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RESUMO O MONGE E O EXECUTIVO

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1 
 
Resumo do livro 
O Monge e o Executivo 
Uma História sobre a Essência da Liderança 
James C. Hunter 
 
 
 
Prólogo 
 
 
No livro “O Monge e o Executivo”, John Daily narra uma história vivenciada por ele mesmo, 
passada em um mosteiro beneditino durante um retiro espiritual de uma semana, no qual tem 
várias experiências durante as palestras e momentos de reflexão que o fazem repensar na sua 
maneira de liderar seus comandados, na empresa na qual trabalha e é um conceituado 
executivo. 
Acontecimentos anteriores a esse retiro é que o levam a se enclausurar no mosteiro. 
Tudo se inicia em função de sonhos recorrentes com uma pessoa chamada “Simeão” e 
nesses sonhos uma segunda pessoa o orienta “Ache Simeão. Ache Simeão e ouça-o. 
Este nome “Simeão” está em sua vida, por meio destes sonhos, desde sua infância e, com o 
passar do tempo, os sonhos tem sua frequência aumentada. 
Ele compartilha estes sonhos com sua esposa e ela prontamente diz que isso é seu destino. 
Mas que destino? 
Em uma época de sua vida, final dos anos 90, está no auge de sua carreira profissional, com 
boas condições financeiras e grande autonomia de trabalho na empresa onde atuava. 
Ele e sua esposa decidem ter um filho, mas face às dificuldades para engravidar, partem 
para a adoção de uma criança. Conseguem adotar um menino, ao qual o chamam de John e, 
alguns anos depois, Rachel, sua esposa, consegue engravidar e dá a luz a uma menina – Sara. 
Com o passar do tempo, John Daily começa a ver suas estruturas se deteriorarem. O 
casamento inicia uma crise, seus dois filhos começam a ter alterações de comportamento 
familiar e seu trabalho passa por dificuldades. 
Torna-se uma pessoa melancólica e retraída, se irritando e aborrecendo facilmente com 
qualquer situação. 
Angustiada, sua esposa sugere que ele vá conversar com o pastor de sua igreja, mas não 
sendo muito religioso, fica relutante com essa proposta. Mesmo assim ela insiste e ele acaba 
aceitando. 
O pastor sugere que ele tire uns dias de folga e que participe de um pequeno retiro em um 
mosteiro localizado ao lado do lago Michigan, da Ordem de São Bento. 
Também nesse encontro, seu pastor menciona que um dos frades que lá trabalha chama-
se Leonard Hoffman, que para surpresa de John Daily, era o mesmo executivo brilhante que 
havia desaparecido anos atrás, deixando sua empresa e isolando-se neste mosteiro. 
Voltando para casa, John conta a sua esposa o que o pastor havia dito e ela fica toda 
esperançosa, pedindo ao marido que aceite participar deste retiro. 
2 
 
Ainda reticente John aceita ir, mas de contragosto. 
A esposa o leva até o mosteiro e ele é recebido pelo Padre Peter, o qual providencia suas 
acomodações, visto que já era noite quando chegou ao seu destino. Ele compartilha um dos 
quartos de hóspedes do mosteiro com um ministro batista da cidade de Pewaukee (Wisconsin), 
chamado Lee Buhr, que já se encontrava dormindo àquela hora. 
Recebe suas orientações em relação ao dia seguinte e é informado que terá cinco 
cerimônias religiosas e aulas em dois períodos durante os sete dias de retiro. 
Aproveitando a presença do Padre Peter, John Daily pergunta por Leonard Hoffman, a 
quem Padre Peter se refere com sendo “irmão Simeão”. 
Grande surpresa para John Daily! Todos aqueles sonhos faziam referência a uma pessoa 
chamada Simeão! 
Será que o seu “destino” estava ali? 
Após esta conversa com Padre Peter, John sobe as escadas e encaminha-se para seu 
quarto. Já bastante cansado, adormece e apenas ouve um barulho: o despertador tocando às 
cinco horas da manhã seguinte. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Capítulo 1 
 
