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Prévia do material em texto

Pensamento Sistêmico 
para a humanidade
SILCA MALUTTA
3ª Edição
Joinville – Santa Catarina
Silca Terezinha Malutta
2020
Copyright © 2020 by Silca Malutta
Coordenação editorial: Silca Malutta
Revisão: Marilucia Tormen Faccina
Artes e logomarcas da capa: Peterson de Carvalho Fernandes
Diagramação: Beatriz Sasse e Márcio Schalinski
Impressão: Impressul
Proibida a reprodução total ou parcial 
da obra de acordo com a lei 9.610/98
[ 2020 ]
Todos os direitos dessa edição reservados à
Silca Malutta
www.silcamalutta.com.br - silcamalutta@gmail.com
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ficha Catalográfica elaborada pela bibliotecária Rafaela Ghacham Desiderato 
CRB 14/1437 
 
 
Índices para catálogo sistemático 
 
1. Psicologia familiar : 616.89156 
 
 M261p Malutta, Silca 
 Pensamento sistêmico para a humanidade/Silca Malutta. – 
3. ed. – Joinville, SC : Areia, 2020. 
 327 p. : il. 
 
 
 ISBN 978-85-68703-73-1 
 
 
1. Psicoterapia familiar . 2. Parapsicologia. 3. Relações 
humanas – Aspectos psicológicos. 4. Epigenética. 5. Terapia 
sistêmica (Terapia familiar). 6. Cura pela mente. 7. Saúde 
mental. I. Título. 
 CDD 616.89156 
 
Dedico este trabalho:
Ao meu filho Fernando, leitor assíduo - que 
muito me incentivou para ampliar a apostila 
do curso e se tornasse um livro;
À minha filha Simone, sempre me apoiando 
com sua atitude de pesquisadora e doutoranda 
no meu caminhar através do conhecimento; e 
Ao Rogerio Malutta, pela sua dedicação à 
família.
Aos meus estimados pais que através de nossos 
ancestrais me deram o DNA com gosto pela 
pesquisa científica desde muito cedo, praticado 
com o conhecimento empírico e teórico na 
minha jornada de pesquisa desde os meu 16 
anos. Enfim, sou muito grata a eles sempre!
A todos os meus professores da parapsicologia que mos-
traram que a fenomenologia e a paranormalidade é inerente ao 
homem no seu mundo evolutivo. 
A Claudia Vassão e cuja oportunidade de facilitar um 
módulo (estado alterado de consciência), no curso de forma-
ção em constelação que ela coordenava no Instituto Luz do 
Ser, oportunizou o início dos meus caminhos nas constelações 
aprofundando os conhecimentos sistêmicos. 
A todas as turmas que formei em constelação fazendo 
com que buscasse mais conhecimentos em literaturas de ou-
tros autores sistêmicos ao redor do mundo. 
A Bert Hellinger pelos ensinamentos sobre a filosofia sis-
têmica ampliando os meus conhecimentos terapêuticos parap-
sicológicos nos atendimentos às comunidades. 
A Marianne Franke com seu livro “Você é um de Nós” 
que muito me ajudou na decisão de retornar à minha área de 
formação em pedagogia que é meu estigma.
Agradecimentos
O presente livro é a versão original do Treinamento em 
Constelação sistêmica familiar, organizacional, pedagógica, 
mediação de conflito no atendimento individual com bonecos 
na mesa, constelação na água com bonecos que flutuam e em 
dinâmicas de grupo.
Sobre o olhar da parapsicologia a constelação com bone-
cos “fenômeno in matéria” deve ser analisado através da no-
menclatura de Rhine do fenômeno PK.
A PK é a interação mental direta com objetos físicos, ani-
mados (seres vivos) ou inanimados (objetos). O movimento 
da psicocinesia, telecinesia ou PK é uma faculdade extra-sen-
sorial na qual a mente atua diretamente sobre a matéria através 
de meios invisíveis, sem contato físico. Exemplos clássicos de 
PK são: movimentação de objetos, deformação de metais e 
interferência nos resultados de eventos. 
O termo psicocinesia é derivado das palavras gregas “psyché” 
(alma) e “kinein” (mover). Alguns diferenciam a psicocinesia da 
telecinesia, sendo que a telecinesia implicaria em deslocamento e 
movimentação de objetos, portanto é o fenômeno de movimen-
tação de objetos materiais sem o contato ou a ação de agentes físi-
cos do mundo material o que seria o deslocamento e movimento 
de objetos. Ex: O boneco de mesa e o boneco que flutua que 
se movimenta nas constelações ou relembrando a brincadeira do 
copo que se move. A psicocinesia se referiria a efeitos sobre orga-
nismos, mas sem deslocamento ou movimento. Na psicocinesia 
teríamos uma "cura" ou algo que fica bem ou alívio dos sintomas. 
Ambos os fenômenos, contudo, decorrem da ação da mente so-
bre a matéria. (RHINE, 1977) O termo psicocinese foi criado 
em 1914 por Henry Holt e popularizado pelo parapsicólogo J.B. 
Apresentação
Rhine nos anos 30. Já o termo telecinesia foi criado em 1890 pelo 
parapsicólogo russo Alexandre Aksakof.
Atualmente, a pesquisa de PK está sendo conduzida nas 
áreas de meditação e outros estados de consciência alterada como 
no caso das constelações conduzidas pelos bonecos de mesa e nas 
constelações na água com bonecos que flutuam em direção ao 
conflito sistêmico. Experimentos estão também sendo conduzi-
dos para determinar a existência de PK retroativa, ou “retro-PK” 
na qual se pode harmonizar o passado e assim o futuro do in-
divíduo no aqui e agora. Temos muitas experiências empíricas 
e estatística nas constelações do fenômeno PK tanto retroativa 
ou retro-PK. No entanto, desde o século XX, a partir da década 
de 1930, o interesse em PK cresceu aceleradamente até tornar-se 
uma das áreas de pesquisa parapsicológica de crescimento mais 
rápido, principalmente nos EUA e Rússia. Lit.: Louisa E. Rhine, 
"O poder do espírito sobre a matéria", Genf 1977.
Em 1922, Charles Richet apresentou à academia de ciên-
cias o tratado de metapsíquica”, precursora da parapsicologia. 
Ciência destinada a estudar os fenômenos que transcendem o 
domínio físico da ciência materialista.
Parapsicologia, vem do grego "para" [além de], "psique" 
[alma, espírito, mente, essência] e "logos" [estudo, ciência, essên-
cia cósmica] e sugere o significado etimológico de tudo que está 
"além da psique", "além da psicologia" ou mais especificamente, 
o que está além e, portanto inclui a psique e a psicologia. De uma 
forma geral os fenômenos Psi podem ser classificados, quanto à 
forma de apresentação, em extra-sensoriais e psicocinéticos, de 
acordo com a escola de Rhine (EUA). Os extra-sensoriais, identi-
ficados pela sigla PES (percepção extrassensorial) são os fenôme-
nos que envolvem conhecimento. Ortodoxamente, a Parapsico-
logia é definida como a disciplina científica que tem como objeto 
de estudo a possível interação extra-sensório-motora entre o ser 
humano e o meio, ou seja, a mente interferindo diretamente no 
meio sem o uso dos órgãos físicos e sensoriais.
Constelando com bonecos
Constelando em grupo
Constelando com âncoras
“Quando você aprende a constelar com bonecos você 
aprende a constelar de todas as outras formas.”
