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Fratura do Úmero Proximal: · Mecanismos de lesão: · Queda dobre a mão estendida (força compressiva) – proximal ou distal; · Trauma direto (combinação de forças ou força de angulação) – transversa na diáfise; · Força de torção –espiral; · Força de angulação + torção – oblíqua com fragmento em asa de borboleta; · Choque elétrico (tração), crise convulsiva e metástases. Quadro clínico geral: · Quadro agudo com dor e edema; · Crepitação local quando a fratura tem alguma instabilidade – quando não é apenas uma fissura; · Impotência funcional; · Equimose (início de 24 a 36h) – hematoma; · Ombro rodado internamente, abdução e apoiado no tórax; · Em lesões do colo cirúrgico, os movimentos de rotação podem estar presentes. Lesões nervosas associadas: · Axilar: deltoide e redondo menor; · Plexo braquial; · Nervo supra-escapular: supra e infra-espinhoso; · Nervo musculocutâneo: bíceps e coracobraquial. · Achado clínico da lesão nervosa: parestesia, plegia (perda total da sensibilidade e do movimento). Diagnóstico por Imagem: · Exame para diagnóstico de fratura: radiografia; · Fratura em região com muitas estruturas: tomografia computadorizada. Métodos de Tratamento: · Placa de compressão com parafuso; · Pinos intramedulares; · Substituição total da articulação por prótese; · Quem determina o método de tratamento é o ortopedista. Fratura do colo do úmero: · Mecanismo de lesão: queda sobre a mão espalmada com as forças sendo transmitidas para cima, ao longo do braço estendido (ou sobre o cotovelo); · Trabalho de mobilização precoce vem evitando demais complicações como capsulite adesiva, maior perda de massa muscular e óssea; · Características: comum em pessoas idosas, especialmente mulheres na menopausa, associada à osteoporose, rigidez persistente e lesões nervosas. Fratura da diáfise do úmero: · Mecanismo de lesão: impacto direto que leva a uma fratura transversal ou cominutiva da diáfise umeral; · Características: boa consolidação caso não haja grande espaçamento entre os fragmentos, lesões do nervo radial e da artéria braquial são as complicações mais frequentes. Fratura de escápula: · É raríssima. · É mais vista como um achado, paciente sofre um trauma e acaba achando a fratura na radiografia; · Pode ser intra-articular – a linha de fratura atravessa a superfície articular; · Mecanismos: · Traumas de alta energia; · Choque elétrico. · Podem envolver: corpo e espinha da escápula, cavidade glenóide e acrômio; · Lesões associadas: · Fraturas de costela; · Lesões pulmonares; · Lesões medulares. · Geralmente tratadas de forma conservadora com imobilização do braço e com apoio de tipóia. Fraturas da Clavícula: · Fratura comum em crianças; · Mecanismo de lesão: · Terço medial e parte intermédia (maior parte dos casos): queda sobre a mão, com as forças sendo transmitidas através do antebraço e do braço para o ombro; · Terço lateral: queda sobre a parte lateral do ombro. Lesões associadas: · LAC (luxação acromioclavicular) – lesão ligamentar associada · Outras fraturas: escápula e costelas; · Envolvimento das articulações acromioclaviculares e esternoclaviculares (luxações); · Pneumotórax; · Lesões neurovasculares (plexo, subclávia). Tratamento: · Geralmente é conservador; · É cirúrgico em casos de: · Fratura exposta; · Lesão vascular e neurológica; · Risco de perfuração da pele; · Quando a redução não pode ser obtida; · Nos casos de pseudoartrose; · Deformidade muito grosseira e antiestética. Enfaixamento em “8” por 4 a 6 semanas colocado os ombros para mantê-los em extensão, que indiretamente reduz a fratura. Complicações: · Formação da falsa articulação – consolidação viciosa. Fratura Supracondilar do Úmero: · Mecanismos de Lesão: · Fratura em extensão: deslocamento posterior da extremidade distal – queda sobre a mão espalmada ou golpe direto anterior; · Fratura em flexão: deslocamento anterior da extremidade distal – queda