos que as perguntas norteadoras apoiaram a professora 
Luciene a praticar a Escuta Ativa. Combinadas entre si, perguntas e escuta abrem 
caminhos para o tutor atingir alguns propósitos. Vamos ver quais são eles e quais 
são suas possibilidades de práticas.
36
Propósito: Detectar as potencialidades e fragilidades do tutorado e identificar qual é a 
área em que ele pode concentrar maior dedicação 
• Possibilidade de prática: Propor questionários em que o tutorado fale sobre seus interes-
ses pessoais. 
Propósito: Auxiliar o tutorado a compreender o significado do seu comportamento e de 
que forma isso impacta as ações da escola e o seu desenvolvimento pessoal e acadêmico 
• Possibilidade de prática: Em tutoria coletiva, por meio de rodas de conversas, trazer um 
exemplo do processo que é realizado quando um estudante tem muitas faltas, bem como 
as ações da escola, as consequências no desempenho escolar e no déficit de aprendizagem. 
Propósito: Subsidiar o professor tutor para que a Tutoria seja um espaço de aprendizado 
pessoal constante, na qual cada situação vivenciada traz o aprimoramento das ações 
realizadas 
• Possibilidade de prática: Registrar suas ações e ideias, principalmente as mais exitosas. 
Propósito: Promover reflexões acerca de casos reais semelhantes 
• Possibilidade de prática: Trazer para as rodas de conversas, em tutoria coletiva, relatos de 
experiências com desfechos positivos. 
Propósito: Incentivar a prática de fazer perguntas e refletir sobre as respostas 
• Possibilidade de prática: Propor jogos e dinâmicas que facilitem o questionamento e as 
reflexões sobre determinado tema. 
Propósito: Testar perguntas após reunir informações sobre determinada situação, pro-
curando certificar-se se seu raciocínio estava correto 
• Possibilidade de prática: Simular cenários com os tutorados que os levem a criar soluções 
para seus problemas. 
Propósito: Ajudar o tutorado, de forma direta ou indireta, para que ele mantenha o foco 
no tema trazido e busque suas próprias soluções 
• Possibilidade de prática: Conduzir as conversas da tutoria, tanto nos encontros individuais 
como nos coletivos, sempre de forma atenta, utilizando recursos de escuta para apoiar o 
tutorado a realizar conclusões positivas. 
Propósito: Avaliar os avanços do tutorado 
• Possibilidade de prática: Observar o portfólio do tutorado e dar-lhe um retorno para que 
se sinta acolhido.
37
Algumas possibilidades de atuação facilitadoras de diálogo que podem ser realizadas 
pelo tutor:
• Optar por brincadeiras, palavras e expressões que não reportem ao bullying ou a 
preconceitos;
• Entender como tirar o tutorado de sua passividade, sem acarretar constrangimentos;
• Trocar experiências com outros professores tutores;
• Considerar o resultado das perguntas e dos tipos de respostas e reações que impac-
tam a postura do tutorado;
• Pedir o retorno do tutorado quanto à evolução do tema que o afligia;
• Adequar a Escuta Ativa e a conversa às evidências observadas para cada realidade.
Atenção
5. Na Tutoria, a Escuta Ativa torna-se uma ferramenta de trabalho. Vamos, então, per-
correr um caminho para você perceber como está sua Escuta Ativa. Inicialmente, re-
lembre situações de sua vida pessoal ou profissional em que você participou de um 
diálogo presencial. Depois, leia as perguntas. Cada uma delas corresponde a uma 
ação para aprimorar sua Escuta Ativa.
 Para potencializar suas reflexões e análises, escolha a resposta que mais se aproxima 
das suas experiências:
 Sinto-me confortável! – Se você tem facilidade em realizar essa ação.
	 Encontro	desafios!	–	Se	esta	é	uma	ação	que	você	busca	adotar,	mas	encontra	desafios.