Silca Malutta
Constelando na água
CAPÍTULO I .............................................................................................. 15
1 Constelação sistêmica – o que é? .............................................................. 15
1.1 Para que servem as constelações sistêmicas? ........................................... 15
1.2 Constelações organizacionais ................................................................. 16
1.3 Princípios das constelações organizacionais ............................................ 16
1.4 Constelação empresarial ......................................................................... 16
1.4.1 O papel do consultor sistêmico ........................................................... 20
1.5 Qual a diferença de constelação familiar e organizacional ..................... 22
1.6 Constelação estrutural ............................................................................ 22
1.7 Constelação na água ............................................................................... 23
1.7.1 História das constelações na água no Brasil......................................... 24
1.7.2 Constelar na água - material ...............................................................24
1.7.3 O fenômeno a olho nu ....................................................................... 25
1.7.4 Constelação & Parapsicologia sem segredos ....................................... 26
1.8 Constelação no atendimento individual ................................................ 27
1.8.1 Informação disponível – Campo mórfico 
 – Os Bonecos nas Constelações ............................................................ 29
1.9 As ordens do amor - descobertas do Bert Hellinger ............................... 30
1.9.1 A hierarquia ou ordem de chegada ..................................................... 31
1.9.2 Pertencimento estabelecido pelo vínculo ............................................ 31
1.9.3 Pertencimentos ao sistema por danos .................................................. 32
1.9.4 Pertencimento - passagem do estreito ao amplo ................................. 32
1.9.5 Autonomia versus pertecimento ......................................................... 33
1.9.6 Equilíbrio (dar e tomar/receber entre pais e filhos) ............................. 35
1.9.7 Equilíbrio (dar e receber) relacionamento ........................................... 36
1.9.8 Dar e receber entre os cônjuges ........................................................... 37
1.9.9 Equilíbrio de troca entre as pessoas ..................................................... 38
1.10 O que é o destino do ponto de vista das constelações? ........................ 39
1.11 Campo de memória – campo morfogenético – campo mórfico ......... 39
1.12 Equilíbrio dos sistemas ......................................................................... 41
1.13 Prática de constelação na justiça – mediações de conflito .................... 42
1.14 Prática de constelação na pedagogia ..................................................... 43
1.14.1 Raízes sistêmicas vão para a escola .................................................... 44
1.15 Prática de Constelação com crianças ................................................... 44
1.16 Prática de constelação de ambiente ...................................................... 45
1.17 Pratica de constelação coletiva .............................................................. 46
CAPÍTULO II ............................................................................................. 49
2 Nosso corpo – unidade ............................................................................. 49
2.1 Corpo e espírito...................................................................................... 49
2.2 Alcançando a unidade ............................................................................ 49
2.3 O espírito - o movimentador ................................................................. 50
2.4 O vínculo ............................................................................................... 50
2.5 Como ocorre esse vínculo ...................................................................... 51
Sumário
2.6 A alma coletiva ....................................................................................... 51
2.7 Reverência ao destino ............................................................................. 52
2.8 O campo espiritual ................................................................................. 52
2.9 A ordem espiritual superior .................................................................... 53
2.9.1 As três consciências que atuam............................................................ 53
2.10 Má consciência e boa consciência ........................................................ 54
2.11 Tatuagens e seu significado sistêmico ................................................... 55
2. 12 No campo da vida recebe-se muitos nãos ........................................... 55
2.13 O efeito da nossa consciência durante a constelação espiritual ............ 56
2.14 As consequências prejudiciais para constelação familiar ....................... 57
2.15 A indignação (Bert Hellinger) .............................................................. 58
2.16 Postura fenomenológica e a relação com o guia ................................... 59
2.16.1 Quando saímos da postura sistêmica-fenomenológica ..................... 61
2.17 Etapas do estado de presença ............................................................... 61
2.17.1 Estar presente no aqui e agora durante uma constelação .................. 62
2.17.2 Em sintonia com o destino do constelado ........................................ 62
2.17.3 O movimento criativo ...................................................................... 63
2.17.4 Interconexões dentro do campo mórfico .......................................... 64
CAPÍTULO III ............................................................................................ 65
3 Nossa mãe e nosso sucesso estão ligados ................................................... 65
3.1 Constelando dinheiro – A mãe .............................................................. 66
3.2 A relação entre o sucesso e nossas mães .................................................. 67
3.3 As cobranças e acusações aos nossos pais ................................................ 68
3.4 Abuso sexual de pai contra filho(a) ....................................................... 69
3.5 O vínculo que nunca se desfaz ............................................................... 71
3.6 Ancestrais e descendentes no aqui e agora .............................................. 72
3.6.1 As Ovelhas Negras ou Crianças Índigo ............................................... 73
3.6.2 O queridinho e a ovelha negra ............................................................ 74
3.7 Segredo familiar ou pessoal .................................................................... 75
3.8 Paradoxos nas constelações ..................................................................... 75
3.9 O amor profundo pelos pais .................................................................. 75
3.10 Sobre filhos não nascidos e a repercussão na ordem ............................. 76
3.11 Quando o filho fracassa mesmo sendo grato aos pais .......................... 77
3.11.1 Olhar para os nossos pais da forma que são ..................................... 78
3.12 Amor cego amor iluminado ................................................................. 79
3.13 Constelando os pais ............................................................................. 80
3.13.1 Nossos pais não nos dão somente a vida ........................................... 82
3.13.2 Eu tomo a vida .................................................................................. 82
3.14 Ensinamentos sobre o pai .................................................................... 83
3.14.1 A separação não destrói a família ...................................................... 85
3.15 Parentificação – pensamento hellingeriana .......................................... 87
3.15.1 Relacionamento abusivo ................................................................... 88
3.15.2 A criança depois do divórcio ............................................................. 90
3.15.3 Nossa criança interior e o amor......................................................... 91
3.15.4 A bênção ........................................................................................... 92
3.16 Filhinho da mamãe – filhinha do papai ............................................... 92
3.16.1 Quando filhos consolam os pais ...................................................... 93
3.17 Vida não vivida pelos pais .................................................................... 94
3.18 Amor de casal diferente do amor entre pais e filhos ............................. 95
3.18.1 O primeiro e o segundo amor ........................................................... 96
3.19 Uma relação sem casamento é ferir-se continuamente... ...................... 98
3.20 Para relacionamentos e afins com frases de soluções ............................99
3.20.1 O respeito pelo homem/mulher ..................................................... 100
3.21 Nossos ancestrais e nossa riqueza ....................................................... 100
3.22 Desigualdades financeira .................................................................... 101
3.23 Carregar nomes de antepassados ........................................................ 102
CAPÍTULO IV ......................................................................................... 104
4 As adoções podem ser bem sucedidas nas constelações ........................... 104
4.1 Emaranhamentos nas adoções.............................................................. 106
4.1.1 Mundo da adoção ............................................................................. 106
4.1.2 Não pode ter filhos ........................................................................... 107
4.1.3 Inseminação artificial ........................................................................ 107
4.1.4 A criança adotada .............................................................................. 109
4.2 A causa das doenças nas famílias .......................................................... 113
4.3 Saúde sistêmica - culpa e expiação - autismo ....................................... 114
4.3.1 Expiação pela geração seguinte .......................................................... 115
4.3.2 Culpa e soberba ................................................................................. 116
4.3.3 A culpa também precisa passar ......................................................... 117
4.4 O depressivo vive no passado! É estatística mundial ............................ 118
4.4.1 - Eutanásia ........................................................................................ 118
4.4.2. Pessoa deprimida .............................................................................. 119
4.4.3 Descendente curando ........................................................................ 119
4.4.4 Morrer por suicídio .......................................................................... 120
4.4.5 A injustiça ......................................................................................... 120
4.4.6 Sentimento de culpa ........................................................................ 121
4.5 Síndrome do gêmeo desaparecido ........................................................ 121
4.5.1 A Síndrome do Gêmeo Evanescente. ................................................ 123
4.6 A visão sistêmica sobre a inseminação 
 resposta de Bert Hellinger .................................................................... 124
4.6.1 Casal sem filhos ................................................................................. 125
4.7 Movimento interrompido .................................................................... 126
4.8 Como os excluídos podem ser trazidos de volta ................................... 126
4.9 O amor que cura o amor que adoece ................................................... 127
4.9.1 Comer quer dizer, eu fico .................................................................. 127
4.10 Zangados com os mortos ................................................................... 128
4.11 A consciência do clã ........................................................................... 129
4.12 Sobre a culpa ...................................................................................... 129
4.13 Uma culpa pessoal .............................................................................. 130
4.13.1 Lamentação – A cura que vem do sistema ...................................... 130
4.14 O perdão e a visão hellingeriana......................................................... 131
4.15 Homossexualidade pela ótica hellingeriana ........................................ 133
4.15.1 Emaranhado Sistêmico - Homossexualidade .................................. 135
4.16 Maldição familiar ............................................................................... 137
4.17 Fortalecendo sua família com histórias .............................................. 138
CAPÍTULO V ........................................................................................... 140
5 Trauma transgeracional ........................................................................... 140
5.1 A epigenética e o trauma transgeracional ............................................. 141
5.2 Psicogenealogia – inconsciente familiar ............................................... 142
5.3 Sophie Hellinger – Vidas passadas ...................................................... 147
5.4 Sobre o destino ..................................................................................... 149
5.5 Sentimentos adotados .......................................................................... 149
5.6 Além da ciência: Como falar com o seu DNA ..................................... 151
5.7 Traumas familiares moldam quem você é ............................................ 157
5.8 Pioneira na terapia familiar e constelações ........................................... 163
5.9 O campo mórfico e as constelações ..................................................... 165
5.10 Medicina reconhece a obsessão espiritual ........................................... 168
CAPÍTULO VI .......................................................................................... 171
6 Sugestões para tirar do transe o cliente com sintomas acerbados ............ 171