sobre o olécrano. Complicações: · Lesões nervosas: ulnar, radial e mediano; · Lesões vasculares: braquial (síndrome compartimental); · Isquemia de Volkman: causada pela lesão da artéria braquial, devido à obstrução no fluxo arterial ou seguido a aplicação de aparelhos gessados ou bandagens. · Se não for detectado e tratado dentro das primeiras 6h, levará à isquemia permanente e necrose. Contratura Isquêmica de Volkman: · Lesão da artéria braquial ou poplítea por compressão seguida à aplicação de aparelho gessado; · Quadro clínico: dor, cianose, edema acentuado, ausência de pulso distal, temperatura diminuída, parestesia distal. · Sequelas: necrose muscular, deformidades (mão em garra). Fraturas Intercondilares do Úmero: · Mecanismo de lesão: cair sobre o olecrano e separa o côndilo; · Queda grave sobre a ponta do cotovelo flexionado. O olecrano é impulsionado como uma cunha entre os dois côndilos do úmero e rompe um ou ambos, separando-os da diáfise; · Características: fraturas comumente cominutivas. Fratura do Olécrano: · Mecanismo de lesão: queda com uma flexão passiva súbita do cotovelo – o olecrano é arrancado sobre a incisura troclear; · Fratura por avulsão; · Características: os fragmentos fraturados são desviados para cada lado e o paciente não é mais capaz de estender o cotovelo ativamente contra a gravidade; · GAP local. Fratura da Cabeça Radial: · Mecanismo de lesão: cabeça do rádio é impactada contra o côndilo umeral – estresse em valgo aplicada ao cotovelo estendido; · A superfície côncava da cabeça radial é comprimida contra a superfície convexa do capítulo e tende a se romper. · Fratura intra-articular; · Características: apesar de ocorrer a lesão da cartilagem articular de ambas as estruturas, sempre a cabeça radial que é fraturada. Pode vir acompanhada de lesão do ligamento colateral medial. Luxação Posterior do Cotovelo: · Mecanismo de lesão: queda sobre a mão com o cotovelo discretamente flexionado ou uma hiperextensão acentuada do cotovelo; · A ulna desencaixa do úmero; · Características: acompanhada de lesões extensas de partes moles articulares. · Pode haver lesão de nervos e artérias anteriores e outras pequenas fraturas associadas. · Teste de estresse em valgo e em varo. Diáfise do Rádio e Ulna: · Epidemiologia: traumas e quedas; · Características: geralmente acomete ambos os ossos devido à presença da membrana interóssea. · O paciente acusa dor ao realizar a extensão dos dedos – pode haver lesão do nervo mediano. · Fratura de diáfise do rádio com luxação da articulação radioulnar distal: Fratura de Galeazzi; · Fratura da diáfise da ulna com luxação radioulnar proximal: Fratura de Monteggia. Compressão do Nervo Ulnar: · A lesão é muito comum, mas o diagnóstico, não; · A causa geralmente é uma instabilidade do ligamento colateral ulnar por traumas repetidos em valgo (arremesso) o que leva a: · Deformidades em valgo; · Contratura em flexão; · Hipertrofia muscular que pressiona o flexor ulnar do carpo ou tríceps; · Paciente que fica muito tempo escrevendo / apoiado comprimindo o nervo; · Edema local por compressão por período longo como ao utilizar um computador; · Nervo ulnar – inervação: · Flexor ulnar do carpo; · Flexor profundo dos dedos; · Dois lumbricais mediais (3° e 4°); · Interósseos palmares e dorsais; · Flexor curto do polegar; · Adutor do polegar; · Oponente do dedo mínimo; · Flexor curto do dedo mínimo. · É diagnosticada pelos sintomas clínicos e pode ser feita a eletromiografia para analisar a condução nervosa no nervo; · Local: côndilo medial, ao entrar na fossa do nervo ulnar, entre as duas cabeças do músculo flexor ulnar do carpo; · Teste de flexão do cotovelo: cotovelo fletido, extensão de punho e depressão do ombro – sintoma de formigamento dentro de 1 minuto. · Teste do Sinal de Tinel do nervo ulnar: PESQUISAR · Classificação segundo McGowan: · Classe 1 – somente sintomas (dor em região do epicôndilo medial e ulnar do