Buscar

Resenha Critica Monge e o Executivo

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

9
1. Identificação da obra
 Hunter, James C. - O Monge e o Executivo. Tradução de Maria da Conceição Fornos de Magalhães. – Rio de Janeiro; Editora Sextante, 2004.
2. Apresentação da obra
 A obra, objeto da presente resenha crítica, do livro O Monge e o Executivo, dividido em 7 capítulos, distribuídos em 144 páginas que visa demonstrar, caracterizando, a liderança servidora de modo em que as pessoas entendam de forma clara os princípios fundamentais dos verdadeiros líderes, reunindo conhecimentos das suas pesquisas em fontes distintas, em um equilíbrio entre valores religiosos e sociológicos. Relata a história de John Daily, um importante e bem sucedido homem de negócios americano que de repente se vê fracassando como líder, marido e pai. Leonard Hoffman, que no mosteiro é chamado de Simeão conduz um ciclo de palestras sobre a essência da liderança para Daily, Greg, Teresa, Lee, Chris e Kim. Durante uma semana estas 6 pessoas são confrontadas consigo mesmas diante dos princípios expostos por Simeão que, muito positivamente e de maneira objetiva conduz este grupo de pessoas a uma reflexão sobre a essência do que é liderar, e ao final de sete dias sai totalmente transformadas pelos conceitos aplicados pelo irmão Simeão.
3. Estrutura da obra
 3.1 Capítulo 1 – As definições
 John Daily inicia seu retiro em um mosteiro, onde conhece Leonard Hoffman, um executivo bem-sucedido de sessenta e poucos anos, que no topo de sua carreira e depois de falecimento de sua esposa, resolve tornar-se monge e passa a se chamar Irmão Simeão. No primeiro domingo de outubro, o monge Simeão discute com os alunos sobre liderança fazendo a distinção de liderança e gerência, de acordo com Simeão nós gerenciamos recursos, pessoas nós lideramos. Liderança de acordo com a definição formulada por Simeão e pelos participantes seria: “A habilidade de influenciar pessoas para trabalharem entusiasticamente visando atingir aos objetivos identificados como sendo para o bem comum”. Ou seja, a liderança em sua base não é o poder, ou seja, não é forçar as pessoas a realizar sua vontade e sim a autoridade, que é a capacidade de levar as pessoas a realizarem de boa vontade o que é desejado. A autoridade, diferente do poder, não tem preço nem pode ser dada ou tomada, pois a autoridade está ligada ao caráter que a pessoa demonstra é percebida por outras pessoas. As pessoas podem muito bem ter poder e não exercer nenhuma autoridade sobre outras, ou o contrário, as pessoas podem não exercer nenhum poder sobre outras, mas podem muito bem ter autoridade sem a precisão de poder. Necessariamente o líder deve exercer o poder e autoridade, pois o poder é dado para que seja exercido quando a autoridade não é levada em consideração pelos liderados, ou seja, se os líderes devem usar o poder quando houver necessidade de recorrer a ele. 
 Liderança é executar as tarefas as tarefas enquanto se constrói relacionamentos, que sejam frutos de relações saudáveis. Para que um negócio dê certo é necessário a confiança entre donos, executivos, funcionários, fornecedores e clientes. Pois a organização é como se fosse uma família onde fazendo parte pai, mãe, filhos, sobrinhos etc. para que essa família crescer deve haver a busca da qualidade nas relações. Exemplo clássico seriam os casamentos que se desfazem por falta de confiança entre os casais.