6.1 Cliente com sintoma físico agudo na sessão ......................................... 171
6.2 Preparação para o atendimento ............................................................ 172
6.3 Constelar em grupo ou com bonecos .................................................. 172
6.4 As ordens da ajuda e desordem por Hellinger ...................................... 172
6.4.1 A transferência e contratransferência ................................................. 176
6.4.2 Novos paradigmas hellingerianos ...................................................... 178
6.4.3 A Grandeza ....................................................................................... 179
6.4.4 O respeito .......................................................................................... 180
6.4.5 O fracasso .......................................................................................... 181
6.4.6 A dureza ............................................................................................ 181
6.5 A “não-ação” do terapeuta .................................................................... 182
6.5.1 A vida dos terapeutas......................................................................... 183
6.5.2 Frases de Solução ............................................................................... 184
6.5.3 A reverência ....................................................................................... 185
6.6 A clareza ............................................................................................... 186
6.7 Intuição, amor e respeito ...................................................................... 187
6.8 Recursos do cliente e do sistema - sugestão .......................................... 188
6.9 A percepção sistêmica ........................................................................... 189
6.10 O cliente, a mãe, o sucesso ................................................................. 189
6.11 A constelação se inicia ........................................................................ 190
6.12 O que acontece depois de uma constelação familiar .......................... 191
6.12.1 Quando a constelação termina ...................................................... 192
6.13 O que é diálogo sistêmico - PNL ....................................................... 194
6.13.1 No envolvimento terapêutico ......................................................... 195
6.14 Neurônios espelhos ............................................................................197
6.15 Constelação Familiar reconhecida pelo ministério da saúde .............. 198
13
Silca Malutta
CAPÍTULO VII ........................................................................................ 200
7.0 Constelação na água -Insegurança ....................................................... 200
7.1 Constelação na água - Profi ssional ....................................................... 201
7.2 Constelação na água - Gatos adotados ................................................. 204
7.3 Constelação na água - Relação com a mãe ........................................... 206
7.4 Constelação na água - Câncer do cachorro .......................................... 207
7.5 Constelação na água - Prosperidade ..................................................... 210
7.6 Constelação na água Rel. do passado .................................................. 213
7.7 Constelação na água - Padrasto ............................................................ 216
7.8 Constelação na água - Obesidade......................................................... 217
7.9 Constelação na água - A venda de uma casa ........................................ 221
7.10 Constelação na água - Profi ssão ......................................................... 223
CAPÍTULO VIII ....................................................................................... 226
8 Carta aos ancestrais ................................................................................. 226
8.1 Carta ao feminino ................................................................................ 228
8.2 Carta liberando os ancestrais ................................................................ 230
8.3 Carta de liberação de ofensas ............................................................... 231
8.4 Carta aos antepassados ......................................................................... 232
8.5 Carta de liberação ao sistema ............................................................... 234
8.6 Carta ao masculino .............................................................................. 234
8.7 Carta - Querido papai .......................................................................... 236
8.8.Carta - Querida mamãe ....................................................................... 238
8.9 Cartas aos ancestrais - Permissão .......................................................... 238
8.10 Cartas horando o feminino-masculino .............................................. 239
CAPÍTULO IX .......................................................................................... 241
9 Falas sistêmicas de liberação individual e em grupos ............................... 241
9.1 O que são Falas Sistêmicas? .................................................................. 241
9.2 Frases de solução para relacionamentos sociais ..................................... 241
9.3 Frases de cura para ancestralidade ........................................................ 241
9.4 Reconciliação em relacionamento de homem e mulher ..................... 242
9.5 Rompimento na relação ....................................................................... 242
9.6 Outras frases de cura ............................................................................ 243
9.7 Frases para desavenças .......................................................................... 243
9.8 Falas para o dinheiro ............................................................................ 244
9.9 Parentifi cação ....................................................................................... 244
9.10 Intrincações sistêmicas ....................................................................... 245
9.11 Frases de soluções para a mãe ............................................................. 245
9.12 Frases de soluções para o pai .............................................................. 246
9.13 Relacionamentos com os pais............................................................. 246
9.14 Falas do homem para seu sistema....................................................... 247
9.15 Falas dos pais para o(a) fi lho(a) .......................................................... 247
9.16 Frases para se desligar de uma pessoa ................................................. 247
9.17 Para perdas ou falecimento ................................................................. 248
9.18 Inclusão de abortos ............................................................................ 248
14
Pensamento Sistêmico para a humanidade
9.19 Fumantes/vícios ................................................................................. 249
9.20 Frases para o constelador .................................................................... 249
9.21 Frases que liberam culpa .................................................................... 249
9.22 Abuso sexual ....................................................................................... 250
9.23 Falas para adoção ................................................................................ 250
9.24 Honrando na saúde ............................................................................ 251
9.25 50% responsável pelo que aconteceu ................................................. 251
9.26 100% Responsável pelas minhas escolhas .......................................... 252
9.27 Seguindo para a vida .......................................................................... 252
9.28 Intricações familiares .......................................................................... 253
9.29 Eu pego de volta o que é meu ............................................................ 253
9.30 Estou a serviço de quem! .................................................................... 253
9.31 Pertencimento .................................................................................... 254
9.32 Seguir adiante ..................................................................................... 254
CAPÍTULO X ........................................................................................... 255
10 Perguntas sobre constelações ................................................................. 255
CAPÍTULO XI .......................................................................................... 265
11 Personalidade Congênita ....................................................................... 265
Obras consultadas ...................................................................................... 274
Sites consultados ......................................................................................... 278
ANEXOS ................................................................................................... 280
Anexo A - Constelando uma casa ............................................................... 281
Anexo B - Problemas sistêmicos na história de um imóvel ........................ 283
Anexo C - Compaixão pelos agressores, quanto pelas vítimas! ................... 284
Anexo D - Psicótico diferente de psicopata ................................................ 286
Anexo E - Constelando com imagens mentais ........................................... 289
Anexo F - Lutas pelo poder não se olha para os mais fracos ....................... 293
Anexo G - Questionamentos sobre a constelação familiar ......................... 294
Anexo H - Ciclo benigno e maligno do dar-e-receber 
da vida conjugal .......................................................................................... 295
Anexo I - Correlação entre constelação sistêmica 
e regressão de memória ............................................................................... 301
Anexo J - O que é o dinheiro ..................................................................... 303
Anexo K - 8 Passos a caminho da Prosperidade, segundo 
Bert Hellinger ............................................................................................. 304
Anexo L - Herança - Pensamento sistêmico ...............................................307
Anexo M - Vícios ....................................................................................... 310
Anexo N - Dinheiro, maldição ou bênção? ................................................ 312
Anexo O - Animais nas constelações e constelação veterinária ................... 314
Anexo P - Holograma presencial nas Constelações Familiares ................... 316
Anexo Q - Dinâmicas sistêmicas para workshop e curso ........................... 317
15
Silca Malutta
1 Constelação sistêmica – o que é? 
A constelação sistêmica é uma abordagem terapêuti ca que 
utiliza de pessoas que estão presentes no grupo como represen-
tantes para membros da família ou grupo social do cliente. Tem 
como objetivo ajudar pessoas a se reconciliarem. Hoje, temos 
as modalidades de constelação com bonecos, cavalos, e as mais 
variadas âncoras de chão.
1.1 Para que servem as constelações sistêmicas? 
Servem para que o cliente possa ter uma nova imagem com 
relação ao seu tema, absorvendo novas informações, possibili dades, 
recursos e insights, saindo do confl ito para a resolução, substituindo 
as infl uências do sistema familiar e social pela sua própria orientação 
interior. A transformação das relações é uma consequência da ob-
servação da própria dinâmica que ali se apresenta e principalmente 
dos movimentos internos de permissão do cliente. 
Área de Aplicação: em relacionamentos problemáticos que 
estão diante de grandes decisões, que querem superar confl itos 
internos e externos que buscam o trabalho de um profi ssional. 
Contextos nos quais as constelações podem ajudar para encon-
trar soluções: quando pais que se separam querem encontrar 
o lugar certo para os seus fi lhos; quando as pessoas têm a ex-
periência como estranhos em grupos, na família e empresas; 
quando pessoas não “podem” se permitir serem felizes e bem 
sucedidas; no caso de bullying, doenças frequentes, encontrar 
soluções para questões empresariais, etc. 
CAPÍTULO I
16
Pensamento Sistêmico para a humanidade
1.2 Constelações organizacionais 
As leis de Bert Hellinger podem ser a chave para encontrar 
as raízes de difi culdades de empresas e organizações.
 Muitas vezes, as organizações deparam-se com diversos 
problemas: elas não crescem, não se desenvolvem, os clientes 
não são fi éis ou não voltam, não conseguem inovar os produtos, 
os funcionários estão em confl ito ou vão embora sem motivo 
aparente, falta direção, existe desmotivação, entre tantos outros 
problemas do mundo corporativo. 
Para esses casos, nos quais as técnicas de gestão e trabalhos 
de consultoria não conseguem atingir resultados, podem ser 
indicadas as Constelações Sistêmicas Organizacionais. 
Nas constelações organizacionais trabalha-se no sentido de 
analisar alternativas para uma alteração possível, estudar dife-
rentes possibilidades, diagnosticar problemáticas, lançamentos, 
recrutamentos, gestões de confl itos empresarias e familiares, 
entre outros aspectos, ajudando o cliente a descobrir as melhores 
estratégias para implementar as soluções encontradas. 
1.3 Princípios das constelações organizacionais 
O que tem de ser reconhecido (respeito). 
Pertencimento – direito de fazer parte. 
Ordem – precedência e prioridade (antiguidade, especia-
lização, competência e hierarquia funcional). 
Equilíbrio entre o dar e o receber – reconhecer e compensar. 
1.4 Constelação empresarial 
Um grande princípio sistêmico é o Respeito aos FUNDA-
DORES da empresa. 
Toda empresa tem a pessoa do idealizador, aquela pessoa 
17
Silca Malutta
que colocou esforço, dinheiro e tempo para que algo que esta-
va no campo das ideias se tornasse realidade. Esse idealizador 
trouxe os primeiros funcionários, contratou os fornecedores, 
negociou, lidou com incertezas e recursos insufi cientes e fi nal-
mente colocou uma empresa de pé. 
Quando existe um movimento de recusa em lembrar com 
gratidão os caminhos percorridos por uma empresa, desde o 
seu início, o sistema buscando o reconhecimento de todos que 
pertenceram, acaba por criar sintomas, difi culdades, para asse-
gurar o lugar daqueles que estão sendo negligenciados. Olhar 
os sintomas e honrar os “esquecidos” é o caminho de volta para 
uma situação mais fl uída. 