 
As definições 
 
Acordando com o despertador, John Daily é cumprimentado pelo pastor Lee. Apresentam-
se e conversam por alguns instantes. 
Lee desce para o campanário, onde serão feitas as orações daquela manhã, às cinco e 
meia, enquanto John Daily fica mais um pouco em seu quarto. 
Logo em seguida, John também desce e se depara com o campanário, uma construção 
antiga, mas muito bem conservada, com seus adornos de parede e vitrais enfeitados. 
Pontualmente às cinco e meia, todos os trinte e nove lugares daquele campanário estavam 
ocupados pelos frades e pelos outros participantes do retiro (no total, seis pessoas incluindo 
John Daily). Nesse momento, os frades se levantam e iniciam suas liturgias, cantando hinos 
religiosos por cerca de vinte minutos. 
Após este tempo, a cerimônia termina e os frades saem do local seguindo seu reitor. John 
Daily tenta identificar Leonard Hoffman mas não consegue. 
Assim que terminou a cerimônia religiosa, John dirige-se à biblioteca do campanário e 
encontra inúmeros artigos relacionados a Leonard Hoffman, desde quando serviu o exército até 
os momentos de trabalho como executivo. 
Depois de ter visto todas estas informações sobre ele, Daily sobe ao seu quarto, antes da 
missa das sete e meia para buscar um agasalho e depara-se com uma pessoa fazendo 
manutenção em seu banheiro e, para surpresa dele, é Leonard Hoffman quem está lá, que 
apresenta-se como Simeão. 
Apresentam-se e iniciam uma breve conversa, oportunidade que Daily aproveita para pedir 
a Simeão que possa recebê-lo para conversar durante aqueles dias em que estaria ali no 
mosteiro. 
Como os frades não eram permitidos almoçar ou tomar café da manhã fora do recinto de 
reclusão, situação que Daily havia pedido, Simeão sugere conversarem antes das orações das 
cinco e meia da manhã, o que é prontamente aceito por Daily. 
Era domingo pela manhã e todos se preparavam para a primeira aula dada por Simeão. Ele 
iniciou sua aula apresentando-se e pedindo que todos se apresentassem. 
Um a um todos os participantes se iniciaram. A última pessoa a se apresentar antes de 
Daily foi Kim, mas Daily estava tão preocupado com outras coisas que mal ouviu o que ela disse. 
Percebendo isso, antes da apresentação de Daily, Simeão solicitou a ele que repetisse as 
informações dadas por Kim. 
Daily ficou chocado e constrangido com a situação, visto que não havia prestado atenção a 
sequer uma palavra dela e teve que confessar isso aos participantes, fato que gerou um 
agradecimento por parte de Simeão, reforçando que ouvir é umas das principais habilidades de 
um bom Líder. 
4 
 