 3.2 Capítulo 2 – O velho paradigma 
 Na primeira reunião do dia, bem cedo, Simeão fala sobre o problema de John não prestar muita atenção quando alguém está falando. No início da aula, o sargento e Greg e o pregador Lee discutem sobre o que é paradigma. Logo começou a cerimônia. Simeão assume a direção: Paradigmas são simplesmente padrões psicológicos, modelos ou mapas que usamos para navegar na vida. Podem ser valiosos e até salvar vidas quando usados adequadamente. Agarrar-se a paradigmas ultrapassados pode nos deixar paralisados enquanto o mundo passa por nós. As pessoas têm dificuldade de mudar, pois as mudanças nos desinstalam, nos tiram da nossa zona de conforto e nos forçam a fazer as coisas de modo diferente, o que é difícil. Mas o progresso contínuo é fundamental, tanto para as pessoas quanto para as organizações, porque nada permanece igual na vida. A natureza nos mostra claramente que ou você está vivo e crescendo, ou está morrendo, morto ou declinando. Simeão, então, pediu exemplos de paradigmas predominantes nas organizações de hoje em dia. O sargento Greg foi rápido: Administração no estilo piramidal. O vértice pra baixo. Faça o que eu digo. Viver sob a regra de ouro, que diz: “Quem tem o ouro faz as regras”. Nesse modelo, os empregados são as pessoas mais próximas do cliente.
 Quer dizer, o presidente pode até conhecer os clientes pessoalmente, mas o mais importante é o produto que é vendido, o que está na “caixa” quando o cliente abre. E a última pessoa que tocou na caixa foi o trabalhador (empregado). Isso os faz mais próximos dos clientes. Nesse tipo de organização, todos estão olhando para cima, para o chefe, e longe do cliente. Simeão pede para imaginarem um sistema cujo foco fosse servir o cliente. Imaginem uma organização onde os empregados estivessem na linha de frente servindo aos clientes e garantindo que suas verdadeiras necessidades estivessem sendo satisfeitas. E suponha também que o supervisor da linha de frente começasse a ver os empregados como clientes e se dedicasse a identificar e preencher suas necessidades. E assim por diante, pirâmide abaixo. 
 Isso é um novo paradigma, reconhecendo que o papel do líder não é impor regras e dar ordens à camada seguinte.  Em vez disso, o papel do líder é servir. Isso não quer dizer que um líder permitirá tudo numa empresa. Um líder deve estar sempre mais preocupado com as necessidades do que com as vontades. Mas, é complicado identificar as verdadeiras necessidades de uma pessoa ou empregado.
3.3 Capítulo 3 – O modelo
 Pouco antes da reunião do dia de terça de manhã, John conversa com Simeão sobre a percepção primeira que temos dos fatos e das coisas, ressaltando que as coisas nem sempre são como parecem ser e o cuidado que devemos ter antes de fazer julgamentos rápidos. Fala ainda da opinião contrária, deve-se ter o cuidado antes de emitirmos um juízo de valor e a necessidade de manter o equilíbrio, dar como exemplo a organização que pertencia em que o seu chefe mantinha sempre a sua opinião (de Leonard Hoffman) e mais colegas, que sempre decidiram pelo caminho mais duro, enquanto ele optava por um estilo de administração mais aberto e democrático. Quando todos os participantes estavam reunidos, discutiram sobre o líder servidor e uma das participantes perguntou para Simeão, em seu ponto de vista quem foi o maior líder de todos os tempos. Simeão respondeu que tinha sido Jesus Cristo, e ressaltou que não acreditava nisso apenas por ser cristão, mas sim pelo número de pessoas que são influenciados por ele. Jesus Cristo serviu a todos, como já dito para ser um líder você deve servir e algumas vezes até se sacrificar, é colocar a liderança em serviço, e assim influenciar as pessoas. Então, o serviço e sacrifício são construídos a partir do amor, que não diz respeito a sentimento, mas sim a comportamento, esse amor é construído pela vontade.
 
 O serviço deve ser baseado nas seguintes diretrizes: liderança, autoridade, serviço e sacrifício, amor e vontade. A liderança começa com a vontade, que é nossa única capacidade como ser humano para sintonizar nossas intenções com as ações e escolher nosso comportamento. É preciso vontade para amar e para atender as necessidades precisamos nos dispor a servir e até mesmo nos sacrificar. 
 Um bom líder não é esquecido, as pessoas tentam tê-los como espelhos, pois são influenciadas por sua vontade de fazer acontecer com amor e sacrifício, identificando e satisfazendo suas necessidades.