No livro “Constelações Organizacionais”, os autores Klaus 
Grochowiak e Joachim Castella escrevem que “a hierarquia em 
um sistema está defi nida pela data de entrada no sistema. O 
anterior possui prioridade em relação ao posterior. Em empresas 
e instituições há, ao lado da hierarquia de tempo de pertinência, 
também a hierarquia de desempenho. Se a hierarquia sofrer 
interferências, as pessoas se sentem inseguras em relação ao seu 
lugar ou sua tarefa e se tornam presunçosas quando assumem 
um lugar que não lhes compete. Isso já responde à questão: - 
quando a hierarquia estiver incerta ou não for reconhecida. 
Assim que a hierarquia correta estiver novamente restabelecida 
no sistema, muitas vezes é uma boa sugestão articular e confi r-
mar esta, por exemplo: ‘você é o primeiro e eu, o segundo’ O 
efeito desse esclarecimento é alívio e segurança.” 
O primeiro princípio nas empresas: A ORDEM 
A ordem é uma realidade percebida, ela fl ui e é necessária 
para que a empresa consiga crescer. Sob o princípio da ordem, o 
que se observa nas empresas é que a diretoria e liderança de verá ser 
respeitada e todas as ações deverão ser tomadas a partir deste respei-
to. Quando alguém se arroga o direito de criticar de forma velada 
e não colaborar com a liderança, para este, de alguma forma, as 
18
Pensamento Sistêmico para a humanidade
portas do sistema se fecharão. Por outro lado, como a empresa tem 
uma clara necessidade de liderança, quando esta não é exercida ou 
é negligenciada, as pessoas começam a se tornar insatisfeitas, o que 
leva muitas vezes ao aparecimento do autoritarismo por parte dos 
superio res, afetando negativamente o sistema, com consequências 
ruins para a empresa e a todos que fazem parte dela. 
Do que uma empresa precisa: 
Além de liderança clara, para os princípios sistêmicos, 
toda empresa precisa de uma meta clara e objetivo social bem 
defi nido e estes objetivos não podem ser abandonados, sob 
pena de fracasso e problemas de toda natureza. Em alguns 
casos, quando uma empresa que foi aberta para oferecer um 
determinado produto ou serviço deseja mudar radicalmente de 
área ou setor, a consultoria sistêmica aconselha que a mesma 
seja fechada e que se faça a abertura de uma nova, para o novo 
objetivo, pois, assim, a nova terá mais chances de sucesso. 
O segundo princípio nas empresas: PERTENCIMENTO 
Diferente dos sistemas familiares, nos quais quem faz 
parte tem seu lugar garantido para sempre, na Constelação 
Organizacional o pertencimento é garantindo enquanto durar 
o contrato de trabalho na empresa. 
Segundo este princípio, todos os funcionários fazem parte 
da empresa da mesma forma, com o mesmo direito de vínculo, 
do menor cargo até o maior. Uma violação neste princípio 
enfraquece toda a empresa, independente do cargo ocupado 
por aquele que é excluído ou deixado de lado. 
Um dos mais fortes instintos humanos é o de pertencer 
ao grupo ao qual estamos associados. Sentimo-nos confortáveis 
se nos encaixamos bem, mas incomodados se não o consegui-
mos. Esta lealdade ao grupo é o que capacita as organizações 
a trabalharem juntas. 
Quando os princípios são considerados, “parece” que a 
19
Silca Malutta
organização funciona de uma maneira mais suave, harmoniosa e 
confortável – é como se houvesse uma sensação de relaxamento, 
onde tudo fl ui e as pessoas são felizes naquele ambiente, apesar 
das pequenas tensões normais do trabalho. 
Os efeitos quando se exclui alguém do sistema: 
Se, em uma empresa, se realizam exclusões com facilidade, 
os limites perdem a nitidez e então as pessoas começam a se 
sentir ameaçadas e a se perguntar: eu faço parte ou não deste 
lugar? E, é assim que começam a diminuir o compromisso e a 
identifi cação com as metas e valores da empresa. 
Também aqueles que perdema vida a serviço de uma em-
presa, deverão ser lembrados para sempre pela liderança e por 
todos os que vêm depois. Normalmente, aconselhamos que, 
nestes casos, sejam feitas placas com a imagem destas pessoas 
em um local que todos possam reverenciar e lembrar do destino 
que tiveram, como uma postura de gratidão. Há belíssimos 
casos de grandes empresas que criam memoriais para lembrar 
os que serviram com suas vidas, assim como àqueles que foram 
funcionários por várias décadas: é impressionante ver a força que 
as empresas ganham do seu sistema quando, verdadeiramente 
(como postura e não apenas como uma prática) reconhecem 
cada um que fez parte e dedicou-se a ela. 
A solução para as questões ligadas ao pertencimento tem 
a ver com a honra. Apesar de a sobrevivência da empresa ter 
prioridade sobre o vínculo de trabalho com os funcionários, 
podendo, desta forma, desempregar pessoas, a questão central 
é: como isso será feito, com respeito ao tempo que a pessoa fez 
parte e com o ressarcimento adequado. 
O terceiro princípio nas empresas: O EQUILÍBRIO 
Como dito anteriormente, o adequado ressarcimento 
quando ocorre um desligamento dentro de uma empresa é uma 
premissa fundamental para liberar ambos – empresa e colabora-
dor – do emaranhamento. Se a pessoa que está sendo desligada foi 
20
Pensamento Sistêmico para a humanidade
explorada ou não teve seus direitos protegidos, é muito provável 
que ela será novamente representada por uma outra pessoa no 
sistema, num processo a que chamamos de identifi cação. 
Outro ponto importante está no dar e tomar dentro de 
uma organização. Há equilíbrio nos papéis distribuídos e na 
remuneração oferecida? Da mesma forma, os que são remu-
nerados geram retorno para a empresa proporcional ao o que 
é investido neles? Novamente, as ideias se cruzam e conside-
rando os aspectos colocados anteriormente o sistema sempre 
irá procurar estabelecer um equilíbrio nos movimentos dentro 
daquele campo. 
O que uma constelação empresarial pode mostrar: 
Muitas são as possibilidades que se abrem durante uma 
constelação organizacional, muitas são as dinâmicas ocultas 
que podem ser esclarecidas durante um trabalho com as 3 leis 
sistêmicas (hierarquia, pertencimento e equilíbrio), tais como: 
Existe um chefe? 
Quem é que manda nessa empresa? 
Existe uma ordem ou ela está perturbada? 
Cada um tem o seu lugar? 
Todos estão contentes com o seu lugar? (por exemplo, 
de acordo com a sua qualifi cação, idade, tempo na empresa?) 
Todos estão ligados à empresa? São todos leais? 
Alguém foi excluído? Alguém quer ir embora? 
Onde está o cliente e o produto? 
Qual o tipo de relacionamento da empresa ou dos fun-
cionários com o cliente e o produto? O dar e o receber está 
equilibrado? 
Existe um padrão de fracasso na empresa? 
1.4.1 O papel do Consultor Sistêmico 
Kroon (2017) diz em seu artigo que “o consultor sistê-
mico trabalha para o sistema como um todo, não apenas uma 
21
Silca Malutta
parte dele. Ele está incluindo todos e cada um, especialmente 
as partes que parecem estar excluídas. Um exemplo: uma 
equipe está reclamando de seu gerente. Isso afeta imedia-
tamente o consultor, que responde com inclusão, tanto da 
equipe quanto do gerente. Ele faz o mesmo com o sistema 
maior que incorpora todos. Pode ser uma unidade, um de-
partamento ou uma equipe que está, em verdade, pagando 
ao consultor sistêmico, mas sua atitude é aquela de trabalhar 
para toda a empresa, como o sistema do seu cliente. Para 
ser efi ciente, o consultor necessita da permissão moral da 
autoridade mais elevada do sistema. Ele consegue isso ao 
respeitar a política deles.” 
As empresas estão submetidas às mesmas leis que regem 
as relações humanas, pois são compostas por pessoas. Nesse 
caso, porém, temos que levar em conta que somente podemos 
trabalhar com questões nas quais o participante tem poder de 
mudar, ou seja, não podemos constelar uma questão onde o 
poder de decisão na verdade pertence a uma outra pessoa, como 
por exemplo, o meu chefe ou o dono do negócio no qual sou 
empregado. Posso, entretanto, constelar o departamento do 
qual sou chefe, pois aí tenho poder de decisão. 
Se o cliente tiver dúvidas quanto a fazer seu trabalho no 
individual ou no grupo, peça para ele imaginar as duas possi-
bilidades e onde fi caria mais confortável. Só ele tem a resposta 
certa para esta dúvida. Deixe que ele faça a escolha. 
A empresa na constelação: 
“Quando alguém procura um funcionário ou um sócio 
para sua empresa, a primeira coisa que interessa é que olhe 
como é a relação deste com sua mãe. Se for boa, será um bom 
funcionário a serviço da empresa, pois se comportará em relação 
à empresa da mesma maneira do que em relação a sua mãe: 
agradecido, como alguém que toma e ao mesmo tempo dá." 
22
Pensamento Sistêmico para a humanidade
1.5 Qual a diferença de constelação familiar e organizacional
 
O primeiro Sistema que as pessoas têm contato é o seu 
Sistema Familiar. Ali elas começam a perceber a vida em grupos, 
mesmo que de forma inconsciente. Porém o comportamento 
sistêmico que elas apresentam em seus sistemas familiares são 
levados aos demais grupos inclusive para as organizações.