Iniciando sua explanação, Simeão informa que os participantes irão receber valiosas 
informações nos sete dias seguintes sobre como se tornar um bom líder e que a aplicação destes 
conceitos no dia-a-dia ficará por livre e espontânea vontade dos participantes. 
E inicia com um conceito básico: um líder gerencia coisas e lidera pessoas e define 
liderança como sendo uma habilidade – capacidade adquirida. Também associa o conceito de 
Liderança com Influência, ou seja, como fazer com que as pessoas façam determinada tarefa de 
forma que todos sejam beneficiados por ela? 
Neste ponto, Leonard Hoffman expõe a diferença entre ter poder e ter autoridade. 
O Líder que tem poder faz com que seus comandados realizem as tarefas usando a pressão 
e a coação sobre os outros como forma de punição: “se você não fizer isto, será advertido”, por 
exemplo. 
O Líder que tem autoridade faz com que seus comandados realizem a atividade de boa 
vontade porque você simplesmente pediu. 
Outra diferença que Leonard Hoffman coloca em relação a estes dois conceitos é que 
poder pode ser dado, comprado ou vendido e a autoridade não. Ela diz respeito a quem você é 
como pessoa, como é seu caráter e de que forma estabelece uma influência sobre os outros. 
Expõe que o poder corrói os relacionamentos, sejam eles profissionais ou não. 
Afirma que, quando precisarem usar o poder, o líder deve refletir as razões que o levaram 
a isso, podendo concluir que foi devido à quebra de sua autoridade, ou pior ainda, talvez nem 
houvesse autoridade. 
Durante os dias de retiro, John Daily tinha a oportunidade de conversar com seu mestre 
nos momentos das palestras, em dois períodos e, nos intervalos podia refletir sobre todos os 
conceitosque eram abordados. Além disso, buscava outras oportunidades e momentos de 
adquirir mais conhecimento e experiência de vida, que pudessem auxiliá-lo quando voltasse ao 
seu dia-a-dia normal. 
Voltando aos momentos de das palestras, Len Hoffman solicitou que os participantes 
relacionassem as principais qualidades de um líder e, para surpresa de todos, as listas foram bem 
parecidas e continham características simples, que todos nós possuímos mas, que em 
determinado momento deixamos algumas se perderem. 
São elas: honestidade, bom exemplo, cuidado, compromisso, saber ouvir (nos 
esquecemos principalmente dessa qualidade), conquistar a confiança das pessoas, tratar os 
outros com respeito, encorajar os outros, ter atitude positiva e entusiástica e gostar das 
pessoas (amor, mas não no sentido sentimental da palavra). 
Todas essas qualidades foram enquadradas como sendo comportamento. E 
comportamento é escolha. 
Liderar as pessoas é conseguir com que elas façam aquilo que você pede. Portanto, liderar 
envolve duas questões: a tarefa e o relacionamento. 
Assim, para nos relacionarmos de forma que consigamos aquilo que se é proposto fazer, 
precisamos ter em primeiro lugar um comportamento que produza um ambiente de convivência 
bom. É saber escolhermos como iremos tratar o outro, conquistando sua confiança e 
compromisso na realização daquele trabalho. É saber nos colocarmos no lugar do outro (usar a 
5 
 
empatia) para entendermos o que se passa quando o outro enfrenta alguma dificuldade, ouvindo 
suas falas e sentimentos. 
Por outro lado, também há a questão da atividade a ser feita. O bom líder deve se 
preocupar com os relacionamentos sim, mas também com o que há de ser feito. Então, este líder 
deve realizar a tarefa enquanto os relacionamentos são construídos! 
Para haver um negócio saudável e próspero, devem existir relacionamentos saudáveis 
entre os responsáveis pela organização. Qualquer sinal de agitação, baixo compromisso ou baixa 
confiança é indicador de que algo não vai bem e um problema de relacionamento está à vista. 
Leonard Hoffman faz um paralelo entre o sucesso de uma empresa e o sucesso de um bom 
casamento. 
Os casais alegam que seu fracasso no casamento deve-se a falta de dinheiro e problemas 
financeiros, como se os mais pobres fossem incapazes de terem bons casamentos. 
E essa alegação é dada porque dinheiro é tangível e concreto, mas o problema principal 
está no relacionamento e a solução destes problemas está num conceito básico e 
comportamental: confiança. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
Capítulo dois 
 
 
O velho paradigma 
 
Outro ponto que ele associa aos problemas de relacionamento é a questão de saber ouvir, 
ou seja, quantos de nós já passou pela seguinte situação? 
Você está conversando com outra pessoa, seja ela seu amigo ou não e, em determinado 
momento ela faz um comentário sobre certo tópico. Você prontamente “responde” a ela da 
seguinte forma: “Eu estive pensando sobre....” 
Conclusão: “Você realmente ouviu aquilo que o outro estava dizendo?” Com certeza não 
ouviu nada, pois se você estava pensando sobre algo, tudo aquilo que o outro falou foi em vão. 
Outra conclusão: ou aquilo que o outro disse não tem a menor importância para você ou o 
que você pensa é muito mais importante do que aquilo que ele pensa! 
Mais algumas conclusões: será que você está mostrando o respeito pelo outro que ele 
merece receber? Será que você é um bom ouvinte? Será que você está tendo compromisso e 
sendo honesto com ela? Será que você está sendo um Líder de Verdade? 
Com certeza não! 
John Daily chegou a uma das conclusões: não sabia ouvir os outros e nunca deixava os 
outros terminarem uma frase. Ele começava a quebrar alguns de seus paradigmas, conceitos 
pessoais que ele acreditava devessem ser seguidos, mas que em muitas situações ó 
atrapalhavam seu relacionamento interpessoal. 
Ele começava a ver que deveria pensar “fora da caixa”, ou seja, inovar, buscar melhorias e 
novidades, mudar seu jeito de ser, mudar seu comportamento, escolher. 
Os participantes também começavam a ver que havia um novo paradigma na construção 
da estrutura humana de uma empresa. Até então eles acreditavam que o topo da pirâmide desta 
empresa era o presidente e a base os subordinados, ficando no meio os níveis hierárquicos 
intermediários (supervisores e gerentes). 
7 
 