 3.4 Capítulo 4 – O verbo
 Na quarta-feira, John e Simeão conversam pouco antes de começar a reunião,como conversaram praticamente todos os dias. Simeão presta atenção em cada palavra que lhe é dita, John percebe que falar com alguém que presta atenção a cada palavra nos faz sentirmos valorizados e importantes. Simeão pergunta para John o que ele está aprendendo ali. E a resposta é o modelo de Simeão que logo lhe diz que o modelo de liderança não é dele, e sim de Jesus. Fala mais uma vez sobre a respeito dos relacionamentos que devem ser alimentados. Quando os participantes se reúnem discutem sobre o amor definido inicialmente por afeição, ligação calorosa, atração baseada em sentimentos sexuais. As palavras gregas “eros”, “storgé”, “philo” “agapé que corresponde a agapó” são colocadas para frisar o que a palavra amor pode significar. Agapé corresponde ao amor da escolha deliberada. São lembradas as frases que Jesus disse: “amar seu próximo” e “amai vossos inimigos”. Jesus não queria dizer que devêssemos fingir que as pessoas ruins são boas, o que ele quis nos dizer é que devemos nos comportar bem em relação a elas.
 Dizer e fazer não são a mesma coisa, pois amor e liderança precisam na união destas duas dimensões humanas: fazer e falar. É lembrado o trecho da Bíblia presente na Epístola aos Coríntios, capítulo treze. Então, comparam o amor deste trecho bíblico com a lista de qualidades que elaboraram em outro momento. Simeão explica que para se atingir o nível de sucesso em liderança há de se querer desenvolver um tratamento nas qualidades construtoras do caráter que são identificadas como: Paciência, bondade, abnegação, respeito, generosidade, honestidade e compromisso. O comportamento de um líder tende a influenciar fortemente a conduta de seus seguidores e colaboradores. Mas, sabe-se que administrar o comportamento dos seres humanos é extremamente complexo. O comportamento do ser humano reflete as suas expectativas acerca de algo.
3.5 Capítulo 5 – O ambiente 
 John chegou mais cedo para conversar com Simeão a respeito do amor, durante a aula, Simeão fala a respeito da importância do ambiente para produzir um melhor trabalho. Ele aproveitou para dar um exemplo sobre jardinagem, perguntando como ela aconselharia para ter um jardim saudável. Chris fala para “descobrir um pedaço de terra que recebesse muito sol e em seguida trabalhasse o solo para prepará-lo para o plantio. Depois você plantava as sementes, regavas, adubava, livra das pragas e capinava o jardim para de tempos em tempos”. 
 Após esse questionamento, Simeão perguntou se o crédito de se obter um bom fruto seria de quem preparou o plantio. Chris respondeu sem pensar de forma afirmativa, e logo após pensou melhor e chegou a conclusão de que ela apenas ajudou a planta a dar bom frutos. Simeão falou também sobre a importância de se elogiar um funcionário em público ao invés de humilhá-lo. Quando a punição é feita em pública as pessoas se sentem envergonhadas e diminuídas resultando em subtração da conta relacional, em contra partida o oposto resulta em depósitos para a conta bancária. Para melhor exemplificar isso significa que para cada retirada que se faz da conta com uma pessoa são necessários quatro depósitos para voltar a igualar o saldo. Uma proporção de quatro para um. O sucesso das pessoas depende de seus líderes, pois são eles que proporcionam o estilo de comunicação e de convivência entre os integrantes da organização, ou seja, ele é responsável pela harmonia dos relacionamentos entre as pessoas e seu ambiente como um todo.
3.6 Capítulo 6 – A escolha 
 John estava conversando com Simeão e o solicitou para explicar sobre um assunto que ele tinha mencionado na manhã anterior, a práxis. Simeão explica é o nosso comportamento que influencia nossos pensamentos e sentimentos. Quando nos comprometemos a concentrar atenção, tempo, esforço e outros recursos em alguém ou algo durante certo tempo, começamos a desenvolver sentimentos pelo objeto de nossa atenção, ou em outras palavras, nos tornamos ligados a ele. Assumir responsabilidades diante dos relacionamentos sejam eles de que tipo for é importante e necessário. Se a liderança começa com uma escolha, isso requer que tenhamos responsabilidades em assumir ações de acordo com as intenções. É preciso ter habilidades em escolher as respostas para os desafios que vivemos cotidianamente, com responsabilidade, percebidas como resposta e habilidade. Nós sempre somos estimulados, mas cabe a nós escolhermos. Simeão definiu que a disciplina tem por objetivo ensinar-nos a fazer o que não é natural, fazer com que o não – natural se torne um hábito. Existem quatro estágios necessários para adquirir um novo hábito:
Estágio 1: Inconsciente e Sem Habilidade; onde você ignora o comportamento e o hábito.