Pertencemos ao nosso Sistema Familiar até a nossa morte. Já 
num Sistema Empresarial, nosso pertencimento é temporário. A 
função de um membro também pode mudar. Nas Constela ções 
Organizacionais podemos testar soluções e cenários. Elas também 
possuem uma carga emocional menor, pois é voltada para impulsio-
nar o cliente a encontrar uma Solução. A linguagem utilizada nas 
Constelações Familiares também é diferente das Organizacionais. 
Normalmente quem utiliza o recurso das Constelações 
Organizacionais, são gerentes, clientes, fundadores, fornecedores, 
fi nanciadores, sócios, quem deu o nome à organização, diretores, 
RH, fi liais, departamentos e seus chefes, ou seja, os responsáveis 
da organização, sendo que as descobertas das dinâmicas ocultas 
do Sistema são fundamentais para o sucesso da Organização. 
1.6 Constelação estrutural 
A constelação ESTRUTURAL sistêmica é um método 
baseado na constelação familiar, mas que abrange mais do que 
as relações familiares. Trabalha recursos, dons, localização de 
obstáculos (traumas), esclarece confusões em relação a caminhos 
(bloqueios). Trabalha elementos abstratos, estruturas lógicas, 
ideias, conceitos, partes internas (crenças, sonho, sentimentos, 
emoções), confl itos de interesses (pessoas, instituições, empre-
sas, países) e outras estruturas. Assim como a constelação 
familiar, empresarial e a profi s sional, a constelação estrutural 
sistêmica instiga o seu lado per ceptivo, intuitivo, energético e 
23
Silca Malutta
emocional, sendo uma ferramenta que acrescenta muito para 
que se possa tomar decisões com mais tranquilidade, assertivi-
dade e consciência. Ocorre também uma liberação energética 
que vai além da simples questão de tomada de decisões: ao 
permitir-se trabalhar com a constelação, caminhos novos sur-
gem, algumas pessoas chegam, outros caminhos se mos tram. 
Constelações estruturais são um meio de transferir e expandir 
os princípios das constelações familiares para outros sistemas. 
1.7 Constelação na água 
Trata-se de uma ferramenta de ajuda muito usado pela parapsi-
cóloga Silca Malutta em seus cursos sempre no segundo módulo 
e aberto para consteladores ou que estejam cursando as sistêmicas. 
É o “campo” se movimentando na água. 
Essa modalidade fenomenológica das constelações não é 
necessário a mão cataléptica porque os bonecos fl utuam na água 
sendo carregados, levados pelo movimento do campo indican-
do onde está o confl ito, o excluído as repetições de padrões do 
clã familiar. É um processo de transformação e harmonização 
familiar, pessoal, profi ssional e de relacionamento onde as cau-
sas emaranhadas do sistema vão para seus lugares em ordem 
segundo a fi losofi a sistêmica de Bert Hellinger. 
São várias as sugestões para abrir o campo mórfi co ou 
morfogenético. Cada constelador vaifazendo o seu caminho na 
aprendizagem das constelações na água de forma segura. Vale 
salientar que este método não tem infl uência da psi humana 
assim como nas constelações com bonecos. 
Nas constelações através da água o constelador pode 
trabalhar seus próprios temas com segurança e auxiliar outras 
pessoas com seus problemas. Seu desenvolvimento é realizado 
na água, através de objetos mais variados tais como: papel, EVA, 
plásticos, isopor, bonecos que fl utuam na água. 
24
Pensamento Sistêmico para a humanidade
1.7.1 História das constelações na água no Brasil
Num passado não muito distante usava-se esta técnica para 
ver se o menino ou a menina estava interessado(a) em namorar 
ou casar. Se fazia uma fl or de papel e colocava-se em uma bacia 
de água, nas noites de São João e Santo Antônio. Se a fl or se 
abrisse era um SIM, o relacionamento iria ser promissor. Caso 
ela permanecesse fechada era um NÃO, este relacionamento 
não iria dar certo. Esta brincadeira foi adiante e muitas pessoas 
usavam para tomar outras decisões importantes em sua vida. 
Como por exemplo comprar um imóvel, trabalhar em uma 
empresa, fazer uma faculdade... enfi m, decisões da vida...Esta 
brincadeira nos faz lembrar das constelações na água atualmen-
te. Isto faz sentido para você, ou para sua mãe ou para seus avós?
1.7.2 Constelar na água - Material
1. Para constelar na água precisa ter conhecimentos bá-
sico teórico de constelação.
2. O material usado na constelação na água pode ser 
diversifi cado.
3. Podemos constelar na água com papel, material de 
EVA, isopor, e bonecos feitos de EVA que tem uma 
base para fl utuar.
4. Não se usa elementos pesados para constelar na água 
como pedras, ou material que pode se desmanchar 
na água.
Local para se fazer uma constelação na água:
1. Podemos usar vários tipos de recipientes para se colocar 
a água. Podendo ser de vidro ou plástico ou outra coisa.
2. O tamanho do recipiente para a água pode ser de 
30cm ou mais.
25
Silca Malutta
3. Podemos constelar na piscina 
4. Evitar água corrente para ter mais nitidez quanto a 
ressonância mórfi ca.
5. As constelações na água podem deixar de um dia para 
o outro – com isso temos aos olhos nus a reverberação 
do sistema.
Os elementos da natureza tendem auxiliar na constelação 
na água:
- Um vento que passa pela janela ou porta. 
- Um gato ou criança que venha a tocar a água. 
- Alguém que esbarra no recipiente. Tudo faz parte. Algo 
naquele momento foi incluso ou visto. Não é mais o mesmo.
 
Constelação na água é um fenômeno a olho nu. O invisível 
se faz visível. A nitidez das memórias se manifestando através 
dos bonecos que fl utuam indo de encontro ao confl ito do sis-
tema. O que move os bonecos são as frases milagres, de cura 
ou assertivas ditas durante a constelação ou ainda as conversas 
sistêmica com o cliente. Nas constelações na água podemos 
desenvolver constelações ocultas e não verbal. Podendo ser 
feita online. O cliente pode mexer na água para dar impulso 
de energia ao campo preso pelas emoções, emoções estagnadas, 
emoções presas na dobra do tempo. Quando online, o conste-
lador pede permissão para mexer na água no campo do cliente.
1.7.3 O fenômeno a olho nu
Constelação na água é um recurso poderoso de acesso ao 
inconsciente. O invisível movimenta o visível - Os bonecos 
atuam como amplifi cadores da energia do campo mórfi co do 
sistema familiar do cliente pela ressonância mórfi ca. ( os bonecos 
se movimentam de acordo com a energia do campo). As cons-
26
Pensamento Sistêmico para a humanidade
telações na água como prática de nossos ancestrais nas noites de 
São João e Santo Antônio podem ser consideradas como uma 
nova visão do método terapêutico criado por Bert Hellinger. 
O movimento da psicocinesia, telecinesia ou PK (intitula-
do assim pela parapsicologia) que ocorre nas constelações com 
bonecos de mesa e na água - é uma faculdade extra-sensorial 
na qual a mente atua diretamente sobre a matéria através de 
meios invisíveis, sem contato físico. Dito em forma sucinta, 
PK é a interação mental direta com objetos físicos, animados 
ou inanimados.
Na constelação vivenciamos as experiências fenomenoló-
gicas das evidências da parapsicologia sem segredos. Nas cons-
telações os ancestrais continuam infl uenciando o viver dos seus 
descendentes pela ressonância mórfi ca ou ainda pelas marcas 
epigenéticas com nossos genes da nossa mãe e do nosso pai.
Assim como também há a infl uência da psicogenealogia intera-
gindo com o inconsciente familiar e o DNA, que são os aspectos 
mais profundos de nós mesmos e mantidos e passados de geração 
em geração.
A morte sempre foi vista pelos espiritualistas como uma 
mudança de estado para outra dimensão. Energeticamente os 
“desencarnados” continuam vivos e muitas das vezes, ainda vivem 
“cristalizados” em confl itos na dobra do tempo. Muitos mortos 
não sabem que morreram e vivem em sofrimento e, através das 
constelações - podem enfi m encontrar soluções para o fi m de 
tantos sofrimentos que deparamos na área clínica e hospitalar.
Esse processo da vida em “mundos paralelos” ou em um “outro 
plano” após a morte, é sabido e respaldado pelos estudos da pa-
rapsicologia desde 1890 com o fenômeno PK (Aporte, psi-theta, 
psi-kapa) e posteriormente nos anos 30 popularizado pelo casal 
1.7.4 Constelação & Parapsicologia sem segredos
27
Silca Malutta
Constelação 
com bonecos
1.8 Constelação no atendimento individual 
As constelações no atendimento individual com bonecos, 
âncoras e objetos são imagens da psique sistêmica familiar. Este 
trabalho acontece sem interferências de outros agentes porque 
apenas se trata do constelado com seu campo familiar. O campo 
de ressonância amplifi cado pela liberdade de escolha do constelado. 
Rhine com diversos artigos sobre o assunto do comportamento 
dos desencarnados, assunto comum nas religiões espiritualistas 
e/ou reencarnacionistas, hoje vistos e “sentidos” nas constelações.