 
 
A nova pirâmide era exatamente ao contrário, ou seja, a base deveria ser o presidente e o 
topo os subordinados, pois quem estava em contato direto com os clientes da empresa eram 
eles e o restante estava lá para dar o suporte necessário, ou seja, servir os subordinados com 
aquilo que eles necessitavam para realizarem suas atividades de forma prazerosa e eficiente. 
 
 
 
8 
 
Chegaram a mais uma conclusão: que o papel de um líder não era de dar ordens aos seus 
subordinados, mas de servir as pessoas. 
Um líder é alguém que identifica e satisfaz as necessidades de seus liderados e remove as 
barreiras para que possam servir aos clientes. 
Uma das participantes também cita a teoria das necessidades de Maslow e que todos nós 
temos necessidades, sendo elas básicas ou não. Esse conceito é traduzido novamente em uma 
pirâmide, onde estas necessidades básicas são colocadas na base dela e, logo acima, novas 
necessidades e com prioridade diferente das anteriores. Maslow teoriza que toda vez que uma 
necessidade de nível abaixo é satisfeita, partimos para satisfazer necessidades no nível logo 
acima e assim sucessivamente até atingirmos o topo desta pirâmide, onde se encontra a 
necessidade de auto-realização. 
 
 
 
É importante um líder incentivar e dar condições para que as pessoas se tornem melhores 
do que já são. 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Capítulo três 
 
O modelo 
 
Em mais um dia de palestras, terça-feira, John encontra-se novamente com Leonard 
Hoffman antes do início das orações da manhã e recebe novas lições sobre a liderança de 
pessoas. 
Agora, Hoffman cita uma das suas passagens como jovem executivo de uma empresa 
fabricante de lâminas de metal e diz que seu primeiro mentor lhe havia ensinado uma difícil lição 
a respeito da opinião contrária. 
Hoffman defendia a todo custo que todos deviam ter opiniões semelhantes dentro de uma 
organização e, por causa disso vivia em conflito com outros dois executivos desta companhia, 
que defendiam posições exatamente opostas, ocasionando sempre conflitos entre eles nas 
reuniões. 
Ele achava que estes dois executivos iriam levar a empresa a dificuldades com aquelas 
“atitudes da idade da pedra”. 
Em dado momento, Hoffman chegara até a perguntar por que seu mentor e executivo 
principal da empresa não demitia aqueles outros dois executivos, ao que foi respondido que essa 
atitude seria a pior possível para a companhia, pois eles ajudavam a manter o equilíbrio dela. 
E ainda complementa com uma fala de seu mentor: "Em nossas reuniões de executivos, se 
dez concordarem com tudo, nove provavelmente são desnecessários". 
Quando a aula das nove horas inicia-se, uma das participantes coloca um assunto em 
debate e pergunta a Simeão quem ele achava ter sido o maior líder da história e, prontamente, 
ele responde que tinha sido Jesus e justifica em seguida. 
Ele tinha influenciado muitos milhões de pessoas ao longo da história e servia aos seus a 
todo o momento. Liderava não pelo poder, mas pela sua autoridade. 
Reforçando essa idéia, o pastor Lee menciona que Jesus construiu sua influência e 
liderança sobre o serviço. Ele mudou o mundo sem exercer poder, somente influência. 
Além do exemplo de Jesus, Hoffman também usou Ghandi como forma de explicar 
liderança como meio de servir. Ghandi disse a seus seguidores que teriam que se sacrificar para 
servir à causa da liberdade, mas através de seu sacrifício começariam a chamar a atenção de 
todas as partes do mundo. Por fim, em 1947, Londres não só deu a liberdade à Índia como o 
recebeu com uma parada de herói. 
Outro modelode liderança citado foi o de Martin Luther King que, na década de 50, lutou 
contra o racismo nos EUA, usando as idéias e conceitos de Ghandi. Foi o homem mais jovem a 
ganhar o Prêmio Nobel da Paz, considerado o homem do ano pela Revista Times e conseguiu que 
em 1964 fosse aprovado o Decreto dos Direitos Humanos dos EUA, lei que perdura até hoje. 
Mas uma conclusão foi tirada desta discussão, agora já na reunião da tarde daquele dia: 
não é preciso ser personagem histórico para construir autoridade. Nós a construímos sempre 
que servimos aos outros e nos sacrificamos por eles. O papel da liderança é servir, isto é, 
10 
 