antebraço); · Classe 2- sinais e sintomas (hipoestesia e leve fraqueza na distribuição do nervo ulnar); · Classe 3 – sinais objetivos (perda de sensibilidade, fraqueza, atrofia muscular, principalmente de músculos intrínsecos damão). · Sintomas / características: · Formigamento e hipoestesia em região medial de antebraço, 4° e 5° dedos e ulnar; · Fraqueza de adutor do polegar, abdutor do mínimo e intrínsecos da mão, lumbricais 4° e 5° dedos, flexores profundos 4° e 5° dedos, oponente do dedo mínimo e flexor curto do dedo mínimo; · Mão em garra (MCF em extensão e IF em flexão) – tratamento: mobilização e uso de órtese para prevenir deformidades em extensão. · Garra ulnar – deformidade causada pela parestesia e pela fraqueza; Epicondilites: · Lesões muito comuns – a lateral é mais comum do que a medial; · Entesopatia – quebra na capacidade / demanda Cotovelo de tenista – epicondilite lateral: · Estresse mecânico de origem na musculatura extensora do carpo e dos dedos · Mais comum em jogadores de tênis de final de semana, digitadores e estudantes. · Consiste em: infiltração vascular, degeneração na origem do tendão, sem células inflamatórias. · Sintomas: dor no epicôndilo lateral do cotovelo – aumenta com a extensão do punho e dos dedos; · ADM’s livres, sensibilidade normal, força de preensão pode estar diminuída pela dor; · Dor na realização dos movimentos de prono e supinação também. · Lesão crônica · Teste de Cozen · Tirante – órtese que comprime o antebraço de forma distal ao tendão e transmite parte da força que iria para o tendão para o tirante, ameniza a carga do tendão – não soluciona o problema, é paliativo. · Cicatrização do tendão e fortalecimento da musculatura vai ser o tratamento! Cotovelo de golfista – epicondilite medial: · Mais comum: flexor radial do carpo; · Observa-se a sensibilidade do epicôndilo à flexão resistida; · A preensão palmar também pode apresentar sintomas; · Teste de Cozen invertido. Aula Prática Reabilitação de Ombro: · Mobilizar a escápula – todo paciente com lesão no ombro perde mobilidade da escápula; · Terapia manual cervical – tração cervical para descomprimir e diminui a contratura tecidual; · Rotação interna do ombro – com a lesão o paciente tem perda da rotação interna (posiciona o ombro a 90°, faz a flexão do cotovelo e faz a cinesio ativa) · Perda de mobilidade (contratura) da cápsula posterior do ombro – leva à perda de rotação interna especialmente em abdução – gera impacto e começa o ciclo vicioso; · Fortalecimento começa com isométrico se o paciente não puder forçar a articulação. Vai evoluindo para isotônico (com foco na parte concêntrica e excêntrica); · Primeiro trabalha os músculos protetores (manguito rotador) e os adutores escapulares (estabilidade para a escápula – trapézio fibras médias e descendentes e romboides); · Proteção do ombro / manguito rotador: subescapular (rotação interna), infraespinhoso e redondo menor (rotação externa), abdução no plano da escápula (supraespinhoso), tendão da cabeça longa do bíceps ajuda a deprimir a cabeça do úmero (flexão do ombro – posição de supinação); · Fortalecimento de romboides e trapézio na academia: crucifixo invertido - musculatura estabilizadora da escápula; · Na polia tem maior liberdade de movimento; · Paciente sem muita ADM pode trabalhar em decúbito ventral no crucifixo invertido com o peso do corpo e evoluir para peso livre; · Rotação interna e externa do ombro para trabalhar os músculos do manguito rotador; · Pode-se usar halteres, elástico, band; · Abdução no plano da escápula: deltoide e supraespinhal; · A medida que o paciente evolui trabalha o trapézio superior, deltoide, peitoral e grande dorsal; · Exercícios sensórios motores para melhorar a capacidade sensorial da resposta muscular: · Objetivo de retorno da função; · Medicine ball com a cama elástica, sustentação de carga na parede e evoluindo para o chão.
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