	 Ainda	não	vivenciei!	–	Se	for	uma	ação	que	você	nunca	adotou,	por	não	conhecer	ou	
por não se sentir confortável.
5.1 Mantenho o foco no momento da conversa sem pensar em outros assuntos ou 
preocupações?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
5.2 Durante o diálogo, fixo o olhar na pessoa para estabelecer um vínculo?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
38
5.3 Não interrompo a conversa demonstrando atenção e uso a linguagem corporal ou 
não verbal, como mexer a cabeça de forma positiva evidenciando a compreensão?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
5.4 Fico atento ao tom de voz, às expressões faciais e aos comportamentos apresentados 
pela outra pessoa, durante o diálogo, para entendê-la melhor?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
5.5 Sou capaz de evitar julgamentos, compreendendo que as pessoas são diferentes?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
5.6 Uso perguntas para pedir exemplos que esclareçam minhas dúvidas, de forma que 
eu possa compreender os sentimentos do outro?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
5.7 Sintetizo o que foi relatado, para conferir se compreendi corretamente, tentando aju-
dar a organizar as ideias e compreender seus verdadeiros sentimentos?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
5.8 Ao participar de um diálogo estou sempre atento e concentrado para aprimorar mi-
nha habilidade de escuta?
( ) Sinto-me confortável!
( ) Encontro desafios!
( ) Ainda não vivenciei!
39
Você percorreu o caminho para o aprimoramento da sua Escuta Ativa. Como você se 
sentiu? Quais ações você acredita que podem melhorar para se sentir ainda mais con-
fortável e superar os desafios ao participar de um diálogo presencial?
Reflita e anote em seu Diário de bordo quais pontos chamaram mais a sua atenção. E 
não se esqueça: experimente as situações que ainda não vivenciou e pratique o diálogo 
com a Escuta Ativa!
Diário de bordo
O exercício da Escuta Ativa pode trazer inúmeras situações diferentes nocotidiano e, 
muitas vezes, você pode se deparar com situações de maior gravidade. Nesse caso, o 
tutor deverá compartilhar tais situações com o Vice-diretor para juntos encontrarem 
o melhor encaminhamento. Lembre-se de que a permissão do tutorado deve ser con-
siderada em situações que mereçam sigilo.
40
Unidade 2.2
Como desenvolver os encaminhamentos
Cursista, temos alguns casos de Escuta Ativa em que os encaminhamentos para a so-
lução de problemas fogem da governabilidade do tutor e da escola, sendo necessário 
buscar outras redes de proteção.
Dentre essas redes, o Conselho Tutelar é o parceiro mais próximo da escola para os 
encaminhamentos relacionados aos estudantes: maus-tratos, reiteração de faltas in-
justificadas, evasão escolar, elevados níveis de repetência e casos que violem o direito 
da criança e do adolescente.
Porém, só devemos fazer os encaminhamentos e contatos em casos em que a esco-
la, representada pelo Vice-diretor, já realizou todas as tentativas de solução que lhe 
cabiam. A escola, como uma agente da rede de proteção, pode levar os casos mais 
graves diretamente para os órgãos de garantias de direitos.
O infográfico a seguir mostra toda a Rede de Proteção parceira da escola, que poderá 
ser comunicada em cada caso e grau de necessidade.
41
Fonte: Curso EFAPE – Introdução aos Diretos Humanos e ECA para Educadores. 1. ed. 2020.
Conselho Tutelar
É o órgão que você deve procurar em situação de violação de direitos da criança e do ado-
lescente. Podem ser encaminhados para o Conselho Tutelar casos de negligência, discrimi-
nação, exploração, violência, crueldade, trabalho infantil e qualquer outro que tenha como 
vítimas crianças e adolescentes.
Delegacia de polícia
A delegacia mais próxima do local onde o fato ocorreu deve ser procurada para fazer um 
Boletim de Ocorrência (BO).
Ministério Público
É o órgão estatal destinado a defender os interesses do povo, os da Justiça e o da sociedade. 