identificar e satisfazer as necessidades legítimas. Nesse processo de satisfazer necessidades a 
quem servimos. 
Mas afinal sobre o que se constroem serviço e sacrifício. Hoffman é direto na resposta: 
amor. Mas não o amor no sentido sentimental e sim comportamental. E o amor é baseado na 
vontade que, segundo ele é a junção das palavras Intenções + Ações. 
A liderança começa com a vontade, que é a única capacidade como seres humanos para 
sintonizar nossas intenções com nossas ações e escolher nosso comportamento. É preciso ter 
vontade para escolhermos amar, isto é, sentir as reais necessidades, e não os desejos, daqueles 
que lideramos. 
Para atender a essas necessidades, precisamos nos dispor a servir e até mesmo a nos 
sacrificar. Quando servimos e nos sacrificamos pelos outros, exercemos autoridade ou influência. 
E quando exercemos autoridade com as pessoas, ganhamos o direito de sermos chamados de 
líderes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
Capítulo quatro 
 
O verbo 
 
No dia seguinte, na reunião do período da manhã, Leonard Hoffman insere o conceito da 
palavra amor, mas o amor não caracterizado de forma sentimental e sim na forma 
comportamental, ou seja, você pode amar outra pessoa, mesmo que ela seja um desconhecido, 
um colega de trabalho, um cliente, comportando-se bem perante ele. 
Nem sempre podemos controlar o que sentimos em relação a outra pessoa, mas podemos 
controlar como nos comportamos em relação a ela. Amor no sentido de comportamento e não 
de sentimento. 
Este tipo de amor envolve os seguintes comportamentos: paciência, bondade, humildade, 
respeito, generosidade, perdão, honestidade e compromisso. 
Ser paciente é mostrar ter autocontrole, ou seja, um time perde seu autocontrole se tiver 
um líder sem controle também, agindo de forma irresponsável. O líder tem o dever de fazer com 
que seus liderados se responsabilizem por suas tarefas, mostrando-lhes a distância entre seu 
desempenho e o desempenho esperado deles, de forma calma, respeitosa e firme. 
Ter bondade é dar atenção, apreciação e incentivo. E dar atenção nos leva de volta ao 
saber ouvir, evitando que nos dispersemos com ruídos internos (distrações) e externos que 
possam nos atrapalhar no entendimento daquilo que o outro fala, permitindo que vejamos as 
coisas “com os olhos do outro”. Empatia. Mostrar que ela é importante para você. As pessoas 
buscam ser ouvidas! 
Ter humildade é ser autêntico, sem pretensão, orgulho ou arrogância. Aqueles que acham 
que sabem de tudo destroem seus relacionamentos e colocam barreiras entre si e seus liderados. 
Ter respeito, tratando as pessoas com importância, porque elas são importantes! 
Perdoar os outros. Desistir de ressentimento e ter um comportamento ativo frente a um 
problema ocorrido, sendo aberto, honesto e direto com as pessoas. Tratar o problema no 
momento em que ocorreu e desapegar-se após ter resolvido a situação. Não ficar remoendo o 
que ocorreu. 
Ser honesto, livre de engano. Se um líder não tem a posição de exigir de seus liderados o 
cumprimento correto de determinada tarefa, ele está sendo desonesto porque está roubando os 
acionistas da empresa que paga seu salário para contratarem funcionários responsáveis e 
mentirosos, porque fingem que está tudo bem enquanto que nada está bem. 
E finalmente o compromisso. Compromisso como líder, pois se você não estiver 
compromissado, provavelmente desistirá de exercer autoridade e voltará a uma posição de 
poder. 
O verdadeiro compromisso envolve o crescimento do indivíduo e do grupo, juntamente 
com o aperfeiçoamento constante. O líder comprometido dedica-se ao crescimento e 
aperfeiçoamento de seus liderados. 
Um líder ama realmente seu próximo quando se preocupa com seu bem estar da mesma 
maneira que se preocupa com o seu. 
12 
 