Estágio 2: Consciente e Sem Habilidade; Você toma consciência de um novo comportamento, mas ainda não desenvolveu a prática.
Estágio 3: Consciente e Habilidoso; em que você está se tornando cada vez mais experiente e se sente confortável com o novo comportamento ou prática.
Estágio 4: Inconsciente e Habilidoso; é o estágio em que a prática já fez tanto efeito, que parece ser a coisa mais natural do mundo. 
 Portanto, o homem é autodeterminante, ou seja, ele se transforma no que fez de si mesmo. É muito fácil botarmos culpa em outras pessoas pelo que somos ou pelo que acontece em nossa vida, mas a mudança só ocorrerá a partir das escolhas que você faz.
3.7 Capítulo 7 – A recompensa 
 Neste capítulo, o tema central é o resultado do esforço. Uma das participantes fala do que acontece nas equipes de basquete, a disciplina exige dedicação e trabalho duro de seus atletas, mas em compensação sempre trazem prêmios. Devemos amar as pessoas que estão a nossa volta, pois desejamos que eles também nos amem, ou seja, devemos tratar os outros como queremos que nos tratem. Se eu dou respeito, atenção, motivação, honestidade, perdão, esperamos receber isso de volta. Então, a Regra do Ouro como eu devo me comportar em relação aos outros. Um trecho a destacar neste capítulo “Amar aos outros nos faz sair de nós mesmos. Amar aos outros nos força a crescer”. Após todo aquele tempo no mosteiro, Simeão concluiu com a seguinte frase “Nosso tempo juntos terminou” após isso ele ficou sério e disse também que aprendeu muito durante a semana que passou com o pessoal.
 A missão, objetivo, visão são fatores determinantes para o sucesso de todo e qualquer empreendimento humano. Nossas vontades e desejos poderão ser satisfeitos a partir do momento em que nós colocamos em movimento de crescimento pessoal, evoluindo para a maturidade psicológica e espiritual.
4. Análise Crítica
 A forma que foram colocados os princípios de uma ótima liderança foi bastante clara e lógica, e foi bem interessante ser baseado em fundamentos bíblicos, concordo que Jesus Cristo foi, e, é o nosso maior líder. Acredito que a influência sobre as pessoas seja o melhor caminho para que exerça uma boa liderança, ressaltando também a união, a independência entre as pessoas para que metas sejam alcançadas é preciso amar o próximo, em relação ao comportamento e não a sentimentos. O livro nos traz um conhecimento bastante enriquecedor, pois, o mesmo, aborda fatos extremamente reais no dia-a-dia, trazendo conceitos, fatos verídicos, parábolas e citações de outros estudiosos, psicólogos e demais profissionais, no intuito de fazer semelhanças compreensíveis e acessíveis à diversidade do público-alvo (acadêmicos, empresários, profissionais liberais e aos vários segmentos da sociedade civil interessados no comportamento ideal de um líder de excelência). E, nos leva a refletir sobre nossa própria vida, se estamos ou não influenciando pessoas e de que maneira somos influenciados.
5. Identificação do autor
 James C. Hunter é consultor-chefe da J. D. Associados, uma empresa de consultoria de relações de trabalho e treinamento. Hunter é muito solicitado como instrutor e palestrante, bastante conhecido, com mais de 20 anos de experiência, principalmente nas áreas de liderança funcional e organizaçãode grupos comunitários.Sua proposta consiste em confrontar valores, emoções e crenças em um debate, com muitas opiniões discordantes e lições valiosas de vida.

Outros materiais