Podemos deparar com a observação empírica como é que os 
ancestrais do sistema estão se sentindo por meio dos represen-
tantes nas constelações. As pessoas vivas sendo representantes 
tanto de pessoas vivas como de pessoas desencarnadas e, por 
ressonância mórfi ca são sentidas sensorialmente emoções e 
sensações daqueles que estão vivos nessa dimensão e daqueles 
que continuam vivos em outras dimensões simultâneas e pa-
ralelas - e esperam que seus descendentes soltem o ancestral 
desencarnado vinculado ao trauma transgeracional de décadas.
Silca Malutta, esp. em parapsicóloga e fenomenologia, estudiosa 
e divulgadora da fi losofi a Hellingeriana
28
Pensamento Sistêmico para a humanidade
Este método está disponível a todas as pessoas que dese-
jam trabalhar com os ensinamentos Hellingerianos num nível 
mais profundo no qual o campo se manifesta em grupo, no 
atendi mento individual com âncoras e também se manifesta 
na água sem a infl uência da psi humana. A natureza do campo 
energético familiar atua diretamente em quem somos hoje e 
assim permite perceber para onde olha o seu problema sistê-
mico. Qualquer que seja o comportamento ou sentimento 
problemático pode ser também trabalhado na água. 
O constelado percebe que suas dúvidas, preocupações e 
falta de discernimentos tomam formas suaves passando a ter 
decisões em desenvolvimentos contínuos. 
Este trabalho é tão profundo que traz resultados e alívio 
imediato para todo o sistema familiar do constelado. 
 No estudo do pensamento sistêmico familiar, no atendimen-
to em grupo, temos o criador deste trabalho terapêutico Bert 
Hellinger, criador das ordens do amor. Bert Hellinger nasceu em 
Constelação na água
29
Silca Malutta
1925 a 2019 na Alemanha e formou-se em Filosofi a, Teologia e 
Pedagogia. No panorama europeu é provavelmente um dos psico-
terapeutas mais desafi antes e um dos autores mais lidos no âmbito 
da psicoterapia, depois de Nilton H. Erickson, 1901 a 1980. 
“A Constelação Familiar serve à vida em sua totalidade”. 
(BERT HELLINGER)Em um seminário realizado em novembro de 2015, Bert 
Hellinger expôs sua visão das Constelações Familiares no mo mento 
atual. Na tradução livre do alemão por René Schubert, seguem as 
palavras de Hellinger (2012 ): “O que nós pudemos vivenciar aqui 
hoje … nos mostra o que a constelação familiar é, ultimamente… 
Jamais é pessoal… até porque talvez nós quei ramos alcançar algo 
para nós mesmos... a Constelação Familiar leva-nos a um outro 
nível… além daquilo que quero alcançar para mim pessoalmente… 
esta Constelação Familiar… como a pudemos vivenciar até aqui… 
serve à vida como um todo (em sua totalidade)… não apenas à 
nossa vida… nós somos apenas uma pessoa em meio a bilhões… 
e a Constelação Familiar, serve a todos… aos vivos e aos mortos, 
ao mesmo tempo… nós somos tomados, por algo eterno…” 
1.8.1 Informação disponível – Campo mórfi co 
– Os Bonecos nas Constelações
Os bonecos nas constelações, tanto constelando com bonecos 
de mesa como constelando na água e as âncoras de chão, são me-
30
Pensamento Sistêmico para a humanidade
canismos para trazer a informação do campo. A mente de quem 
está observando o campo traz as informações projetando-as nas 
âncoras. A mente do constelador assim como do constelado em 
muitas das vezes, simultaneamente sabem o que se está passando 
no boneco através da fenomenologia psi. A mente do constelador 
e no caso também do constelado projetam para fora as imagens 
que percebem do campo de informações para as âncoras. Assim 
a mente de quem está observando o campo produz a psicocinesia 
ou telecinesia do fenômeno no boneco. Sendo assim, o fenôme-
no “in matéria” se manifesta fazendo o boneco produzir certos 
movimentos pela mente do observador indicando o confl ito do 
sistema. O universo está sempre em conservação e economia de 
energia reduzindo o fenômeno “in matéria” que poderia ser muito 
mais visto aos olhos nus.
1.9 As ordens do amor - descobertas do Bert Hellinger 
Bert Hellinger mapeou três leis naturais que regem os 
relacionamentos humanos: “As Ordens do Amor”. 
Hellinger explica que nossa alma clama por pertencimento, 
clama por ordem e clama por equilíbrio. 
Hierarquia (estabelecida pela ordem de chegada). 
Pertencimento (estabelecido pelo vínculo). 
Compensação/Equilíbrio (estabelecido pelo dar e tomar/
receber).
A fenomenologia – postura fi losófi ca de recolhimento 
para que a essência de algo se revele. As ordens do amor são 
ressonâncias dentro do campo morfogenético que determinam 
o destino infl uenciados pela memória de nossos ancestrais. 
O campo mórfi co é energia e informação (não força como 
as ordens do amor) 
“O destino é coletivo, a responsabilidade é pessoal.” 
31
Silca Malutta
1.9.1 A hierarquia ou ordem de chegada 
A hierarquia diz respeito a quem chegou primeiro na família. 
Portanto, os mais velhos merecem ser olhados com muito respeito 
e cuidado, pois foi através deles que a família veio se mantendo. 
Assim devem ser respeitados nas suas decisões e necessida-
des. Eles chegaram primeiro! O desrespeito gera o enfraqueci-
mento no sistema. Ficamos mais fortes se honramos nossos 
pais, e quem veio antes deles. 
1.9.2 Pertencimento estabelecido pelo vínculo 
Desrespeito da ordem de chegada é quando ocorre a sepa-
ração do casal e um dos dois casa-se novamente.
 A primeira esposa ou esposo, gostemos ou não, sempre 
fará parte da história. Eles devem ser respeitados, independen-
temente do que aconteceu anteriormente. 
É como se a família tivesse uma alma própria e caso al-
guém seja severamente desrespeitado ou não reconhecido, todo 
o sistema sofre. Como no corpo humano, se um órgão está 
doente todo o sistema sentirá. "A família posterior não anula o 
vínculo com a anterior, assim como a família nova não anula o 
vínculo com a família de origem. Contudo, ela tem prioridade 
em relação à anterior." (HELLINGER, 2012) 
O medo de deixar a pertinência/resistência 
Se dá conta que pertence? O medo de deixar a pertinência 
é o medo de um sistema maior. 
Quando sabe que é o momento de ir além desse grupo 
e pertencer a outros sistemas/grupos maiores? Que abarcam 
mais as diferenças? 
As resistências demonstram nosso perfi l de sobrevivência 
(lealdade sistêmica, emaranhamentos, intrincações, imitação) 
e vivemos esse limite até soltarmos com amor e respeito o 
32
Pensamento Sistêmico para a humanidade
ancestral vinculado. Assim a resistência cumpriu sua função. 
Para aqueles que têm a coragem de enxergar através do olhar 
sistêmico, percebem que as vezes essa sensação de integridade 
é uma lealdade profunda no oculto de nossa inconsciência.
1.9.3 Pertencimentos ao sistema por danos 
Quando um patrimônio é adquirido em uma família à custa 
de muitos outros, talvez também à custa da vida de muitos outros, 
então todos que pagaram por isso pertencem a esse sistema. 
Quando em uma família alguém foi um assassino, então 
os assassinados também pertencem ao sistema. Eles atuam 
nesse sistema até que lhes é dada a honra, até que os agressores 
encontrem a paz junto às vítimas. Mas o agressor não pode 
encontrar essa paz quando as vítimas mortas não o aceitam.
1.9.4 Pertencimento - passagem do estreito ao amplo
Desprender-se de um envolvimento sistêmico é coisa que 
poucos conseguem. Digo isso com toda a seriedade.
Existem luzes sobre os envolvimentos mas, na hora de 
tomar uma decisão séria a tendência de voltar ao que era atua 
com uma tal força que a maioria continua presa. 
A passagem do envolvimento ao desprendimento é tam-
bém um ato existencial: coloco-me num outro nível, num nível 
33
Silca Malutta
superior, e isso está associado a uma despedida radical do que 
houve anteriormente. Esse ato nos torna solitários.
Se, por exemplo, moro numa pequena aldeia, numa região 
montanhosa, sinto-me estreitamente ligado a todos.
Quando subo a um monte elevado, eu me afasto, vejo 
muitas coisas que antes não via, posso sentir-me ligado a tudo 
via e vejo, mas nunca da mesma maneira estreita e segura como 
lá embaixo, no vale. Assim, o que é amplo e grande também leva 
sempre à solidão. Por outro lado, a criança que existe dentro de 
nós também experimenta essa passagem do estreito ao amplo 
como uma culpa, como o abandono de um vínculo seguro, da 
inocência e da sensação de ser acolhida.
Por conseguinte, só obtemos êxito na passagem do proble-
ma à solução quando nós confi amos, não mais ao que conhe-
cemos de longa data, mas a algo desconhecido, que permanece 
imprevisível e obscuro. 
Isso, porém, é basicamente - caso vocês queiram chamá-lo 
assim - um ato religioso. 
Por esta razão, como terapeuta, não tenho o direito de 
cair na ilusão de que algo assim seja factível ou manipulável. 
É verdade que podemos facilitar muita coisa no caminho 
que leva até lá. 
