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Resuminho!!Resuminho!!Resuminho!! Minha experiência como estagiária do curso de técnico de enfermagem , quando me foi designado o pensionato para estagiar eu pensei: Meu Deus o que eu vou fazer lá? Trocar fraldas de idosos , não vou aprender nada, pois já trabalho como cuidadora de idosos . Não me acho tão desbloqueada , tão descabida de preconceito, Vejo que temos que desconstruir este “Eu", tão estagnada a “Achismos", lá conheci as moradoras Senhoras e Senhores que viveram uma vida aqui fora que tiveram sua história. Tiveram filhos, maridos e netos , enfim , tiveram um lar e hoje por algum motivo , não os tem mais e eles restaram este pensionato como talvez última morada .Cada um destes personagens me mostrou que a vida é muito bonita enquanto estamos bem , que a saúde e sanidade mental é um fator importante para todos que dentre “delírios" e verdades todos queremos uma única coisa sermos amados e sermos valorizados como ser humanos, que a família apesar de tudo é nosso bem maior. Conheci uma “Garota de nome Amélia que com sua alegria me disse : me ajuda a pular o muro?- Ri profundamente por minutos e disposta á ajuda-la , acariciei seus cabelos , minha vontade era curar toda tristeza que em meios aos seus sorrisos e delírios se escondiam toda vez que eu chegava ela me dizia que ia embora Conheci também uma menina fantástica que tinha om pé esquerdo amputado e um dedo da mão por complicações da diabetes, troquei suas fraldas duas vezes na mesma noite uma seguida da outra , que apresentou um diurese com uma quantidade muito grande , que após adormeceu e acordou assustada e sentou-se cama , dizendo que precisa ver se as filhas estavam precisando de alguma coisa . Ela me contou que teve um casamento que -lhe rendeu filhos mas que seu marido não era chegado ao trabalho e que por isso separou -se ficando com os filhos numa época em que a mulher separada era mal vista pela sociedade hipócrita e julgadora que apesar de décadas após ainda continua julgadora e preconceituosa que trabalhou como doméstica para sustenta-los e dar estudo para elas, hoje todos formados com suas vidas e não sei se vem visitar mas pelo que percebi visita pra ela é raro, e ainda assim em seu coração ela preocupa se com elas, não cabe a mim julgar nada e sim entender que cada um tem um destino e uma vida a se vivida. Dentre elas conheci a Mara Isa, uma senhora com ar um tanto jovial acamada sem muitas reclamações apesar do seu estado de imobilidade , consciente e que parecia que estava sempre sorrindo, comentando com uma colega do curso me disse que a prof disse que era por conta do AVC Que os lábios se entreabriam dando a impressão de estar sempre sorrindo .Teve também uma menina lúcida que não soube muito a sua história mas que lia gibis e fazia palavras cruzadas , eu pensei , Seria está a sua fuga pra acabar tanto sofrimento ou seria mesmo uma distração ao qual ela gostava ? Está ai uma pergunta que ficará sem resposta. Não posso me esquecer do dia em que sentei no criado-mudo do quarto de duas moradoras , ambas com demência , uma dela que havia acabado de chegar ao pensionato , com quebradeira de fêmur , depois dos cuidados de enfermagem que fiz com elas e após oferecer-lhes a ceia passei a observá-las , e me pus a pensar quais mistérios infundados carregamos cada uma em nossos corações e mentes... Pensionato Regina CéliaPensionato Regina CéliaPensionato Regina Célia Pensionato Regina CéliaPensionato Regina CéliaPensionato Regina Célia Continuação...Continuação...Continuação... Seria uma "castigo" que nos fosse dado inteligência e depois nos tirado , seria um castigo a nosso lucidez e depois nós chegasse a loucura o esquecimento, a confusão de não sabermos onde estamos e nem quem somos? Seria assim um Deus tão cruel que faria isso com os filhos teus? Não pode ser mais uma vez me vem a certeza do que explica o espiritismo . Que escolhemos nossas condições para uma evolução, mas se falando de ciência que ainda não explica o Alzheimer e nem se tem ainda um profilático , continuamos com os cuidados, a outra Senhora que estava na cama ao lado , que tem um nome bem oposto do que ela se mostra , estava em uma de suas "viagens", então elas falavam coisas desconexas , e eu dentre elas concordava ora com uma ora com outra em seus devaneios, a com quebradura de fêmur era meiga e dócil , a outra era irritada e brava se via que carrega um ódio um descontentamento ,eram dois polos distintos , aprendi que mesmo sabendo sobre o fazemos todos os dias s sempre tem o que aprender , descobri que fui buscar ali naquele ‘Lar', uma experiência que ñ tem preço, descobri o valor a vida e se pudermos dar amor ,devemos dar que os cuidados paliativos vale muito a pena e que a velhice virá e com ela nossas limitações , que mais que enfermagem sou amor e que como a personagem Dóris do mágico de OZ todo mundo só quer ir pra casa. ( Aline Freire Cândido Comanini , turma 107 , curso técnico de enfermagem escola Global). Todos os nomes foram trocados , o nome da instituição tbm.. Gratidão a todos que me proporcionaram esta oportunidade de vivência e experiência. "O dia que compreendi que só vou levar daqui o que vivo, comecei a viver o que quero levar". Carpe Diem https://www.facebook.com/Carpediem404/?hc_ref=ARTbggtEpDsXCBNzmqZgHIl8oHLYM3PWopTZBs6aAY0a6QNnOKbuotwskjzjrPcIDwc&ref=nf_target&__xts__%5B0%5D=68.ARBwS-AEfZHGHX6TNhmbyAgjKECdRYC02O5C-__9Arz9ORh53gzzu6kK7AYVAgnTIfhdQU2tkfUF8oKpxKoKbXi78M1CSEpqAUiEPnkryXFpcxm5g0fHpmHse9AEWn3NZDs_ZebGuxoe3C-SRw45PKYXDSk66yx81H_53R9Yh2AXwE9nxAlOUpeU3qUE4rla7YgIhS9OX14FDK_Ff7ZL2kpcHnMP_rD6TCNCHymDE4JlqSWNITSsel5_hEhKU1bbdI-rvYo6hBA51n3zYZp7SjdDAUoEFRxKwVVjVrdS2DvOvcGfTGEkwA&__tn__=kC-R