Entre os objetivos do MP estão a promoção da ação civil pública, da ação penal e a fiscaliza-
ção das leis.
Defensoria Pública
É o órgão do Estado que presta Assistência Judiciária gratuita aos mais pobres.
Justiça da Infância e da Juventude
É o órgão encarregado de aplicar a lei para solução de conflitos relacionados aos direitos da 
criança e do adolescente. Nos municípios que não o têm, suas atribuições são acumuladas 
por juiz de outra alçada, conforme dispuser a Lei de Organização Judiciária.
42
A escola deve manter uma boa relação com a rede de proteção. O tutor deve com-
preender que a escola é um espaço distinto e atende a maior parte das crianças e 
adolescentes do bairro e, muitas vezes, o tutor será o primeiro a saber sobre as situa-
ções de vulnerabilidade envolvendo os estudantes.
Importante
A Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente falam em prioridade 
absoluta e proteção integral da criança e do adolescente.
Segundo o art. 227 da Constituição:
“É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, ao adolescente e ao 
jovem, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao 
lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência 
familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de negligência, discri-
minação, exploração, violência, crueldade e opressão.” 
Segundo o art. 4o do ECA:
“A garantia de prioridade compreende:
a) primazia de receber proteção e socorro em quaisquer circunstâncias;
b) precedência de atendimento nos serviços públicos ou de relevância pública;
c) preferência na formulação e na execução das políticas sociais públicas;
d) destinação privilegiada de recursos públicos nas áreas relacionadas com a proteção à 
infância e à juventude.”
Saiba mais
Agora, você irá assistir à animação que representa a conversa entre dois tutores, Cláudio, 
que é professor, e Hélio, Vice-diretor. Os dois personagens relatam uma experiência de 
encaminhamento em caso de violência doméstica, envolvendo dois irmãos: https://youtu. 
be/O6eS5GTSKAY.
Nessa animação, vimos como o Vice-diretor encaminhou um caso de violência do-
méstica. No entanto, ele confiou ao professor tutor a tarefa de se aproximar do tutora-
do para obter o seu consentimento, pois, assim, poderia acionar a Rede de Proteção, 
fortalecendo os laços com seu tutorado.
Quais ações podem dar suporte à tarefa que Hélio deixou para o tutor Cláudio? Como 
será que Cláudio poderia abordar uma questão como essa?
O Vice-diretor Hélio aponta uma sugestão ao colega: pensar nas competências socio-
emocionais. Vamos ver como isso pode ajudar o trabalho da Tutoria.
https://youtu.be/O6eS5GTSKAY
https://youtu.be/O6eS5GTSKAY
43
Retomando o que estudamos até aqui, podemos dizer que a abordagem de questões 
pessoais requer do tutor uma atenção diferenciada em relação ao tutorado, com vis-
tas a favorecer o autoconhecimento, a autonomia e a criticidade, permitindo que o 
estudante desenvolva a capacidade de encontrar soluções para a tomada de decisões 
dos problemas do cotidiano.
A confiança entre o tutor e o tutorado é o que fortalece as relações interpessoais, a 
mediação de conflitos e de aprendizagem; algumas ações são necessárias para que se 
estabeleça e se mantenha essa relação de confiança.
E o que seria confiança?
“A Confiança consiste em ter expectativas positivas sobre as pessoas e acreditar 
que elas têm boas intenções em suas ações, assumindo o melhor sobre elas.”
(INSTITUTO AYRTON SENNA. Ideias para o desenvolvimento de competên-
cias socioemocionais: Amabilidade. 2020. Disponível em: https://institutoayr 
tonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto- 
ayrton-senna-macrocompetencia-amabilidade.pdf. Acesso em: 27 set. 2021.)