Contudo, no caso de envolvimentos profundos, quando 
o desprendimento e a purifi cação, apesar de tudo, chegam a 
bom termo, eles são experimentados como um presente e uma 
graça, tanto pelo terapeuta quanto pelo cliente. 
Por isso o desprendimento e a purifi cação exigem a mes-
ma atitude e a mesma realização interior, tanto por parte do 
terapeuta quanto do cliente. (BERT HELLINGER)
1.9.5 Autonomia versus pertencimento
O que precisamos fazer para ter um nível de consciência 
equilibrada dentro do sistema? 
34
Pensamento Sistêmico para a humanidade
Resposta: Promover um equilíbrio entre autonomia e 
pertencimento. 
As crenças diante do sucesso ou fracasso de onde vem? Se 
desligar dos destinos difíceis da ancestralidade com reverência e 
ir para o amor iluminado para o pertencimento iluminado. Às 
vezes com a Má Consciência de fazer um pouquinho diferente, 
ir para o adulto, tomar decisões.
Frases de solução para ir para a autonomia horando os 
ancestrais:
Olhem-me com carinho se eu fi zer um pouquinho dife-
rente de vocês. São outros tempos. O que vocês me deram foi 
o sufi ciente, agora sigo meu caminho com as bênçãos de todos. 
Gratidão pela vida que chegou até mim pelo preço que custo 
a minha ancestralidade.
35Silca Malutta
1.9.6 Equilíbrio (dar e tomar/receber entre pais e fi lhos) 
A ordem natural vem do mais antigo para o mais jovem. 
Os pais dão e os fi lhos recebem. Os pais dão a vida e os fi lhos a 
aceitam. Os pais dão amor e os fi lhos o tomam em seu coração. 
Daí decorre um grande aprendizado. Saímos do julgamento 
quando somos pais e podemos compensar o dar e receber que veio 
dos nossos pais. Podemos compensar a vida que chegou até nós.
 
"Quando nós enxergarmos o nosso pai como a nossa maior 
riqueza, nós seremos prósperos; e quando nós tomarmos a nossa 
mãe como nossa plenitude viveremos plenamente." (SOPHIE 
HELLINGER) 
36
Pensamento Sistêmico para a humanidade
1.9.7 Equilíbrio (dar e receber) relacionamento 
Respeitar os segredos do parceiro também faz parte, o amor 
permanece, respeitar os limites. 
A pessoa que dá se sente superior, inocente, livre – não deve 
nada a ninguém e adquire o direito de exigir sua compensação.
 A pessoa que toma ou recebe se sente inferior, tem má 
consciência por dever algo, se sente dependente da pessoa que 
lhe deu e se sente na obrigação de devolver, de compensar. 
Dar demais: o outro não pode corresponder; você se con-
verteu na mãe dele(a) e, assim, você se sente no direito de exigir 
que o outro também se converta na sua mãe. 
"(...) numa relação de casal, um parceiro busca no outro um 
amor incondicional, como uma criança busca em seus pais, ele 
espera receber do outro a mesma segurança que os pais dão a seus 
fi lhos. Isso provoca uma crise na relação, fazendo com que aquele 
de quem se esperou demais se retraia ou se afaste. E com razão, 
pois ao se transferir para a relação de casal uma ordem própria 
da infância, comete-se uma injustiça para com o parceiro.” 
37
Silca Malutta
Quando, por exemplo, um dos parceiros diz ao outro: "Sem 
você não posso viver" ou "Se você for embora eu me mato", o outro 
precisa se afastar, pois tal exigência entre adul tos no mesmo nível 
hierárquico é inadmissível e intolerável. Já uma criança pode dizer 
algo assim a seus pais, porque sem eles realmente não pode viver". 
 "Quando um homem admite que necessita de uma mu-
lher e que se transforma num homem através dela, e quando a 
mulher admite que necessita de um homem e que se transforma 
numa mulher através dele, então a sua necessidade mútua liga-os 
profundamente, um ao outro. Precisamente porque reconhecem 
a necessidade de um pelo outro. E esta ligação entre o homem e a 
mulher permite que o homem receba o feminino da sua parceira 
como um presente, e que a mulher receba o masculino de seu 
parceiro como o seu presente para ela." (HELLINGER, 2012) 
1.9.8 Dar e receber entre os cônjuges 
É muito comum observar casais nos quais um concede 
muito e o outro pouco. Com o tempo aquele que recebeu demais 
pode agir de três formas. 
A primeira é sentir gratidão pelo muito que recebeu e reco-
nhecer tudo que teve. Por exemplo, um marido que foi cuidado 
pela esposa depois de um acidente e fi ca eternamente grato pelo 
muito que recebeu. 
A segunda maneira é tentar diminuir ou atacar a pessoa 
que deu demais para que ela se sinta tão inferior quando ele. 
Por exemplo, quando um homem perde o emprego e a esposa 
o ajuda a se manter por alguns meses e nesse período ele não 
para de criticar cada atitude dela.
A terceira é deixar a pessoa que deu demais, seja traindo 
ou abandonando a relação. Portanto, para que o amor dê certo é 
fundamental que o equilíbrio entre dar e receber seja respeitado. 
O que dá e o que recebe conhecem a paz se o dar e receber forem 
38
Pensamento Sistêmico para a humanidade
equivalentes. Nós nos sentimos credores quando damos algo a al-
guém e de vedores quando recebemos. O equilíbrio entre crédito e 
débito é fundamental nos relacionamentos. (HELLINGER, 2015)
1.9.9 - Equilíbrio de troca entre as pessoas
“Quando alguém me dá alguma coisa eu me alegro, mas 
também tenho má consciência, pois me sinto em dívida em rela-
ção a essa pessoa. Por isso também lhe dou alguma coisa e volto 
a me sentir inocente, porque me livro da obrigação.
Se gosto dessa pessoa, dou a ela um pouco mais do que 
recebi. Com isso, ela se sente em dívida comigo. Como também 
me ama, ela também retribui com um pouco mais. Então eu me 
sinto novamente em dívida com ela e, porque a amo, também lhe 
retribuo com um pouco mais. Assim, em função da necessidade 
de equilíbrio, cresce o intercâmbio entre as pessoas que se amam. 
Essa é uma bela função da consciência pessoal que, de certo 
modo, força a compensação e aumenta o intercâmbio no bem.
O mesmo acontece, porém, quando alguém me faz algo 
de mal. Então também quero retribuir, pois sinto necessidade 
de compensar. Se eu nada fi zer contra essa pessoa, coloco em 
risco nossa relação, pois ela espera que eu lhe retribua na mesma 
moeda. Assim ela fi ca aliviada quando lhe retribuo nessa medida.
Porém, muitos não retribuem o mal ao outro na mesma 
medida, mas um pouco acrescido. Se ele lhes retribui também 
aumentando a dose, eles se vingam com um mal ainda maior. 
Assim vai crescendo entre eles o intercâmbio do mal. Nas relações 
políticas vemos numerosos exemplos disso.
Como se sai desse círculo vicioso? De um lado, é preciso 
vingar-se, pois quem fi ca apenas com a bondade destrói os 
relacionamentos. Mas é possível vingar-se com amor. Como? 
Fazendo também ao outro algo que lhe dói – é preciso – mas em 
menor escala. Com isso pode recomeçar o intercâmbio do bem.”
Bert Hellinger – Confl ito e paz uma resposta - 2014 
39
Silca Malutta
1.10 O que é o destino do ponto de vista das constelações? 
Tudo que já foi e está aqui, faz parte da minha memória. 
Dizer “SIM” para o destino - você tem um aliado e passa 
por ele e sai do padrão que se repete... Dizer “NÃO” você vai 
fi car sofrendo e fi ca emaranhada(o). 
Nossas vidas estão determinadas pelo nosso sistema fami-
liar e pelos outros sistemas a que pertencemos. Uma observação 
sistêmica a qual não podemos ignorar é a seguinte: os menores 
(que vieram depois, descendentes) têm que terminar o que 
seus maiores (que vieram antes, ascendentes, antepassados) não 
terminaram. Toda emoção segue um ciclo que permite acabar 
em paz e adaptado a um nível mais alto da realidade. Se um en-
frentamento não chegou à reconciliação, se não se agradeceu um 
favor, se não se terminou de chorar um morto, um descendente 
terá que viver este mesmo confl ito, até que se resolva. Nosso 
destino está marcado por várias fi delidades a ancestrais que não 
acabaram algo. E seus confl itos serão nossos confl itos, mesmo 
que nos neguemos a assumi-los. 
A cada dia nosso destino varia, se torna mais fácil quando 
assumimos algo e piora quando o rejeitamos. 
Dinâmicas de percepção fenomenológica: 
Grupo A: Eu represento o meu destino. 
Grupo B: Você representa a mim. (B fi ca a serviço). 
A: Diz: “Sim”, muito obrigado. 
Grupo A: Eu represento a mim. 
Grupo B: Você representa meu destino (B fi ca a serviço). 
A: Diz Agora posso fazer minhas escolhas. 
1.11 Campo de memória – campo morfogenético – 
campo mórfi co
 
Campos de Memória – reconhecendo que esta mos em 
40
Pensamento Sistêmico para a humanidade
ressonância com tudo o que foi e com os demais. São Campos 
não físicos que exercem infl uência sobre sistemas que apresentam 
algum tipo de organização inerente. 