Capítulo cinco 
 
O ambiente 
 
Você reconhece quais são as crianças que vêm de um ambiente hostil. Nossas prisões estão 
cheias de pessoas que cresceram em ambientes doentios. Uma criação adequada dos filhos e um 
ambiente doméstico saudável são essenciais para uma sociedade saudável. A resposta ao crime 
tem pouca relação com a cadeira elétrica e muito mais com o que acontece em casa e na escola. 
Um ambiente saudável é muito importante para possibilitar o crescimento saudável, de 
modo especial para seres humanos. 
Quando conhecemos uma pessoa, o saldo da conta de relacionamento com ela é neutro, 
porque vamos iniciar um conhecimento. 
À medida que o relacionamento amadurece, porém, fazemos depósitos e retiradas nessas 
contas imaginárias, fazemos depósitos nessas contas sendo confiáveis e honestos, dando às 
pessoas consideração e reconhecimento, mantendo nossa palavra, sendo bons ouvintes, não 
falando de outras pessoas pelas costas, usando a simples cortesia de um olá, por favor, obrigado, 
desculpe, etc. Fazemos retiradas sendo agressivos, descorteses, quebrando promessas e 
compromissos, apunhalando os outros pelas costas, sendo maus ouvintes, cheios de empáfia, 
arrogância, etc. 
Quando punimos uma pessoa publicamente, é óbvio que a envergonhamos na frente de 
seus amigos, o que é uma enorme retirada de nossa conta com essa pessoa, também fazemos 
uma retirada da nossa própria conta relacional com todos aqueles que presenciam. 
 O mesmo princípio é verdadeiro quando elogiamos, não apenas fazemos um depósito em 
nossa conta com a pessoa que elogiamos, mas também fazemos depósitos nas contas que temos 
com aqueles que observam e todos estão sempre observando o que o líder faz. 
Hoffman afirma que para cada retirada que você faz em sua conta com uma pessoa são 
necessários quatro depósitos para voltar a ficar igual. 
É que as pessoas de modo geral têm alta opinião sobre si mesmas. Isso significa que 
devemos ser muito cuidadosos ao fazer retiradas da conta dos outros porque o custo pode ser 
muito alto. Pense, por exemplo, na confiança, podemos passar anos nos esforçando para 
construí-la e ela pode ser perdida em um instante por uma simples indiscrição. 
Hoffman também define motivação como qualquer comunicação que influencie as 
escolhas. Como líderes, podemos fornecer todas as condições, mas são as pessoas que devem 
fazer as próprias escolhas para mudar. 
O melhor que podemos fazer é fornecer o ambiente certo e provocar um questionamento 
que leve as pessoas a se analisarem para poderem fazer suas escolhas, mudar e crescer. 
 