Unidade 3
Como abordar questões pessoais
https://institutoayrtonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-macrocompetencia-amabilidade.pdf?utm_source=site&utm_medium=hub-2708
https://institutoayrtonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-macrocompetencia-amabilidade.pdf?utm_source=site&utm_medium=hub-2708
https://institutoayrtonsenna.org.br/content/dam/institutoayrtonsenna/documentos/instituto-ayrton-senna-macrocompetencia-amabilidade.pdf?utm_source=site&utm_medium=hub-2708
44
Na prática, o que pode ajudar a desenvolver a competência socioemocional confiança 
entre tutor e tutorado são algumas ações que promovam reflexões e ajudem os estu-
dantes a desenvolverem expectativas positivas sobre o outro.
Veja sugestões de práticas para o tutorado relacionadas à competência confiança: 
Práticas: Dinâmicas de grupo, jogos e exercícios de acolhimento 
• Intencionalidades: Interagir e apoiar uns aos outros. Mobilizar sentimentos e pensamentos.
• Desenvolvimento: Tutor escolhe uma dinâmica ou jogo para as rodas de conversa nos 
momentos coletivos. 
Práticas: Jogos teatrais
• Intencionalidade: Vivenciar o lugar do outro, invertendo os papéis.
• Desenvolvimento: Tutor propõe roteiros coletivos e encenações.
Práticas: Debates sobre temas de interesse dos tutorados
• Intencionalidade: Desenvolver as competências da macrocompetência Amabilidade, que 
são: confiança, respeito e empatia. 
• Desenvolvimento: Rodas de conversa com perguntas disparadoras criadas pelos tutorados.
O sentimento de pertencimento vai sendo adquirido e fortalecido quando os tutora-
dos são capazes de confiar uns nos outros, em seus tutores e educadores, pois per-
cebem o ambiente escolar como um local seguro e acolhedor, que potencializa o seu 
desenvolvimento pessoal.
Agora que entendemos como a confiança pode ser desenvolvida, vamos observá-la.
Anteriormente, ouvimos a narrativa sobre encaminhamentos na Tutoria, na qual o 
tutor Cláudio ficou com a tarefa de desenvolver a confiança de seu tutorado. Depois 
de pesquisar e conferir algumas sugestões relacionando as competências socioemo-
cionais, veja a atividade que ele elaborou.
Na prática
Cláudio separou imagenspara representar emoções que pudessem ser relevantes de 
acordo com o contexto que precisava trabalhar, ou seja, conquistar a confiança do 
seu tutorado. Assim, selecionou: tristeza, alegria, raiva, medo, frustração, entre outras, 
destacando os sentimentos em diferentes níveis de satisfação.
45
Com as figuras em mãos, elaborou frases para ativar a criatividade e propôs uma roda 
de conversa com a intenção de que cada um, inclusive ele, escolhesse uma imagem e 
representasse uma situação para a ficha selecionada.
• Você se levantou sentindo (escolha da ficha) e por isso fez 
 (representa a cena). 
• Hoje estou (escolha da ficha) e acho melhor (repre-
senta a cena).
• Têm coisas que me deixam muito (escolha da ficha) e queria mu-
dar (representa a cena).
• Quando estou (escolha da ficha) penso em 
(representa a cena).
• Fico (escolha da ficha) quando (representa a cena).
• Quando sei que alguém fala de mim, fico (escolha da ficha), mas 
logo (representa a cena).
• Quando eu me olho no espelho, sinto (escolha da ficha) e 
 (representa a cena).
Na mediação, Cláudio daria comandos: Pare e Continue. A cena seria interrompida e 
outra pessoa daria continuidade na representação da emoção selecionada.
46
Faça uma simulação dessa atividade: substitua as lacunas com os sentimentos das figu-
ras e imagine as cenas que poderiam ser produzidas a partir delas. 
Não se esqueça de pensar nas devolutivas que você daria aos seus tutorados e registre 
tudo em seu Diário de bordo, pois, após as adaptações para sua realidade, poderá ser 
uma ótima alternativa para a Tutoria.