Campo Morfogenético – Somos infl uen ciados pela memória 
de nossos antepassados, pelos campos morfogenéticos, e eles nos 
impulsionam à repetição. Graças a esses campos temos uma iden-
tidade e um pertencimento. Eles são ressonâncias e não forças. As 
Ordens do Amor são ressonâncias que atuam. 
Os sistemas familiares são grandes campos morfogenéti-
cos. DNA dá a informação de como viver e atuar – recebemos 
na concepção e imitamos – repetimos, família, cultura, etc. Os 
campos morfogenéticos determinam o destino – campo eletro-
magnético de potência. 
A potência fraca – tem conhecimento que vai informar as 
moléculas, para ser árvore, animal ou humano, pois no DNA 
somos praticamente todosiguais. Os campos morfogenéticos 
criam ressonâncias e os humanos estão presos nessa ressonância/ 
informação. Existe a necessidade de compensar pela repetição. 
Lembre-se que tudo isso foi necessário e importante. Esse cam po 
pode mudar apenas pela infl uência externa – o movimento do 
espírito (campo de unicidade) – as compensações cessam. 
Campo Mórfi co – campo de memória do coletivo e de tudo 
que vai existindo – emoção, comportamento, etc. Quan do estou 
em ressonância com um campo mórfi co é difícil sair dele. É um 
campo de ressonância de imitação e não tem nada a ver com a 
família. Ex: Minha agressividade, que desenvolvi na minha vida. 
Se tenho comportamentos que não têm sentido é porque estou 
fazendo parte, pertenço a um campo mórfi co. Vou procurar re-
petir e repetir esse comportamento para continuar pertencendo a 
esse campo. Atualmente o conceito de arquétipo é sinônimo para 
campo mórfi co – para que serve um arquétipo? Para unir uma 
vivência individual a um signifi cado coletivo, global, místico, que 
vincula uma vivência individual a um desíg nio superior. Ele é o 
intermediário entre o indivíduo isolado e cego e uma consciência 
41
Silca Malutta
superior, inacessível à mente humana. 
Os arquétipos e a grandes religiões antropomorfi zam (con-
tos, mitos, lendas, fábulas, etc) essa consciência misteriosa. Tudo 
isso reduz a vida individual e a explicação do Último (que não 
há explicação). Quem está no presente não precisa de objetivos 
e signifi cados para a vida (arquétipos e religião), apenas vive no 
agora, em sintonia com a vida, e sabe apenas dar o próximo 
passo. Esse é o grande signifi cado e isso basta – sem mitos, sem 
intermediários, sem instruções externas, nem pais espirituais. 
No olhar ao horizonte, estamos no centro vazio, no coração, em 
sintonia com o movimento do espírito. 
O que muda um campo morfogenético/ mórfi co? A honra, 
o reconhecimento de que tudo fez e faz parte da vida, a gratidão 
profunda – rendição: “Eu sou como você. Sou apenas mais uma. 
Agora te honro e respeito. Obrigada.” 
O campo morfogenético, contribuindo para a caminhada do 
sistema familiar em sua evolução, libera a dor daquilo que nunca nos 
pertenceu, porém, compactuou para o desenvolvi mento de nosso 
agora! É neste momento que as soluções podem ser apresentadas, o 
excluído, acolhido e as emoções liberadas, dessensibilizadas, ressig-
nifi cadas e desprogramadas do campo de ressonância. 
1.12 Equilíbrio dos sistemas 
O sistema busca equilíbrio. Se, de alguma forma, algum 
membro do sistema sai dessas estruturas, alguém da próxima 
geração busca compensar isso, mesmo que inconscientemente.
42
Pensamento Sistêmico para a humanidade
Por isso, a constelação é um método de diagnóstico, um 
processo de reorganização e equilíbrio dentro dos sistemas aos 
quais pertencemos.
 
1.13 Prática de constelação na justiça – mediações de confl ito 
As constelações familiares estão sendo aplicadas no mundo 
todo. O sistema judiciário brasileiro está aplicando essa técnica/ 
método que vem trazendo soluções para confl itos importantes, 
diminuindo drasticamente a reincidência da criminalidade e 
aumentando o índice de acordos. 
O advogado sistêmico ou o constelador sistêmico faz o casal 
imaginar dizendo aos fi lhos: “eu e seu pai/mãe temos problemas, 
mas isso não tem nada a ver com você, você é nosso fi lho”; “eu 
gostei muito do seu pai/sua mãe, e você nasceu de um momento 
de amor que tivemos”; “eu e seu pai/sua mãe, estaremos sempre 
juntos de você; “quando eu olho para você, vejo seu pai/sua mãe.” 
Explicar a importância de deixar o fi lho fora do confl ito. 
Já temos no Instituto de Terapias Breves Profª Silca Malutta, 
assim como no Brasil, com o trabalho das constela ções, alcançado 
resultados palpáveis na vida de muitas pessoas. 
Os profi ssionais do Instituto de Terapias Breves profª Silca 
Malutta têm se dedicado no atendimento de famílias, empresas, 
escolas e indivíduos em confl itos, (mediações). 
43
Silca Malutta
1.14 Prática de constelação na pedagogia 
Onde começa a ordem? Na própria Alma. Ou seja, no 
momento em que o professor acolhe em seu coração todo o 
sistema do aluno. Por exemplo, existem pessoas que se queixam. 
Existem até mesmo alunos que se queixam de seus pais. Ou 
pais que se queixam de seus pais ou os xingam. O que faz o 
professor? Ele acolhe em seu coração exatamente aqueles que 
são excluídos. Ele coloca o sistema em ordem em sua alma. 
Então pode ajudar os outros. Do livro "Olhando para a alma 
das crianças" (HELLINGER, 2012).
Eu aqui sou apenas a professora, eu vejo seu pai e sua mãe 
atrás de você. Seus pais gostariam que você fi casse no lugar de 
aluno. O aluno percebe que o professor é ape nas o professor 
e que os pais têm o seu lugar de grande. Nenhum campo é 
mais urgente de transformação nas relações do que o campo 
da educação.
44
Pensamento Sistêmico para a humanidade
 1.14.1 Raizes sistêmica vão para a escola
Muitas vezes o que chamamos de défi cit de atenção, distra-
ção, falta de concentração, falta de foco, tem raizes sistêmicas. 
É comum, quando se conduz uma constelação onde o tema é 
aprendizado, aparecer um ou mais abortos antes do nascimen-
to da pessoa que está sendo constelada ou a imigração para o 
nosso país fere o pertencimento. Isso signifi ca que o lugar dela 
na família não foi olhado, incluso. Ela pode estar fora do seu 
verdadeiro lugar!. Isso para quem estuda as teorias sistemicas 
tem muita relevância. Estar no seu próprio lugar na família, 
reconhecendo os excluídos pode mudar seu comportamento 
referente ao ensino/aprendizado.
Indicação leitura: “Você é um de nós” de Marianne Fran-
ke-Gricksch
1.15 - Prática de constelação com criança
Sempre temos algo a aprender, em tudo, e no mundo das 
constelações ainda mais, pois esta é uma teoria viva e que está 
em construção!
No livro a Fonte não precisa perguntar pelo caminho, 
Bert Hellinger menciona uma constelação realizada com uma 
criança. A Consteladora utilizou bichinhos de pelúcia. O tema 
foi referente ao divórcio dos pais. Também encontramos no livro 
Olhando para a alma da criança de Bert Hellinger constelando 
crianças em várias supervisões para professores.
Sempre haja visto a sensibilidade da consteladora em levar 
a técnica das constelações para o mundo que a criança é capaz 
de assimilar e entender, de forma respeitosa! 
Em muitas formações, a indicação é de não constelar 
crianças devido à complexidade. Mas vejo a necessidade. Se nos 
45
Silca Malutta
colocamos com respeito à história dela, o campo se cura. Tal 
e qual com adultos. Talvez até mais facilmente, pois a mente 
ainda não atrapalha tanto. São pura emoção. Também acho até 
mais natural, porque a criança é espontânea e não se prende 
em crenças....Quando falo com crianças, sem ser na terapia, elas 
dão informações muito importantes, com uma sensibilidade e 
amor. Podemos constelar crianças com movimentos leves, sem 
fazer muitas perguntas, vai aparecendo no campo, as imagens, 
vem na intuição do constelador de forma igualmente mais leve.
É interessante começar a transmitir o conhecimen-
to sobre constelações sistêmicas para as crianças para que 
esse aprendizado se torne “algo normal” na vida adulta.
Vale a pena falar sobre as Ordens do Amor, sobre como aplicar 
todos os fundamentos das Constelações Sistêmicas no dia-a-dia 
para as crianças. Esse é um aprendizado diário que, portanto, 
deve estar presente na vida a partir dos pais e dos educadores.
A criança aprende e utiliza no seu dia-a-dia os concei-
tos, as informações, as experiências que são vivenciados nas 
constelações a partir dos seus princípios e fundamentos.
Portanto, não só podemos como devemos levar as constelações 
para as crianças em qualquer idade. O que muda é o discur-
so, a linguagem. Com a criança, é necessário que se utilize a 
linguagem lúdica, simbólica. Nos grupos de Constelação com 
Crianças precisa de um terapeuta-constelador apto nesse papel, 
quando os pais ou outro educador

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