 
 
 
13 
 
Capítulo seis 
 
A escolha 
 
Nossos pensamentos, sentimentos, crenças – nossos paradigmas – exercem de fato grande 
influência sobre nosso comportamento. A práxis ensina que o oposto também é verdadeiro. A 
PRÁXIS também trabalha na direção oposta, ensina que, se não gostamos de uma pessoa e a 
destratamos, vamos odiá-la ainda mais. 
A PRÁXIS diz que, se me comprometo a amar uma pessoa e a me doar a quem sirvo, e 
sintonizo minhas ações e comportamentos com esse compromisso, com o tempo passarei a ter 
sentimentos positivos em relação a essa pessoa. 
É mais comum representarmos um determinado sentimento do que agirmos de acordo 
com o sentimento. 
Sobre a responsabilidade e as escolhas que fazemos, Hoffman acredita que a liderança 
começa com uma escolha. Algumas dessas escolhas incluem encarar as tremendas 
responsabilidades que nos dispomos a assumir e alinhar nossas ações com as boas intenções. 
Masmuitas pessoas não querem assumir a responsabilidade adequada em suas vidas e 
preferem ignorar essa responsabilidade. Ainda há os que ficam no meio, às vezes assumindo 
responsabilidades demais – os neuróticos -, às vezes de menos – os que têm problema de 
caráter. 
Hoffman também cita que fez um curso para executivos sobre ética nos negócios, em que a 
palavra responsabilidade foi partida em duas – resposta e habilidade. O curso ensinou que todos 
os tipos de estímulos vêm a nós: contas a pagar, maus chefes, problemas com vizinhos e o que 
mais houver. O estímulo sempre vem a nós, mas, como seres humanos, temos a habilidade de 
escolher nossa resposta. 
Dissemos que o caminho para a autoridade e a liderança começa com vontade. A vontade 
são as escolhas que fazemos para aliar nossas ações às nossas intenções. Ao final, todos temos 
que fazer escolhas a respeito de nosso comportamento e aceitar a responsabilidade por essas 
escolhas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Capítulo sete 
 
A recompensa 
 
Ser apoiado por uma comunidade amorosa em nossa jornada é certamente benéfico, mas 
amar é muito mais importante. Um sábio cristão chamado Paulo escreveu há cerca de dois 
milênios que apenas três coisas importam: fé, esperança e amor. E acrescentou que a maior 
delas é o amor. 
Há alguns anos, era comum as organizações definirem sua missão e registrarem o seu 
objetivo. Mas nunca nos demos conta de como é importante ter uma declaração de missão do 
que queremos e pretendemos como indivíduos. 
Alguém uma vez disse que, se não tivermos um objetivo definido, nos dispersaremos em 
ações sem sentido. As pessoas aderem ao líder antes de aderirem a uma declaração de missão. 
Se aderirem ao líder, elas irão aderir a qualquer declaração de missão que o líder tiver. 
Uma pesquisa com 100 pessoas de mais de 90 anos, sobre, se pudessem viver sua vida 
novamente, o que faria diferente? As três principais respostas foram que elas se arriscariam 
mais, refletiriam mais e realizariam mais coisas que permanecessem depois que elas se fossem. 
 “Nós não temos que gostar dos nossos colegas e sócios, mas como líderes, somos instados 
a amá-los e tratá-los como gostaríamos de ser tratados” e como quero ser tratado? Quero que 
meu líder seja paciente comigo, me dê atenção, me valorize, me incentive, seja autêntico 
comigo, me trate com respeito, satisfaça minhas necessidades quando surgirem, me perdoe 
quando eu errar, seja honesto comigo, me dê retorno, me dê condições para atingir os objetivos 
e por fim seja comprometido. Então, a Regra de Ouro diz como devo me comportar em relação 
aos meus liderados, exatamente como gostaria de ser tratado. 
Amar os outros, doar-nos e liderar com autoridade nos forçam a quebrar nossos muros de 
egoísmo e ir ao encontro das pessoas. Quando negamos as nossas próprias necessidades e 
vontades e nos doamos aos outros, crescemos. Tornando-nos menos autocentrados e mais 
conscientes dos outros. A alegria é uma consequência dessa doação. 
Há muito tempo, um homem chamado Syrus disse que nada vale aprender bem se você 
deixar de fazer bem. 
Apenas um primeiro passo em uma nova jornada...

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