Tome nota
Cláudio decidiu que, ao término das encenações, ele faria sua própria cena, escolhen-
do a alegria, para fechar a atividade de forma mais leve e divertida. No entanto, re-
tomaria alguns sentimentos que foram apresentados e discutiria sobre o respeito, a 
empatia e a confiança, direcionando as reflexões para a necessidade de falar sobre 
como nos sentimos diante de diversas situações.
47
Encerramento
Chegamos ao final do Módulo 2! Esperamos que você possa ter aprofundado seus 
conhecimentos sobre a Metodologia da Tutoria de forma a propiciar condições para 
o desenvolvimento do Projeto de Vida dos estudantes, colaborando com a sua forma-
ção integral.
Neste Módulo, nos aprofundamos um pouco mais sobre Tutoria e descobrimos como 
o tutor pode auxiliar os estudantes, reconhecendo seu papel e as ações para melhor 
ajudá-los.
Abordamos, ainda, a dimensão pessoal da Tutoria com a intenção de apoiar o tutor 
com atividades que fortaleçam sua prática e também conhecer como criar uma rela-
ção de confiança entre tutor e tutorado por meio das competências socioemocionais. 
Agora, vamos para o último Módulo.
Bons Estudos!
48
Gabaritos
1. a) Alternativa correta: I.
Comentário:
A alternativa I apresenta um feedback adequado, pois desta forma o estudante poderá buscar 
a resposta de forma autônoma sobre o que considera um futuro melhor, sem que a resposta 
seja proposta por outra pessoa. O feedback apresentado na alternativa II é apenas a repetição 
da proposta feita pelo estudante, não o conduz à reflexão nem fornece maiores detalhes so-
bre seus ideais, podendo até gerar a falta de interesse do estudante.
b) Alternativa correta: I.
Comentário:
Trazer propostas prontas para o tutorado não é uma ação favorável ao desenvolvimento de um pro-
jeto para o futuro, além de aumentar a probabilidade de frustração logo nas primeiras tentativas.
c) Alternativa correta: II.
Comentário:
A alternativa I não é adequada porque demonstrar desconfiança ou incredulidade nas afir-
mações do tutorado pode afastá-lo dos encontros de Tutoria. A alternativa II favorece a refle-
xão e até mesmo a possibilidade de propor a elaboração de um “plano para manter o foco” 
nas atitudes que devem ser preservadas nos próximos anos.
2. a) Alternativa correta: I.
Comentário:
Auxiliar a tutorada e seu colega a elaborar um planejamento de estudo entre pares é muito 
positivo e favorece o protagonismo juvenil. Utilizar o momento de Tutoria para os tutorados 
realizarem os exercícios de Matemática não é o ideal.
b) Alternativa correta: I.
Comentário:
Incentivar o tutorado a explorar suas potencialidades pode favorecer a integração entre os co-
legas, permitindo a troca de experiências e a colaboração entre pares. Organizar um trabalho 
de colaboração entre estudantes sem critérios e por conta própria, independente das partes 
envolvidas, não é a melhor escolha.
c) Alternativa correta: II.
Comentário:
O estudante não estava disposto a ajudar sua tutorada, mas Malu teve o cuidado de sugerir 
ao estudante que ele buscasse auxiliar outros colegas, intencionando aumentar a afinidade 
entre os membros da turma. Mesmo com o tempo reduzido, uma Tutoria planejada pode 
auxiliar devidamente os estudantes com dúvidas ou dificuldades. A atitude demonstrada na 
alternativa I não é adequada, porque a responsabilidade do tutor é auxiliar e acompanhar 
seus tutorados até que superem todas as suas dificuldades. Além disso, Malu não favoreceu a 
aproximação entre os estudantes para estabelecer uma parceria entre eles.
3. A sequência correta é: I, IV, III, II.
4. A sequência correta é: 3, 4, 1, 2.
5. Respostas pessoais.
Imagens das páginas 19, 23, 24, 26, 45 elaboradas para o curso. Demais imagens: 
Getty Images.
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